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MARCELO PORTELLA

PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


2a edição
Conforme o Novo Acordo Ortográfico

Editora Ferreira

Rio de Janeiro
2009
Copyright © Editora Ferreira Ltda., 2007-2009
1. ed. 2007; 2. ed. 2009 .

Diagramação
Marcela Liana Antunes

Revisão
APED Apoio e produção Bditora Ltda.

Esta edição foi produzida em julho de 2009, no Rio de Janeiro,


com as famílias tipográficas Calibri (8/12), Syntax (8/10,5) e Minion Pro (10/12), e impressa nos
papéis Chambrtl 70g/mJ e Caroiina 240g/m2 na gráfica Sermograf.

CIP-BRASJL, CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ.

P877p
2.ed.
Portella, Marcelo, 1968-
Português para concursos / Marcelo Portella. - 2.ed. - Rio de Janeiro : Ed. Ferreira, 2009.
272p. - (Provas comentadas / CESPE/UnB)

ISBN 978-85-7842-086-4

1. Língua portuguesa - Problemas, questões, exercícios. 2. Serviço público - Brasil -


Concursos. I. Título.
09-3622. CDD: 469.5
CDU: 811.134.3*367
22.07.09 27.07.09 013985

Editora Ferreira
contato©editoraferreira.com,br
www.editoraferreira.com.br

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS - É proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou


por qualquer meio. A violação dos direitos de autor (Leí n“ 9.610/1998) é crime estabelecido pelo
artigo 184 do Código Penal.

Depósito legal na Biblioteca Nacional conforme Decreto rs‘ 1.825,


de 20 de dezembro de 1907.

Impresso no Brasil/Printed in Brazil


SUMÁRIO
Capítulo 1 PERÍODO SIMPLES............. ...... ...................................01
Frase..............................................................................02
Oração............................................... .........................02
Oração coordenada.............................................03
Oração justaposta........:...................................03
Oração principal..............................................03
Oração reduzida................................................. 03
Oração relativa................................................... 03
Oração subordinada.........................................03
Termos da oração..........................................................04
Nomenclaturas................................................. 04
Sujeito e predicado........................................................04
Tipos de sujeito................................... ............05
Simples................................................... 05
Composto............................................. 06
Sujeito oculto.......................................... 06
Indeterminado........................................ 07
Oração sem sujeito............................... 10
“Como cai nas provas ” (sujeito da oração)..........13
Explorando os sujeitos simples e composto........14
Formas complementares..................................................17
Verbos intransitivos......................................... 17
Verbos transitivos............................................ 18
Verbos transitivos direto....................... 18
Verbos transitivos indiretos................... 18
Verbos transitivos diretos e indiretos......18
Complementos verbais...................................................20
Objeto indireto........... .......................................21
Objeto direto......................................................21
Objeto pleonástico.............................................21
Objeto direto preposicionado..............................21
Objeto direto interno......................................... 22
Complemento nominal.............................................. 23
Agente da passiva....................................................... 24
Vozes verbais............................................................... 26
Tipos de vozes verbais......................................26
Verbos de ligação e predicativo........ ..........................27
Verbos de ligação e intransitivos....................... 27
Predicativo do sujeito........................................27
Predicativo do objeto.........................................29
Adjuntos adnominais e adverbiais ...............................30
Adjunto adnommal...........................................30
Adjuntos adverbiais ........................................... 30
Aposto e vocativo ...................................... .......... .......32
Aposto.............................................. '. ..............32
Aposto explicativo....................................31
Aposto especificativo................................34
Aposto enumerativo ou distributivo......... 34
Aposto resumidor..................................34
Vocativo............................................................34
Aprofundando o agente da passiva (aditivo)............... 35
Tipos de predicado...................................................... 35
Predicado nominal........................................ 35
Predicado verbal..................... ............................36
Predicado verbo-nominal............ .................... ; 36
Exercícios resolvidos (sujeito da oração)......................... 37
Exercícios de fixação - Níveis fácil e médio............ . 40
Exercícios resolvidos (predicado)................. ..................44
Exercícios de fixação - Níveis fácil e médio.............. ;_46
Exercícios de aprofundamento - Nível avançado............ 50
Capítulo 2 PERÍODO COMPOSTO..............................................63
Oração substantiva....................................................... 64
Oração sub. substantiva subjetiva......................... 65
Oração sub. substantiva objetiva direta................66
Oração sub. substantiva objetiva indireta.............66
Oração sub. substantiva predicativa.....................66
Oração sub. substantiva completiva nominal......67
Oração sub. substantiva apositiva..................... 68
Formas mais complexas............................ :.......68
Oração adjetiva............................................................ 69
Oração sub. adjetiva explicativa........................70
Oração sub. adjetiva restritiva...........................70
Pronomes relativos...........................................................71
Oração adverbial..............................................................72
Adverbial causai....................................................73
Adverbial condicional........................................... 73
Adverbial concessiva............................................. 73
Adverbial consecutiva...........................................74
Adverbial comparativa......................... ..............74
Adverbial conformativa .........................................74
Adverbial final...................................................... 75
Adverbial locativa................................................. 75
Adverbial modal....................................................75
Adverbial proporcional.........................................76
Adverbial temporal...............................................76
Oração coordenada..........................................................76
Orações coordenadas assindéticas........................ 76
Orações coordenadas sindéticas.........................76
Classificação.....................................................................76
Oração coord. sindética aditiva...........................77
Oração coord. sindética adversativa.......................77
Oração coord. sindética alternativa.......................78
Oração coord. sindética conclusiva........................78
Oração coord. sindética explicativa.......................78
Locuções verbais.............................................................79
Detalhando as locuções............................... :......79
Os verbos temporais..................................79
Os verbos acurativos................................. 79
Os que apresentam o modo....................... 79
Verbos causativos e sensitivos....................79
Análise do Que....................................................... .......80
Análise do Se................................................................... 82
Exercícios resolvidos................................................. .... 84
Exercícios de fixação - Níveis fácil e médio......................87
Exercícios de aprofundamento - Nível avançado.............92
Capítulo 3 CONCORDÂNCIA......................................................101
Concordância nominal................................................... 102
Adj. posposto a mais de um substantivo................102
Adj. anteposto a mais de um substantivo.............. 103
Substantivo modificado por dois ou mais
adjetivos no singular.......................................... 103
Adjetivos compostos.......................................... 104
Expressão Tal Qual.............................................104
Mesmo, junto, incluso, quite............................105
Sujeito apresentado em grau absoluto ................. 105
Só, meio, bastante...............................................105
Concordância relacionada às cores..................... 106
Pronomes de tratamento e adjetivos.................. 107
O possível, os possíveis...................................... 107
Menos, pseudo, monstro e alerta..................... 108
Grã e grão.......................................................... 108
A olhos vistos........................................ ............ 108
Grama................................................................108
Um e outro / nem um nem outro.......................108
Concordância verbal..................................................... 109
Sujeito composto anteposto ao verbo..................109
Sujeito composto posposto ao verbo...................109
Pessoas gramaticais diferentes ....................... . 110
Sujeito ligado pelo termo com ........................... 110
Sujeito ligado por como.....................................110
Expressões “bem como” e “assim como” ........— 111
Sujeito composto ligado por o u ........................111
Sujeito composto formado por infinitos............. 111
Sujeito controlando a concordância............ .....112
Dar, bater e soar.................................................112
Parecer + um verbo no infinitivo....... ............... 112
A expressão haja vista........................................ 112
Verbos bastar e faltar caracterizando
suficiência e carência.......................................... 113
A concordância do verbo ser......;.......................113
Sujeito personificado...........................................113
Concordará com o predicativo............................113
Concordará com o sujeito ou com
o predicativo................ ......................................114
Outros casos...................................................... 114
Exercícios resolvidos (Concordância I)...........................116
Exercícios de fixação - Níveis fácil e médio................... 118
Exercícios resolvidos (Concordância II).........................120
Exercícios de fixação - Níveis fadl e médio....................122
Exercícios de aprofundamento - Nível avançado...........124
Capítulo 4 REGÊNCIA.................................................................. 139
Lista com algumas regências nominais ..................... 141
Anteposição e posposição da regência........................ 142
Lista com algumas regências verbais........................ 144
Analisando outros casos com pronomes
oblíquos átonos ......................................................... 158
Paraleíismos regenciais..................................................159
Pronomes retos e oblíquos (Regência) ....................... 159
Exercícios resolvidos .....................................................161
Exercícios de fixação - Níveis fácil e médio................... 164
Exercícios de aprofundamento - Nível avançado...........166
Capítulo 5 CRASE ..........................................................................181
Bases gramaticais........................................................ 182
O artigo............................................................. 182
A preposição.................................................. . 183
O pronome demonstrativo............................... . 183
Analisando os casos de crase - visão geral............... 183
Casos em que não há crase ..................................... 184
Casos determinados...........................................184
Casos analisáveis........................................................ 185
Casos específicos.............................................. 185
Crase facultativa......................................................... 186
Casos analisáveis............................................... 186
Outros casos ............ ................................................. 187
Conceitos finais........ ........................................ 187
Paralelismo........................................................ 188
Exercícios resolvidos.................................................... 190
Exercícios de fixação - Níveis fácil e médio....................193
Exercícios de aprofundamento - Nível avançado...........195
Capítulo 6 COLOCAÇÃO PRONOMINAL................................... 211
Noções gerais............................................................... 212
A norma e a oralidade................................................212
Casos de próclise, mesóclise e ênclise..........................213
Casos de próclise obrigatória..............................213
Casos de mesóclise............................................. 214
Casos de ênclise obrigatória............................... 214
Locução Verbal.............................................................. 215
Adequação no uso da Ênclise......................................... 216
Locuções com Preposição...............................................219
Cacofonia na Colocação................................................219
ExercíciosResolvidos....... ............................................220
Exercícios de Fixação - Níveis Fácil e Médio....................222
Exercícios de Aprofundamento - Nível Avançado.......... 224
Capítulo 7 PONTUAÇÃO...............................................................231
Pontuação nas orações................................................... 232
O ponto................. ........................................................233
O ponto final.................................................................233
A vírgula................. .....................................................233
O emprego indevido da vírgula........................... 234
As regras de utilização da vírgula........................ 234
Ponto-e-vírgula................................................. ........... 236
Dois-pontos.................................................................. 236
Pontos de interrogação e exclamação............................................. 23
Reticências.................................................................................... 23
Aspas............................................................................................ 23
Travessão ou parênteses.................................................238
Composições semânticas............. ..................................238
Exercícios resolvidos............ .......................................239
Exercícios de fixação - Níveis fácil e médio..................241
Exercícios de aprofundamento - Nível avançado............250
GABARITOS...............................................................257
CAPÍTULO

PERÍODO SIMPLES

MARCELO PORTfiLLA
CAPÍTULO 1
PERÍODO SIMPLES

A palavra período vem de PERI + ODOS. O primeiro significa ao redor,


em vo!ta de; o segundo, caminho. Esse era o nome das muralhas que cercavam
as "cidades" medievais. Significava, portanto, um caminho ao redor, em volta
da cidade. Há, portanto, uma identificação com o nosso período sintático. Sig­
nifica uma enunciação completa, com início, meio e fim. Uma volta concluída,
um circuito fechado.
Simplificando mais, poderíamos reproduzir a definição do dicionário Au­
rélio: "Oração absoluta ou reunião de orações queformam sentido completo".
Iremos, portanto, estudar a frase constituída de uma única oração e
consequentemente as funções sintáticas dos termos nela encontrados - pe­
ríodo simples.

FRASE
É a completa unidade de sentido da fala. Nela conseguimos expressar
tudo o que queremos ao receptor.
Exemplos:
Ficai nas terras pérfidas1e escuras, Joannaí (J.P. Klier)
As luzes de raios extraterrestres avermelhavam o céu.
Noite, noite, noite transfigurada.

ORAÇÃO
DICA DE PROVA: fique atento aos nomes das orações na hora de
fazer a prova.
Para efeito de análise geral, poderíamos definir as oração como:
Oração absoluta
Oração que constitui, sozinha, um período.
Exemplo:
A vida é boa; todos os jovens festejavam o natal.
1 pérfidas: que mente à fé jurada; fementido; traidor, desíeai; infiel.

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Oração coordenada
A que está em uma relação de coordenação: oração que estabelece com
outra uma relação semântica de adição, conclusão, explicação, alternação e
adversidade. Nesta relação, não há dependência sintática entre as orações.
Exemplos:
Os músicos cantavam e trabalhavam durante o dia* (Há uma relação
semântica de adição entre as ações verbais cantavam e trabalhavam.)
Trabalhas ou estudas. (Agora, uma relação de alternação.)

Oração justaposta
A que se coloca ao lado de uma outra de maneira justa, quer dizer,
sem a utilização de um conectivo. É a união de duas orações de maneira que
se ajustem (justa + posição).
Exemplo:
Trabalha /quem deveria estar descansando. (A relação de aproximação
entre a primeira e a segunda orações se dá sem a presença de uma conjunção.)

Oração principal
Aquela que, numa relação de subordinação (uma oração que depende
sintaticamente da outra, funcionando, na verdade, como um termo), se cons­
titui na outra parte, no núcleo da sentença.

Oração reduzida
Oração subordinada com verbo ou no infinitivo (se houver desconhecimen­
to, é fundamental que se entenda a noção de "infinitivo pessoal"), ou no gerúndio
(cantando, vendendo, partindo) ou no particípio (catado, vendido, partido).

Oração relativa
Aquela introduzida por pronome relativo {ver em orações adjetivas).

Oração subordinada
É aquela que funciona como um termo sintático da oração principal.
Para efeito de estudo do período simples, é a expressão sintática com­
pleta (apresenta sujeito e predicado; em casos especiais, só predicado).

MASCELO PORTELLA
Exemplos:
Professam-se muitas coisas inócuas2 neste parlamento.
Tudo posso naquele que me fortalece.

TERMOS DA ORAÇÃO
Nomenclaturas
- Termos essenciais: sujeito e predicado,

Observação: O interessante, nessa definição, é chamar o sujeito de termo


essencial. Certamente deriva da visão regencial que esse exerce sobre
o verbo. Menos pela presença na oração já que, na língua portuguesa,
encontramos orações impessoais, quer dizer, sem sujeito.
-Termos integrantes: complementos verbais (objeto direto ou indireto),
complemento nominal, agente da passiva, predicativo.
-Termos acessórios: adjunto adnominai, adjunto adverbial, aposto.
- Vocativo.

SUJEITO E PREDICADO
- Sujeito é o termo de que o predicado dispõe para tecer algum comen­
tário. Toda a enunciação presente no predicado diz respeito ao sujeito.
Exemplos:
Passava aos ares o assunto daquela figura nefasta. (M. Greeg)
Procuravam-se as melhores profissionais. (Voz passiva sintética.)
Padre Amaro era pessoa que trabalhava profissionalmente. (Perceba
que a parte não destacada é formada por mais de uma oração, e toda ela
constrói um enunciado relacionado ao sujeito Padre Amaro.)
Conversamos como se o tempo não passasse do amanhã. (Reinald Brian)
DICA DE PROVA: Cuidado com os sujeitos indicados pelas desinên-
cias verbais. O "mos" final do verbo, desinência número-pessoal, a
ponta o pronome pessoal reto "nós" como sujeito.
Todos ponderamos quando não temos o que queremos. Independe
________ de... (Sammuei Suck)
2 inócuas: Que não faz dano; inocentes, inofensivas, inóxias

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DICA DE PROVA: Em alguns momentos, a relação gramatical es­
tabelecida entre sujeito e verbo é quebrada por força do aspecto
semântico. Nessa passagem, o sujeito está na terceira pessoal do
plural, mas o verbo se apresenta na primeira pessoa do plural. Não
há erro, mas um ajuste à necessidade enunciativa. O sujeito "to­
dos" adiciona a ideia de totalidade enquanto o verbo na primeira
pessoa inclui o falante no grupo dos que praticam a ação indicada
pelo verbo - ver silepse de pessoa.
- Predicado é o que se fala do sujeito. Nã análise de uma única oração,
destacando o sujeito, tudo que restar, exceto o vocativo, será o predicado.

TIPOS DE SUJEITO
Nome que, partindo da identificação da oração com uma proposição
lógica, veio a substituir, ainda na Idade Média, a tradicional denominação
de suposto (aquilo que subsiste por si - ideia que reitera a noção de sujeito
como termo essencial da oração já que, por exemplo, uma ação verbal deve
apresentar quem a origine} para a nomeação do termo da oração a respeito
do quaí se enuncia algo. Em noção filosófica, a coisa real, com capacidade de
determinações, capaz de propor objetivos e praticar ações. Uma definição
mais precisa seria "fonte de atividade do predicado".

Simples
É aquele que apresenta apenas um núcleo.
DICA DE PROVA: Não confunda quantidade de núcleos com quanti­
dade de nomes. Por exemplo, em João da Silva Sobrinho eu encontro
três nomes e apenas um núcleo. A noção de núcleo, nesse caso,
visita o aspecto semântico, caracterizado pela noção de que esses
três nomes juntos representam apenas uma pessoa.
Não é de consenso entre os gramáticos a noção de núcleo em casos
como esse. Sintaxe significa a arrumação, disposição, ordenação das palavras
na relação estabelecida umas com as outras. Nesse sentido, se analisássemos o
nome próprio acima com um único núcleo sintático - o primeiro nome "João",
por exemplo, os outros teriam que ser classificados como adjuntos.
Em contrapartida teríamos uma definição superficial da noção semân-
tico-sintática do núcleo, já que, em uma análise mais precisa, fica difícil definir

M AEC EtO PORTELLA


qual dos três nomes é o mais Importante, é o núcleo. Em contrapartida, se
analisamos os três nomes como termos núcleos, ou teríamos sujeito composto,
uma falha de raciocínio; ou formas apositivas, impossibilitadas pela falta de
noção especificativa ou explicativa {ver aposto).
Perguntou alguém pelo senhor Antônio Carlos. (Pronome indefinido
funcionando como sujeito simples.)

DICA DE PROVA: A forma de se questionar o aluno em uma avaliação


de concurso público pode mudar a noção gramatical. Na frase aci­
ma, se pergunto sobre o suposto agente da ação de "perguntar" a
resposta pode ser "indeterminado", mas se pergunto qual o sujeito,
a resposta considerará a noção sintática "sujeito simples".
Passaram-se armistícios. (Sujeito posposto ao verbo.)
Ele e Ela é uma revista altamente cultural. (Note que o número de
nomes não determina o tipo de sujeito. A relação de significado aponta a ex­
pressão "Ela e Ela" como uma revista, consequentemente, sujeito simples.)
Composto (mais de um núcleo)
Sujeito formado por mais de um núcleo.
O monarca e a princesa foram levados para a gare. (Sujeito composto
anteposto ao verbo.)
Trabalharam o rei e o plebeu. (Verbo no plural, sujeito composto pos­
posto ao verbo.)
Trabalhou o rei e o piebeu. (Verbo no singular, relacionando-se com o
mais próximo - sujeito composto posposto ao verbo.)
Viajaram o presidente e o secretário. (Sujeito composto posposto
ao verbo.)

Sujeito oculto (também conhecido como sujeito elíptico ou desinencial}


(Eu) Partirei eu certamente no momento das águas. (Eny di Castro) ,
(Nós) Observamos a vida passar com maior prazer.
DICA DE PROVA: O sujeito acima também pode e é naturalmente
classificado como suieito simples, pois a NGB não prevê as nomen­
claturas "oculto, elíptico e desinencial" Além disso, apresentam-se
como sujeito formado de apenas um núcleo.

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indeterminado
Há três casos específicos de sujeito indeterminado.
- l s caso - Verbos na terceira pessoa do plural.
Exemplos:
Em tarde chuvosa, bateram na porta.
Caro amigo, falaram mal de você.

Observação 1: Nas orações acima, percebe-se a existência do praticante da


ação de bater ou falar, porém, como o verbo está na terceira pessoa
do plural, não conseguimos identificar o sujeito.
Observação 2: Em "Bateram eles na porta" a identificação do suieito simples
se dá pela apresentação do mesmo na oração.
Observação 3: Em "Saiam da sala", apesar de o verbo se apresentar na terceira
pessoa do plural, não há caso de sujeito indeterminado, pois o verbo
está no imperativo, apresentando sujeito simples e oculto "vocês".
DICA DE PROVA: o sujeito indeterminado em terceira pessoa é muito
cobrado em provas de concurso público. O formato, porém, mais
abordado são as construções semânticas que o verbo na terceira
pessoa pode apresentar.

Exemplo:

Em "Comentam que a vida deve ser vivida com força e alegria", o


verbo "comentar"' apresenta sujeito indeterminado. Só que, em
uma prova do NCE, foi cobrada a causa da indeterminação. Dentre
as opções estavam: a) porque não se pode determinar o sujeito; b)
porque não se convém determinar o sujeito; c) para universalizar o
sujeito. Resposta certa, letra C, confirmando a noção de que todo
mundo "comenta".

- 22 caso - "SE" funcionando como índice de indeterminação do sujeito.


Exemplos:
Propaga-se de tudo e muito, e mais...{SI)
Gritou-se com o empregado na mesma hora. (SI)

MARCELO PORTELLA
Não se falou de outra coisa na sala de estar. (SI)

Observação: Estas estruturas apresentam-se na voz ativa, apresentando o SE


como índice de indeterminação e, consequentemente, sujeito inde­
terminado.
Uma maneira de se entender o sujeito indeterminado é observara uti­
lização dos verbos de natureza transitiva indireta ou intransitiva, em terceira
pessoa do singular e acompanhados do pronome se.
Exemplos:
Aludiu-se a fatos estranhos.
Hoje em dia, não se morre mais de amor.

Observação: Em passagens como "falou-se tudo", conseguimos retirar a cha­


mada voz passiva analítica (tudo foi falado), apresentando, portanto,
sujeito simples "tudo" A voz que utiliza o "SE", agora partícula apassi-
vadora, chama-se voz passiva sintética.
DICA DE PROVA: é comum encontrarmos em provas o "se" como
índice ou partícuía nos TEMPOS COMPOSTOS (ter ou haver + par-
ticípio). Vejamos:
Eu tinha falado a verdade. (Voz ativa - tempo composto.)
A verdade tinha sido falada por mim. (Voz passiva analítica - tempo
composto.)
Tinha-se falado a verdade. (Voz passiva sintética - tempo composto.)
Nesse caso, observa-se que foram utilizados dois verbos nessa voz, o "se" é
partícula apassivadora e "a verdade" o sujeito paciente.
Outro exemplo é "Não se havia comprado o automóvel/não se haviam
comprado os automóveis". Observe que, no primeiro exemplo, o verbo havia
(auxiliar do tempo composto) ficou no singular já que o sujeito "o automóvel"
está no singular; já no segundo exemplo o verbo havia foi para o plural para
concordar com o sujeito "os automóveis".
Na construção "Já se havia discutido com alegrias" o "se" agora é índice
de indeterminação do sujeito e o verbo ficou no invariável.
São construções equivocadas: "tinha-se produzido as respostas" (su­
jeito no plural e verbo no singular); "não se haviam falado com você" (verbo

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no plural com sujeito indeterminado).
- 3S caso - Um caso pouco analisado de sujeito indeterminado é o
sujeito de infinitivo.
Observe, na passagem abaixo, os verbos no infinitivo. Estes estão in­
dicando uma determinada ação, mas os agentes da mesma não podem ser
determinados.
Exemplo:
Era difícil produzir aquelas provas imediatamente.
Parece penoso referir-se a estes fatos.

Observação: Alguns gramáticos, porém, discutem a essa forma do infinitivo


com simples estrutura nominal, não oracional.
DICA DE PROVA

Não construa frases como VENDE-SE CASAS, pois, se o sujeito casas


está no plural, o verbo concorda com o mesmo, no plural.

O correto é "VENDEM-SE CASAS".

Não construa frases como PRECISAM-SE DE EMPREGADOS, pois


se o sujeito da oração é indeterminado, o verbo não possui sujeito
explícito ou determinado, ficando no singular.

O correto é "PRECISA-SE DE EMPREGADOS".


Lembre-se de que:
1. Termo preposicionado não desempenha função de sujeito.
"Precisa-se de empregados." (Se o termo "de empregados" está
preposicionado não poderá desempenhar função de sujeito. O sujeito está
indeterminado, e "se" funciona como índice de indeterminação.)
2. Advérbio não pode ser confundido com sujeito.
"Precisa-se muito," (Neste caso, o termo "muito" é um advérbio,
não podendo, portanto, desempenhar função de sujeito. Como o sujeito está
indeterminado, o "se" funciona como índice de indeterminação outra vez.)

MÁBCELO PORTEIIA
Oração sem sujeito
As orações sem sujeito representam uma exceção à estrutura oracional.
São casos reduzidos e específicos.

Observação: De regra geral, oracão sem suieito deixa o verbo no singular.


- 19 caso-Verbos SER, ESTAR, FAZER, HAVER E IR quando reproduzem
ideia de temporalidade decorrida.
Exemplos:
Faz dez dias hoje. (O verbo está no singular porque a oração é sem
sujeito.)
Fazem dez dias. (Há um equívoco nesta passagem. A oração, por não
ter sujeito, remete o verbo à terceira pessoa do singular.)
Deve fazer dez dias hoje. (Verbo auxiliar invariável, já que a oração é
sem sujeito.)
Devem fazer dez dias hoje. (Verbo auxiliar utilizado indevidamente no
plural.)
Na locução "DEVE FAZER", o verbo principal é FAZER introduzindo ideia
de tempo decorrido, portanto a oração é sem sujeito, os verbos permanecem
invariáveis.
Outros exemplos:
Vai para 20 dias. (Neste caso, o verbo ir manteve-se no singular já que
o numeral vinte não funciona como sujeito.)
Deve ir para 20 dias. (Devem ir para 20 dias configura erro.)

- 22 caso - Verbos que indicam fenômenos naturais - Se verbos que


indicam fenômenos naturais são utilizados de maneira denotativa, não pos­
suem sujeito; se conotativa, possuem.
Meu Deus! Troveiou muito, mas muito hoje. (Verbo que indica fenô­
meno utilizado denotativamente - oração sem sujeito.)
Oxalái Anoitecerá mais cedo amanhã.

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DICA SEMÂNTICA

Interessante é observar que estes verbos têm origem em substan­


tivos. Assim, o verbo chover surgiu da palavra chuva. Em tempos
iniciais da língua as construções comuns partiam do substantivo.
Fazendo uma transição temporal, construiríamos frases nesse
formato: "A chuva caiu". Como o substantivo dá origem ao verbo
chover, esse passa a indicar o sentido "chuva" e a ação provável de
"cair". É como se a palavra chover embutisse "chuva" e "caiu".
Nos casos apresentados, os verbos estão sendo utilizados denotativa-
mente. portanto apresentam-se como oração sem sujeito.

Observação: Na passagem "Trovejou o desembargador com agente de se­


gurança" tem-se sujeito simples já que o verbo não traz realmente o
sentido de fenômeno*
Outro exemplo interessante de prova do CESPE é a frase "Anoitecia aos
poucos a caverna" Nessa passagem o verbo anoitecer está sendo utilizado
com o sentido de escurecer. Assim a caverna passa a ser o sujeito da oração,
quer dizer, "A caverna escurecia aos poucos".
- 32 caso - Haver com ideia de existir - O verbo haver, quando substi­
tuível pelo verbo existir, é um caso específico de oração sem sujeito, portanto
permanece no singular.

Observação:
a) Oração sem sujeito, de regra geral, deixa o verbo no singular.
b) O verbo existir é somente um parâmetro para a análise do verbo
haver, não se classificando como oracão sem suieito.
Havia alguém aqui. (Oração sem sujeito.)
Existia alguém aqui. (O pronome alguém desempenha a função de
sujeito simples do verbo existir.)
Havia pessoas aqui. (Oração sem sujeito.)
Existiam pessoas aqui. (Sujeito simples "pessoas")
Perceba que 0 verbo haver permanece invariável, mesmo seguido do
termo "pessoas" no plural. Já o verbo existir concorda com o termo "pessoas"
no plural, pois este funciona como sujeito do verbo.

MARCELO POSTEIiA
Deve haver pessoas. (O verbo "dever" um verbo auxiliar, mantém-se
no singular, pois o verbo principal é haver com ideia de existir - uma oração
sem sujeito.)
Outra locução interessante é a combinação do verbo haver como au­
xiliar com outro verbo haver ou existir.
Em locuções como "há de haver", tem-se oração sem sujeito. Em ou­
tras como "Há de existir", deve-se buscar o sujeito da locução já que o verbo
principal agora não é mais o verbo haver com ideia de existir, mas o próprio
existir, uma oração com sujeito.
Exemplos:
Há de haver pessoas. (Oração sem sujeito - verbo no singular.)
Hão de existir pessoas. (Verbo principal existir - sujeito simples.)
DICA DE PROVA
O verbo haver pode ser utilizado com semântica diferente de "exis­
tir". Observe:
"Os homens se houveram bem na hora da crise."

Nesta frase o verbo haver tem sujeito "os homens", já que não se
apresenta com sentido de "existir" mas "sair-se". Neste caso, o
verbo é variável, concordando com o sujeito.
- 42 caso - Chega de... Basta de... (expressões estereotipadas invari­
áveis e sem sujeito)
Chega de tanto problema.
Chega de saudade...
Basta disso agora mesmo!
DICA DE PROVA

Não confundir com frases como "chega de roupas pretas 0 homem


da religião". Nesse caso, o sujeito do verbo chegar é o substantivo
"homem".

Outro ponto perigoso na prova de concurso público é a utilização


dos termos basta e chega distanciados da preposição.

PORTUGUÊS PASA CONCURSOS


Exemplo:
"Basta, um amigo me disse sem nenhuma preocupação, desse tipo
de aferição que invade a nossa pessoalídade". (Nesse caso percebemos duas
orações. Uma, intercalada; outra com a expressão basta bastante distanciada
da preposição de - oração sem sujeito.}

- 52 caso - FAZER e ESTAR com ideia de fenômenos climáticos


Fazia um calor terrível naquele lugar.
É muito quente aqui
- 69 caso - O verbo SER relacionado a DATAS, HORAS, DISTÂNCIAS
É uma hora, minha querida amiga.
São duas horas, minha querida amiga.
Hoje é dia 15. (Verbo concorda com o substantivo dia.)
Hoje são 15. (Verbo concorda com o numeral.)
Hoje é 15. (Verbo concorda com a ideia implícita DIA.)
É apenas uma légua.
São apenas oito léguas.

Observação 1: Observe que, apesar de as frases acima representarem casos de


oração sem sujeito, são analisadas como um tipo de excecão à regra,
já que o verbo se apresenta variávei.
Observação 2: Um outro ponto importante para efeito de provas é observar a
capacidade que o predicativo tem de reger 0 verbo. !sso se dá porque
tanto sujeito quanto predicativo derivam da mesma forma do Latim
(nominativa). Fica evidente essa capacidade do predicativo do sujeito
em frase como: "O juiz são suas atitudes", "O responsável somos nós".
Nesses dois casos, apesar de haver sujeito, o verbo está concordando
com o predicativo, seja ele um termo no plural "suas atitudes" ou
pronome pessoal "nós"

"COMO CAI NAS PROVAS." (SUJEITO DA ORAÇÃO)


O conteúdo "sujeito" por incrível que pareça, é muito cobrado em pro­
vas de concursos públicos. Os fundamentos do sujeito nos campos sintáticos,
semânticos ou mesmo morfológicos certamente vão auxiliar o estudante na
hora de fazer determinadas questões.

MARCELO PORXELLA
EXPLORANDO OS SUJEITOS SIMPLES E COMPOSTO.

1. Os gramáticos apresentam diferentes visões a respeito da pontuação


(vírgula) nas orações coordenadas. A corrente mais comum é a utilização da
vírgula entre orações coordenadas que apresentem sujeitos diferentes, mas há
questões de concurso que exploram a confusão na análise da quantidade de
orações e conseqüente análise do sujeito justamente pela omissão da vírgula
nesse tipo de construção. Observe:

(NCE) - Sabendo-se que sujeito da oração é um termo que rege o verbo. Sabendo-se
também que o sujeito é analisado pela quantidade de núcleos, considere as afirmações
abaixo com base na frase "Ontem foi a guerra e a paz, hoje "
a) A oração possui dois termos substantivos funcionando como núcleos.
b) A oração possui dois nomes funcionando com um núcleo regente.
c) As orações possuem cada uma um núcleo nominal regente.
d) A oração possui dois nomes representando apenas um núcleo.
e) As orações possuem um núcleo nominai com dois nomes cada uma.

SOLUÇÃO:
Nesse caso, notam-se, na verdade, duas orações. A primeira, "Ontem foi a guerra;
a segunda, a paz foi hoje". O verbo da segunda oração não aparece, pois já está
creditado na primeira passagem. Assim, Temos duas orações, cada uma com o seu
devido sujeito (simples), portanto a resposta seria a letra "c".

2. Muito comum também nas provas são as questões de concordância


verbal em que orações intercaladas separam o verbo de um sujeito posposto.
Observe:

(fCC) - Leia os períodos abaixo e assinale aquele que apresenta um equívoco no tocante
a concordância.
a) As ideias de "exportação" e "mercado" nunca casam muito bem com a de adoção,
mas o estudo mostra que entre advogados, fórmuiários e taxas especiais, uma
adoção de uma criança chinesa, por exemplo, não custa aos pais menos de R$ 25
mil, e pode passar do dobro deste valor.
b) problema é que o dinheiro muitas vezes é desviado por advogados desonestos ou
verdadeiras máfias da adoção. 0 pagamento é justo, e, normalmente, deveria ser
usado por orfanatos, políticas públicas voltadas para as crianças.
c) Descobriram-se, com a seguinte informação "Mais de 45 mil crianças são adota­
das por pais estrangeiros a cada ano em todo o mundo", a gigantesca verdade
sobre a humanidade da sociedade. Temos qualidades e capacidade de amar o
próximo sim.

PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


d) Não há dúvida de que depois que Angelina Jolie adotou uma criança etíope, a Etiópia
passou a chamar muito mais atenção dos Estados Unidos, especialmente. Acho di­
fícil, entretanto, que essas adoções criem uma moda que possa afetar a tendência
internacional de adoções internacionais.
e) Nos dados consolidados em pesquisas realizadas por Selman desde os anos 80, a
China figura como o berço preferido para adoções por outros países. De lá saem
mais de 13 mil crianças ao ano, quase todas (96%) meninas.

SOLUÇÃO:
Nessa questão, a opção "c" apresenta a falha de concordância, pois o verbo está no
plural "descobriram-se" e o sujeito está no singular "a gigantesca verdade sobre a
humanidade". Seo aluno não tem o devido conhecimento de partícula apassivadora e
do índice de indeterminação, fica difícil visualizá-la. Além disso, o examinador colocou
um termo entre aspas no plural para dificultar ainda mais a análise do sujeito.

3. Muito comum também são as questões que analisam o sujeito na


. silepse. Observe:
Definição
Silepse = Concordância com a ideia
Assim denominam os gramáticos a concordância "que se opera não com
o termo expresso, mas com outro termo latente, isto é, oculto, mentalmente
subentendido".
A silepse pode ser de gênero, número ou pessoa. Exemplos:
a) de gênero: Vossa santidade foi muito caridoso.
(Subentende-se tratar-se de pessoa do sexo masculino, apesar de Vossa
Santidade ser um pronome feminino).
b) De número: Havia muito trabalhador lá, e gritavam.
O verbo gritavam concorda com a ideia de mais de um trabalhador
c) De pessoa: Todos os professores somos responsáveis.
Todos os eqüivale ao sujeito composto eu e os demais

(NCE) - Na frase "Agentes teremos de ser todos" ocorre um tipo de concordância também
presente em:
a) Brasileiros somos todos nós;
b) Todos os agentes de mudança seremos persistentes;
c) Seremos nós todos agentes de mudança;

MABCBLO P O R TE U A
d) Todos nós, brasileiros, seremos agentes de mudança;
e) Agentes de mudança teremos de ser todos nós;

SOLUÇÃO:
Na letra "a" o verbo somos concorda com o pronome nós. O que ocorre também nas
letras "c", "d" e V \ Na letra "b" o sujeito todos- 3§ pessoa do plural-rege o verbo
seremos (1- pessoa do plural), semelhante à frase do enunciado. Esta concordância
não se dá na mesma pessoa do sujeito, mas com a ideia de o termo "todos" incluir
quem está falando. Resposta: b

4. Também é comum encontrarmos questões que abordam o sujeito


indeterminado, cobrando do aluno os aspectos significativos que geram esse
tipo função sintática. Observe:

(CESPE) - Julgue certas ou erradas as afirmações feitas abaixo.


1. "Discutiram-se muito todos os assuntos abordados." - nessa oração tem-se falha
de concordância verbal.
2. "Atualmente dizem que a violência é fruto da desigualdade social do país."™ tem-se su­
jeito indeterminado nessa passagem com a finalidade de se universalizar o agente.
3. "Foi dito que todos os trabalhadores deveriam receber pelo que trabalham." - o verbo
destacado está no singular visto que o sujeito é uma oração subordinada substantiva.
4. "Os educadores fortes, alegres, motivados trabalham com mais alegria." - o verbo
está no plural não pela sucessão adjetiva mais pelo substantivo "educadores" estar
no plural.
5. "Chegou o educador e a diretora." - o verbo está no singular, pois o sujeito composto
posposto ao verbo permite essa concordância.

SOLUÇÃO:
Todas as respostas estão corretas (por exemplo, na opção A expressão "todos os
assuntos abordados" funciona como sujeito no plural deixando o verbo "discuti­
ram" também no plural. Lembre-se de que o SE, nesta passagem, funciona como
partícula apassivadora), mas perceba que a opção 2 aborda justamente a noção
de sujeito indeterminado do verbo "dizem" de maneira semântica.
Há outras construções possíveis. Observe:
a. "Estava eu na outra sala e falaram mal de você" - nesse caso o sujeito
está indeterminado porque não se convém determinar.
b. "Tocaram a campainha" - nesse, o sujeito está indeterminado porque
nio é possível determiná-lo. Pode ser uma ou várias pessoas.

PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


5. Outro ponto muito explorado em provas modernas é a noção de
oração sem sujeito, fundamentalmente na variabilidade ou invariabilidade
verbal. Observe:

(NCE) Na passagem, "Os arquitetos gritam por emprego, mas os engenheiros estão rindo
à toa. Parece haver instituições que supervaiorízam o concreto em detrimento da criati­
vidade e da arte", quanto à locução destacada, pode-se ^firmar que:
a) concorda com o termo "instituições";
b) apresenta verbo impessoal;
c) apresenta equívoco na variação do verbo parecer já que o sujeito instituições está
no plural;
d) o verbo haver possui um agente indefinido;
e) a concordância não se faz com um termo explícito na passagem.

SOLUÇÃO:
O verbo haver (principal da locução) está com ideia de existir, funcionando como
oração sem sujeito. Resposta: b

FORMAS COMPLEMENTARES
VERBOS INTRANSITIVOS
- Verbos intransitivos: são aqueles que não exigem complemento.
Como a ação verbal não passa para outro termo, podem formar predicados
sozinhos, ou com adjuntos .adverbiais, ou com predicativo.

Observação: Definir verbo intransitivo como de sentido completo é uma falha


sintático-semântica. . .
[1] Os terroristas morram. (Verbo intransitivo-sentido completo.)
[2] Tom Jobim morava em Ipanema. (Verbo intransitivo - necessita de
um adjunto adverbial "em Ipanema".)
Exemplos:
A madrugada sombria quedava-se ante nossos olhos.
Os prisioneiros do castelo chegaram à cela.
As caravelas de Cabral partiram naquela mesma tarde.
. O paciente do 39 andar está bem.

MARCELO PORTBXAA
VERBOS TRANSITIVOS
- Verbos transitivos: são aqueles que, ao declararem alguma coisa a
respeito do sujeito, exigem um complemento para a perfeita compreensão do
que se quer dizer. Dividem-se em: diretos, indiretos e diretos e indiretos.
Exempfos:
Lembramos todos os assuntos discutidos. {Transitivo direto.)
Jamais! Esquecer-me-ei de tudo e de todos. {Transitivo indireto.)

Observação: no primeiro caso foi utilizado o verbo lembrar não pronominal; no


segundo, pronominal. Certos verbos, portanto, podem ter alteradas as suas
regências quando do surgimento do pronome em sua conjugação. Outros
verbos pronominais são "queixar-se" e "suicidar-se". Cuidado! Nesses ver­
bos o pronome de terceira pessoa "SE" não desempenha nenhuma função
na frase, pois é justamente PARTE INTEGRANTE DO VERBO.

VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS


- Verbos transitivos diretos exigem um objeto direto. (Complemento
sem preposição pedida pelo verbo.)
Exemplos:
Havia dezenas de cidadãos desejosos de felicidade e paz.
Na minha casa, Barão de Itaoca, espero-o. (Pronome oblíquo funcio­
nando como objeto direto.)

VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS


Verbos transitivos indiretos exigem um objeto indireto. (Complemento
com preposição obrigatória pedida pelo verbo.)
Exemplos:
Confia no Senhor... (Rege a preposição em.)
As mulheres gostam de flores. {Rege a preposição de.)
Aspiras ao título? (Rege a preposição o.)

VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS E INDIRETOS


-Verbo transitivo direto e indireto exige um objeto direto e um objeto
indireto, quer dizer, um objeto (direto) se liga ao verbo sem preposição; outro,
(objeto indireto) com preposição.

PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


O governo não alterou a política econômica. (VTD)
Discordaram da política econômica os trabalhadores. (VTI)
Os ministros informaram a nova política econômica aos trabalhadores,
(verbo transitivo direto e indireto)
DICA DE PROVA

A análise do verbo transitivo direto e indireto deve atentar para os


pronomes oblíquos átonos.
Observe as devidas substituições dos termos substantivos pelos
pronomes oblíquos átonos:
O professor entregou o documento ao médico.
O professor o entregou ao médico.
O professor lhe entregou o documento.
O professor iho entregou.

Obs.: nesse caso acima, o pronome "o" substituiu o objeto direto


"o documento" e o "lhe" "ao médico".
Outro exemplo menos comum é a utilização dos pronomes "nos" e
"vos" combinados aos "o,os, a, as".
Exemplo:
O Barão Bragança entregou a carta a vós.
O Barão Bragança a entregou a vós.
O Barão Bragança vos entregou a carta.
O Barão Bragança vo-la entregou.
Observe que o "vo-las" (objeto direto e indireto) é a combinação entre
o pronome "a" (objeto direto) e "vos" (objeto indireto).
Outros exemplos:
Eu to falei
Ela mas falou.
Outras combinações são:
Me + o (s) - mo(s) / me + a (s) - ma(s)
Te + o (s) = mo(s) / te + a (s) = ta(s)
Lhe + o (s) = lho(s) / lhe + a (s) = lha(s)

MA5 CELO POKTE1LÀ


Nos + o (s) = no-lo(s) / nos + a (s) = no-la(s)
Vos + o (s) = vo-lo(s) / vos + a (s) = vo-la(s)
Outros exemplos:
Em um diálogo
- Ela falou isto a você?
- Ela mo falou, senhor prefeito
Observe que na resposta do diálogo o pronome ME (01) juntou-se ao
pronome 0 (OD).

COMPLEMENTOS VERBAIS
- Os complementos verbais são representados pelo objeto direto (OD)
e pelo objeto indireto (01)
Para entendermos melhor os objetos, é fundamental que compreen­
damos as nomenclaturas de maneira plena.
DICA DE PROVA

Objeto significa paciente ou aquele que recebe uma determinada


ação. Nesse sentido, poderemos diferenciar objetos indiretos de
adjuntos adverbiais com mais precisão.

Quando analisamos frase como "Os jogadores criaram uma nova


jogada." nota-se que o sujeito "os jogadores" pratica a ação verbal e
o termo "uma nova jogada" sofre a ação verbal. Se sofre, é paciente
portanto objeto. Se o termo paciente da ação verbal está sem um
preposição pedida pelo verbo é um objeto direto.

Em outras frases como "Falei com você "e "Falei de você." Notamos
que, no primeiro caso, o pronome você recebe a ação do verbo falar,
já que quem falou dirigiu-se a essa pessoa. Se ele recebe a ação
deve ser classificado como objeto, paciente da ação verbal.

No segundo caso, o termo você não recebe a ação verbal. Não é


paciente da ação de falar, apenas assunto da ação. Nesse caso, o
correto é classificá-lo, não como objeto, mas como adjunto adver­
bial de assunto.

20 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


OBJETO INDIRETO
É o complemento verba! que se !iga ao verbo através da preposição
exigida pelo verbo. Nesse caso o verbo pode ser transitivo indireto ou transitivo
direto e indireto. Normalmente as preposições que ligam o objeto indireto ao
verbo são a, de, em, com, por, contra, para etc.
Exemplos:
Optei pelo menor/Lutei contra o azar/Obedeco ao mestre/Acredito em
você/Oponho-me ao fato/Deparei com um estranho/Ofereci um prêmio ao
vencedor/Comunicaram o fato aos leitores.

OBJETO DIRETO
Complemento verbal que se íiga ao verbo sem preposição obrigatória.
Nesse caso o verbo pode ser transitivo direto ou transitivo direto e indireto.
Exemplos:
Não vi ninguém/Os jornais nada publicaram/ Ofereci um prêmio ao
vencedor/Comunicaram o fato aos leitores.

OBJETO PLEONÁSTICO
Em aíguns momentos, a repetição produz uma relação de ênfase, ou
ratíficacão. Este é o objetivo do objeto repetido ou pleonástico.
Exemplos
O meu procurador, encontrei-o. (Objeto direto pleonástico.)
De todas as pessoasfiéis, gostamos delas. (Objeto indireto pleonástico.)

Observação: Questões comuns em provas são: "Assinale a opção abaixo em que o


complemento do verbo busca fortalecer ou ratificar uma informação".

OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO


As preposições podem ser utilizadas para trazer novo significado, ou
ainda um significado mais particularizado na relação verbo/complemento.
Preposição que tira a ambigüidade.
O caçador o leão matou. (Verbo transitivo direto.)
Na passagem você não sabe se quem matou foi o caçador ou o leão.
Não se sabe quem é o sujeito ou quem é o objeto.

M ARCÊIO PORTHÍXA
DICA DE PROVA

Preposições que carregam traços semânticos como essa possuem


valor chamado "nocional". Diferente das preposições de frases como
"gosto de você" Nesse caso a preposição possui valor estritamente
relacionai, quer dizer, serve apenas para ligar o verbo transitivo in­
direto ao objeto indireto, Na prova, lembre, portanto, esses nomes
"relacionai" e "nocional"
Tirando a ambigüidade.
Ao caçador o leão matou. (O leão matou o caçador.)
Nessa frase temos dois termos substantivos antecedendo a ação verbál.
Como ambos podem reger o verbo, se não utilizarmos um mecanismo sintático
para diferenciá-los, ambos poderão ser analisados como sujeito.
"Ao caçador" é objeto direto preposicionado, pois completa um verbo
transitivo direto e a preposição "a" se encarregou de tirar a ambigüidade da frase.
Também poderíamos fazer o contrário.
O caçador ao leão matou. (O caçador matou o leão.)
Agora o objeto direto preposicionado é "ao leão"
Entende-se, então, que a preposição pode definir na frase quem é o
sujeito e quem é o objeto, recurso muito cobrado pelas modernas bancas.
Preposição para indicar parte de um todo ou dar estilo.
Observe abaixo um objeto direto e outro objeto direto preposicionado.
Comemos o bolo. (Comeram tudo.)
VTD
Comemos do bolo. (Comeram parte do bolo.)
VTD
Amo Deus.
Amo a Deus. (A preposição aparece para dar plástica à oração.)

OBJETO DIRETO INTERNO


Convém não confundir verbos intransitivos com transitivos diretos
internos. Observe:

PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


[1] Eie morreu. (Verbo intransitivo.)
[2] Ele cantou uma música. (Verbo transitivo direto.)
[3] O paciente morreu de Aids. (Verbo intransitivo seguido de um ad­
junto adverbial de causa.)
[4] Ele morreu morte triste. (Verbo transitivo direto seguido de um
objeto direto interno ao verbo.)
[5] Eie cantou canto triste. (Observe que esta construção é idêntica ao
item [4]. Ela se dá da seguinte forma: verbo seguido de substantivo abstrato
de mesma família etimológica seguido de um adjetivo. Construções como
essa são muito comuns.)
Exemplos: Pulou pulo alto, Gritaram grito de medo, pediram pedido
irregular, e outros.

