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ALMADA
2000
MARIA DE FÁTIMA BORGES
AGRADECIMENTOS
especial, quando este implica o trabalho com seres humanos, nada teria sido
possível sem o apoio essencial de pessoas e instituições que nos ajudaram a chegar
Obrigado ao meu marido, pelos momentos que estando só, procurou nunca
meu estudo.
Obrigado ao Prof. Doutor Pedro Caldeira, por me ter recebido, pela motivação
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ao meu questionário.
demonstrada.
Estes agradecimento não têm ordem numérica, qualquer um deles poderia ser
o primeiro.
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Dedicatória
Choveu muito na
minha vida…
As lágrimas tropeçaram
no escuro, no dia que te perdi…
O silêncio apareceu sobre o
rosto do meu pai, como a
humildade o reconhecimento
e a dor no meu coração…
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PREFÁCIO
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RESUMO
Cada vez mais cabe à escola prever respostas educativas de forma a educar
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Este trabalho sendo de natureza teórico-prático, tem por base uma análise
concelho do Seixal.
crianças com todo o tipo de patologia no Sistema Regular de Ensino, uma vez que,
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ÍNDICE
ÍNDICE....................................................................................................................... i
ÍNDICE DE QUADROS.............................................................................................. v
ÍNDICE DE GRÁFICOS ............................................................................................. vi
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1. Caracterização da amostra.
100
1.1 Sexo dos inquiridos.
............................................................................................................... 10
0
1.2 Categoria profissional dos inquiridos.
............................................................................................................... 10
0
1.3 Tipos de instituição onde os professores/educadores
desempenham funções.
............................................................................................................... 10
1
1.4 Atitude face à inclusão de crianças com todo
o tipo de problemas
............................................................................................................... 10
1
1.5 Crianças sinalizadas com Necessidades Educativas
Especiais ............................................................................................. 105
1.6 Caracterização das problemáticas dos alunos pelos
inquiridos. ............................................................................................ 106
1.7 Crianças autistas com relatório médico referindo
autismo ou traços autistas. .................................................................. 107
1.8 Número de crianças sinalizadas. ......................................................... 107
1.9 Professores/educadores que consideram que o relatório
médico ajuda no Plano de trabalho a realizar com as crianças. .......... 108
1.10 Interesse demonstrado pelos professores/
educadores em aprofundar a temática ................................................ 111
1.11 Opinião sobre um trabalho estruturado desenvolvido
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Referências Bibliográficas
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ANEXOS
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ÍNDICE DE QUADROS
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ÍNDICE DE GRÁFICOS
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CAPITULO I
INTRODUÇÃO
as acções falam mais alto do que as palavras, como afirma o conhecido ditado,
requeridas pelo exercício profissional daqueles que, diariamente, lidam com esta
Tudo começa por ser o sonho de alguém… O nosso, começou há seis anos, no
de Oportunidades.
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Esta discussão que se iniciou no nosso país na década de oitenta e onde foram
principalmente, quando são portadores de patologias, como o Autismo, quer seja por
comunidade em geral.
escola Inclusiva tem de ser capaz de desenvolver uma pedagogia centrada nas
por Portugal, entre outros 91 países, surge como marco orientador para acção na
área das Necessidades Educativas Especiais. Mas, de facto, para que o princípio da
" Não basta criar um sistema de boas vontades, de bons relacionamentos e que
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sociedade em geral.
desenvolvimento, que ainda hoje, não são muito claras, quer no seu diagnóstico,
entanto, este apresenta-se como um grande puzzle que, a pouco e pouco, se vai
construindo e entendendo.
face a um tal problema. Com efeito, todas as estruturas relacionais dentro da família
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descobrimos. Tal como nos diz Arno Gruen (1995:75), "o Ódio que sentimos
Autismo, que implicam práticas mais estruturadas e específicas, são aquelas cujas
objectivos da investigação:
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sobre o Autismo pelo Prof. Doutor Edgar Pereira; C.A.R.S.- Escala de avaliação e
intima conexão entre a pesquisa e a prática para que haja sucesso educativo.
Acreditamos que nunca haverá cansaço de saber, por isso é que somos o que
períodos, esclarecerá coisas que hoje não estão codificadas; tempo virá em que os
nossos descendentes se surpreenderão por não sabermos coisas que são tão
óbvias para eles. O universo seria uma coisa insignificante se não houvesse sempre
nele algo a ser investigado por todas as gerações que vão surgindo, "A natureza não
revela os seus mistérios de uma só vez; há sempre um «mais além escondido» nos
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ser sempre mais complexa do que a imaginação e ao mesmo tempo mais simples
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CAPITULO II
REVISÃO DA LITERATURA
1. AUTISMO INFANTIL
1.1 DEFINIÇÃO
esta denominação até aos anos noventa. Segundo Frith, U. (1991), este autor
uma dificuldade de estabelecer relações interpessoais. Diz ainda a autora que esta
Como nos aponta Pennington, B. F. (1997), são afectadas pessoas com todos
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controvérsias uma vez que engloba, dentro dos actuais conceitos, uma gama
bastante variada de doenças com diferentes quadros clínicos que têm como factor
sobre ele se debruçam, dos projectos e das pesquisas já realizadas, vários aspectos
Sabe-se já, sem sombra de dúvidas, que factores emocionais dinâmicos não
Também, cada vez de forma mais clara, se conclui que factores biológicos estão
"É um distúrbio que incapacita severamente uma pessoa por toda a vida e que
geralmente aparece nos três primeiros anos de vida" (Kirk & Gallagher, 1997:421).
Segundo a National Society for Autistic Children (1979), para que na criança seja
diagnosticada o "Autismo Infantil ", a desordem deve ser manifestada antes dos
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Esta rara desordem que ocorre em cerca de 4 em cada 10.000 crianças tem
Schwartz & Johnson (1981), verifica-se que a desordem é cerca de duas a quatro
vezes mais comum em homens do que em mulheres e que também existe influência
genética. Como foi observado por Folstein & Rutter (1977), citados por Pereira, E.
autistas.
Como referem Capute, Derivam, Chauvel et al (1975), citados por Batshaw &
opinião de Baron-Colten & Botton (1994), citados por Pereira, E. (1996), as crianças
com Autismo não formam uma imagem mental do que se pode estar a passar na
mente dos outros. Este facto resulta da incapacidade de pensarem acerca dos seus
próprios estados mentais, assim como nos estados mentais dos outros. Deste modo,
a criança com Autismo, ao não desenvolver uma "Teoria da Mente", vai ter um
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O termo Autismo foi utilizado pela primeira vez pelo psiquiatra Bleuler, nos
princípios do século XX, para caracterizar um tipo de sintoma que ele julgou ser
e que significa " si mesma ", aludindo ao tipo de esquizofrénicos, como é referido por
Bettelheim, " que vivem num Mundo muito pessoal e deixam de ter qualquer
característicos e que algumas das crianças que seguia manifestavam. Esse conjunto
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utilizados para a identificação clínica destes pacientes, ainda que vários esquemas,
Gallagher & Kirk (1998), referem que Rutter (1978), um educador britânico de
grande influência, identificou quatro critérios para distinguir as crianças autistas das
e outras pessoas.
frases.
