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AMINA AFONSO ALBINO

GENERALIDADES SOBRE SISTEMAS ELÉCTRICOS DE POTÉNCIA:

Historial E Evolução Sobre Produção De Energia Eléctrica E Redes De Transporte E


Distribuição De Energia Eléctrica E Central Hidreléctrica De Cahora Bassa.

TRABALHO DE PESQUISA: ENGENHARIA ELETRICA

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS


CURSO DE ENGENHARIA ELETRICA
BEIRA-SF
2020
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE MECATRONICA
ENGENHARIA ELÉCTRICA

TRANSPORTE E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA I

TRABALHO DE INVESTIGAÇÃO I

Discente:
AFONSO, Amina Albino

Docente:
Eng. Calulo Artur Chataza

FEVEREIRO- 2020
BEIRA-SF
ÍNDICE
1.1 Introdução......................................................................................................................4
1.2 Objectivos:.....................................................................................................................4
1.2.1 Objectivo Geral;...................................................................................................4
1.2.2 Objectivos Específicos;........................................................................................4
1.3 Metodologia...................................................................................................................4
1.4 Palavras-chave...............................................................................................................4
2.1 Historial E A Evolução De Sistemas De Produção De Energia Eléctrica.....................5
2.1.1 Historial sobre a produção de energia eléctrica...................................................6
2.1.2 Evolução sobre a produção de energia eléctrica..................................................9
2.1.3 Usina Cahora Bassa...........................................................................................10
2.2 Evolução De Sistemas De Transporte E Distribuição De Energia Eléctrica...............12
2.2.1 Estrutura de um sistema eléctrico de potência...................................................14
2.2.1.1 As centrais geradoras……………………………………………………...14
2.2.1.2 As linhas de transmissão………………………………………………….15
2.2.1.3 Os sistemas de distribuição……………………………………………….15
2.2.2 Historial de sistemas de eléctrico de potência...................................................16
2.2.2.1 Histórico dos tranformadores de potência………………………………...17
3. CONCLUSÃO...............................................................................................................18
4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................19
1. INTRODUÇÃO

1.1 Introdução
Neste presente trabalho técnico e científico, abordarce-a de generalidades historicas e da
evolução sobre a produção de energia electrica e das redes electricas de transporte e
distribuicao de energia electrica, sendo que o mesmo apontará o estado actual de operação da
usina hidrielectrica de Cahora Bassa.
O desenvolvimento de fontes de energia para realizar um trabalho proveitoso é a chave
para o progresso industrial que é básico para a melhoria contínua no padrão de vida do povo
em geral. Descobrir novas fontes de energia disponivel onde for necessario, converter a
energia de uma forma para outra e usa-la sem criar poluição que destruirá nossa biosfera são,
entre outros, os maiores desafios enfrentados no mundo de hoje.
Indo mais adiante apresentarei informações relacionados ao fundamentos de sistemas de
potencia de energia electrica.

1.2 Objectivos:
Os objectivos que norteiam a pesquisa deste trabalho tecníco e cíentifico são divididos
em objectivo geral e especificos.
1.2.1 Objectivo Geral;
 Generalidades sobre sistemas eléctricos de potencia.

1.2.2 Objectivos Específicos;


 Apresentar a evolução do sistema de produação de energia electrica;
 Historializar as redes eléctricas de transporte e distribuição de energia eléctrica;
 Compreender o princípio de transporte e distribuição de energia eléctrica;
 Difundir sobre a usina hidrielectrica de Cahora Bassa.