COMPLEMENTO NOMINAL
É um termo preposicionado que completa substantivo abstrato, adjetivo
e advérbio derivado de adjetivo.
Observação: Se o termo preposicionado completa um substantivo abs­
trato (SA), mas se apresenta como agente, passa a ser adiunto adnominal.
Exemplos:
Chute da bola. (A bola é chutada, paciente, complemento
SA nominal.)
Chute do Renato. (O Renato chuta, agente, adjunto adnominal.)
SA
Extração do petróleo. (O petróleo é extraído, paciente,
SA CN complemento nominal.)
Extração da Petrobrás. (A Petrobrás extrai, agente, adjunto
SA AA adnominal.)
- Completando adjetivo. (O termo preposicionado é sempre comple­
mento nominal.)
Exemplos:
A guerra foi prejudicial às mulheres.
ADJ CN
Isto é nocivo aos meus pais.
ADJ CN

MARCELO PORTELLA
- Os termos às mulheres e aos meus pais completam respectivamente
os adjetivos prejudicial e nocivo, portanto são complementos nominais.
- Completando advérbio derivado de adjetivo.
0 juiz decidiu favoravelmente ao réu.
ADV CN
Agimos fielmente a todos.
ADV CN
- Os termos ao réu e a todos completam os advérbios favoravelmente
e fielmente, portanto são complementos nominais.

Observação: termo preposicionado que completa substantivo concreto é


adjunto adnominal.
Exemplo:
Em meio ao concurso, adquiri uma máquina de solda.
SC AA
- 0 termo sublinhado completa o vocábulo máquina - substantivo
concreto - portanto "de solda" deve ser classificado sintaticamente como
adjunto adnominal.

Observação: O único caso em que o complemento nominal aparece sem pre­


posição é quando se faz através de pronome oblíquo átono.
Exemplo:
Era útil a mim, ("a mim" completa "útil")
Era-me útil. ("me" completa "útil".)

AGENTE DA PASSIVA
-Term o que indica o autor da açio verbal expressa em oração de voz
passiva analítica.
Exemplos:
Para alegria de Eva, a fruta proibida foi comida por Adão.
A virtude deve ser buscada por todos os cristãos.
O sujeito A FRUTA PROIBIDA, na primeira passagem, é sujeito paciente, pois
sofre a ação do verbo comer. Porém, o termo Adão é agente da ação de comer, quer
dizer, é agende da voz em que o sujeito se mostra passivo - agente da passiva.

PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


A voz passiva analítica (VPA) também apresenta particípio, como a voz
ativa em temoo composto (VA/TC).
Exemplo:
O homem prudente foi encontrado por todos. (VPA)
O homem prudente tinha encontrado a todos. (VA/TC)
Porém, se trocarmos o sujeito "homem" por um termo no feminino,
vemos o seguinte:
A mulher foi encontrada por todos. (VPA)
A mulher tinha encontrado a todos. (VA/TC)
Perceba que o primeiro particípio, o da voz passiva, varia em gênero,
já o segundo, tempo composto, fica invariável.
DICA DE PROVA
O agente da passiva também pode ser analisado como complemen­
to nominal. Observe os exemplos:
"Ele tinha atacado quem não respeita a vida."
Observe que o verbo atacar é invariável no particípio. Basta trocar
o pronome ele por ela e perceber que o particípio permanecerá
invariável. Isto quer dizer que este particípio não possui caracterís­
ticas adjetivas já que não concorda com o termo substantivo que
funciona como sujeito.
"Ele foi atacado por Miguel."
Nesse caso, se substituirmos o pronome ele pelo pronome pessoal
ela a forma do verbo atacar ficará "atacada". Esta variação leva-nos
a entender esse verbo com um termo adjetivo também.
Se considerarmos a expressão "atacado (a)" por Miguel, nota-se que
há um termo preposlcionado "por Miguel" completando o termo
adjetivo "atacado (a)" Entendendo que termo preposicionado que
completa adjetivo é complemento nominal, poderíamos afirmar
que o agente da passiva "por Miguel" também é um complemento
nominal. Assim, pode-se dizer que todo agente da passiva é um com­
plemento nominal. Mas cuidado! Nem todo complemento nominal é
um agente da passiva, como vimos nos vários exemplos anteriores.

MARCELO PORTEiXA.
DICA DE PROVA 2

De regra gerai, aparece regido das preposições "por" e pelo. Em


casos menos comuns, podem ser utilizadas outras preposições:
Aquela lua é amada de todos os poetas. (Jauri)
As comemorações foram inauguradas com os fogos de artifício.
Além de o agente da passiva não ser obrigatório na voz passiva
analítica, ele não aparece na voz passiva sintética.
Observe abaixo que, como a voz ativa apresenta sujeito indetermi­
nado, a voz passiva, não pode apresentar agente da passiva.
"Falaram a verdade." (Voz ativa com sujeito indeterminado)
"A verdade foi falada/' (Voz passiva que parte da voz ativa com su­
jeito indeterminado. Como o sujeito da voz ativa se transforma em
agente da voz passiva, esse não aparece como agente da passiva.)

VOZES VERBAIS
É fundamental que entendamos as vozes verbais com mais profundidade
para que compreendamos a estrutura sintática com mais segurança.
Observe as frases:
O escritor desenvolveu a máxima obra.
A máxima obra foi desenvolvida pelo escritor.
Na primeira passagem, o sujeito "O escritor" é agente da ação verbal;
na segunda, o sujeito "A máxima obra" é paciente da ação verbal.

TIPOS DE VOZES VERBAIS


- Voz ativa - o sujeito pratica a ação verbal.
Os grandes oradores proclamaram o grande evento.
- Voz passiva —o sujeito recebe a ação verbal.
Os trabalhos foram desenvolvidos pelo profissional.

Observação: Quando o sujeito da voz ativa é indeterminado, a voz passiva


resultante não apresenta agente da passiva.

PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


Exemplo:
Compraram as novas peças. (Suj. indeterminado - voz ativa.)
As novas peças foram compradas. (Voz passiva sem o agente passiva.)
- Voz reflexiva - O sujeito pratica e recebe a ação verbal.
Os grandes homens se avaliam quando necessário.

VERBOS DE UGAÇÃO E PREDICATIVO


VERBOS DE UGAÇÃO E INTRANSITIVOS
- Verbos de ligação: verbos que, sem possuírem significação precisa,
íigam um sujeito a um predicativo. Normalmente funcionam como verbos de
ligação: ser, estar, ficar, parecer, permanecer, continuar, tornar-se etc.
Exemplos:
As garotas andavam muito caladas. (Significado "estava m".)
Os cantos pareciam sujos.
As portas eram de madeira de lei.
-Não havendo predicativo, mas adjunto adverbial, esses verbos passam
a ser classificados como intransitivos.
Exemplos:
O baile de formatura será na casa do professor.
VI ADJ. ADV. LUGAR
Os garotos permaneciam na rua.
VI ADJ. ADV. LUGAR

PREDICATIVO DO SUJEITO (Pv. S u j .)


- Predicativo do sujeito: é o termo que, no predicado, qualifica dire­
tamente o sujeito.
Exemplos:
A dedicação à vida era forte.
O narrador da história é parcial.
Muitos concursados viraram fera na fila infinita. ("Virar" está com
sentido conotativo.)

MA£C£LO PO&TEtXA 27
O piolho lembrava miséria e abandono. (O verbo lembrar também
está conotativo.)
Os verbos intransitivos normalmente são confundidos com verbos
transitivos ou de ligação.

Observação X: Advérbio não funciona como predicativo.


Observação 2: As funções denotativas e conotativas alteram a classificação
sintática dos verbos.
Observação 3: Para ser um objeto do verbo, o termo em análise precisa ser
alvo da ação verbal.
Exemplos:
A canoa virou. (Verbo intransitivo.)
Rubens virou um grande homem. (Verbo de ligação.)
A ventania daquela tarde virou o pequeno barco. (Verbo transitivo direto.)
Cuidado com os adjuntos adverbiais! Todos deixam o verbo normal­
mente como intransitivo.
Partimos de carro, (meio)
Era de ouro. (matéria)
Vestiu-se para morrer, (finalidade)
Chorava de dor. (causa)
O intelectual mostrava-se bem. (modo)
Não esqueça! A lista acima apresenta somente verbos intransitivos.
O verbo "ser" é intransitivo na passagem, pois só existe verbo de iigação se
houver predicativo do sujeito.
- O predicativo do sujeito, além de vir com verbos de ligação, pode
também ocorrer com verbos intransitivos ou com verbos transitivos.
Exemplos:
O filisteu cresceu belo.
O avião viajou quebrado.
As árvores morreram tranqüilas.

PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


PREDICATIVO DO OBJETO
- O predicativo do objeto: indica qualidade, estado ou qualquer outra
caracterização referente ao objeto (direto ou indireto}.
O juiz julgou o réu cubado.
Observe que nessa frase a qualidade "culpado" representa algo existen­
te a partir da ação verbal. Nesse sentido não poderíamos confundir predicativo
do objeto com adjunto adnominal. Entenda melhór abaixo:
O juiz julgou o réu culpado. (A qualidade " culpado" existe após a ação
de julgar - portanto é um predicativo.)
O juiz comprou rosas brancas (A qualidade "brancas" é anterior a ação
de comprar, quer dizer, as rosas já eram brancas antes da compra«portanto
é um adjunto adnominal.)
Encontramos feridos os policiais. (Qualidade temporária = PV.)
O médico chamou-o de louco. (Qualidade temporária = PV.)
Um recurso poderoso para diferenciar predicativo de adjunto é utilizar
a voz passiva. Observe:
[1] O juiz julgou o réu culpado.
[2] O réu foi julgado culpado pelo juiz.
Observação: Perceba que a voz passiva [2] separou o vocábulo "culpado" do
"réu". Isso não acontece com ó adjunto adnominal, pois este nunca se
separa do núcleo. Observe:
[1] O Juiz comprou rosas brancas.
[2] Rosas brancas foram compradas pelo juiz
Exemplos de predicativo do objeto indireto:
A turma toda chamou-lhe de bobo.
O diretor do colégio de você alegre.
DICA DE PROVA

- Há casos em que os verbos SER e ESTAR são impessoais. Con­


tinuam sendo verbos de ligação e vêm acompanhados de um
predicativo.
São duas horas. / Era noite.
É târde. / Estava escuro.

MARCELO PORTELLA
Os termos em destaque funcionam como predicativo apesar de os
verbos utilizados serem impessoais.

ADJUNTOS ADNOMINA1S E ADVERBIAIS


ADJUNTO ADNOMINAL
- Adjunto adnominal: é o termo que aparece junto a um termo subs­
tantivo, produzindo a este um significado maior. O adjunto adnominal pode
ser morfologicamente caracterizado por:
-Artigo: As festas aconteciam em Bagdá.
- Numeral adjetivo: Quinze mulheres chegaram agora.
- Adjetivo: Entregar-te-ei coração fiel.
- Pronome adjetivo: Nosso pensamento é vitória do grupo.
-Uma locução ou expressão adjetiva: Homem sem barba, (imberbe);
Alegria sem tamanho.

Observação 1: É muito comum a confusão em provas entre adjunto adnominal


e adjunto adverbial em estruturas formuladas por locuções. Vamos
tirar essa dúvida.
[1] A garota do Rio de Janeiro chegou cedo.
[2] A garota chegou cedo do Rio de Janeiro.
No caso [1] a expressão "do Rio de Janeiro" se refere ao substantivo garota,
portanto é uma locução adjetiva funcionando como um adjunto adnominal. No
caso [2], a mesma expressão está relacionada à ação do verbo CHEGAR, portanto
é uma locução adverbial funcionando como um adjunto adverbial de lugar.

Observação 2: O adjunto adnominal prende-se diretamente ao substantivo,


enquanto o predicativo do sujeito refere-se ao substantivo por meio
de um verbo.

ADJUNTOS ADVERBIAIS
- São termos que modificam o verbo, o adjetivo e o próprio advérbio.
* Os adjuntos adverbiais podem ser representados por advérbios (1)
ou locuções adverbiais (2).

30 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


Possivelmente, estaremos presentes à solenidade.(l)
Na terra de meu oai. todos parecem pessoas felizes.(2)
- Adjunto adverbial Afirmação
Benjamim beijou a linda garota, efetivamente.
De fato, sabemos todos de tudo.
Sim, levarei a Ana Luísa ao Wella Hair.
-Adjunto adverbial Assunto
Professor Antônio, falaram de seus sapatos.
Especializou-se Doutor William em política.
-Adjunto adverbial Concessão
Apesar de tudo, amo, sem restrições, aos meus amigos.

-Adjunto adverbial Companhia


Partirei contigo, sem que percebas minha presença.
Com seus amigos, deves caminhar para a felicidade.

- Adjunto adverbial Condição


Pequeno homem, sem escada, não alcançarás o tablado.

-Adjunto adverbial Causa


Na hora da luta, Lúcio Fiávio chorava de dor.
Esses jovens! Agrediram-se por coisas ridículas.

-Adjunto adverbial Direção


Na confusão com os outros jogadores o lateral chutou a bola para cima.

- Adjunto adverbial Dúvida


Talvez os que amam de maneira mensurável encontrem, um dia
a pessoa ideal!

- Adjunto adverbial Exclusão


Todos foram ao conselho de classe, menos eu.

MARCELO POaXSILA
- Adjunto adverbial Fim/Finalidade
O povo de Madureira vive para desfilar no Império.

- Adjunto adverbial Frequência


O Professor de Matemática escondeu-se por duas vezes.

-Adjuntoadverbial instrumento
Os criminosos cortaram-na cortaram a canivete.

-Adjunto adverbial Intensidade


Falas muito mal, pensas menos ainda.

- Adjunto adverbial Lugar


Caminharei, com imagens do passado, pelo Largo de São Francisco.
área de cultura e história.

- Adjunto adverbial Meio


Viajamos todos no Caxias/Freguesia.

- Adjunto adverbial Modo


Todos nesse País sabem que o diretor do Banco do Brasil realmente
fala muito mal.

- Adjunto adverbial Tempo


Depois de breve diálogo, houve um confronto mortal.

APOSTO EVOCATIVO
APOSTO DO LATIM APPOS1TU - AUMENTADO, ACRESCENTADO -
Definição padrão
- É o termo que explica, desenvolve ou resume outro termo da oração
chamado fundamental. Aparece, geralmente, sem preposição e entre pausas.
Se retirarmos o fundamentai, o aposto assumirá a função do termo retirado.

PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


DICA DE PROVA:
Definição para a prova - Nome, ou expressão equivalente, que exer­
ce a mesma função sintática de outro elemento a que se refere.
Essa definição é muito importante, pois, em frases como "Aplicação,
atenção, criatividade, tudo faz parte da vida", havendo a análise sintática do
termo TUDO, esse pode ser visto como aposto resumi dor ou como sujeito,
já que o aposto pode desempenhar a mesma função sintática do elemento a
que ele se refere.
DICA DE PROVA:
A compreensão do adjunto adnominal, adjunto adverbial e aposto
pedem uma comparação mais delicada:
A modelo de Copacabana estava na festa.
Nesse caso, o termo destacado é visto por alguns gramáticos como um
aposto especificativo. Um termo substantivo que não qualifica, mas especifica
o substantivo "modelo". Por outros, como um simples adjunto adnominal.
A modelo chegou de Copacabana.
Nesse, o termo sublinhado relaciona-se ao verbo "chegar", portanto
um adjunto adverbial de lugar.
A modelo de muitas belezas chegou.
Nesse, o termo sublinhado funciona com o adjetivo "bonita", funciona,
portanto, como adjunto adnominal.
A modelo chegou com muitas belezas.
Nesse último caso, o termo em destaque relaciona-se ao verbo, por­
tanto um adjunto adverbial outra vez.
Aposto explicativo
- Identifica ou amplia a significação do nome principal. Vem entre
vírgulas, travessões ou parênteses.
Exemplos:
"Nós, participantes da vida, morávamos em seu coração."
"D. Pedro I, Imperador do Brasil, proclamou a independência".

MARCEIO POBTELLA
Aposto especificativo
- Liga-se, sem pausa, a um substantivo de sentido genérico para indicar
a espécie (grupo ou identidade) a que pertence:
Exemplo:
O jornal O Globo é o melhor do país.
Aposto enumerativo ou distributivo
Faz uma relação de enumeração ou distribuição de nomes com uma
referência anterior.
Exemplos:
Falamos com duas colegas: Ana Maria e Cláudia.
Li dois livros: Senhora e Macunaíma.
Aposto resumidor
- Retorna, utilizando-se de um pronome, ao que foi expresso peio
fundamental.
Exemplo:
Amor, paixão, ódio, tudo faz parte da vida.

VOCATIVO DO LATIM VOCATIVU


- Forma lingüística (usualmente um substantivo) que expressa, no
discurso direto3, aquele a quem o emissor se dirige. É uma forma de se cha­
mar a atenção da pessoa com quem falamos. É um termo alheio à oração
e não desempenha função sintática, uma vez que só serve para chamar.
Representa uma marca de interlocução. Em muitos casos, vem antecedido
pela partícula ó.
Exemplos:
Doutor Adalberto, ele chegou cedo.
Alegria, onde estás que não respondes?
Trabalhaste hoje, Maria?
Ser repleto de maldade, fica distante.
Espere por mim, morena.

3 discurso direto: fala do personagem reproduzida peio próprio personagem.

PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


Observação: Cuidado com a confusão:
Ana, volta iogo! (Nessa frase Ana é somente um chamamento, e o verbo
está no imperativo com sujeito simples e oculto TU.)
Ana volta logo. (Nesse caso, temos Ana como sujeito do verbo, que
agora se apresenta no presente do indicativo - terceira pessoa do singular.)

APROFUNDANDO O AGENTE DA PASSIVA (ADITIVO)


- Na voz passiva, quem pratica a ação verbal é o agente da passiva e
não o sujeito, como na voz ativa.
Exemplos:
Ele queimou seus próprios dedos. (Voz ativa.)
Seus próprios dedos foram queimados por ele. (Voz passiva.)
Meus amigos me entendem. (Voz ativa.)
Eu sou entendido pelos meus amigos. (Voz passiva.)

Observação: Só há voz passiva com verbos transitivos diretos ou transitivos


diretos e indiretos.
O agente da passiva ocorre sempre regido das preposições por e de.

TIPOS DE PREDICADOS
São eies:
- Nominal - possui predicativo do sujeito e verbo de ligação.
- Verbal - não possui predicativo e verbo de ligação.
- Verbo-Nominal - não possui verbo de ligação, mas possui predicativo.

PREDICADO NOMINAL
- Possui um predicativo como núcleo. Obrigatoriamente possui verbo
de ligação.
Exemplos:
As decisões escolhidas eram importantes. (VL + PV)
O doutor virou ladrão. (VL + PV)
A fora da vida era extremamente forte. (VL + PV)

MÀ&CELOPOSTELLÀ
PREDICADO VERBAL
- O núcleo é o verbo, São os transitivos e os intransitivos.
O cachorro de rua virou o latão de lixo,
Muito falamos naquele inesquecível recanto.
Necessitamos de tudo aquilo.

PREDICADO VERBO-NOMINAL
-Apresenta mais de um núcleo. (0 verbo e o nome.)
As mulheres partiram deprimidas. (Predicativo do sujeito mais verbo
intransitivo.)

Observação: 0 filme foi considerado imoral. (Predicativo do sujeito mais verbo


transitivo direto na voz passiva.)
O dinheiro tornou-o orgulhoso. (Verbo transitivo direto mais predica­
tivo do objeto.)

PORTUGUÊS PARA COKCUBSOS


EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

SUJEITO DA ORAÇÃO
01. (TTN) Nas orações a seguir:
1. Em casa, fale pouco das pessoas amigas,
li. Ana Luísa, comentaram a seu respeito.
III. Hoje, produziu-se um aparelho novo.
O sujeito é, respectivamente:
a} Simples, simples, simples,
fo) Oculto, simples, simples,
c} Indeterminado, indeterminado, simples,
d) Oculto, indeterminado, simples,
e} Oculto, indeterminado, indeterminado.

RESOLVENDO A QUESTÃO 1
L O sujeito do verbo "fale" (imperativo afirmativo - 3§ pessoa) é o pronome "você"
It. O verbo "comentaram" está na 3§ pessoa do plural. Se o sujeito não aparece escrito
na frase, é indeterminado.
Jli. 0 pronome apassivador "SE" colabora na montagem da V02 passiva sintética cujo
sujeito é "um aparelho novo".
Observação: Todo sujeito oculto é também sujeito simples, porém nem todo sujeito simples
é ou está oculto.

As nomenclaturas OCULTO, ELÍPTICO E DESINENCIAL determinam o mesmo tipo de


sujeito.
Resposta: D

02. Assinale a alternativa que tem oração sem sujeito.


a} Deve existir um grupo importante aqui.
b} Mesmo sem avisar, havia pedido tudo.
c} Existem inúmeros animais que atacam o homem,
d) Nós chegaremos cedo à reunião do grupo,
e} Há de haver um grupo mais responsável.

MARCELO PORTELLA
RESOLVENDO A QUESTÃO 2
Observação: Muito cuidado com os verbos HAVER e EXISTIR em questões de prova de con­
cursos públicos. O verbo EXISTIR é pessoal, quer dizer, possui sujeito. O verbo HAVER
com sentido de EXISTIR é impessoal, quer dizer, não possui sujeito.
Quando se tratar de locução verbal, leve em consideração o sentido do verbo
principal.
a) A locução verbal "deve existir" tem como verbo principal "existir" cujo sujeito é
"um grupo importante".
b) A locução "havia pedido" tem como verbo principal "pedir" cujo sujeito é o pro­
nome "ele".
c) O sujeito do verbo "existir" é "inúmeros animais" e o sujeito do verbo atacar é o
pronome relativo "que".
d) O sujeito do verbo "chegar" é o pronome "nós".
e) A locução "há de haver" tem como verbo principal o próprio verbo "haver" com
sentido de "existir" (há de haver = há de existir). Este caso é específico de oração
sem sujeito.
Resposta: E

03. Assinale a alternativa correta. Em "Fica aqui, aluno irresponsável" tem-se sujeito
a) irresponsável d) aluno
b) Inexistente e) sujeito simples explícito
c) oculto determinado

RESOLVENDO A QUESTÃO 3
Na oração "Fica aqui, aluno irresponsável" tem-se sujeito simples e oculto "TU".
Observação: Lembre-se de uma coisa muito importante. Sujeito não se separa do verbo
por pausa, "aluno irresponsável" é apenas um VOCATIVO, quer dizer, um chama­
mento.
Então, podemos diferenciar o vocativo do sujeito através da pausa? Sim, mas o impor­
tante é perceber se o termo evidencia a existência de um interlocutor (vocativo)
ou define o regente da ação verbal (sujeito).
Resposta: C

PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


04. Assinale a alternativa em que há oração sem sujeito.
a) Amizades verdadeiras haverá para toda a vida.
b) O pai trovejou ardentemente com o filho.
c) Haveria procurado João todas estas coisas!
d) Ninguém havia aberto a porta.
e) A caverna anoiteceu gradativa mente.

RESOLVENDO A QUESTÃO 4
a) Observe que, outra vez, o verbo "haver" está com o mesmo sentido do verbo
"existir" portanto já é a oração sem sujeito procurada.
b) Em "O pai trovejou.." o verbo está sendo utilizado fora do seu sentido primário,
quer dizer, está apresentado de maneira conotativa. O sujeito de "trovejar" (significa
brigar ou ralhar) é o termo "o pai".
c) Lembrando que a locução verbal só não possui sujeito se o verbo principal for im­
pessoal. No caso, o sujeito do verbo procurar (principal) é o substantivo (João).
d) Outra vez o verbo principal da locução não é impessoal (abrir). O sujeito deste é o
pronome indefinido "ninguém".
e) "Anoitecer" está apresentado também de maneira conotativa. Significa escurecer
(A caverna escurecia gradativamente). O sujeito do verbo é "A caverna".

Resposta: A

M AB CfilOPORTEIXA
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

NÍVEIS FÁCIL E MÉDIO


01. Ocorre erro no emprego do verbo impessoal em:
a) Já não deve haver dificuldades à nossa ação.
b) Existem alguns problemas a superar.
c) Deveriam existir comportamentos de sucesso.
d) Sempre houveram educadores no mundo.
e) Surgiram entre mim e a musa graves conflitos.

02. (TJRJ) Aponte a opção em que a palavra sublinhada NÃO tem a mesma função sín
tática de " Em sua mente tumultuavam negros pensamentos".
a) "E grupos diversos de pássaros cantavam a alegria da tarde."
b) "Já se havia surgido aquele grande conflito"
c) "Foi a luta pelas terras gradativamente surgindo."
d) "Com tanta leveza voam os grandes pássaros."
e) "Como repeliam toda aquela sonoridade...

03. (BC) Assinale a alternativa em que tudo funciona como sujeito.


a) Tudo observei, amigo. d) Tudo procurava, mas não encontrava.
b) Tudo representávamos bem. e) Tudo João achou aii.
c) Tudo me incomoda na madrugada.

04. (SENADO) Assinale a alternativa em que ocorra sujeito composto.


a) Senhor, Senhor, o que devo fazer em meio a tantas dificuldades?
b) Os documentos avistamos, as revistas e as outras posses.
c) Nós, professores compromissados com a educação, venceremos.
d) Foram o técnico de futebol e o jogador à reunião de diretoria.
e) Ontem foi João e José, logo após.

05. Na frase "Em dado momento, da sala, sai um homem importante":


a) o predicado é verbo-nominal; d) o verbo é transitivo direto;
b} há um aposto; e) um homem importante é o sujeito.
c) há um único adjunto adverbial;

PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


06. "Não se constroem apartamentos como antigamente". O termo em destaque
funciona como:
a) objeto direto; d) vocativo;
b) objeto indireto; e) sujeito.
c) adjunto adnominal;

07. (UNI-RiO) Em: "Cala a boca agora, jovem sem compromisso." O sujeito é:
a) oculto; d) inexistente;
b) a boca; e) jovem sem compromisso.
c) indeterminado;

08. (AFC) Em "Foi-lhe grato por sua atenção" Assinale a alternativa incorreta.
a} O pronome pessoal funciona como complemento nominal,
b} Grato é predicativo do sujeito.
c) O verbo ser está usado impessoalmente.
d) Por sua intenção é adjunto adverbial de causa.
e) O sujeito da oração está elíptico.

09. (TRF) Das seguintes orações: "Vende-se casa", "Chovia papel picado." "Fazia um frio
grande naquela tarde." o sujeito se classifica, respectivamente, como:
a) indeterminado, inexistente, simples;
b) oculto, simples, inexistente;
c) inexistente, inexistente, inexistente;
d) oculto, inexistente, simples;
e) simples, simples, inexistente.

10. (ESAF) A propósito do trecho que segue, aponte o sujeito de "O idealismo supõe a
imaginação entusiasta que se adianta à realidade no encalço da perfeição."
a) A imaginação entusiasta. c) Imaginação.
b) O idealismo. d) Entusiasta.

11. "Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa que tinha a modista
ao pé de si, para não andar atrás dela." (M. de Assis). O sujeito de passava é:
a) Se. c) Oculto ("ela", referindo-se à baronesa).
b) Isto. d) Subentendido {"ela", referindo-se à modista).

12. (BB) Nas orações a seguir:


I. As cantigas alegres, doces, verdadeiras, fortes anunciaram a estação do amor.
II. Paulo e Ana trabalham aqui.
III. Vendeu-se a casa nova.

MARCELO PO&TELLA
O sujeito é, respectivamente:
a) composto, simples, indeterminado;d) simples, composto, "a casa nova";
b) composto, composto, indeterminado; e) composto, simples, "a casa nova".
c) simples, simples, oculto;

13. (AFA) "Que há entre João e Maria?"


a) O sujeito do verbo haver é o pronome interrogativo "que".
b) Tem-se uma oração sem sujeito.
c) O sujeito está oculto.
d) O sujeito é indeterminado.
e) O sujeito é "João e Maria "

14. (CEF) Classifique o sujeito na seguinte oração: "Aí lhe apareceram momentos de
felicidade"
a) Sujeito simples,
b} Sujeito oculto.
c) Sujeito indeterminado.
d) Sujeito inexistente.
e) Sujeito composto.

15. "De repente, os hieróglifos coloridos das paredes começaram a vibrar de forma
estranha. Pareciam desenhos animados, representando cenas que iam se embaralhando,
tentando contar alguma história."
O sujeito da locução verbal iam embaralhando é:
a) os hieróglifos coloridos das paredes;
b) cenas;
c) desenhos animados;
d) que;
e) alguma história.

16. Em "Enfim, peguei dos iivros e corri à lição. Não corri precisamente; a meio caminho
parei, advertindo que devia ser muito tarde e podiam ler-me no semblante alguma cousa"
(Machado de Assis), tem-se sujeito:
a) elíptico e simples;
b) simples e elíptico;
c) elíptico e indeterminado;
d) composto e indeterminado;
e) composto e elíptico.

42 POKTUGUtS PARA CONCURSOS


17. Em "Quando aportei na sala, ninguém ralhou comigo" (Machado de Assis), tem-se
sujeito:
a) elíptico e simples;
b) elíptico e indeterminado;
c) indeterminado e elíptico;
d) inexistente e elíptico;
e) composto e indeterminado.

18. (FCC) Em "Não havia ninguém fora" (Machado de Assis), o verbo é ___________
Portanto, tem-se_____ _________.
a) impessoal - sujeito simples;
b) impessoa 1- sujeito composto;
c) impessoal-sujeito indeterminado;
d) pessoal - sujeito inexistente;
e) impessoal ~ oração sem sujeito.

MARCErX) PORTEtLA 43
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

PREDICADO
01. Assinale com (X) as frases com predicado verbo-nominai:
1. (} Senhor policial, trabalho junto ao cartório.
2. {) Beijai-o antes da partida!
3. {) Vieram estragados os alimentos do reservatório.
4. () A população e os militares aclamaram-no presidente.
5. () O Diretor do curso voltou desiludido.
6. () Todos os julgamos sábios para o trabalho.
7. () Desenhei-o meu empregado.
8. {) Consideravam-no como o mais aplicado de todos.
9. () Tiveram-no, por algum tempo, como desaparecido.
10.() Apelidaram-no "o demônio verde".
11.() Elegeram-no para líder da escola.
12.() Voltou como juiz da comarca.
13.() Tornei meus alunos bons analistas.
14.() Seus tios ficaram satisfeitos.

RESOLVENDO A QUESTÃO 1
Observação: 1: Só há predicado verbal se houver verbo transitivo ou intransitivo.
2: Só há predicado nominal se houver predicativo.
1. Só há predicado nominal se houver predicativo. Neste caso não há.
2. Neste caso só há verbo transitivo direto e objeto direto.
3. O verbo "vir" é intransitivo e "estragados" é predicativo do sujeito "alimentos".
4. "Aclamar", na oração, é verbo transitivo direto e "presidente" é predicativo do
objeto direto "no"
5. O verbo "voltar" é intransitivo (predicado verbal), "desiludido" é predicativo do
sujeito "o diretor" predicado nominai.
6. "Julgar", na oração, é verbo transitivo direto e "sábios" é predicativo do objeto
direto "os".
7. "Desenhar" (conotativo) é verbo transitivo direto e "meu empregado" é predicativo
do objeto direto "o".
8. "Considerar", na passagem, é verbo transitivo direto e "como o mais aplicado de
todos" é predicativo do objeto direto "no".

44 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


9. O verbo também é transitivo direto e o complemento "no" {objeto direto) possui
um predicativo {como desaparecido).
10. "Apelidaram" é transitivo direto, "no" é objeto direto e "o demônio verde" é pre­
dicativo do objeto direto.
11. "Para líder" é predicativo do objeto direto "no".
12. "Voltar" é verbo intransitivo e "como juiz da comarca" é predicativo do sujeito
oculto "ele".
13. "Bons analistas" é predicativo do objeto direto "meus alunos".
14. "Ficaram" é verbo de ligação, pois satisfeitos é predicativo do sujeito "seus tios".
Resposta: da questão 03 à questão 13.

02. Numa oração do tipo "As meninas assistiram alegres ao espetáculo" temos:
a) predicado verbal;
b) predicado verbo-nominal;
c) predicado nominal;
d) duas orações, portanto dois predicados.

RESOLVENDO A QUESTÃO 2
O verbo "assistir" com sentido de "ver" é transitivo indireto. No caso da oração
apresentada, "ao espetáculo" é objeto indireto. O sujeito da oração é "as meninas"
cujo predicativo é "alegres". Havendo verbo transitivo e predicativo, tem-se predi­
cado verbo-nominal.
Resposta: B

03, Classifique sintaticamente o termo grifado: "Vivia preso como um novilho amarrado
ao madeiro".
a) Objeto direto.
b) Adjunto adverbial.
c) Adjunto adnominal.
d) Predicativo.
e) Objeto indireto

RESOLVENDO A QUESTÃO 3
O sujeito do verbo "vivia" é o pronome pessoal "ele". O termo "preso" é uma qua­
lidade ou estado do sujeito oculto {ele), logo é um predicativo do sujeito.
Resposta: D

MÀSCEIOPORTEULA
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

NÍVEIS FÁCIL E MÉDIO


01. Dê a função sintática dos termos em destaque:
Nada farei do que dizes:
É teu filho imbele e fraco!
Visaria o triunfo
Da mais guerreira das tribos
Derramar seu ignóbil sangue:
Ele chorou de cobarde.
Nós outros, fortes Timbiras.
Só de heróis fazemos pasto
a) objeto direto — sujeito — predicativo do sujeito —adjunto adnomina! — aposto;
b) objeto direto — predicativo do sujeito — sujeito —adjunto adnominal — aposto;
c) sujeito — predicativo do sujeito — objeto direto — predicativo do objeto — pre­
dicativo do objeto;
d) sujeito - objeto direto — adjunto adnominal — adjunto adnominal — objeto direto;
e) objeto direto — sujeito — objeto direto — predicado — aposto.

02. "Quem passou pela vida em branca nuvem


E em plácido repouso adormeceu.
Quem não sentiu o frio da desgraça,
Quem passou pela vida e não sofreu
Foi espectro de homem, não foi homem,
Só passou pela vida, não viveu/'
(F. Otaviano)
Os termos grifados são, pela ordem:
a) adjunto adverbial, núcleo do predicado verbal, objeto direto, adjunto adnominal;
b) adjunto adnominal, predicado verbo-nominal, predicativo do sujeito, objeto indi­
reto;
c) adjunto adverbial, núcleo do predicado verbal, objeto direto, complemento nomi­
nal;
d) adjunto adverbial, predicado verbal, objeto direto, objeto indireto;
e) adjunto adnominal, núcleo do predicado verbal, predicativo do sujeito, adjunto
adverbial.

PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


03. Classifique os predicados das orações seguintes:
I. Ele nio estava no restaurante.
II. Após três meses, os montanhistas retornaram cansados,
ül. Está chovendo.
a) Nominal, verbo-nominal, nominal.
b) Verbal, verbo-nominal, verbal.
c) Nominal, verbo-nominal, verbal.
d) Verbal, verbal, verbal.

04. Assinale a alternativa em que aparece um predicado verbo-nominal.


a) Os profissionais chegaram cedo ao destino.
b) Demitiram o secretário da instituição.
c) Nomearam as novas ruas da cidade.
d) Compareceram todos atrasados à reunião.
e) Estava irritado com as brincadeiras.

05. Indique a alternativa em que o predicado é verbal.


a} Ana Lúcia está feliz.
b) Eu ia caminhando pela avenida.
c) Encontrei Maria Clara mais envelhecida.
d) O professor virou fera.
e) Ele é ela.

06. Em "Capitu ria alto, falava alto, como se me avisasse; eu continuava surdo, a sós comigo
e o meu desprezo", o predicado dos verbos rja, falava e continuava é, respectivamente:
a) verbal, verbal, nominal;
b) nominal, verbo-nominal, verbal;
c) verbal, nominal, verbo-nominal;
d} verbo-nominal, nominal, verbal;
e) verbo-nominal, verbo-nominal, verbo-nominal.

07. Em "Os excursionistas retornaram felizes a sua cidade", tem-se predicado:


a) verbal com verbo transitivo direto;
b) nominal com verbo de ligação;
c) verbo-nominal com predicativo do sujeito;
d) verbo-nominal com predicativo do objeto direto;
e) verbo-nominal com predicativo do objeto indireto.

MARCELO KJRTELLÁ
08. Em: "Eu era enfim, senhores, uma eraca de alienado", os termos da oração, grifados,
são, respectivamente, do ponto de vista sintático:
a) adjunto adnominal, vocativo e predicativo do sujeito;
b) adjunto adverbial, aposto e predicativo do objeto;
c) adjunto adverbial, vocativo e predicativo do sujeito;
d) adjunto adverbial, vocativo e objeto direto;
e) adjunto adnominal, aposto e predicativo do sujeito.

09. Verifique qual a função sintática das expressões grifadas no trecho abaixo:
"Nem o pranto os teus olhos umedece, / Nem te comove a dor da despedida."
(Olavo Bilac)
a) Adjunto adverbial de lugar e objeto direto.
b) Objeto direto e objeto direto.
c) Sujeito e sujeito.
d) Adjunto adverbial de lugar e sujeito.
e) Objeto direto e sujeito.

10. "O mestre tachou-nos de confusos"


a) Objeto direto.
b) Predicativo do sujeito.
c) Predicativo do objeto.
d) Complemento nominal.
e) Nenhuma das anteriores.

11. Assinale a alternativa correta em relação à classificação dos predicados das orações
abaixo:
I. Todos nós consideramos a sua atitude infantil.
II. A multidão caminhava pela estrada poeirenta.
III. A criançada continua emocionada.
a) 1— predicado verbal, H — predicado nominal, III — predicado verbo-nomínal.
b) I ~ predicado nominal, II — predicado verbal, lii — predicado verbo-nominal.
c) I — predicado verbo-nominal, II — predicado verbal, III — predicado nominai.
d) 1— predicado verbo-nominal, II — predicado nominal, III — predicado verbal.
e) I — predicado verbal, II — predicado verbal, III — predicado verbo-nominal.

12. "A compreensão é a necessidade do fraco." Temos aí:


a) predicado nominal e complemento nominal;
b) sujeito simples e verbo transitivo;
c) oração sem sujeito e complemento nominal;

PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


d) sujeito simples e adjunto adnominal;
e) nenhuma das alternativas.

13. Em: "Ninguém concordou com a demolição daquela casa antiga". o termo grifado é:
a) adjunto adnominal;
b) predicativo do sujeito;
c) objeto indireto;
d) complemento nominal;
e) agente da passiva.

14. "Cheguei, chegaste. Vinhas fatigada e triste. E triste e fatigado eu vinha"


(Olavo Biiac)
Na passagem acima, os termos fatigada e triste, e triste e fatigado exercem a função
sintática de:
a) predicativo do sujeito acomparhando um predicado verbo-nominal;
b) predicativo do sujeito acompanhando um predicado verbal;
c) predicativo do sujeito acompanhando um predicado nominal;
d) sujeito do verbo da oração principal;
e) adjunto adnominal do sujeito eu.

MA&CELO POKTÊLLA
EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO

NÍVEL AVANÇADO
01. (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) "O paraninfo do evento pediu dez minutos de atenção
às cinco horas da tarde."
Qual das opções a seguir indica corretamente a função sintática do termo destacado
na frase acima?
a) Dez minutos - objeto direto.
b) Às cinco horas da tarde - objeto indireto.
c) Da tarde - adjunto adverbial de tempo.
d) Pediu dez minutos às cinco horas da tarde - predicado nominal.
e) De atenção - adjunto adverbial de modo.

02. (ESAF) Lembrando que complemento nominal é um termo paciente e completa


substantivo abstrato, adjetivo e advérbio, Identifique em que item a seguir o elemento
destacado funciona como complemento nominal?
a) "... onde representantes das várias religiões e representantes políticos vão estar
reunidos na quadra para ler em conjunto o manifesto da mobilização e depois
calar."
b) "Nas diversas casas religiosas, que o horário de retiro seja um momento de reflexão
individual."
c) "A jovens e adultos se pede o cuidado de evitar gritaria. Sem escândalos, sem
paneiaços, e, mesmo, sem palavras de posicionamento social."
d) "Pede ainda que as pessoas ritualizem o ato de refletir."
e) "A todos se pede o cuidado de ienorar os descuidos."

03. (ESAF) "Em total posicionamento de discrição, o jovem de São Paulo demonstra o
seu inconformismo diante da violência."
Que termo sintático destacado a seguir apresenta classificação inadequada?
a) O jovem de São Pauío - sujeito.
b) O seu inconformismo - objeto direto,
c) De São Paulo - adjunto adverbial de lugar.
d) Em total posicionamento de discrição - adjunto adverbial de modo.
e) Seu - adjunto adnominal.

04. indique o item em que a classificação sintática do elemento destacado está incorreta.
a) "O pensamento do Presidente é que o Exército ou outras forças existem como ins­
tituições para enfrentar duas situações específicas: o ataque inimigo ou a anarquia
instituída " - aposto.

PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


b) "Soma-se a isso o seguinte: para combater uma agressão externa, as verbas, os
equipamentos e o pessoal das Forças Armadas são insuficientes. Para combater a
desordem, são demais. - predicativo.
c) "A sociedade mantém as Forças Armadas inativas no caso." - adjunto adnominal.
d) "Devem Estas Instituições intervir no processo com seu instrumental capaz de
intimidar o crime?" - sujeito.
e) "... nenhuma autoridade local sentiu-se violentada peta presença das Forças Ar­
madas ..." - predicativo.

05. (ESAF) "Observo que a maior parte dos moradores do Estado compartilha dessa
opinião, mas eu vou mais aiém: é preciso rediscutir o papel das Forças Armadas, coisa
que não foi feita na Constituição de 88."
Assinale o comentário incorreto sobre o texto dado.
a) O termo coisa exerce na frase a função sintática de aposto.
b) O termo Constituição de 88 exerce a função de agente da ação verbal.
c) A forma verbal foi feita exemplifica a voz passiva analítica ou com auxiliar.
d) O vocábulo coisa refere-se anaforicamente a um termo anterior.
e) O termo de 88 exerce a função sintática de adjunto adnominal.

06. (ESAF) "A representação pública mantém as atividades estáticas no caso. Os desejos
de comprometê-las n a ..."
"Entendo que todos os grupos envolvidos nesse grande processo compartilham desse
posicionamento firme.... ”
Quais as funções sintáticas respectivamente desempenhadas pelos termos desta­
cados nas frases dadas?
a) Objeto direto - objeto indireto,
b} Objeto indireto - adjunto adnominal.
c) Objeto indireto - objeto indireto.
d) Objeto direto - objeto direto.
e} Objeto indireto - complemento nominal.

07. (1)"... o significado das palavras é depreciado,..."


{2} "Por outro lado, há sentido na paranóia: se fosse de propósito, a sabotagem do
idioma..."
(3) "Por outro lado, há sentido na paranóia: se fosse de propósito, a sabotagem do
idioma - que tem seus beneficiários - não seria mais eficiente."
(4) "Em algumas áreas, o vocábulo é mínimo, e isso sobrecarrega certas palavras,
forçadas a fazer o seu trabalho e o de outras."
(5) "Diversas morrem de exaustão "
Que números a seguir Indicam termos sintáticos de mesma função, considerando-se
as frases acima?

MARCELO PORTHXA 51
a) 2 -5 ;
b) 1 -3 ;
c) 3 -4 ;
d) 1 -4 ;
e) 2 -3 .

08. (ESAF) "Por outro lado, há sentido na paranóia: se fosse de propósito, a sabotagem
do idioma - que tem seus beneficiários - não seria mais eficiente."
"É como se fosse uma cabala contra a comunicação: o significado das palavras é
depreciado, desprezado, trocado, ignorado."
Assinale a afirmativa correta em relação aos termos sintáticos antecedidos pela
preposição de nas frases acima.
a) Os dois termos exercem a função de adjunto adnominal.
b) Os dois termos exercem a função de complemento nominal.
c) Os dois termos exercem a função de objeto indireto.
d) Só o primeiro termo é complemento nominal.
e) Só o segundo termo é objeto indireto.

09. (ESAF) "Em outros campos, desprezam-se vocábulos vivos que dão o seu recado com
eficiente simplicidade..."
Quais os sujeitos das duas orações presentes no trecho acima?
a) campos / vocábulos vivos
b) vocábulos vivos / que
c) vocábulos vivos / vocábulos vivos
d) indeterminado / recado
e) indeterminado / vocábulos vivos

10. (ESAF) "Em algumas áreas, o vocabulário é mínimo, e isso sobrecarrega certos vocá­
bulos, forçados a fazer o seu trabalho e o de outros. Muitos morrem de saturação.”
Assinale o item cujo comentário sobre a frase destacada acima esteja correto.
a) o sujeito da oração é "vocábulos":
b) o termo "de saturação" funciona como adjunto adnominal;
c) o termo "de saturação" funciona como predicativo do sujeito;
d) o verbo "morrer" está empregado como verbo transitivo;
e) a preposição "de" tem valor nocional de causa.

52 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


11. (ESAF) "Para quem mora na favela, existem na cidade dois espaços bem diferenciados:
"o morro" e "a rua"."
Quais os sujeitos das duas orações do período acima?
a) quem J dois espaços bem diferenciados.
b) indeterminado / inexistente.
c) inexistente / dois espaços.
d) indeterminado / indeterminado.
e) quem / o morro e a rua.

12. (FCC) Qual a classe e a função do vocábulo alguém em "O primeiro é o seu território,
iugar bem conhecido e onde ele é alguém."
a) Pronome substantivo indefinido - sujeito.
b) Pronome adjetivo indefinido - predicativo.
c} Adjetivo - predicativo.
d) Pronome substantivo indefinido —objeto direto.
e) Pronome adjetivo indefinido - sujeito.

13. (ESAF) Que elemento dos fragmentos abaixo, precedido da preposição de, exerce
função sintática de adjunto adnominal e não de complemento nominal?
a) "É o espaço por onde circula, anônimo, e com o cuidado de não ser reconhecido
como favelado. O tom de voz nem sempre é o mesmo usado no morro,... "
b} "...(quem mora lá no morro já vive pertinho do céu.)"
c) "Há pontos em comum entre as duas versões. A percepção de uma cidade cindida
em dois é a coincidência mais evidente,..."
d) "é o espaço por onde circula, anônimo, e com o cuidado de não ser reconhecido
como favelado."
e) "... as palavras e os gestos são medidos para que traduzam um código distinto do
que é utilizado na favela."

14. (CESGRANRiO) A função sintática do "que” não é sujeito em:


a) Sabemos perfeitamente o que lhe acontece.
b) Diga-me a hora em que efe virá para cá.
c) Dê-me a caixa que está sobre a mesa.
d} Não há má! que sempre castigue.

15. Na oração: "Muitas alegrias e saudades já conheceu esta casa." (M. de Assis), o
sujeito é:
a) alegrias e saudades; c) indeterminado;
b) muitas alegrias; d) esta casa.

MARCELO FOSTBUA
16. A função sintática da paiavra sublinhada em: "Parecia muito preso à vida de rei." é
a mesma de:
a) Duvido de sua capacidade profissional:
b} Apenas nos víamos em festas rurais:
c) Ficaria encantado com a novidade;
d) Achava-se apto para o trabalho.

17. (CESGRANRIO)"... contou-me um amigo uma história exemplar,..."


"Existe em Nova Uma uma importante mina de ouro- a mina de Morro Velho -..."
Qual a característica comum às duas orações acima transcritas?
a) A presença de sujeito posposto.
b) O emprego de verbos transitivos diretos,
c) A ausência de adjuntos adverbiais.
d) 0 uso de ordem direta.
e) A construção de orações sem sujeito.