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estímulos reforçadores.
institucionais.
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linguagem (mutismo), a não utilização da fala para comunicar, ecolalia, inversão dos
física normal.
Association (1980), na D.S.M. lll (Diagnostic and Statistical Manual of Mental) para o
facto, a inteligência pode ser relativamente poupada, apontando que cerca de 50%
das crianças autistas possam apresentar uma realização a nível do Q.I. normal, o
desordens definidos por Rutter (1978), A.P.A. (1980), e Garmezy (1983), são:
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5. Ausência de alucinações.
específicas.
correcto deveria ser «eu». O mesmo autor refere que, na linguagem da criança
repetição». Por exemplo, quando se pergunta à criança " você quer leite?" e ela
replica "você quer leite?" o que queria dizer "eu quero leite." Ou "sim, quero leite."
(1946), "a não utilização do eu é uma recusa total em se misturarem com o Mundo".
Para além da palavra «eu», Rimland (1964), ibidem , refere que essas crianças
O «sim» ou o «eu» são conceitos que as crianças autistas levam muitos anos
que Bruno Bettelheim ao citar Rimland (1964), exemplifica, "uma criança aprendeu
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«sim» quando o pai lhe disse que a levaria de cavalinho se dissesse «sim». Então
essa palavra passou a significar apenas o desejo de ser levada aos ombros do pai"
(1987:457). O mesmo autor afirma que são necessários muitos meses para que a
criança seja capaz de separar a palavra «sim» da situação específica e muito mais
tempo ainda para que consiga utilizá-la como termo geral de afirmação.
no entanto, foi Despert (1946), citado no estudo de Pereira, E. (1996), que diz ser
autistica.
distúrbio das relações afectivas da criança com o mundo, mas a uma lesão cerebral
destas crianças dizerem "não" muito mais precocemente, comparado com o "sim".,
como a palavra «não», contudo a utilização mais pronta do «não», comparada com
Kanner (1944), esteve prestes a reconhecer que o que não estava ao alcance
dessas crianças seria a afirmação mas, no entanto, eram muito rápidas para utilizar
a negação.
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Pichon, nos seus estudos e citado por Bettelheim (1987), comenta que a
e de se formarem frases na sua forma rudimentar. Com efeito, pode-se dizer, que
linguagem na criança autista. A ecolalia deve ser entendida como um acto de fala
que deve ser sempre estimulado e por isso se considera uma estratégia para a
A ecolalia pode definir-se em dois tipos como nos afirma Pereira, Edgar (1996):
tanto o girar objectos como o tapar os ouvidos com os dedos, podem parecer
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Quase todas as crianças autistas dão pancadinhas com os dedos e giram-nos mas,
cada uma à sua maneira, como nos refere Andersen, F. e chamando-lhe "dança
possibilidades de utilização, poucas dúvidas temos de que a criança cria uma «teia
não interferir no girar dos dedos da criança, visto representar a sua capacidade
entanto hoje, tudo o que se sabe, deve-se a muitos colaboradores que com o seu
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nome à doença, já Haslam (1809), tinha relatado o caso de um menino autista que
em 1799 tinha entrado para o asilo Bethelehem sendo este o primeiro caso
quatro anos foi estudada no mesmo hospital, por John Hopkins, do qual, cerca de
vinte anos mais tarde, seria emitida a primeira descrição de Kanner sobre o Autismo
Infantil. Este autor, descrevia essas crianças como vivendo "fora do Mundo" num
externos, mas mantendo uma relação inteligente com os objectos, que no entanto,
Kanner (1943), citado por Pennington (1997), no seu ensaio original que se
baseava num estudo de onze casos de crianças autistas, descreveu, sob o nome de
«Distúrbios Autísticos inato contacto afectivo», um quadro que ele caracterizou por
importância, uma vez que remonta à própria origem do termo e actualmente, envolve
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comunicativa.
Aqui Kanner cita a palavra «síndroma» pela primeira vez, que é aceite como
de vida da criança;
Infantil;
Infantil.
Infantil como uma psicose, referindo que os exames físicos e laboratoriais falharam
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considerado síndroma primário, o que permitia que este pudesse ser diferenciado
dos outros quadros, como por exemplo da afasia sensorial congénita ou demência
classificação da mesma, não estando totalmente de acordo com Van Keevelen, para
quem o Autismo representava uma "Oligofrenia com déficit afectivo", já para Heller, o
Frith, U. (1989), descreve que, Kanner (1956), continua com os seus estudos e
considera o Autismo Infantil como um síndroma com história, início e curso clínico
Poder-se-á dizer que após vários estudos de autores como Ajuriaguerra (1973),
considerando o Autismo como um quadro típico sem relação com outras patologias
específicas.
na mesma altura que Kanner faz referência a um grupo de crianças mais velhas e
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aprendizagem.
Kanner a vários níveis. Enquanto que para este último nenhum caso que estudou
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nos quais o principal sintoma é um déficit severo no contacto social que surge cedo
na vida e persiste na idade adulta. Enquanto pelo menos dois terços das amostras
cinco casos para cada dez mil. A sua relação com o sexo Masculino/Feminino é de,
como o de Wing (1981), citado por Tustin (1990), que relata uma incidência de 1,7
por dez mil, apoiado numa amostra de todas as crianças com problemas mentais e
físicos em uma área de Londres, mas realça que este índice é uma estimativa baixa
porque exclui casos mais benignos de Asperger que não chamaram a atenção
clínica.
mais capacitados para comunicar em virtude das suas capacidades linguísticas mas,
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De facto, como nos indica Frith (1989), referenciado por LeLord (1998),
O síndroma de Asperger não foi alvo de grande atenção até à análise clínica do
Distúrbio feita por Lorna Wing (1996), e só muito recentemente em 1994, o D.S.M.
que se destacou pelos seus trabalhos na área da Ciência dos animais" (Autismo,
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retardamento mental. Assim se define para esta patologia, de forma clara, a ideia de
com pessoas;
especiais;
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• Hiperactividade acentuada;
défices;
• Resistência às mudanças;
• Movimentos estereotipados
em quatro tipos:
objectos externos);
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das suas mães; ausência de contacto físico e olhar directo com as pessoas; ao nível
si mesmo (isolam-se).
apresentam:
obsessiva;
mães;
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específicas.
diagnóstico proposto por Ritvo já refere doenças específicas que podem ocorrer em
Na mesma altura Coleman (1976), focado por Carson, Galfinker & Weller
(1992), marca uma posição importante ao frisar que investigadores que vêem o
(1995), enquadra o Autismo dentro da concepção do que foi o termo psicose, por
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repetitivas e estereotipadas.
