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Gestão ambiental
GESTÃO AMBIENTAL
ISBN 978-85-68075-53-1
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ISBN 978-85-68075-53-1
1. Gerenciamento. 2. Recursos Hídricos. I. Moraes,
Regiane Alice Brignoli. II. Machado, Vânia de Almeida
Silva. III. Simão, Tathyane Lucas. IV. Benetti, Luciana
Borba. V. Título.
CDD 628.4
Unidade 3 — Resíduos..................................................97
Seção 1 Resíduos sólidos urbanos e industriais.................................99
1.1 Resíduos sólidos urbanos e industriais..............................................100
Seção 2 Gestão e gerenciamento de resíduos.................................105
2.1 Gestão e gerenciamento de resíduos.................................................105
2.2 Gerenciamento integrado dos resíduos sólidos.................................109
2.3 Classificação dos resíduos.................................................................115
Seção 3 Formas de minimização de geração e segregação..............123
3.1 Formas de minimização de geração e segregação.............................123
Seção 4 Acondicionamento seguro.................................................128
4.1 Acondicionamento seguro................................................................128
Caro(a) acadêmico(a),
Na primeira unidade você será instigado a compreender sobre gestão
ambiental, sendo que algumas ações, por pequeninas que sejam, podem
contribuir e muito na preservação de nosso planeta Terra. A importância de
utilizarmos de forma eficiente os recursos e com menor desperdício possível.
Principalmente em se tratando de materiais não renováveis, os quais são esgo-
táveis. Além, claro, de que uma boa gestão representa economia e dinheiro.
Na segunda unidade serão apresentados os conceitos sobre recursos hí-
dricos e como o homem interage com esse bem precioso e vital que detém.
Quais os cuidados que dispensamos aos efluentes industriais, seus males e
como minimizá-los ou até eliminarmos, o que seria o ideal. Tratar de água é
sem sombra de dúvida estarmos dispensando cuidados com a própria vida
do homem e os demais seres que dependem desse líquido universal. Mais
que a metade da Terra é ocupada por água, no entanto a preocupação deve
ser em preservar água em estado potável para consumo.
Na terceira unidade falaremos sobre a problemática dos resíduos sólidos, e
a necessidade que se tem de gerenciamento desses resíduos, o conhecimento
de suas características, bem como formas de amenizar os impactos ambientais
causados pela sua geração e disposição. A geração de resíduos, embora seja
inevitável, uma vez que toda atividade resulta em alguns resíduos. Um dos
mecanismos para sanar, em parte, trata-se da reciclagem, aproveitamento
pela segunda vez ou mais, dependendo do material em questão.
Na quarta unidade abordaremos os cuidados que devemos ter uma
atenção especial com a destinação final de nossos resíduos. Abordar alguns
métodos de pré-tratamento para, na maioria dos casos, facilitar a destinação
final. Não podemos falar de destinação final sem apresentar alguns cuidados
que devem ser tomados como no transporte desses resíduos, uma vez que
vários tipos podem ser tóxicos. A sustentabilidade passa pelo controle eficiente
eficaz dos resíduos. Visando obter economia dos recursos naturais tanto finitos
quanto renováveis. Utilizarmos de forma consciente os recursos nos remete a
um futuro mais tranquilo do ponto de vista da sobrevivência das espécies. “Está
em nossas mãos o futuro do planeta.’’
Excelentes estudos!
Introdução ao estudo
Caro aluno,
O estudo aqui abordado procura demonstrar os impactos ambientais trazi-
dos pelas empresas, e, de forma a não trazer tão grandes danos a essa riqueza
dada a nós de forma gratuita, apresentamos o sistema de gestão ambiental.
Esse sistema foi criado porque a própria sociedade passou a preocupar-se com
a qualidade do ambiente; a preservação ao meio ambiente não acontece so-
mente na diminuição de cortes de árvores, pois os ataques estão no destino dos
lixos, cuidados com rios e marés, fauna e flora. Para que possa haver harmonia
em todos os aspectos ecológicos foram criadas leis ambientais que obrigam
as organizações a encontrar meios de não emitirem poluentes diretamente na
natureza e sim passarem por processo de minimização do impacto. Isso também
acontece para os resíduos sólidos, cuja destinação precisa ser feita de forma
consciente, inclui o uso responsável de recursos naturais — a extração do re-
curso impõe à organização o novo plantio para não haver extinção da espécie.
Toda essa exigência parte de um mercado em constante crescimento; para
esse crescimento não trazer destruição ao ar que respiramos, à água que be-
bemos e até aos alimentos que comemos, há ambientalistas e ecologistas em
luta constante pela conscientização do uso desses recursos.
O meio ambiente obteve grande vitória e as legislações impostas às em-
presas não vieram sozinhas, junto com elas surgiram selos verdes, normas de
preservação e a série ISO 14001, mecanismos usados pelas empresas a fim de
atender às exigências legislativas bem como construir uma imagem ambienta-
lista perante a sociedade.
A implantação dos sistemas de gestão ambiental tem sido a ação tomada
pelas entidades para responder ao conjunto de pressões impostas pela empresas.
A gestão é composta por ações tecnológicas e produção dos “produtos verdes”.
Também dá para dizer que a gestão ambiental envolve agentes com in-
teresses conflitantes, muitas vezes, em relação à forma de utilização de um
determinado bem ou recurso ambiental. Para isso, ao longo dos anos, foram
criados vários instrumentos de gestão do ambiente, para mediar essa relação
tão complexa, homem versus meio ambiente.
A gestão ambiental não é um conceito novo, nem uma necessidade nova,
conforme nos relata Seiffert (2010), mas algo que foi amadurecendo ao longo
dos anos como consequência natural da evolução do pensamento da humani-
dade em relação à utilização dos recursos naturais, a partir das contribuições de
várias áreas de conhecimento, com destaque para as engenharias, a geografia, a
geologia, as ciências biológicas e a administração. A gestão ambiental evoluiu
das necessidades relacionadas com o sistema de saneamento básico, em decor-
rência da concentração urbana, para um enfoque próprio de gestão, induzido
pela engenharia de produção e pela administração. Também é uma questão de
princípio, que emana do desenvolvimento sustentável e que deve considerar
uma escala de valores não tangíveis (como a ética e a cultura, por exemplo),
valores ecológicos e valores econômicos. Isso porque a gestão ambiental lida
com situações complexas em uma realidade inadequada e problemática, cujas
condições precisam ser melhoradas com mudanças desafiadoras, tais como a
reestruturação da matriz energética, o controle da natalidade via planejamento
familiar, a distribuição de renda, a construção de um sistema educacional de
Figura 1.3 N
ascente de água protegida à base de solo-cimento —
Londrina — PR
Atividades de aprendizagem
1. Assinale a alternativa incorreta:
a) A gestão ambiental implica reconhecer que o crescimento desen-
freado das indústrias tendem a ser uma catástrofe ecológica.
b) A gestão ambiental somente é aplicada às gestões públicas.
c) Podemos dizer que a gestão ambiental tem como característica a
responsabilidade social.
pulação rural e 56% urbana. No Censo 2006, o Brasil tinha apenas 19% de sua
população rural e 81% urbana. Alguns anos depois, dos 190.755.799 brasileiros
contados pelo Censo 2010, 84,36% (160.925.792) estavam residindo no meio
urbano, com uma densidade demográfica média de 22,43 habitantes/km2,
variando de 2,01, em Roraima, a 444,07 habitantes/km2, no Distrito Federal.
No município de Londrina, de onde escrevo este texto que você lê agora, o
Censo 2010 registrou apenas 2,6% dos londrinenses residindo no meio rural, equi-
valente a 13.181 pessoas, contra 493.520 residentes no meio urbano (IBGE, 2010).
tão ambiental, exatamente por terem sido julgadas “culpadas” pelos efeitos
destruidores causados à natureza.
Com a obrigação de serem entidades sustentáveis as empresas passam a ter
não somente uma gestão econômica e também uma gestão ambiental. Vamos
entender a que isso se refere.
A gestão ambiental dentro de uma empresa parte de uma ação em identifica-
ção, criar monitorações de controle e avaliações nas quais resultam em redução
dos impactos ambientais. A implantação dessa gestão tem como ferramenta a
norma ISO (1996) que define:
Impacto ambiental como qualquer modificação do meio
ambiente, adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou
em parte, das atividades, produtos ou serviços de uma
organização.