1.3 Metodologia
Para a realização do presente trabalho foi baseou-se no método dedutivo, partindo das
perspectivas gerais para particulares:
Livros e Revistas científicas relacionados sobre o assunto;

1.4 Palavras-chave
Produção de Energia Eléctrica, Transformador de Potencia, Transporte de Energia
Eléctrica, Distribuicao de Energia Eléctrica, Redes Eléctrica.
2. GENERALIDADES SOBRE SISTEMAS ELÉCTRICOS DE POTÉNCIA
O desenvolvimento de fontes de energia para realizar um trabalho proveitoso sempre foi
a chave para o progresso industrial que é básico para a melhoria contínua no padrão de vida
do povo em geral.
Descobrir e desenvolver novas fontes de energia disponivel onde for necessario, converter
a energia de uma forma para outra e usa-la sem criar poluição que afetaraa a nossa biosfera
de forma acentual, são entre outros, os maiores desafios enfrentados no mundo de hoje.
O sistema eléctrico de potência é uma das ferramentas para converter e transportar
energia, e que está desempenhando um grande papel para vencer esses desafios.

2.1 Historial E A Evolução De Sistemas De Produção De Energia Eléctrica


As necessidades energéticas do homem estão em constante evolução. Para satisfazer suas
primeiras necessidades, que eram basicamente a alimentação, uma fonte de iluminação
noturna e aquecimento, o homem apropriou-se do uso do fogo e desenvolveu a agricultura e a
pecuária, armazenando energia excedente nos animais e alimentos (FONSECA, 1972;
HÉMERY; BEBIER; DELÉAGE, 1993).
A partir de então, cada vez mais, pode dedicar-se a outras atividades para potencializar
seu trabalho (TESSMER, 2002). A diversificação do trabalho, visando à otimização das
tarefas e ao aumento do nível de conforto demandou novas formas de utilização de energia,
que foram sendo descobertas e aprimora-das, através do desenvolvimento da matemática, da
geometria e da engenharia, que proporcionaram a criação de dispositivos mecânicos
complexos, empregados para o aproveitamento da energia contida nos ventos e no vapor
(PIERRE, 2011).
Segundo Amaral (2010), ainda na era do vapor surge o carvão mineral empregado na
combustão direta para sua produção, sendo considerado o primeiro combustível fóssil usado
em larga escala e o início de uma nova era, caracterizada pela revolução industrial, o
surgimento do automóvel e a exploração do petróleo. Juntamente com o petróleo, o domínio
do fenômeno da eletricidade ampliou o número de usos finais de energia
Isso, somado à falta de conhecimento dos riscos e dos danos causados pela extração e
pela queima de combustíveis fósseis, fez com que o progresso da humanidade se sustentasse
e dependesse diretamente do uso desses combustíveis. Atualmente, os combustíveis fósseis
ainda são responsáveis por aproximadamente 80% da matriz energética mundial.
A energia elétrica é uma forma de energia secundária, obtida a partir de diferentes fontes
de energia primárias, capaz de entregar aos usuários finais energia através de extensas redes
de distribuição. Ao longo das últimas décadas, a matriz energética de produção de energia
elétrica tem-se diversificado de forma intensiva, como resposta ao aumento dos níveis de
consumo (WALTER, 2010). Fatores como a disponibilidade de recursos, interesses
comerciais, domínio de tecnologias e a preservação do meio ambiente levaram os países a