Mais tarde C.I.D.-10 exclui alguns quadros que poderiam ser incluídos dentro
de comportamento.
dos três anos de idade com prevalência de quatro a cinco crianças em cada 10000,
Em 1989 Wing, abordado por Pereira, Edgar (1996), apresenta também uma
uma entidade única, mas sim como fazendo parte de um grupo de doenças, embora
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crianças Autistas têm déficit nas relações pessoais que envolvem afectos
que por sua vez se vão reflectir na constituição do seu mundo e na relação
do autista.
construção do diagnóstico de autismo, uma vez que conforme foi dito, ele engloba
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controvérsias, uma vez que engloba, dentro dos actuais conceitos, uma gama
bastante variada de doenças com diferentes quadros clínicos tendo como factor
existe ainda uma indefinição quanto à sua etiologia, embora se pense que o Autismo
em crianças.
1. Autismo Infantil
2. Autismo Atípico
3. Síndroma de Rett
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movimentos estereotipados
6. Síndroma de Asperger
precisa os seguintes:
do autismo de Kanner, devido a uma idade de início mais tardia, uma sintomatologia
A.,1998:13)."
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Síndroma de Asperger
existe ainda uma indefinição quanto à sua etiologia, embora se pense que o Autismo
em crianças.
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que oscila entre dois pólos: a mania e a depressão. De Long & Dwyer (1988),
de sujeitos autistas tinham taxas de 4,2% para doença Bipolar e 2,0% para
" A associação com o síndroma de Asperger foi muito maior nos parentes
(Pennington, P.H.D.,1987:147).
família.
Sobre o assunto, Plomin (1986), refere no estudo atrás citado, que "factores
(1997:148).
irmãos.
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Esta teoria é defendida por Rutter (1985), (ibidem), que considera existir uma
caracter afectivo, relacional e cognitivo, o que torna difícil realizar uma distinção
objectiva e clara.
característicos do Autismo.
seguintes hipóteses:
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Ornitz (1968,1979,1985), referido ibidem,. Segundo alguns dos seus trabalhos, uma
O que de facto podemos concluir com Edgar Pereira (1996), é que a temática
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em quatro grupos:
criança.
Estas teorias, no entanto, não têm uma base que as sustente e são defendidas
por poucos autores. Começou-se então a pensar numa origem biológica do autismo,
risco com a idade e que segundo Volkmar (1990), referenciado por Greenspan et al
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- Teorias imunológicas
- Toxoplasmose;
- Rubéola;
- Anóxia;
- Traumatismo no parto;
- Património genético;
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Ritvo (1976), citado por Pennington (1997), foi um dos primeiros autores a
por uma patologia do Sistema Nervoso Central. Do mesmo modo, foi também um
indivíduos com autismo não era global, mas verificava-se que diversas funções
dos outros,
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do Autismo e, por isso, todas estas teorias têm sido importantíssimas para a
mencionadas anteriormente.
"O meu desenvolvimento não é absurdo, ainda que não seja fácil de
compreender. Tem a sua própria lógica e muitas das condutas a que
chamais «alteradas» são formas de enfrentar o mundo segundo a minha
maneira especial de ser e perceber. Faz um esforço para me
compreender."
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para caso, podendo afirmar-se, sem receio, não existirem dois casos totalmente
iguais.
adequadas:
html, 2000)
pessoa em causa.
masculino e o seu diagnóstico só muito raramente é feito antes dos dois anos de
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pois se uns têm quase sempre o seu corpo rígido, outros mantêm-se no colo das
afastar-se de estímulos como, por exemplo, o seio da mãe, numa reacção que
parece de rejeição, que Rutter explica ser uma "incapacidade inata" das crianças
autistas para responder aos cuidados e aos comportamentos dos seus pais. O
mesmo autor salienta uma alegada falta de resposta antecipatória ao ser tomado ao
colo.
Estes aspectos são confirmados por Riviere (1996), que observa também
Com um ano e meio, a criança com esta patologia não se interessa pelos
Piaget (1954), citado por Bettelheim, B. (1987:478), refere "só quando a criança
alcance e no seu lugar habitual. Eles deixam de existir quando mudam de lugar
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diagnóstico oficial, e só com o D.S.M. IV o distúrbio passa a ser classificado como "
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NOME DA DESORDEM
COMPORTAMENTO SOCIAL
LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO
ACTIVIDADES E INTERESSES
CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
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relacionadas.
por exemplo, terem ocorrido por acaso; mas perante o que é descrito nos quadros 2
e 3 , a frequência com que os dois quadros estão presentes num mesmo indivíduo,
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amostra de vinte crianças, dezassete com autismo Infantil e três com o síndroma de
Q.I. acima de 65. As idades variavam de três a vinte e um anos. Neste estudo, foram
quadro 4.
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É considerado um total de seis pontos ou mais, nos itens 1.2 e 3 ( com pelo menos dois pontos da
categoria 1, e um das categorias 2 e 3 ):
1. No uso de diversos comportamentos não verbais (Fixação visual, expressão facial, postura
corporal e gestos reguladores da interacção social);
5. Atraso ou não aquisição da linguagem falada (não compensada através de outros modos de
comunicação alternativos como a mímica ou a gestual);
13. « Um atraso ou funcionamento anormal, verificados antes do terceiro ano de vida em ,pelo
menos, uma das seguintes áreas:
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A minha infância
Assim o trigo
De minha mãe
(Eugénio de Andrade)
papel social da pessoa, valorizando-a. Notari, A., citada por Peck et al (1993:17),
refere:
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próprios pais, da forma como vivenciaram a sua infância, da imagem que criaram de
silenciosas de alguns pais, podem ser observadas como sentimentos de medo e dor
visível nos seus olhares vagos ou de maneira "fria", enquanto ficam muito quietos,
O medo da descoberta leva muitos pais a mentir e dar uma história compatível
intervenção.
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família pode ter impacto na identidade da família e como diz Leitão (1993), referido
"Os pais das crianças e jovens com deficiência vivênciam muitas vezes,
família.
Forest & Reynolds (1988), conforme Pereira, Edgar (1996), acentuam que, os
área através de todo o programa educativo. Dizem ainda os autores que "…esta
realidades." (1996:42).