Impacto ambiental
Tema Aspecto ambiental
primário (*)
Emissão atmosférica Poluição do ar
Contribuição à chuva ácida
Redução da camada
de ozônio
Ar Contribuição ao efeito estufa
Formação de “smog”
fotoquímico
Ruído Incômodo à comunidade
Radiação Contaminação radioativa
Movimentação da Terra Erosão
Solo
Resíduos sólidos Poluição do solo
Poluição da água
Água Efluentes líquidos Acidificação
Eutrofização
Flora Desmatamento Supressão da vegetação
Movimentação Perturbação/evasão
Fauna de equipamentos de fauna
Efluente líquido Ecotoxicidade
Geração de empregos
Geração de tributos
Atividades do
Sociedade Dinamização da
empreendimento
economia regional
Uso do solo
Recursos naturais Extração dos recursos naturais Exaustão dos recursos naturais
todos os impactos demonstrados na tabela. É por causa de tão grandes danos ocor-
ridos no meio ambiente que as organizações precisam estar atentas e incluir em
seu planejamento ações de prevenção, realizando um gerenciamento ambiental.
Gerenciamento ambiental tem como característica um sistema que dê
apoio aos gestores para a empresa realizar sua produção sem afetar o meio
ambiente, e como grande auxiliador a Série ISO 14000, modelo de sistema de
gestão bastante conhecido, ferramenta cuja implantação nas empresas tem dado
muito resultado positivo. Essa ferramenta visa à obtenção de uma certificação.
No Brasil os sistemas de gestão ambiental utilizados são:
NBR Série ISO 14001;
Programa de Ação Responsável.
A NBR Série ISO 14001 (1996) cita:
As normas de gestão ambiental têm por objetivo prover
às organizações os elementos de um sistema ambiental
eficaz, passível de integração com outros elementos de
gestão, de forma a auxiliá-las a alcançar os seus objetivos
ambientais e econômicos
Esta é uma norma bastante completa, pois atende ao sistema de gestão ge-
rencial incluindo o sistema de gestão ambiental. Para dar eficácia ao trabalho ela
abrange a auditoria ambiental, inspeções ambientais, rotulagem dos produtos,
produtividade da empresa bem como sua avaliação de desempenho ambien-
tal. Toda atividade do sistema trabalha com os objetivos da organização não
deixando de cuidar da preservação do meio ambiente; a ISO busca trabalhar,
de forma unificada, meio ambiente e objetivo econômico.
O trabalho do Sistema Gestão diante da Série ISO 14001 é composto pelos
elementos-chave:
1. Política ambiental.
2. Planejamento.
3. Implementação e operação.
4. Verificação e ação corretiva.
5. Análise crítica.
1.3.2 Planejamento
Assim como qualquer organização necessita de um planejamento para
atingir seus objetivos e metas econômicas, o gerenciamento ambiental segue
o mesmo sistema e recomenda uma formulação de um plano a ser cumprido
através da política ambiental.
O plano deve estar composto por:
Aspectos ambientais.
Requisitos legais.
Objetivos e metas.
Programas de gestão ambiental.
1. Aspectos ambientais. Têm como objetivo identificar todos os impactos
ambientais significativos, por exemplo: derramamento de óleo nos rios ou
lagos, a organização se responsabilizará por cada aspecto identificado.
A norma esclarece o aspecto como os efeitos ambientais classificando
como adversos ou benéficos.
2. Requisitos legais. Caracterizam-se pelo atendimento à legislação, normas
ambientais aplicáveis. Nesta etapa, seguem os critérios para o cadastra-
mento e a divulgação da legislação ambiental, cada organização deve
desenvolver os códigos de conduta aplicáveis vinculando as situações
específicas da empresa, incluindo os compromissos ambientais.
3. Objetivos e metas. A política ambiental segue o mesmo padrão de ob-
jetivo e meta das demais políticas empresariais, o diferencial está em
alcançar objetivos em um determinado período de tempo, sempre vol-
tados a atender os objetivos ambientais com responsabilização definida.
4. Programas de gestão ambiental. É composto por objetivos e metas traba-
lhados com um cronograma de execução, o qual permitirá comparação
entre o realizado e o previsto, dar atenção aos recursos financeiros dis-
poníveis e os recursos alocados às atividades.
Atividades de aprendizagem
1. Assinale F (falso) ou V (verdadeiro)
( ) A ISO 14001 é um processo que contempla elementos importan-
tes na gestão de uma organização no intuito de identificar aspectos
qualitativos e quantitativos relativos ao meio ambiente possíveis
de ser controlados pela empresa.
( ) O surgimento da ISO foi em 1972 em Estocolmo (Suécia).
( ) A ISO 14001 auxilia gestores no controle de poluição e de outros
impactos ambientais de forma sistêmica tendo também como
prioridade dar qualidade e segurança às atividades desenvolvidas
pelos colaboradores da empresa.
2. Comente sobre o impacto econômico que a ISO 14001 traz a um
empreendimento.
Essa lei veio para organizar as atitudes tomadas pelas empresas de atacar
o meio ambiente sem se importar com os seres viventes em meio à natureza.
A imposição aplicada por essa política buscou melhorar e recuperar a quali-
dade ambiental sem deixar de atender ao desenvolvimento socioeconômico,
demonstrando que o cuidado com o meio resultava em qualidade de vida a
toda uma população, e seu cumprimento incluía atender aos interesses da
segurança nacional.
A imposição do poder público para uma coletividade de defesas em preser-
vação da natureza e de seus recursos consegue que todos tenham uma sadia
qualidade de vida no presente e nas gerações futuras.
Ressaltamos o que menciona o Inciso 3 do artigo 225
§ 3 — As condutas e atividades consideradas lesivas ao
meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas
ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, inde-
pendentemente da obrigação de reparar danos causados
(BRASIL, 2014a).
Os princípios por ela definidos têm como base a preservação do meio am-
biente físico, urbano e cultural.
I — Comprometimento de ações governamentais em manter o equilíbrio
ecológico, por meio de recursos e mão de obra física, dar a manutenção do pa-
trimônio público a fim de assegurar e proteger, lembrando que é de uso coletivo.
II — Uso moderado do solo e subsolo, da água e do ar.
III — Cobrar planejamentos, fiscalizações periódicas nas empresas as quais
utilizam os recursos ambientais.
VI — Dar incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias, de forma que
as mesmas tragam atitude de preservação e proteção ao meio ambiente.
VII — Realizar por meio de profissionais um acompanhamento do estado
da qualidade ambiental.
VIII — Áreas as quais foram agravadas pelo não cuidado ante esta política
necessitam de recuperação.
IX — Uma vez recuperada, a área precisa ser protegida.
X — Educação ambiental a todos os níveis do ensino, nossas crianças pre-
cisam ser educadas de forma a compreender o bem que a natureza traz ao ser
humano.
Atividades de aprendizagem
1. Assinale a alternativa correta:
a) Licenciamento ambiental é um ato administrativo autorizado por
um órgão judiciário competente no qual se licenciam empreen-
dimentos que venham a causar deterioração ambiental.
b) Licenciamento ambiental é um procedimento judicial manifestado
pelo Ministério Público para dar competência ao licenciamento
do empreendimento o qual possa causar degradação ambiental.
c) Licenciamento ambiental é um procedimento administrativo pelo
qual o órgão ambiental autoriza através de uma licença de insta-
lações, alterações de empreendimentos que causam degradação
ambiental.
d) Licenciamento ambiental é um ato administrativo pelo qual o ente
federativo ambiental competente licencia empreendimentos que
causam deterioração ambiental.
e) Licenciamento ambiental é um ato administrativo de instalações
ambientais autorizadas pelo IBAMA.
2. A divisão das etapas do licenciamento são:
a) Uma etapa.
b) Nenhuma etapa, ele é um ato administrativo único.
c) Duas etapas.
d) Três etapas.
e) Três etapas, sendo que a última permite ao empreendimento ex-
plorar os recursos naturais.
3.2 Definição
Segundo definição do Ministério das Cidades (BRASIL, 2014e).