18. Na frase: “Existe em Nova lima uma importante mina de ouro - a mina de Morro
Velho - . . . " , o termo a mina de Morro Velho exerce a função de aposto. Em tjue frase
abaixo o termo destacado representa um outro tipo de aposto?
a) "Os ingleses, dessa forma, uniram o útil ao agradável!’
b) "Montaram em Nova Uma, com banda de música e foguetes, uma fábrica de xarope
contra tosse..."
c) "É claro que a criminalidade, enquanto sintoma, tem de ser adequadamente com­
batida por medidas policiais enérgicas,..."
d) " ... contou-me um amigo uma história exemplar, que teria ocorrido na cidade
mineira de Nova Lima,..."
e) "... provoca também uma tosse crônica, oca e ressoante, capaz de denunciar - a
distância - a moléstia que lhe dá origem."

19. (ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DOS SERVIDORES DA JUSTIÇA-TRIBUNAL DE JUSTIÇA


DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - TÉCNICO JUDICIÁRIO) Em que frase abaixo a preposição
cfe introduz um complemento nominal e não um adjunto adnominal?
a) "É claro que a criminalidade, enquanto sintoma, tem de ser adequadamente com­
batida por medidas policiais enérgicas, tanto quanto é imperativo minorar, como
remédio apropriado, a sofrida tosse do silicótico."
b) "Existe em Nova Lima uma importante mina de ouro - a mina de Morro Velho -
que, àquela época, vivia o seu fastígio,..."
c) "Existe em Nova Lima uma importante mina de ouro, a mina de Morro Velho - que,
àquela época, vivia o seu fastígio, e era propriedade de uma companhia inglesa."
d) "... uma vez que, destruindo sua função alertadora e denunciadora, provoca uma
cegueira perigosa, que aprofunda a raiz do mal."

PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


e) "A fábrica andou de vento em popa, produzindo tonéis e tonéis de xarope, vendido
a preço módico, mas não tão modesto que impedisse uma pequena margem de
lucro por unidade adquirida. Os ingleses, dessa forma, uniram o útil ao agradável.
O abrandamento da grande trovoada brônquica foi transformado em fonte de
renda - e de sossego - , permitindo..."

20. A estrutura sintática da frase "Senti Fidel aliviado" é idêntica à da frase:


a) Saí da festa desanimado.
b) Julgo esse menino inteligente.
c) Dei-lhe o presente contrariado.
d) Percebi seu equívoco rapidamente.
e) Acho que você é astuto.

21. (FGV) Com base nos fragmentos de texto abaixo, é correta a função sintática iden­
tificada em:
a) "Não é mero erro ocasionai; é clara a tendência de recursos ao "onde" para subs­
tituir outros advérbios - o "quando" em particular." / predicativo.
b) "Ontem, teóricos da pós-modernidade já apontaram para a decadência da categoria
moderna do tempo e a ascensão da categoria pós-moderna do espaço." / advérbio
de modo.
c) "Agora, na idade pós-moderna, é como se o tempo estivesse, na hipótese mais nobre,
sendo abolido ou diminuído, encurralado, desbastado, pulverizado (pelo desenvol­
vimento de técnicas de locomoção, como no avião; pelo aprimoramento daquelas
outras que permitem a superação imaginária das distâncias,..." / sujeito.
d) "... estar na rua significa estar num tempo sem começo e sem fim, um tempo que
independe do ritmo vital de cada um e que, portanto, é neutro. Tenta-se agarrar
o espaço por não mais ser possível viver o tempo,..." / objeto direto.

22. Em: "O jornal é o gráfico dessa vida nervosa complementar, estampando diariamente
as oscilações de nossas tristezas universais, nossas pálidas esperanças ecumênicas, nos­
so medo: somando as parcelas do mundo em nossa mente, divide a nossa mal distraída
atenção por todos os continentes", o núcleo do sujeito da forma verbal assinalada é:
a) medo; d) mundo;
b) gráfico; e) vida.
c) jornal;

23. Em:
"Eu quero entrar na rede
Promover um debate
Juntar via Internet
Um grupo de tietes de Connecticut
De Connecticut acessar
O chefe da Macmilíria de Milão

MASCBiOPORTEILA
Um hacker mafioso acaba de soltar
Um vírus pra atacar programas no Japão."
{Gilberto Gil)
o sujeito do verbo acessar é:
a) "um hacker";
b) "um grupo";
c) "o chefe da Macmilícia";
d) "eu";
e) "rede"

24. (FISCAL DE ICMS DE SANTA CATARINA) "O recrutamento de pessoal é um dos mo­
mentos mais solenes da administração pública e da vida dos que a elegem para seguir a
carreira profissional. (Do "Manual do Candidato" adaptado)
Numere a coluna da direita de acordo com a da esquerda:
1. Adjunto Adnominal ( ) o recrutamento de pessoal
2. Objeto Direto ( ) de pessoal
3. Verbo de Ligação ( )é
4. Predicativo ( ) um dos momentos mais soienes
5. Sujeito { ) a carreira profissional
a) 5,1,3,4, 2; d) 5,1,4,3, 2;
b) 1 ,5 , 3 ,4, 2; e) 5,1,3,2,4;
c) 4,1,3, 5, 2;

25. O item em que o elemento sublinhado representa o agente e não o paciente de um


termo anterior é:
a) "O movimento nacionalista liderado nos anos 20 pelo presidente Artur Bernardes,
para assumir o controle das riquezas naturais brasileiras..."
b) "O movimento nacionalista liderado nos anos 20 pelo presidente Artur Bernardes,
para assumir o controle das riquezas naturais brasileiras, mediante a nacionalização
da ltabira Mining, do americano Percival Farquas, transformada por Getúlio Vargas
na Companhia Vale do Rio Doce,..."
c) " ... mediante a nacionalização da ltabira Mining, do americano Percival Farquas,
transformada por Getúlio Vargas na Companhia Vale do Rio Doce, foi, sem dúvida,
uma grande campanha de afirmação nacional."
d) "A insistência em manter a presença do Estado numa atividade que precede a
transformação do minério de ferro em produtos siderúrgicos é tanto mais incom­
preensível..."
e) "O Brasil, que hoje é um dos maiores exportadores mundiais de produtos siderúr­
gicos e da metalurgia de não ferrosos, decidiu privatizar sua indústria siderúrgica
de aços planos há seis meses."

PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


26. A função sintática do termo sublinhado está INCORRETAMENTE indicada nos parên­
teses em:
a) Cometeu-se uma iniustica naauela ocasião, fsuielto)
b) Provavelmente deveriam existir outros depoimentos, (objeto direto)
c) Para combater o mal, não se dispõe de um meio adequado, (objeto indireto)
d) A vitória deixará os torcedores animadíssimos, (predicativo do objeto)
e) A leitura do texto será importante para o seminário, (complemento nominal)

27. (TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE MINAS GERAIS-AUXIUAR JUDICIÁRIO) "Através


de medida provisória, decidiu-se saber que todos os novos bacharéis no País farão uma
prova final, para se saber se estão aptos ao exercício profissional
No período acima NÃO se encontra:
a) adjunto adverbial;
b) adjunto adnominal;
c) complemento nominal;
d) objeto indireto;
e) predicativo do sujeito.

28. (TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - ANALISTA DE FINANÇAS


PÚBLICAS) Assinale o item em que o elemento destacado apresenta uma função sintática
distinta das demais:
a} "Quando você cita um inconveniente da televisão, uma boa observação que você
pode fazer é que..."
b} "Quando você cita um inconveniente da televisão, uma boa observação que você
pode fazer é que não existe nenhum aparelho de TV. em cores ou preto e branco,
sem um botão para desligar."
c) "Que a televisão prejudica o movimento da pracinha Jerônimo Monteiro em todos
os Cachoeiros de Itapemirim, não há dúvida."
d) "Que a televisão prejudica a leitura de livros, também não há dúvida."
e) "Sete horas da noite era hora de uma pessoa acabar de jantar, dar uma volta pela
praça para depois pegar a sessão das oito no cinema."

29. (ESAF) A dupla de frases, em que os termos sublinhados exercem a mesma função
sintática, é:
a) "Mas é nelas que Jg vejo pulsando, mundo novo, ainda em estado de soluços e
desesperança." / "São todas elas coisas perecíveis e eternas, como o teu riso..."
b) "São todas elas coisas perecíveis e eternas como o teu riso, a palavra solidária,
minha mão aberta, ou este esquecido cheiro de cabelo que volta... " / "Todas as
coisas de que falo são de carne como o verão e o salário."
c) "São coisas, todas elas, cotidianas, como bocas e mãos, sonhos, greves, denúncias,
acidentes de trabalho e de amor. Coisas, de que falam os iornais... " / "Todas as
coisas de que falo estão na cidade... "

MASCELOPORTEIXA
d) "São coisas, todas eias, cotidianas...." / " ... ou este esquecido cheiro de cabelo
que volta e acende sua flama inesperada no coração de maio."
e) "Todas as coisas de que falo estão na cidade, entre o céu e a terra." / "... às vezes
tão rudes, às vezes tão escuras que mesmo a poesia as ilumina com dificuldade."

30. (ESAF) Na frase: "É consenso nacionai a necessidade de ievar a educação formai e
não formal a todos os brasileiros " - o sujeito do verbo sublinhado está posposto; em que
caso a seguir também se encontra posposto o sujeito do verbo sublinhado?
a) "As salas de aulas estão cheias de crianças e jovens que passam boa parte do seu
tempo em contacto com mundos diversos..."
b) "Não M receitas mágicas que respondam e indiquem a fórmula para resolver tais
questões."
c) "No entanto, acumulou-se certa experiência para sabermos quais caminhos não
devem ser tomados. Isto é, não deveriam ser tomados por aqueles que têm como
ideal um processo educacional que..."
d) "No entanto, acumulou-se certa experiência para sabermos quais caminhos não
devem ser tomados."
e) "Os meios de comunicação e as novas tecnologias da informação, sem dúvida, têm
um papel a desempenhar aí."

31. (NCE) O verbo na terceira pessoa do plural, em determinadas situações pode fazer
com que o seu agente se tome sintaticamente indeterminado.
Assinale a opção abaixo em que, além do fenômeno gramatical apresentado acima,
a terceira pessoa do plural sirva para expressar incapacidade de definir o agente.
a) Vieram me falar tudo sobre você. Eu simplesmente não acreditei em nada do que
falaram.
b) Havia um barulho ensurdecedor na portaria do prédio. Batiam na porta com toda
a força.
c) Seriam, sem nenhum tipo de dúvida, como o coração determina, eles pessoas fe­
lizes.
d) Fiquem quietos, pois o tempo da colheita está chegando.
e) Ninguém teve coragem de abrir a porta, mas, que tocaram a campainha os meninos,
tocaram.

32. (NCE) "O respeito é o segredo da convivência. Dizem que é verdade". Este caso é um exemplo
do que se chama "sujeito indeterminado". O autor usou o sujeito indeterminado porque:
a) não sabe identificar o sujeito;
b) não é conveniente identificar o sujeito;
c) não pode identificar o sujeito;
d) o sujeito representa um agente geral;
e) o sujeito não deseja ser identificado.

POftTUGüfS PARA CONCURSOS


33. (CESPE) - Julgue os itens a seguir considerando a relação semântico-sintática.
1. O termo SE na passagem "Não se procuravam as verdades" serve para fazer do
sujeito um termo paciente.
2. Em construções como "queixou-se de tudo" tem-se sujeito indeterminado.
3. Na passagem "ontem foi João e José, hoje" tem-se um sujeito composto ou dois
agentes da mesma ação verbal.
4. Em "A carruagem foi consertada" possui semântica idêntica a "Consertou-se a
carruagem".
5. Em "Jamais se falou este assunto", "Aqueles homens se foram embora", "Se
quiseres, fico" e "Eles se beijaram", tem-se o se classificado respectivamente
como partícula apassivadora, parte integrante do verbo, conjunção condicional
e pronome reflexivo.

34. (FCC) Os termos de ligação são bastante utilizados nas construções semânticas.
Marque a opção abaixo em que um termo conectivo serviu unicamente para tirar a pos­
sibilidade de múltipla interpretação da frase.
a) De avião é óbvio que se chega muito rápido.
b} A chuva estava muito forte. Sem saber qual rumo tomar matou ao leão o caçador.
c) De todos que estava na festa fizemos comentários desagradáveis.
d) Jaquelíne não escrevia a carta, nem redigia o memorando.
e) Foste cedo, com ele, com ela, com todos.

35. (FGV) Assinale a opção cujo paciente da ação indicada pelo verbo não possui função
de ênfase.
a) As ferramentas comprei, e as caixas, e os mantimentos.
b) Foi divulgado que ele morreu morte extremamente cruei.
c) O meu país, ajudo-o sem duvidar do seu futuro e da sua grandiosidade.
d) Compra-me a casa, o carro. Leve-me os anéis, mas ainda ficaram eles mesmos,
os dedos.
e) ~ Você obedece aos mais velhos? - Aos mais velhos, obedeço-lhes.

Cumprida a determinação da governadora: desativada a carceragem da Polinter.

Em cumprimento à determinação da governadora Rosinha Garotinho, os secretários


de Segurança Pública, Marcelo Itagiba, e de Administração Penitenciária, Astério Pereira
dos Santos, estiveram nesta terça-feira (dia 31) na carceragem desativada da Polinter-
Centro. A imprensa registrou imagens das celas vazias. Ontem, deixaram a carceragem
os últimos 165 detentos, levados para a Casa de Custódia Romeiro Neto, em Magé, na
Baixada Fluminense. A carceragem foi esvaziada totalmente um dia antes da ordem da
governadora que, no dia 29 de dezembro do ano passado, mandara desativá-la até o dia
31 de janeiro deste ano. A Polinter-Centro tinha 1.221 internos, número bem acima da
sua capacidade, "Está cumprida a determinação da governadora Rosinha Garotinho e o

MARCEÍOPORTELLA 59
Governo do Estado está investindo na construção de mais três casas de custódia, cujas
obras estão em andamento, para acolher os presos capturados pelas Polícias Civil e Militar
do Estado do Rio de Janeiro", afirmou Marcelo Itagiba.

36. (NCE) Assinale a opção abaixo em que o termo destacado possui a mesma noção
semântica de "da governadora Rosinha Garotinho" na passagem "Em cumprimento à de­
terminação da governadora Rosinha Garotinho
a) Observamos a busca da fé por aquete povo que já perdera tudo,
b) Observamos a extração das pedras no momento em que sobrevoávamos o garimpo.
c) A busca do povo é sempre por melhor quaíidade de vida. Ele não deseja o mundo,
apenas viver.
d) Observamos, de muito longe, a gritaria no bairro.
e) Sempre tivemos amor aos nossos semelhantes.

37. (ESAF) Julgue as assertivas abaixo, assinalando aquela em que o termo destacado
apresenta umá qualidade temporária relativa ao nome.
a) A mulher de elegâncias, nunca houve por bem aquele grupo de amigos.
b) Elegantemente, aquela mulher buscou adaptar-se àquele grupo de amigos.
c) O professor concentrado partira para a explicação com desejo e prazer.
d) 0 concentrado professor sempre fez questão de apresentar uma aula inteligente.
e) Nós percebemos o professor, concentrado, na reunião de classe.

38. (NCE) As vírgulas utilizadas na passagem "A Operação Choque de Ordem, iniciada na
última sexta-feira (dia 27), por determinação" têm fundamentalmente a intenção de:
a) especificar um termo anterior;
b) ratificar um termo anterior;
c) localizar temporalmente um termo anterior;
d) corrigir um termo anterior;
e) fazer uma pausa de leitura.

39. (FGV) Dentre as opções abaixo, assinale aquela em que aparece um termo cuja função
é a de especificação.
a) A paixão, que é um sentimento tipicamente humano, não pode concorrer com outras
formas de sentimentos mais gerais.
b) D. João Sexto, O Imperador Português, sempre viu o Brasil como Colônia.
c) O Estado do Rio de Janeiro sempre foi uma referência em turismo internacional.
d) Um grito, uma palavra, um sussurro, tudo ecoou como nuvem tardia.
e) Não sei o que pessoa a Pedro e Paulo. Este já não me obedece; aquele finge que
me ouve.

60 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


40. (NCE) Na passagem "O secretário disse também que "a política de segurança pública
do Estado do Rio de Janeiro é a do combate direto ao tráfico de drogas e resultou,..." o
termo destacado tem a função de:
a) retomar um termo anterior;
b) ligar duas orações com relação fundamentalmente semântica;
c) integrar duas estruturas sintáticas;
d) funcionar como termo exptetivo;
e) introduzir uma oração adjetiva.

41. (FCC) O vocábulo "se" tem o mesmo valor sintático da sua ocorrência em "... não se
abre telhado com chuva." no trecho:
a} "Se chovesse, nada feito,"
b) "Se fizesse soi, ele ia escalar..."
c) "... tempo se perde por desorganização..."
d) "... surpresa se a criatura vier-"
e) "... se chegar na hora marcada."

42. (ESAF) Em qual das opções abaixo a vírgula poderia ser utilizada para corrigir um SUPOS­
TO erro agente e ação verbal provocado peia sonorização habituai produzida na frase.
a) Entre mim e você não há paixão verdadeira.
b) Perante mim e ti não existe amor.
c) Sim. Para mim propagar este evento é muito mais fácil.
d) Me deixe falar com ela, por favor.
e) Chegou o momento dela falar a verdade.

43. (NCE) Assinale a opção abaixo em que a forma destacada foi utilizada corretamente
e com valor de posse.
a) Só te digo isso. Quem pode não faz esforço.
b) Sempre pedi que você ficasse, isto é verdade.
c) Assistiram ao jogo hojel - Nós Jfaê assistimos.
d) Chutaram-lhe a caneia, amigo.
e) Vossa Senhoria e Vossos Filhos chegaram.

Operação Choque de Ordem aplica 415 muitas, reboca 34 veículos e lacra 15 taxímetros.

A Operação Choque de Ordem, iniciada na última sexta-feira (dia 27), por determi­
nação dos secretários de Segurança Pública, Marcelo Itagiba, e de Turismo, Sérgto Ricardo
de Almeida, Já resultou em 415 multas emitidas pela SMTU, CET-Rio e Guarda Municipal
nos aeroportos Tom Jobim e Santos Dumont, no Píer Mauá e no Corcovado. Além disso,
34 veículos foram rebocados, 15 taxímetros lacrados e três motoristas presos, por uso
de documentos falsos e de veículo com chassi adulterado. A operação foi estendida ao

M ARCBtO P O R TB U A
Corcovado nesta sexta-feira e continuará em outros pontos turísticos da cidade e inten­
sificada até o fim da aita temporada de verão.

44. Leia o fragmento abaixo:


"Aoperaçãofoi estendida ao Corcovado nesta sexta-feira e continuará em outros pontos
turísticos da cidade..."
Assinale a opção abaixo que apresenta a reconstrução do fragmento com alteração
do sentido.
a) A operação, nesta sexta-feira, foi estendida ao Corcovado e terá continuidade em
outros pontos da cidade.
b) Nesta sexta-feira, foi estendida a operação ao Corcovado e, em outros pontos da
cidade, terá continuidade.
c) Estendeu a operação ao Corcovado nesta sexta-feira e continuará em outros pontos
turísticos da cidade.
d) Nesta sexta-feira, foi estendida a operação ao Corcovado e terá continuidade em
outros pontos da cidade.
e) Estendeu-se a operação ao Corcovado nesta sexta-feira e continuará em outros
pontos turísticos da cidade.

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CAPÍTULO

PERÍODO COMPOSTO

MARCELO PORTE1LA
CAPÍTULO 2
PERÍODO COMPOSTO

É constituído de duas ou mais orações, que se subdivide em subordi­


nação e coordenação.
SUBORDINADAS (SUBSTANTIVAS, ADJETIVAS E ADVERBIAIS)
COORDENADAS (ADITIVAS, ADVERSATIVAS, CONCLUSIVAS, EXPLICA­
TIVAS E ALTERNATIVAS)
A noção composta parte do encontro de duas enunciações. Na frase
"os professores trabalham muito, os alunos estudam fortemente", nota-se a
independência significativa entre as duas orações relacionadas. Nesse sen­
tido, a primeira oração tem sentido completo, a segunda também, mas elas
se encontram no mesmo período. A essa forma damos o nome de período
composto por coordenação.
Em passagens como "Quero /que nos auxilie" observa-se a dependência
da segunda oração com relação à primeira, "que nos auxilie na verdade é um
termo da oração "quero", melhor, é um objeto direto do verbo transitivo dire­
to (quero). Se na relação entre orações, encontramos dependência sintática,
temos período composto por subordinação.
Assim, nas orações subordinadas, encontramos vínculos sintáticos, quer di­
zer, uma oração subordinada é na verdade termo sintático da oração principal

ORAÇÃO SUBSTANTIVA
Tais orações possuem valor substantivo.
Orações substantivas são normalmente introduzidas pelas conjun­
ções integrantes QUE e SE. Em circunstâncias especiais podem aparecer
como reduzidas ou ainda justapostas. E as suas funções sintáticas são as
seguintes:
Sujeito - oração subordinada substantiva subjetiva.
Predicativo - oração subordinada substantiva predicativa.
Objeto direto - oração subordinada substantiva objetiva direta.
Objeto indireto - oração subordinada substantiva objetiva indireta.

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Complemento nominal - oração subordinada substantiva completiva no­
minal.
Aposto - oração subordinada substantiva apositiva.

ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA SUBJETIVA


- É uma oração que funciona como sujeito de outra oração.
É importante/aue fales baixo. (O verbo ser tem como sujeito a oração
sublinhada.)
Nota-se nessa passagem que o verbo ser é de ligação, utiliza o termo
importante como predicativo do sujeito oracional "que fales baixo".
Dessa forma, temos a seguinte forma sintática: SUJEITO (que fales bai­
xo), VERBO DE LIGAÇÃO (é) e PREDICATIVO DO SUJEITO (importante).
Outros exemplos são:
Fala-se a verdade.
Nessa passagem, temos uma voz passiva sintética. O termo "verdade"
funciona como sujeito do verbo transitivo direto "falar". Temos um período
simples. Uma oração. Na frase abaixo, o termo "a verdade" foi substituído
pela oração "que Camões escrevia com a alma" Observe:
Faía-se/oue Camões escrevia com a alma.
Essa forma é similar à apresentada anteriormente, com diferença
na quantidade de orações. Enquanto, no primeiro caso, temos uma oração
"Fala-se a verdade", em que "a verdade" funciona como sujeito do verbo; na
segunda, temos a oração "que Camões escrevia com a alma" funcionando
como sujeito da outra oração representada peio verbo "falar".

Obs.: O "que" utilizado nas orações anteriores é conjunção integrante. Essa


não desempenha nenhuma função sintática na oração.
Quem cala /consente.
Observe que, neste caso, a oração subordinada "quem cala" funciona
como sujeito do verbo "consente" {oração principal).
Essa oração tem uma peculiaridade já que não encontramos nela a con­
junção integrante. O "Quem" é um pronome funcionando como sujeito da pri­
meira oração. Classifica-se, portanto, esse tipo de oração como JUSTAPOSTA.

MASCELOPOSTEUA
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA DIRETA
- É um objeto direto em forma de oração.
Exemplos:
Entendemos que o tosco pode ser belo-
Nesse caso, o verbo "entender" possui sujeito "nós" é transitivo direto
é utiliza a segunda oração como objeto direto.
Havia lá auem entendesse do assunto.
Nesse caso, a oração principal "havia lá" é impessoal {sem sujeito), a
segunda oração "quem entendesse do assunto" funciona como objeto direto
do verbo "haver", sendo classificada como oração subordinada substantiva
objetiva direta justaposta.
Outros exemplos:
Que os iovens andam perdidos sinto.
Ela fingiu gostar de um pobre homem - eu.
Essa última oração objetiva direta "gostar de um pobre homem - eu."
deve ser classificada como REDUZiDA DE INFINITIVO já que o verbo (gostar)
assim se encontra.

ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA INDIRETA


- É um objeto indireto em forma de oração.
Exemplos:
fll De que todos voltem gosto muito.
[2] Necessitamos de falar estas coisas.
[3] Obedeço a auem manda.
Observe as variações: no caso [1], temos uma oração com o conectivo
integrante (que), portanto é uma oraçlo DESENVOLVIDA; no segundo [2], te­
mos uma oração com o verbo na forma de INFINITIVO, portanto temos uma
ORAÇÃO REDUZIDA DE INFINITIVO; no terceiro [3], temos uma oração que se
encaixa em perfeita base fonética à oração principal, portanto JUSTAPOSTA.

ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA PREDICATIVA


- É um predicativo em forma de oração.

PORTUGUÊS PARA CONOJRSOS


Exemplos:
O importante é aue prestes muita atenção.
SUJ VL OSS PREDICATIVA
Sua resposta foi observar auem estava aqui.
SUJ VL OSS PREDICATIVA

Observação: Entenda que a oração predicativa não pode ser confundida com
a subjetiva. Observe:
[1] O fundamental é que executemos nossas tarefas.
[2] Fundamental é que executemos nossas tarefas.
Observe que no primeiro caso [1] o termo "fundamental" é um SUBS­
TANTIVO que desempenha a função de sujeito, cabendo à oração posterior
a função de predicativo. No segundo [2], temos o ADJETIVO "fundamental"
que só pode, frente ao verbo de ligação "SER" desempenhar a função de
predicativo, cabendo à oração posterior a função de sujeito.

ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA COMP. NOMINAL


- É um complemento nominal em forma de oração.
"Lembrando que complemento nominal é termo preposicionado que
completa substantivo abstrato, adjetivo e alguns advérbios derivados de
adjetivos."
Exemplos:
Temos necessidade de que nunca nos deixe.
SA OSSCN
(A oração em destaque completa o substantivo abstrato "necessidade".)
Sou favorável a auem é bom.
ADJ OSSCN
(A oração em destaque completa o adjetivo "favorável".)
Agimos todos favoravelmente a falar.
ADV OSSCN RED. DE INFINITIVO
(A oração em destaque completa o advérbio '‘favoravelmente”.)

MAHCfilO MRTELLA
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA APOSITIVA
Exemplos:
A mulher contou-nos seu desejo: ficar rica.
Só te peço uma coisa: que fiques parado.
Pede-se Isto: auem trabalha.

Observação: 0 "que" das orações apositivas é apenas partícula expletiva.


Diferente das conjunções integrantes, que definem aspectos fonéticos
fundamentais da macroestrutura sintática.
Só te peço uma coisa: que fiques parado.
ou...
Só te peço uma coisa: fiques parado.

FORMAS MAIS COMPLEXAS


1. Em frases como "É natural aceitar que os policias não possuíam a
verdade do fato (Eliamar Gailardo}" é preciso fazer uma análise mais detalhada
da estrutura sintática.
Separando as orações
[1] "É natural". (Verbo de ligação e predicativo.)
[2] "aceitar". (Oração sub. substantiva subjetiva reduzida de infinitivo.)
[3] "que os policiais não possuíam a verdade do fato" (Oração subor­
dinada substantiva objetiva direta - objeto direto do verbo aceitar,}
Nessa análise podemos observar coisas importantes:
a) a primeira oração é principal da segunda;
b) a segunda é principal da terceira.
2. Uma outra forma interessante é a combinação de coordenação com
subordinação substantiva. Vejamos:
O redator obedeceu a quem mandava e a quem era filho do chefe.
Observe que esta construção apresenta três orações:
a) a primeira é a principal.
b) a segunda, objetiva indireta justaposta da primeira
c) a terceira é também objetiva indireta da primeira, já que o verbo
obedecer utiliza-a também como complemento.

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Assim temos duas orações subordinadas substantivas objetivas indiretas
coordenadas entre si através da conjunção coordenada "e".
DICA PE PROVA

- O QUE e o SE que introduzem as orações substantivas chamam-se


coniuncões integrantes e não possuem função sintática.

- Orações substantivas podem estar JUSTAPOSTAS às orações


principais, quer dizer, sem conjunção integrante.

Exemplo: "Procurei quem eu queria

-VERBOS CAUSATIVOS normalmente são acompanhados de oração


substantiva.

Exemplo: Deixei-o faiar. {Deixei que ele falasse.)

- Perceba que esta oração é subordinada substantiva objetiva direta


e o verbo deixar {causativo) é a ORAÇÃO PRINCIPAL.

- Não confunda o QUE {conjunção integrante) com o QUE (pronome


relativo). O primeiro introduz oração subordinada substantiva; o
segundo, oração subordinada adjetiva.

- Conjunções não possuem função sintática, pronomes relativos


possuem SEMPRE função sintática.

ORAÇÃO ADJETIVA
—Desempenha função sintática de adjunto adnominal.
Observe ás frases abaixo:
O homem trabalhador chegou cedo.
O homem aue trabalha muito chegou cedo.
Note que o termo trabalhador funciona como adjunto adnominal do
termo "homem". Na primeira frase temos apenas uma oração.
No segundo caso, "trabalhador" foi substituído por uma oração "que
trabalha muito". Essa também funciona como adjunto adnominal do substan­
tivo "homem".

MABCELO PORTELLÀ
0 adjunto adnominal, na verdade é um termo adjetivo que qualifica
um substantivo.
Assim, oração que funciona como adjunto adnominal deve ser classi­
ficada como oração adjetiva.
Um outro ponto importante é observar que nas orações adjetivas
inexiste conjunção. Ou ela aparece com pronome relativo/ou reduzida de
infinitivo e, em uma análise mais restrita, de particípio.
Quando não é reduzida, aparece introduzida pelos pronomes relativos
que, cujo, cuja, quem, onde, quanto, quanta, o qual, a quai e seus plurais.

ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA EXPLICATIVA


- Qualifica de maneira genérica o termo da oração principal; quer dizer,
expressando qualidade inerente a todos os componentes de tal grupo.
Vem naturalmente entre vírgulas.
Exemplos:
A sala de aula, que é o ponto de encontro de todas as criancas do co­
legial. remete-nos ao passado de felicidade.
0 homem, que é mortal, sofre muito.
O açúcar, que é doce, adoça nossa vida.

ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA RESTRITIVA


- Não se separa da oração principal por vírgula. Serve para delimitar
de forma mais precisa o seu antecedente.
Exemplos:
As crianças que obedecem aos pais, normalmente, dão-se bem na vida.
O adolescente oue estuda tem futuro mais garantido.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

- Não confundir

0 pronome relativo da oração adjetiva exerce função sintática


nesta mesma oração, diferenciando-se assim das conjunções in­
tegrantes.

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Exemplos:
Sujeito: Encontrei o jovem aue me chamava.
Objeto: A mulher que muito amo... (Sujeito "eu".}

PRONOMES RELATIVOS
O pronome relativo tem a função básica de substituir um substantivo
ou pronome da oração principal - o antecedente.

O PRONOME QUE
Esta é a mulher/ que me ama. (Sujeito do verbo amar.}
Entendemos que quem ama é a mulher, mas o substantivo mulher e
o verbo amar estão em orações diferentes. Se o pronome QUE substitui o
antecedente mulher, passa a funcionar como sujeito de tal verbo.
Esta é a mulher que amo. (Objeto direto do verbo amar.}
Esta é a mulher de que gosto. (Objeto indireto do verbo gostar.}
Esta é a mulher de que tenho necessidade. (Complemento nominal do
substantivo necessidade.}
Eu sei o rei que tu és. (Predicativo do sujeito "tu"}

O PRONOME O QUAL E SUAS VARIANTES


Sua utilização sintática é semelhante ao uso do QUE.
A vida, da qual todos necessitamos, é maravilhosa. (Objeto indireto
do verbo necessitar.)

O PRONOME ONDE
Função de adjunto adverbial sempre.
Este é a casa onde moro. (Adjunto adverbial de lugar.)

Observação: Fique de olho nas preposições cobradas pela regência.


Este é o lugar onde vivo com minha família.
Este é o lugar aonde chegarei mais cedo ou mais tarde.
Este é o lugar donde (de onde) voltei.

MAfiCELO POBTEUA
O PRONOME QUANTO E SUAS VARIANTES
Falaste tudo quanto quiseste. (Objeto direto.)
Eles falaram tantas palavras quantas procuraram. (Objeto direto.)

O PRONOME QUEM
Vem sempre preposicionado, portanto não pode desempenhar função
de sujeito. Seu antecedente não pode ser animal ou objeto, somente pessoa.
Aquela é a jovem a quem dei meu amor. (Objeto indireto do verbo "dar".)

0 PRONOME CUJO E SUAS VARIANTES.


Funciona como adjunto adnominal do seu conseqüente.
Eu sempre procurei a pessoa de cujos talentos falei.
O carro cujas portas regulei deu muito trabalho.
O pronome funciona como adjunto adnominal de "talentos" e "portas"
respectivamente.
IMPORTANTE?
- O termo COMO também pode ser classificado como pronome
relativo quando retoma um antecedente substantivo,

Exemplo:
A maneira como trabalhamos é fantástica.
O "como" retoma o vocábulo "maneira"

- O pronome relativo também pode aparecer com a função de


agente da passiva.

- O pronome relativo é uma evidência da oração adjetiva.

ORAÇÃO ADVERBIAL
- Orações adverbiais exercem função de adiuntos adverbiais oracionais
da oração principal. ;
Podem ser reduzidas ou desenvolvidas.
Podem ser introduzidas por conjunções ou locuções conjuntivas.

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ADVERBIAL CAUSAL
- Porque, visto que, como, uma vez que, já que etc.
Como estivesse pensando em coisas estranhas, não quis faiar com
ninguém.
Muiher aue és. não podes entender coisas de homem.
Ficaste doente porque traba 1haste muito.

ADVERBIAL CONDICIONAL
- Se, salvo se, caso, contanto que, desde que, a menos que etc.
Não apoiaremos a pesquisa se ele nos incomodar.
Caso não voltes, não concordaremos com a decisão.

Observação: A conjunção "SE", mesmo se identificando mais com a noção de


condição, pode ser causai ou iniciar oração subordinada substantiva
com função de sujeito ou de objeto direto, sendo denominada, nesse
último caso, de conjunção integrante {ver oração substantiva).
Exemplos:
Na frase "Se Saionara estudar, conseguirá seu avançar socialmente",
ela indica condição, pois poderia ser substituída por "caso".
Em "Se você sabia que esse lugar era muito perigoso, por que não
desistiu?" indica causa, pois poderia ser substituída por "já que"
Em "Não sei se ficarei lá muito tempo", há uma conjunção integrante, pois
"se ficarei lá muito tempo" funciona como objeto direto do verbo "saber".

ADVERBIAL CONCESSIVA
- Embora, apesar de que, ainda que, se bem que, conquanto etc.
Apesar de ter trabalhado um pouco o ano todo, foi mandado embora.
Embora estivesse doente, ele trabalhava além da conta.
A escolha na utilização das conjunções concessivas ou coordenadas
adversativas depende da intenção na construção do diálogo ou na elaboração
da mensagem. Isso quer dizer que o sentido global da estrutura não é alterado
pela escolha, mas esta pode definir mudança de expectativa.

MARCEIOPORTELLA
Exemplo:
[1] O bombeiro apagou o fogo, mas não conseguiu salvar as vítimas.
[2] Embora o bombeiro tenha apagado o fogo, não conseguiu salvar
as vítimas.
Observe que na primeira frase com o salvamento praticado pelo
bombeiro fica a expectativa de que se tenham conseguido salvar as vítimas.
Na mudança da coordenação adversativa para adverbial concessiva, essa
expectativa de se salvarem as vítimas é diluída pela própria semântica que
a conjunção "embora" empreende na passagem. Utilizando essa forma, já
sabemos de início que as vítimas não foram salvas.

ADVERBIAL CONSECUTIVA
- Reproduz uma comparação e utiliza os termos de ligação (tanto) que,
(tal) que, (de tal forma) que etc.
Tal foi o trabalho aue o empresário ficou rico.
Divertia~se de tal forma aue vivia festejando.

Observação: Por causa da utilização do conectivo QUE, as bancas examinado­


ras colocam lado a lado orações consecutivas, adjetivas, substantivas
e coordenadas explicativas. Fique atento.

ADVERBIAL COMPARATIVA
- Reproduz uma semântica de comparação.
Tal, como, quanto, do que etc.
Ele o julga tão bom ator quanto eu.
Escreve tão mal como lê.

Observação: É comum, nesse tipo de subordinação, a supressão do verbo já


citado na oração principal. Lembre-se temos um período composto e
não uma oração absoluta.

ADVERBIAL CONFORMATIVA
- Reproduz ideia de conformidade.
Conforme, segundo, como etc.

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Trabalhou duramente conforme orevimos.
Segundo disseram eram todos bons advogados.
DICA DE PROVA

A conjunção "COMO" pode ter três valores semânticos: causa,


comparação e conformidade. Veja os exemplos:

Na construção "Como estivesse sol, fui a Copacabana" ela indica


causa, pois poderia ser substituída por "já que".

Agora em "Mergulho em alto mar como manda o manual" indica


conformidade, pois poderia ser substituída por "conforme".

Em "Justino age como o dono da fazenda", indica comparação, pois


poderia ser substituída por "igual a"

ADVERBIAL FINAL
- Cria uma relação de finalidade.
Que, para que, a fim de, a fim de que etc.
Eu sempre trabalhei para você ter vida melhor.
A fim de aue todos tenham vida, o Senhor morreu.

Observação: As orações adverbiais finais, quando construídas com locuções


conjuntivas (a fim de que - que), são desenvolvidas; quando introduzidas
por preposições ou locuções prepositivas, são reduzidas.

ADVERBIAL LOCATIVA
- Produz uma referência de lugar.
Onde sinto dor, me protejo.
Onde há fumaca. sempre há fogo.

Observação: não se apresenta na NGB.

ADVERBIAL MODAL
- Reproduz a maneira, o modo.

MASCELO PORTS11A
Ele saiu da sala sem que ela percebesse.
Caminhava no bosque sem dar um sorriso.

Observação: não se apresenta na NGB.

ADVERBIAL PROPORCIONAL
- À medida que, à proporção que (de), quanto mais etc.
À medida oue tocava, crescia.
Ganhava dinheiro à proporção oue trabalhava.

ADVERBIAL TEMPORAL
- Quando, enquanto, logo que, assim que, até que, mal, que etc.
Enquanto leio, faço o trabalho de casa.
Os homens partiram quando acabou o dinheiro.

ORAÇÃO COORDENADA
- São orações que exercem relação semântica umas sobre as outras,
porém desprovidas de qualquer dependência sintática.

ORAÇÕES COORDENADAS ASSINDÉTICAS


São orações coordenadas que não apresentam conectivos (conjunções).
Maria cantou, dançou, pulou, sorriu.
Ana Cláudia amou, Júlio sorriu.

ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS


São orações coordenadas que apresentam conectivos (conjunções).
Maria cantou, e dançou, e pulou, e sorriu.

Observação: A repetição de um mesmo conectivo chama-se polissíndeto.

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CLASSIFICAÇÃO
ORAÇÃO COORDENADA SINDÉTICA ADITIVA
- Semântica de soma, adição.
Eu solto palavrões e dou meus gritos.
Americanos cantam música popular, e nós fazemos Bossa.

Observação: A noção de coordenada aditiva também pode representar valor


de negação ou não adição
Exemplo: O poeta não foi ao inferno, nem chegou aos céus.

ORAÇÃO COORDENADA SINDÉTICA ADVERSATIVA


Jonathan sempre quis ficar famoso, mas nunca trabalhou.
O já erudito estudou muito, porém não passou de ano.

Observação: A oraçao adversativa possui apenas um conectivo primitivo


- o MAS.
Observe: Ele trabalhou muito, mas não recebeu nada.
Nessa frase tem-se um conectivo natural, não podendo ele ser deslo­
cado para o meio o final da frase.
Em frases como "Ele trabalhou muito, entretanto não recebeu nada",
podemos movimentar o conetivo:
[1] Ele trabalhou muito, não recebeu, entretanto, nada.
[2] Ele trabalhou muito, não recebeu nada, entretanto.
Isso ocorre porque o conectivo "entretanto" já foi um advérbio, trazen­
do, dessa maneira, características desse tipo de forma gramatical.
Esse fato também nos permite a utilização mais de uma conjunção
adversativa na mesma passagem.
Exemplo:
Trabalhou muito o Jovem rapaz, mas não recebeu, entretanto, nada.

MABCELO PORTELLA
ORAÇÃO COORDENADA SINDÉTICA ALTERNATIVA
- Semântica de exclusão ou escolha.
Samuel! Gotejas trabalhar ou estudar?
Ora ficas calado, ora cantas músicas belas.

ORAÇÃO COORDENADA SINDÉTICA CONCLUSIVA


Estudava muito, logo passou de ano facilmente.
Não fizeste o serviço hoje, portanto hão receberás.

ORAÇÃO COORDENADA SINDÉTICA EXPLICATIVA


Cante agora meu amigo, poraue todos estão vindo.
Fica que eu quero, meu caro amigo.
O menino estava chorando porque os olhos dele estavam molhados.
DICA DE PROVA: Não confundir explicação com causa.

[1] Se a oração relacionada tem verbo no imperativo, a outra oração


é explicativa.

Exemplo:

Fica, Juliana, porque eu quero. (Explicação)

[2] Se o acontecimento introduzido pela conjunção for irrelevante


para a existência da outra oração, tem-se explicação.

Exemplo: Choveu, porque a rua estava molhada. (A rua ficou mo­


lhada após a chuva. Não pode ser causa, somente explicação.)

[3] Havendo noção de precedência na oração introduzida pelo


conectivo, tem-se causa.

Exemplo: Foi levado para 0 hospital porque sentia dor no corpo. (O


fato que o leva para o hospital é a dor no corpo - causa.)

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LOCUÇÕES VERBAIS
É extremamente complexo entender sintaxe sem um estudo mais de­
talhado das locuções verbais, dos verbos causativos, sensitivos ou ainda das
concordâncias possíveis.
Os verbos podem formar uma conjugação composta. Nas locuções
compostas, pode haver um ou mais verbos auxiliares.
Exemplos:
Tenho falado. (Dois verbos}
Estava querendo falar. (Três verbos)

DETALHANDO AS LOCUÇÕES
Os verbos temporais - TER, HAVER, SER
Exemplos:
Tenho dito.
Havia falado.
Era procurada por todos.

Os verbos acurativos
Apresentam aspectos do momento verbal.
Voltamos a procurar você (repetição).
Contínuo falando a mesma coisa (duração).
Eles acabaram de falar isto (finalização).

Os que apresentam o modo


Delimitam o modo apresentado pelo infinitivo da locução.
Elas poderiam saber todas as coisas. (Possibilidade)
Eles desejavam falar a verdade. (Decisão)
Eles pareciam sorrir. (Semelhança ou aparência)
Eles deveriam falar. (Necessidade)

VERBOS CAUSATIVOS E SENSITIVOS


Muito cuidado com os verbos causativos e sensitivos, pois estes não
formam locução verbal com o infinitivo.

MÀSCÈLO PORTEIXA
Observe a explicação abaixo:
O verbo é denominado como CAUSATIVO quando a ação do infinitivo
depende da ação do primeiro para poder existir.
Deixei-o falar. (Deixei que ele falasse.)
Obs.: Há duas orações, e a ação de "falar" depende da ação CAUSADORA de
"deixar".
Os verbos SENSITIVOS notam, percebem a ação do infinitivo. Não há
uma relação de dependência entre eles.
Ouvi-o dizer isto.
A ação de dizer é sentida pela ação de ouvir.
DEIXAR, MANDAR, FAZER são verbos causativos.
SENTIR, VER, PERCEBER, OUVIR são verbos sensitivos.

ANÁLISE DO QUE
1 - 0 vocábulo "que" pode ser utilizado como substantivo quando for
precedido de um artigo ou outro determinante é sempre acentuado.
Exemplo:
Um quê pairando no ar é a eleição do novo presidente americano.
2 - 0 "que" como pronome substantivo indefinido substitui um
substantivo (39 Pessoa). Reproduz uma ideia vaga e não acompanha subs­
tantivo.
Exemplo:
Que faria se os mercados desabassem como em 1929?
3 - A palavra "que" como pronome adjetivo indefinido.
O pronome adjetivo acompanha um substantivo e exerce a função de ad­
junto adnominal. Refere-se a 3â pessoa do discurso, apontando-a de modo geral.
Exemplo:
Que momento inesquecível o de ontem à noiteí

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4 - 0 "aue" como pronome relativo (Visitar teoria de oração adjetiva.)
Exemplo:
As regras gue aprendi no São Bento, serviram-me para a vida.

5 - 0 termo "gue" também pode funcionar como advérbio quando se


refere a um adjetivo ou a um outro advérbio. Significa "muito".
Exemplo:
Que distante é essa terra que todos dizem ser abençoada por Deus!
6 - 0 "aue" como interjeição expressa emoção, susto e admiração etc.
É um monossílabo tônico, por isso, acentuado.
Exemplo:
O quê! O diretor falou mesmo essas bobagens?
7 - 0 "que" como preposição acidental liga verbos de uma iocução.
Eqüivale à "de".
Exemplo:
Nós tínhamos que trabalhar pela manhã e pela tarde.
8 - A palavra "aue" como conjunção (Ver orações subordinadas e
coordenadas.)
Exemplo:
Fica que eu quero. (Conjunção explicativa)
Falei que não seria fácil. (Conjunção integrante)
Tal foi o amor que ela se entregou. (Conjunção consecutiva)
9 -0 "que" como partícula expletiva ou de realce.
Não faz falta à estrutura sintática.
Exemplo:
Quanta grosseria aue o chefe fez!

MARCELO POKTBtLA
ANÁLISE DO SE
1 - Vimos nas orações substantivas que a palavra "SE" pode funcionar
como conjunção subordinada integrante introduzindo a oração subordinada.
Exemplo:
Não sabemos SE a prova foi confirmada.
2 - Vimos nas orações adverbiais (capítulo 2) o "SE" funcionando como
conjunção subordinada condicional.
Exemplo:
SE entendermos que as pessoas são frágeis, perdoaremos todas.
3 - No estudo de sujeito indeterminado e de vozes verbais (capítulo 1),
vimos o "SE" como pronome apassivador.
São frases QUE representam a chamada voz passiva sintética. Esta
permite a voz passiva analítica.
Exemplo:
Tinham-SE alugado as casas. (Sintética)
As casas tinham sido alugadas. (Analítica)
4 - Vimos no estudo de sujeito indeterminado (capítulo 1) o "SE" como
índice de indeterminação do sujeito. O verbo fica na 3§ pessoa do singular e
o sujeito da oração passa a ser indeterminado.
Exemplo:
Obedeceu-SE ao chefe.
5 - Também podemos encontrar o "SE" como parte integrante do verbo
(PIV). Aparece com os verbos pronominais.
Veja alguns verbos pronominais: referir-se, queixar-se, suicidar-se,
arrepender-se, converter-se, precaver-se, afastar-se, alegrar-se e outros.
Exemplo:
A mãe queixou-SE do que a filha fez.

Observação: Nesses casos o SE não desenvolve nenhuma função sintática. É


uma parte do verbo.

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6- o "SE" pode ser utilizado só como enfeite ou ênfase fonética. Nesse
caso passa a se chamar partícula de realce ou expletiva. É um reforço para a
ação verbal. Verbos de movimento fazem mais uso dessas formas.
Exemplo:
Os piratas SE foram e nunca mais voltaram. (O pronome não faz falta
à estrutura sintática.)
7 - 0 pronome "SE" além de desempenhas suas funções sintáticas
naturais podem se mostrar como reflexivos. Constroem as chamadas vozes
reflexivas.
Exemplo:
Ele SE feriu com a máquina de fazer café.
Nesse caso, esse pronome possui a função sintática de objeto direto
do verbo ferir. Podem aparecer também como objetos indiretos.
8 - a palavra "SE" como pronome reflexivo recíproco.
Construções com valor de reciprocidade
Exemplo:
O jogador e o juiz agrediram-SE.
9 - Em casos especiais encontraremos o "SE" como pronome reflexivo
como sujeito infinitivo.
0 pronome "SE" funciona, na oração, como sujeito do verbo no infi­
nitivo (2â oração).
Exemplo:
Os policiais deixaram-SE levar pelo dinheiro do roubo. (SE é sujeito do
verbo levar).