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descurar,
que vivemos.
• Por vezes, os pais que sofrem grave culpa podem aliviar a sua angústia a
que os pais aceitem a criança porque, de outro modo, a criança torna-se mais
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filhos. Devem lutar juntos, pai e mãe, apoiar-se mutuamente, quer nos problemas
crianças. Ela necessita de amor, sem ser sufocada com cuidados ou ser sujeita à
possíveis. Segundo John Wilei & Sons (1987), citado por Pereira, F. (1996), é
importante…
Dar aos pais uma noção realista daquilo que o seu filho poderá ser capaz de
crescimento.
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prioridades da criança, mas também, à planificação do seu futuro. Como nos diz
Faure (1972), citado por Pereira, F. (1996:243), "todo o ser humano é por essência
planificar até à idade adulta ou mesmo, até à terceira idade. O mesmo autor salienta
sente amada.
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revelam logo cedo, como o primeiro paradigma de visão dinâmica do ciclo da vida.
participam na vida da criança, num projecto comum que é o seu bem estar.
família e do contexto escolar onde a criança está inserida. Como afirma Bergé,
(1990:71), " tudo começa antes da criança nascer", e é numa fase precoce que todo
criança, que a todos cabe transformar, de modo que ela possa reunir todas as
intervenção junto das famílias para que as crianças tenham na escola um clima
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rendimento escolar".
Nesta altura, os médicos escolares têm um papel muito importante pois podem
terapeuta.
duma equipa escolar, onde o médico escolar terá um papel importante na prevenção
dos problemas, estabelecendo uma ponte de ligação entre os pais e a escola, entre
as famílias.
Humanização da Escola.
Sabe-se que qualquer criança quando vai para a escola possui um saber,
resultante do seu olhar curioso e atento. Parece que não vê, não percebe, não liga,
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que põe em risco o equilíbrio da criança. Esta especialidade, deverá dar assistência
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3. ESCOLA INCLUSIVA
" O meu clã, grupo, bando, ou como lhe queiram chamar, é o dos
deficientes (também nos podiam chamar "suficientes", mas quiseram
baptizar-nos assim, assim seja)… Mas o pior foi quando entrei para a
escola primária… Sim foi aí que me apercebi da minha diferença quando
um engraçadinho me apelidou de «perna de pau» e «fraldinhas».
Conclusão eu era mesmo diferente… e aquelas crianças confundiam-me
com um E.T. que, vindo de plutão aterrara naquela escola"
são vistas ou aceites pela sociedade. O jovem acima referido alerta: «Vejam as
incapacidades!»…(ibidem).
entanto, falar sobre Autismo sem abordar a filosofia da Educação Especial, bem
Integração/Inclusão das crianças com autismo, que tem sido objecto de debate e
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tema e as implicações que este assunto tem provocado na nossa sociedade, muito
significa ser participante, ser considerado, fazer parte de, ser levado a sério e ser
teorias educativas.
assumidas pela sociedade para com as pessoas deficientes. Estas atitudes foram-se
políticos e outros…
Na opinião de Birch (1974), referido por Bautista (1997), Integrar não é tarefa
fácil e torna-se, por vezes, um fenómeno complexo que vai muito para além de
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regular.
possibilitar a todas as crianças com N.E.E. a melhor forma de serem educadas com
afirma:
" A integração pressupõe não uma simples integração física num ambiente
o menos restritivo possível, mas significa uma participação afectiva nas tarefas
também um problema de ética, pois não pode existir educação sem valores éticos,
conceitos como sejam a igualdade, justiça, direitos e a não uniformização, pois todos
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atitude do professor da classe regular, bem como a Mudança nas escolas no sentido
Família, isolar cada vez mais a palavra Exclusão, para benefício de todos.
que a integração pode ter nas crianças com deficiência, quando frequentam
integração escolar, confome Correia (1997), com os argumentos de que ela vai
crianças integradas.
das crianças integradas, o sucesso da integração vai depender quer dos programas
os recursos e as atitudes.
características. Tal como nos indica Correia (1997),, por um lado é encarado para
um conjunto de crianças muito mais vasto, por outro, não decorre já de ensaios
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centrada no currículo».
que as diferenças humanas são normais e que a aprendizagem deve ser adaptada
e encarar essa pessoa como também ela portadora de possibilidades. Como não é
nossa cabeça.
e desenvolver as capacidades que cada um tem e não pensar nos limites, "cada
pessoa tem limites mas ninguém gosta que lhos lembrem, logo na pessoa com
qualquer handicap haverá possibilidades limitadas, mas que não são as mesmas
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O ser "Humano" significa ter dignidade e por sua vez merecer respeito. Assim,
deficiências auditivas) tem sido levado a efeito com sucesso, segundo Fuentes
autismo.
trazendo grandes limitações nas crianças com autismo nas classes regulares,
integração
sistema educativo.
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4. A IDENTIDADE PROFESSOR/FORMAÇÃO
professor, mas a maioria dos estudos sobre o assunto, têm tido como preocupação,
valorizadas pela sociedade, que Abraham, A. (1982), apontado por Pereira (1996),
enuncia: ser saudável, objectivo, ter tacto, dignidade, ter firmeza e inteligência, por
docente, aquilo que Ferry (1988), ibidem, chamou de "saber ser", o que criaria um
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que se fala de um mal estar na profissão docente, embora haja quem a considere
gerações futuras.
De facto, esta profissão é sentida com algum desencanto por parte de quem a
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conservadorismo e a passividade.
dúvidas e questões que, por sua vez, poderão levar à necessidade de mudar as
Fuller, (1969:51), citado por Pereira (1996), sugeriu que "…as representações
Sobre este assunto, Hall & Loocks (1978), ibidem, propuseram um modelo que
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modelo sublinha o princípio de que uma formação eficaz deve ser organizada de
em 1986 com a abertura dos cursos de Educação Especial nas E.S.E.S de Lisboa e
das Escolas Inclusivas consiste em todos os alunos aprenderem juntos, sempre que
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seu professor e pelo professor de Apoio Educativo, este último apenas se for
que "a formação do professor deve ser feita em contexto porque só assim é possível
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Ensino Especial, não é tarefa fácil, dada a pouca investigação que existe do
assunto. Talvez uma resposta mais adequada encontra-se na dinâmica que se tenta
que considerar as várias fases do processo educativo, tal como são enunciados
Intervenção – Avaliação".