Saneamento ambiental é também conhecido como sanea-
mento básico, no qual envolve conjunto de ações técnicas
e socioeconômicas, entendidas fundamentalmente como
de saúde pública, tendo por objetivo alcançar níveis cres-
centes de salubridade ambiental, e tendo por finalidade
promover e melhorar as condições de vida urbana e rural.
Atividades de aprendizagem
1. De acordo com dados da ONU, estima-se que 2,6 bilhões de pes-
soas — 40% da população mundial — não têm acesso a instalações
sanitárias, sendo os países em desenvolvimento os mais afetados.
Segundo essa mesma fonte, somente nos países da América Latina e
Caribe, mais de 100 milhões de pessoas carecem de acesso a essas
instalações. Pode-se considerar que as principais características do
saneamento no Brasil foram estabelecidas durante a década de 1970,
por meio de qual implementação?
a) Plano Nacional de Saneamento Básico (Planasa).
b) Companhias Estaduais de Saneamento Básico (CESBs).
c) Lei Nacional de Saneamento 2007.
d) Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).
e) Consórcios públicos.
2. Avalie a asserção a seguir:
“Chamamos de saneamento a prevenção de doenças por eliminação
ou controle dos fatores ambientais que formam os elos da cadeia de
transmissão.” Um esquema desse aspecto de trabalho de sanidade
pública é:
a) Controle na vigilância sanitária.
b) Saneamentos nos alimentos.
c) Controle nas atividades empresariais.
d) Coleta de lixo deficiente.
e) Higiene comercial.
Atividades de aprendizagem
1. Conforme a Norma Regulamentadora NR-24, é correto afirmar:
a) O mictório de utilização coletiva deve ter no mínimo de 0,60 m,
correspondente a um mictório do tipo cuba.
Fique ligado!
Esta unidade teve como característica tratar de assuntos ambientais, em
gerenciamento ambiental, o contexto informou sobre a necessidade da
preservação, e a necessidade de uma gestão ambiental por parte das
atividades econômicas, o impacto ambiental causado por uma indústria
química, por exemplo, tem grande danos irreversíveis, a verdade é que
não podemos criticar e dizer que essas e outras empresas precisam im-
plantar meios de preservação, mas podemos começar a buscar adquirir
produtos de empresas que ajam em favor do meio ambiente, produzindo
de forma sustentável.
Em nosso estudo sobre legislação descobrimos que a preocupação já
vem de décadas, mas agir custava caro e foi preferível deixar acontecer.
Hoje a imposição legislativa cria meios para que nós, cidadãos comuns,
possamos nos unir na preservação e exigir um futuro ambiental com quali-
dade. Diante do conhecimento em saneamento básico voltamos no tempo
e buscamos entender desde quando essa prioridade para a vida humana
existe, vimos também as consequências trazidas em ambiente no qual
não há o saneamento básico, como este é um dever do estado e cobrar
das autoridades é a solução. Por fim estudamos a NR 24, norma pouco
divulgada pela mídia, e você, como conhecedor do assunto, pode agora
aprofundar cada tópico comentado e debater tão importantes assuntos
para que cada vez possa ganhar conhecimento e compreensão em todos
os temas pertinentes ao seu curso. Acesse: <http://www.mma.gov.br/>
Referências
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educação. São Paulo: Atlas, 2010.
Seção 1: Conceito
Os recursos hídricos podem ser conceituados basica-
mente como a quantidade de água “doce” disponível
à humanidade, para seus diversos usos. Essa simples
conceituação permite a você, caro aluno, já entender
a razão de toda a água disponível no planeta não
poder ser considerada consumível.
Assim, nessa seção serão explorados os conceitos de
recursos hídricos, apresentando dados que demons-
tram a quantidade de água disponível para a popu-
lação, e explicando os motivos pelos quais algumas
regiões mundiais sofrem com a escassez de água.
Introdução ao estudo
Falar sobre água parece uma tarefa fácil. Afinal, a água cobre dois terços
da superfície terrestre. Inspirou Guilherme Arantes a compor “Planeta Água”,
que imortalizou o refrão: “Terra planeta água”. É vista por astrobiólogos como
necessidade primordial para existência de vida extraterrestre. Está presente até
mesmo na nossa estrela guia.
Poderíamos citar vários outros dados estatísticos da água que ostentariam a
relevância dessa molécula, formada por dois hidrogênios e um oxigênio, para
nossa vida. Podemos ainda difundir a ideia de abundância dessa matéria em
nosso planeta, e responsabilizá-la pela incrível biodiversidade que habita a Terra.
Porém, vou optar pela dramaticidade: a água vai acabar. Também não utili-
zarei de futurologia e, sob alto risco de erro, tentarei determinar uma data. Com
base tão apenas nos estudos científicos, predigo que a insistência nas técnicas de
uso irracional desse bem levará ainda neste século, assim como ocorreu para o
petróleo, à ocorrência de grandes guerras em busca do elemento-chave da vida.
Imagino que você, caro aluno, esteja se questionando sobre essa previsão,
talvez surpreso, talvez incrédulo. Nas próximas seções você poderá entender o
conceito de recursos hídricos, e entender o porquê de todo recurso hídrico ser
água, mas nem toda água ser recurso hídrico. Entenderá também o que são os
efluentes e suas implicações. Talvez se questione: será que concordo ou con-
cordarei com a previsão catastrófica apresentada? Mas essa não é a pergunta
que me motiva. Acredito que a grande questão seja: Será que posso alterar este
panorama, e proporcionar esperança para o futuro da água?
É importante, caro aluno, que primeiro você entenda o que acontece com
a água, seu ciclo, suas proporções, os usos pela raça humana. Depois entenda
um pouco sobre a utilização industrial desse bem. Lendo esta unidade, você
terá essa dimensão. Logo após poderá ou não concordar com a previsão.
Seção 1 Conceito
Na manhã do dia 12 de abril de 1961, por volta das 9h00, um russo — na-
quela época soviético — de nome Iuri Alekseievitch Gagarin, com 27 anos de
idade recém completados, diria uma das frases mais famosas do mundo: “A Terra
é azul... Olhei para todos os lados, mas não vi Deus”. Apesar da segunda parte
dessa fala ser bastante questionável e ser atribuída a Nikita Khrushchev, que
impunha a campanha antirreligião do Estado Soviético, a primeira parte reflete
uma característica fundamental do nosso planeta — a abundância de água.
Cerca de dois terços da superfície do planeta Terra são cobertos por água.
Incoerente? Pode ser, mas nosso planeta poderia se chamar Água, mas é cha-
mado mesmo de Terra.
Toda essa abundância de água está rigorosamente dividida entre suas for-
mas naturais: salgada — encontrada nos mares; sólida — nas geleiras; gasosa
— diluída na atmosfera; e doce — aquela utilizada pelo homem de várias ma-
neiras. É importante ressaltar que a quantidade total de água no planeta é fixa,
ou seja, ela não varia com o tempo. Estima-se que nas fases líquida e sólida,
existam cerca de 1,4 bilhão de quilômetros cúbicos de água (VILLIERS, 2002).
a trajetória superficial se junta aos rios, que retornarão aos oceanos. Esta é a
eternidade do ciclo hidrológico. A Figura 2.1 ilustra este ciclo.
GA_Figura 1.4
Figura 2.4 Regiões hidrográficas do Brasil
50° O
RORAIMA
AMAPÁ
Equador 0°
AMAZONAS PARÁ
MARANHÃO CEARÁ RIO GRANDE
DO NORTE
PARAÍBA
PIAUÍ
PERNAMBUCO
ACRE
TOCANTINS ALAGOAS
SERGIPE
RONDÔNIA
MATO GROSSO BAHIA
DF OCEANO
ATLÂNTICO
GOIÁS
MINAS
GERAIS
Região hidrográfica MATO GROSSO ESPÍRITO SANTO
Amazônica DO SUL
São Francisco
Tocantins-Araguaia RIO GRANDE
DO SUL
Atlântico Sul
Atlântico Nordeste Oriental
Paraguai 0 270 km
Aumento da população.
Urbanização.
Diminuição das águas com qualidade.