MARCELO PORTELLA
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

ORAÇÕES
01. Ponha o número correspondente à oração reduzida em destaque:
(1) Substantiva subjetiva
(2) Substantiva objetiva direta
(3} Substantiva objetiva indireta
(4} Substantiva compietiva nominal
( \ Convenceu-me a cantar aauela iinda música.
( ) Provoca dor de cabeça ouvir Joana cantar.
( ) O jovem aluno estava curioso de provar aquele sistema novo.
( ) O Banco do Brasil informou ter recursos para a construcão de casa própria.
a) 3-2-4-1
b) 3-1-4-2
c) 2-3-4-1
d) 4-3-1-2

RESOLVENDO A QUESTÃO 1
1. Na primeira oração analisada, percebe-se que o sujeito ocuito "ele" convence al­
guém a fazer alguma coisa. Assim, o verbo é transitivo direto e indireto e a oração
destacada serve justamente como obieto indireto do verbo.
2. Quando se pergunta ao verbo "o que é que provoca" descobre-se o sujeito (ouvtr
Joana cantar).
3. A oração "de provar aquele sistema novo" completa o adjetivo "curioso" Termo
preposicionado que completa adjetivo é complemento nominal.
4. A oração em destaque completa o verbo transitivo direto "informar", portanto
desempenha função de objeto direto.
Resposta: B

02. Assinale a alternativa em que a palavra QUE foi utilizada como conjunção integrante.
a) Seu andar tem um quê de sensualidade.
b) As secretárias sabem que você chegou tarde.
c) Ela foi mais inteligente que nós.
d) Quê! Você veio?!

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r eso lv en d o a QUESTÃO 2
Observação: A conjunção integrante introduz apenas oração substantiva.
1. Neste caso, o termo em destaque veio introduzido por um artigo (um) funcionando
como um substantivo.
2. "Saber" é verbo transitivo direto. A oração "que você chegou tarde" funciona como
objeto direto deste verbo. Se a oração é subordinada substantiva objetiva direta a
palavra QUE só pode ser uma conjunção integrante.
3. Funciona como uma conjunção comparativa.
4. É apenas uma interjeição.
Resposta: B

03. Observe a seguinte frase matriz:


"Parece que tudo de mal ocorre entre nós."
Assinale o período cuja oração destacada tem a mesma classificação da oração
sublinhada no enunciado acima.
a) No momento em que entra na farmácia, aceita logo um comprimido.
b) Os doutores lhe asseguram que não há nada.
c) Até parece que provei o mel do amor.
d} Comentam aqui que eu estou perdendo o controle?
e) Minha aima não tem segredos para ninguém arrancar.

RESOLVENDO A QUESTÃO 3
Observação: Se uma oração produz dúvida quanto a ser sujeito ou objeto direto, não
esqueça: "Se ela pode ser sujeito já é sujeito".
Responda à pergunta: O que parece?
Resposta: "Que tudo de mal ocorre entre nós”.
Esta oração é subordinada substantiva subjetiva.
a} Neste caso, temos uma oração subordinada adverbial temporal.
b) Neste caso, temos uma oração subordinada substantiva objetiva direta, comple­
mento do verbo "assegurar".
c) Neste caso, temos uma questão idêntica à oração do enunciado. A oração destacada
é sujeito do verbo "parecer".
d) A oração destacada, neste caso, funciona como objeto direto do verbo transitivo
direto "comentar".
e) Esta oração completa o substantivo abstrato "segredos".
Resposta: C

MARCELO PORTEUA
04. Aponte a alternativa em que haja a correta classificação das orações grifadas,
i) Ninguém sabe dizer quantas pessoas há na reunião.
II) Deseiava realizar um erande sonho: conhecer o Caribe.
II) Não está esperando ninguém, é evidente aue não tem serviço nenhum a fazer.
(F. Sabino)
a) Objetiva direta, apositiva, subjetiva.
b) Subjetiva, apositiva, compíetíva nominal.
c) Objetiva direta, apositiva, predicativa.
d) Subjetiva, completiva nominal, apositiva.
e) Objetiva direta, explicativa, subjetiva.

RESOLVENDO A QUESTÃO 4
I) A locução "sabe dizer'' é transitiva direta, utilizando a oração destacada como
objeto direto.
II) "Conhecer o Caribe" é uma repetição nominal de "realizar um grande sonho"
portanto é um aposto.
111} A oração destacada, neste caso, funciona como sujeito do verbo "ser" na passagem
"é evidente"
Resposta: A

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

NÍVEIS FÁCIL E MÉDIO


01. Quai dos períodos compostos abaixo possui uma oração subordinada subjetiva?
a) Desde os primórdios, sabemos que o homem é mortal.
b) Desde os primórdios, o homem sabe que é mortal.
c) Desde os primórdios, percebe o homem que é mortal.
d) Desde os primórdios, dizem que o homem é mortal.
e) Desde os primórdios consta que o homem é mortal.

02. "Amávamos os brinquedos sem esperança nem inveja, sabendo aue iamais chegariam
às nossas mfios.”
A oração sublinhada é:
a) subordinada substantiva subjetiva;
b) subordinada adjetiva restritiva;
c) subordinada substantiva objetiva direta;
d) subordinada substantiva objetiva indireta;
e} subordinada adjetiva explicativa.

03. (FCC) No período "É necessário que tenhamos confiança no próximo", a oração
grifada é:
a) subordinada substantiva objetiva direta;
b) subordinada substantiva subjetiva;
c) subordinada substantiva predicativa;
d) subordinada adjetiva restritiva.

04. (NCE) Assinale a alternativa onde haja uma oração subordinada substantiva com-
pletiva nominal.
a} O livro de que lhe falei está à venda na livraria da escola.
b) Aiguém o convencera de que ganhara na loteria.
c) Paulo estava convencido de que ganhara na loteria.
d) Nossa esperança era que ele se salvasse.
e) Daremos o troféu a quem merecer.

05. Sabendo que a oração subordinada substantiva apositíva exerce a função de aposto
e que este á um termo de natureza substantiva que se refere a outro, também de natureza
substantiva, marque a alternativa que apresenta uma oração apositíva.
a) Disse-me: vá embora.

MARCELO POBTELLA
b) Cometeu dois erros, aliás, três.
c) Havia apenas um meio de ajudá-ia: contar-lhe a verdade.
d) Como Sofia falasse das bonitas rosas que possuía, Rublão pediu para ir vê-las: era
doido por flores.
e) Não preciso de ajuda: sei arrumar-me sozinho.

06. (CESGRANRIO) "Nota-se facilmente que nunca perceberam o papel secundário que
exerciam naquele período."
A oração que nunca perceberam o papel secundário é:
a) subordinada substantiva objetiva direta;
b) subordinada adjetiva restritiva;
c) subordinada substantiva subjetiva;
d) subordinada adjetiva explicativa.

Os exercícios 07 a 10 baseiam-se em frases de Machado de Assis:

07. (CESGRANRIO) Em "Ao fim de dois anos de casado, salvo o desgosto de não ter um
filho, tudo corria bem" tem-se:
a) oração subordinada substantiva predicativa;
b) oração subordinada substantiva subjetiva;
c) oração subordinada substantiva completiva nominal;
d) oração subordinada substantiva objetiva indireta;
e) oração subordinada substantiva objetiva direta.

08. (CESGRANRIO) Em "Não, Bentinho; digo isto porque é realmente assim, creio que eles
podem estar desejosos de ver-nos e imaginar alguma doença, e, confesso, pela minha parte,
que queria ver papai" têm-se, respectivamente, orações subordinadas substantivas:
a) objetiva direta - objetiva indireta - subjetiva;
b) objetiva direta - subjetiva - objetiva direta;
c) subjetiva - predicativa - objetiva direta;
d) objetiva direta - completiva nominal - objetiva direta;
e) objetiva direta - objetiva indireta - objetiva direta.

09. Em "Sabes que alguma vez a fiz cochilar um pouco" têm-se, respectivamente,
orações:
a) objetiva direta e objetiva direta;
b) objetiva direta e predicativa;
c) subjetiva e objetiva direta;
d) subjetiva e subjetiva;
e) objetiva direta e subjetiva.

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10. Em "Escobar concordou de cabeça, mas sem entusiasmo, como quem sentia não
poder dizer o mesmo da mulher", a última oração exerce função sintática de:
a) sujeito; d) objeto indireto;
b) objeto direto; e) aposto.
c) predicativo do sujeito;

11. No período "Lembra-te de que é necessário oue te portes bem", a oração grifada é:
a) subordinada substantiva objetiva direta;
b) subordinada substantiva predicativa;
c) subordinada substantiva subjetiva;
d) subordinada adjetiva restritiva.

ORAÇÃO ADJETIVA
12. Assinale a única opção em que a oração não é subordinada adjetiva.
a) Esta é a pessoaa quem me refiro.
b} O carro de cujas portasgosto é este aqui.
c) Procurávamos por pessoas que nos respeitassem.
d} Faiei tanto que fiquei cansado.
e} Procurei alguém que eu queria naquele momento.

13. Em todas as opções abaixo há uma oração subordinada adjetiva, EXCETO em:
a) Esse rio, hoje secreto, que corre como um malfeitor debaixo de ruas.
b) Então reeditado pela iosé Olympio, um artigo que é um verdadeiro poema em prosa.
c) Diz que cada casa do vale, como a sua, tinha sua ponte sobre o rio...
d) A tromba d'água que descia do Corcovado.
e) Com exceção do rio Tietê, que é praticamente do tamanho do Reno...

14. "Só o seu amor me limpará da lama escura a que me conduziu minha paixão."
indique a alternativa que contém a correta análise sintática da palavra que:
a} Sujeito;
b) Objeto direto;
c) Adjunto adverbial;
d) Agente da passiva;
e) Objeto indireto.

15. (CESGRANRIO) indique a alternativa que preenche as lacunas: “Este é o poeta


_____________ obras encontramos críticas à sociedade da época________________ viveu
e___________ transformação ele lutou."
a) de cujas - que - por cujas

2
M A CELO POSTELLÀ
b) em cujas - onde—por cuja
c) em cujas - em que - por cuja
d) nas quais - em que - sobre cuja
e) sobre cujas-na qual-de cuja

16. (CESGRANRIO) Em relação a "Eles venceram e o sinal está fechado para nós, que
somos jovens" (Belchior), é correto afirmar que:
a) é umperíodo composto só por coordenação, em que a 3ã oração é sindética;
b) é umperíodo composto só por subordinação;
c) é umperíodo composto somente por orações assindéticas;
d) é umperíodo composto por coordenação e subordinação, em que a 3§ oração é
subordinada;
e) a segunda oração é subordinada à primeira.

ORAÇÕES ADVERBIAIS
17. (NCE) "Ao deixar a fazenda de Mata leão, segui pelo atalho" Levando em conta a
frase destacada, trata-se de oração:
a) adverbial temporal reduzida de infinitivo;
b) coordenada assindética;
c) substantiva subjetiva;
d) adverbial concessiva reduzida de infinitivo;
e) adverbial final.

18. No período: "Se ele quisesse, perguntaria se vocês chegariam logo", a palavra se é,
respectivamente:
a) pronome reflexivo — conjunção integrante;
b) conjunção condicional — pronome reflexivo;
c) conjunção integrante — conjunção condicional;
d) pronome reflexivo — pronome recíproco;
e) conjunção condicional — conjunção integrante.

19. A partícula como na oração: "Vamos festejar como idiotas a cada fevereiro..." é:
a) conjunção subordinativa comparativa;
b) conjunção subordinativa conformativa;
c) pronome relativo;
d) advérbio de intensidade;
e) verbo.

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20. "Até que um dia,
O mais frágii deies
Entra sozinho em nossa casa.
Rouba-nos a iuz, e,
Conhecendo nosso medo.
Arranca-nos a voz da garganta.
£ Já não podemos dizer nada".
Em reiação à oração sublinhada acima, é correto dizer que se trata de uma:
a) oração subordinada adverbial explicativa;
b) oração subordinada substantiva apositíva, reduzida de gerúndio;
c) oração subordinada adjetiva explicativa, reduzida de gerúndio;
d) oração coordenada sindética explicativa;
e) oração subordinada adverbial causai, reduzida de gerúndio.

ORAÇÕES COORDENADAS
21. Coloque nos parênteses o número correspondente à oração sublinhada, de acordo
com a classificação:
(!) oração coordenada assindética
(2) oração coordenada sindética aditiva
(3} oração coordenada sindética aiternativa
{4} oração coordenada sindética conclusiva
(5) oração coordenada sindética explicativa
(6) oração coordenada sindética adversativa
(7) oração absoluta
(8) oração principal
() Ronaldinho Gaúcho chegou, portanto você está livre.
{) Desejo conhecer a Espanha, por isso trabalho.
(} Corra, aue está na hora.
{} Ouça o que estou falando, poraue não repetirei.
(} O ladrão não somente levou as jóias do quarto, senão ainda o dinheiro escondido
no colchão.
() O doutor Afrânio não veio, nem telefonou.
() Dedicava-se deveras muito, contudo não tinha método.
{) Ou cantas, meu amigo, ou estudas.
() Pedro lá aprendeu as iicões.
() Penso, loeo existo.

MARCÊlOPORTEiXA 91
EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO

NÍVEL AVANÇADO
01. (FGV) Nos trechos abaixo, as orações sublinhadas exercem, em relação às anteriores,
as funções sintáticas de:
I - "A transformação ora em debate está supondo aue os trabalhadores portugueses
não consieam."
II - "É simples compreender que os deputados não sabiam a verdade sobre caso".
(Idem)
a) adjunto adverbial de tempo e objeto direto, respectivamente;
b) objeto direto e predicativo do sujeito, respectivamente;
c) adjunto adverbial de modo e objeto direto, respectivamente;
d) sujeito, ambas;
e) objeto direto, ambas.

02. Fragmento extraído do jornal Folha de São Paulo.


"Para passar o período de amamentação com o filho, até que este complete seis meses
de idade, terá a mulher direito, durante a jornada, a dois descansos especiais de meia hora
cada um"; o comentário correto a respeito da estrutura sintática desse período é:
a) o sujeito do verbo da oração principal está posposto;
b) a oração subordinada do período indica finalidade;
c) o complemento nominal de "direito" é "durante a jornada";
d) "Para amamentar o próprio filho" é adjunto ligado à oração subordinada;
e) "especiais" é predicativo do sujeito.

03. (ESAF) "Os vocábulos de nossa língua andam tomando uma verdadeira surra, até
mesmo na mão de quem devia saber o respeito que merecem. É como se fosse uma ca­
bala contra a comunicação: o significado das palavras é depreciado, desprezado, trocado,
ignorado."
Assinale a afirmativa correta a respeito do texto acima.
a) É formado por uma oração absoluta.
b) É constituído por quatro orações, sendo uma delas reduzida.
c) Apresenta duas orações adjetivas, uma substantiva e uma, principal.
d) Todas as orações subordinadas são dependentes sintática e semanticamente das
orações anteriores.
e) Suas orações compõem um período formado por coordenação e subordinação.

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04. “Quem sempre procura a verdade diz a verdade."
Assinaie o comentário correto sobre o fragmento destacado.
a} 0 sujeito da segunda oração é a oração anterior.
b) O sujeito da primeira oração é a segunda oração.
c) O objeto direto da primeira oração é a segunda oração.
d) O objeto direto da segunda oração é a primeira oração.
e) O período formado peio verso é composto de uma oração absoluta.

05. (CESPE) A alternativa que apresenta uma oração subordinada substantiva subjetiva é:
a) Em desejando mesmo, serão presenteados com a medalha.
b) Os pastores sabem se eles virão ao culto esta noite.
c) É muito provável que as movimentações se estabilizem daqui em diante.
d) O perito do caso percebeu, logo, que tudo era uma farsa.

06. (ESAF) "O que se me não parece bom éque se violente a pessoa de tão nobre cidadão."
A expressão sublinhada apresenta o mesmo valor sintático na seguinte frase:
a} Em caso extremo, saber é aue se faz fundamentai.
b) Nossa vontade é que se pondere de maneira correta.
c) O professor de Português é aue sabe a decisão adequada.
d) Porque é figura responsável na sociedade, é que age assim.
e) Enéias Silva éaue sabe como julgar um fato.

07. (ESAF)"... Comunicou-me um companheiro um fato que serve como exemplo o qual
tería ocorrido na cidade de Santa Helena, por volta de 1884"
Que item abaixo NÃO apresenta, em destaque, um mesmo tipo de oração da que
está acima destacada?
a) "... e, dessa forma, respiravam durante anos, nas galerias fundas, a poeira do barro
aue a produção agita."
b) "... provoca também uma tosse crônica, oca e ressoante, capaz de denunciar ~ a
distância - a moléstia aue lhe dá origem."
c} "Era a grande tosse dos pobres, sintoma e denúncia da silicose que os roía."
d) "... mas não tão modesto aue impedisse uma peauena margem de lucro por uni­
dade adquirida."
e) "... o puro e simples combate ao efeito não remove - nem resolve - a causa que
o produz."

08. Nos períodos abaixo, que oração destacada tem sua classificação indicada correta­
mente?
a) "Era a grande tosse dos pobres, sintoma e denúncia da silicose aue os roía "-oração
subordinada adverbial modai.

MARCELO PORTEÜA
b} "... contou-me um amigo uma história exemplar, que teria ocorrido na cidade
mineira de Nova Lima, por volta dos anos 30." - oração subordinada adjetiva
explicativa.
c) "É ciaro que a criminalidade, enquanto sintoma, tem de ser adequadamente
combatida por medidas policiais enérgicas,..." - oração subordinada substantiva
objetiva direta.
d) "Os ingleses, dessa forma, uniram o ótií ao agradável" - oração coordenada as-
sindética.
e) "A criminalidade está para a patologia sociai assim como a tosse convulsiva para
a silicose " - oração subordinada adverbial temporal.

09. Assinale a alternativa em que as orações grifadas nos períodos I e H desempenham


a mesma função sintática. (Trechos de A hora da estrela, de Clarice Lispector.)
a) i - Não sei se estava tuberculosa, acho que não.
II - Se é pobre, não estará me lendo porque ler-me é supérfluo.
b) I - A moça um dia viu num botequim um homem tão, tão, tão bonito que - que
queria tê-lo em casa.
II - Encontrar-se comigo próprio era um bem oue eia até então não conhecia.
c) I - E minha vida (...) responde que devo lutar como quem se afoga, mesmo aue eu
morra depois.
II - Cristo tinha sido além de santo um homem como ele, embora sem dente de ouro.
d) 1- Nunca se perguntara por oue colocava a barra embaixo.
II - Eu só não digo palavrões grossos porque você é moça donzela.
e) I - Sei que há moças que vendem o corpo, única posse real, em troca de um bom
jantar em vez de um sanduíche de mortadela.
II- Depois que Olímpico a despediu, iá aue ela não era uma pessoa triste, procurou
continuar.

10. (ESAF) Nos períodos abaixo, as orações sublinhadas estabelecem relações sintáticas
e de sentido com outras orações.
I. Eles compunham uma grande coleção, que foi se dispersando à medida aue seus
seis filhos se casavam, levando cada qual um lote de herança. - PROPORCIONALIDADE.
11. Mal se sentou na cadeira presidencial. Itamar Franco passou a ver conspirações. =
MODO.
III. Nunca foi professor da UnB, mas por ela se aposentou. = CONTRARIEDADE.
IV. Mesmo que tenham sido sé esses dois. (...) já não se configurada a roubalheira (...)?
= CONCESSÃO.
A classificação dessas relações está correta somente nos períodos:
a) 1,111 e IV. à) 11, III e IV.
b) II e IV. e) 1, II e 111.
c) le ill.

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11. Assinale a alternativa em que a conjunção grifada introduz a oração que completa
o sentido do verbo da oração anterior.
a) Taivez fosse bom indagar se o tópico da ideologia realmente merece toda a atenção
que lhe tem sido conferida.
b) Talvez fosse bom indagar se o tópico da ideologia realmente merece toda a atenção
aue lhe tem sido conferida.
c) As verdadeiras razões podem ser bem mais mundanas do que qualquer conversa
sobre "discursos hegemônicos"
d) Thatcher não esteve onde esteve poraue a populàção britânica fielmente se iden­
tificava com seus valores.
e) Todas essas manobras fazem parte de um tfpo ou outro de coação ideológica, mas
nenhuma delas é redutível à questão da ideologia.

12. Leia com atenção as afirmações abaixo:


I. A oração grifada na frase abaixo tem valor de adjetivo; indica uma qualidade inerente
ao substantivo a que se refere:
Ela foi a prímeira-ministra em parte por causa das excentricidades do sistema eleitoral
britânico, aue pode colocar no poder um governo reíeitado nela maioria do eleitorado.
II. A oração grifada na frase abaixo tem valor adjetivo, referindo qualidade acidental do
substantivo a que se refere.
Esta consiste em converter as pessoas relativamente agradáveis que povoavam o país
quando Thatcher chegou peia primeira vez à Oowning Street em um bando detestável de
imbecis egoístas e empedernidos.
III. O pronome relativo na frase abaixo indica posse.
Conseguiu obter o apoio de uma camada especializada da classe trabalhadora, cuja im­
portância era decisiva do ponto de vista eleitoral.
Estão corretas:
a) I, somente. d) It e Hi, somente.
b) 1e II, somente. e) I, II e Ifl.
c) I e III, somente.

13. (FCC) Em:


"Já ajeitei o travesseiro, ajustei a luz e abri a lista telefônica, tentando me convencer
de que, pelo menos no número de personagens, seria um razoável substituto para um
romance russo.”
{Luís Fernando Veríssimo)
Encontram-se quantas orações?
a) 7. d) 4.
b) 8. e} 3.
c) 5.

MAKCÊLO PORTELtA
14. "Ainda que argumentasse com eficiência, optamos peio silêncio."
A oração subordinada, no período acima, exprime circunstância de:
a) proporção;
b) conseqüência;
c) conformidade;
d) condição;
e) concessão.

15. "Através de medida provisória, decidiu-se saber que todos os novos bacharéis no
País farão uma prova final, para se saber se estão aptos ao exercício profissional"
A classificação das orações do período dado, na ordem em que ocorrem, está
correta em:
a) coordenada assindética - subordinada substantiva subjetiva - subordinada adverbial
final reduzida de infinitivo - subordinada substantiva objetiva direta;
b) coordenada assindética - subordinada substantiva objetiva direta ~ subordinada
substantiva subjetiva reduzida de infinitivo-subordinada substantiva subjetiva;
c) principal-subordinada substantiva subjetiva-subordinada adverbial finai reduzida
de infinitivo - subordinada substantiva subjetiva;
d) principal - subordinada substantiva objetiva direta -subordinada substantiva sub­
jetiva reduzida de infinitivo-subordinada substantiva objetiva direta;
e) principal-subordinada substantiva subjetiva-subordinada adverbial final reduzida
de infinitivo - subordinada substantiva objetiva direta.

16. "O que se discute é como, em situação tão adversa, fazer isso "
Assinale o comentário correto sobre a estrutura sintática desse fragmento de texto.
a) O sujeito de discute é como fazer isso.
b) O sujeito de fazer é situação tão adversa.
c) Tão adversa é adjunto adverbial de situação.
d) Que se discute é adjunto adnominal de o. "
e) isso é objeto indireto de fazer.

17. Como se classificam, respectivamente, as orações do período: “É consenso nacional


a necessidade de levar a educação formal e a não formal a todos os brasileiros"?
a) Principal - subordinada substantiva completiva nominal.
b) Principal - subordinada substantiva objetiva indireta.
c) Coordenada assindética - coordenada sindética aditiva.
d) Coordenada assindética - coordenada justaposta.
e) Principal - subordinada adjetiva apositiva.

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18. "Devagar se vai ao longe, mas quando se chega lá não se encontra mais ninguém."
(Millor Fernandes)
O período é composto de três orações. Assinale a afirmação correta sobre essas
orações nos itens abaixo:
a) A primeira oração é a principal em relação à terceira.
b) A oração introduzida por mas é coordenada à primeira.
c) A oração introduzida por quando é subordinada adjetiva.
d) 0 período é composto por subordinação.
e) O período é composto por coordenação.

19. "Se é para o bem de todos e a felicidade geral da Nação, diga ao povo que fico!"
(D. Pedro I)
A conjunção e:
a) coordena orações aditivas; ^
b) une dois sujeitos;
c) liga elementos de funções sintáticas distintas;
d) separa orações subordinadas;
e) une dois complementos verbais.

20. "Você me abandonou


e até agora eu não sei
qual foi o perfume, o cigarro,
o relógio, o carro
que não usei."
(Millor Fernandes)
Analisando sintaticamente o texto de Millor Fernandes, encontram-se respectiva­
mente:
a) Oração principal e oração coordenada sindética aditiva, oração subordinada subs­
tantiva objetiva direta, oração subordinada adjetiva restritiva;
b) Oração coordenada assindética, oração coordenada sindética aditiva e oração
principal, oração subordinada adjetiva restritiva, oração subordinada adjetiva
restritiva;
c) Oração coordenada assindética, oração coordenada sindética aditiva e oração
principal, oração subordinada substantiva objetiva direta, oração subordinada
adjetiva restritiva;
d) Oração coordenada assindética e oração principal, oração subordinada substantiva
objetiva direta, oração subordinada substantiva adjetiva restritiva;
e) Oração coordenada assindética, oração coordenada sindética aditiva e oração
principal, oração subordinada substantiva adjetiva restritiva.

MARCELO P02TRLLA
21. (ESAF) Leia o texto abaixo:
"Nas fofhas incertas do livro da Terra, de bilhões de anos, a leitura se faz quase por
acaso: tipos de terrenos, disposição de camadas de solos, graus de umidade, pedaços de
paus calcinados por milhões de anos, restos animais - dentes, ossos, muitas vezes petri­
ficados. É a difícil leitura dos passos da vida num singular planeta preso a uma estreia de
quinta categoria, perdida na periferia de uma entre milhares de galáxias de um universo
infinito, inexplicável."
{MINEIRO, Procópio. "A longa marcha da vida", n* 9, p.4S)
Quanto à estrutura, o texto apresenta:
a) dois períodos compostos, quatro orações coordenadas;
b) dois períodos simples, duas orações absolutas;
c) dois períodos, três orações coordenadas;
d) um período simples e um composto com duas orações coordenadas;
e) dois períodos compostos com uma oração coordenada e uma subordinada em cada
uma delas.

22. A correspondência entre o conectivo e a circunstância está errada em:


a) Aja de tal forma que tudo pareça normal. / CONSEQÜÊNCIA .
b) Caso me encontre, finja não me reconhecer. / CONDIÇÃO
c) Mal entrei no salão, a música parou. / COMPARAÇÃO
d) Sorria, embora não queira. / CONCESSÃO

23. "Policarpo Quaresma, cidadão brasileiro, funcionário público, certo de que a Língua
Portuguesa é emprestada ao Brasil:..."
A função sintática da oração sublinhada é:
a) complemento nominal; d) adjunto adverbial;
b) adjunto adnominal; e) objeto indireto.
c) aposto;

24. "Tanta corrente de ouro, seu moço,


Que haja pescoço para enfiar."
{Chico Buarque de Holanda)
As duas orações presentes do 2- verso do fragmento acima expressam uma relação
de, respectivamente,
a) comparação / tempo;
b) condição / concessão;
c) causa / conseqüência;
d) conseqüência / finalidade;
e) proporcionalidade/comparação.

PORTUGUÊS PARA COfJCUUSOS


25. Onde há uma oração coordenada assindética?
a) "Reza, que Deus endireita tudo..."
b) "A casa dele era de pobre, mas estava às ordens."
c) "Não pude resistir, embora temesse a tentação".
d) "O gaio cantou, o cachorro uivou, mas a moça não os ouviu "
e) "Era pálida e fria, como vela de altar."

26. Analise o fragmento abaixo e responda à questão:


"Como num piscar de olhos, as facilidades da internet passaram a caber na palma
da mão e a ser carregadas no bolso ou na bolsa."
Quanto à estruturação sintática, o fragmento é caracterizado pela ocorrência de
orações:
a) absolutas;
b) independentes;
c) subordinadas;
d) snterferentes;
e) principais.

27. No trecho:
(ESAF) "O questionamento dos meandros da exposição jurídica tem levado a discu­
tir se o direito, nas leis e nas decisões jurídicas, usa a linguagem como instrumento para
realizar seus fins ou se terminou transformado na própria linguagem", a oração sublinha­
da classifica-se, em relação à do verbo discutir e à do verbo realizar, respectivamente,
como:
a) principal e subordinada substantiva predicativa;
b) subordinada substantiva objetiva direta e coordenada;
c) coordenada e principal;
d) subordinada substantiva predicativa e principal;
e) subordinada substantiva objetiva direta e principal.

28. "Nunca é demais recordar a origem de determinadas palavras."


A oração em destaque exerce a mesma função sintática que o termo sublinhado em
a) "O sujeito elegante era o que sabia fazer escolhas acertadas..."
b) "A etimologia flos ajuda a entender..."
c) "E então se tornam fonte de mal-entendidos..."
d) "Por isso, precisamos nos debruçar periodicamente sobre elas, averiguando os
múltiplos sentidos..."
e) Devemos acompanhá-las..."

M AfiC ElO P O R TE U A
29. (ESAF) "Basta tornar pessoas mais piedosas?"
A oração sublinhada exerce a mesma função sintática do termo grifado em:
a) "Irrompeu nele o 'complexo de Deus' que o acabrunha."
b) "Nem ipsofacto origina uma espiritualidade capaz de tudo religar e de tudo fundar
na Fonte originária."
c) "Ele não aguenta mais tanto desenvolvimento que já mostra seu componente
destrutivo ao ameaçar o destino comum da Terra e de seus habitantes."
d) "O ser humano moderno criou um 'complexo de Deus'. Comportou-se como se fora
Deus. Através do projeto da tecnociência pensou que tudo podia, que não haveria
limites à sua pretensão..."
e) "Essa pretensão colocou exigências exorbitantes a si mesmo."

30. (ESAF) "O ser humano moderno criou um 'complexo de Deus'. Comportou-se
como se fora Deus. Através do projeto da tecnociência pensou que tudo podia, que não
haveria limites à sua pretensão de tudo conhecer, de tudo dominar e de tudo projetar.
Essa pretensão colocou exigências exorbitantes a si mesmo. Ele não aguenta mais tanto
desenvolvimento que já mostra seu componente destrutivo ao ameaçar o destino comum
da Terra e de seus habitantes."
(Leonardo Boff)
Observe o texto acima e indique o período que apresenta uma oração de classificação
semelhante à sublinhada.
a) Chorou tanto, que o rosto ficou vermelho.
b) Fala tal qual o pai.
c} Comeu tanto quanto o marido.
d) Vi o artista que ganhou o prêmio.
e) Técnicos admitiram que poucos funcionários aceitaram...

100 PORTUGUÊS PARA CONCU RSOS


CAPÍTULO

CONCORDÂNCIA

m a x c e l o PORTÍXXÀ 101
CAPÍTULO 3
CONCORDÂNCIA

CONCORDÂNCIA NOMINAL
Os termos adjetivos (artigo, numerai, pronome, adjetivo) variam para
concordarem com o substantivo.
Na concordância nominal, também se faz a devida comparação dos
termos adjetivos acima e os termos Invariáveis como o advérbio.
Exemplos:
Mulher feliz / Mulheres felizes.
A minha querida amiga de Portugal é linda. (Os termos em destaque
são, respectivamente: artigo, pronome, adjetivo, locução adjetiva e outro
adjetivo ~ todos qualificam o substantivo AMIGA.)
- 0 advérbio não se relaciona com o substantivo, como os termos acima
apresentados, mas sim com o adjetivo, com o verbo e com o próprio advérbio.
Exemplo:
Trabalhamos muito, mas aqui há muito pouco trabalho.
MUITO, no primeiro caso, relaciona-se com TRABALHAMOS.
MUITO, no segundo caso, relaciona-se com POUCO.
0 surgimento de preposições entre o substantivo e o adjetivo não
impede a concordância.
Abaixo apresentaremos alguns casos que poderiam ser chamados de
especiais.

ADJETIVO POSPOSTO A MAIS DE UM SUBSTANTIVO


-Quando o adjetivo aparece depois de dois ou mais substantivos, este pode
concordar com o elemento mais próximo ou ainda com os dois elementos.
Exemplos:
Roupa e sapato sujo foram vendidos na loja.
Roupa e sapato sujos foram vendidos na loja.

102 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


Sapato e roupa suja foram vendidos na loja.
Sapato e roupa sujos foram vendidos na loja.
Sapato e roupas sujas foram vendidos na loja.
Sapato e roupas sujos foram vendidos na loja.
Roupa e sapatos sujos foram vendidos na loja.
Roupas e sapato sujo foram vendidos na loja.
Roupas e sapatos sujos foram vendidos na loja.
Sapato e cinto sujo foram vendidos na loja.
Sapatos e cintos sujos foram vendidos na loja.

Observação: Nessas composições de mais de um substantivo seguido de um


adjetivo, o mais importante é entender que a concordância pode se
dar com o termo mais próximo ou com os dois elementos, respeitada
a prerrogativa do gênero masculino.

ADJETIVO (ADJ. ADN.) ANTEPOSTO A MAIS DE UM SUBSTANTIVO


- Concorda com o mais próximo.
Fantástica lua e sol apareceram no horizonte.
Fantástico sol e lua apareceram no horizonte.
Percebeste tu lindo amor e paixão.
Fechaste Õs olhos para verdadeira sinceridade e afeto.

Observação: Quando o adjetivo é predicativo, este pode concordar o com o


mais próximo ou com os dois substantivos
Eram sábios o homem e a mulher.
Era sábio o homem e a mulher.

Observação: É muito importante que na análise das anteposição de adjetivos a


um substantivo, saiba-se a função sintática do termo adjetivo visto que
adjunto adnominal e predicativo do sujeito se comportam de maneira
diferentes quanto à concordância.

SUBSTANTIVO MODIFICADO POR DOIS OU MAIS ADJETIVOS NO SINGULAR


A noção física e a espiritual...
As noções físicas e espiritual...
Falo a língua inglesa e a japonesa.
Falo as línguas inglesa e japonesa.

MARCELO K)RTEULÁ 103


Observação: O interessante agora é observar que o substantivo faz numerica­
mente as vezes do adjetivo. Se não é usada a determinação do segundo
adjetivo o substantivo o faz ficando no plural. Caso contrário, fica no
singular, relacionando-se apenas com o adjetivo mais próximo.

ADJETIVOS COMPOSTOS
Quando houver adjetivo composto, apenas o último elemento concor­
dará com o substantivo a que se refere; os demais ficarão na forma masculi­
na, singular. Se um dos elementos for originalmente um substantivo, todo o
adjetivo composto ficará invariável.
Violetas azul-claras com folhas verde-musgo.
Calças rosa-claro e camisas verde-mar.
Atentados econômico-financeiros.
Guerras sino-soviéticas.
Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo composto
iniciado por cor-de-... são sempre invariáveis.
O adjetivo composto surdo-mudo tem os dois elementos flexionados.

Observação: Nesse caso, percebemos outra vez bases semânticas que podem
ser exploradas em questões de prova. O adjetivo composto surdo-mudo
é construído com dois adjetivos, mas é uma exceção, podendo variar
os dois elementos e não só o último, como diz a regra, isso se dá por­
que ao construirmos frases como "homem surdo-mudo" os adjetivos
não se relacionam como "terno verde-claro". Os adjetivos "surdo" e
"mudo" relacionam-se ao substantivo de maneira independente ou
direta - homem surdo / homem mudo.

EXPRESSÃO TAL QUAL


Tal concorda com o substantivo anterior, e qual, com o posterior.
Exemplos:
O aluno é tal qual o professor.
O aluno é tal quais os professores.
Os alunos são tais qual o professor.
Os alunos são tais quais os professores.
Nota: Se o elemento anterior é um verbo, tal fica invariável; se o
elemento posterior é um verbo, qual fica invariável.

104 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


Exemplos:
Eles agem tal quais as ordens do mestre.
Eles agem tal qual forem as ordens do mestre.

MESMO, JUNTO, INCLUSO, QUITE


Obrigado, tal, leso, anexo, próprio.
- Concordam com o termo a que se referem:
Exemplos:

Aqueles mesmos chegaram cedo.


Os documentos vieram iuntos.
Muito obrigada, disse ela.

SUJEITO APRESENTADO EM GRAU ABSOLUTO


Exemplos:
Comunicação é bom. (Sujeito sem artigo - bom invariável.)
Cerveja é gostoso. (Sujeito sem artigo - gostoso invariável.)
Entrada é proibido. (Sujeito sem artigo - proibido invariável.)
A comunicação é boa. (Sujeito com artigo - boa variável.)
A fruta é gostosa. (Sujeito com artigo - gostosa variável.)
A entrada é proibida. (Sujeito com artigo - proibida variável.)
Considere a diferença dos casos acima. A relação é de sujeito e predi­
cativo. Nos exemplos abaixo, núcleo substantivo e adjunto adnominal.
Comunicação boa provei na fazenda. (Nesse caso, o adjunto adnominal
concorda com o núcíeo.)
Fruta gostosa comprei aqui. (Nesse caso, o adjunto adnominal concorda
com o núcleo.)

SÓ, MEIO, BASTANTE


- São variáveis quando funcionam como termo adjetivo.
Exemplos:
Não existem meias palavras. (Neste caso, temos um adjetivo "meias"
se relacionando ao substantivo "palavras").

MARCELO P O & TS U A 105


Havia bastantes pessoas aqui. (Concorda com o substantivo pessoas
- é um pronome indefinido.)
Eles estavam sós. ("Sós" corresponde, nessa passagem, a "sozinhos".
É um adjetivo, portanto variávei.)

Observação: São invariáveis quando advérbios e relacionam-se a adjetivos,


verbos e aos próprios advérbios.
Compramos só duas entradas. ("Só" se relaciona ao verbo comprar - é
um advérbio.)
Elas estavam bastante belas. ("Bastante" se relaciona ao adjetivo
"belas" - é um advérbio.)
Ele estava meio calado. (Relaciona-se também ao adjetivo calado.)

Observação: Se você não tem certeza da classe gramatical do termo, veja


com quem o mesmo se relaciona. Nos casos acima, SÓ, BASTANTE E
MEIO relacionam-se com um verbo e com adjetivos (compramos, belas
e calado.)

CONCORDÂNCIA RELACIONADA ÀS CORES


—Quando a cor for adjetivo é variávei; quando substantivo, Invariável
Exemplos:
Roupas pretas, (adjetivo)
Carros amarelos, (adjetivo)
Roupas cinza, (substantivo)
Carros gelo. (substantivo)
Os compostos indicativos de cor:
Substantivo + adietivo
(invariáveis^
Exemplos:
Blusas rosa-escuro (Nesse cãso, há uma indicação lógica-o escuro não
se relaciona semanticamente à palavra "blusa" Quer dizer, a blusa não é escura,
mas a cor rosa sim. Nesse sentido, justifica-se não variação do adjetivo.)
Meias cinza-claro

106 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


Adietivo 4- substantivo
(invariável!
Exemplos:
Casaco verde-garrafa
Olhos azul-céu
-São Invariáveis: ultravioleta, infravermelho, azul-marinho, e furta-cor.
É importante que você entenda as relações de concordância de cor,
visto que muitas bancas produzem questões com traços analíticos.
Observe os dois exemplos abaixo;
[1] Terno azul-claro
[2] Terno azul-marinho
Observe que estão logicamente implicados o adjetivo claro [1] e o
substantivo terno, posto que se o azul é claro, também o é o terno. Esse é o
motivo da variação do adjetivo composto frente à variação do substantivo:
Ternos verde-claros.
Já no segundo caso, o termo marinho não possui nenhuma relação
lógica com o substantivo terno. O marinho é referente ao azul. O terno não é
marinho. Se há, portanto, indicação plural do substantivo, o vocábulo marinha
não pode acompanhar.
r
PRONOMES DE TRATAMENTO E ADJETIVOS
Exemplos:
Vossa Alteza parecia muito belo. (Ele)
Vossa Alteza parecia muito bela. (Ela)

O POSSÍVEL, OS POSSÍVEIS
- A palavra possível varia de acordo com o artigo.
Exemplos:
Professores o mais inteligentes possível,..
Professores os mais inteligentes possíveis...

MÀfiCELO PORTEULA. 107


MENOS, PSEUDO, MONSTRO E ALERTA
- São sempre invariáveis.
Exemplos:
Eram festas monstro.
Todos pareciam pseudo-sociais.
Havia bem menos pessoas naquele lugar.
Os soldados estavam alerta.

GRÃ E GRÃO (SÓ VARIA O SEGUNDO ELEMENTO)


Exemplos:
Grã-cruz
Grã-cruzes
Grão-duque
Grão-duques

A OLHOS VISTOS
Com a expressão a olhos vistos, é comum o emprego da expressão
no sentido de claramente, visivelmente, em referência a nomes femininos e
masculinos. No entanto, apesar de rara, é correta a concordância de visto com
a pessoa ou coisa que se vê.
Exemplos:
Ele emagrecia a olhos vistos.
Aquelas questões se resolviam a olhos vistas.
O rapaz mentira a olhos visto.

GRAMA
Quando representar unidade de massa, será masculino.
Exemplos:
Comprei duzentos gramas de presunto.
Ele foi preso com um grama de cocaína.

UM E OUTRO/NEM UM NEM OUTRO


- O substantivo fica no singular.

108 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


Exemplos:
Um e outro problema foi resolvido
Nem uma nem outra solução...
Se acompanhado do substantivo estiver um adjetivo, este vai para o
plural.
Um e outro relacionamento problemáticos.
SUBSTANTIVO ADJETIVO

CONCORDÂNCIA VERBAL
- Concordância verbal é a relação que se faz do verbo com o sujeito.
De regra geral, o verbo concorda com o sujeito a que se refere em número
e pessoa. ^
Exemplos:
0 ser participa das ações.
Os seres participam das ações.
O jovem e a jovem choravam como bebês.

Obs.: Quando a concordância é feita com o sujeito composto há que se ob­


servar algumas regras.

SUJEITO COMPOSTO ANTEPOSTO AO VERBO


- O verbo concordará com todos os núcleos. (Ficará no plural.)
Exemplos:
O marido e a mulher saíram para o baile de formatura.
Jovens, velhos e mulheres vão primeiro.

SUJEITO COMPOSTO POSPOSTO AO VERBO


- O verbo ficará no plural ou concordará com o núcleo mais próximo.
Participaram do evento o amigo e a amiga.
Participou do evento o amigo e a amiga.

Observação: Se houver ideia de reciprocidade, o verbo vai, obrigatoriamente,


para o plural.

MARCELO PORTELLA 109


Exemplos:
Beijaram-se o homem e a mulher.
Agrediram-se o juiz e o torcedor.
Quando é composto resumido por tudo, nada, nenhum, cada um, cada
qual, outro, ninguém, isso, isto, aquilo etc., o verbo fica no SINGULAR. ,
Exemplo:
Posso afirmar que força, fraqueza, dor, alegria, dúvida, tudo faz parte
da vida.

PESSOAS GRAMATICAIS DIFERENTES


- O plural se dá na pessoa que prevalece.

Obs.: A l ã prevalece sobre a e esta sobre a pessoa.


Exemplos:
Eu e meu amigo cantaremos.
Se eu e vós entendêssemos, viveríamos.
Tu e ela sabereis o que fazer.

Observação: Alguns gramáticos renomados definem como aceita a concordân­


cia de segunda e terceira pessoas com o verbo em terceira pessoa.
Exemplo:
Tu e ela sabem o que fazer.

SUJEITO LIGADO PELO TERMO COM


- Verbo no plural ou no singular. (Dependente da pontuação.)
Exemplos:
O vizinho com a amante partiram esta noite.
O vizinho, com a amante, partiu esta noite.

Observação: No singular, observar o uso da vírgula.

SUJEITO LIGADO POR COMO


- O verbo concorda com o termo primário. (Sempre com vírgula.)

110 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


Exemplos:
O diretor do colégio, como os alunos, ficou na escola.
O menino, como nós todos, está preocupado com o problema.

EXPRESSÕES "BEM COMO" E "ASSIM COMO"


- O verbo irá, de preferência, para o plural.
O professor, bem como os inspetores, votaram.

SUJEITO COMPOSTO LIGADO POR OU


- Se houver ideia de correção, significação igual, ou ideia de exclusão,
o verbo irá concordar com o termo mais próximo.
Exemplos:
Ciro Gomes ou lula será eleito presidente do país.

Observação: Não se configurando estes casos, o verbo pode concordar com


o elemento mais próximo ou ir para o plural.
Exemplos:
Só o chefe ou a esposa podia (podiam) acudir-lhe.

Observação: Quando os núcleos forem representados por pronomes pessoais


a concordância, preferencialmente, dá-se no plural.
Eu ou ela iremos à entrevista.

SUJEITO COMPOSTO FORMADO POR INFINITIVOS


- O verbo fica, preferencialmente, no singular se houver sinonímia.
"Amar e gostar não faz um rei perfeito."
- No entanto, se forem antônimos ou estiverem determinados, o verbo
fica no plural.
Exemplos:
Gritar e silenciar representam coisas percebíveis.
O falar e o escrever revelam o íntimo do homem.

MAfiC£LO PORTELIA 111


SUJEITO CONTROLANDO A CONCORDÂNCIA
- Quando o verbo está na voz passiva, com pronome apassivador SE.
O verbo concorda normalmente com seu sujeito.
Ouviram-se vaias ao orador.
Descobriu-se o esconderijo.

Observação: Se o SE for índice de indeterminação, o verbo ficará invariável.


Pediu-se de tudo, / Não se falou muito.

DAR, BATER E SOAR


- Referindo-se às horas:
-Concordam normalmente com o sujeito, que pode ser relógio, horas,
badaladas.
Deram há pouco nove horas.
Que horas deu o relógio?
Deu uma e meia.
A sineta bateu quinze minutos.
Soaram duas horas no relógio da igreja matriz.
Soou duas horas o relógio da igreja matriz.

PARECER + UM VERBO NO INFINITIVO


- Admite duas concordâncias: ou se flexiona o verbo parecer, ou o
infinitivo.
Os murais pareciam estremecer.
Os murais parecia estremecerem.

Observação: Este tipo de concordância também ocorre com o verbo VER na


voz passiva, seguido de infinitivo.
Viam-se entrar jovens e velhos.
Via-se entrarem jovens e velhos.

A EXPRESSÃO HAJA VISTA


- Há várias construções corretas.

112 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


Hajam vista os novos contratos.
Haja vista os novos contratos.
Vista haja os novos contratos.
Haja vista aos novos contratos.

VERBOS BASTAR E FALTAR CARACTERIZANDO SUFICIÊNCIA E CARÊNCIA


- O verbo concorda com o sujeito.
Bastam cinqüenta mil para comprarmos o automóvel.
Faltam dez minutos para as bodas de ouro.

A CONCORDÂNCIA DO VERBO SER


-Concordará com o SUJEITO

SUJEITO PERSONIFICADO
"Todo eu era (eram) olhos e coração."
"Ana Cláudia era (eram) as alegrias de Firmino."
-O sujeito é substantivo simples no plural e o predicativo é substantivo
no singular.
As palavras são a nossa maior força.

CONCORDARÁ COM O PREDICATIVO


- Nas indicações de preço, medida, quantidade.
É pouco, é bastante, é demasiado.
"Trezentos reais é pouco"
"Dois centímetros é menos do que preciso."
- O sujeito é substantivo, e o predicativo é pronome pessoal.
"O professor sou eu".
"A vida, queridos, sois vós"
- Quando o verbo SER for impessoal, na indicação de hora, data e
distância.
Eram dez horas.
Hoje é dia 25 de janeiro
Hoje são 25 de janeiro.