diferentes escolhas para a composição de suas matrizes.
2.1.1 Historial sobre a produção de energia eléctrica
 Grécia Antiga -Tales descobre as propriedades do âmbar;
 Ásia Menor descobre-se as propriedades de um pedaço de rocha atrair pequenos
pedaços de ferro;
 Somente em 1600 William Gilbert publica sua obra De Magnete na qual relata
estas propriedades. Surge pela primeira vez as palavras eletricidade e eletrização;
 1660 – Otto Von Guericke inventa a máquina eletrostática que era capaz de gerar
cargas elétricas por fricção;
 1729 – Stephen Gray fez a distinção entre materiais condutores e não condutores;
 1730 – Charles Francis Dufay descobriu que a eletricidade produzida por fricção
podia ser de duas classes –positiva ou negativa;
 1744 – Universidade de Leyden –Holanda foi inventado um dispositivo chamado
garrafa de Leyden;
 Benjamin Franklin – Estados Unidos –carregou uma garrafa de Leyden utilizando
pipas durante tempestades e constatou que os raios são uma forma de eletricidade,
Esta descoberta de Franklin possibilitou a invenção dos primeiros para raios;
 No século XVIII acreditava-se que a eletricidade era um fluido. Com base nesta
teoria Franklin estabeleceu (1750) os termos “eletricidade positiva “ e
“eletricidade negativa” assim como as propriedades de atração e repulsão entre
corpos carregados;
 Alessandro Volta – Itália – descobre que ocorre uma reação química quando dois
metais diferentes ficam em contato com uma solução acida. Devida esta reação
surge uma corrente elétrica (CC);
 1796 – Volta construiu a primeira pilha utilizando discos de cobre e zinco,
separados por um material que continha uma solução
acida;
 1820 – França –André Maria Ampere, demonstrou que condutores percorridos
por correntes elétricas desenvolvem forças de atração ou de repulsão. Ele
inventou o solenoide;
 1827 – Ampere elaborou a formulação matemática do eletromagnetismo , a
conhecida “lei de Ampere”;
 1827 – Alemanha – George Simon Ohm descobre a relação entre corrente, tensão
e resistência em um condutor elétrico surgindo uma das mais utilizadas
expressões na eletricidade , “ Lei de Ohm”;
 1820 – Dinamarca – Hans Christian Oersted descobre que uma corrente elétrica
fluindo em um condutor é capaz de alterar a agulha de uma bússola;
 1830 – Estados Unidos –Joseph Henry descobriu a “indução eletromagnética” e a
conversão do magnetismo em eletricidade;
 1831 – Inglaterra –Michael Faraday descobriu que se um condutor se
movimentasse dentro do campo magnético de um ímã, uma força eletromotriz era
induzida nos terminais do condutor;
 1833 – Inglaterra – Michael Faraday estabeleceu as leis da eletrólise, da
capacitância elétrica e inventou o motor elétrico, o dínamo e o transformador;
 1880 – Estados Unidos – Thomas Edison desenvolveu a lâmpada elétrica
incandescente;
 1882 – Thomas Edison projetou e construiu as primeiras usinas geradoras, uma
em Londres e duas nos Estados Unidos. Ambas eram de pequeno porte e
forneciam eletricidade em corrente contínua (CC);
 1864 – Inglaterra -James Maxwell desenvolveu as equações fundamentais do
eletromagnetismo – Leis de Maxwell;
 1886 Estados Unidos , George Westhinghouse inaugurou o primeiro sistema de
energia elétrica em CA utilizando um transformador eficiente desenvolvido por
W. Stanley;