Esses dados foram apontados para que você, caro leitor, possa ter uma noção
do quanto a população mundial aumentou e que, obviamente, isso se refletirá
na disponibilidade de água potável. A população triplicou no século XX, e os
recursos hídricos, como mencionado, são constantes.
Entretanto, vale ressaltar que somente os recursos disponíveis na região
hidrográfica do Amazonas são suficientes para abastecer toda a população hu-
mana hoje e, se utilizada de modo satisfatório, supre essa necessidade até 2050.
Vejamos então que, apesar de o aumento da população ser um fator con-
tributivo para a diminuição na disponibilidade de recursos hídricos, não pode
ser considerado um fator determinante para sua escassez, visto que apenas uma
única bacia hidrográfica localizada em território brasileiro teria a capacidade
de abastecer a população mundial inteira.
1.2 Urbanização
A urbanização pode ser descrita como um processo de desenvolvimento
econômico e social, derivado da transferência da economia rural para a eco-
nomia de serviços, centralizados em território urbano. A urbanização ocorreu
mais fortemente no século XX. Para se ter uma ideia, no início do século XX,
apenas 13% da população mundial se concentrava em áreas urbanas. Esse
índice saltou para quase 50% em 2007.
No Brasil, saltamos em pouco menos de 40 anos, contando de 1970, quando
55% da população vivia em centros urbanos, para 2007, quando a porcenta-
gem atingiu 83%. Nesse período a população passou de 90 para 190 milhões.
O grande problema da urbanização é a parcela mínima de território que
ela ocupa. Para se ter uma noção, aqueles 83% da população brasileira habita
apenas 0,25% do território nacional. Ou seja, se dividirmos o Brasil em 400
partes, teremos em apenas uma única parte 158 milhões de brasileiros (dados
de 2007. Atualmente essa parcela é ainda maior.) Metade da população mundial
ocupa apenas 2,8% do território global.
O desenvolvimento urbano ocorre, em geral, de jusante para montante
numa bacia hidrográfica, ou seja, de seu ponto mais baixo para seu ponto mais
alto. A água que abastecerá uma determinada região urbanizada é coletada a
montante da bacia hidrográfica, ou ainda em poços subterrâneos, ou combi-
nando essas duas formas.
Porém, conforme mencionado anteriormente, a fonte mais acessível são as
águas superficiais. Assim, é natural que a região urbanizada opte por se insta-
Ainda sobre o uso, no mundo todo, 63% da água retirada de seu curso é uti-
lizada nas irrigações, 21% no uso industrial e apenas 7,5% para uso doméstico.
Os outros usos somam juntos 9,5%. Já em regiões mais desenvolvidas, como
Europa e América do Norte, o uso industrial chega a 54% e 42%, respectivamente.
Elucidado o uso, vamos agora entender o mecanismo de transporte da água
captada num determinado componente de um recurso hídrico disponível.
A água bruta é captada na fonte (rio, lago ou lençol subterrâneo). Para
satisfazer aos critérios de uso, a água é tratada na estação de tratamento. Dali
ela parte para a rede de distribuição, que a levará para os locais de uso. Após
o uso, a água é canalizada para o sistema de esgoto. Esse esgoto vai para a
estação de tratamento, onde são eliminados os poluentes mais nocivos. Junto
com as águas pluviais captadas pelo sistema de drenagem, o esgoto tratado
é destinado ao corpo receptor, constituído por algum rio ou lago. Em alguns
casos, o esgoto tratado pode ser reutilizado. Vejam o esquema da Figura 2.5.
continua
Preservação da
- Variável.
flora e da fauna
Baixa dureza.
Hidrelétricas
Geração de Baixa agressividade.
energia Usinas nucleares ou
Baixa dureza.
termoelétricas
Diluição de
- -
despejos
acesso mais fácil, opta-se por adquirir a água a montante. Naquele esquema
ainda verificamos que a rede de esgoto, após tratada, tem como corpo coletor
o mesmo local da captação, porém a jusante da origem.
Na prática, isso é bastante comum para os sistemas de abastecimento do-
mésticos. As empresas captam a água em determinado rio e despejam as águas
residuais nesse mesmo rio, porém mais abaixo, de forma que aquelas impurezas
lançadas ali não atinjam o ponto de captação.
Contudo, imaginem um rio que atravesse diversas cidades. A cidade locali-
zada mais a montante do rio, ou seja, mais acima, captará sua água e depositará
seus resíduos mais abaixo. A segunda cidade captará a sua água abaixo do
ponto de despejo daquela cidade, e o depositará mais abaixo, e assim suces-
sivamente. Veja a Figura 2.6.
CIDADE A
CIDADE B
CIDADE C
Atividades de aprendizagem
1. Acerca dos recursos hídricos, podemos afirmar:
I — Estão em crescente elevação no mundo.
II — São afetados pela disponibilidade territorial.
III — Podem ser considerados como toda a água existente no globo.
IV — Diminui em decorrência do seu mau uso.
V — É insuficiente para suprir as necessidades de toda a população
mundial.
Agora assinale a alternativa correta:
( ) As afirmativas I e II estão corretas.
( ) As afirmativas II e V estão corretas.
( ) As afirmativas II e IV estão corretas.
( ) As afirmativas III e V estão corretas.
2. São componentes dos sistemas de abastecimento de água utilizados
em centros urbanizados:
I — Rede de abastecimento.
II — Estação de tratamento de esgoto/sistema de drenagem/corpo
coletor.
III — Estação de tratamento da água.
IV — Rede de esgoto.
V — Captação.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
( ) V — III — I — IV — II.
( ) IV — I — II –V — III.
( ) V — I — III — IV — II.
( ) V — III — I — II — IV.
3. Analise a seguinte afirmativa: “Todo recurso hídrico é água, mas nem
toda água é recurso hídrico”. Comente sobre essa afirmação.
Atividades de aprendizagem
1. Acerca dos efluentes líquidos, podemos afirmar:
I — São originados pelo uso de recursos hídricos na produção
industrial.
II — São originados pelo uso de recursos hídricos nas atividades
higiênicas do homem.
III — São todos os resíduos, líquidos e gasosos, que atingem o meio
ambiente.
IV — Corresponde a um dos poluentes de maior impacto no meio
ambiente.
V — Podem ser de origem agrícola.
Agora assinale a alternativa correta:
( ) As afirmativas I, II e III estão corretas.
( ) As afirmativas II e V estão corretas.
( ) As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
( ) As afirmativas I, II, III e V estão corretas.
2. Para caracterização dos efluentes, dispomos de vários parâmetros.
Assinale a alternativa que aponta aqueles parâmetros mais relevantes
para determinar seu tratamento:
a) DBO, DQO, Turbidez.
b) DQO, COT, Turbidez.
c) DQO, DBO, COT.
d) DBO, Turbidez, Índice de coliformes.
3.2.1 Pré-tratamento
O pré-tratamento visa retirar os sólidos grosseiros, com grandes dimensões.
A retirada desses materiais possibilita proteger os sistemas de transporte dos
efluentes e as unidades de tratamento subsequentes. É realizado em duas etapas:
Gradeamento ou peneiramento: primeira fase de tratamento do efluente.
Nela há a passagem do efluente através de um sistema de grades, com-
postas de três classes: as grades grosseiras, com abertura de 5 a 10 cm;
grades médias, com aberturas entre 2 e 4 cm; e as grades finas, com
aberturas entre 1 e 2 cm.
Desaneração: são dispositivos com a finalidade de reter sólidos suspensos
de rápida deposição. Entre esses detritos, podemos citar terra, partículas de
metal, carvão, cascalho etc. A remoção visa à proteção de bombas e outros
acessórios, contra a abrasão e obstrução. O processo ocorre nas caixas de
areia (Figura 2.15), e o efluente deve ter sua velocidade de vazão diminuída,
para valores da ordem de 0,3 m/s (considerado ideal). O material orgânico
suspenso e partículas mais leves não devem ser retidos nesse momento,
devendo correr o fluxo do efluente.
Atividades de aprendizagem
1. As alternativas a seguir citam equipamentos que são utilizados no
tratamento de efluentes líquidos, EXCETO:
a) Decantador.
b) Filtro manga.
c) Tanque de areia.
d) Tanque de aeração.
