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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DEMOGRAFIA
ASPECTOS HISTÓRICOS E ATUAIS DA DINÂMICA POPULACIONAL

CARLOS ALBERTO ALVES DE MOURA JÚNIOR


JOSELITO DA SILVEIRA JÚNIOR
YTHALO HUGO DA SILVA SANTOS

RESUMO
HISTORIA DE LA POBLACIÓN EUROPEA: Espacio

Natal/RN
2018
O segundo capítulo da Historia de la Población Europea de Livi Bacci, intitula-
se Espacio, justamente por argumentar sobre como o espaço geográfico foi fundamental
para a evolução demográfica da Europa. Até a revolução industrial, a necessidade
humana de espaço podia ser associada à de sobrevivência, visto a busca por recurso, que
podemos traduzir basicamente por alimento, matéria prima e fonte de energia. A
importância da relação população x espaço atende a quatro pontos: características
naturais do espaço; o modo de ocupação de grandes espaços vazios ou pouco habitados;
a conquista desses espaços para assentamentos e produção; e a intensificação da
ocupação e exploração. Estes pontos estão inter-relacionados, e afetaram principalmente
a mobilidade, emigração e formas de assentamentos (urbanização). A geografia da
Europa condicionou esses deslocamentos e assentamentos no continente. O clima, o
relevo, a vegetação, a rede hidrográfica, a relação costa-superfície, foram importantes
para evolução demográfica, muito devido a essa sociedade ser totalmente dependente da
terra.

Nos séculos que antecedem à Grande Peste de 1348, a demografia do continente


acaba sendo definida em um sistema que mais tarde permanecerá mais ou menos
estável. Os primeiros séculos do milênio são caracterizados por um intenso processo de
colonização da migração para o Leste Europeu, este que começa com dimensões
consideráveis no século XI e termina sua fase fundadora com a crise do século XIV. O
processo de expansão para o Leste, continuou mesmo após os contratempos e derrotas
causados pela longa crise demográfica dos séculos XIV e XV. Na Península Ibérica, o
Reconquista é um movimento na direção norte-sul, que em várias fases empurra a
população cristã para as áreas subtraídas ao domínio árabe e termina com a rendição de
Sevilha em 1248 sob o comando de Fernando III. O ritmo do processo de colonização é
marcado pelo processo de fundação de novas cidades, que atinge seu ponto culminante
em torno do ano 1300. Os movimentos citados oferecem pontos de discursões de
enorme importância demográfica, como as dimensões do fenômeno migratório, que
existe sobre muitas hipóteses. Kuhn tem estudado diferente documento disponíveis
(censos, cadastros) e estabelece a hipótese que, no século XII, o deslocamento dos
antigos territórios germânicos para os territórios entre o Elba e o Oder afetou quase 200
mil pessoas.

Ao final do século XVIII a conquista de espaço do continente (político militar e


de assentamentos e população) está definitivamente concluído. Não existem espaços
abertos despovoados, nem escassamente desocupados. A geografia humana da Europa
está estabilizada e só pode ser alterada por confrontos militares violentos.

Além da apropriação do espaço a intensificação da ocupação, a recuperação de


terrenos baldios, e o saneamento de áreas para cultivo, foram fundamentais para o
desenvolvimento demográfico. O aumento da população demandava recursos
alimentares, que poderia vir de duas formas: com o aumento de terras cultivadas (o que
tinha mantido um equilíbrio oscilante entre população e recurso ao longo do tempo); ou
uma mudança do sistema agrícola. O aumento de terras cultiváveis se dará por três
intervenções no espaço: a expansão por inciativa individual; a fundação de povoados
por parte dos senhores; e o saneamento de terras pantanosas ou pouco aptas para o
cultivo. Nos séculos XVI e XVII os estados se preocupam com uma política territorial,
consolidando espaços vazios por meio de incentivos para fundações de novos povoados,
principalmente perto de fronteiras. Nos Países Baixos, entre 1550 e 1650, começa-se a
se fazer saneamento para ampliar as terras cultiváveis, método que posteriormente é
difundido para toda Europa.

Por fim, o texto afirma que o crescimento da urbanização é um indicador seguro


da estabilidade de uma população, como também que a definição de uma cidade como
urbana pode depender da quantidade de habitantes. No entanto, também relata que,
inicialmente, essas populações apresentavam uma estrutura rural e por isso é possível
classifica-las de maneira equivocada ao definir tal quantidade mínima de habitantes. No
último parágrafo, o texto mostra uma rápida trajetória de urbanização do continente
europeu e afirma que esse processo foi concluído no final do século XVIII.

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