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EXEMPLO DE APELAÇÃO –
EXAME DA OAB – PROVA
ANULADA
PROF. FLÁVIO MARTINS
www.professorflaviomartins.net.br
Nesses termos,
pede deferimento.
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Segundo a lei de organização judiciária do Distrito Federal, Brazlândia é uma “circunscrição judiciária”. Não obstante, o candidato
poderia escrever: “Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __ Vara Criminal de Brazlândia”. Obs.: nunca deveria
endereçar para o juiz substituto.
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Como a intimação se deu no dia 20 de março, sexta-feira, e os prazos processuais começam a contar no próximo dia útil, o prazo
final (que deve ser colocado na interposição e nas razões) é 27 de março.
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RAZÕES DE APELAÇÃO
APELANTE: _____
APELADA: A JUSTIÇA PÚBLICA
I – DOS FATOS
II – DO DIREITO
I.I - PRELIMINAR3
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Muitos candidatos alegaram preliminar de nulidade por ausência de exame pericial (rompimento de obstáculo). No meu entender,
não se trata de nulidade do processo pois a ausência dessa prova não elimina o crime de furto, mas apenas impossibilita o
reconhecimento da qualificadora do rompimento de obstáculo. Diferente seria se não houvesse a prova pericial na lesão corporal, no
homicídio ou aborto. Nesses casos, sem o exame pericial, não há prova do crime e o processo é nulo. Não obstante, entendo que a
alegação dessa nulidade não implicaria reprovação do candidato, porque tal tese embora (no meu entender) incorreta, seria
defensável.
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I.II – NO MÉRITO
O ora apelante deve ser absolvido. Isso porque não há provas conclusivas
de que ele praticou os fatos elencados na inicial acusatória. (AQUI O CANDIDATO DEVE
LEMBRAR AS PROVAS FRÁGEIS MENCIONADAS NO ENUNCIADO DA QUESTÃO).
Assim, não há qualquer prova de ter o ora apelante concorrido para a
infração penal, motivo pelo qual sua absolvição é medida que se impõe.
Outrossim, ainda que reconhecido o crime de furto (o que nos parece
impossível), jamais poderiam ser aplicadas as duas qualificadoras que constam na sentença
condenatória.
Isso porque não há qualquer prova da co-autoria, tendo em vista que o
único relato mencionado é a visão da sombra de uma outra pessoa. Além disso, não houve a
prova do rompimento de obstáculo.
Ora, em casos que tais, quando o crime deixa vestígios, o Código de
Processo Penal exige o exame de corpo de delito, sendo que nenhuma outra prova pode suprir
sua ausência. É o que diz o artigo 158 desse codex:
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(Procurador-Geral de Justiça) para que o faça, por analogia ao artigo 28, do Código de
Processo Penal.
Outrossim, irrazoável o valor fixado para a reparação do dano. Consta dos
autos que o prejuízo causado à vítima foi de R$ 1.500,00 reais. A fixação do valor de R$
30.000,00 é absolutamente ilegal, máxime porque fere o disposto no artigo 387, IV, do Código
de Processo Penal:
fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela
infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido.
III – DO PEDIDO
Advogado
OAB
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