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o sistema educativo".
seu trabalho. Desta forma, a escola começa a adquirir algumas das características
daquilo que Senge (1990), citado por Sanches (1995:14), chama de uma
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sistema».
nossa relação com a Vida, é de todo impossível. "A vida não é nossa, nós é que
atitude mais racional será a de nos colocarmos ao serviço da Vida e não colocar a
" Viver com a deficiência é, antes demais, viver como todos os outros seres
vivos, o que se vive é de outra forma, mas nunca uma forma menor de estar na
vida." (Almeida, F., 1999:291), por isso, o nosso confronto com os outros é o
julgarmo-nos diferentes dos diferentes… Claro que, neste caso, a eficácia de toda a
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inovadoras.
que deve ser estabelecida com a pessoa autista, existe um certo número de
requisitos que o técnico deve preencher para melhor desempenhar a sua função"
• Gostar do diferente;
• Ser humilde;
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Em síntese poder-se-á dizer que a aptidão para lidar com uma pessoa autista
6. TIPOS DE INTERVENÇÃO
afectar, antes dos três anos de idade, pelo menos uma das seguintes área:
1. Interacção social;
Não se pode falar em cura para o Autismo. O indivíduo com este síndroma,
pode ser tratado e desenvolver as suas habilidades de uma forma muito mais
intensiva do que outra pessoa que não tenha esse diagnóstico, assemelhando-se
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mas é intrínseca, a sua condição de autista, ou seja, ele terá maior dificuldades
Sendo desconhecida a cura deste síndroma, e por se saber que não existe
Estas são algumas das terapias utilizadas para o Autismo e outros atrasos de
- Escola convencional
- Método Teacch
- Natação
- Músicoterapia
- Equinoterapia
- Golfinoterapia
- Método Tomatis
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- Método Dolman
- Brincadeiras
- Softwares Educativos
- Makaton
eles irão ser abordados de modo a que pais/ profissionais e outros possam
crianças com diagnóstico de autismo. Foi desenvolvido nos Estados Unidos por S.
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R- Relação e afecto
I- Diferenças individuais
D- Níveis funcionais do desenvolvimento emocional.
• Seguir a criança.
criança:
• Identificar diferenças.
funcional/emocional.
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desafios.
por Margaret Walker citado pelas autoras já referidas. Mais tarde o programa foi
alargado de modo a ser usado com crianças e adultos com um vasto leque de
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crianças com autismo, pois o uso do gesto/imagem e expressão facial vão estruturar
interacções coma a mãe (ou substituto) e outros, que um indivíduo se torna capaz
Handicapped children).
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esta Divisão tem servido como modelo Internacional, para a estruturação de Locais
Psicolinguística.
o seu percurso interactivo, tendo como enfoque, como nos sugerem Lewis & Leon,
ibidem, "…
"a linguagem não verbal, pela qual o corpo passa ao gesto, a expressão facial, o
contacto, o olho a olho e a emoção vão ganhando significado nas acções e nos
com autismo nos três grandes meios sociais da sua vida, de forma qualitativamente
diferente:
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meio familiar
meio escolar
Comunidade
entendimento.
vida futura.
áreas fortes frequentemente encontradas nas crianças com autismo, como sejam:
1. O desenvolvimento da criança;
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• que faz?
• Porque faz?
• quando faz?
• como reagimos?
dúvidas. Uma vez que as dúvidas são fruto de muito percorrer, elas fazem parte de
• Observação;
• Registo;
• Diagnóstico funcional;
• Manipulação.
técnicas utilizadas.
compreender.
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oportunidade para fazer o que está apta a realizar, de forma hierárquica e paulatina."
Segundo estudos realizados por Bijou & Baer (1955, 1957, 1958), ibidem, com
condutas.
Assim, como diz Rogé, B. (1988:66), "As crianças autistas podem receber uma
educativas da criança.
educativo para cada criança, deve ser elaborado conjuntamente por pais e
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atendimento mais adequado para aquela criança com autismo ou dentro do espectro
autista .
escolher o modelo mais adequado para uma criança com autismo ou dentro do
espectro autista .
Características da escola
«despersonalizadas».
1
Fonte: Associação Portuguesa de Protecção aos Deficientes autistas, coord. Marques,E.C.
(1995)
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aprendizagens e relações.
vida da criança, não deve entender-se como uma decisão para toda a
vida.
relacionem com crianças normais», embora esta possa ser uma meta
educativos.
(3) No caso das crianças pequenas com autismo, o papel que a professora
cria laços fortes com a criança, tem uma grande influência no seu
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da sua implementação. Segundo Van Bourgondier (1991), citado por Shopler (1995),
consideram:
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trabalho activo, onde os profissionais aprendem com os pais. Estes últimos, usam
PARA A PESQUISA,
parte dos pais, professores e outras pessoas que estejam em contacto regular com
a criança).
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Com este modelo eles também aprendem a conhecer o ponto de vista dos
pais, pois deles se espera a função de generalistas em relação ao seu filho, tendo
Autístico, devem ter capacidade para trabalhar em oito áreas cujos os conceitos e
os últimos anos::
- Ensino estruturado;
- Manejo de comportamento;
que, muitos países que têm adoptado legislação dando direitos e oportunidades
encargo da escola (em média de sete horas por dia); os serviços individualizados, a
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da linguagem;
- Trabalhar as áreas :
• Relacional.
• Imitação
Schopler & Lansing (1996), acentuam que, o apoio de qualquer criança com
- Educadores especializados;
- Terapeutas ocupacionais;
- Terapeutas de fala;
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ESTRUTURAÇÃO
DO
AMBIENTE
PREVISIBILIDADE
DO
MEIO
DIMINUIÇÃO
DE PROBLEMAS
DE
COMPORTAMENTO
para a pessoa autista. Este método modifica e organiza o meio a favor da deficiência
da criança.
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ser realizadas.
estima.
professor.
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importante que a criança se focalize mais nos conceitos, do que nos pormenores.
• Grupo
• Jogos
• Transição
desenvolver:
Na adolescência, privilegia-se:
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Como não se pode concluir o que está concluído, diremos que, a luta entre
vontades começa depois de cada nascimento, e que todo o ser humano tem direito à
deverá:
processo de aprendizagem.
ela for dócil e submissa, mas, se ela não tem outro desejo se não o de estar
reforço de obediência devem vir de mãos dadas", ( Young, Journal of autism and
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escolar.
criança.
da criança.
progressos.
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C.H.A.T., uma escala de avaliação de autismo para crianças com idade Pré-escolar
(Anexo C), que serve de instrumento para detecção ou não desta patologia.
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CAPITULO III
METODOLOGIA
1. OPÇÕES METODOLÓGICAS.
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- A maioria dos profissionais que trabalham com crianças autistas, não têm
nesta área.
não se apresente totalmente directivo, conferindo alguma liberdade nas opiniões dos
Estatístico para Ciências Sociais) das questões fechadas que possibilitou quantificar
ou limitações. Com efeito, e após a sua aplicação, constatámos que não existiam
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1.4 AMOSTRA.