 1887 já havia algumas usinas em CA que alimentavam cerca de 135000


lâmpadas, A transmissão era feita em 1000 volts;
 1890 – Sérvia – Nikola Tesla criou o sistema de geração de energia elétrica
trifásico, que passou a ser utilizado em 1896.
2.1.2 Evolução sobre a produção de energia eléctrica
As primeiras experiências de eletrodinâmica foram feitas com corrente contínua. As
primeiras linhas de transmissão também usavam CC. Posteriormente passou-se a
usar Corrente alternada devido às dificuldades de conversão (elevação/diminuição) da tensão
em CC. No entanto com o desenvolvimento da tecnologia (inversores), voltou-se a usar CC
nas linhas de transmissão em alta tensão (CCAT).
A corrente contínua (CC) recebe este nome por ter a característica do fluxo dos elétrons e
consequentemente da tensão e corrente serem unidirecional.
A primeira usina elétrica (CC), que foi conhecida como usinas electrica de Edison apenas
fornecia corrente elétrica para algumas lâmpadas. Desde então, a rede que leva eletricidade
às nossas casas foi expandida e, atualmente, encara seu maior desafio: ser completamente
livre dos combustíveis fósseis.
 Depois de ter obtido a patente em 1879, fundou a Edison Illuminating Company e, em
1882, inaugurou a primeira usina elétrica em corrente continua para vender eletricidade aos
compradores de suas lâmpadas.
Ele começou com 80 clientes e 400 lâmpadas, mas, em dois anos, o negócio cresceu,
chegando a marca de 500 clientes - entre eles, o The New York Times - e 10.000
lâmpadas. Além da primeira usina elétrica, também foi a primeira usina de cogeração, já que
o vapor era aproveitado para aquecer os edifícios adjacentes. Nesse mesmo ano, o industrial
H. J. Rogers criou a primeira usina hidrelétrica no rio Fox (Wisconsin, Estados Unidos).
As primeiras usinas elétricas funcionavam com corrente contínua, o que impedia a
transmissão da energia por longas distâncias. Resolvendo o problema: Nikola Tesla e sua
aposta na corrente alternada. 
Foi uma disputa entre Nikola Tesla e Thomas Edison que ocorreu nas duas últimas
décadas do século XIX. Os dois tornaram-se adversários devido à campanha publicitária de
Edison pela utilização da corrente contínua para distribuição de eletricidade, em
contraposição à corrente alternada, defendida por Westinghouse e Nikola Tesla.
Durante os primeiros anos de fornecimento de eletricidade, a corrente contínua foi
determinada como padrão nos Estados Unidos e Edison não estava disposto a perder os
rendimentos de sua patente.
A corrente contínua funciona bem com lâmpadas incandescentes, responsáveis pela
maior parte do consumo diário de energia, e com motores. Tal corrente podia ser diretamente
utilizada em baterias de armazenamento, promovendo valiosos níveis de carregamento e
reservas energéticas durante possíveis interrupções do funcionamento dos geradores.
Os geradores de corrente contínua podiam ser facilmente associados em paralelo,
permitindo a economia de energia através do uso de dispositivos menores durante períodos
de alto consumo elétrico, além de melhorar a confiabilidade.
O sistema de Edison inviabilizava qualquer motor a corrente alternada. Edison havia
inventado um medidor para permitir que a energia fosse cobrada proporcionalmente ao
consumo, mas o medidor funcionava apenas com corrente contínua. Até 1882, estas eram as
únicas vantagens técnicas significantes do sistema de corrente contínua.
A partir de um trabalho com campos magnéticos rotacionais, Tesla desenvolveu um
sistema de geração, transmissão e uso da energia elétrica proveniente de corrente alternada.
Tesla fez uma parceria com George Westinghouse para comercializar esse sistema.
Westinghouse comprou com antecedência os direitos das patentes do sistema polifásico de
Tesla, além de outras patentes de transformadores de corrente alternada, de Lucien
Gaulard e John Dixon Gibbs, dessa forma driblando o monopólio de patentes reivindicados
por Thomas Edison.
Em 1895, ele construiu, junto ao industrial George Westinghouse, a usina hidrelétrica das
cataratas de Niágara, levando eletricidade para a cidade de Buffalo, a 40 quilômetros de
distância. Começava, assim, a eletrificação do mundo e, com ela, a segunda revolução
industrial.