MARCELO PORTELLA 113


Observação: Quando o predicativo vem precedido da expressão perto de,
cerca de, pode-se usar singular ou plural.
Era {ou Eram) perto de cinco horas.
- O sujeito tem sentido de coletivo e o predicativo está no plural.
A maioria eram "inocentes úteis " >

CONCORDARÁ COM O SUJEITO OU COM O PREDICATIVO


- Sujeito é coisa (não personificada) no singular, e o predicativo está
no plural.
A cama eram palhas. (É a melhor construção.)
A cama era pregos pontiagudos.
- Sujeito é um dos pronomes tudo, isso, isto, aquiio, e o predicativo
está no plural. Concorda preferencialmente com o termo no plural.
Tudo são rosas na infância.
Isto são ossos do ofício.
-Sujeito é palavra de sentido amplo como vida, humanidade, ciência...
e o predicativo está no plural.
A vida são surpresas. (Ou a vida é surpresas.)

OUTROS CASOS
- Quando o sujeito é coletivo no singular seguido de substantivo no
plural, verbo no singular ou no plural.
Um grupo de bandidos se dispersou. (Ou dispersaram.)
-Aparecendo apenas o coletivo, o verbo concorda com ele.
"... Porém, nem sempre a comunidade acerta."
- O sujeito é uma das expressões como "maioria de, parte de, uma
porção de" etc. seguida de um substantivo ou nome no plural, o verbo ficará
no singular ou no plural.
A maioria dos empregados recebeu (ou receberam) o salário com
alegria.
- A expressão "um dos que".

114 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


O verbo no plural de preferência. Quando o verbo se aplicar apenas a
uma pessoa, pode-se usar singular.
Filipe é um dos que mais estudam.
Foi um dos teus companheiros que beijou a garota.
- Nome próprio no plural.
O verbo concorda com o artigo. Não havendo artigo o verbo fica no
singular.
Os Estados Unidos participaram da guerra.
Estados Unidos participou da guerra.
- Pronome relativo QUE funcionando como sujeito.
O verbo geralmente concorda com o antecedente do pronome.
Fui eu que falei.
Somos nós que falamos.
- Pronome relativo QUEM nunca funcionando como sujeito, já que,
por natureza, é um termo preposicionado.
- Expressões como "qual de nós, qual dentre nós etc."
1. "Qual" no singular deixa o verbo na terceira pessoa do singular.
Qual de nós trabalhará. (Observe que o termo "qual" no singular define
o agende da ação de maneira singularizada.)

Observação: Se houver plural do termo primário, o verbo poderá ficar em


segunda ou terceira pessoas do plural.
Quais dentre vós participareis (participarão) do evento.
Alguns dentre nós continuaremos (continuarão) o trabalho.

MARCELO PORTEI-LA 115


EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

CONCORDÂNCIA I
01. Assinale a opção que completa corretamente o seguimento da proposição.
No momento da eieição...
a) buscaram-se estudar os gênios;
b) buscou-se estudar os gênios;
c) buscaram-se estudar o gênio;
d) buscou-se estudares os gênios;
e) buscaram-se estudares os gênios.

RESOLVENDO A QUESTÃO 1
Lembre-se: Concordância nominai é a concordância do artigo, numerai, pronome e
adjetivo com o substantivo. Lembre-se também de que os adjetivos têm natureza
variável e os advérbios, invariável.
Esta questão é muito interessante, pois apresenta um pronome apassívador "SE"
entre dois verbos. Na realidade, apesar de uma primeira impressão, percebe-se
que não há uma locução verbal, mas duas orações. Estudar os gênios foi buscado
(voz passiva analítica). Como o sujeito do verbo "buscar" é uma oração subordinada
substantiva subjetiva reduzida de infinitivo (estudar os gênios), o verbo da oração
principal (o verbo buscar) fica no singular.
Resposta: B

02. Trajava, à moda antiga, uma saia______________ uma blusinha______________ e


sorria tim idam ente para os rapazes que a cortejavam , abrindo muito os olhos
________________ onde se via um brilho de malícia.
a) azul-marinho-verde-clara--castanho
b) azul-marinha - verde-claro - castanhos
c) azul-marinha - verde-clara - castanhos
d) azul-marinho - verde-claro - castanho
e) azul-marinho - verde-clara —castanhos

RESOLVENDO A QUESTÃO 2
I. O adjetivo composto AZUL-MARINHO é invariável.
II. No adjetivo composto, de regra geral, só varia o segundo elemento (BLUSINHA/
CLARA).
III. "Castanhos" é um termo adjetivo, portanto variável.

116 PORTUGUÊSPARA CONOJRSOS


Observe: terno castanho / ternos castanhos.
Resposta: E

03. Que frase não está redigida corretamente?


a) No salão azul tinha um quadro de Portinari.
b) Remeto-lhe anexas as duas declarações do juiz.
c) Você foi a causa de eles se retirarem tão cedo.
d) Esqueceu-me dizer-te que fui reprovado em Física.
e) Nem um, nem outro quis di2er a verdade aos pais.

RESOLVENDO A QUESTÃO 3
a)O verbo ter não pode ser utilizado com sentido de existir na norma culta,
b} O termo "anexas" está concordando com o substantivo "declarações".
c) "de eíes" está separado porque o pronome funciona como sujeito do verbo
"retirar-se".
d) "Esqueceu-me" não está relacionado aos verbos "lembrar" e "esquecer" prono­
minais - Observe que o verbo não está na mesma pessoa gramatical do pronome.
Esta utilização é correta.
e) A Expressão "nem um, nem outro" remeteu o verbo ao singular corretamente.
Resposta: A

MARCELO PO&TELLÀ 117


EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

NÍVEIS FÁCIO E MÉDIO


01. Aponte a alternativa correta quanto a sua concordância.
a) As grã-cruzes foram entregues aos heróis.
b) Velhas e rasgadas moedas e carteiras foram substituídas por novos.
c) Saborosos bananas e laranjas estrangeiras.
d) Uma e outra alunas punidas por terem colado.
e) Acordos ítaíos-franceses.

02. Informo a Vossas Senhorias que,_________________ , seguem a carta, o relatório e


a cópia que nos solicitaram, e que estão inteiramente à __________________disposição
para exame.
a) incluso - vossa
b) inclusos-sua
c) incluso-sua
d) inclusa-vossa
e) inclusos - vossa

03. Assinale a frase que possua a mesma sintaxe de concordância de "É gostoso mulher".
a) É proibido a entrada.
b) Não se permite entrada de cães.
c) No calor, cerveja é bom.
d) Proíbe-se a entrada dè cães.
e) É um homem de verdade.

04. Elas__________ tomaram todos os cuidados_____________ saindo___________ .


a) próprio - possíveis - duas a duas
b) próprias - possível - de duas
c) próprias - possível - em duas
d) próprio - possíveis - de duas
e) próprias - possíveis - duas a duas

05. Assinale as alternativas corretas.


a) Muito obrigado, disseram elas.
b) Elas voltaram junto conosco.
c) Todos voltaram juntos comigo.

118 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


d) Que tal os trabalhos dela em porcelana?
e) Estamos quites com a tesouraria.
f} Foram nomeados os novos amantes-mores.

06. Assinale a alternativa incorreta.


a) Eram pseudo-artistas que apresentavam menas qualidades que qualquer um dos
espectadores daquela platéia monstro.
b) Havia uma fiía monstruosa de carros.
c) Havia uma fila monstro.
d) A ordem é que estejamos alerta.
e) Os grão-duques estão menos preocupados que o povo.

07. Assinale a alternativa em que a concordância está errada:


a) Os braços e as mãos trêmulas erguiam-se para o céu.
b) Todos se moviam cautelosamente, alertas ao perigo.
c) Tinha belos olhos e boca.
d) Chegada a sua hora e a sua vez, intimidou-se.
e) A terceira e a quarta séries tiveram bom índice de aprovação.

MARCELO POHTBUA 119


EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

CONCORDÂNCIA II
01. Das duas orações: Amor é alegrias e Amor sõo alegrias:
a) a primeira está errada e a segunda, certa;
b) a primeira está certa e a segunda, errada;
c) ambas estão certas;
d) ambas estão erradas;
e) o verbo no singular fere as regras de regência.

RESOLVENDO A QUESTÃO 1
Na construção SUJEITO + VERBO DE LIGAÇÃO (SER) + PREDICATIVO, podemos
variar o verbo de duas maneiras se o sujeito e o predicativo forem substantivos:
concordando com o sujeito (Amor é...), ou concordando com o predicativo (... são
as alegrias).
A concordância com base na eufonia (boa sonoridade) dá destaque à concordância
com o termo que estiver no plural.
Resposta: C

02. Assinale as orações onde o verbo foi incorretamente empregado no que se refere à
concordância:
a) Na juventude tudo são festas.
b) Hoje são 15 de Novembro.
c) Ou eu ou você seremos escolhidos para presidente.
d) Hoje vejo que foi muito útil as repreensões maternas.
e) Só se viam luzes piscando na sala.

RESOLVENDO A QUESTÃO 2
a) O pronome tudo prejudica a eufonia na relação de concordância com o verbo. Como
no exemplo, o verbo pode concordar com o termo no plural (... são flores).
b) Na concordância do verbo "ser" com as datas, temos as seguintes construções:
Hoje são 15, hoje é dia 15, hoje é (dia) 15. Todas são consideradas corretas.
c) Há uma clara ideia de inclusão deixando o verbo, obrigatoriamente, no plural.
d) "As repreensões maternas" é sujeito do verbo "foi", portanto este deveria estar no
plural.
e) "Luzes" é sujeito do verbo na voz passiva sintética. Estando no plural, o verbo
também fica no plural.

120 PORTUGUÊS PARA CONOJRSOS


Resposta: D

03. Indique a alternativa incorreta quanto à concordância.


a) Isso são verdadeiros absurdos da vida moderna.
b) Entre nós não deveriam haver constrangimentos.
c) Quantos meses faz que chegaram ao Brasil?
d) O menino é as alegrias do irmão.
e) Os Sertões são um romance regionalista.

RESOLVENDO A QUESTÃO 3
a) O verbo ser concorda com o predicativo no plural.
b) Lembre que, neste caso, o verbo principal da locução é "haver'" com sentido de
"existir". Sendo uma oração sem sujeito, o verbo fica no singular.
c) Fazer com ideia de tempo é impessoal, ficando no singular.
d) Lembre-se que o verbo "ser" (ligação) pode concordar com o sujeito ou com o
predicativo quando este é formado por um substantivo.
e) Nomes próprios no plural, quando fazem uso do artigo, levam o verbo para o
plural.
Resposta: B

MAÃCBtO PQRTJ5LLA 121


EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

NÍVEIS FÁCIL E MÉDIO


01. Tudo isto____ mentiras; e não__________pessoas que o conhecem______ muitos
anos e que podem dizer a verdade.
a) é-faltam -fazem
b) é -fa lta -fa z
c) são-faltam -faz
d) sã o -falta-faz
e) é - falta -fazem

02. _____________ pouco mais de onze horas; vozes, buzinas, ruídos da cidade, tudo s
e _____________ calado, quando_______________ ela e eu.
a) Seriam - haviam - chegamos
b) Seriam - havia - chegaram
c) Seriam - haviam - chegou
d) Seria - havia - chegamos
e) Seria - haviam - chegaram

03. _____________ cuidadosamente os cálculos;______________ ainda de novos em­


préstimos, pois cem mil cruzeiros________________para obra tão vasta.
a) Fizeram-se - necessitavam-se - é pouco
b) Fizeram-se - necessitavam-se - são poucos
c) Fez-se - necessitavam-se - são pouco
d) Fez-se - necessitava-se - são pouco
e) Fizeram-se - necessitava-se - é pouco

04. Há apenas uma opção, na qual ambas as frases estão corretas quanto à concordância
verbal.
a) Grande parte dos trabalhadores chegou.
Grande parte dos trabalhadores chegaram.
b) O estudante de nível inferior é a meta do governo.
O estudante de nível inferior são a meta do governo,
c) Três quilômetros é suficiente para a experiência.
Três quilômetros é o suficiente para a experiência.
d) O vencedor da prova seria tu.
O vencedor da prova serias tu.

122 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


e) Dinheiro, festas, mulheres, nada o afastava do caminho do dever.
Dinheiro, festas, mulheres, nada o afastavam do caminho do dever.

05. Escolha a frase em que se efetuou corretamente concordância verbai.


a) Seria vinte e sete do marco, quando a esquadra levantaram ferros e zarpou.
b) Há muito tempo: poderiam fazer uns vinte anos ou mais.
c) Há de existir alguns moços suficientemente corajosos para tal empresa.
d) Há de haver algumas coisas que mereçam ser tratadas lá.
e) Em todas as frases acima há incorreção de concordância.

06. Assinale a frase correta.


a) Já vai fazer cinco anos que me radiquei em Brasília.
b) Falta apenas dois meses para o término do semestre letivo.
c) Se lhe interessarem detalhes, dar-lhe-ei os respectivos nomes.
d) Não faltou repórteres abelhudos que procuravam entrevistar.
e) Não podiam mais haver contemporizações.

07. É romancista________________ obra se ________________ , ainda que com certa


reserva, influências várias.
a} cuja—verifica
b) cuja ~ verificam
c) em cuja - verificam
d) em cuja-verifica
e) de cuja - verifica

MARCELO PORTELLA 123


EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO

NÍVEL AVANÇADO
01. (ESAF) Qual das opções abaixo apresenta erro no que diz respeito à concordância?
a) Cinco quilômetros é suficiente para quem segue caminhando, e é quase nada para
quem viaja de avião.
b) Ainda pode haver sérios problemas para a proposta ser realmente aprovada.
c) "As jogadoras de basquete do Brasil se houveram muito bem no Campeonato
Mundial/'
d) O Miguel Augusto trabalhava com serviços em gerais.
e) Grande número de estudantes desistiu de prestar vestibular.

02. (ESAF) Observando cada opção proposta, assinale aquela que fere a norma culta em
sua concordância.
a) Grande número de anúncios televisivos divulgaram os resultados.
b) A maioria dos professores primários optaram por esse método.
c) Hão de existir instrumentos musicais tão bons quanto esse ou melhores.
d) Conferida a carta de cobrança e o ofício destinado à Petrobrás, a diretora executiva
parou para descansar.
e) Devem fazer dez meses que não produzimos negócios com vendedores de São Paulo.

03. (ESAF) Das frases abaixo, a que contém erro de concordância é:


a) Observando a letra de Gonzaguinha e a carta que ele escreveu sua poeta preferida,
percebe-se uma relação de intertextuaíidade entre ambos;
b) Fato é que sempre hão de existir pessoas problemáticas em famílias razoavelmente
equilibradas.
c) Vai fazer cinco meses que me dedico a esta pesquisa;
d) A maioria dos estudiosos foram favoráveis ao projeto;
e) Os quatro primeiros parágrafos tem como objetivo sensibilizar o estudante para os
perigos da ironia.

04. Do ponto de vista da concordância, a frase correta é:


a} Há de existir muitas chances especiais como aquelas;
b) Não deverão, por qualquer motivo, haver prejuízos importantes na estrutura da
empresa VEIGA & CIA;
c) Nossa empresa negocia com produtos químicos em gerais;
d) Superados a crise conjugal e o problema do inventário, Emanuel pôde dedicar-se
com mais afinco ao projeto;

124 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


e) O trabalho de catequese que tem feito os modestos missionários enviados à nossa
região é um exemplo de humildade e labor a ser seguido por todos nós.

05. (ESAF) Dentre as frases abaixo, colhidas em situação real de comunicação, a que
apresenta erro de concordância é:
a) Devem ter havido outros motivos para a demissão do professor Barbosa Sobrinho;
b) De todas as lutas que houve nesse período, essa é a de que a História dos livros
didáticos menos se lembra;
c) Contornados a situação interna do partido e o impasse criado com a declaração
ambígua do senador, podem os membros da comissão falar novamente em unís­
sono;
d) Existem cerca de 170 mil espécies de dicotiledôneas estudadas até hoje;
e) Uma série de características exclusivas dos vertebrados constituirão o tema do
próximo capítulo.

06. (ESAF) Assinale a opção que admite a variação de concordância feita entre parênteses.
a) Deve haver mais vagas do que candidatos para o concurso de fiscal do INSS (devem).
b) A maior parte funciona bem quando há uma fiscalização mais cuidadosa (fun­
cionam).
c) A população corria desesperadamente em busca de qualquer trocado que trouxesse
um equilíbrio financeiro (corriam).
d) A maioria dos candidatos aprovou a ideia de trabalhar por uma causa social maior
(aprovaram).
e) Há de haver outras posições mais lógicas a respeito destes assuntos tão sérios, (hão).

07. (NCE) "Há poucos mas bons antecedentes no Brasil."


Neste caso, o verbo haver não recebe flexões e, por isso mesmo, é denominado
impessoal. O item a seguir em que a forma deste verbo está correta é:
a) Não se houve bem na eleição os candidatos da direita;
b) Hão de haver políticos que não gastem tanto;
c) Houveram muitas festas na inauguração do viaduto;
d) Hão de existir alguns amigos no novo bairro;
e) Haviam trinta carros na garagem.

08. (ESAF) O caso a seguir em que a concordância do vocábulo "possível" é equivocada,


segundo a norma culta da Língua Portuguesa, é:
a) Dentro do possível, observaram-se duas tendências na reação ao grupo estranho.
b) As observações do autor do texto foram a mais pertinentes possíveis.
c) Ê possível que duas tendências existam.
d) Os estrangeiros tornaram possível a admiração por suas obras.
e) Foi possível observar os fatos descritos.

MARCELO PORXBtLA 125


09. (NCE) "Já aprovado pela Comissão Especial da Câmara, o novo Código de Trânsito
determina que a educação para o trânsito seja promovida pelas escoias de Primeiro. Se­
gundo e Terceiro Grau."
O item a seguir em que ocorre um caso de concordância nominai idêntico ao que
está destacado nessa frase do texto é:
a) Procedimento, trabalho e amor cristão.
b) A lei mostrava um novo objetivo e tática.
c) O governo merece eterno agradecimento e elogio.
d) O ministro mostrou bela cultura e talento.
e) Esta e aquela motivação da lei são justas.

10. "Ainda é tempo de restaurar e melhorar as instituições e seus serviços em defesa


da própria sociedade."
O item em que a concordância do termo destacado está correta é:
a) Eles próprio fizeram o plano.
b) As própria funcionárias desmentiram o Ministro.
c) Ela dizia para si própria que não agira bem.
d) Nós próprias fizemos a carta, diziam os funcionários.
e) Elas própria redigiram o documento.

11. "O Governo de nosso estado combate e denuncia todas as formas de violência."
Qual seria a forma adequada dessa mesma frase se a começássemos de outra forma:
"O Governo de nosso Estado pretende..." e se o restante do período fosse colocado na
voz passiva pronominal?
a) Que se combata e se denuncie todas as formas de violência.
b) Que todas as formas de violência sejam denunciadas e combatidas.
c) Que todas as formas de violência se combatam e se denuncie.
d) Que se combatam e se denunciem todas as formas de violência.
e) Que se combate e se denuncia todas as formas de violência.

12. (CESGRANRIO) "Aqui, as liberdades civis, ou seja, as liberdades políticas básicas, têm
clara vigência;..."
A forma têm está no plural porque deve concordar com o seu sujeito, também no
plural. A frase em que há um erro de concordância verbal exatamente por não respeitar-
se essa relação sujeito-verbo é:
a) Na juventude tudo são alegrias.
b) Os Estados Unidos são um país populoso.
c) Convêm descobrir as fórmulas secretas,
d) Os Lusíadas são o grande poema épico de Portugal.
e) Oitenta por cento dos alunos estão bem preparados.

126 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


13. (NCE) A concordância nominal das duas frases está CORRETA em:
a) Devemos analisar os defeitos e as virtudes límpidas.
Devemos analisar os defeitos verdadeiros e as virtudes límpídas.
b) O criminoso não tem ação e julgamento orientados.
O criminoso não tem julgamento e ação orientadas.
c) Eram doentias o crime e a brutalidade.
O crime e a brutalidade eram doentios.
d} A senhora e o adolescente eram violentos.
A senhora e a adolescente eram violentos,
e) Ele pesquisa o comércio e as finanças brasileiros.
Ele pesquisa as finanças e o comércio brasileiras.

14. A concordância do verbo subiinhado está INCORRETA na seguinte alternativa:


a) Ele era um dos pivetes que escaparam da chacina.
b) Se V. Ex5 vier, a violência será combatida.
c) Os Estados Unidos, se o Brasil.permitir, aiudarão no combate ao narcotráfico.
d) Muitos de nós andamos por aí, sem destino.
e) Não importa ao justo as calúnias.

15. (ACCESS - TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO - AGENTE ADMINISTRATIVO) Nas


alternativas abaixo, a que contém ERRO no emprego do plural é:
a) 0 governo está estudando novas medidas econômico-financeiras.
b) Ao dar prioridade à educação, teremos cidadãos mais conscientes.
c) Havia provas bastantes do crime.
d) üuaisquer soluções seriam bem recebidas.
e) A reunião iria examinar os pró e os contra da questão.

16. Há erro de concordância verbal em:


a) Pouco me importam a paz e a guerra.
b) Estarão presentes o diretor, o professor e eu.
c) Perto de cem alunos saíram.
d) Ele era um dos que ficaram.
e) V. Ex9 e seus amigos foram convidados.

17. A alternativa em que a iacuna pode ser preenchida por qualquer uma das duas formas
verbais Indicadas entre parênteses é:
a) Um dos meus desejos_____ viver em Paris, (era, eram)
b) Por sorte,_____ haver muitas desistências, (vai, vão)
c) O relógio da estação_____ três horas, (deu, deram)

MARQÊIO POKTEUA 127


d) A maioria dos jogadores _____ depois da vitória final, {retornou, retornaram)
e) Os castiçais, a prataria e os cristais, tudo_____ penhorado. (estava, estavam)

18. A alternativa em que a lacuna pode ser preenchida, de acordo com a norma culta,
por qualquer uma das duas formas nominais indicadas entre parênteses é:
a) Encontrei_____ as portas e o portão, (abertos, abertas)
b) Julguei-as__ _ alunas, (melhor, melhores)
c) As cartas e os telegramas seguem_____ . (anexos, anexas)
d) Ganhei_____ livros, (bastante, bastantes)
e) Ficarão_____ a tua face e os teus lábios, (rubra, rubros)

19. Está INCORRETA a expressão sublinhada em:


a) Amanhã vão fazer cinco meses que não nos vemos.
b) Naquele manual deve haver respostas coerentes.
c) Sobre eles vão chover balas de todos os lados.
d) Não chegou a nevar no Sui.
e) Depois de começado o campeonato, não pode haver novas convocações.

20. Só está CORRETA, quanto à concordância, a expressão da alternativa:


a) sentimentos anglos-saxões;
b) conferências latino-americana;
c) sentimentos anglos-saxao;
d) civilizações greco-latina;
e) conferências latino-americanas.

21. A concordância do verbo sublinhado está INCORRETA na seguinte alternativa:


a) A maioria dos funcionários já se aposentaram.
b) Um dos deputados que foram interrogados fugiu do país.
c) Não o vejo faz muitos meses.
d) Houveram muitas injustiças naquele processo.
e) Quem são aqueles artistas?

22. (NCE) De acordo com a norma culta, há ERRO de concordância verbal em:
a) Fomos nós que saímos.
b) Chegaram o dentista e os outros trabalhadores.
c) Os Estados Unidos, por sua vez, tenta uma nova política econômica.
d) A maior parte dos paulistas vivem de renda.
e) Muitos de nós andam procurando uma saída.

po rtug uês para c o n c u r so s


23. (MCE) Há ERRO de concordância nominal, segundo a norma culta, em:
a) Ele pulou longos capítulos e páginas.
b) Considerou perigosos o argumento e a decisão.
c) Remeto-lhe anexo as duplicatas.
d) Bastantes alunos foram aprovados.
e) Pedro e Teresa partiram sós.

24. (FGV) "lnjeta~se, na miséria da favela, o bacilo de uma delinqüência consentida."


Entre as modificações efetuadas na passagem acima, a que apresenta erro de con­
cordância nominal é:
a) Injetam-se a olhos vistos os bacilos de...
b) Injeta-se a olhos vistos o bacilo de...
c) Injeta-se a olhos visto o bacilo de...
d) Injetam-se um e outro bacilos de...
e) Injeta-se mais de um bacilo de...

25. (FUNRIO) "Essas coisas, elementares para quem vive drama judicial, escapam..."
Das alterações processadas na passagem acima, a que apresenta erro de concordância
nominal é:
a) Essas coisas o mais elementares possível escapam.
b) Essas coisas as mais possível elementares escapam,
c} Essas coisas o quanto possível elementares escapam.
d) Essas coisas o quanto elementares possível escapam.
e) Essas coisas as mais elementares possíveis escapam.

26. (FGV)"... somos todos vítimas da desinformação, porque precário o processo edu­
cacional global"
A reescrita da passagem acima que se apresenta gramaticalmente correta é:
a) Somos vítimas, haja vista dos processos educacionais.
b) Somos vítimas, haja vistas os processos educacionais.
c) Somos vítimas, hajam vista aos processos educacionais,
d} Somos vítimas, hajam vistas os processos educacionais,
e) Somos vítimas, hajam vista dos processos educacionais.

27. "O comum das pessoas não distingue,..."


A modificação abaixo, aplicada a esta passagem do texto, que apresenta erro de
concordância verbal é:
a} Uma pessoa não distinguem...
b) Uma e outra pessoa não distinguem...
c) Nem uma nem outra pessoa distingue...

MÀSCELO POSTEliA 129


d) A totalidade das pessoas não distingue...
e) Grande parte das pessoas não distinguem...

28. (ESAF) Das passagens abaixo transcritas, aquela cujo verbo sublinhado não pode ter
a variante de concordância posta ao lado é:
a) "Tantos e tão graves atentados se têm cometido contra as crianças e adolescentes
no país, mesmo por seus 'defensores', que nada mais lhes resta senão rezar." /
rezarem
b) "Ressalvadas as virtudes dessa lei e a boa intenção de alguns de seus idealizadores,
temo que ela possa servir mais como bandeira política, que ajudará novos 'defen­
sores' de crianças a galgar cargos e l e t i v o s , / galgarem
c) "Essa lei, divorciada da realidade brasileira, cria muitas ilusões, sem levar em conta
as situações concretas." / levarem
d) "Por que tratar assim bebês como objetos, quando o mesmo resultado, com van­
tagens, pode ser conseguido com adoções regu lares?" / tratarem
e) "Todo menor tem direito de transitar por nossas vias, independentemente de
suas condições pessoais. Temos, porém, o dever de tirar das ruas aqueles que ali
permanecem por falta de outro espaço adequado para morar..." / morarem

29. A concordância nominal está INCORRETA no exemplo da seguinte alternativa:


a) Os acordos lusos-brasileiros ficaram prejudicados depois dos últimos acontecimen­
tos.
b) Os governos brasileiro e espanhol concluíram um acordo comercial.
c) Tínhamos por ele elevada estima e respeito.
d) Envio anexas à carta as declarações de renda.
e) Cerveja é bom.

30. (FGV) A única frase em que há erro de concordância nominal na palavra grifada é:
a) Essas consultas não ficam baratas.
b) As crianças não devem ficar descalças.
c) Anexas seguem as informações solicitadas.
d) Ficaram decepcionados a juíza, o padre e o réu.
e) A discórdia, por qualquer motivos, é sempre um mal.

31. (NCE) A alternativa que apresenta erro quanto à concordância verbal é:


a) Eram dois irmãos bem parecidos.
b) Só eles podem fazer tais exceções.
c) São dificuldades a serem vencidas.
d) Deram quatro horas no relógio da Central.
e) Tudo estava bem, como se não houvessem ameaças.

PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


32. "Criou-se entre nós a ideia equivocada de que um homem só está bem vestido quando
abafa o corpo com um paletó e aprisiona a garganta com uma gravata, esse indefectível
adereço de cores, tamanhos e estampas variados."
Dentre as alterações processadas na passagem acima, a que não se acha correta é:
a) ... cores, tamanhos e estampas variadas
b) ... tamanhos, estampas e cores variados
c) ... variadas cores, tamanhos e estampas
d) ... variadas tamanhos, cores e estampas
e) ... variados cores, tamanhos e estampas

33. {FCC) "João Brandão aquiesceu, porque o outro, pelo tom de voz, parecia disposto
a tudo, inclusive a trabalhar de braço, a fim de impedir que ele trabalhasse de pena."
Das reescritas abaixo, aquela que apresenta concordância verbal inaceitável é:
a) ... os outros, pelo tom de voz, pareciam dispondo-se a tudo
b) ... os outros, pelo tom de voz, pareciam estar dispostos a tudo
c) ... os outros, pelo tom de voz, parecia estarem dispostos a tudo
d) ... os outros, pelo tom de voz, parecia que estavam dispostos a tudo
e) ... os outros, pelo tom de voz, pareciam que estavam dispostos a tudo

34. {CESPE - Adaptada) "Hoje deve haver menos gente por lá ,..."
Das reescritas abaixo, a que não se ajusta às normas de concordância verbal é:
a) Hoje parece chegarem menos pessoas...
b) Hoje deve aparecerem menos pessoas...
c) Hoje hão de existir menos pessoas...
d) Hoje têm de surgir menos pessoas...
e) Hoje podem afluir menos pessoas...

35. "João Brandão, o de aima virginal, não entendia assim, e lá um dia em que o Depar­
tamento Meteorológico anunciava: céu azul, praia, ponto facultativo", não lhe apetecendo
a casa nem as atividades lúdicas,..."
Existe erro de concordância verbal na seguinte modificação efetuada na passagem
do texto:
a) As atividades lúdicas nem a casa lhe apetecia.
b) A casa nem as atividades lúdicas lhe apeteciam.
c) Não lhe apetecia a casa nem as atividades lúdicas
d) Não lhe apeteciam a casa nem as atividades lúdicas
e) Não lhe apeteciam as atividades lúdicas ném a casa

MABCEtO POKTELLA
36. "Hoje deve haver menos gente por lá ,..."
Dentre as modificações abaixo, aplicadas à passagem acima, a que se acha correta
quanto à concordância nominal é:
a) Hoje só deve haver pessoas à-toas por iá.
b) Hoje deve haver bastantes pessoas por lá.
c) Hoje só deve haver pessoas fantasmas por lá.
d) Hoje só deve haver uma e outra pessoas por !á.
e) Hoje deve haver tantas pessoas por lá quanto havia ontem.

37. (CESPE - Adaptada) "Meu amigo tem esterco de vaca, de galinha, até de passarinho,
o senhor pode não acreditar, mas tem."
Entre as modificações aplicadas à passagem acima, a que tem erro de concordância
verbal é:
a) ... haviam estercos diversos;
b) ... viam-se estercos diversos;
c) ... surgiam estercos diversos;
d) ... existiam estercos diversos;
e) ... apareciam estercos diversos.

38. A frase em que a concordância nominal está incorreta é:


a) Sempre digo que nós não estamos só.
b) É meio-dia e meia, disse o professor.
c) A menina estava com sapatos e bolsa escuros.
d) Choveu no quarto embora a janela estivesse meio aberta.
e) Durante meu curso de Direito, pude adquirir bastantes conhecimentos.

39. (ESAF) A alternativa em que a concordância do verbo sublinhado está incorreta é.


a) Nem um nem outro fiscal corrupto merece crédito.
b) Deveria haver muitas dúvidas em relação àquela pergunta.
c) Mulheres, crianças, soldados, ninguém escapou com vida.
d) Os Estados Unidos são uni país bastante frio.
e) Fazem três dias que aquele corretor faleceu.

40. (NCE) Assinale a frase em que a concordância nominal está incorreta:


a) Ela mesmo, meia desconfiada, agradeceu o prêmio.
b) É necessário prudência quando conduzimos veículos
c) Descobertas médíco-científicas contribuem para o bem da humanidade.
d) Compreendidos os problemas mais difíceis, a prova tornou-se fácil.
e) Anexo à fotografia estava o bilhete que ela me deixou.

132
41. Assinale a alternativa em cuja frase a concordância verbal está incorreta.
a) O pessoal, ansioso por melhoria, comemorou as promoções.
b) Após o desempate, Antônio ou João conseguirão o primeiro lugar.
c) Do centro da cidade até minha casa são seis quilômetros.
d) Reaiizam-se no mesmo dia todas as provas escritas.
e) Dois meses foi muito tempo de espera e de estudo.

42. (NCE) Quanto à concordância nominal, a única frase certa é:


a) Eles mesmó preencherão a declaração de bagagem.
b) Seguem anexo as provas do processo.
c) Estamos quite com o fisco.
d} A mercadoria estava meio escondida.
e} É proibido a entrada de frutas cítricas no país.

43. (CESGRANRiO) A frase onde há erro de concordância verbai é:


a} Houveram muitos pedestres atravessando a ponte.
b) Faz vinte minutos que esse avião espera para ser liberado.
c) Deve haver poucas procurações para serem examinadas.
d) São oito horas de dedicação integrai.
e) Existem pessoas tentando manipular os resultados.

44. Assinale o texto transcrito com erro de concordância verbal.


a) As profundas modificações do sistema produtivo e a globalização econômica "inter­
nacionalizaram" radicalmente as próprias demandas do campo, ligando a agricultura
ao mercado mundial e integrando cada produtor rural ao sistema internacional de
preços.
b) Tal fato também "desnacionaliza" a questão agrária e exige maior precisão a respeito
da natureza da reforma agrária que queremos, destruindo a ilusão romântica de
uma agricultura de subsistência ou dedicada exclusivamente ao abastecimento do
mercado interno.
c) O operariado das fábricas da segunda revolução industrial continuarão com um
peso social considerável por muito tempo, mas sua tendência é esgotarem-se
como força política renovadora e como elemento central do processo produtivo
com peso estratégico num futuro próximo.
d) A situação do desenvolvimento capitalista atual - gerando uma nova classe traba­
lhadora "da sociedade do conhecimento" (estranha à cultura proletária tradicional)
-produziu uma exclusão social de proporções gigantescas.
e) As velhas alianças, nessa nova etapa histórica que elimina a possibilidade de
políticas paroquiais, não têm mais que um nobre significado moral, pois há uma
fragmentação política e objetiva do mundo de trabalho.
Tasso Genro

MÀRCfilO PORTELLA 133


45. (FGV) Assinale o trecho que foi transcrito com erro de concordância.
a) No combate à fome há o germe da mudança do País. Começa por rejeitar o que
era tido como inevitável.
b) Todos podem e todos devem comer, trabalhar e obter uma renda digna, ter escola,
saúde, saneamento básico, educação, acesso à cultura.
c) Ninguém deve viver na miséria. Todos têm direito à vida digna, à cidadania.
d) Fora disso, só existem a presença do passado no presente, projetando no futuro o
fracasso de mais uma geração.
e) A sociedade existe para isso e o Estado, a política, os partidos, as instituições, as
leis só têm sentido como instrumentos dessas garantias.
Herbert de Souza

46. Indique o trecho em que ocorre erro de concordância verbal, segundo o padrão cuito
da Língua Portuguesa.
a) O momento é grave. Cabe aos políticos a obrigação de manter a serenidade e o
equilíbrio nos debates, que certamente passarão para o plenário da Câmara e do
Senado. {JornaI de Brasília, 27-08-1994)
b) A outra das terras por eles exploradas, pela mesma época, os portugueses deram o
nome de Brasil, porque havia ali muito do pau conhecido por esse nome. Foi sorte.
Havia também muitos macacos, nessa mesma terra, e muitos papagaios.(Veja, n®
134.06-07-1994)
c) Os cheques pré-datados, que permite aos lojistas financiar seus clientes nas compras
a prazo, em alguns casos representam até a metade dos cheques recebidos pelo
comércio.(0 Globo, 15-01-1994)
d) Os desarranjos da economia se expressam na ordem social por desequilíbrios ca­
lamitosos. São o desemprego generalizado, as pressões inflacionárias, a queda do
produto, a depressão das massas e, síntese dialética, a violência. (Correio Brasiliense,
08-07-1994)
e) Mas, se, para além das palavras, se considerarem os atos do Executivo e as atuais
negociações, parece que as pressões já começam a ter efeito. Há dez dias o país foi
surpreendido com a nova versão do Orçamento que prevê uma elevação de mais
de U$ 10 bilhões nos gastos do governo e igual aumento na estimativa de receitas.
(Folha deSõo Paulo, 13-03-1994)

47. {CESPE - Adaptada) Assinale a opção em que a conjugação do verbo HAVER desres­
peita a norma culta.
a) Mesmo assim, os adultos houveram por bem recomendar cautela a todos.
b) Dessa maneira, não haveria arrependimentos nem lamentos.
c) Naquela situação de tensão, os garotos se houveram com muita discrição e elegân­
cia.
d) Todos eles já haviam vivido situações de tensão anteriormente.
e) Eles sabiam que deviam haver punições para os que violassem as regras.

PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


48. {CESPE - Adaptada) Assinale o item em que há erro de concordância verbal, segundo
a norma culta.
a) Diríamos que há importantes distinções a fazer entre discurso e história.
b) Haveremos de refletir sobre o lugar particular do índio na cultura.
c) Os missionários já haviam amansado o índio e o tornado submisso.
d) Há vários séculos as línguas indígenas têm tradição apenas oral.
e) Devem haver vantagens para o índio no contato com o civilizado.

49. (CESPE - Adaptada) Assinale a opção em que um dos pares fere as regras de concor­
dância da norma culta.
a) N. Elias é um dos autores que opõe o conceito de civilização ao de cultura para
definir o que é nação ocidental.
N. Elias é um dos autores que opõem o conceito de civilização ao de cultura para
definir o que é nação ocidental.
b) A catequese, a pacificação torna o índio assimilável e oportunízam o avanço do
branco.
A catequese, a pacificação tornam o índio assimilável e oportunizam o avanço do
branco.
c) Na literatura missionária, mais de um relato faz distinção entre índio "civilizado" e
índio "selvagem".
Na literatura missionária, mais de um relato fazem distinção entre índio "civilizado"
e índio "selvagem"
d) Nem o mulato nem o caboclo perde sua identidade frente ao branco, como acontece
com o indígena.
Nem o mulato nem o caboclo perdem sua identidade frente ao branco, como
acontece com o indígena.
e) Muitos de nós brasileiros reconhecem que a concepção de nossa identidade vem
do branco europeu.
Muitos de nós brasileiros reconhecemos que a concepção de nossa identidade vem
do branco europeu.

50. Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal:


a) Soava seis horas no relógio da matriz quando eles chegaram.
b) Apesar da greve, diretores, professores, funcionários, ninguém foram demitidos.
c) José chegou ileso a seu destino, embora houvessem muitas ciladas em seu cami­
nho.
d) O impetrante referiu-se aos artigos 37 e 38 que ampara sua petição.
e) Fomos nós quem resolvemos aquela questão.

MASCEIO PORTELLA 135


51. (NCE) A concordância verbal está correta na opção:
a) Quando os telefonemas cessaram, era quase duas horas da manhã.
b) Não falta motivos para anúncios exóticos.
c) Está sendo esperado, nesta semana, o instrutor e o coordenador do curso.
d) Fazem três semanas que compraste o carro e já queres vendê-io.
e) Aparelhos de tevê, gravadores, máquina, tudo estavam à venda.

52. (CESPE-Adaptada) Anúncios de animais e carteira________________________ são______


qüentes, porém é _____________a oferta de gratificação para que os donos não tenham
prejuízo.
Assinale o conjunto que completa, corretamente, a frase acima.
a) desaparecida, bastantes, necessário.
b) desaparecidos, bastante, necessário.
c) desaparecidos, bastantes, necessária.
d) desaparecida, bastante, necessário.
e) desaparecidos, bastante, necessária.

53. As formas verbais sublinhadas em "gente que conhecia havia milhares de anos o pe­
daço" e "Naquele momento, havia dois modos de olhar as coisas" podem ser substituídas,
respectivamente, por:
a) faziam e existiam; d) fazia e existiam;
b) fazia e existia; e) haviam e existiam.
c) haviam e existia;

54. (NCE) Pela grafia e flexão do verbo pode-se afirmar que houve erro de concor­
dância em:
a) Nossas várzeas têm mais flores.
b) Nossos bosques têm mais vida.
c) Uma série de fatores tem contribuído para dificultar a conclusão da obra.
d) Os analistas de sistema têm emprego garantido nesse mercado*
e) O aluno desta universidade não têm motivos para temer o desemprego.

55. As normas de concordância e de flexão verbal deixaram de ser observadas na frase:


a) Eles mantêm sempre o mesmo ponto de vista.
b) Essas substâncias intervém nocivamente no sistema circulatório.
c) A maioria vêm aos domingos,
d) Tais doutrinas não convêm aos poderosos.
e) Ele detém muito poder nas mãos.

136 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


56. (NCE) Nas frases " Já _______________ duas semanas que não íamos à praia”,
"Não _ _______ existir muitos prêmios" e "Ainda___________ haver vagas" as lacunas
se preenchem, respectivamente, com:
a) faziam, podem, devem;
b) faziam, podem, deve;
c} fazia, pode, deve;
d) fazia, podem, deve;
e) faziam, pode, deve.

57. A opção em que há erro de concordância verbal, segundo as normas da língua culta, é:
a) Descobriram-se muitos inventos novos na última década.
b) É preciso que se realizem esforços para se atingir um plano de desenvolvimento
integrado.
c) Foi necessário que estendesse as providências até alcançar os menos favoreci­
dos.
d} Nada se poderia realizar sem que se tomassem novas medidas,
e) Desenvoiveu-se o novo projeto de que todos estavam necessitados.

58. A opção em que apenas uma das formas verbais entre parênteses pode ser empre­
gada, segundo as normas cultas de concordância verbal é:

.
a} Uma lista extensa de manifestações e produtos (gravita/gravitam) em torno de
68
b) Talvez não (haja/hajam) muitas diferenças entre a atual pasteurização do país e a
dos anos 60.
c) Não há terremoto na Ásia, rodada de demissões ou pacotaço capazes de (remover/
removerem) tamanho otimismo.
d} Carta Perez, com outras celebridades da TV, (divide/dividem) hoje com astros do
Cinema Novo a "Ilha de Caras",
e} (Persiste/Persistem) atualmente apenas a axé music, o neo-sertanejo e o pago­
de.

59. "... uma pequeníssima minoria de homens que se preocupassem...".


Assinale a alternativa em que a concordância verbal se realiza do mesmo modo que
na frase acima.
a) Grande número de operários trabalha de olho no relógio.
b) Muitos operários das fábricas trabalham mais de oito horas por dia.
c) Um bando de pássaros voaram peio céu.
d) Consertou certa quantidade de relógios que falharam.
e) O homem de tribos nômades não possuía relógio.

MARCELO PORTELLA 137


>MiPv

60. Há reuniões da comissão que trata do assunto.


De acordo com a norma culta, pode-se substituir a forma verbal grifada por:
a) vai acontecer;
b) têm havido;
c) pode ocorrer;
d) devem existir;
e) há de surgir.

138 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


CAPÍTULO

REGÊNCIA

MARCELO POSTBLLA 139


CAPÍTULO 4

REGÊNCIA
Regência, como regra geral, é a análise da preposição reivindicada ou
não por um verbo {regência verbal), ou ainda por um substantivo, adjetivo;ou
advérbio (regência nominal). De forma mais abrangente, representa a relação
entre termos subordinados e termos subordinantes.
Ao analisarmos textos comuns percebemos que verbos e nomes uti­
lizam determinadas preposições para se relacionarem com os seus comple­
mentos.
Observe abaixo a música de Tom Jobim (Garota de Ipanema):
Olha que coisa mais linda
Mais cheia de graça (adjetivo cheia regendo "de"}
É ela menina
Que vem e que passa
Num doce balanço
A caminho do mar (substantivo abstrato regendo "de")
U
Ah, se ela soubesse
Que quando ela passa
O mundo inteirinho se enche de graça (verbo regendo a prepo­
sição "de")
E fica mais lindo
Por causa do amor
Assim, fique a tento em frases como "e a suave intenção de me fàzer
feliz", pois quem tem a intenção tem a intenção (substantivo abstrato) DE
ALGO (regência nominal da preposição "de").
Exemplo:
Em: O garoto que jogava pedra nos carros obedeceu ao meu pai e foi
para casa.
O verbo obedecer rege a preposição a para chegar indiretamente ao
seu complemento (termo subordinado) "o meu pai" (objeto indireto).

140 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


DICA DE PROVA

Também é noção regencial a escolha do termo que comandará o


verbo.

[1] Chegou a hora dele falar para todos os presentes.

Nesse caso, há uma inadequação regencial. Isso se dá porque o


verbo "falar" tem como sujeito o pronome "ele". Sujeito é um
termo regente, a preposição introduz termo complementar ou
regido. Assim temos um termo preposicionado desempenhando
equivocadamente a função de sujeito. Para efeito de linguagem
oral, essa forma é comum e até natural. Mas caso você esteja
fazendo uma prova de concurso público e éssa estrutura forma
apareça, considere como adequada ao padrão culto a reescritura
"Chegou a hora de ele falar para todos os presentes. Nesse caso,
temos duas orações: A primeira "chegou a hora" é ligada à segunda
"ele falar para todos os presentes" através da preposição de. Com
essa formação não há nenhum problema quanto à regência. Outras
frases similares são:

[2] Chegou a hora da onça beber água. (Inadequada à avaliação


normativa.)

[3] Chegou a hora de a onça beber água. (Adequada à avaliação


normativa.)

LISTA COM ALGUMAS REGÊNCIAS NOMINAIS


Observe a utilização do adjetivo "acessível". Esse pode reger tanto a
preposição "a" quanto a preposição "em".
Exemplos:
Ele era acessível a todos.
Ele era acessível em todos os assuntos.
Vamos analisar outro caso a regência nominal do substantivo abstrato
"acesso". Quem tem acesso tem acesso a, para, por.

MARCELO PORTEilA. 141


Exemplos:
Tiveram acesso ao palco.
O acesso para a sala de festa era bom.
O acesso por barco é o único possível.
DICA DE PROVA

Pare efeito de prova, é importante diferenciar as formas nominais


que regem preposição:

[1] Todos temos necessidade de trabalhar. (Substantivo abstrato


regendo "de")

[2] Aquele equipamento era útil ao pesquisador. (Adjetivo regendo


"a")

[3] Agimos favoravelmente a ti. (Advérbio derivado de adjetivo


regendo "a".)

ANTEPOSIÇÃO E POSPOSIÇÃO DA REGÊNCIA


- Regência anteposta à preposição.
Eu tenho necessidade de trabalhar para viver.
- Regência nominal posposta à preposição.
Esta é verba áê que tenho real necessidade.
Abaixo apresentaremos as regências nominais mais comuns em provas
de concursos e vestibulares.
Acessível: a, em
Acesso: a, para, por
Acusado: de, de (...) A
Admiração: a, de, por, para com, perante
Alerta: a (...) Contra, para, sobre
Alusão: a, sobre
Alusivo: a
Anistia: de, de (...) A, para, a
Apoio: de, a
Ávido: de, por

142 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


Afável: com, para com
Amoroso: com, para com
Ansioso: de, por
Apto: a, para
Avesso: a, de, em
Benéfico: a, para
Certeza: de, sobre
Certo: de
Comum: a, de
Contente: com, de, em, por
Contrário: a
Constante:
Depoimento: a, perante, contra, a favor de, contra, sobre
Desejoso: de
Desfavorável: a
Devoto: de, a
Devotado: a
Devoção: a, para com, por
Diferente: de
Digno: de
Disposição: a, para, de
Diverso: de
Dócii: a
Doutor: em
Dúvida: aCerca de, em, sobre
Empenho: de
Erudito: em
Escasso, escassez: de, em
Essencial: para
Extinção: de
Favorável a
Fácil: a, de, para
Falho: em, de
Formado: com, de, por
Hábil: em, para
Habituado: a, com
Horror: a
Hostil: a, para com

MARCELO POKTEL1A 143


Ida: a
Imediato: a
Incompatível: com
Indenização: a, de (...) A, de (...) Por
Inédito: a
Inepto: para
Indeciso: de
Interesse: de, em, para, por
Lento: em
Liberal: com, em
Menor: de
Natural: de
Nocivo: a
Orgulhoso: com, para com
Prestes: a, para
Propenso: a, para
Punição: a, contra, de, para
Querido: de, por
Sito: em
Suborno: de
Último: em, de, a
Único: em, a, entre
Útil: a, para
Vazio: de
Visível: a

LISTA COM ALGUMAS REGÊNCIAS VERBAIS


Abdicar
O verbo abdicar adquire contornos sintáticos diferenciados sem perder
a função semântica de indicar afastamento. Pode ser:
- verbo intransitivo:
"D. Pedro I, O Imperador da Independência, abdicou em 1831 em be­
nefício de D. Pedro II."
- verbo transitivo direto:
"Os líderes abdicaram o cargo em face do escândalo dos dólares. (O
Marco - Jean Dollet)

144 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


-verbo transitivo indireto:
"Não abdicarei de meus direitos."
Caso especial: Rejeitar algo em favor de alguém - transitivo direto e
indireto.
"Carlos V abdicou em seu filho a coroa de Espanha"

Abraçar
As diferentes formas sintáticas do verbo abdicar estão relacionadas
aos diferentes aspectos semânticos que ele produz.
- No sentido de cingir com os braços, é transitivo direto.
"A mãe abraçou-a com ternura."
- No mesmo sentido, se pronominal, é transitivo indireto.
"A filha abraçou-se à mãe "
- No sentido de seguir, adotar, é transitivo direto.
"Os povos bárbaros abraçaram o cristianismo."
Aconselhar
Pede objeto direto e indireto no sentido de "dar e tomar conselhos,
entrar em acordo".
Exemplos:
Aconselho você a não brigar hoje por causa da polícia.
Aconselhei à minha vizinha morena um bom caminho para ir à Barra.
Aconselhamos João sobre os malefícios do fumo.
Aconselhei-me com o juiz sobre o meu processo.
Depois nos aconselharemos no que mais nos convier.
Aconselharam-se para decidirem sobre a minha saída.
Acreditar
Pode-se acreditar algo ou EM algo.
Esse povo acredita Deus (ou EM Deus).
Acreditamos EM que ele tenha melhorado (ou que ele tenha melhorado).
Observação: Costuma-se usar a preposição em quando o complemento não
for uma oração (quando não houver verbo).

