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ARTE
O Conceito de Arte
Já ouviu falar de Arte? Certo? E, possivelmente já apreciou várias formas de Arte, tal
como a pintura, a música, a escultura, etc. Há obras de Arte que não são belas, contudo, a
beleza sempre foi um aspeto importante para a Arte. Há obras de Arte que considera
horríveis, feias e que causam emoções negativas. Mas a beleza está relacionada com a
Estética! E o que significa em Filosofia, Estética? Estética é uma disciplina que estuda vários
temas – estuda os problemas relativos à natureza da beleza (seja qualquer tipo de beleza e das
artes). Coloca questões tais como: O que é a beleza? Como sabemos que algo é belo? O que é
a Arte? O quefaz a Arte ter valor?....
Definir-se arte, apresenta-se como um trabalho árduo e não isento de polémica. Mas,
há algo inquestionável: a arte é indissociável do processo de hominização. Podemos mesmo
afirmar, que a partir das primeiras preocupações e realizações artísticas, existe de facto
humanidade. Nesta medida, os valores estéticos, entre outros, distinguem a espécie humana
na sua especificidade. O conceito de arte é ambíguo e não isento de polémica. O tema é
polémico, em virtude da enorme diversidade de conceções que existem acerca da definição de
arte. Existem teóricos que aceitam determinados critérios que possibilitam a definição de arte,
o que não impede que não consigamos encontrar contra-argumentos que deixam todas essas
teorias “sem saída” ou resposta. Há também teóricos que afirmam a impossibilidade em
definir-se arte.
O filósofo, Morris Weitz (1916-1981) insere-se nesta última perspetiva, igualmente
criticável. Segundo este autor, a arte é indefinível, porque a heterogeneidade de objetos
artísticos impede a existência de características que sejam comuns a todos eles, para que os
apelidemos de obras de arte. Portanto, para Weitz, a arte apresenta-se como um conceito
aberto, sendo sobretudo uma atividade criativa, inovadora e subversiva. Apesar das
dificuldades em darmos uma definição rigorosa e objetiva de arte, a mesma implica algumas
das seguintes condições: ser uma criação humana; possibilitar prazer ou fruição; poder ser
contemplada e usufruída pelo público; corresponder a formas estéticas; ser original e
inconfundível; poder gerar uma gama diferenciada de interpretações.
A estética é uma disciplina filosófica criada pelo alemão Alexander Baumgarten (1714-
1762), para designar a disciplina que estuda o conhecimento sensorial; Além disso, debruça-se
sobre vários problemas, como por exemplo: O que é a beleza? Como sabemos que algo é
belo? O que é a Arte? O que faz a Arte ter valor? Estes filósofos defendiam que as pessoas
possuíam uma capacidade ou faculdade, que apreendia ou reconhecia a beleza, a que
chamaram “faculdade de gosto”, diferente do conhecimento obtido pela razão. Mas, já os
gregos, na época clássica, referiam-se ao termo “Aisthésis” que designava: perceber e sentir.
Em sentido lato, podemos definir Experiência estética como uma vivência do ser
humano caracterizada por uma predisposição para se emocionar face a seres e situações
naturais, bem como a obras produzidas pelo Homem, atribuindo-lhes valor, em termos de
beleza. Exemplos de experiências Estéticas: pinturas de Picasso, o pôr-do-sol no Alentejo, a
música dos U2…etc. (pode acrescentar exemplos…)
A noção de cultura
- A cultura é criação. O homem não só recebe a cultura dos seus antepassados como
também cria elementos novos que a renovam;
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- A cultura é um sistema de símbolos, compartilhados com que se interpreta a realidade e
que conferem sentido à vida dos seres humanos.
Pensamos que a arte, é algo complicado de ser definido exactamente. A arte é uma
espécie de respiração da alma, análoga à espiração física, sem, a qual o nosso corpo não
pode passar. “Os tratados em geral dizem que a arte é a actividade humana que procura o
belo. Isto é, porém, um conceito vago, genérico, e nada mais claro se obteve quando se
tentou substituir a palavra “belo” pela expressão “prazer estético”. Tem esta expressão um
carácter estritamente psicológico e não coincide com todas as possibilidades da arte e com
todas as suas manifestações. Nenhuma definição conseguiu, e talvez jamais consiga,
sintetizar este complexo fenómeno espiritual e material ao mesmo tempo” (Bardi, P.M.).
Outras definições de arte: “ A arte é o oposto da natureza. Uma obra de arte só pode
provir do interior do homem” (Edward Munch, 1970). “ A arte não reproduz o visível, mas
torna visível” (Paul Klee, 1920). “A arte é uma mentira que nos faz compreender a verdade”
(Pablo Picasso, 1923). “A arte é uma força cuja finalidade deve desenvolver e apurar a alma
humana” (Vassily Kandinsky, 1910).
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Assim, podemos relacionar a palavra arte à palavra belo, sem esquecer que belo é
exactamente como cada um de nós o percebe. E que o feio expressado numa obra de arte
também pode ser muito belo, isto porque na contemplação da obra, o espetador, de algum
modo, recria a obra e atribui-lhe um determinado sentido que ele descobre e que não está
previamente definido. Por isso, a experiência estética é sempre uma aventura pessoal e
emocionante. A obra de arte abre horizontes novos e outras perspectivas, pois ela não
pretende fazer uma cópia do real, mas sim transmitir sensações e emoções, construindo com
a imaginação, não o mundo tal como ele é, mas transmitindo o mundo como o seu criador o
vê.
Pietro Maria Bardi, História da arte brasileira, 2ª edição São Paulo: Melhoramentos, 1975 (adaptado)
A experiência estética
Todos nós somos inclinados a aceitar formas e cores convencionais como as únicas
correctas. Por vezes, as crianças pensam que as estrelas devem ter o mesmo formato estelar,
embora não o tenham naturalmente. Os adultos que insistem em que, num quadro, o céu
deve ser azul e a relva verde, não são muito diferentes dessas crianças. Indignam-se se vêem
outras cores num quadro, mas se tentarmos esquecer tudo o que ouvimos a respeito de
relva verde e céu azul, e olharmos o mundo como se tivéssemos acabado de chegar de outro
planeta, numa viagem de descoberta, e o víssemos pela primeira vez, talvez concluíssemos
que as coisas são susceptíveis de apresentar cores e formas mais surpreendentes. Ora, os
artistas sentem, às vezes, como se estivessem empreendendo tal viagem de descoberta.
Querem ver o mundo como se fosse uma novidade e rejeitar todas as noções aceites e todos
os preconceitos sobre a carne ser rosada e as maçãs amarelas ou vermelhas. Não é fácil
libertarmo-nos dessas ideias preconcebidas, mas os artistas que conseguem fazê-lo
produzem frequentemente as obras mais excitantes. São eles quem nos ensina a ver na
natureza novas belezas de cuja existência nunca havíamos sonhado. Se os acompanharmos e
apreendermos através deles. Até mesmo um relance de olhos para fora da nossa própria
janela poderá converter-se numa aventura emocionante.
E.H. Gombrich, A História da Arte. Madrid: Guanabara
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5 - A literatura ou qualquer produção artística, tal como uma pintura, é uma forma de
consolidação do património cultural e artístico de um povo. Porquê?
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