Em 1898, dois novos projetos impulsionaram esse processo: a usina hidrelétrica de
Decew Falls no Ontário (Canadá) foi a primeira a gerar eletricidade de alta voltagem para ser
transmitida por grandes distâncias; e a de Rheinfelden (Alemanha) foi a primeira a usar
corrente alternada trifásica a 50 hertz, norma aplicada atualmente em quase todo o mundo.
2.1.3 Usina Cahora Bassa
A barragem de Cahora Bassa  (Cabora Bassa durante o período colonial português) situa-
se no Rio Zambeze, na província de Tete (a 120 km desta cidade), em Moçambique.
A sua albufeira é a quarta maior de África  (depois de Assuão, Volta e Kariba), com uma
extensão máxima de 250 km em comprimento e 38 km de afastamento entre margens,
ocupando cerca de 2700 km² e tendo uma profundidade média de 26 metros. É ainda a maior
barragem em volume de betão construída em África e o maior empreendimento do Estado
Português no antigo império.[1]
É atualmente o maior produtor de eletricidade em Moçambique, com capacidade superior
a 2075 megawatts, que abastece Moçambique (perto de 250MW), África do Sul  (1100MW)
e Zimbabué  (400MW). Decorrem negociações para o abastecimento do Maláui com energia
eléctrica de Cahora Bassa.
À produção de energia eléctrica da Hidreléctrica de Cahora Bassa (HCB), na província
central moçambicana de Tete, fixou-se em 13,659 GWh (gigawatts hora), em 2018, número
que representa um acréscimo anual de 1,39%.
A HCB informa na nota que a produção registada foi atingida num ano em que devido às
medidas de gestão hidrológica tomadas pela empresa, em conjugação com a melhoria das
afluências, se verificou uma melhoria gradual de armazenamento de água na albufeira de
Cahora Bassa. A empresa estabeleceu como meta para 2019 uma produção de 14,809 GWh
(gigawatts hora).
A central que se encontra na Usina da HCB tem uma estação conversora de CA em CC
(220kVCA / 533kVCC / 1800A) e uma subestação que recebe as 5 linhas dos 5 grupos
geradores.
Dos 5 grupos geradores da central com uma potência total de 2075W instalados, a
elevação é feita através de transformadores em banco trifásico 5x (3x160MVA) que também
estão no interior da central.
A saida da barragem é feita por cabo a 220kV. A estação conversora (8 grupos de
240MW cada, cada um formado por 3 transformadores conversores monofásicos e uma ponte
conversora de 6 impulsos, a tirístores imersos em óleo, formada por 6 válvulas, agrupadas 2 a
2 por cada fase, 2 bancos de filtros eliminam as harmónicas de corrente resultantes da
conversão). Assim se faz o transporte até à estação Apollo da RAS.
Dois transformadores auxiliares (220/20kV, 20MVA) e em recurso 3 geradores diesel (2
de 4MVA na subestação do Songo e 1 de 1MVA na central) ligam a dois cabos de 20kV
entre a central e a subestação, em linha aérea e em caleira, tornando o sistema redundante.
A subestação do Songo, recebendo as 5 linhas de energia dos 5 geradores, vai distribuir
em corrente alternada, por duas linhas para Moçambique a 220kV.
Um conversor normalmente designa um circuito que transforma CC em CA com
frequência e amplitude fixa desejada. Mas conversores de frequência, também conhecidos
como inversores de frequência, são dispositivos que convertem CA em CC em uma tensão de
amplitude e frequência variáveis.
2.2 Evolução De Sistemas De Transporte E Distribuição De Energia Eléctrica
A resposta de Edison às limitações do sistema de corrente contínua foi simplesmente
gerar energia nos locais próximos ao consumidor (hoje chamado de geração distribuída),
além de instalar condutores de grandes dimensões para lidar com a crescente demanda de
eletricidade.
Porém, tal solução mostrou-se dispendiosa (especialmente em zonas rurais que não
podiam conceder recursos para a construção de uma estação local[6] ou pagar pela grande
quantidade de grossos fios de cobre), não prática (incluindo, mas não se limitando, uma
ineficiente conversão de tensão), e de difícil manejo. Edison e seus sócios, no entanto, teriam
se beneficiado amplamente a partir da construção de um grande número de usinas elétricas,
necessárias para a introdução da eletricidade em várias comunidades.
A corrente contínua não podia ser facilmente alterada para uma tensão menor ou maior.