Educativos no Concelho do Seixal. Contudo, foi nossa preocupação inicial que esta
Educativos).
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hipótese de trabalho.
Ensino Particular.
ensino, o que remete para o conhecimento das razões apontadas pelos profissionais
profissionais, no trabalho com crianças com esta patologia. Surgem, assim, três
traços autistas;
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autismo.
método Teacch;
qual a sua opinião sobre o tipo de trabalho mais adequado com crianças com
Autismo.
A última variável, irá ser submetida a uma análise de conteúdo que, pela sua
pertinência e carácter abrangente, não nos pode remeter para uma categorização
dos indicadores que nos possibilite caracterizar os inquiridos, como profissionais que
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CAPITULO IV
RESULTADOS
1. CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA.
Gráfico I
38%
62%
Professores
Educadores
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infância.
Gráfico II
1.4%
36.6%
Publico
62.0%
Particular
Nos Dois
Gráfico III
47.9%
45.1%
Sim
7.0%
Não
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Sim e Não
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Em relação ao Gráfico III, podemos verificar que 47,9% (N=34) dos inquiridos
não são a favor da inclusão de crianças com todo o tipo de problemas, 45,1%
(N=32) são a favor e 7,0% (N=5) não formulam uma opinião concreta.
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físicas e
• Falta de apoio individualizado.
humanas
• Falta de trabalho estruturado.
• Lacunas existentes.
• Falta de Ergonomia.
8
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Total=71
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Gráfico IV
94.4%
Sim
5.6% Não
Conforme o Gráfico IV, verifica-se que 94,4% (N=67) dos inquiridos trabalham
com crianças sinalizadas com N.E.E. e, apenas 5,6% (N=4) dizem que não
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Gráfico V
70
60
50
Percentagem
de 40
Professores/
30
Educadores
20
10
mencionam deficiência mental; 35,5% (N=25) dizem que trabalham com crianças
19,7% (N=14) referem deficiência visual; 5,6% (N=4) traumatismo craniano e 2,8%
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Gráfico VI
63.4%
32.4% Sim
4.2% Não
Não Responde
indicam que trabalham com crianças autistas que têm relatório médico referindo
Gráfico VII
2.8%
1.4%
Uma
7.0% Duas
Quatro
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indicam que têm uma criança autista com relatório, 7,0% (N=5) indicam duas
crianças, 2,8% (N=2) dizem que trabalham com mais de quatro crianças autistas
com relatório médico e 1,4% (N01) dos inquiridos referem que trabalham com quatro
Gráfico VIII
69.6%
Sim
Não
30.4%
referem trabalhar com crianças cujo o relatório médico refere autismo ou traços
autistas (N=23), 69,6 % (N=16) indicam que o relatório médico ajuda na elaboração
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do plano de trabalho e 30,4% (N=7) indicam que o relatório médico não ajudou a
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trabalho desenvolvido
• Dificuldade no trabalho a realizar com a
com a família com
família;
crianças com Autismo.
• Prefiro não comentar, estou contra o
sistema actual de ensino;
12
Total = 71
pelos profissionais face ao trabalho desenvolvido com crianças com Autismo (11);
face à falta de formação para trabalhar com crianças Autistas (20); face ao trabalho
desenvolvido com crianças com Autismo (12); Facilidades sentidas no trabalho com
Gráfico IX
100.0%
Sim
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Gráfico X
Opinião sobre trabalho estruturado desenvolvido em sala de apoio para crianças autistas
91.5%
Sim
5.6% 2.8% Não
Não Responde
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Atitude face à inclusão de crianças com todo o tipo de problemas por categoria profissional
60%
50%
40%
20%
9.1%
10% 3.7%
0%
Sim Não Sim/Não
Educadores Professores
Quadro III
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E ducadores P rofessores
S im N ão S im N ão
n % n % n % n %
D eficiência m ental 20 45.5 24 54.5 12 44.4 15 55.6
P erturbações E m ocionais 21 47.7 23 52.3 17 63.0 10 37.0
P roblem as de C om unicação 24 54.5 20 45.5 13 48.1 14 51.9
P roblem as M otores 14 31.8 30 68.2 6 22.2 21 77.8
D eficiência auditiv a 10 22.7 34 77.3 9 33.3 18 66.7
D eficiência V isual 9 20.5 35 79.5 5 18.5 22 81.5
T raum atism o C raniano 2 4.5 42 95.5 2 7.4 25 92.6
O utros P roblem as de S aúde 12 27.3 32 72.7 7 25.9 20 74.1
A utism o 16 36.4 28 63.6 9 33.3 18 66.7
M ultideficiência 12 27.3 32 72.7 5 18.5 22 81.5
S obredotadas 0 0.0 44 100.0 2 7.4 25 92.6
respeita aos educadores, 54,5% (N=24) dizem que trabalham com crianças com
(N=20) Deficiência mental; 36,4% (N=16) referem trabalhar com crianças autistas.
33,3% (N=9)
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Gráfico XII
Através do gráfico XII verificamos que do total dos educadores que trabalham
100%
90%
80%
93.7%
70%
60%
89.0%
50%
40%
30%
20%
6,4% 11.0%
10%
0%
Sim Não Responde
Educadores Professores
com alunos autistas (N= 16), 93,7% (N= 15) indicam que o relatório médico refere
No que respeita aos professores do Ensino Básico, dos 9 que referem ter
alunos autistas, 89% (N= 8) indicam que o relatório médico refere autismo ou traços
de autismo.
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Gráfico XIII
Nº de Crianças Sinalizadas Com Relatório Médico Referindo Autismo ou Traços Autistas Por
Categoria Profissional
100%
90%
80%
70%
60% 100.0%
50%
40%
60.0%
30%
20% 20.0%
6.7% 13.3%
10%
0%
Uma Duas Quatro Mais de Quatro
Educadores Professores
Constata-se no gráfico XIII que do total das educadoras que trabalham com
crianças cujo o relatório médico refere traços autistas (N=15 como se pode verificar
no gráfico XII), 60% (N=9) referem que têm uma criança sinalizada com autismo e
relatório; 20% (N=3) refere que trabalha com duas crianças:6,7% (n=1) menciona
quatro crianças e 13,3% (N=2) trabalha com quatro crianças sinalizadas cujo o
médico refere autismo ou traços autistas (N=8. Gráfico XII), 100% (N=8) assinala
que trabalha com uma criança sinalizada cujo o relatório médico refere autismo ou
traços autistas.