MARCBLOPOKTELLÀ 145
Exemplo: Acredita-se em Bruxas.
Se o complemento for oracionaf (se possuir verbo), dispensa-se a pre­
posição em, a fim de tornar a construção mais natural:
Acredita-se que existam duendes (e não Acredita-se "em" que existam
Bruxas).

Agradar
- No sentido de satisfazer, contentar, é transitivo indireto.
"Suas palavras agradaram ao público que o ouvia."
- No sentido de acariciar, acarinhar, é transitivo direto.
"Com as mãos calosas, agradava o filho choroso."

Observação: Escritores modernos usam-no também na acepção de ser agra­


dável a, satisfazer, com objeto direto:
"Procura-se agradá-lo de toda forma," (Ciro dos Anjos)
Ajudar
- Seguido de um infinitivo transitivo precedido da preposição a, rege
indiferentemente objeto direto ou indireto.
Ajudou o amigo a fazer os exercícios de álgebra.
Ajudou ao amigo a fazer os exercícios de álgebra.
- Se o infinitivo preposicionado for intransitivo, rege apenas objeto
direto:
Ajudaram o ladrão a fugir.
- Não seguido de infinitivo, geralmente rege objeto direto.
Ajudei-o muito, mas não consegui resolver o seu problema.

Ansiar
- No sentido de causar ânsia, angustiar, é transitivo direto.
"O cansaço ansiava-o."
- No sentido de desejar, almejar, pode ser empregado como verbo
transitivo direto ou indireto regendo a preposição por.
"O seu coração anseia um confidente." (Transitivo direto)

146 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


"Ansiava pelo novo dia que vinha nascendo." (Transitivo indireto)

Observação: O verbo ansiar, quando transitivo indireto, não admite o pronome


átono lhe(s).
Apoíar-se
- Pode reger a, em ou sobre
Para não cair, o atleta apoiou-se ao muro..
A secretária da escola apoia-se à mesa para escrever.
Apoiamo-nos em fatos para provar o que ele negou.
Apoiei-me sobre a mão de Deus para ter forças.

Aspirar
- No sentido de respirar, sorver, é transitivo direto.
"Às mulheres, aspirava o perfume de seus cabelos." (Herculano)
- No sentido de desejar, pretender, é transitivo indireto e rege a pre­
posição a.
"Os jovens aspiram a um futuro com dinheiro e fama "

Obs.: O verbo aspirar, no sentido de desejar, não admite pronome átono


lhe(s).
Assistir
- No sentido de ver, presenciar, é transitivo indireto e rege a preposição a.
Algumas pessoas assistiam ao espetáculo sem se moverem.

Observação: O verbo assistir, nesse sentido, não admite pronome átono lhe(s).
- No sentido de prestar assistência, ajudar é transitivo direto e também
indireto.
O médico assiste os pacientes nas suas convalescências.
O médico assiste aos pacientes nas suas convalescências.
- No sentido de caber, pertencer, é transitivo indireto.
Este assunto não lhe assiste.
-N o sentido de morar, é intransitivo
Assisto em Vila Isabel, terra do meu compositor preferido - Noel Rosa.

MARCELO PORTELLA 147


Atender
No sentido de dar atenção, pode atender algo ou atender A algo; fique
à vontade. Atenda o telefonema ou Ao telefonema.
Se o sentido for o de conceder, deferir, melhor é optar pela preposição a
no complemento do atender: O prefeito atendeu (deferiu) Ao nosso pedido.
Outros verbos admitem mais de uma regência, sem que o sentido, seja
alterado:

Atingir
- Pede objeto direto.
A despesa atingiu 50 reais.
Atualmente a informática atinge um progresso espantoso.
Atirar
- Pede objeto direto quando significa "arremessar, lançar, arrojar".
"Atirou a jarra contra os colegas. Fruto da bebida em grande quantidade!"
A velha da casa ao lado gosta de atirar pedras no telhado do vizinho.
Observação: Não se deve confundir objeto indireto com adjunto adverbial.
Pede objeto indireto no sentido de "disparar arma de fogo".
Aumentar
- Pede objeto indireto com a preposição "em".
Exemplo:
A farsa, após a chegada da polícia, aumentou em tamanho.
Bater
- Pede objeto direto, significando "bater alguma coisa"
Ao sair, O garçom do restaurante da Lapa bateu a porta com violência.
O artista plástico machucou seu dedo, batendo pregos na parede.
O motorista embriagado bateu o carro no poste violentamente.
Pede objeto indireto com o sentido de "bater a, na, pelas portas,
bater em alguém, bater sobre".
Carecer
- Pede objeto indireto.

148 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


Exemplos: (Com o sentido de "precisar, necessitar")
Nós, Cariocas, Carecemos de segurança para vivermos em paz.
Careço das praias de Ipanema e da vista da Lagoa Rodrigo de Freitas.

Carregar
- Pede objeto direto ou indireto.
Exemplos:
João carregou o seu filho no colo o dia todo.
Eu carreguei com o meu filho desse sol escaldante.

Casar
Observam-se duas formas nos grandes autores, que são a matriz do
que é considerado o bom escrever:
Casar-se com alguém ou casar com alguém.
Uma e outra são consideradas corretas.

Certificar
Possui a mesma regência de "avisar".

Chamar
Pode ser:
- Transitivo direto
Os alunos do Curso chamaram o diretor do curso.
-Transitivo indireto
Falaram que a filha chamava pela mãe.
-Transitivo seguido de predicativo do objeto, admitindo quatro cons­
truções:
Chamei-o covarde na hora da confusão.
Chamei-o de covarde na hora da confusão.
Chamei-lhe covarde na hora da confusão.
Chamei-lhe de covarde na hora da confusão.

Chegar, ir, Dirigir-se


São verbos, normalmente, intransitivos regendo a preposição a quando
indicam lugar.

MARCELO PORTELLA
"Cheguei a casa cedo. Pode esperar por mim."
"Dirigi-me ao banco da Cinelândia "
"Fui ao colégio São José em Botafogo."
Comungar
- Pede objeto direto com o sentido de "oferecer comunhão".
A paróquia comungou todas as mulheres presentes.
- Com o significado de "estar de acordo, participar" pode vir com
preposição, como posvérbío.
Os líderes radicais comungavam às (das/nas/com as) mesmas ações.
Machado de Assis escreveu livros para comungar das (com as/nas)
necessidades mais indômitas do homem.
Confraternizar
- Pede objeto indireto.
Exemplo:
As jovens da festa confraternizaram com os meninos após alguns bons
goles de bebida.

Observação: O verbo confraternizar já indica reciprocidade. Portanto, o pro­


nome "se" é perfeitamente dispensável.
Classificar-se
Esse verbo deve vir acompanhado de pronome no sentido de ser
aprovado, classificado.
Kaká Bueno classificou-se na corrida do Rio.
Comunicar
O verbo comunicar pode comportar-se como o verbo entregar:
Comuniquei o acidente A Carlos (ou Comuniquei A Carlos o acidente,
como Entreguei A Carlos o presente).
Pode também carregar a preposição DE:
Comuniquei Carlos DO acidente.
-Têm a mesma regência verbos com sentido semelhante, como avisar,
certificar, noticiar, notificar, alertar etc.

150 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


Exemplos:
Avisei o acidente a Carlos. Avisei Carlos do acidente.
Comuniquei o acidente a Carlos. Comuniquei Carlos do acidente.
Certifiquei o acidente a Carlos. Certifiquei Carlos do acidente.

Consentir
Nesse caso, usa-se ou não a preposição EM.
Os nossos amigos de trabalho não consentiram a traição (ou na traição).

Consta
- É facultativa a utilização da preposição EM ou DE.
Os avisos de segurança constam no documento (ou do documento).

Constituir (-se)
- O verbo constituir é transitivo direto.
Exemplo:
Esses diálogos constituem a alma da peça Os Cafajestes.
- O verbo constituir-se rege a preposição "em":
Esses diálogos constituem-se na alma da peça Os Cafajestes.
Custar
- No sentido de ser custoso, difícil, tem como sujeito o que é difícil, e
como objeto indireto a quem custa. Sendo o sujeito uma oração reduzida de
infinitivo, pode vir com a preposição a.
"Custa-me crer na sua honestidade."
"Custa-me a crer na sua honestidade."

Observação: É errado dar-se a pessoa como sujeito do verbo custar nesse


sentido. Assim:
O rapaz custou a entender a explicação.
"Custou ao rapaz entender a explicação"
- No sentido de acarretar é transitivo direto e indireto.
"A imprudência custou-lhe lágrimas amargas."

MARCELO PORTEUA
Crer
Esse verbo pode utilizar ou não a preposição EM.
Sei que você não crê milagres {ou EM milagres).
Desfrutar, usufruir, compartilhar
A norma culta da Língua Portuguesa prega que o verbo desfrutar não exige
a palavra "de" (preposição) no seu complemento. Dessa maneira, o correto seria
escrever, por exemplo, "Atualmente, ele desfruta os favores do Imperador".
O mesmo acontece com os verbos usufruir e compartilhar:
Nós usufruímos todas as regalias.
Quer compartilhar o tesouro comigo?
Ensinar
- Pode ser verbo transitivo direto ou intransitivo.
O meu pai ensinou-o a falar a verdade.
Ensinei-lhe o que era realmente a vida.
Entreter-se
Seu complemento é regido por preposições a, com, em.
"De noite entretinha-se a ouvir música."
"As crianças entretiveram-se com seus brinquedos "
" Às vezes nos entretínhamos em recordar o passado "
Esquecer
Pode ser:
-transitivo direto;
Eu nunca esqueci o nome daquela mulher.
-transitivo indireto;
Esqueci-me do nome da colega de trabalho.
- transitivo indireto na terceira pessoa, acompanhado de pronome.
Esqueceu-me o nome das pessoas presentes.

152 PORTUGUÊS PARA CONOJRSOS


Observação: O que nas duas primeiras construções é objeto direto ou indireto,
passa a sujeito na terceira:
"O nome dela esqueceu-me", isto é, "apagou-se da memória

Gozar
Gozar pode reger ou não a preposição DE.
Os trabalhadores daquele estabelecimento gozam ótimo estado inte­
lectual (ou DE ótimo estado intelectual).
Lem brar
Segue a mesma regência do verbo esquecer.
Lembrei o nome dela. Lembrei-me do nome dela.
Lembrou-me o nome dela.
- transitivo direto e indireto
Lembrou-lhe que lhe cabia cumprir a promessa.
Informar
Significa avisar, comunicar. É transitivo direto e indireto, admitindo
duas construções:
O referente à pessoa funciona como objeto direto, o referente à coisa
como objeto indireto. (Rege as preposições de, sobre.)
Informaram o aluno da sua aprovação.
O referente à coisa funciona como objeto direto, e o referente à pessoa
funciona como objeto indireto. (Rege a preposição a.)

implicar
- No sentido de acarretar, envolver é transitivo direto.
A resolução do problema implica nova teoria.
- No sentido de ter implicância é transitivo indireto.
Ele implicava com o rapaz.
- No sentido de comprometer-se é transitivo direto e indireto.
Implicou-se com negociações árduas, em empresas difíceis.

MAKCEtO PORTEZXA 153


"Ricardo Mello foi ao Aterro do Flamengo jogar tênis." (Forma adequada.)
"Ricardo Mello foi no Aterro do Flamengo jogar tênis." (Forma inadequada.)
No primeiro caso, tem-se uma construção dentro da norma gramatical
(preposição a); no segundo, marca de coloquialidade.
2
[ ]

Observe agora as frases seguintes:


a) Quando sair do Rio de Janeiro vou a Pernambuco. (Forma adequada.)
b) Quando sair do Rio de Janeiro vou para Pernambuco. (Forma ina­
dequada.)

DICA DE PROVA

A escolha entre a preposição "a" e "para" se dá com base na noção de


permanência. No primeiro caso, a ideia básica é a de passarmos em
Pernambuco, na segunda, há uma leve indicação de permanência.

Essas variações não são defendidas por todos os gramáticos. Mar­


cos Bagno, por exemplo, através de pesquisas lingüísticas, ratifica
a indiferença quanto a esses diferentes aspectos semânticos até
mesmo pelos falantes cultos.

Para efeito de prova, deve-se considerar possível a elaboração de


questões explorando tais aspectos.

Morar, Residir, Situar-se - Intransitivos


Seguidos da preposição EM e não com a preposição A, como muitas
vezes acontece.
Moro em Botafogo / Resido na Avenida Atlântica / Minha casa situa-se
em Jacarepaguá.
Namorar - Verbo transitivo direto
Minha vizinha namorava o dono do restaurante da esquina.
A pobre criança namorava os doces que ainda não podiam ser consu­
midos.

154 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


Obedecer e desobedecer - Verbos transitivos indiretos
Devemos obedecer às normas.
Por que não obedeces aos teus pais?

Observação: Esses verbos representam uma exceção, pois, apesar de transi­


tivos indiretos, permitem a formação da voz passiva.
Pedir, permitir e solicitar
Bastante cuidado com os verbos pedir, permitir e solicitar. Eles seguem
o seguinte modelo: quem pede pede algo A alguém. Portanto:
O entrevistado nos pediu (permitiu, solicitou) que não publicássemos
sua foto. Evite construções como pedir "para"...
Pisar
Há duas possibilidades de regência: pisar algo ou pisar EM algo. Há,
porém, uma pequena diferença de sentido: pisar na grama, por exemplo, é,
geralmente, caminhar sobre ela; pisar a grama é pôr o pé sobre ela.

Querer
- No sentido de querer bem, gostar é transitivo indireto.
Quero aos meus pais.
- No sentido de desejar é transitivo direto.
Sempre quis um bom emprego.
-T e r ou manifestar vontade firme e decidida (intransitivo)
Ele sabe, antes de tudo, querer!
Renunciar
- Pode ser verbo transitivo direto ou transitivo indireto, regendo a
preposição A.
Os diretores das escolas públicas renunciaram o encargo.
Os diretores das escolas públicas renunciaram ao encargo.

Responder
Funciona como transitivo direto com a preposição A, quando possuir
apenas um complemento.

MAKCEtO PO&TEUÁ 155


Nós respondemos ao comando imediatamente
Ele respondeu ao porteiro do prédio com desdém.

Observação: nesse caso, não aceita construção de voz passiva.


- Utilizado também como verbo transitivo direto para expressar a
resposta (respondeu o quê?)
Os alunos apenas responderam as perguntas e partiram.
Revidar
- É normalmente utilizado como verbo transitivo indireto regendo A
Ele revidou ao ataque instintivamente.
Satisfazer
- Pode ser utilizado como transitivo direto ou indireto regendo A:
Esse operário nunca satisfez o chefe (ou ao chefe);
Versar
- Este verbo pode reger ou não a preposição SOBRE:
Estas linhas versam a poética mais alva. (ou SOBRE a poética mais
alva)
Simpatizar
Não é pronominal.
Transitivo indireto e rege com.
Simpatizei com você.

Observação: Analisado como "Experimentar simpatia mútua"


Foi só troca de olhar, e simpatizaram-se.
Sobressair, deparar
Os verbos "sobressair" e "deparar" constituem dois casos comuns do
emprego indevido do pronome átono. E é compreensível o desvio, tendo em
vista que deparar tem praticamente o mesmo sentido que encontrar-SE (que
exige o pronome), e sobressair lembra destacar-SE (que também exige o pro­
nome). Contudo, o verbo deparar não rege o pronome "se"; Quem sobressai
sobressai (e não "se" sobressai).

156 PORTUGUÊS PAStA CONCURSOS


Exemplo:
Alex sobressaiu no jogo e deparou com o técnico. Segundo a norma
culta, tais verbos nunca vêm pronominais.

Torcer
Alguém torce POR alguma coisa. Logo, esse alguém torce PELO (por+ o)
Atlético Mineiro, por exemplo. Se, no entanto, o complemento do verbo torcer
for uma oração (se contiver um verbo), a preposição para estará correta:
Ana Lúcia torce para que o primo tenha mais alegrias (o complemento
do verbo torcer é a oração para que o primo tenha mais alegria; se é oração,
a preposição para está correta).
DICAS DE PROVA

[1] Dos pronomes oblíquos átonos de 3^ pessoa, o pronome LHE


e seu plural, quando desempenha função de objeto, é indireto; ao
contrário, os pronomes O e A e seus plurais, quando objetos, são
diretos. Isso, porém não garante que todo verbo transitivo indireto
faça uso do LHE, por exemplo.

a) Os mais novos devem obedecer aos pais. / Os mais velhos devem


obedecer-lhes.

b) Assistimos ao jogo. / Assistimos a ele. (nesse caso, mesmo o verbo


sendo transitivo indireto, não aceita o pronome LHE. isso ocorre
também com o verbo "Aspirar": "Ao cargo de chefe, aspiro-lhe"
foge ao padrão da norma culta.

[2] Observe também as regências relacionadas aos pronomes re­


lativos:

a. Esta é a pessoa com a qual me relacionei no período de carnaval.


b. Estas é a regra â que todos nós estamos sujeitos.
c. Este é o lugar de que os casais realmente gostam.

MARCBLO PORTELLA 157


ANALISANDO OUTROS CASOS COM PRONOMES OBLÍQUOS
ÁTONOS
DICAS DE PROVA

[Caso 1] O movimento visa encontrar soluções.


[Substituição] O movimento visa encontrar elas.
Nesse caso, o verbo encontrar, é transitivo direto não regendo
preposição. Mas a substituição é inadequada porque 0 pronome
"elas" funciona como complemento, é, portanto, oblíquo tônico e
deve vir preposicionado.
A forma adequada seria "... encontrar a elas."

[Caso 2] A mobilização social apresentou vários desdobramentos.


[Substituição] A mobilização social apresentou-lhes.

Nesse caso, temos um verbo transitivo direto, portanto 0 pronome


de terceira pessoa deveria ser OS e não LHES.

[Caso 3] Esses momentos históricos apresentam indicacões de uma


vida futura melhor.
[Substituição] Esses momentos históricos apresentam-as.
Nesse caso, a escolha do pronome é adequada, mas a ligação en­
tre pronome e verbo se deu de maneira incorreta já que quando
a forma verbal termina em som nasal deve-se utilizar 0 N antes do
AS. A forma adequada seria "...apresentam-nas.

[Caso 4] Todos nós assistimos ao desfile de 7 de setembro.


[Substituição] Todos nós assistimo-io.
Nesse caso, a inadequação se deu porque 0 pronome O está fun­
cionando como objeto indireto.

[Caso 5] A Revolução Russa buscava reverter a deterioração social.


[Substituição] A Revolução Russa buscava revertê-ia.
Temos agora uma forma de substituição adequada. O pronome A
está funcionando como objeto direto.

158 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


PARALELISMOS REGENCIAÍS
Observe a construção "Necessitamos e gostamos de carinho" Observe
que tanto o verbo "necessitar" quanto o "gostar regem um mesmo tipo de pre­
posição. Nesse caso, tenho duas regências paraleias utilizando o mesmo comple­
mento "de carinho". Essa forma é adequada visto que as regências são iguais.
Observe, no entanto, a frase abaixo:
"Assistimos e gostamos de filmes de ação "
Nessa construção, temos o verbo assistir regendo "a" e o verbo gostar
regendo "de". Como as regências são distintas, temos falta de paralelismo sintá­
tico ou paralelismo regencial. O ideal nesse tipo de construção é que cada verbo,
por terem regências distintas, tenham os devidos complementos explícitos.
Exemplo:
Assistimos a filmes de ação e gostamos deles. (Agora cada verbo está
utilizando o seu próprio complemento.)
Ou
Gostamos de filmes de ação e assistimos a eles.
Outras formas corretas são:
Vendo e compro carros. (Dois verbos transitivos diretos com o mesmo
complemento.)
Ninguém resistirá a todo encanto que existe e assiste em Ana Maria,
(nesse caso, perceba que tanto o verbo existir quanto assistir regem a mesma
preposição (em).

OS PRONOMES RETOS E OBLÍQUOS (REGÊNCIA)


Só se usam os pronomes eu e tu quando funcionarem como sujeito de
um verbo (ou em casos especiais, predicativo). Perceba, então, que o segredo é
este: analisar sintaticamente a oração; caso o pronome funcione como sujeito,
use "eu" ou "tu"; senão, use "mim" ou "ti".
Na estrutura sintática os pronomes pessoais retos desempenham
função de sujeito. Caso o pronome esteja funcionando como complemento,
deve ser classificado como oblíquo. Vejamos:
Eu sou aquela nuvem que passa. (Eu = sujeito = reto)
Ele é o avesso do que todos esperavam. (Ele = sujeito = reto)
Os valentes com ele e contra todos. (Ele = complemento = oblíquo)

MAJtCELOPOKCBILA 159
Dos tradicionalmente estudados como pronomes retos, dois só podem
desempenhar função de sujeito, e em casos especiais, predicativo. Sao os
pronomes "eu" e "tu" Não podem, portanto, serem utilizados como comple­
mentos na oração.
Os outros pronomes supostamente retos (ele, nós, vós, eles) ora vão
servir de sujeitos (retos), ora de complementos (oblíquos). Nesse último caso,
os pronomes devem ser chamados de oblíquos tônicos e devem aparecer
sempre preposicionados.
Há poucos casos, mas perigosos, em que o pronome oblíquo desem­
penha função de sujeito da oração. São eles;
Sujeitos de infinitivo (ver verbos causativos e sensitivos)
Exemplos:
Deixei-o falar a verdade. (O pronome "o" funciona como sujeito do verbo
no infinitivo "falar" / "Os policiais deixaram-SE levar pelo dinheiro do roubo")
Por exemplo:
"Era para eu sair mais cedo hoje", pois o sujeito de "sair" é o prono­
me "eu";
"Ela trouxe o livro para mim", pois o pronome não funciona como sujeito.
Agora preste atenção a esta frase:
"Foi difícil para mim conseguir a chance."
Apesar de a frase parecer errada, não há erro, visto que para mim nãofuncio­
na como sujeito do verbo conseguir, mas como complemento do adjetivo difícil.
Na verdade, "conseguir a chance" é uma oração reduzida de infinitivo
que funciona como sujeito do verbo "ser". Observe a inversão:
"Conseguir a chance foi difícil para mim
Colocando na ordem direta você percebeu que o pronome MIM não
serviu como sujeito? Isso ocorre quando surgir "custar, faltar, restar, bastar
ou verbo de ligação com predicativo do sujeito":
"Custou para mim aceitar aquela tão ruim decisão."
"Falta para mim conversar com dois suspeitos do crime."
"Resta para mim explicar desenvolver duas boas justificativas."
"Basta para mim aceitar a realidade imposta."
"É necessário para mim entender a verdade do mundo "

160 PORTÜCUÍS PARA CONCURSOS


EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

REGÊNCIA
01. Assinale a única opção gramaticalmente correta.
a) Os caminhos porque passamos eram sombrios.
b) Assististe ao espetáculo? Assisti-lhe.
c) Volte, que o país lhe está ordenando.
d) Refiro-me à opinião dele e não a deía.
e} Eis os países à que fizemos restrições.

RESOLVENDO A QUESTÃO 1
a. "Passamos" por caminhos {por que - separado). A preposição não pode se juntar
ao pronome relativo, tornando-se, incorretamente, uma conjunção.
b. O verbo assistir, com sentido de ver, não aceita o pronome oblíquo átono "lhe"
como complemento.
c. 0 verbo obedecer é transitivo indireto e aceita o pronome "lhe" como objeto
indireto.
d. Falta a contração de preposição A e pronome demonstrativo A (à). Lembre-se: só
há artigo se houver substantivo explícito.
e. O A que precede o pronome relativo QUE é mera preposição, não permitindo, assim,
a crase.
Resposta: C

02. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas.


I) Informei______ de que as provas seriam em julho.
II) Deixai-me!Já disse nio haver nada entre_________ e ele.
III) Saíram_______ todos, pois a festa já começara.
IV) É difícil, para_________ , agir dessa forma.
V) Preste atenção a tudo___________que já lhe foi comunicado.
a) o-eu-com nós-mim-isso
b) Ihe-mím-conosco-eu-isso
c) lhe-eu-com nós-mim-isto
d) o-mim-com nós-mim-isso
e) o-eu-conosco-eu-isto

MARCELO POBTELLA 161


RESOLVENDO A QUESTÃO 2
I. Nesta primeira construção, o verbo "informar" pede um pronome para desempe­
nhar a função de objeto direto. No caso "o".
II. O pronome ME funciona, na estrutura oracional, como complemento, o pronome
EU, como sujeito. Como a lacuna pede um complemento do termo "nada" o pro­
nome a ser utilizado é "MIM".
III. Não é possível a combinação "conosco todos", junto a todos de aparecer o pronome
nós (nós todos).
IV. Sujeito não se separa do verbo por vírgula. Como existe uma vírgula entre a lacu­
na e o verbo "agir" conclui-se que o pronome a ser utilizado é um complemento,
portanto MIM.
V. A indicação, neste caso, é de um tempo já passado. Não representando máxima
proximidade (presente), utilí2a-se "isso".
Resposta: D

03.
1} Político inescrupuloso, esqueceu________ seus compromissos de campanha.
il) Lembramo-nos sempre_________ seus sábios ensinamentos.
III) Os prisioneiros se esqueceram________ tudo e partiram rumo à esperança.
IV) Ele esqueceu, para evitar sofrimentos,_________tudo o que passara.
De acordo com a regência verbal, a preposição "de" aparece:
a) em todos os períodos;
b) nos períodos II e III;
c) nos períodos III e IV;
d) nos períodos I e IV;
e) apenas no período JV.

RESOLVENDO A QUESTÃO 3
1. "Esquecer" quando não pronominal "esqueceu" é verbo transitivo direto.
2. "Lembrar" quando pronominal "lembramo-nos" é transitivo indireto.
3. Esquecer quando pronominal "se esqueceram" é transitivo indireto.
4. Esquecer, como no primeiro caso, não é pronominal. Transitivo direto, portanto.
Resposta: B >,

04. Assinale a opção que completa correta e respectivamente as lacunas do enunciado


abaixo.
Perdi meu pai e o senhor_____ muito amava. Como______queria bem] Preferia a
sua companhia^__ __de qualquer outra pessoa.
a) a quem/o/que a

162 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


b) quem/lhe/do que a
c) que/o/a
d) a quem/o/do que a
e) a quem/lhe/à

RESOLVENDO A QUESTÃO 4
a) "Amar" é verbo transitivo direto, mas o pronome relativo QUEM vem obrigatoria­
mente preposicionado.
b) "Querer" com sentido de "ser afetuoso" é transitivo indireto utilizando o pronome
"lhe".
c) O verbo "preferir" não admite outro tipo de ligação que não seja o artigo A (objeto
direto), ou a preposição A (objeto indireto), ou a preposição A e o artigo A (à - tam­
bém objeto indireto).
Exemplo:
Prefiro Português a Matemática. (O primeiro A é artigo; o segundo, preposição.)
Prefiro o Português à Matemática. {O primeiro A é artigo; o segundo, preposição
e artigo.)
Atenção! Perceba que, se o primeiro objeto não possui artigo (Português - objeto
direto), o segundo objeto só possui preposição (a matemática - objeto indireto).
Se o primeiro objeto possui artigo (o Português-objeto direto), o segundo, possui
preposição e artigo (à matemática - objeto indireto). Isto se chama paralelismo
regencial.
Resposta: E

M ARCEtO P O R TE tU . 163
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

NÍVEIS FÁCIL E MÉDIO


01. Observe o emprego do verbo assistir quanto a sua regência e assinale a alternativa
que infringe a norma culta da regência dos verbos das orações a seguir:
1} O médico assiste o paciente em sua recuperação.
2) A equipe médica assiste ao paciente em sua convalescência.
3) "Quem há de resistir a todo encanto que existe e assiste em Ana Luísa."
4) Infelizmente, ele nunca assiste este tipo de exposição.
5) Muitíssimos ainda não assistiram a uma assembleia geral de condôminos.

02. Não há erro de regência em:


a) Embora você prefira esta obra literária àquela, eu lhe obedecerei.
b) Quando chegamos em casa, assistimos um bom filme.
c) A democracia que todos aspiram visa o bem do povo.
d) Ontem fui ao cinema assistir aquele filme sobre o qual vocês falaram.
e) A nova lei salarial, embora poucos a obedeçam, deveria visar o bem da comunida­
de.

03. Assinale a alternativa em que a regência do verbo em relação ao pronome relativo


está inadequada.
a) As manifestações sobre cuja repercussão você comentou foram representativas.
b) Havia muitas pessoas nas ruas, as quais ficaram lotadas.
c) Bandeiras das quais tremulavam ao vento mostravam todas as tendências.
d) As crianças, cujas mães autorizaram a presença, apresentaram-se felizes.
e) Jovens e adultos confraternizaram-se na praça, que estava festiva.

04. Indique a alternativa correta quanto à regência verbal.


a) Esqueceu do nome dele.
b) Esta é a idade que mais gosto.
c) Boa era a anedota que se lembrou.
d) Não pagues o homem justo com a injustiça.
e) A comissão chega a Londres à tarde.

164 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


05. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas no período abaixo.
"Os ideais_______ aspiramos são muitos, mas os recursos_______ dispomos não
são muitos."
a) que-dos quais
b) aos quais-com que
c) a que - que
d) que-que
e} a que-de que

06. “O repouso é uma das grandes armas_______ se utiliza a medicina;________ _ ele


traz, embutidas_______ , múltiplas respostas nocivas."
a) curativas das quais - por isso - nele mesmo
b) contraditórias de que - todavia - por si próprias
c) terapêuticas de que - entretanto- em si próprio
d) tradicionais do quaf - por conseguinte - em si próprias
e) benéficas com que - não obstante - por si mesmas

07. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas no período abaixo.


"____________ intromissões e insinuações de última hora, o Rio, por ter me­
lhor________ deverá sediar a 2^ Conferência Internacional sobre o Meio Ambien­
te,________ mais de cem Chefes de Estado "
a) Salvas as - infra-estrutura - aonde comparecerão
b) Mesmo que haja - infra-estrutura - à qual deverão comparecer
c) Saivo - infra-estrutura - à que haverá de comparecer
d) Apesar das - infraestrutura - onde poderio comparecer
e) A despeito das - infraestrutura - em que haverão de comparecer

MARCEtO PORTELLA 165


EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
— — — —

NÍVEL AVANÇADO
01. (ESAF) Assinale, dentre as opções apresentadas a seguir, aquela que apresenta erro
quanto à utilização da regência com referência aos padrões da norma culta. ;
a) Sempre aspirei ao posto de diretor desta escola,
b) Os pesquisadores procederam à anáiise da descoberta importante.
c) Antônio de Magalhães, adverti-as de que o número de vagas não era muito elevado.
d) Ele me perguntou se o congresso fora interessante e eu o respondi que sim.
e) Não lhe desobedecerei jamais, doce mestre.

02. (FGV) A opção dentre as apresentadas em que a regência do verbo NÃO está de
acordo com a norma gramatical é:
a) "A avaliação de recurso será realizada de acordo com o disposto no inciso II! do
artigo 3, obedecido o seguinte..." (trecho de um regulamento)
b) Avisamo-lo de que poderia haver algumas fugas planejadas de última hora.
c) O programador esqueceu os programas de testes.
d) Nós, professores dia rede pública, informamos-lhe de que o candidato da oposição
renunciara à candidatura.
e) Os estudiosos do assunto costumam assistir às defesas de tese.

03. (ESAF) Das frases abaixo, a que contém erro de regência verbal é:
a) O atleta que desobedece ao treinador demonstra que não é disciplinado.
b) Aproveitamos para lembrá-la que essa conduta é prevista para lei federal.
c) A reincidência poderá acarretar-lhe punições mais duras, que vão desde a suspensão
do contrato de trabalho até a demissão por justa causa.
d) Todas as providências visam à reabilitação da imagem do nosso município no con­
texto nacional.
e) Procedeu-se à administração dos tributos cobrados.

04. O item que, não que se refere à regência verbal, está em desacordo com a gramática
normativa é:
a) Nós, pessoas de bem, para lembrá-lo por que essa conduta irregular, segundo a
legislação trabalhista vigente, pode acarretar demissão por justa causa.
b) O fim desta é informar-lhe que seu carnê se encontra disponível em nossa filial de
Icaraí.
c) É estranho não o terem avisado de que as inscrições para o concurso estavam
abertas.

PORTUCUÍS PARA CONCURSOS


d) Os amigos e parentes preveniram-na do risco que corria.
e) Diante da preocupação dos membros da outra equipe com aspectos que poderiam
ter impacto sobre o sistema ecoiógico da região, respondemos-lhes que estávamos
dispostos a rever tais itens.

05. "... nos damos conta da precariedade dè tudo."


Após a expressão dar-se conta deve-se empregar a preposição de; a alternativa em
que há erro de preposição (regência verbal) é:
a) Eis a ordem de que nos insurgimos.
b) Este autor tem idéias com que todos simpatizamos.
c) Aludiram a incidentes de que já ninguém se lembrava.
d) Qual o cargo a que aspiras?
e} Há fatos que nunca esquecemos.

06. (FGV) Ela conhecera o poeta,_______versos gostava e _______ estava apaixonada,


na cidade_______ nascera.
As lacunas da frase acima são completadas, respectivamente, por:
a) dos quais-por quem -que
b) de quem - por que - onde
c) por cujos - com quem - em que
d) de cujos - por quem - onde
e) os quais - pelo quaj - em que

07. (FGV) A substituição do termo grifado por um pronome pessoal está INCORRETA em:
a) A empresa recebe os incentivos.
A empresa recebe-os.
b) O governo deu prioridade às questões ecológicas.
O governo deu prioridade a elas.
c) Eles destacaram o problema do desemprego.
Eles destacaram-no.
d) As autoridades do governo não queriam nenhuma discussão.
As autoridades do governo não lhe queriam.
e) Q país não quis realizar políticas compensatórias.
O país não quis realizá-las.

08. A lacuna da frase "Fui visitar o lugar_____ nasci" só pode ser preenchida, CORRE­
TAMENTE, por:
a) do qual (de + o qual)
b) no qual (em + o qual)
c) o qual

MARCELO PORTELLA 167


d) na qual (em + a qual)
e) que

09. (NCE) A alternativa em que se pode condenar a construção que envolve o pronome
relativo é:
a) Ligue o rádio para ouvir as canções que gosta.
b) Não são poucas as pessoas que visitastes.
c) O filme a que assistiremos é imperdível.
d} O livro que li está esgotado.

10. Os termos sublinhados foram CORRETAMENTE substituídos por um pronome pessoal,


EXCETO na frase da alternativa:
a) Deixaram as chaves no carro.
Deixaram-nas no carro.
b) Comuniquei o fato ao diretor ontem.
Comuniquei o fato a ele ontem.
c) Já pagaram ao empregado o salário?
Já pagaram-no o salário?
d) Ele tem de permitir a saída do carro.
Ele tem de permiti-Já.
e) Pusemos o livro na estante.
Pusemo-Jo na estante.

11. Segundo a norma culta, há ERRO de regência com o verbo sublinhado na alternativa:
a) Eu devo obedecer ao meu amigo.
b) Esqueci-me do nome dele.
c) Ao falarem de imortalidade disse que aspirava a ela.
d) Prefiro ouvir música do que ver televisão.
e) Os deputados acusados já não podiam renunciar a seus mandatos.

12. A substituição do termo sublinhado por um pronome pessoal só está CORRETA, de


acordo com a norma culta, na seguinte alternativa:
a) O movimento visa encontrar soluções.
O movimento visa encontrar elas.
b) A campanha apresentou vários desdobramentos.
A campanha apresentou-lhes.
c) Esses momentos históricos apresentam facetas negativas.
Esses momentos históricos apresentam-as.
d) Assistimos ao desfile de corruptos.

168 PORTUGUâS PARA CONCURSOS


Assistimo-lo.
e) O movimento busca reverter a deterioração social.
O movimento busca revertê-ja.

13. (NCE) A regência nominal está INCORRETA em:


a) Fiquei próximo da entrada do edifício.
b) Esta determinação era contrária das anteriores.
c) Tal tarefa era incompreensível a todos.
d) Era um romance vazio de emoções.
e) Não estava atento às explicações do mestre.

14.
1. Apresentaram provas______ importância nos referimos.
2. Apresentaram soluções______ eu não acreditava.
As lacunas são preenchidas, respectivamente, por:
a} cuja - em que
b) a cuja-nas quais
c} a que-que
d) a qual - que
e) da quaí - que

15. "Eis o motivo profundo pelo qual as favelas seguem - e prosseguem."


Sem alteração de sentido, a expressão sublinhada acima pode ser substituída por:
a) como;
b} porque;
c) peio que;
d) porque;
e) por onde.

16. De acordo com a norma culta, a regência do verbo sublinhado está incorreta em:
a} O sucesso, quem não o aspira?
b) Eie prefere ser preso a ir para a guerra.
c) Os objetivos a que eies visam são torpes.
d) Você assistiu a todos os jogos do Vasco da Gama?
e) Ninguém tinha coragem de desobedecer a ele.

17. Há erro no emprego do pronome sublinhado, de acordo com a regência verbal, em:
a) Os cheques aue ele visava eram de outra agência.
b) Os prêmios a aue ele aspirava não serão concedidos.

MARCEtOPORTBXA 169
c) São várias as cláusulas do contrato das ouais ele desconfia.
d) Os programas a cuia elaboração ele assistira foram elogiados.
e) As propostas oue o advogado se refere não explicitam as condições de venda.

18. (ESAF) Das alternativas abaixo, a que apresenta o termo sublinhado substituído,
Incorretamente, por um pronome pessoal é:
a) Basta seguir o comando do general.
Basta seguir-lhe.
b) Lembremos o escândalo da cocaína.
Lembremo-lo.
c) Os procuradores solicitaram recursos extras ao Tesouro
Os procuradores solicitaram-nos ao Tesouro.
d) Os juizes tentaram repor as perdas do plano econômico.
Os juizes tentaram repô-las.
e) O julgamento do mérito da ação talvez acate a acusacão do Procurador-Geral.
O julgamento do mérito da ação talvez a acate.

19. (ESAF) Há erro no emprego do pronome relativo sublinhado (preposicionado ou nâo)


na seguinte frase:
a) Desconheço a artista de que falas.
b) Este é o livro de cuio autor ele faz alusão.
c) Os crimes pelos quais ele foi julgado eram antigos.
d) O juiz de cuias sentenças ele recorreu vai entrar de licença.
e) As decisões do STF às quais ele se referia eram todas de grande utilidade.

20. De acordo a com norma culta, há erro de regência do termo sublinhado em:
a) Meu apartamento é contíguo ao do meu irmão.
b) O candidato julgou estar aoto a fazer um bom exame.
c) A sociedade não pode ficar imune a essas solicitações.
d) A tolerância, mesmo exagerada, é preferível do que o ódio.
e) A Justiça do Trabalho é que julga os dissídios entre trabalhadores e patrões.

21. De acordo com a norma culta, há erro de regência, quanto ao verbo sublinhado, em:
a) Quem ofende, não perdoa.
b) Não devemos chamá-lo de herói.
c) É preciso informar-lhes da nova legislação.
d) O diretor não queria visar aquele documento.
e) Os candidatos aspiravam a um cargo mais elevado.

PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


22. O taquígrafo_______ rapidez admiramos, foi feliz no exame.
a) cuja
b) por cuja
c) em cuja
d) cuja a
e) de cuja

23. (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS -TRIB. REG. FEDERAL-TÉCNICO JUDICIÁRIO) É preciso


função de bibliotecário.
a) desobrigar-lhe a
b) desobrigá-lo da
c} desobrigá-lo à
d) desobrigar-lhe à
e) desobrigar-lhe da

24. (VUNESP - SEC. DE ESTADOS DE NEGÓCIOS DA FAZENDA - SP - AGENTE FISCAL


DE RENDAS) O emprego de pronomes relativos precedidos de preposição está correto
apenas em:
a) Recebeu promoção a servidora a cuja dedicação tanto deve nosso setor.
b) Olhem as notícias de cujas vocês vão saber os detalhes no jornal das cinco.
c) Esse é o tipo de assunto sobre o que não temos certeza nenhuma.
d) Já se vislumbra o prejuízo do qual sua atitude acarretaria.
e) Verificou-se a procedência do recurso ao qual os contribuintes pedem revisão dos
cálculos.

25. (ESAF) Assinale a alternativa em que o pronome oblíquo está de acordo com o padrão
culto da língua.
a) O pai ou responsável adquire o plano e coloca a criança como sua beneficiária.
Guando o jovem completar vinte e um anos, transfere-o o plano.
b) O Presidente definiu a sua próxima viagem ao exterior e os especialistas que lhe
assessoram já preparam a agenda de entrevistas.
c) Talvez a grande meta da educação no próximo milênio venha a ser a formação de
profissionais que, ao lado da profundidade de seus conhecimentos específicos,
desenvolvam ideias que os garantam uma visão generalista do mundo.
d) Espera-se que os franceses, com toda a diplomacia que lhes é inerente, recebam
bem os estrangeiros que assistirão à Copa.
e) Ao longo dos últimos anos, o Brasil superou problemas e equívocos que lhe colo­
cavam à margem da modernidade.

MARCEIO PORTEUA 171


■pm
-
;7 A
-?

26. "Da janela de seu quarto, aberta para todos os quadrantes, o homem indaga o mundo,
olha as razões do mundo, fareja os motivos e as conseqüências dessa ou daquela atitude,
dessa ou daquela omissão, refletindo a vasta massa informe dos acontecimentos, das
situações estacionárias, revolucionárias, ou reacionárias. Das promessas ou das mentiras
universais."
(Paulo Mendes Campos)
Quanto à regência, os verbos indaga, olha e fareja classificam-se como verbos:
a) transitivos diretos;
■>
b) transitivos diretos e indiretos;
c) transitivos indiretos; t
d) de ligação;
e) impessoais.

27. (ESAF) Se se levar em conta que "regência verbal é a maneira de um verbo relacionar-
se com seus complementos", a resposta adequada às exigências da gramática normativa
encontram-se na opção:
a) O aluno vai na escola e desaprende a argumentar.
b) O aluno respeita quem lhe ensina a viver.
c) Alunos aspiram a uma escola de melhor qualidade.
d) A escola prefere mais alunos passivos do que contesta dores.
e) A turma assistiu o torneio mundial de vôlei.

28. (FGV) De acordo com a norma culta contemporânea, a alteração da regência dos
verbos das frases abaixo só é indevida na seguinte alternativa:
a) "O guarda-noturno olha para as casas..." / O guarda-noturno olha as casas...
b) "Às dez e meia, o guarda-noturno entra de serviço " / Às dez e meia, o guarda-
noturno entra em serviço.
c) "Passo a passo, o guarda-noturno vai subindo a rua." / Passo a passo, o guarda-
noturno vai subindo pela rua.
d) "O guarda-noturno caminha com delicadeza, para não acordar ninguém." / O
guarda-noturno caminha com delicadeza, para não acordar a ninguém.
e) "E as pessoas adormecidas sentem, dentro de seus sonhos, que o guarda-noturno
está tomando conta da rua..." / E as pessoas adormecidas sentem, dentro de seus
sonhos, de que o guarda-noturno está tomando conta da rua.

29. Na frase:"... assistindo a um bom Vasco X Flamengo..." o verbo assistir necessita da


preposição a, adquirindo, assim, o significado de presenciar, observar; caso não houvesse
essa preposição o mesmo verbo teria o sentido de auxiliar, ajudar. O verbo a seguir que
varia de sentido conforme a sua regência é:
a) gostar/gostar de;
b) amar/amara;

172 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


c) ver/vera;
d) aspirar/aspirar a;
e) observar/observara.

30. "... que a percebe apenas como meio de ascensão social..."


A forma sublinhada é do pronome pessoal oblíquo átono de terceira pessoa. Que
frase a seguir usa indevidamente um dos pronomes destacados?
a) Não lhe agrada semelhante profecia?
b} A resposta do professor não ojatisfez.
c) Ajudá-Ja-ei a preparar as aulas.
d) O poeta assistiu-a nas horas amargas.
e) Eu tbê lembrarei das datas.

31. (FGV) A questão agrária custa ao país sangue e lágrimas.


A regência do verbo custar é idêntica à do trecho acima em:
a) Custa-me crer em tais arbitrariedades.
b) O sonho de justiça não deveria custar tanto.
c) A dignidade, por vezes, custa caro.
d) A terra custou aos lavradores a vida.
e) A luta pela terra muito nos custou.

32. (FCC) O verbo partir é classificado como transitivo direto e indireto em:
a} Eu também gostaria de partir amanhã bem cedo.
b) Às vezes dá vontade de descer e partir para a briga.
c) Curiosamente, o novo viaduto parecia partir a cidade.
d) Ele costuma partir todos os seus ganhos entre os familiares.
e) Deve-se ter cuidado para não se partir de falsas afirmações.

33. Ninguém_____ pediu nada, nem_____ ajudou, ninguém_____ julgou e nem_____


condenou por isso.
Os pronomes que completam adequadamente as lacunas da frase acima são, res­
pectivamente:
a) lhe, lhe, o, o
b) lhe, o, lhe, o
c) o, lhe, o, lhe
d) lhe, o, o, o
e) o, lhe, o, o

34. A regência verbal está CORRETA apenas na opção:


a) Procedeu-se às ligações recomendadas pelo chefe do departamento.

MARCELO PORTELLA 173


b) A aprovação que aspiram se concretizará, para um número considerável de candi­
datos.
c) Proibiram o porteiro em ausentar-se durante a tarde.
d) O regulamento da Companhia, obedeci-o integralmente.
e) Alguns preferem antes usar o telefone convencional, com fio, do que o moderno
celular.

35. Em relação à regência verbal, marque a alternativa em que se CONTRARIA a norma


culta da língua.
a) É necessário proceder à distribuição dos folhetos explicativos.
b) O empregado atendia a um e a outro; atendia-os ininterruptamente.
c) O funcionário aspira, desde muito tempo, um cargo melhor.
d} Prefiro ler cuidadosamente as críticas a certos textos a incorrer nas mesmas falhas,
e) Esforçavam-se os diretores para pôr um fim àquelas infindáveis discussões.