Isto significava que linhas elétricas tinham de ser instaladas separadamente, a fim de prover
energia para aparelhos que funcionavam a diferentes tensões, por exemplo, a iluminação e os
motores elétricos. Isso levou a um aumento do número de cabos para instalação e
sustentação, desperdiçando dinheiro e introduzindo riscos desnecessários. Um certo número
de mortes da Grande Nevasca de 1888 foi atribuído ao desabamento dos cabos suspensos de
energia em Nova York.
Já a corrente alternada podia ser conduzida: a longas distâncias em altas tensões e a
baixas correntes, utilizando condutores mais finos (portanto, com maior eficiência de
transmissão), e depois era convenientemente diminuída para baixas tensões, para a utilização
em residências e fábricas.
Quando Tesla introduziu o sistema de geradores, transformadores, motores, fios e luzes a
corrente alternada, em novembro e dezembro de 1887, tornou-se claro que esse tipo de
corrente era o destino futuro para a distribuição de energia elétrica, embora o sistema
contínuo fosse utilizado nos centros das áreas metropolitanas por décadas subsequentes.
A baixa frequência (50 a 60 Hz) da corrente alternada pode ser mais perigosa do que
níveis similares de corrente contínua, uma vez que as flutuações alternadas podem fazer com
que o coração perca a coordenação do ritmo cardíaco ao provocar a fibrilação ventricular,
que rapidamente leva à morte dentro de seis a oito minutos, por deficiência de oxigênio no
cérebro e na medula óssea.
No entanto, qualquer sistema de distribuição prático utiliza níveis de tensão suficientes o
bastante para que uma quantidade perigosa de corrente flua, seja corrente contínua ou
alternada. Apesar da precaução contra a eletrocussão ser similar, em última análise as
vantagens da transmissão de energia por corrente alternada compensam esse risco teórico.
Por isso, a corrente alternada acabou sendo adotada como padrão mundial.
A vantagem da corrente alternada para a distribuição de energia à distância é devida à
facilidade de variação da tensão com um transformador. A potência elétrica (energia elétrica
por unidade de tempo) é o produto da corrente pela tensão aplicada (P = U×I). Para uma
determinada quantidade de energia, uma baixa tensão requer uma corrente maior e uma alta
tensão uma corrente menor. Uma vez que cabos metálicos condutores possuem uma
certa resistência elétrica, parte da energia será desperdiçada em forma de calor dentro dos
fios. Esta perda de energia é dada por P = I²R.
Assim, se a potência transmitida é a mesma, e se são conhecidas as restrições de
tamanho de condutores práticos, as transmissões a baixa tensão e a alta corrente sofrerão uma
perda de potência muito maior que os sistemas a alta tensão e baixa corrente. Isto se aplica
tanto à corrente contínua como à alternada.
A conversão de energia em corrente contínua de uma tensão a outra era difícil e
dispendiosa, devido à necessidade de um enorme conversor giratório ou um conjunto motor-
gerador, enquanto que a mudança de tensão em corrente alternada pode ser feita com as
bobinas simples e eficazes do transformador, que não possuem partes móveis e não exigem
manutenção. Esta foi a chave para o sucesso do sistema de corrente alternada. Redes de
transmissão modernas utilizam regularmente a tensão alternada em até 765 mil volts.[10]
Apesar das vantagens, as linhas de transmissão em corrente alternada apresentam outros
empecilhos não observados na corrente contínua. Devido ao chamado efeito pelicular, um
condutor terá uma maior resistência à corrente alternada do que à corrente contínua; essa
resistência pode ser medida e daí o significado prático para amplos condutores serem ligados
na ordem de milhares de amperes. O aumento da resistência devido ao efeito pode ser
compensado alterando-se o formato dos condutores, de um miolo sólido para um trançado de
vários fios de menor espessura (cabo).
2.2.1 Estrutura de um sistema eléctrico de potência
O objetivo de um sistema elétrico de potência (SEP) é gerar, transmitir e distribuir
energia eléctrica atendendo a determinados padrões de confiabilidade, disponibilidade,
qualidade, segurança e custos, com o mínimo impacto ambiental e o máximo de segurança
pessoal.