2. O tratamento de efluentes líquidos envolve basicamente cinco etapas.
Associe os itens utilizando os códigos a seguir, com os processos
mencionados posteriormente.
I. Pré-tratamento.
II. Tratamento primário.
III. Tratamento secundário.
IV. Tratamento terciário.
V. Tratamento do lodo ativado.
( ) Gradeamento.
( ) Oxidação da matéria orgânica com lodo ativado.
( ) Ozonização.
( ) Desidratação.
( ) Sedimentação.
Agora, assinale a alternativa que representa a sequência correta:
a) II — III — IV — V — I.
b) I — III — IV — V — II.
c) I — III –V — IV — II.
d) I — II –V — IV — III.
Atividades de aprendizagem
1. Os recursos hídricos podem ser utilizados em plantas industriais de
diversos modos, sendo um deles como matéria-prima do produto. Nas
alternativas abaixo estão listadas situações em que a água é matéria-
-prima do produto, EXCETO:
a) Indústria de cervejaria.
b) Indústria de refrigerante.
c) Indústria petrolífera.
d) Indústria de sucos.
2. O reúso dos recursos hídricos mostra-se como a melhor alternativa
para a diminuição dos efluentes industriais. Qual das situações abaixo
é possível de ser empregada na reutilização da água?
a) Uma indústria química reutiliza a água captada do sistema de esgoto
no processo produtivo, após submetê-la ao tratamento primário.
b) Uma termoelétrica utiliza sua água de resfriamento para a manu-
tenção de jardins e limpeza da área externa.
c) Uma indústria de saneante utiliza a água do processo produtivo
(empregada em meios reacionais) como matéria-prima.
d) Uma indústria petroquímica capta a água utilizada na limpeza
externa para utilizá-la nos sistemas de resfriamento.
Fique ligado!
Nesta unidade tivemos a oportunidade de compreender o que são recursos
hídricos, e que a abundância de água verificada em nosso planeta não
corresponde necessariamente à água disponível para o uso humano. Aliás,
Referências
ABNT. NBR 14679:2001: Sistemas de condicionamento de ar e ventilação — Execução de
serviços de higienização.
ANDREOLI, C. V.; VON SPERLING, M.; FERNANDES, F. Lodo de esgoto: tratamento e
disposição final. Rio de Janeiro: ABES, 2001.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente — Agência Nacional das Águas — MMA/ANA. GEO
Brasil Série Temática: Recursos Hídricos. Brasília, 2007.
DEZOTTI, Marcia. Processos e técnicas para o controle ambiental de efluentes líquidos.
Série Escola Piloto de Engenharia Química. Rio de Janeiro: E-papers, 2008. 360 p.
HESPANHOL, Ivanildo. Reúso de água: uma alternativa viável. Revista Brasileira de
Saneamento e Meio Ambiente, v. 11, n. 18, Rio de Janeiro, 2001.
LISBOA, Henrique de Melo; SCHIRMER, Waldir Nagel. Metodologia de controle de
poluição atmosférica. 2007. Disponível em: <http://www.lcqar.ufsc.br/adm/aula/Cap%20
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MATTAR, M. S.; COSTA, H. B.; BELISÁRIO, M. Emprego de bioadsorventes na remoção
de corantes de efluentes provenientes de indústrias têxteis. Disponível em: <http://www.
revistaanalytica.com.br/artigos/12.pdf>. Acesso em: 15 mar. 2014.
PEREIRA JUNIOR, José de Sena. Recursos hídricos: conceituação, disponibilidades e
usos. Biblioteca Digital da Câmara dos Deputados, 2004, 25 p. Disponível em: <http://
bd.camara.leg.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/1625/recursos_hidricos_jose_pereira.
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SPERLING, Marcos Von. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. v.
1. 3. ed. Belo Horizonte: Segrac, 2005. 452 p.
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed,
2012.
VICTORINO, Célia Jurema Aito. Planeta Água morrendo de sede: uma visão analítica na
metodologia do uso e abuso dos recursos hídricos. Porto Alegre, 2007. Disponível em:
<http://www.pucrs.br/edipucrs/online/planetaagua/planetaagua/planetaagua.html>. Acesso
em: 15 mar. 2014.
VILLIERS, Marq de. Água: como o uso deste precioso recurso natural poderá acarretar a
mais séria crise do século XXI. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002. 458 p.
Introdução ao estudo
Nesta unidade você será apresentado à problemática dos resíduos sólidos,
e a necessidade que se tem de gerenciamento desses resíduos, o conhecimento
de suas características, bem como formas de amenizar os impactos ambientais
causados pela sua geração e disposição. A geração de resíduos é inevitável,
levando-se em consideração que são as sobras das diversas atividades desen-
volvidas pelo homem.
Portanto, cabe ao homem criar mecanismos de gestão e gerenciamento
desses resíduos, cada vez mais diversificados em função dos avanços tecno-
lógicos, inclusive, com o constante crescimento da população e dos padrões
de consumo.
Atualmente, tem-se nos resíduos sólidos a maior problemática enfrentada
pelo homem, levando-se em conta seu potencial de poluição, a redução da
disponibilidade de locais para sua disposição adequada e de minimização da
quantidade gerada, bem como dos seus efeitos deletérios ao meio ambiente.
Os resíduos sólidos fazem parte da área de saneamento, pois sua má dis-
posição e tratamento levam a sérios problemas de contaminação e poluição
dos solos, das águas e do ar, provocando a proliferação de insetos, roedores e
vetores que afetam direta e indiretamente a saúde da população.
Para melhor entendimento do tema, esta unidade está dividida em quatro
seções.
Miller (2007, p. 446) afirma que “[...] a maioria dos resíduos sólidos é um
sintoma do desperdício de recursos, cuja produção causa poluição e degradação
ambiental”.
Braga et al. (2005, p. 147, grifo do autor) também estudou que
[…] o denominado “lixo”, em função de sua proveniência
variada, apresenta também constituintes bastante diver-
sos, e o volume de sua produção varia de acordo com
sua procedência, com o nível econômico da população
e com a própria natureza da atividades econômicas na
área onde é gerado.
Segundo Ferreira (2000, p. 19), “[...] a questão dos resíduos sólidos é, atu-
almente, um dos temas centrais para aqueles que se preocupam com o meio
ambiente, na perspectiva de garantir a existência de gerações”.
Lançado em qualquer lugar ou inadequadamente dis-
posto, o lixo é uma fonte dificilmente igualável de pro-
liferação de insetos e roedores, com os consequentes
riscos para a saúde pública que daí derivam, além de ser
causa de incômodos estéticos e de maus cheiro (BRAGA
et al., 2005, p. 148).
Os autores Braga et al. (2005, p. 30) definiram que “[...] resíduos perigosos
são aqueles que podem ser nocivos, no presente e no futuro, à saúde dos seres
humanos, de outros organismos e ao meio ambiente”.
Dentro dessa lógica, apresento o tema da próxima seção, que expõe as de-
finições de gerenciamento e gestão de resíduos, suas diferenças e as premissas
básicas relacionadas à implantação de um sistema de gerenciamento de resíduos,
bem como as implicações que garantem ou impedem seu bom funcionamento.
Atividades de aprendizagem
1. Quais os problemas ambientais e de saúde que os resíduos sólidos
urbanos podem provocar quando inadequadamente gerenciados?
2. Defina resíduos sólidos conforme seu entendimento e segundo a NBR
10.004/2004 da ABNT.
Para Miller (2007, p. 447), “[...] é possível gerenciar os resíduos sólidos que
produzimos, reduzir ou prevenir sua produção”. Ainda segundo o mesmo autor
“[...] podemos lidar com os resíduos sólidos que produzimos de duas maneiras:
por meio do gerenciamento ou da redução de resíduos”.
Jardim et al. (1995) expõem os responsáveis pelo gerenciamento dos diferentes
tipos de resíduos (Quadro 3.1).
Obs.: (*) a Prefeitura é corresponsável por pequenas quantidades (geralmente menos que 1 kg/hab/dia), e
de acordo com a legislação municipal específica.
De acordo com Jardim et al. (1995, p. 58), “[...] o planejamento das ativi-
dades de gerenciamento integrado deve assegurar um ambiente saudável, tanto
no presente quanto no futuro”.