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Gráfico XIV
90%
80%
70%
60%
50% 87.5%
40% 60.0%
30%
40.0%
20%
12.5%
10%
0%
Sim Não
Educadores Professores
Constata-se no gráfico XIV que do total dos educadores que trabalham com
crianças cujo o relatório refere traços autistas (gráfico XII), 60% (N=9) dizem que o
relatório ajudou na elaboração do seu plano de trabalho; 40% (N=6) afirmam que o
Do total dos professores que trabalham com crianças cujo o relatório refere
traços autistas (gráfico XII), 87,5% (N=7) dizem que o relatório ajudou na elaboração
do seu plano de trabalho; 12,5% (N=1) afirmam que o relatório não ajudou.
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Gráfico XV
100%
90%
80%
Pub lico
70% 100.0%
60% Particular
50%
80.8% Nos Dois
40%
63.6%
30%
20% 27.3%
15.4%
10% 9.1% 3.8%
0.0% 0.0%
0%
Sim Não Sim/Não
com todo o tipo de problemas; 27,3% (N=12) não concordam e 9,1% (N=4) não têm
concordam com a inclusão de crianças com todo o tipo de problemas; 80,8% (N=21)
não concordam e 38% (N=1) não têm uma opinião concreta (sim ou não).
O profissional que trabalha nos dois tipos de ensino não concorda com a
inclusão.
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Quadro IV
n % n % n % n % n % n %
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Gráfico XVI
Tipos de Instituições onde os Profissionais Desempenham Funções por Nº de Crianças Com Relatório
Médico Referindo Autismo ou Traços Autistas
90%
80%
70%
83.3%
60%
50% 63.6%
40%
30%
Publico Particular
Ensino Público com crianças com relatório médico referindo autismo ou traços
autistas (N=12), 83,3% (N=10) diz que trabalha com uma criança;. 16,7% (N=2)
relatório médico referindo autismo ou traços autistas (N=11), 63,6% (N=7) diz que
trabalha com uma criança;. 9,1% (N=1) refere que trabalha com duas crianças.,
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9,1% (N=1) aponta quatro crianças e 18,2% (N=2) afirma que trabalha com mais de
Gráfico XVII
100%
80%
91.7%
60% 54.5%
40%
45.5%
20%
8.3%
0%
Sim Não
Publico Particular
trabalham com crianças, no Ensino Público, cujo o relatório médico refere Autismo
ou traços autistas (N=12), 91,7% (N=11) referem que o relatório médico contribui
para a elaboração do plano de trabalho e 8,3% (N=1) afirmam que não ajuda.
o relatório médico refere Autismo ou traços autistas (N=11), 45,5% (N=5) referem
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Subcategoria Frequência
Fechado 1
Muralha 1
Novelo 1
Casulo 1
Fascinação 1
Opacidade 1
Fortaleza 2
Impotência 2
Solidão 6
Tristeza 3
Silêncio 3
Inacessível 1
Imprevisibilidade 1
Estar sem estar 1
Incompreensão 1
Incapacidade 1
Profundidade 1
Prisão
Vulcão 1
Perturbação 1
Indiferença 1
Monólogo
Revolta 1
Emoção 1
Medo 3
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Pedra 1
Ave 1
Bicho 1
Vazio 1
Feio 1
Isolamento 1
Distanciamento 1
Desespero 2
Frustração 1
Agressividade 1
Dor 3
Luta 1
Diferença 2
Pessoa 3
Selvagem 1
Luto 1
Resistência 1
Complexidade 1
Vida 1
Noite 1
Frio 1
Máquina 1
Frieza 1
Insegurança 1
Natureza 1
Violência 1
Total 71
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estudo, devendo o mesmo, na nossa opinião, ser remetido para uma futura
investigação.
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CAPITULO V
1994:11).
com diferentes patologias. Contudo, quando lhes é pedido para justificar a sua
opinião numa pergunta aberta (quadro I), surgem, no que se refere ao total dos
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criança que se inclui no Sistema de Ensino mas deve ser este a incluir a
criança com condições", "se a criança não estiver incluída, apenas por estar
num grupo dito normal"; "Se houver contacto físico e psicológico, com
ser mais uma utopia" " Porque todos temos direito a uma educação
igual"(…);
- ainda uma terceira que remete para a partilha por 5 profissionais: "Todas
indicam condições nas suas justificações não têm uma atitude favorável quanto à
caminho rumo a uma escola inclusiva ainda está longe do que preconiza a
independentemente das suas diferenças. A este respeito, salienta Bautista que “Não
pretende converter em normal uma pessoa deficiente, mas aceitá-lo tal como ele é,
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suas potencialidades e levar uma vida tão normal quanto possível”(1997:29). Ainda,
quanto à mesma pergunta aberta, (quadro I), surgem categorias que remetem para a
mais humanizadas”, "N.º elevado de alunos por sala" " Falta de Ergonomia"
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com crianças com autismo ou traços autistas, constatámos que 35,5% dos
sua grande maioria (32,4%, gráfico VI), que as crianças têm relatório médico
referindo a patologia. Contudo, do total dos inquiridos que trabalham com crianças
que têm relatório médico, apenas 69,6% indicam que este ajuda na elaboração do
criança, feita por especialistas que discutem este assunto e, ainda, não encontraram
homogeneidade nas suas opiniões para explicar o problema, torna-se difícil para
trabalho.
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trabalho importante com a criança e sua família. Podemos constatar nesta análise
que, essa relação privilegiada ainda não acontece em pleno. Mais se refere, que tal
dos educadores o relatório médico não contribuiu para a elaboração do seu plano de
trabalho( Gráfico XIV) o que vem desencadear dificuldades ao lidar com crianças
com esta problemática. Temos no entanto de relevar, que são estes profissionais
que têm um papel chave na sinalização e na intervenção precoce das crianças com
professor não tem só esta criança , por isso não consegue manter uma
de ter formação para o fazer pelo respeito que tenho pelo que faço, e o
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(…);
dificuldades porque o meu trabalho é com essas crianças, são crianças que
trabalhada nas nossas escolas de acordo com algumas capacidades , mas com
julgamos pela pertinência das respostas que só haverá sucesso se "olharmos com
os olhos da alma” para a formação dos técnicos que silenciando a sua solidão são
fortalezas do respeito.
temática.
vacina (desde que tomada uma vez actua por longo período de tempo) mas, sim
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autistas. Um trabalho desta natureza é hoje entendido por muitos autores, Fontes, J.
permanência em meio escolar, sem que para isso seja negligenciada a socialização
em contexto de sala de aula com todas as crianças que , que aparece como
referir que 31,8% dos profissionais que trabalham no Ensino Público têm crianças
com autismo ou traços autistas e 42,3% dos profissionais que trabalham no Ensino
Particular têm crianças com autismo ou traços autistas (Quadro IV). Como
um trabalho estruturado que poderá ser aplicado numa sala de apoio com o Método
TEACCH, paralelamente à sala do regular. Como foi referido no quadro teórico deste
trabalho, existem 12 salas a trabalhar com este método, com sucesso, no nosso
crianças com todo o tipo de problemas por categoria profissional, (gráfico XI),
constatamos que são os professores que na sua maioria (51,9%) estão a favor da
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inclusão, sendo de 44,4% os educadores com a mesma atitude. Esta diferença pode
(quadro III) verificamos que tanto professores como educadores trabalham com
alunos com idênticas problemáticas, o que é compreensível uma vez que a maioria
destes passam pelo jardim de infância onde são sinalizados. Contudo, as N.E.E.