O sistema eléctrico de potência consiste em três divisões principais:

 As centrais geradoras;
 As linhas de transmissão;
 Os sistemas de distribuição.

2.2.1.1 As centrais geradoras


Onde há geração de energia eléctrica (CC ou CA); na geração de energia eléctrica CA,
uma tensão alternada é produzida, na qual é expressa por uma onda senoidal, com frequência
fixa e amplitude que varia conforme a modalidade do atendimento em baixa, média ou alta
tensão. Essa onda senoidal propaga-se pelo sistema eléctrico mantendo a frequência
constante e modificando a amplitude à medida que trafegue por transformadores.
A tensão de grandes geradores síncronos está na faixa de 13,8kV a 24kV. Entretanto, os
grandes e modernos geradores são construídos para tensões de 18kV a 30kV. Não foram
adotadas tensões padronizadas para geradores. Os geradores da usina Chicamba e Mavuzi
possuem uma tensão nominal de geração de 6,6kV EDM, (DRT-ATCE-DOS).
As tensões dos geradores são elevadas para níveis de transmissão de 115 a 765kV. As
tensões padronizadas de altas tensão (AT) são 115, 138 e 230kV. As extras-altas tensões
(EAT) são 345, 500 a 765kV.

2.2.1.2 As linhas de transmissão


As linhas de transmissão constituem o elo de ligação entre as centrais geradoras e os
sistemas de distribuição, e conduzem a outros sistemas de potencia através de interconexões.
A transmissão de energia elétrica é feita em alta e extra-alta tensão, em moçambique a
transmissão de energia é feita e altas tensões, cuja as tensões típicas de transmissão são de
115kV e 230kV. EDM, (DRT-ATCE-DOS).
A primeira redução de tensão da linha de transmissão se dá numa subestação de
transmissão, onde a redução ocorre na faixa de 22kV, 33kV e 115kV. EDM, (DRT-ATCE-
DOS). Alguns usuários industriais podem ser abastecidos nesses níveis de tensão.

2.2.1.3 Os sistemas de distribuição


O sistema de distribuição liga todas as cargas individuas as linhas de transmissão nas
subestações que realizam transformações de tensão e funções de chaveamento.
Os níveis de tensão de distribuição são assim classificados segundo o Prodist:

 Alta tensão de distribuição (AT): tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou
superior a 69kV e inferior a 230kV.
 Média tensão de distribuição (MT): tensão entre fases cujo valor eficaz é superior
a 1kV e inferior a 69kV.
 Baixa tensão de distribuição (BT): tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou
inferior a 1kV.

De acordo com a Resolução No456/2000 da ANEEL e o módulo 3 do Prodist, a tensão de