36. Assinale a única frase correta quanto ao emprego do pronome relativo, tendo em
vista a norma culta da língua.
a) O melhor negócio do mundo, aonde se pode encontrar lucro fácil, vale ouro.
b) A matéria-prima a cujo refino independe de artifícios é mais lucrativa.
c) A aplicação de tecnologia ultrapassada, a cuja prática nos livramos, colocou-nos
em posição ímpar.
d) O uso que a empresa lhe dá toma-o digno de figurar entre os grandes bens de
consumo.

37. Assinale a opção que se completa corretamente com o pronome colocado entre
parênteses.
a) Apenas alguns funcionários ______ desobedeceram, chefe, (o)
b) Todos nós_________vimos no dia da entrevista, (a)
c) O médico_____ visitou com mais assiduidade, (lhe)
d) Até os adversários mais inflamados_____ cumprimentaram, {lhe)
e) As palavras duras e impensadas_____ desagradaram profundamente, (o)

38. (CESPE ADAPTADA) Assinale a alternativa em que há regência INCORRETA.


a) O empenho com que G. M. Trevelyan dedicou-se à sua causa foi reconhecido por
outros, principalmente pelo autor do texto,
b} A crise em que passa a civilização contemporânea é visível em muitos aspectos,
inclusive na relação do homem com a natureza selvagem.
c) O homem sempre esteve disposto a dialogar com a natureza, mas esse diálogo nem
sempre se deu segundo os mesmos interesses ao longo dos séculos.
d) Muitos consideram ofensivo à natureza considerá-la como algo à disposição das
necessidades humanas.

PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


e) Acompanhar a relação do ser humano com o campo através dos séculos propicia
ao estudioso observar situações de que o homem nem sempre pode orgulhar-se.

39. Do século XVii ao XX circulou na Europa, com bastante intensidade, o mito de uma
arcádia campestre. Muitos escritores ingleses sustentaram também esse mito durante
séculos; os textos desses autores ingleses são até hoje bastante populares.
Reescrevendo-se o segundo período e substituindo-se os termos grifados acima por
pronomes correspondentes, obtém-se corretamente:
a) Muitos escritores ingleses, os quais textos são até. hoje bastante populares, o sus­
tentaram também durante séculos.
b) Muitos escritores ingleses, cujos textos são até hoje bastante populares, sustenta­
ram-lhe também durante séculos.
c) Muitos escritores ingleses, cujos os textos são até hoje bastante populares, sus­
tentaram-no também durante séculos.
d) Muitos escritores ingleses, cujos textos são até hoje bastante populares, sustenta-
ram-no também durante séculos.
e) Muitos escritores ingleses, que os textos deles são até hoje bastante populares,
sustentaram-lhe também durante séculos.

40. Há ERRO de construção no segmento sublinhado na frase:


a} Tais medidas não sio relevantes para a classe patronal,
b} Sua reclusão a um cárcere foi considerada injusta,
c} Creio que foi inoportuna minha recondução ao cargo,
d} Sua irreverência para com o magistrado é constrangedora,
e} O político paga caro por seu divórcio com a vontade popular.

41. A frase construída de forma inteiramente correta é:


a} Não apreciei o filme que tantos dizem ter gostado,
b) A exposição a que resolvi prestigiar era um desastre,
c} A peça cuja execução ele mais se esmerou foi a de Mozart.
d) Ainda que comigo venham a discordar, editarei o livro,
e} Não é um romance por cujo estilo me sinta atraído.

42. A regência verbal está correta na frase da opção:


a) Eles preferiam mais música do que cinema.
b) Antônio, eu lhe vejo amanhã lá no clube.
c) O secretário informou ao candidato o resultado da prova.
d) A humanidade aspira dias melhores de existência.
e) É preciso seguir ao regulamento.

M A S C E IO PORTEIXÀ 175
43. (CESPE ADAPTADA) Marque a alternativa incorreta quanto à regência verbai.
a) Na verdade, não simpatizo com suas ideias inovadoras.
b) Para trabalhar, muitos preferem a empresa privada ao serviço público.
c) Lamentavelmente, não conheço a lei que te referes.
d) Existem muitos meios a que podemos recorrer neste caso.
et Se todos chegam à mesma conclusão, devem estar certos. /

44. Indique a letra que completa com correção gramatical e com coerência as lacunas
do trecho abaixo, pela ordem de aparecimento.
Diante do aumento da população de idosos, a sociedade brasileira começa a tomar
consciência de que a questão exige uma política social imediata e enérgica, que permita
não só _________ e __________condições de sobrevivência, mas__________ à comuni­
dade e à força produtiva,_________ a completa dimensão de cidadania.
a) sustentá-los, fornecer-lhes, inserir-lhes, restituindo-lhes
b) ampará-los, dar-lhes, reintegrá-los, devolvendo-lhes
c) asilá-los, garantir-lhes, recolhê-los, subtraindo-lhes
d) acolher-lhes, garantir-lhes, introduzi-los, recambiando-lhes
e) assisti-los, prover-lhes, readmiti-los, alijando-lhes

45. (ESAF) Aponte o trecho correto quanto à regência.


a) Quando se desativa uma linha de trem, estão-se isolando muitas localidades que
perderão o único meio de transporte que dispõem.
b) Em muitas cidades pequenas, no interior do país, prevalece a ideia, a qual se descon­
fia o próprio Prefeito seja adepto, de que o trem é meio de transporte obsoleto.
c) Como é interesse do País de que o preço do frete diminua, são urgentes e impres­
cindíveis investimentos em nosso sistema ferroviário.
d) A partir dos anos 50, o baixo custo do petróleo justificou a opção do transporte de
carga por rodovias, às quais foram ganhando cada vez mais preferência.
e) No Brasil, dadas suas dimensões continentais, deve-se dar preferência às ferrovias
para a movimentação de cargas.

46. Assinale a alternativa incorreta quanto à regência.


^ Creio que os trabalhadores estão muito conscientes de suas obrigações para com
a Pátria.
b) O filme a que me refiro aborda corajosamente a problemática dos direitos humanos.
c) Esta nova adaptação teatral do grande romance não está agradando ao público;
eu, porém, prefiro esta àquela.
d) O trabalho inovador de Gláuber que lhe falei chama-se Deus e o Diabo na Terra do Sol.
e) José crê que a classe operária está em condições de desempenhar um papel im­
portante na condução dos problemas nacionais.

176 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


) •
••

47. (FCC) Considerando o emprego do pronome, assinale a sentença correta.


a) Visitamos a antiga fábrica e lembramo-nos de muitos colegas de trabalho.
b) Para mim atender a um chamado por anúncio, certifico-me do endereço.
c) Enviaram as encomendas e os técnicos receberam-as logo.
d) Enquanto esperávamos o professor, lemos e se distraímos muito.
e) Tenha certeza, Vossa Excelência, de que vosso pedido será atendido por mim.

48. (ACESS) Assinale o trecho que apresenta sintaxe de regência correta.


a) A rigorosa seca que assoia os estados do Nordeste impede que essa região desen­
volva e atinja os níveis de crescimento sócio-econômicos desejados.
b) Se o Brasil tornasse independente dos empréstimos externos, poderia voltar a
crescer no mesmo ritmo de desenvolvimento das décadas anteriores.
c) Surpreende-nos o fato de o Estado de São Paulo, que muito se diferencia do sul do
país, ter engrossado as estatísticas favoráveis à criação de um Brasil do Sui.
d) É reducionista atribuirmos apenas à seca a razão que leva a população do Norte e
Nordeste a se migrar para o Sul.
e} A pretendida separação de que pleiteiam os estados do Sul acarretará, se vier a se
concretizar, a perda da identidade nacional.

49. Observe as frases abaixo, quanto à regência.


I. O brasileiro prefere atualmente samba do que bolero.
II, Tal atitude implicou na sua demissão.
lli. Ele sempre obedecia a ordens superiores.
IV. Assistimos emocionados àquele espetáculo de cores.
Estão corretas:
a) somente I e IV;
b) somente II e III;
c) somente II e IV;
d) somente III e IV;
e) somente I, II e lli.

50. Analise as frases abaixo, de acordo com a norma culta da língua.


1. Aquele cidadão aspira a convivências amáveis.
2. O magistrado conferiu àqueles infratores pena capital.
3. Preferimos conduzir o povo à conscientização do que à degradação social.
4. O juiz informou-os de sua resolução.
5. Os parlamentares de cujo apoio reivindicamos mantiveram-se fiéis.
6. Quero multo bem a meus companheiros.
As frases totalmente corretas são:

M ARCH.O P O R TE IIA 177


a) somente 1 e 2 ;
b) somente 1 ,3 e 6 ;
c) somente 2 ,3 e 6 ;
d) somente 3,4 e 5;
e) somente 1 , 2 ,4 e 6 .

51. (FGV) O pronome lhe está empregado em desacordo com as normas da língiía culta
em:
a) 0 instinto lhe diz ser essa a causa da discórdia.
b) O cavaleiro estava aborrecido com o camponês, pelomedo que este lhe havia
causado.
c) O patrão respondeu-lhe que podia estar descansada.
d) Fora ele mesmo quem lhe criara condições para chegar àqueíe ponto.
e) Os amigos lhe esperavam para iniciar o passeio.

52. (ACESS) Segundo Celso Cunha, o verbo visar-n o sentido de "ter em vista" "ter como
objetivo" "pretender" - pode construir-se com objeto indireto ou direto: "visando à noite
de gala" ou "visando a noite de gala".
A dupla regência verbal é, igualmente, um fato da língua culta contemporânea em:
a) Todos aspiramos a um bom emprego / um bom emprego;
b) Vários municípios aderiram à campanha / a campanha;
c) Nem todo mundo consegue recorrer à Justiça no Brasil / a Justiça;
d) A vida púbiica implica em responsabilidade / responsabilidade;
e) Todos anuíram em amar o jovem/amar ao jovem.

53. (FCC) A alternativa em que a regência do verbo empregado na oração adjetiva con­
traria as normas da sintaxe culta é:
a) Este é um país a cujo clima de euforia cultural muitos se opõem.
b) Este é um país de cujo clima de euforia cultural alguns se insurgem.
c) Este é um país com cujo clima de euforia cultural nem todos conseguem conviver.
d) Este é um país sobre cujo clima de euforia cultural o autor nos fala.
e) Este é um país em cujo clima de euforia cultural sobrevivemos.

54. (NCE) A regência do nome empregado na oração adjetiva contraria as normas da


sintaxe culta na opção:
a) A estabilidade da moeda, a que está ligado o presente clima cultural.
b) Este otimismo, de que são capazes apenas os mass-media.
c) A dimensão mercadológica, para que ficou reduzida a cultura.
d) Um "país diferente", por que não sentimos tanto orgulho.
e) Essa "cultura de massa das elites artísticas", com que o país vive satisfeito.

178 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


55. (FUNRIO) Do ponto de vista da língua culta, a opção em que se propõe alternativa
inaceitável a uma regência empregada no texto é:
a) "Dimensão verdadeira dos problemas a enfrentar" / por enfrentar;
b) "Todos os outros relacionados ao desenvolvimento" / com o desenvolvimento;
c) "Crescimento em bases sólidas" / sob base sólida;
d} "Resistência política dos possíveis perdedores às reformas" / contra as reformas;
e) "Coisa parecida com a placidez do ceterís pctribus" f à placidez

56. Observando-se as normas da língua culta, há inadequação no emprego do pronome


pessoal oblíquo na frase:
a) Prevenimos-lhe de que os resultados das pesquisas podem variar muito num curto
espaço de tempo.
b) A nova descoberta, comunicamo-la a Vossa Senhoria, movidos pelo desejo de
contribuir para a ciência.
c) Avisamos-lhe que suas pesquisas estão aquém das expectativas.
d) A equipe de dentistas obedece-lhe naquilo que for importante para as novas des­
cobertas.
e) Aos críticos, os cientistas perdoaram-lhes porque, apesar dos erros de análise, a
intenção foi boa.

57. Considerando-se as normas de regência da língua culta, observa-se que há INCOR­


REÇÃO na frase:
a) O homem de bem aproveita seus direitos sem prejudicar os outros.
b) Já o advertimos do inconveniente de contratar, agora, técnicos nessa área.
c) Esse cliente ainda não respondeu ao questionário de sondagem.
d) A secretária o preveniu que havia pouca reserva de tinta para impressora ao almo-
xarifado.
e} Já o avisamos de que não conseguiremos tomar esse tipo de decisão na ausência dele.

58. (CESPE ADAPTADA) O pronome lhe está em desacordo com as normas da língua cutta
em:
a) O irmão do capitão pôs-lhe a mão no peito.
b} Tudo quanto o amigo lhe relatara não passava de ficção.
c) Pediu ao irmão que lhe visitasse na fazenda.
d) De repente veio-lhe uma vontade imensa de chorar.
e) Não era possível proibi-lo de fazer o que lhe era necessário.

59. (CESPE) Considerando-se as normas de regência da língua escrita culta, pode-se


afirmar que está INCORRETA a frase:
a) Não há quem não aspire a um emprego seguro, com bom salário.
b) O fiscal procedeu à leitura da lista de empregados.

MABCEIO PORTBtLA 179


c) Daniel tem uma atividade que o distrai. Graças a ela, faz amigos e esquece um
pouco suas preocupações.
d) A noção de poisssemia, à qual está associado o conceito de conotação, é fundamenta!
em teoria semântica.
e) O fim desta é informar a Vossa Senhoria sobre as novas regras vigentes na institui­
ção.

60. (NCE) A opção em que o emprego do pronome relativo contraria as normas de re­
gência da língua culta é:
a) A língua estrangeira de que mais necessitamos é o Espanhol.
b) O ideal por que este grupo luta é atingível.
c) O sintoma de que o cirurgião se referia é muito raro.
d) A falha que perdoamos não foi grave.
e) O funcionário a que perdoamos tem prestado bons serviços à instituição.

180
CAPÍTULO

CRASE

MARCELO PORTE1LA
CAPÍTULO 5
CRASE

- A origem da palavra crase é mistura (= krásis). Crase é a contraçã


de dois fonemas iguais representados pelo (A + A) em um só (A). A indicação
da crase se dá pelo acento grave À,

BASES GRAMATICAIS
O ARTIGO
1- caso
O artigo possui funções importantes na construção do texto. Observe:
[1] O dançarino era homem.
[2j O dançarino era um homem.
[3] 0 dançarino era o homem.
Nessas três construções, percebe-se que a utilização ou não de um ou
outro artigo modifica claramente o sentido do texto. Vejamos:
[1] Nesse caso, define-se o sexo ou a opção sexua! do dançarino;
[2] Nesse caso, busca-se a similaridade do homem para com outros
homens;
[3] Nesse caso, distingue-se o homem. É um homem diferenciado.
29 caso
[1] Adoro brincar com criança de 5 anos.
[2] Adoro brincar com a criança de 5 anos.
Nessas duas formações, observamos que o primeiro caso diz respeito
a qualquer criança; o segundo, a uma criança específica.
Resumo: Considere, então, a análise do artigo como ponto fundamental
na utilização da crase. A regra pode de ajudar a colocar a crase, mas em certos
casos, dependendo da enunciação pretendida, a passagem pode apresentar
crase ou não, já que a utilização ou não de artigo modifica o sentido do texto.

182 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


A PREPOSIÇÃO
A preposição pode aparecer na frase por motivos distintos. Observe:
[1] Os poetas românticos aludem sempre ao mundo das fantasias.
Nesse caso, a preposição é cobrada pela regência do verbo "aludir".
[2] O leio ao caçador matou - Ao leão o caçador matou.
Nesse caso, a preposição é utilizada para diferenciar o sujeito do objeto
direto. Serve para tirar a ambigüidade produzida pela ordem da frase.
[3] Amamos a Deus.
Essa preposição está também em um objeto direto (preposicionado).
Nesse caso, foi utilizada para dar estilo ao texto já que se julga maior beleza
falar "Amo a Deus" e não "Amo Deus". (Ambas construções corretas.)
[4] Os Mártires encontram a eles no céu.
O caso agora é de preposição em posvérbio. £ utilizada para diferenciar
o pronome oblíquo (complemento) do reto (sujeito).

O PRONOME DEMONSTRATIVO
É fundamental, para o conhecimento da crase, que o aluno saiba reconhecer
o pronome demonstrativo (A e AS) no texto. Observe:
[1] Estávamos na praia. E eu não olhei a que chegou de biquíni azul.
Nesse caso, o termo em destaque é um pronome demonstrativo e pode ser
substituído por AQUELA:"... E eu não olhei aquela que chegou de biquíni azul."
[2] Nós procuramos gs de saia, e não as de calça jeans."
Observe que, nesse caso, também podermos substituir "as" por AQUELAS:
"Nós procuramos AQUELAS de saia e não AQUELAS de calça jeans".
Nesse sentido, entende-se que a crase se dá com preposição mais artigo ou
pronome demonstrativo, mas cada caso deve ser analisado singularmente visto que
o fator semântico também define a utilização desses elementos.

ANALISANDO OS CASOS DE CRASE - VISÃO GERAL


Observe:
Refiro-me a + a padaria do João Matoso. (À)

MABCíiO POBTBliA 183


Era extremamente nocivo a + a jovem mais prevenida do bairro.(À)
Agradeçamos a + a estudante que apoiou o movimento. {À}
- O primeiro a é a preposição exigida peio termo de sentido incompleto.
- O segundo a é o artigo feminino singular que aparece antes de subs­
tantivo feminino singular.
Era contrário a + as posições colocadas por todos. (ÀS)
Nós obedecemos a + as leis. (ÀS)
O primeiro a é a preposição exigida pelo termo de sentido incompleto
(regência). O as é artigo feminino plural que aparece antes de substantivo
feminino plural.

CASOS EM QUE NÃO HÁ CRASE


CASOS DETERMINADOS
- Antes de pronomes iridefinidos
Refiro-me a todos.
Assistimos a alguma coisa.
Observe que o pronome "todos" na primeira frase não faz uso do artigo
definido. Nesse sentido o A que aparece é apenas uma preposição.
- Palavras repetidas
Estávamos frente a frente.
Deve ser feito face a face.
Nesse caso, é o paralelismo sintático que define a não existência do
artigo. Se o primeiro substantivo FRENTE(prÍmeira frase) não apresenta artigo,
o segundo será introduzido apenas por uma preposição.
- Nomes masculinos
Não redija a lápis o texto.
Eu sempre obedeço a papai.
É fácil entender a não utilização da crase visto que se essa se dá através
da junção de A (preposição) + A(S) (artigo), e o artigo possível dos vocábulos
masculinos é "O".
- Verbos
Todos saíram a comentar aquele fato.

184 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


Se um verbo é introduzido por um artigo, passa a ser substantivo. Um
outro ponto importante é que essa substantivação só poderia se dar com o
artigo "o*. Nesse sentido nunca haverá crase antes de verbo.

CASOS ANALISÁVEIS
CASOS ESPECÍFICOS
- A palavra "terra"
[1] Os marinheiros voltaram a terra.
|2] Os homens voltaram à terra natal.
[3]Os astronautas voltaram à Terra.
[13A palavra terra, nesse primeiro caso, significa solo, quer dizer, os ma­
rinheiros pisaram "em terra firme" Não utilizar artigo, portanto não há crase.
[2] Nesse caso, a palavra terra está determinada por um adjetivo (natal).
Assim a utilização do artigo se faz necessária.
[33 Este é um caso especial, pois a palavra Terra é um substantivo
próprio (perceba a letra maiúscula). Assim a utilização do artigo também é
obrigatória. O Planeta Terra - A Terra.
- A palavra "distância" a não ser que esteja determinada.
Atiramos a bola a distância. (A noção de distância indefinida consolida
a não existência do artigo.)
Atiramos a bola à distância de 200m. (A distância definida recuperou
0 artigo, obrigando o uso da crase.)

- A palavra "casa" a não ser que esteja determinada.


Voltarei a casa cedo.
Voltarei à casa de meu pai.

Observação: A noção de determinação do substantivo através de um adjetivo


ou locução adjetiva é um recurso seguro para que o aluno confirme a
existência do artigo.
- Nos pronomes de tratamento, de regra geral, não fazemos uso da crase.
Refiro-me a Vossa Senhoria.

MÁSCELO PORTHXA 185


Vossa Senhoria chegou. {Nessa frase fica claro que o pronome indicado
não aceita artigo.)

Observação: A senhora chegou.


Nesse exemplo, vemos que o pronome Senhora faz uso obrigatório do
artigo. Assim em frases como "Não obedeço ao seu filho, mas à senhora" o
uso da crase, havendo preposição, é obrigatório. .
Madame e Dona: Esses dois casos apresentam o artigo facultativo.
Considere, portanto, a utilização facultativa da crase.
- Nomes de lugar
Vou a Portugal. (Não há crase, pois não há artigo.)
Volto de Portugal. (Esse recurso mostra que o nome Portugal não
aceita artigo.)
Vou à Itália. (Não há crase, pois não há artigo.)
Volto da Itália. (Esse recurso mostra que o nome Itália aceita artigo.)

Observação: Apesar de palavras como França em sua forma tradicional utili­


zarem artigo, por força de cultura antiga (francesismo do século XIX),
aceita-se por estilo a omissão. Então:
Vou a França. / Voltei de França.
Vou à França. / Voltei da França

CRASE FACULTATIVA
CASOS ANAUSÁVEIS
-Seguida de pronome possessivo feminino acompanhado de substantivo.
Refiro-me a minha irmã.
Refiro-me à minha irmã.

Observação: Esse caso é facultativo na utilização do artigo, e não da prepo­


sição. Aquele pode ser utilizado ou não visto que opróprio pronome
possessivo já faz o trabalho de determinação do substantivo.
Cuidado:
Refiro-me as minhas irmãs.

186 PORTÜGUâS PARA CONCURSOS


Nesse caso, temos o plural do "as". Como preposição é invariável,
o plural indica a existência do artigo. Nesse caso o sinal da crase é
obrigatório.
- Depois da preposição ATÉ
Fui até a vila.
Fui até à vila.
Nesse caso pode-se utilizar a preposição ATÉ ou a locução prepositiva
ATÉ A.
- Nomes próprios
Refiro-me a Ana Maria ao evento.
Refiro-me à Ana Maria ao evento.
Observe que o nome próprio tem a propriedade de utilizar ou não o
artigo. Exemplo:
Ana Maria chegou ao evento.
A Ana Maria chegou ao evento.

Observação: Diante de nomes femininos em que não se percebe noção de


intimidade não há crase.
Aludi a Joana D'arc.
As referências foram feitas a Virgem Maria.

OUTROS CASOS
CONCEITOS FINAIS
- Locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas femininas têm crase
obrigatória.
Virara à direita naquele momento. (Locução adverbial.)
Estamos à procura de pessoas honestas. (Locução prepositiva.)
À medida que trabalha ganha mais. (Locução conjuntiva.)
Não confundir com frases próximas: "Esta é a medida que você indi­
cou." (Sem crase.)
- Pronomes relativos

MARCELO PORTELLA 187


Aquela é a pessoa à qual nos referimos.
As mulheres às quais obedecemos são nossas mães.
Esta é a pessoa a que aiudimos.

Observação: A crase antes do pronome relativo só ocorre com o "a qual e as


quais". Nesse caso você deve observar a regência verbal ou nominal
que pede a preposição "A" a qual se juntará ao pronome.
- Pronomes demonstrativos
Nós fomos úteis àqueles trabalhadores.
Os poetas foram favoráveis àquelas pessoas.
Refiro-me à minha mãe e não à sua.
A preposição pode se juntar aos pronomes demonstrativos A, AS,
AQUELE, AQUELA, AQUILO.
Em frases como "Refiro-me à que você indicou" a crase é a junção da
preposição A regida pelo verbo e o pronome demonstrativo A.
- Nomes masculinos (à moda)
O nosso chefe sempre corta cabelo à Caetano Veloso
O professor Alexandre Lopes veste-se à Paulo Ricardo
- Indicação de horas
Especificada ou hora exata - Chegaremos às quatro horas.
Não especificada ou duração - Chegarei daqui a uma hora.

PARALELISMO
Observe a utilização da crase nas horas:
[1] O evento funcionará de 08:00h as 10:00h.
[2] O evento funcionará de 08:G0h às 10:00h.
[3] O evento funcionará das 08:00h as 10:00h.
[4] O evento funcionará das 08:00h às 10:00h.
[5] O evento funciona de 8h a 10h.
[1] Nesse caso, há falha porque os dois horários estão paralelos a uma
mesma regência (funcionará). No primeiro caso tenho preposição + artigo
(das); no segundo, apenas artigo (as);

188 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


[2] Nesse caso, tem-se preposição (de) no primeiro caso e preposição
e artigo no segundo (às);
[3] Nesse caso, temos tem-se preposição e artigo no primeiro, e apenas
artigo no segundo;
[4] Nesse caso, tem-se preposição e artigo nos dois casos, (paralelismo
correto);
[5] O último caso, se está também adequado visto que há somente
preposição nos dois termos.
Importante: As duas últimas construções estão corretas, mas pos­
suem sentidos distintos. Nã primeira temos hora exata tanto do
início quanto do fim. Na segunda, temos a duração do evento, mas
não sabemos que horas ele irá começar.

MASCEIO POSTELLÀ 189


EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

CRASE
01. Assinale a alternativa em que a crase é obrigatória (omitiu-se a crase).
a) Referiu-se a Vossa Senhoria.
b) O trem partia as nove da noite.
c) Este ano muitos brasileiros irão a Roma.
d) Não tenho tempo de ir a casa para almoçar.
e) Foi a ela que deste a notícia.

RESOLVENDO A QUESTÃO 1
a) Não esqueça: Pronomes de tratamento, de reara aerai. não são introduzidos por
artigos. Nesta opção o "a" é apenas uma preposição.
b) Hora aproximada não recebe crase. (Encontrarei os Jogadores daqui a duas horas.)
Hora exata recebe crase obrigatória. (Encontrarei os jogadores às duas horas.)
c) Lembre-se da regra:
Se volto DA, crase no A.
Se voito DE, crase pra quê?
Na passagem, eu "vou a Roma" Ora eu volto DE Roma ou DA Roma? Se volto DE, crase
pra quê?
d) A palavra CASA só utiliza artigo se estiver especificada (vou à casa de meu pai). Não
havendo especificação da palavra CASA, o "a" que a antecede é mera preposição.
(Voltei a casa hoje.)
e) "A ela" é um pronome pessoal do caso oblíquo, logo não pode ser introduzido por um
artigo. A notícia é objeto direto do verbo "dar", portanto não aparece preposicionado.
Resposta: B

02. Está corretamente acentuado o A em:


a) O doente bebia o remédio gota à gota.
b) O rapaz continuava à explicar o caso.
c) Aumentaram diariamente as vendas à crédito.
d) Isto cheira à política.
e) O rapaz chegou cedo à casa do amigo.

RESOLVENDO A QUESTÃO 2
a) Não há crase entre palavras repetidas.
b) Não há crase antes de verbos.

190 PORTUGUÊS PARA CONOJRSOS


c) "Crédito" é nome masculino, não aceitaria artigo feminino (a).
d) Troque por uma outra regência (isto tem cheiro de política ou da política?). Utilize
também um nome masculino no lugar da palavra "política"!
e) Agora sim! A palavra CASA está especificada (do amigo).
Resposta: E

03. Com a substituição do adjunto adverbial de lugar em "ELE SE DIRIGIU, NAQUELE


MOMENTO,___________" empregou-se corretamente o acento grave em:
a) à estradas perigosas;
b) à Porto Seguro;
c) à rua central;
d) à uma festa de malucos;
e) à casa cedo.

RESOLVENDO A QUESTÃO 3
Observação: Neste exercício você deve observar a utilização de singular/ plural e
os gêneros dos substantivos.
a) Se o substantivo está no plural (ESTRADAS), o artigo a ser utilizado é (as). Se o "a"
que precede o substantivo está no singular, não há artigo na passagem.
b) "Porto Seguro" é nome masculino. Não há crase.
c) "Rua Central" é um substantivo feminino, admitindo, assim, o artigo "a". Como o
verbo "dírigiu-se" pede a preposição "a", a crase é obrigatória.
d) "Uma" é um artigo indefinido, nio admitindo a presença de um segundo artigo (a).
e) Outra vez, a paiavra CASA não apareceu especificada, inexistindo o artigo.
Resposta: C

04. Assinale a opção em que o A (s) não deve levar indicativo de crase.
(Observação: não se usou sinai de crase em nenhuma opção, em decorrência do
próprio teste,)
a) Fui apressado aquele locai para participar da reunião.
b) Sempre me referi aquela situação como sendo de exceção.
c) Dirigi-me para aquela praça para participar do movimento Pró Diretas.
d) "Voltemos a casinha" empregou Machado de Assis em um de seus livros.
e) Aquele momento, a população já não suportava mais aquele governo de exceção.

RESOLVENDO A QUESTÃO 4
a) Foi "a" + "aquele" (preposição (a) do verbo (ir) mais o pronome demonstrativo =
àquele).
b) Referir-se "a" + aquela (preposição (a) do verbo (referir-se) + aquela = àquela).

MARCELO PORTBUA 191


c) Neste caso, a preposição "para" impossibilita a utilização da preposição "a".
d) O diminutivo "casinha" deve ser considerado uma especificação para a palavra
CASA.
e) Faça uma substituição da expressão "aquele momento", por "naquele momento".
Não fica com o mesmo sentido? Então "àquele momento" deve vir craseado, já
que funciona como uma locução adverbial feminina (sempre preposicionada). No
segundo pronome demonstrativo "aquele" temos um caso de objeto diréto (sem
preposição).
Resposta: C

192 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

NÍVEIS FÁCIL E MÉDIO


01. (AFTN) Coloque crase onde necessário e, em seguida, indique a alternativa em que
aparece um caso de crase facultativa.
a) Os normandos lutavam a pé e a cavalo.
b) O comboio dirigia-se a capital da província.
c) A noite, os vaga-lumes emitem luz fria; um mistério a assombrar os sábios.
d) O juíz entregou a criança a sua verdadeira mãe.
e) Pedidos assinados e escritos a máquina.

02. Dadas as sentenças:


I. Estou a seu dispor à todo momento a menos que surja alguma visita.
il. Ele estava às voltas com um imprevisto, mas planejava, daí a pouco, ir à casa do
comendador.
III. Não daremos atenção à atitudes que nos comprometam.
Observando o uso do acento indicativo de crase, é correto afirmar que:
a) somente a I é correta;
b) a II e a It! sio corretas;
c) somente a lil é correta;
d) a I, a He a III são corretas;
e) somente a II é correta.

03. indique o item que preenche corretamente as iacunas do texto abaixo.


" ______ momentos em que nos faltam palavras; foi o que me ocorreu_______ pou­
cos instantes, quando________vi, dirigindo-se________ mim, colocar-se________ dis­
posição, dizendo que me sentisse_______ vontade para procurá-la_________ qualquer
hora do dia ou da noite."
a) Há, há, a, a, à, à, a d) Há, há, a, a, a, a, à
b) Há, a, a, à, à, à, a e) A, há, a, a, à, à, a
c) A, à, à, a, à, à, à,

04. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas.


_____ noite, todos os operários voltaram______ fábrica e só deixaram o serviço_____
uma hora da manhã.
a) Há / à / à
b) A / a / a
c) À / à / à

HA8CELO PORTHXA 193


d) À / a / há
e} A / à / a

05. Assinale a alternativa que preencha corretamente os espaços.


"O progresso chegou inesperadamente_____ subúrbio. Daqui______poücos anos,
nenhum dos seus moradores se lembrará mais das casinhas que,_____ tão pouco tempo,
marcavam a paisagem familiar." *
a) aquele / a / a
b) há / àquele / à / há
c) aquele / à / à
d) àquele/a/há
e) aquele / à / há

06. Daqui_____ vinte quilômetros, a viajante encontrará, logo______entrada do gran­


de bosque, uma estátua que_____ séculos foi erigida em homenagem______ deusa da
floresta.
a) a / à / há / à
b) há / a / à / a
c) à / há / à / à
d) a / à / à / à
e) há / a / há / a

194 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO

NÍVEL AVANÇADO
01. "... é e sempre será uma cultura necessária à organização e à produção da cidade."
A passagem em que o emprego do acento grave indicativo da crase está no mesmo
caso sintático da frase acima é:
a} As manifestações violentas são prejudiciais à sociedade.
b) A procuradoria geral dirigiu-se às pessoas que sofreram violências.
c) Foram à Espanha para o congresso de Propaganda.
d) Indicaram os meliantes à autoridade.
e) Entregaram o Oscar às atrizes mais bem informadas.

02. Das proposições abaixo, a que apresenta uso indevido do acento grave indicativo da
crase é:
a) Trata-se de um memorando referente à despesas antigas do Estado de Santa Ca­
tarina.
b) Essas decisões jurídicas obedecem às normas da OAB.
c) Apesar de a lei à qual V. Sã se refere ser ultrapassada, todos os juristas de que temos
notícias a seguem.
d) O grande público assistia entusiasmado à conferência do filósofo.
e) Informou-se indevidamente à empresa credora que o valor em questão estaria
disponível antes do final do ano,

03. Considerando os dois trechos abaixo, a opção que preenche corretamente os quatro
espaços em branco é, respectivamente:
1. O objetivo deste documento é informar Vossa Excelência de que_____ remuneração
paga ao advogado supracitado serão acrescidos os valores previstos na lei vigente. Quanto
_____ revisão dos cálculos da indenização do referido profissional de educação, já estão
sendo tomadas as providências.
2. A Rede Globo e a Record divulgarão daqui_____ uma semana os resultados do
concurso:_____ dez anos, nb entanto, o processo era mais lento.
a) a, à, à, há
b) à, à, a, há
c) há, à, a, à
d) a, à, há, a
e) a, há, há, à

MARCEIO PORTEIXA 195


04. Quanto ao emprego do acento grave indicativo da crase, a frase correta é:
a) Utilizamo-nos da importante documentação para informar à V.S^ que seu processo
será avaliado até o final do mês.
b) Em obediência as ordens dos chefes da representação, informamos que a receita
não chegou a gerar superávit.
c) O diretor geral submeteu à deliberação do colegiado os assuntos previstos na pauta
da reunião. S!
d) São estas as medidas à serem tomadas.
e) Os professores fomos autorizados à proceder a emissão de uma cota extra no valor
de R$ 1.000,00 (mil reais) para a cobertura da referida dívida.

05. A opção que preenche corretamente as quatro lacunas do trecho a seguir é, respec­
tivamente:
"A intenção do documento é pedir, mais uma vez, providências no sentido da solução
do problema________que se refere nossa carta do ano passado,________ qual Vossas
Excelências não deram ainda qualquer retorno. Essa dívida Já se arrasta________ mais
de um mês e, como de hoje________ três semanas terá início o congresso de que trata
aquela comunicação, findo esse prazo, nossa reivindicação deixará de fazer sentido."
a) à, à, há, a
b) a, à, há, a
c) à, a, há, a
d) a, à, a, há
e) a, à, há, há

06. A opção que preenche corretamente as cinco lacunas da frase a seguir é:


"Qualquer demora, seja_______ que pretexto for, pode ter graves conseqüências
políticas e institucionais. Tudo que vier_____ suceder recairá sobre_____ representação
política. Aliás,______ muito tempo que nos referimos_______ questão aqui colocada."
a) à, a, a, há, à
b) a, à, a, há, à
c) a, a, à, a, à
d) a, a, à, há, à
e) a, a, a, há, à

07. Assinale o item que indica um caso de crase decorrente de uma situação sintática
distinta das demais.
a) "A idade mínima é, por outro lado, estabelecida em 18 anos no caso do trabalho
noturno (art. 404 da Consolidação, e art. 7-, XXXIII, da CF) e, ainda:
nos locais ou serviços prejudiciais à sua moralidade,..."
b) "A idade mínima é, por outro lado, estabelecida em 18 anos no caso do trabalho
noturno (art.404 da Consolidação, e art. 72, XXXIII, da CF) e, ainda:

196 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


[...) nos locais ou serviços prejudiciais à sua moralidade, [...] que se relacionem com
escritos ou quaisquer objetos ofensivos à moralidade.."
c) "A idade mínima é, por outro lado, estabelecida em 18 anos no caso do trabalho
noturno (art 404 da Consolidação, e art. 72, da CF) e, ainda:
[...] realizado em horário e locais que não permitam a frequência à escola." (art.
67, IV, do Estatuto).
d) "Poderá o juiz de menores autorizar ao menor de 18 anos o trabalho em casa de
diversão ou em circos, desde que a representação não lhe possa ofender o pudor ou
a moralidade, e quando a ocupação for indispensável à própria subsistência..."
e) "Poderá o juiz de menores autorizar ao menor de 18 anos o trabalho em casa de
diversão ou em circos, desde que a representação não lhe possa ofender o pudor
ou a moralidade, e quando a ocupação for indispensável à própria subsistência ou
à de seus ascendentes ou irmãos." (Art. 406 da Consolidação.)

08. “ ... no que se refere a instalações e à quantidade e qualidade dos professores."


Nas duas ocorrências do vocábulo a, só a segunda vem com acento grave indicativo
da crase, o que se deve ao fato de que:
a) só a segunda precede um nome feminino;
b) só a segunda segue a regência do verbo referir-se;
c) só no segundo caso ocorre a junção de preposição + artigo;
d) no primeiro caso, o nome feminino está no plural;
e) no primeiro caso, só há a ocorrência de artigo definido feminino singular.

09. O poeta aspirava________ felicidade, mas sem________ volta da amada ele não
_______ obteria.
A alternativa que completa corretamente as lacunas da frase acima é:
a) à, à, a
b) à, a, a
c) a, à, a
d) à, a, à
e) à, à, a

10. "... os autores e os escritores, com especialidade os gramáticos, não se entendem


no tocante à correção gramatical, vendo-se, diariamente, surgir..."
O uso do acento indicativo da crase se justifica, nesse caso, por:
a) ser correção uma palavra feminina;
b) marcar a junção de preposição e artigo;
c) estar numa locução adverbial;
d) indicar a contração de preposição e demonstrativo;
e) fazer parte de uma locução prepositiva.

MA&CEXO POEXEI1A 197


11. {ACCESS - TRIB. REG. DO TRABALHO - AGENTE ADMINISTRATIVO) "Isso levaria o
problema para a esfera federal. O Rio, com seus morros e favelas que são cidadelas à
margem do tecido urbano, com seus dramáticos desníveis sociais, oferece..."
Que regra a seguir justifica o emprego do acento grave indicativo da crase no frag­
mento destacado?
a) O termo antecedente exige, por sua regência, a preposição e o termo conseqüente
admite o artigo a. *
b) Nas locuções adverbiais formadas com palavras femininas.
c) Nas locuções prepositivas formadas com palavras femininas.
d) Nas locuções conjuntivas formadas com palavras femininas.
e) Nas combinações da preposição com o pronome demonstrativo.

12. A alternativa em que não se justifica o emprego de crase é:


a) Referia-se a isto, não à você. Você não é o dono da verdade, muito menos da resposta.
b) Todos correm às cegas, quando há briga.
c) Ele fazia uma citação à Machado de Assis.
d) Às vezes, ele me parece enlevado com isso.
e) Vou à Inglaterra hoje mesmo. Resolverei tudo, tudo, e voltarei imediatamente.

13.
1. Nesse dia os homens chegaram____________margem direita do rio.
2. Refiro-me_____ esta senhora e não àquela. Ela é a pessoa que me relata todos os
detalhes
3. Ele não irá mais_____ Brasília. Créio que não tenha se acostumado com o cfíma seco.
As lacunas das frases acima são preenchidas CORRETAMENTE pelas palavras da
alternativa:
a) à, à, a d) à, a, à
b) à, a, a e) a, a, à
c) a, a, a

14. {ACCESS - TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO - AUXILIAR JUDICIÁRIO)


1. Dona Maria Rita de Castro, se não sabes, sairei do escritório_____ cinco horas.
2. Não iremos_____ esta festa. Está superlotada, não tem comida, e a bebida certa­
mente está quente.
3. O presidente não compareceu_recepção aguardada durante todo o ano de
2002.
a) às, a, àquela d) às, a, aquela
b) às, à, àquela e) as, a, aquela
c) as, a, àquela

198 PORTUGUÊS PASA CONCURSOS


15. "Como se já não bastassem [... ] ataques explícitos à dignidade do menor,..."
A propósito da crase na passagem acima, ela é também obrigatória na seguinte frase:
a) Dadas as circunstâncias do caso, adiamos a sessão.
b) O crime é sério, haja vista as condições da vítima.
c) O réu fazia jus a pena menor que a aplicada peio juiz.
d) A eleição do Presidente da Junta implicará a do Vice-Presidente.
e) Esta sentença é semelhante a em que houve unanimidade dos jurados.

16. Em: "Existe em Nova Uma uma Importante mina dè ouro ~ a mina de Morro Veiho
- que, àquela época, vivia o seu fastígio, e era propriedade de uma companhia inglesa."
Quai a razão de àquela possuir o acento grave indicativo da crase?
a) Ser palavra feminina.
b} Fazer parte de locução adverbial.
c) Ser elemento de locução prepositiva.
d) Representar a união de a {artigo}'+ aquela.
e) Constituir um adjunto adverbial.

17.
1. Através dessa jovem dou o meu grito de horror_______ vida.
2. Quanto________ ela, até mesmo de vez em quando comprava uma rosa.
3. A moça________vezes comia num botequim um ovo duro.
A alternativa em que as lacunas das frases acima são completadas CORRETAMENTE
(sem mudança da ordem) é:
a) à,a, as
b) à, a, às
c) à, à, às
d} a, à, às
e} a, a, as

18. "Hoje deve haver menos gente por iá, ponderou; ótimo, porque assim trabalho à
vontade."
Assinale o item em que, igualmente, o acento grave é indispensável.
a) O prato de hoje é bacalhau a Chico Velho.
b) Malgrado as reclamações, nada fizeram.
c) O réu fazia jus a pena menor que a aplicada.
d) Isto se deve a toda deficiente moral de hora.
e) Retiraram-se todos em meio a guerras.

MARCELO PORTELLA. 199


19. A frase em que há erro no que se refere ao emprego do acento grave, indicador de
crase, é:
a) Já chegamos à Bahia.
b) O professor falara àquela aluna.
c) Comi bacalhau à Gomes de Sá.
d) É importante obedecer às regras do jogo,
e) Dirijo-me à Vossa Eminência para pedir-lhe desculpas.

20. A alternativa que apresenta erro no emprego do acento grave, indicativo de crase, é:
a) Preciso ir à Copacabana.
b) Ele chegou à uma e meia.
c) Seja rápido na sua ida à França.
d) O professor falará àquele aluno.
e) Não houve comentário àquela pergunta.

21. O emprego do acento grave (') indicativo de crase sobre o a é optativo em:
a) A lei fixará normas para o cumprimento dos requisitos relativos à sua função so­
cial.
b) A lei garantirá tratamento especial à propriedade produtiva. {Art. 185, parágrafo
único.)
c) O decreto (...] autoriza a União a propor a ação de desapropriação,
d) Compete à União desapropriar por interesse social [... ] o imóvel rural que não
esteja cumprindo sua função social.
e) Títulos resgatáveis no prazo de até vinte anos, 3 . partir do segundo ano de sua
emissão.

22. A insistência das secretarias estaduais de Fazenda em cobrar 25% de ÍCMS dos pro­
vedores de acesso_____ internet deve acabar na Justiça.______ paz atual entre os dois
lados é apenas para celebrar o fim do ano. Os provedores argumentam que não têm de
pagar o imposto porque não são, por lei, considerados empresas de telecomunicação, mas
apenas prestadores de serviço. Com o caixa quebrado, os Estados permanecem irredutí­
veis. O Ministério da Ciência e Tecnologia alertou formalmente ao ministro da Fazenda,
Pedro Malan, que_____ imposição da cobrança será repassada para o consumidor e pode
prejudicar o avanço da internet no Brasü. Hoje, pagam-se em média 40 reais por mês para
se ligar_____ rede.
Assinale a alternativa que, correta e respectivamente, preenche as lacunas do texto.
a) a, A, a, à
b) à, A, a, à
c) a, À, à, a
d) à, A, à, à
e) à, À, a, à

200 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


23. Assinale, entre as frases abaixo, aquela etn que o emprego da crase seria indevido.
a) Não me refiro a reunião désse mês.
b) Fique a vontade.
c) Abrimos as quintas-feiras.
d) Remeto a Vossa Senhoria todos os meus recibos.
e) Aludimos aquele fato recente.

24. Na frase: "Das revoltas da polícia africana às usinas de alumínio no Canadá", observa-
se a utilização de sinal indicativo de crase.
A opção em que a utilização deste mesmo sinal é obrigatória, é:
a) A menina estava atenta a tudo o que se passava.
b) Do fato ocorrido as notícias de jornal vai uma grande diferença.
c) Temos que medir as conseqüências do gesto político.
d) As novas gerações têm uma grande responsabilidade ambiental.
e) O Presidente vai analisar as medidas de segurança.

25. Só uma das alternativas completa, corretamente, o período abaixo. Assinafe-a:


"Anuiu_____ reivindicação feita, porque preferiu conservar o emprego _____
entregá-lo_____ que______postulavam."
a} a, a, aqueles, lhe
b) à, do que, àqueles, o
c) à, a, àqueles, o
d) a, à, àqueles, íhe

26. Preencha os claros com a{s), à(s), há, conforme for o caso.
1. Tais informações são iguais_____ que recebi ontem.
2. Sentei-me______máquina para escrever este relatório.
3. _____ meses que estudo para este concurso.
4. Estava_____ porta da casa quando você chegou.
5. Comecei_____ resolver esta prova com muita calma.
De cima para baixo, a seqüência no preenchimento dos claros é a seguinte:
a) as, à, Há, à, a
b) às, a, Há, à, a
c) às, à, a, há, a
d) às, à, Há, à, a
e) às, à, Há, a, à

27. O uso da crase está INCORRETO em:


a) Chegaram a argumentar cara à cara que não aceitariam sugestões.
b) Já demos nossa contribuição à associação beneficente do bairro.

MÀRCEtO ÍORTEUA 201


c) À custa de sacrifício, os estudantes conseguiram ser aprovados.
d) Transmita àqueles jovens nossa mensagem de esperança no futuro.
e) Esta construção é igual à que meu prrmo construiu na periferia.

28. "Mas muíto lhe será perdoado, à TV, pela sua ajuda aos doentes, aos velhos, aos
solitários."
Qual a justificativa do uso do acento grave indicativo da crase no exemplo do seg­
mento destacado?
a) Vir antes de palavra feminina.
b) A união da preposição + artigo definido.
c) Ser complemento nominai de perdoado.
d) O uso da preposição antes de palavra feminina.
e) A união da preposição + pronome demonstrativo.

29. O acento grave, indicador da crase, está empregado INCORRETAMENTE em:


a) Tal lei se aplica, necessariamente, à mulheres de índole violenta.
b) As novejas às quais assisti problematizavam a questão da droga.
c) Entregou as chaves da loja àquele senhor que nos desacatou na praça.
d) 0 delegado disse ao prefeito e aos vereadores que estava à procura dos foragidos.
e) O bom atendimento às pessoas pobres deve ser prioridade da nova administração.

30. O acento grave indicativo de crase não se aplica em "A herança maldita vem do Brasil-
Colônia e do Império, quando a grande propriedade fundiária se consolidou mediante a
exploração do trabalho escravo, um conúbio gerador de atraso e inquietação social."
Pelo mesmo motivo, ele também não é usado em:
a) Segundo a exigência do leitor.
b) Andei a cavalo a trote.
c) Estive a caminhar pelo jardim.
d) O público assistiu a peças interessantes,
e) Ela escreve bem a máquina.

31. O emprego da crase só está correto em:


a) Amanhã irei àquele espetáculo marítimo.
b) O padre fará o sermão para à juventude.
c) Tomará o remédio gota à gota.
d) Todos começaram à dançar.