“Para a implementação de um Modelo de Gestão de Resíduos Sólidos no
Brasil, que contemple os múltiplos aspectos que o trato da questão exige, faz-se
necessário o conhecimento de como outros países enfrentam o problema, espe-
cialmente as nações que se adiantaram na busca de soluções” (LIMA, 2001, p. 76).
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabelece as seguintes estra-
tégias para gestão e gerenciamento de resíduos sólidos no Brasil (BRASIL, 2010):
Art. 9: Na gestão e gerenciamento dos resíduos sólidos
deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: não
geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento
erradicação dos incômodos “lixões”, que agora passam a ser proibidos (LEME;
MARTINS; BRANDÃO, 2012).
Os mesmo autores ainda citam que:
A obrigatoriedade, por parte de todos os entes federados,
de elaborar planos e promover pactos setoriais realmente
consistentes é outro ponto alto da nova política, pois for-
necerá instrumentos adequados para que todo cidadão
e cada setor da sociedade façam a sua parte na gestão
compartilhada dos resíduos sólidos, observando-se a pre-
venção quanto à geração, à reutilização, à reciclagem, ao
tratamento e à disposição final ambientalmente adequada
(2012, p. 49).
Conforme aponta Lima (2001, p. 32) os resíduos sólidos são classificados em:
a) Origem:
Domiciliar.
Comercial.
Industrial.
Serviços de saúde.
Portos, aeroportos, terminais rodoviários e terminais ferroviários.
Agrícola.
Construção civil.
Limpeza pública (logradouros, praias, feiras, eventos etc.).
Abatedouros de aves.
Matadouro.
Estábulo.
Serviços congêneres.
Segundo Barros (1995, p. 184-185), existe uma série de outras classificações
de resíduos sólidos que nos ajudam a comparar situações, a pensar nas formas
de lidar com eles. Um determinado resíduo pode ser enquadrado em mais de
uma forma de classificação. A lista que se segue meramente enumera algumas
classificações usuais:
Lixo domiciliar: é gerado das atividades diárias nas residências, constituído
de restos de alimentação, embalagens, plásticos, vidros, latas, material de
varredura, folhagens, lodos de fossas sépticas etc.
Lixo comercial: é produzido em estabelecimentos comerciais, e suas ca-
racterísticas dependem das atividades ali desenvolvidas. Por exemplo, no
caso de restaurantes predominam os resíduos orgânicos, já nos escritórios
verifica-se grande quantidade de papéis.
Lixo institucional: é produzido em instituições públicas e privadas, sendo
que suas características podem permitir sua classificação como lixo de
tipo comercial.
Lixo público: é produzido por resíduos de varrição, capina, raspagem,
etc., provenientes dos logradouros públicos (ruas, praças etc.), bem como
animais mortos, entulhos de obras, móveis velhos, galhos grandes e outros
materiais deixados pela população indevidamente nas ruas ou retirados
das residências via serviço de remoção especial.
Lixo especial: é aquele que, pelas características peculiares que apresenta,
necessita de cuidados especiais de acondicionamento, transporte, mani-
pulação e disposição final. Pode compreender lixo industrial, hospitalar e
radioativo, e lodos provenientes de estação de tratamento de água e esgotos.
Além destes, o lixo proveniente de portos, aeroportos, terminais ferroviários
e rodoviários pode requerer cuidados especiais em situações de emergên-
cia, principalmente visando à prevenção e ao controle de epidemias.
Lixo de unidades de saúde (hospitalar): é constituído de resíduos prove-
nientes de hospitais, postos de saúde, farmácias, drogarias, laboratórios,
clínicas médicas e odontológicas, veterinárias e assemelhados.
Lixo séptico ou resíduos infectantes: é a parcela do lixo hospitalar que
compreende os resíduos contagiosos ou suspeitos de contaminação e os
materiais biológicos (sangue, animais usados em experimentação, excre-
ções, secreções, meios de cultura, órgãos, agulhas de seringas, resíduos
de unidades de atendimento ambulatorial, de laboratórios de análises
clínicas e sanitários, de unidades de internação de enfermaria etc.).
Características Importância
Fundamental para se projetarem as
quantidades de resíduos a coletar e a dispor.
Importante no dimensionamento de veículos.
Geração per capita Elemento básico para a determinação da
taxa de coleta, bem como para o correto
dimensionamento de todas as unidades que
compõem o sistema de limpeza urbana.
continua
continuação
Indica a possibilidade de aproveitamento
das frações recicláveis para comercialização
e da matéria orgânica para a produção
Composição gravimétrica de composto orgânico. Quando realizada
por regiões da cidade, ajuda a se efetuar
um cálculo mais justo da tarifa de coleta e
destinação final.
Fundamental para o correto dimensionamento
Peso específico aparente da frota de coleta, assim como de contêineres
e caçambas estacionárias.
Tem influência direta sobre a velocidade
de decomposição da matéria orgânica
no processo de compostagem. Influencia
diretamente o poder calorífico e o peso
específico aparente do lixo, concorrendo de
Teor de umidade
forma indireta para o correto dimensionamento
de incineradores e usinas de compostagem.
Influencia diretamente o cálculo da produção
de chorume e o correto dimensionamento do
sistema de coleta de percolados.
Muito importante para o dimensionamento
de veículos coletores, estações de transferência
com compactação e caçambas compactadoras
Compressividade estacionárias. Poder calorífico influencia
o dimensionamento das instalações de
todos os processos de tratamento térmico
(incineração, pirólise e outros).
Indica o grau de corrosividade dos resíduos
coletados, servindo para estabelecer o tipo
pH de proteção contra a corrosão a ser usado
em veículos, equipamentos, contêineres
e caçambas metálicas.
Ajuda a indicar a forma mais adequada de
tratamento para os resíduos coletados. Relação
Composição química
C/N fundamental para se estabelecer a
qualidade do composto produzido
Fundamentais na fabricação de inibidores
de cheiro e de aceleradores e retardadores
Características biológicas
da decomposição da matéria orgânica
presente no lixo.
Fatores Influência
Climáticos
Chuva aumento do teor de umidade
Outono aumento do teor de folhas
aumento do teor de embalagens de bebidas (vidros, latas e
Verão
plásticos rígidos)
Épocas especiais
aumento do teor de embalagens de bebidas (vidros, latas e
Carnaval
plásticos rígidos)
aumento do teor de embalagens (papel/papelão, plásticos
Natal/Ano Novo/Páscoa
maleáveis e metais)
aumento do teor de embalagens (papel/papelão, plásticos
Dia dos Pais/Mães
maleáveis e metais)
esvaziamento de áreas da cidade em locais não turísticos
Férias escolares
aumento populacional em locais turísticos
Demográficos
quanto maior a população urbana, maior a geração per
População urbana
capita
Socioeconômico
quanto maior o nível cultural, maior a incidência de mate-
Nível cultural
riais recicláveis e menor a incidência de matéria orgânica
quanto maior o nível educacional, menor a incidência de
Nível educacional
matéria orgânica
quanto maior o poder aquisitivo, maior a incidência de ma-
Poder aquisitivo
teriais recicláveis e menor a incidência de matéria orgânica
maior o consumo de supérfluos perto do recebimento do
Poder aquisitivo (no mês)
mês (fim e início do mês)
continua
continuação
Poder aquisitivo (na semana) maior o consumo de supérfluos no fim de semana
introdução de materiais cada vez mais leves, reduzindo o
Desenvolvimento tecnológico
valor do peso específico aparente dos resíduos
Lançamento de novos produtos aumento de embalagens
Promoção de lojas comerciais aumento de embalagens
redução de materiais não biodegradáveis (plásticos), e
Campanhas ambientais aumento de materiais recicláveis e/ou biodegradáveis
(metais, vidros e papéis)
Atividades de aprendizagem
1. Quais as formas de classificação dos resíduos sólidos, e quais os
principais fatores que influenciam nas características dos resíduos?
2. Cite os principais componentes de um sistema integrado de gestão
de resíduos sólidos.