fornecimento para a unidade consumidora se dará de acordo com a potência instalada.
2.2.2 Historial de sistemas de eléctrico de potência
Segundo o JR, WILLIAM D. STEVENSON (1986); diz que, o desenvolvimento dos
sistemas de corrente alternada (CA) começou nos estados unidos em 1885, quando George
Westinghouse comprou as patentes americanas referentes aos sistemas de transmissão em
CA, desenvolvidos por L. GAULARD e J. D. GIBBS, de paris. William Stanley, sócio antigo
de Westinghouse, testava transformadores em seu laboratório em Great Barrington,
Massachusetts.
Aí, no inverno de 1885-1886, Stanley instalou o primeiro sistema de distribuição
experimental em CA, nos estados unidos foi posta em operação em 1890 para transportar
energia electrica gerada em uma usina hidroelétrica desde Willamette Falls até Potland,
Oregon, numa distancia de 20km.
As primeiras linhas de transmissão eram monofásicas e a energia geralmente era utilizada
apenas para iluminação. Os primeiros motores também eram monofásicos, porem, em 16 de
maio de 1888, NICOLAS TESLA apresentou um trabalho descrevendo motores de indução e
motores síncronos bifásicos.
Já em 1893 em Chicago, foi mostrado ao publico um sistema de distribuição bifásico em
CA. Depois disso, sucedeu-se a transmissão de energia eléctrica por corrente alternada
trifásica. E que substitui-o gradualmente os sistemas de corrente continua (CC).
Em janeiro de 1894, já existiam cinco usinas geradoras polifásicas nos estados unidos,
das quais uma era bifásica e as outras eram trifásicas, atualmente a transmissão de energia
eléctrica nos estados unidos é feita quase inteiramente em CA, em moçambique a
transmissão de energia eléctrica ela é feita inteiramente em corrente alternada (ATLAS DE
ENERGIAS RENOVÁVES EM MOCAMBIQUE, 2015).
Uma razão para a aceitação atual de sistemas em CA foi o transformador que torna
possível a transmissão de energia eléctrica em uma tensão mais elevada que a tensão de
geração ou consumo, com a vantagem da capacidade maior de transmissão.
Em sistemas de transmissão de CC, os geradores CA alimentam a linha CC através de um
transformador e de um retificador eletrónico, um inversor eletrónico transforma a corrente
continua em corrente alternada no fim da linha de transmissão, para que a tensão possa ser
reduzida pelo transformador.
Através da retificação e inversão em cada extremidade da linha, a energia eléctrica pode
ser transferida em ambos sentidos. Estudos económicos mostram que a transmissão aérea em
CC não é económica, nos estados unidos a transmissão aérea em CC só é usada para
distancias menores que 560km.
2.2.2.1 Histórico dos tranformadores de potência
Segundo o CHAPMAN, STEVEN J. (2013) afirma que, o primeiro sistema de
distribuição de energia eléctrica dos Estados Unidos foi um sistema de inventado por
THOMAS A. EDISON (1882 ), para fornecer energia a lâmpadas incandescentes. A máxima
distância económica entre geração e carga era apenas uma milha (1.5km). A primeira estação
geradora de energia eléctrica de Edison entrou em operação na cidade de Nova York em
Setembro de 1882.
Infelizmente, seu sistema gerava e transmitia energia eléctrica com tensões tão baixas que
se tornavam necessárias correntes muito elevadas para fornecer quantidades significativas de
energia.
Essas correntes elevadas causavam quedas de tensão e perdas energéticas muito grandes
nas linhas de transmissão, restringindo severamente a área de atendimento de uma estação
geradora. Na década de , as usinas geradoras estavam localizadas a poucos quarteirões umas
das outras para superar esse problema.
O fato de que, usando sistemas de energia de baixa tensão, a energia não podia ser
transmitida para longe significava que as usinas geradoras deveriam ser pequenas e
localizadas pontualmente sendo, portanto, relativamente ineficientes.
A invenção do transformador e o desenvolvimento simultâneo de estações geradoras de
energia eliminaram para sempre essas restrições de alcance e de capacidade dos sistemas de
energia eléctrica.
3. CONCLUSÃO
Conclui-se que o sistema atual de energia elétrica é baseado em grandes usinas de
geração que transmitem energia através de sistemas de transmissão de alta tensão, que é
então distribuída para sistemas de distribuição de média e baixa tensão. Em geral o fluxo
de energia é unidirecional e a energia é despachada e controlada por centro(s) de
despacho com base em requisitos pré-definidos.
4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FONSECA, Rômulo Soares. Iluminação Elétrica. São Paulo: Editora McGraw-Hill
do Brasil Ltda., 1972.

HÉMERY, Daniel; BEBIER, Jean Claude; DELÉAGE, Jean-Paul. Uma História


da Energia. Brasília: Editora Universidade de Brasília. 1993.

AMARAL, Danilo. História da Mecânica - O motor a vapor. UFPB, 2010.


Disponível em:
<http://www.demec.ufmg.br/port/d_online/diario/Ema078/historia%20do%20motor
%20 a%20vapor.pdf>.

TESSMER, Hélio. Uma síntese histórica da evolução do consumo de energia pelo


homem. Novo Hamburgo, 2002. Disponível em:
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