(33,3%). Esta semelhança nos resultados retracta o sistema actual de ensino no que
se refere à frequência do jardim de infância, que como todos sabemos ainda não é
não sendo obrigatória mas gratuita, devia ser alargada para contemplar todas as
autismo ou traços autistas por categoria profissional (gráfico XIII), constatamos que
o total dos professores só trabalham com uma criança com autismo. A maioria dos
contudo, há educadores a trabalhar com dois, quatro e mais de quatro alunos com
autismo. Na nossa opinião, estes dados são resultado do sistema actual de ensino e
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o crescendo de uma escola para todos, uma vez que estas crianças só agora estão
refere que: "A frequência da escola regular da área da residência ( o que não
longo da vida."
trabalho (gráfico XV), 87,5% dos professores dizem que os relatórios ajudam e só
60% dos educadores têm esta opinião. Segundo os autores consultados, o despiste
deve ser feito o mais precocemente possível para que as áreas emergentes sejam
anterior que dá pistas mais concretas para o trabalho a desenvolver na sala de aula.
todo o tipo de problemas no sistema regular de ensino, por tipo de instituição onde
Público, manifestam uma maior abertura à inclusão de crianças com todo o tipo de
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não concordância (80,8%), o que nos suscita a hipótese deste facto estar
a sua influência nas representações desses profissionais. Farr (1984:387) refere que
higiene pessoal e as regras que se observam para respeitar a boa forma física, a
relevante e mais pertinente para o nosso estudo, a referência das crianças autistas.
Deste modo, trabalham com estas crianças 31,8% dos professores/educadores, que
outras, às escolas do Ensino Regular, como já foi referido, está numa fase de
não concordar com a inclusão de crianças com todo o tipo de patologias, pelo
Quadro IV, verificamos que nesta amostra, no Ensino Particular, encontramos todo o
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consideram que o relatório médico não contribui para o seu plano de trabalho e
crianças com espectro autista. Perante estes factos, docentes pouco abertos à
trabalho, consideramos que dificilmente estarão reunidas condições para que exista
!994).
Ensino Público que, na sua grande maioria (91,7%), referem que este documento os
funções no Ensino Particular, (54,5%) referem que o documento não contribui para a
Quadro XIV, verificamos que se situam nestas condições a maioria dos educadores,
logo podemos relacionar este facto com as práticas dos educadores de infância, ou
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para os técnicos de saúde que, por sua vez, fazem despistes das patologias e
enviam relatórios que, no nosso ponto de vista ainda são pouco esclarecedores e
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CAPITULO VI
CONCLUSÃO
Estamos convictas que este trabalho nos trouxe uma vida nova. Hoje,
acreditamos mais que, sem mudanças, nada se faz na vida - embora para alguns a
nas possibilidades fascinantes que nos oferece cada recomeço. Pegando nestas
palavras, diremos que começar este trabalho não foi fácil, no entanto, eis nos com
aprendizagem teórico-prática, foi nossa convicção que este trabalho fosse útil para
quem o consultasse e professores/ educadores, uma vez que ele dá um, panorama
no Mundo…
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Estas foram das muitas lições que tirámos de uma forma gratuita, ao lidar com
crianças com esta patologia, e das várias leituras, que ao longo de anos, fizemos.
quem chamais de normais. Gosto de brincar, de me divertir, gosto dos meus pais
e das pessoas próximas, sinto-me satisfeito quando faço as coisas bem. É mais
desenvolvimento, que afecta o indivíduo para toda a vida. Afecta-o de forma tão
profunda que faz com que ele tenha dificuldade em compreender os diferentes
uma questão mais incómoda não só para quem diariamente lida com estas crianças,
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fundamentais da criança e sua família. Neste trabalho não esquecemos o papel dos
pais, que na sua dedicação aos seus filhos estão muitas vezes sozinhos, confusos e
Tal como diz João dos Santos: "A escola constitui hoje um novo marco na vida
de qualquer criança, à qual, todos nós profissionais cabe transformar de modo a que
escolar".
Por outro lado, pensamos que muitas das atitudes negativas por parte de
devem não só à falta de formação inicial e contínua, mas também às exigências que
deficiência leva-os por vezes a uma atitude negativa face à inclusão e uma
resistência à mudança.
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da criança o que muitas vezes falha. Deve haver uma interpenetração dos
todo o tipo de patologias é nada fazer e esta não é, de forma alguma, o mais justo e
dia a alegria e o amor acabar por cruzar o nosso caminho recusamo-lo pensando,
formação para lidar com as situações. Também obtivemos dados que nos permitem
Salamanca (1994). Estes dados remetem para a confirmação da hipótese por nós
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Autismo devido à falta de formação nessa área, já que a totalidade dos inquiridos
Nas palavras do Prof. Doutor Edgar Pereira (Anexo A) e como sua opinião
pelas exigências específicas dos seus comportamentos. Tal como o perfil, não
menos importantes são os conhecimentos que estes profissionais devem ter sobre a
temática.
disponível ser de difícil acesso ficam sempre hipóteses que remetemos para futuras
diversas problemáticas.
Ensino Especial não têm cadeiras específicas que lhes dê formação para
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crianças.
Para concluir deixo as palavras de John Wing (1976), citado por Fay (1993),
sentimento de que dentro delas quem sabe onde, deve haver uma chave que
(…) mas este tesouro será cada dia de trabalho e o humanismo que pomos nele,
nem sempre ouro! Em resposta à nossa dedicação estas crianças podem dar-
humanidade".
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Sites consultados:
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Autismo@mrnet.com.br
http:/www.brasil-global.com/iew/autismo.html
http:www.terravista.pt/aguaalto/2051/home.html.
http://www.autism.org./temple/pta.html.
File:///A/Smuestra.idc
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http://www.ama.org.br/art-teacch.htm
Documentos Oficiais:
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