Azevedo (2004, p. 131) propõe um modelo de ações que visam atuar hie-
rarquicamente nos seguintes aspectos:
Redução da geração de resíduos por meio da redução de embalagens,
do desperdício da matéria orgânica na residência, reúso de objetos e
compostagem artesanal dos resíduos de jardim dentro da própria casa.
sem tratamento no solo e nos corpos de água, ainda tem menor consumo de
energia despendido para seu beneficiamento, comparando-se com a energia
que seria consumida para a fabricação de novos produtos.
O texto de Leme, Martins e Brandão (2012, p. 94) reafirma essa questão:
Reciclar é proceder à transformação físico-química de um
material para obtenção de um novo produto ou matéria-
-prima. A reciclagem dos materiais (plástico, vidro, me-
tal, papel) é um processo industrial que contribui para
a diminuição dos impactos socioambientais, pois utiliza
menos recursos naturais (água e energia) do que seria
consumido na nova produção desses materiais, aumenta a
vida útil dos aterros, diminui gastos públicos e pode gerar
renda para os catadores de material reciclável. Porém, é
importante lembrar que a reciclagem não é a solução para
os problemas do lixo. Ela é necessária, mas, sozinha, não
é suficiente, pois também consome e demanda recursos.
Miller (2007) afirma que os críticos dizem que a reciclagem não compensa
se o custo para reciclar os materiais for maior do que para enviá-los para aterros
ou para incinerá-los. Ele também afirma que algumas áreas não estão sofrendo
de escassez de espaço para aterros sanitários, e, nesse caso, a reciclagem acaba
sendo desnecessária.
O Quadro 3.6 relaciona as vantagens e as desvantagens da reciclagem. Se
a reciclagem compensa economicamente depende de como você percebe seus
custos e benefícios ambientais (MILLER, 2007).
Reciclagem
Vantagens Desvantagens
Reduz a poluição da água e do ar. Não economiza espaço em aterros em
Economiza energia. áreas com vastas terras.
Atividades de aprendizagem
1. A coleta do lixo deve ser feita em toda a cidade, de acordo com as
características de cada região. Cite os tipos de coleta mais comum
quanto à frequência.
2. Cite as vantagens da coleta seletiva.
Desvantagens
Alternativa Vantagens potenciais Condições favoráveis
potenciais
Saco plástico ou Diminui peso a ser Custo por saco Coleta na calçada
de papel levantado Sacos se rompem
Reduz vazamentos quando muito
e efeito de vento cheios
Elimina latas vazias Pode atrair animais
nas calçadas Inadequado para
Elimina maus objetos pontudos,
odores e a limpeza pesados ou
de latas sujas volumosos
Limita atração de
vetores
Aumenta velocidade
e eficiência da
coleta
Reduz contato com
o lixo
Recipientes Tamanho razoável Limpeza regular Coleta dentro dos
metálicos ou para o coletor poder quando não usado lotes
plásticos levantar com forro protetor Se há animais que
(75-120 L)
Econômicos e Tampas podem podem abrir os
reutilizáveis se perder ou não sacos
funcionar após
algum tempo
Latas podem ser
deixadas nas
calçadas por
períodos muito
longos
Recipientes para Mais eficientes que Residentes Necessário espaço
coleta mecanizada coleta manual não permitem para recipientes
armazenamento de
lixo de terceiros nas
suas propriedades
continua
continuação
Tambores (200 l) Nenhuma Baixa eficiência de Alternativa
coleta inaceitável
Peso excessivo
provoca problemas
nas costas e
músculos de
coletores
Dificuldade de
manuseio
Falta de tampas
permite procriação
de insetos e
escapamento de
mau cheiro
Ferrugem no fundo
permite acesso de
roedores
Latões Nenhuma Ineficiente (os Alternativa
estacionários latões devem inaceitável
ser esvaziados
manualmente)
Falta de cobertura
adequada leva
à infestação por
insetos e roedores
Risco à saúde pela
necessidade de
limpeza manual dos
restos dos dejetos
Ainda para Barros et al. (1995, p. 78), “[...] o produtor de grandes quanti-
dades de lixo ou de lixo especial é responsável pela sua remoção, obedecendo
às normas municipais, inclusive no que se refere à destinação”.
Ainda relacionado à importância do adequado acondicionamento do lixo
para a coleta, um dado importante a se ressaltar é a questão da atratividade
que os resíduos exercem para os animais (IBAM, 2001):
Nas áreas carentes e naquelas com menor densidade demográfica das
cidades há, em geral, maior quantidade de animais soltos nas ruas, como
cães, cavalos e porcos.
Os cães costumam rasgar os sacos plásticos para ter acesso aos restos de
alimentos; os cavalos sacodem violentamente os sacos plásticos, espa-
lhando lixo em grande área; os porcos aprendem até a derrubar contêi-
neres. Existem ainda os ratos que se alimentam e proliferam no lixo.
Segundo o IBAM (2001), para reduzir a ação danosa desses animais,
recomenda-se que:
a prefeitura promova regularmente ações de apreensão dos animais do-
mésticos, estudando, inclusive, a possibilidade de esterilizá-los;
a coleta das áreas carentes seja efetuada com maior frequência, de pre-
ferência diariamente, e com regularidade no restante da cidade;
a população seja instruída a colocar as embalagens em cima de muros
ou de plataformas (o que não resolve para os animais de porte alto como
os equinos);
sejam providenciados contêineres plásticos para acondicionamento do
lixo, com dispositivos especiais de ancoragem para maior estabilidade;
o órgão de limpeza urbana se encarregue do combate aos ratos.
Nesses casos é recomendável abordagem especial, providenciando-se a
colocação de contêineres plásticos padronizados (com rodas e tampas) em
locais externos previamente determinados e a coleta diária (IBAM, 2001).
Atividades de aprendizagem
1. Cite duas formas de acondicionamento de resíduos sólidos e suas
vantagens e desvantagens.
2. Acondicionar os resíduos é uma das fases do sistema de coleta e tra-
tamento dos resíduos urbanos; por que essa fase é importante para o
sistema?
Fique ligado!
Nesta unidade você aprendeu que:
Os resíduos sólidos têm sua problemática aumentada após a Revolução
Industrial, pois se intensificou a produção e o consumo de bens e ser-
viços, aumentando o adensamento da população em grandes centros
urbanos com a consequente geração de resíduos sólidos, muito aquém
dos índices de crescimento populacional.
O termo “lixo” passou a ser tratado como “resíduo sólido” quando
agregou valor econômico possibilitando seu reaproveitamento dentro
do processo produtivo.
As diversas atividades humanas produzem resíduos das mais variadas
composições, podendo ser orgânicos e inorgânicos.
O desenvolvimento econômico, o modo de vida e o número de ha-
bitantes de uma determinada comunidade influenciam diretamente
na composição, características e também na quantidade de resíduos
sólidos gerados.
A problemática dos resíduos sólidos está entre as mais importantes e
difíceis de gestão, levando em conta seu potencial de poluição e de-
gradação do meio ambiente e de saúde pública.
Para a implantação de um sistema de gerenciamento de resíduos con-
sistente, deve ser elaborado com base em dados e características do
Referências
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Classificação. Rio de Janeiro, ABNT, 2004.
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UFMG, 1995. 221 p.
BRAGA, B. et al. Introdução à engenharia ambiental: o desafio do desenvolvimento
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Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm>.
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gerenciamento de resíduos. São Carlos: USP Recicla; EESC-USP; CCSC-USP; SGA-USP,
2012. 80 p. Disponível em: <http://www.sga.usp.br/wp-content/uploads/Guiapratico-para-
minimizacao-e-gerenciamento-de-residuos-USP-Recicla-Digital.pdf>. Acesso em: 18 mar.
2014.
LIMA, J. D. Gestão de resíduos sólidos urbanos no Brasil. Campina Grande: ABES, 2001.
267. p.
Introdução ao estudo
Esta unidade apresenta os cuidados que devemos ter com a destinação fi-
nal de nossos resíduos, e abordará alguns métodos de pré-tratamento para, na
maioria dos casos, facilitar a destinação final. Não podemos falar de destinação
final sem apresentar alguns cuidados que devem ser tomados no transporte
desses resíduos, uma vez que vários tipos podem até ser tóxicos.
Também será abordada a questão da sustentabilidade, uma vez que, ado-
tado um desenvolvimento sustentável, a geração de resíduos será equilibrada
e teremos a consciência da reutilização e da utilização sustentável dos nossos
recursos naturais.
