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FALSUM COMMITTIT, QUI VERUM TACET

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Escrevinhação n. 865
VIGIAR É PRECISO, VIVER NÃO É PRECISO

Redigido em 14 de dezembro de 2010, dia de São João da Cruz.

Por Dartagnan da Silva Zanela

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Aproprio-me humildemente das palavras de São Justino de

Roma, dirigidas aos seus algozes, para iniciar essa missiva, dizendo que

com o presente escrito, não pretendo bajular-vos, nem dirigir-vos um

discurso como mero agrado, mas pedir-vos que realizeis o julgamento dos

cristãos conforme o exato discernimento. Um julgamento do mau Cristão.

Do mau Cristão que há em nós. Do Cristão desleixado que habita em nosso

ser e que posa de bom moço perante nossos próprios olhos todas as manhãs

quando lavamos nossa deslavada face.

A milonga não é curta, sei disso, mas seria de pouca serventia

tecer aqui uma longa carta aberta denunciando as forças que querem nos

destruir, que anseiam por arrastar nossa alma pela vereda das trevas. Como

também seria algo desmedido ficarmos aqui rasgando seda em torno das

celestiais virtudes que coroam a cristandade. De pouca serventia seria, visto

que, se perguntarmos para qualquer dito Cristão quais são os três grandes

inimigos e quais são seus subterfúgios, estes não saberia responder e, se

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respondessem, o fariam com forte sentimento de confusão. Ou vão-me

dizer que estou mentindo?

Hoje em dia, desejamos muito mais nos sentir bem conosco e

com os nossos concidadãos do que salvar nossa alma, do que lutar a boa

luta. Tememos mais a desaprovação dos olhares da multidão e dos que nos

circundam do que o juízo de Deus. Preferimos seguir os exemplos presentes

no mundo e que o representam do que aprender e crescer em Espírito e

Verdade com a vida exemplar dos Santos e Mártires. Cremos que nossas

fúteis verdades pessoais são mais dignas de crédito do que a Doutrina da

Santa Madre Igreja, que é a expressão doutrinal da Verdade. Acreditamos

muito mais em um hipotético mundo melhor a ser edificado pela

concentração de poder realizada em nome de supostas justiças sociais do

que na realidade do Reino de Deus que nos chama para, livremente,

atendermos com firmeza à justiça Divina.

Queremos, no fundo, ser apenas reles cristãos softs, que não

incomodam ninguém e que não se incomodam com a sua vida pecaminosa.

Para estes pseudo-cristãos, que abundam em nossa época, principalmente

nos bancos e púlpitos da Igreja, oração, penitência, esmola, estudo, são

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coisas do passado, a nossa onda é se considerar iluminado. E, é claro, não

estorvar, de modo algum, nem a carne, nem o mundo e nem ao diabo.

Assim se vive atualmente, devido à perda da perspectiva da

imortalidade de nossa alma. Agimos, julgamos, planejamos, pensamos,

refletimos e até mesmo rezamos, como se todos os nossos atos devessem ser

unicamente julgados a partir de uma perspectiva temporal, nos esquecendo

que tudo o que fazemos nesta vida reflete e ecoa pela eternidade.

Lembremo-nos ou não disso, cada um de nós é uma alma

imortal e é no plano da eternidade que nossos atos devem ser pensados,

planejados, realizados e vividos, pois, é nessa perspectiva que está a

realidade da natureza humana. Nós formos criados por Deus e para Ele e

não para expirarmos na finitude do tempo e do espaço.

E se assim agimos, com nossas costas viradas para a realidade

da imortalidade da alma, estamos literalmente trabalhando contra a

Verdade, contra a realidade de nossa existência. Enfim, contra a fé que nós

exteriormente professamos ao mesmo em tempo que não permitimos que

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esta deite as suas doces raízes no fundo de nosso ser para que Ela nos

molde e nos edifique.

E aí, meu caro, eu vos pergunto: quem tem a ganhar com a

negação, explicita ou não, da imortalidade da alma humana? O diabo,

obviamente. Mas, é claro, como eu poderia me esquecer disso! Na

atualidade as pessoas também não mais acreditam na existência e na

atuação deste, não é mesmo? É, mas esse não seria o seu maior ardil? Dizer a

todos que ele não existe para melhor agir contra nós?

Por isso irmãos, vigiai! Vigiai, pois o inimigo é traiçoeiro.

Assim nos adverte São Cipriano de Cartago. E, com o mesmo tom pastoral

ele nos admoesta, em sua obra A unidade da Igreja, que: “Nada é mais

importante para nós, irmãos diletíssimos, quanto vigiar com todo o cuidado para

descobrir logo e, ao mesmo tempo, compreender e evitar as ciladas do inimigo

traiçoeiro”. Para tanto, é fundamental que lembremo-nos destas duas

verdades elementares. Primeira: nós somos almas imortais e assim devemos

agir. Segundo: o encardido quer que você despreze essa realidade sobre nós

e que ignore a existência dele para que ele possa nos arrastar para suas

sombras.

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Em fim, este é o quadro da luta. Este é o campo de batalha que

há em nossa alma. E queiramos ou não, a decisão a ser tomada quanto ao

lado que penderá o nosso gládio cabe unicamente a nós. Por isso, preparai-

vos e vigiai, porque a luta está apenas começando e você, meu caro, deve

decidir qual lado será.

Pax et bonum
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Blog: http://zanela.blogspot.com

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