Atividades de aprendizagem
1. Para escolher um veículo coletor, devemos observar o tipo e a quan-
tidade de lixo, as condições e os custos de operação e manutenção,
as características das vias, entre outros. Qual caminhão possui como
vantagem uma baixa altura de carregamento e mecanismos de ejeção
que facilitam os serviços coletores?
2. Cada tipo de resíduo deve ser coletado por entidades distintas. No caso
do lixo doméstico, será coletado por órgãos municipais, e o lixo produ-
zido por grandes geradoras deve ser coletado por empresas particulares.
Conceitue resíduo doméstico.
Turbina Chaminé
Vapor
Guindaste
Gerador
Depurador
Forno úmido
Cal-
deira
Precipitador
eletrostático
Poço de
resíduos Adição
de água Água
Cinzas
Transpor- pesadas suja
tadora Poeira de cinzas
Aterro
Tratamento
convencional
de resíduos Aterro de
resíduos
perigosos
Incineração
Vantagens Desvantagens
Menor volume de lixo. Alto custo.
Menor necessidade de aterros. Poluição do ar (principalmente
Menor poluição da água. dioxinas tóxicas).
porém são gera resíduos resultantes da queima (cinzas) que devem ter correta
disposição após o processo.
Quando componentes orgânicos são incinerados, as cinzas apresentam altas
concentrações de metais e devem ser aplicados processos de estabilização ou
inertização para evitar a sua liberação para o meio ambiente. Para o melhor
método de disposição, os resíduos sólidos resultantes da incineração devem
ter sua composição analisada. Normalmente são utilizados aterros industriais.
Devem-se ter alguns cuidados ao utilizar essa técnica, o monitoramento
de emissões atmosféricas, temperatura, tempo, oxigenação e composição das
cinzas. Citaremos alguns exemplos de resíduos que podem ser tratados por
incineração:
ascarel;
embalagens, sacarias, bombonas, latas, tambores vazios;
borras oleosas;
lodo do tratamento de efluentes;
óleo usado;
resíduos associados (trapos, EPIs, madeira etc. contaminados com óleo);
produtos químicos;
resíduos de pintura e outros revestimentos;
resíduos de poda de vegetação;
serragem com óleo;
solventes;
plástico e borracha.
Figura 4.2 Usina de compostagem de lixo para cidades de até 60 mil habitantes
Quadro 4.3 Situação da destinação final dos resíduos nas regiões brasileiras
Aterros Aterros
Regiões Lixões Usinas Outros
sanitários controlados
Norte 89,70 3,67 3,99 2,58 0,06
Nordeste 90,67 2,25 5,45 0,74 0,89
Centro-oeste 54,05 13,10 27,00 5,02 0,83
Sudeste 26,58 24,62 40,48 4,41 3,91
Sul 40,72 51,97 4,91 0,98 1,42
Brasil 49,27 23,33 21,90 3,00 2,50
2.2.1 Lixões
Uma forma de disposição dos resíduos sólidos, lamentavelmente ainda co-
mum em muitas cidades, consiste em simplesmente lançar e amontoar o lixo em
algum terreno baldio, dando origem aos “lixões” (BRAGA et al., 2005, p. 149).
Ainda segundo Braga et al. (2005, p. 149):
Além dos já referidos problemas estéticos e de saúde
pública, essa prática estimula a catação, com todos os
enormes problemas sociais correlatos, e propicia episó-
dios de poluição hídrica e atmosférica (a matéria orgânica
em biodegradação atinge temperaturas de combustão es-
pontânea, liberando grossos rolos de fumaça que chegam
a sombrear e fustigar enormes áreas).
2.2.2 Aterros
Segundo o IBAM (2001):
A única forma de se dar destino final adequado aos re-
síduos sólidos é através de aterros, sejam eles sanitários,
controlados, com lixo triturado ou com lixo compactado.
Todos os demais processos ditos como de destinação
final (usinas de reciclagem, de compostagem e de inci-
neração) são, na realidade, processos de tratamento ou
beneficiamento do lixo, e não prescindem de um aterro
para a disposição de seus rejeitos.
O Dreno de águas
CLUÍD de superfície
CON
OR
SET
Dreno de gás
EM
OR
SET UÇÃO
X EC
E
ÃO
RAÇ
REPA
DE P
OR
SET
Célula de lixo
Solo de cobertura
Dreno de chorume
(saída para estação de tratamento)
Quadro 4.4 Vantagens e desvantagens da disposição dos resíduos sólidos em aterros sanitários
Aterros sanitários
Vantagens Desvantagens
Ruído e tráfego.
Figura 4.4 Resumo de alguns produtos que devem ser incluídos no programa de logística reversa
Atividades de aprendizagem
1. Sempre que falamos em resíduos sólidos, lembramo-nos da coleta
seletiva e do reaproveitamento de alguns resíduos. Quais são as van-
tagens dessas práticas?
2. A disposição final dos resíduos ocorre após o tratamento adequado
deles. Essa disposição também deve ser adequada para que não
prejudique o meio ambiente e a sociedade. Qual a melhor forma de
disposição final para os resíduos? Justifique.
c) Caráter histórico
Temporal: a relação de tempo adquire uma importância fundamental
no equacionamento das ações praticadas no passado, no presente e
as que serão exercidas no futuro. Quando se trata do meio urbano,
geralmente se adota o tempo social do universo antrópico.
Espacial: embora a noção de sustentabilidade tenha um forte perfil de
origem que valoriza as condições endógenas, ela não pode prescindir da
inserção e interação dos contextos locais com os mais amplos, contem-
plando também as causas e consequências das “pegadas ecológicas”.
Participativo: a preservação de uma condição sustentável tem uma
forte interdependência com o aspecto da diversidade participativa dos
agentes sociais, na medida em que a presença ou não desse fator pode
tanto contribuir como comprometer as metas pretendidas.
Atividades de aprendizagem
1. Quais características ambientais davam a ilusão de que nunca ocor-
reria uma crise ambiental?
2. O que é resiliência ambiental?
3. Podem-se entender as palavras crescimento e desenvolvimento como
sinônimos? Justifique sua resposta.
4. Explique as cinco dimensões da sustentabilidade propostas por Sachs
em 1993.
Fique ligado!
Nesta unidade você pôde conhecer os tipos de transportes utilizados para
os resíduos sólidos, bem como as vantagens e desvantagens de cada um.
Observou algumas técnicas de pré-tratamento para facilitar a destinação
final dos resíduos sólidos, e também os tipos de destino ambientalmente
adequados para cada tipo de resíduo.
Como não podemos pensar somente na solução do problema, esta
unidade trouxe um pouco mais da temática do desenvolvimento susten-
tável, suas vantagens e os indicadores que nos permitem a obtenção de
informações sobre uma dada realidade para que possamos, assim, definir
quais as melhores ações preventivas e/ou corretivas a serem adotadas.
2. A disposição final de resíduos deve ser feita de forma que não afete
o meio ambiente nem a sociedade no entorno. Existem várias formas
de aterros, como os controlados, os sanitários e os industriais. Quais
são as vantagens de um aterro sanitário?
3. Por que é importante a definição de indicadores de sustentabilidade
nos processosde desenvolvimento sustentável?
4. A seguir estão descritas algumas características de indicadores de
desenvolvimento sustentável. Coloque, em seguida à definição, de
qual indicador se trata:
a) Mensura o desenvolvimento econômico e humano, sintetizando
quatro aspectos: expectativa de vida; taxa de alfabetização; es-
colaridade e PIB per capita. Indicador:
b) Soma as contribuições econômicas da família e trabalho voluntário
e subtrai fatores como crime, poluição e desagregação familiar.
Indicador:
c) Conjunto de dados agregados em quatro tipos de indicadores que
medem a qualidade do ar e da água, emissões de gás de estufa e
proteção dos solos. Indicador:
5. Nos aterros industriais, os resíduos são confinados em grandes áreas
especialmente projetadas para receber os resíduos das indústrias,
porém alguns tipos de resíduos não podem ser depositados nesses
tipos de aterro. Cite pelo menos cinco resíduos que não podem ser
depositados no aterro industrial.
Referências
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