32. Observe os trechos e as afirmações seguintes:


1. "Dizer apenas "meio" parece ser pouco (são reveladores os adesivos ecológicos,
colados nos carros, pedindo "um ambiente inteiro") e usar apenas "ambiente" aparen­

202 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


temente levaria a confusões.": não se emprega acento grave indicativo de crase porque
não há artigo que se contraia com a preposição.
2. "Ambas as palavras parecem desgastadas, tanto quanto a realidade física que des­
crevem: ...": a substituição da expressão sublinhada por outra no masculino evidencia que
"a" é preposição.
3. "Ambiente deve sugerir, aos seus adeptos, uma proximidade semântica m a i o r a
substituição da expressão sublinhada por outra no feminino permite o emprego do acento
grave indicativo de crase.
4. "Mas a expressão demonstra também o desejo de reforçar, por meio da redundância,
o sentido manifestado como se houvesse um temor de, caso contrário, perder-se a ideia
não se emprega acento grave indicativo de crase porque "a ideia" é sujeito, portanto não
pode estar regido de preposição.
Escolha uma das opções abaixo.
a) 1,3 e 4 estão corretas.
b) 1 e 3 estão corretas.
c) 1,2 e 3 estão corretas.
d) 2 e 4 estão corretas.

33. Uma das opções preenche corretamente as lacunas do texto abaixo. Assinaie-a.
Para sobreviver, somos obrigados__________________lutar pelo nosso espaço que___mui­
to tempo foi invadido pelo egoísmo e pela violência, para, daqui________ alguns anos,
podermos dizer que realmente vivemos_______ vida.
a) a, a, há, a d) à, há, há, a
b) a, a, há, à e) à, a, há, a
c} a, há, a, a

34. Assinale a opção em que se omitiu o acento indicativo de crase.


a) Comprei o telefone a duras penas.
b) Demos aquele funcionário a mensagem do fax.
c) Face a face, ele despediu o funcionário.
d) Releia a Sua Excelência os fatos ocorridos ontem.
e) O diretor se referiu a ela com elogios.

35. Ocorre ERRO do acento indicativo de crase na opção:


a) À toda hora, chegavam as estudantes aprovadas.
b) Ficamos à espera do resultado final.
c) Dirigiu-se àquele mestre com respeito.
d) Referiu-se atenciosamente às alunas que a haviam homenageado.
e) Os portões serão fechados pontualmente às sete horas.

MA&CELO PORTEIXA 203


36. Quanto ao uso da crase, a frase errada é:
a) Refiro-me à isenção de imposto.
b) Ao viajar à Europa, cuidado para não ultrapassar a cota.
c) Tenho dúvidas à respeito de franquia.
d) Esta mercadoria é atentatória à ordem pública.
e) Dirigi-me à fiscal de plantão. -

37. indique a opção que completa corretamente as lacunas do trecho abaixo.


É comum vincular_______ criatividade_______originalidade,________ ruptura de
padrões, ao desvio de modelos antes definidos. Supõe-se que a criatividade repousa sobre
as manifestações não sujeitas_______ regras pessoais e próprias de manifestação.
a) a, à, à, a
b) à, a, a, à
c) à, à, à, a
d) a, à, a, à
e) a, a, a, a

38. Assinale o item em que o uso do sínal indicativo de crase é proibido.


a) Ele não se limitou à consulta, verdadeiramente interessante.
b) À ela não cabe fugir, desaparecer, pois nada fez que a estigmatize.
c) Athenaíde prefere recolher-se à sua fazenda, onde pode despegar-se de sua dor.
d) A conversa com o pai trouxe à Laura a lembrança de outra passagem.
e) Pôs-se à porta, como guarda de uma princesa imaginária.

39. Marque a letra cuja seqüência preenche corretamente, pela ordem de aparecimento,
as lacunas do texto abaixo.
O exame das propostas de reforma fiscal,__________ primeira abordagem, leva
________ conclusão de que________ carga tributária continuará________ incidir mais
sobre salários e menos sobre lucros e grandes fortunas.
a) à, à, a, a
b) à, a, à, a
c) a, a, a, à
d) a, à, a, a
e) a, a, à, a

40. Assinale a opção em que o uso da crase está incorreto.


a) Os processos serio encaminhados à diretoria assim que os pareceres tenham sido
submetidos à apreciação do chefe.
b) Solicito à eminente Diretora a autorização a que tenho direito para participar do
congresso.

204 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


c) Exigiremos a presença das testemunhas durante a sessão de julgamento com vistas
à garantir a justiça.
d) Voltaremos a discutir as questões que se referem às conquistas sociais já assegu­
radas às mulheres trabalhadoras.
e) O Ministro chegará às dezoito horas, abrirá a sessão e procederá à leitura dos
pareceres.

41. Assinale a opção que preenche corretamente, quanto ao emprego do sinal indicativo
de crase, o texto a seguir.
________dimensão da aventura acrescentamos________ tecnologia do nosso sé­
culo, mas falta_______ muitos de nós o gosto por inventar, falta________que inventa
_______ ideologia do futuro.
a) K a, a, àquele, a
b) A, à, a, àquele, à
c) À, a, à, àquele, a
d) A, a, à, àquele, a
e) À, a, à, aqúeie, à

42. Assinale o enunciado que apresenta erro no uso da crase.


a) Os missionários dão origem à uma "cultura locai" que se inicia pelo contato.
b) É à curiosidade de entender a alma humana que devo meu amor aos índios.
c) Sendo necessária à concepção do discurso, a história é dele inseparável.
d) Este jogo de formações discursivas remete o texto à sua exterioridade.
e) Assim podemos demonstrar que à contribuição das línguas indígenas se associa
uma visão histórica.

43. Preencha as lacunas da frase abaixo e assinale a alternativa correta.


Comunicamos______ V. que encaminhamos_______ petição anexa_______ Di­
visão de Fiscalização que está apta_______ prestar________informações solicitadas.
a) a, a, à, a, as d) à, à, a, à, às
b) à, a, à, a, às e) a, a, à, à, as
c) a, à, a, à, as

44. Daqui_____ uma semana, conciui-se______fase de correção dos testes, e todos os


candidatos terão direito_______ revisão de prova que acontecerá________15 horas.
A opção que completa corretamente as lacunas da frase acima é:
a) à, a, à, às d) a, a, à, às
b) a, à, à, as e) à, a, a, às
c) a, à, a, as

MARCEtO PO&TE1LÀ 205


45. (ESAF - ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE) Indique a seqüência que preenche
corretamente as lacunas.
Para os desplugados, o Finnegan's Pub, localizado numa badalada esquina da noite
paulistana, é um bar como outro qualquer. Luz de penumbra, música aos berros, gente
de pé com copos na mão, ele tem uma diferença em relação________concorrência: um
computador que dá aos seus fregueses acesso________ Internet. Em torno da máquina
agiomeram-se umas cinqüenta pessoas todas as noites. É muita gente para um computador
só. Mas isso não impede que o bar, que começou______ oferecer o serviço______ nove
meses, se apresente como o mais antigo cibercafé do Brasil. Não é o único. Há outros cinco
bares espalhados por capitais brasileiras e um na cidade mineira de Juiz de Fora. A ideia
de criar bares com terminais de computador ligados_______ internet foi importada do
Primeiro Mundo, onde eles começaram_______ surgir________ de dois anos.
a) à, a, a, há, a, a, há cerca
b) a, à, à, há, à, a, acerca
c) à, à, à, à, a, a, a cerca
d) à, à, a, há, à, a, há cerca
e) a, a, à, a, à, a, a cerca

46. Indique a seqüência que preenche corretamente as lacunas indicadas com


(______ )
De uma forma mais genérica,_______ que substituir_______ imagem centralizada
e que tende_______ uniformidade de indivíduo possuidor de alguns direitos e submeti­
do ________ deveres igualmente abstratos, isto é, desligados das circunstâncias sociais e
culturais reais, o que reduz a vida sociai_______ relações do indivíduo e do Estado, pela
imagem invertida de uma relação______ mais direta possível entre a identidade pessoal
ou coletiva e o universo aberto da técnica, das redes de comunicações e dos mercados.
Alain Touraine, Correio Braziiiense, 9/8/97
a) há, a, à, a, às, a
b) à, à, a, à, as, a
c) há, à, a, à, às, a
d) a, à, à, a, às, a
e) a, há, à, a, as, a

47. O nepotismo, o filhotismo, a lisonja, a corrupção e outros vícios foram sempre insepa­
ráveis_____ critério de nomeação e promoções, em maior ou menor escala, nos diversos
países. Quem ler a "Arte de Furtar", escrita no século XVII, poderá colher impressões me­
lancólicas sobre os costumes administrativos de Portugal, inevitavelmente transmitidos
ao Brasil nos tempos coloniais. Em_____ período monárquico,______ despeito do esforço
moralizador de Pedro II e de alguns estadistas da época, os cargos públicos, ainda_____
de natureza estranha_____ política ou______imediata confiança dos governantes, era,
de modo geral, a paga_____ dedicações partidárias ou pessoais.
Aliomar Baleeiro

206 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


a) do, todo, à, que, à, a, pelas
b) do, todo o, a, quando, à, à, das
c) ao, cada, à, se, à, à,pelas
d) ao, todo o, à, que, à, à, às
e) do, qualquer, à, quando, a, a, a

48. Marque a opção em que o conjunto de palavras preenche adequadamente as lacu­


nas.
Para muitas pessoas não habituadas____ ildar com às questões relativas_____ apli­
cação da lei penal,________agravação das penas é vista como uma forma de reduzir as
taxas de criminalidade. Supõe-se que os criminosos se determinam________prática de
atos antissociais estimulados pela leniência das sanções criminais. E, mais ainda, convenci­
dos de que o quadro gerai e amplo da impunidade servirá de manto protetor______ suas
investidas delituosas.
a) à, à, à, a, às d) a, à, a, à, às
b) a, a, à, à, às e) à, à, a, à, às
c} a, a, à, à, as

49. Reconheça o par em que há emprego facultativo de acento indicador de crase.


a) "Às vezes o afinador não ganha isso durante a viagem." / às claras
b) "Para atender ao serviço de estradas, à instrução, às eleições,..." / desobedecer à
instrução
c) "Para atender ao serviço de estradas, à instrução, às eleições,..." / atender à sua
eleição.
d} "Em frente à Câmara, agravando pelo som a sensação de calor..." / em relação à
votação
e) Desconheço a resposta correta.

50. Assinale a opção cujos elementos preenchem corretamente as facunas do texto


seguinte.
Vimos informar_____ V. que durante os trabalhos da Comissão Especial seus
integrantes estarão sujeitos_____ mesmas normas que regulamentam as diretrizes
das outras e que_____ conclusões devem retornar______mesa do conselho no prazo
estabelecido para serem analisadas e encaminhadas_____ todas as secretarias com a
máxima urgência. O acesso aos resultados é liberado_____ quem possa interessar.
a) à, às,as, a, a, à
b) à, às,às, a, à, a
c) a, as,às, à, à, a
d) a, às,as, à, a, a
e) a, às,às, à, a, à

M A S tca op orcEUA 207


51. _______ liberdade________ que________ muito aspiras,________ ela tornou-se
possível mas_______ que eu desejava não tenho hoje mais aspirações.
a) A, a, há, a, a
b) A, a, há, à, a
c) A, a, há, a, à
d) A, à, há, a, à .
e) A, à, há, à, a

52. Dada a oração "Apresenteí-lhe à namorada"


a) a crase se justifica pelo objeto indireto;
b) a crase incorre em agramaticalidade porque empregada com objeto direto;
c) a regência do verbo empregado exige a crase;
d) a crase está empregada para afastar ambigüidades semânticas;
e) a relação entre o objeto indireto e o direto é tal que torna compulsória a ocorrência
da crase.

53. "Trata-se de alargar sua base filosófica de tal modo que as preocupações teleológlcas
não constituam obstáculo à fiel transcrição dos fenômenos."
A crase ocorrida no fragmento acima é justificada:
a) por exigência regencial e particularização do substantivo "FENÔMENOS", respectiva­
mente;
b) por exigência regencial e particularização do substantivo "TRANSCRIÇÃO",
respectivamente;
c) exclusivamente por exigência regencial;
d) exclusivamente por particularização do substantivo 'TRANSCRIÇÃO";
e) pela ocorrência dos adjuntos adnominais "FIEL" e "DOS FENÔMENOS", simulta­
neamente.

54. "A matéria________que me refiro não é aquela________ que Vossa Excelência se


referiu concernente_______ diretrizes________ critério das esferas superiores."
a) à, à, a, à
b) a, à, a, à
c) a, a, a, a
d) à, a, a, a
e) à, à, à, a

55. "_______ pessoas mencionadas farei referência, considerando que________ pou­


cas horas dedicadas_________ discussão do tema impõem essa tarefa__________nós
e _______ irmanados pela consciência do dever."
a) As, a, à, a, aqueles

208 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


b) As, há, à, a, aqueles
c) Às, há, a, a, àqueles
d) Às, as, à, a, àqueles
e) As, as, à, a, àqueles

56. Assinale a alternativa INCORRETA.


a) A arquitetura desta cidade é muito semelhante à que vimos na viagem a Veneza.
b) Dirijo-me a Vossa Excelência a fim de solicitar-lhé apoio a mais antiga reivindicação
desta cidade.
c) Para não sermos obrigados a renunciar a nossa liberdade, resistiremos a qualquer
pressão.
d) Não se atribui à Sr.9 Ministra qualquer propensão a doenças cardíacas; apesar disso
foi submetida a exercícios e a uma leve dieta.

57. _____ beira do leito, assistiu___________________________________ amiga, hora______ hora,


sempre_____ espera de um milagre.
a) À, à, à, a, à
b) A, a, a, a, à
c) À, a, a, a, à
d} À, a, à, à, à

58. Marque a opção que apresenta o emprego incorreto do acento grave indicativo de
crase.
a) O recurso falhou quanto à instruções contidas no RISTJ.
b) Não procedeu à demonstração analítica das circunstâncias.
c) Isto é imprescindível à caracterização do dissídio jurisprudencial.
d) Não conheço do recurso pela pretendida violação à alínea c.
e} Nego provimento à apelação.

MARCELO PORTELLA 209


CAPÍTULO

COLOCAÇÃO PRONOMINAL

MAXCELO PORTEUA 211


CAPÍTULO 6
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
NÚMEROS PESSOAS RETOS OBLÍQUOS
•?5tNGÜÍ.ÀRM ^PRiMÊÍRft? ■■:EÜ ■■
ftSINGlijJs&S víségünM í
: SINGULA. Stercéir Â-:: W hM M ê I !í‘S Ê Si;>GGNSi^Òr ÍEÉÈ>^àra" É ;
PLURAL PRIMEIRA NÓS NOS. CONOSCO, a NÓS etc
PLURAL SEGUNDA vós VOS. CONVOSCO, a VÓS etc
PLURAL TERCEIRA ELES-ELAS SE, SI, CONSIGO, tOSr AS LHES), a ELES, para ELAS
* Os pronomes destacados aparecem na oração antes, no meio e depois do verbo.
São os casos de colocação pronominal, que estudaremos neste capítulo.

NOÇÕES GERAIS
- Colocação dos pronomes átonos é a disposição que se dá a estes na
frase, colocando-os antes, no meio ou depois do verbo.
- A colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos, vos, o,
a, lhe, os, as, lhes) segue a algumas regras básicas como:
- Não se inicia frase com pronome oblíquo átono.
- Não se utiliza pronome oblíquo átono depois de verbo no particfoio.
- Palavras de determinadas classes gramaticais servem como fator
de atração do pronome oblíquo átono, pondo-o antes do verbo (próclise)
obrigatoriamente.

A NORMA E A ORALÍDADE
As regras que definem a colocação do pronome oblíquo átono no Brasil
são a realidade da língua falada em terras lusitanas. Isso faz com que o abis­
mo que separa as regras de colocação e o modo que nós, brasileiros, falamos
seja enorme. Estudar colocação pronominal para prova é, portanto, estudar
as regras, as cacofonias, as colocações frente aos demais aspectos da língua
e as posições do pronome nas locuções verbais. Poucas são as interferências
semânticas a serem analisadas. Portanto, vamos em frente.

212 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


CASOS DE PRÓCLISE, MESÓCUSE E ÊNCLISE
Próclise - utilização do pronome obiíquo átono antes do verbo;
A cartomante te disse tudo. Serei feliz sim!
Ninguém me fará de tolo. Sou atento aos males do homem.
Mesóciise - utilização do pronome oblíquo átono no meio do verbo;
SimS Far-te-ão novas exigências.
Di-lo-iam os impudicos: não abdicaremos da satisfação.
Ênclise - utilização do pronome oblíquo átono depois do verbo;
Deixaram-na na Rua Sorocaba - Centro de Botafogo,
impuseram-lhe outras condições.

CASOS DE PRÓCLISE OBRIGATÓRIA


1. Com conjunções subordinativas
Como te disseram, a religião não deve interferir no Estado de Direito.
(Conjunção adverbial.}
Quero que me inclua em seus sonhos. (Conjunção integrante.)
2. Com pronomes relativos, indefinidos, interrogativos e demonstrati­
vos:
Eu preciso dizer aue te amo. (Cazuza)
Ninguém te ama como eu. (Anjos de resgate)
Pobre de auem me tiver depois de você. (Roberto Carios)
Isto nos convém.
3. Com orações optativas (que indicam desejo):
Raios te partam / Deus te guarde.

Observação: Neste caso, temos não uma palavra atrativa, mas uma expressão
que define a utilização obrigatória da próclise.
4. Com advérbios sem pausa:
Não sei como te trataram. Você não merecia.
Amanhã o procurarei. Preciso falar tudo.

MARCELO PORTBtLA 213


5. Com gerúndio precedido da preposição em:
Em se tratando de mentiras, ele é doutor.

Observação geral: Em qualquer hipótese, havendo uma pausa após a utilização


do termo atrativo, a próclise passa a ser proibida.
Exemplo: Não, deixa-me falar com você.

CASOS DE MESÓCLISE
- Dá-se a mesóclise com o futuro do presente e o futuro do pretérito,
quando a próclise não é obrigatória.
Eis um caso de colocação pronominal que é na realidade uma arcaís­
mo. Ninguém no quotidiano, salvo textos escritos em nível demasiadamente
formal, faz uso da mesóclise.
Exemplos:
O dono do circo arraniar-lhe-á um emprego.
Ele facilitar-nos-ia as coisas.

Observação: Nos exemplos com futuros do presente e do pretérito, é também


possível a próclise.
Eu te entregarei a minha vida. (Mesmo havendo um fator de mesóclise,
a próclise é devida.)
Eu entregar-te-ei a minha vida. (Como não há fator de próclise, o futuro
do presente monta a próclise.)

CASOS DE ÊNCÜSE OBRIGATÓRIA


A regra mais básica da ênclise parte da impossibilidade normativa de
se utilizar o pronome oblíquo átono em Início de frases.
- Com verbo no início da oração
Reaeiu-se com vigor à nova provocação.
- Depois de pausa sem verbo no futuro do presente ou futuro do
pretérito
Jamais, encontrei-o aqui. (A vírgula, no caso, impede a próclise, pois
não se inicia frase com pronome oblíquo átono.)

214 PORTUGUÊS PARA CONCtl RSOS


LOCUÇÃO VERBAL
A locução verbal é formada por verbo auxiliar (conjugado) + verbo
principal (no infinitivo, gerúndio ou particípio - formas nominais).
As locuções verbais constituem um todo significativo. Assim o ver­
bo principal tem responsabilidade de reproduzir o significado enquanto o
verbo auxiliar tem a função de indicar as fiexões
Exemplo:
O motorista estava indo para a garagem.
Os motoristas começaram a gritar no meio do trânsito. (Locução iigada
por preposição.)
Nela se enquadram os tempos compostos, que são formados pelos
verbos auxiliares ter ou haver, seguidos do particípio do verbo que se quer
conjugar.
Exemplo de tempos compostos
Pretérito perfeito: tenho falado
Pretérito mais-que-perfeito: tinha falado
Futuro do presente: terei falado
Futuro do pretérito: havia falado
A colocação dos pronomes oblíquos átonos nas locuções se dá dentro
dos seguintes parâmetros:
- Com gerúndio e infinitivo
Próclise ao verbo auxiliar:
A preguiça te está prejudicando.
Ênclise ao verbo auxiliar:
Ele quer-te dar seu testemunho de gratidão,
ênclise ao verbo principal:
A empregada precisa pedir-lhe adiantamento.

Observação: o infinitivo, em qualquer caso, permite a utilização da ênclise.


- Com particípio:

MARCELO PORTELLA 215


Próclise ao auxiiiar:
Ele me tem dado muitos desgostos.
Ênclise ao auxiliar:
A filha tem-no magoado constantemente.

DICA DE PROVA

A grafia do pronome átono em ênclise ao verbo auxiliar deve ser


evidenciada pelo emprego do Gramáticas contemporâneas fes­
tejadas já fazem menção ao fato, comum ao brasileiro, de se poder
dispensar tal indicação. A questão é controversa. Já se observaram
inúmeras questões em que as Bancas Examinadoras, acatando indi­
cações, por tratar-se de fato característico do Português do Brasil,
têm aceitado tal fato.

Considere as terminações verbais para a correta colocação dos


pronomes oblíquos átonos.

ADEQUAÇÃO NO USO DA ÊNCLISE


Verbos terminados em R, S e Z, ao utilizarem os pronomes (o, a, os, as)
em ênclise perdem essas letras, e ao pronome é acrescido o L.
Exemplos:
Pedimos os documentos a todos - Pedimo-lo a todos.
Ela quis a verdade - Ela aui-la.
Eu fiz o que deveria - Eu fi-lo.
Verbos terminados em som nasal, ao utilizarem os pronomes (o, a, os,
as) em ênclise adiciona-se o N aos pronomes.
Exemplos:
Põe o carro na garagem - Põe-no na garagem.
Cantaram a minha música na festa - cantaram-na.
Observe as terminações relacionadas às pessoas gramaticais:
Põe-lo é segunda pessoa (pões + o)
Põe-no é terceira pessoa (põe - o)

216 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


Cuidado com a acentuação na hora de utilizar o pronome oblíquo.
Exempíos:
Instruir - instruí-lo (acentuado pela regra dos hiatos)
Partir - Parti-lo (não acentuada - oxítona terminada em I)
Cantará - Cantá-lo-á (1§ oxítona terminada em A-2§ monossílabo tônico)
DICA DE PROVA - PARALELISMO

Analise com muito cuidado a utilização dos pronomes oblíquos


átonos com os verbos e os pronomes possessivos:

[1] Fora a vida que procuraste com tua mão que a fez tão capaz
para a guerra.
Nesse caso, temos o verbo e o pronome "tua" em segunda pessoa
do singular, e 0 pronome oblíquo em próclise definida pelo pronome
relativo "que". Texto dentro do padrão culto da língua.

[2] Foi o tempo que procuraste com tua mão que fê-la tão capaz
para a guerra.
Nesse caso, temos o verbo e o pronome "tua" em segunda pessoa
do singular, e 0 pronome oblíquo em ênclise - colocação inade­
quada por causa do fator de próclise "que" Texto fora do padrão
culto da língua.

[3] Foi o tempo que procurastes com vossa mão que fê-la tio capaz
para a guerra.
Nesse caso, temos o verbo e o pronome "vossa" em segunda pessoa
do plural, e o pronome oblíquo em ênclise - colocação inadequada
por causa do fator de próclise "que". Texto fora do padrão culto
da língua.

[4] Foi o tempo que você procurou com sua mão que fê-la tão
capaz para a guerra.
Nesse caso, temos o verbo e o pronome "sua" em terceira pessoa
do singular, e o pronome oblíquo em ênclise - colocação inade­
quada por causa do fator de próclise "que" Texto fora do padrão
culto da língua.

MAÃCELO PORTELLA 217


[5] Foi o tempo que você procurou com tua mão, que a fez tão
capaz para a guerra.
Nesse caso, temos o verbo e o pronome "tua" em pessoas gra­
maticais diferentes. O verbo, na terceira pessoa e o pronome, na
segunda e o pronome oblíquo em próclise definida pelo pronome
relativo "que". Essa estrutura está fora da norma, não pelo prono­
me oblíquo átono, mas pela falta de paralelismo entre o verbo e o
pronome possessivo.

DJCA DE PROVA - ESCOLHA DO PRONOME OBLÍQUO

[1] Doutor Gomez, espere-me até as 15:00h, eu quero ir consigo


à clínica.
Observe agora que o verbo esperar está na segunda pessoa do
imperativo afirmativo (você) e o pronome "consigo" está equivoca-
damente utilizado como a segunda pessoa do discurso-quando sua
função é reflexiva. Nesse caso, deveríamos utiliza o pronome "com
você". Contigo seria um equívoco, pois não haveria paralelismo.

[2] Ele não mim informou da presença do candidato eleito na ce­


rimônia.
Nesse caso, o equívoco está na escolha do pronome. Dever-se-ia
utilizar um pronome oblíquo átono em próclise (me informou) e
fez-se uso de um pronome oblíquo tônico "mim"

[3] A mim me parece que a constituição deve ser referendada por


um plebiscito.
A forma "a mim me..." sugere um equívoco, mas não há. Existe ape­
nas um reforço, pleonasmo, com a intenção de enfatizara primeira
pessoa do texto.

[4] Lembro-me de ti a todo momento; sinto uma profunda saudade


de você.
Mais uma vez, temos falha no paralelismo. Foram utilizadas as segun­
da e terceira pessoas relacionas respectivamente no TI e no VOCÊ.

218 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


[5] Já recebi o recado de que aqueles processos são para mim des­
pachar.
Nesse caso, o equívoco se dá não mais na noção de colocação, mas
regência. A estrutura sintática está utilizando indevidamente o pro­
nome oblíquo tônico mim como sujeito do verbo despachar.

LOCUÇÕES COM PREPOSIÇÃO


Auxiliar + preposição + infinitivo - duas construções
Exemplos:
Há de ferir-se ou há de se ferir.
Deixou de apanhá-lo ou deixou de o apanhar.

CACOFONIA NA COLOCAÇÃO
- A cacofonia na colocação pronominal configura erro.
Exemplos:
Amá-la-ia em momento agradável.
Vou-me iá. Voito daqui a pouco.
Ana te tinha falado, mas você nunca quis admitir.

MARCELO PORTELLA 219


EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

COLOCAÇÃO
01. Assinale as frases com erro de colocação do pronome átono.
a) Tenho lembrado-me dos últimos momentos de meu pai.
b) Já não me lembrei de fazer tais observações.
c) "Quero lhe dizer que a coisa aqui está preta".
d) Tu estás-nos ofendendo.
e) Hoje far-te-ei entrar prazerosamente.
f) Ninguém está vendo-nos.
g) Você está me machucando.
h) Tendo afastado-se logo, não viu o fim do conflito.
i) Não poder-me-iam impedir, mesmo que quisessem,
j) Vou-me aguentando pelas esquinas.
k) Tenho insultado-te?
I) "Ter-lhe-ia sido nociva alguma de minhas prescrições?
m) Tenho-lhe dito tudo o que penso,
n) Não posso levar-lhe tal informação,
o) Pretendemos contratá-la.

RESOLVENDO A QUESTÃO
Na análise deste exercício, leve em consideração dois aspectos importantes:
1-) Diferenciar verbos e locuções verbais.
25) A relação de prevalência ou prioridade (primeiro analisa-se a possibilidade de
PRÓCLISE, depois de MESÓCLISE, depois de ÊNCLISE).
a) Não se permite ÊNCLISE com o verbo no particípio.
b) Duas construções, neste caso, são possíveis:
Já me não lembrei (APOSSÍNCL1SE - menos comum).
Já não me lembrei (PRÓCLISE —mais comum).
Observação: Tanto o termo Já (advérbio) quanto o termo não (palavra de sentido negativo)
são fatores que obrigam a PRÓCLISE.
c) Apesar de a norma padrão não prever a colocação do pronome oblíquo átono
soito entre verbos (locução verbal), muitos gramáticos e escritores consideram
saudável esta forma de colocação. Para efeito de vestibular e concursos público,
considere-a correta.

220 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


d) Pronome pessoal do casso reto deixa o uso da PRÓCLISE ou da ÊNCLISE (nesta
oração) facultativos.
e) Na hierarquia da colocação, a PRÓCLISE prevalece sobre a MESÓCLISE. Como "Hoje"
é um advérbio (fator de PRÓCLISE), a frase deveria ser redigida assim: "Hoje te
farei...".
f) É permitida a ÊNCLISE com o verbo no gerúndio (vendo).
g) Outro caso correto em que o pronome oblíquo átono está solto entre verbos.
h) Não se permite ÊNCLISE com o verbo no particípío.
i) A MESÓCLISE representa o uso incorreto do pronome, pois a palavra não é um
fator de PRÓCLISE, a qual deveria prevalecer.
j) A utilização de ênclise ao verbo auxiliar é correta,
k) Não se permite ÊNCLISE com o verbo no particípio.
I) Neste caso, só seria possível a utilização da MESÓCLISE (verbo no futuro do pre­
sente).
m) A utilização de ÊNCLISE ao verbo auxiliar é correta.
n) O infinitivo, em qualquer momento, permite a utilização da ÊNCLISE.
o) Idêntico ao anterior.

Para continuarmos o estudo de colocação pronominal é necessário que


não nos esqueçamos de alguns detalhes:
- A boa sonorização na colocação do pronome oblíquo átono deve ser
respeitada.
- Não confunda casos proibidos, facultativos e obrigatórios de próclise,
mesóclise e ênclise.

MAS.CEXO POBTELLA 221


EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

NÍVEIS FÁCIL E MÉDIO


01. Coloque o pronome oblíquo TE em próclise, mesóclise ou ênclise, junto ao verbo
grifado:
Exemplo: Observou com carinho. Observou-7f com carinho.
1. Vejo hoje.
2. Mandarei depois.
3. Nunca convidarei.
4. Espero que ajudem.
5. Aqui acusaram.
6. Aqui, acusaram.
7. Desejando um bom Natal, despeço-me.
8. Vem, porque amo.
9. Vim porque amo.
10. Deus proteja, meu amigo.

02. Assinale as frases com erro de colocação do pronome átono.


a) Jamais livrar-te-ás de mim.
b) "Ninguém me ama/ Ninguém me quer..."
c) Eu seguir-te-ei até o fim.
d) Quem te magoou?
e) Nada desagrada-me tanto.
f) Nos ajudarão sempre.

03. Coloque o pronome no lugar conveniente:


1. Espero que__escrevas__.(ME)
2. Não__queiras__mal. (ME)
3. Quem perguntou isso?(LHE)
4. dá um cafezinho. (ME)
5. Deus__abençoe__! (TE)
6. Quando__vi,__alegrei__(TE-ME)
7. ofereceu um presente. (LHE)
8. Em__tratando__disso, você está certo. (SE)
9. ___tratando___ disso, você está certo. (SE)
10 . _______ Jamais____ perdoarei. (IHE)

222 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


04. Marque as colocações incorretas do pronome pessoal.
1. { ) Tenho prevenido-o.
2. { ) Haviam-no denunciado.
3. ( ) Nada darei-te de presente.
4. ( ) Se a memória não me falha...
5. ( ) Se me não falha a memória.
6. ( ) Só não chamei-lhe de idiota.
7. { ) Eu havia conferido-lhe as contas.
8. ( ) Nunca dir-te-ei o segredo de Maria.

m abcelo pg r tb u à 223
EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO

NÍVEL AVANÇADO
01. Os pronomes oblíquos átonos se dispõem na oração antes, no meio ou depois do
verbo. (próclise> mesóclise e ênclise)
A substituição do termo em destaque por um pronome pessoal está correta, de
acordo com a norma cuita da linguagem.
a) Cantaremos todas as músicas suaves.
Cantaremo-ias.
b) Peço-te que não respondas aos iuízes presentes.
Peço-te que não os respondas.
c) Nós encontramos os motivos inspiradores na reunião.
Nós encontramos-os na reunião.
d) Põe o espelho verde no corredor da sala.
PÕe-no no corredor da sala.
e) Vamos comprar os equipamentos de mergulho na praia.
Vamos comprar-los na praia.

02. Indique o período que apresenta colocação pronominal contrária às regras da norma
padrão.
a) Precipitou-lhe decepção a reação inesperada da secretária de estado, embora não
lhe ficasse querendo mal portal conduta.
b) Meu Deus! Nem me quero lembrar dos anos em que andavam se agredindo sem
quê nem porquê!
c) Ninguém dirigiu-se ao chefe, em ocasiões como aquela, dando-se ares de tanta
importância!
d) Depois de algum tempo, os amigos se reencontraram, muitos sem nem o terem
desejado.
e) Nunca lhe darei tanto dinheiro, que o faça tornar-se um beberrão.

03. Assinale a alternativa correta quanto ao emprego de pronomes.


a) Professor Antônio, espere-me um pouco; eu quero ir consigo à audiência.
b) Ele não mim informou da presença do candidato eleito na cerimônia.
c) A mim me parece que a constituição deve ser referendada por um plebiscito.
d) Lembro-me de ti a todo momento; sinto uma profunda saudade de você.
e) Já recebi o recado de que aqueles processos são para mim despachar.

224 PORTUGUÊS PARA CONCURSD5


04. Marque a alternativa em que há erro quanto à colocação de pronome oblíquo átono.
a) Para Maria Luísa, que encorajou-me a proliferar estas histórias, ofereço este li­
vro.
b) Pedro arriou o feixe de lenha, voltou-se para os filhos e sorriu.
c) Infelizmente, não lhe foi possível dominar as divagações.
d) As linhas irregulares da costura tumultuaram-se no avesso da roupa.
e) O esgotamento, confundiu-se com a fome, ia envolvendo o velho lenhador.

05. "Agora o mesmo não se pode dizer de um serviço de bondes."


Das alterações feitas na frase acima, aquela em que a colocação do pronome átono
sublinhado contraria a norma culta do português contemporâneo do Brasil é:
a) Agora o mesmo não se haveria de dizer de um serviço de bonde.
b) Agora o mesmo não estaria se dizendo de um serviço de bonde.
c) Agora o mesmo não deveria-se dizer de um serviço de bonde.
d) Agora o mesmo não poderia dizer-se de um serviço de bonde.
e) Agora o mesmo não teria se dito de um serviço de bonde.

06. Na passagem "De repente, foi assaltada por um adolescente, que a roubou ... " o
pronome pessoal oblíquo está em posição proclítica.
Segundo a norma culta, esta é a colocação correta, porque:
a) a oração é iniciada por palavra interrogativa;
b) há uma palavra de valor negativo na frase;
c) o verbo não está no futuro do presente;
d) a oração é subordinada desenvolvida;
e) há um advérbio antes do pronome.

07. Considerando a substituição da expressão grifada por um pronome oblíquo e as alterações


propostas para a forma de tratamento do trecho a seguir, a opção em que a frase está correta é:
"Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez toa rosa tão importante " (SA1NT-EXUPÉRY)
a) Foi o tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante.
b) Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fê-la tão importante.
c} Foi o tempo que perdestes com vossa rosa que fê-la tão importante.
d) Foi o tempo que você perdeu com sua rosa que fê-la tão importante.
e) Foi o tempo que você perdeu com tua rosa que a fez tão importante.

08. Das afirmações abaixo, referentes ao pronome “Io" grifado no trecho abaixo, a que
se pode considerar FALSA é:
“Uns cães viram um couro mergulhado num rio. Como fora da água seria mais fácil
comê-lo, começaram a beber água a fim de esvaziar o rio. Contudo, estouraram e morre­
ram, por excesso de líquido no estômago, antes de alcançar o que desejavam."

MARCEtOfOBTEIXA
a) Quando o verbo termina em "r", não se emprega o pronome oblíquo enciítico o
nem no (e respectivos femininos e plurais), e sim jo, ja, jos, Ias.
b) Antes dos pronomes oblíquos enclítácos Jo, ja, jos, e ]as, o "r" final do verbo é eli­
minado.
c) Sempre que se elimina o "r" final do verbo, em contato com ]o e seus femininos e
plurais, a última vogal do verbo recebe acento gráfico.
d) O pronome exerce a função de objeto direto.
e) Os pronomes oblíquos, nas formas Io. no (e respectivos femininos e plurais), nunca
ocupam a ppsição proclítica.

09. Considerando o emprego e a colocação dos pronomes, a frase com erro é:


a) Sem mais para o momento, subscrevemo-nos com elevada consideração.
b) Em nome da transparência, informamo-lo do ocorrido.
c) Fi-lo porque foi necessário.
d) Amo-o mais que a nós mesmos.
e) Comunicamo-los que o carregamento chegará quatro horas mais tarde, em virtude
de um acidente na linha férrea.

10. A opção em que é facultativa a colocação proclítica ou enclítica do pronome grifado é:


a) "A perpetuação ou aquisição da cultura é um processo social e não biológico, razão
pela qual se usa, às vezes, o termo herança social em lugar de cultura";
b) "A existência da cultura liga-se a necessidades especificamente humanas";
c) "Como se faz esse pudim?";
d) "A única mensagem positiva é que até 1995 o banco dava prejuízo, o que confirma
o que já se sabia!" (Cartas dos Leitores, Jomal do Brasil, 30/07/1997.);
e) "É quase unânime a opinião de que se praticou uma injustiça na concessão de uma
remuneração, por toda vida, de R$ 11.000,00/mês, em função de sete meses de
trabalho." (idem, 01/08/1997.)

11. O item em que o antecedente do pronome relativo está corretamente indicado é;


a) Agora mesmo está nas telas uma risonha Regina Duarte grata à confiança que a
população deposita nos Correios, (que - Regina Duarte)
b) O festival de autocongratulação consumiu boa parte dos 120 milhões de reais que
o governo (só a administração direta) gastou no ano passado, (que-festival)
c) Há muitas comparações que não deixam dúvidas sobre o que produz melhores
resultados, (que - muitas)
d) ... ou muito menos para anunciar a existência de uma Ouvidoria que acolhe queixas
da população contra barbaridades policiais? (que - Ouvidoria)
e) Basta dar uma espiada no panorama nacional, em que pululam temas para cam­
panhas... (que - espiada)

226 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


12. Onde o pronome está erradamente empregado?
a) fez + o = fê-lo;
b) diríamos + o = di-lo-íamos;
c) pondes + o + ponde-lo;
d) tem + o = tem-no;
e) diríeis + o = diríei-lo

13. Se substituirmos as palavras sublinhadas em:


1. " ... com a aprovação dos que presenciaram a cena..."
2. "... a violência começa a gerar expectativas..."
por pronomes, pessoais, as substituições corretas, de acordo com a norma culta,
estarão na seguinte alternativa:
a) com a aprovação dos que presenciaram-na/a violência começa a as gerar
b} com a aprovação dos que a presenciaram/a violência começa a gerar-íhes
c} com a aprovação dos que presenciaram ela/a violência começa a gerar elas
d) com a aprovação dos que a présenciaram/a violência começa a gerá-las
e) com a aprovação dos que a presenciaram/a violência começa a gerar-Ias.

14. De acordo com a norma culta, há ERRO no emprego do pronome sublinhado em:
a} Isto não é trabalho para eu fazer.
b) Mandei-o entrar.
c} O tempo traz consigo o esquecimento,
d) Ao avarento não jhe peço nada.
e} Vossa Excelência conseguiu realizar todos òs vossos propósitos.

15. Está incorreto o emprego do pronome em:


a} Deixarão a encomenda com nós mesmos.
b) A mim não me convém este jogo.
c) Isto é tarefa para eu fazer rápido.
d) Desejamos para si o melhor.

16. "Deram-me, ontem, um novo endereço da loja."


"As referências desta loja não foram boas."
O pronome reiativo que estabelece uma relação sintática entre os dois períodos,
transformando-os num só, é:
a) que;
b} cujas;
c) quais;
d) as quais;
e) quantas.

MARCELO PORTE1XA 227


17. De acordo com a norma culta, há ERRO no uso do pronome pessoal sublinhado em:
a) Nada houve entre eu e você.
b) Empreste o livro para eu ler.
c) É hora de eles voltarem.
d) Deixe-os entrar,
e) Basta-me a terra.

18. De acordo com a norma culta, está INCORRETA a colocação do pronome pessoal
átono em:
a} Sempre a desejou como madrinha.
b) Quando o chamaram, ficou nervoso.
c) Ninguém ]]ae informou o resultado.
d) Recusou o prêmio que ofereceram-lhe.
e) Os alunos não e procuraram depois da aula.

19. De acordo com a norma culta, só há ERRO na colocação do pronome em:


a) Que a terra lhes seja leve!
b) Expliauei-lhe o motivo das férias.
c) Companheiros, escutai-me!
d) Lembrarei-me de alguns belos dias.
e) Nunca sê adivinharia nela um anseio.

20. Nas passagens do texto, fez-se ao lado outra colocação dos pronomes pessoais, subli­
nhando-os. A passagem em que o deslocamento não se acha previsto pela norma culta é:
a} "A miséria se politizaria, passando a..."/A miséria polítizar-se-ia, passando a...
b) "... numa forma de mantê-la e preservá-la "/numa forma de a manter e a preservar,
c} "... passa a servi-la, convertendo-se, ele próprio ..."/passa a servi-la, se convertendo,
ele próprio...
d) "Não há interesse em erradicá-ias."/Não há interesse em as erradicar.
e) "... uma vez que estes pró-homens da miséria do povo não querem resolvê-la.7
uma vez que estes pró-homens da miséria do povo não a querem resolver.

21. Das alternativas abaixo, a que contém erro na substituição do que está sublinhado
peio respectivo pronome pessoal, mantida a mesma colocação, é:
a) "Na favela, tal como está organizada, reproduz-se semelhante estrutura/Vreproduz-
se ela;
b) "A favela, em seu arcabouço constituinte, reproduz o sistema de produção."/
reprodu-lo;
c) "De seus becos e labirintos emergem os poderosos/Vemereem-nos:
d) " ... uma vez que tal medida implicaria transformações sociais lesivas ao egoísmo
do establishment ..."/implicá-las-ia;

228 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


e) "Os poderes vigentes entregam a favela a Zaca/Ventregam-iha.

22. "... temo que ela possa servir mais como bandeira política..."
Transformando-se a expressão verbal da passagem acima e acrescentando-se o
pronome oblíquo "lhe" a construção inaceitável segundo a norma culta brasileira é:
a) ... que e!a devesse-lhe poder servir.
b) ... que ela devesse poder-lhe servir.
c) ... que ela devesse poder servir-lhe.
d) ... que ela lhe devesse poder servir.
e) ... que ela devesse poder lhe servir.

23. "... permitindo aos súditos de Sua Majestade Britânica..." Que forma de tratamento
abaixo está corretamente abreviada?
a) Vossas Majestades - V. MM.
b) Sua Senhoria —S. S.
c) Vossa Magnificência - V. M.
d) Vossa Alteza - V. Alt.
e) Vossa Excelência - V. Ex5.

24. Marque a opção cuja colocação do pronome sublinhado obedece à norma culta.
a} As universidades já têm cursos especiais para alunos de Terceira Idade que se
querem reciclar.
b} A diferença para as turmas convencionais é uma só: ninguém submete-se a provas
e exames.
c) Os meninos nunca deram-se a oportunidade de cantar coisa mais elaborada,
d} Se pode correr 100 metros em cinco segundos quando se é um atleta.
e) Farão-se as garantias da pesquisa para que os resultados sejam bons.

25. Nas passagens abaixo, aquela em que o pronome sublinhado admite outra colocação
na frase, segundo a norma culta, é:
a) "Criou-se entre nós a ideia equivocada de que um homem só está bem vestido..."
b) "Os defensores incondicionais do terno se esquecem de que sua elegância fica
seriamente comprometida..."
c} "Não se trata de uma apologia às bermudas..."
d) 'Venham justamente de quem, no exercício de suas atividades diárias, se vê obri­
gado a usar as togas..."
e) "Abaixo a gravata, essa argola no beiço dos que se dizem civilizados."

26. O pronome ihe tem valor possessivo na seguinte alternativa:


a) João lhe pediu desculpas.
b) Admiro-lhe a inteligência penetrante.

MASCEXO POKTEILA 229


c) O porteiro entregou-lhe as cartas do inquilino.
d) Depois da ameaça, o funcionário obedeceu-lhe.
e) O chefe deu-ihe instruções precisas sobre o projeto.

27. De acordo com a norma culta, há erro na colocação do pronome sublinhado na


seguinte alternativa:
a) A paz lhes seja concedida.
b) O júri vai entregar-lhe o prêmio amanhã.
c) Não lembrarei-me nunca do que você disse.
d) Eu já tinha lido aqueles livros que me deram.
e) O professor disse-nos que não haveria mais tempo.

28. É comum o uso de abreviaturas ao endereçar-se a correspondência oficiai.


Considerando-se o endereçamento:
Exms. Sr.
Dr. João de Souza
DD. Procurador G erai...
devemos entender o "DD " Como
a) douto;
b) distinto;
c) digníssimo;
d) destinatário;
e) decodifícador.

29. Assinale a opção em que a colocação do pronome oblíquo está INCORRETA quanto
à norma culta da língua.
a) Não pude dar-lhe os cumprimentos, por estar fora da cidade.
b) Agora tem-se dado muito apoio técnico ao pequeno empresário.
c) Ter-lhe-famos pedido ajuda, se o víssemos antes do resultado.
d) Como me propiciou momentos agradáveis, fui bastante paciente.
e) Quem o levará a tomar decisões tão importantes para o País?

30. Assinale a alternativa onde o pronome pessoal está empregado corretamente.


a) Para mim, viajar de avião é um suplício.
b) Este é um problema para mim resolver.
c) Entre eu e tu não há mais nada.
d} A questão deve ser resolvida por eu e você.
e) Me dá um cigarro, meu amigo!

230 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


CAPÍTULO

PONTUAÇÃO

m akcbu ) P o a rm A
CAPfTULO 7
PONTUAÇÃO

PONTUAÇÃO NAS ORAÇÕES


0 estudo da pontuação deve partir de três aspectos fundamentais da
língua:
1 - A organização na relação entre as palavras - sintaxe
Um Exemplo bom para isso é observara colocação da vírgula antes ou
depois de um determinado termo:
Exemplo:
[1] As mulheres ajudam os homens na folga.
Nesse caso, a nio utilização da vírgula define "os homens na folga"
como objeto direto do verbo ajudar.
[2] As mulheres ajudam, os homens, na folga.
Nesse caso, a primeira vírgula define um período composto, quer dizer,
duas orações. A segunda define a elipse de um verbo (por exemplo: "ficam").
Nessa construção o verbo ajudar é utilizado como intransitivo.
H- A sonorização através de combinações de pausas e continuidade
de leitura
Exemplo:
[1] Neste exato momento, os professores deveriam estar aqui.
Nesse caso, a pausa define uma forma facultativa, visto que a pronuncia
com pausa ou sem é indiferente quanto ao significado do texto.
III - A busca do estilo ou ênfase
Exemplo:
Este homem é um forte candidato ao cargo - Diretor Geral. (Deu-se
destaque ao nome do cargo.)
Este home é um forte candidato ao cargo de Diretor Geral.

232 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


O PONTO
Também conhecido como ponto simples. Utilizamos este sinal de pon­
tuação quando desejamos finalizar algum tipo de declaração.
"Ninguém é dono de seus próprios atos quando os seus atos ultrapas­
sam o limite do direito individual."

O PONTO FINAL
É utilizado para encerrar uma sentença, quer dizer a última parte de
um texto.
Observação: O ponto também pode ser encontrado em abreviações
ou ainda em substituições de vírgulas ou dois pontos.
Etc., D.F.
O comendador do Rio negro cantara muito à madrugada. E bebia sem
parar. E gritava como um louco.
- Neste caso o ponto no lugar da vírgula é um mecanismo de estilo.

A VÍRGULA
A vírgula, na estrutura textual, é fundamental tanto na relação signi­
ficativa quanto na relação sonora ou de entonação. Vista como um simples
marcador, define uma pausa um pouco mais suave que a do ponto.
Fique atento! A vírgula mal empregada pode trazer alguns embaraços
ao escritor menos cuidadoso.
Observe as passagens abaixo:
Se a menina, ao ser abordada fisicamente pelo seu namorado responde...
Não, para!
... certamente soube empregar a vírgula com muito bom censo. Mas
se esta mesma menina é um pouco mais descuidada na utilização deste sinal,
incorre na possibilidade de dar maior trabalho aos pais. Observe:
Não para!

MASCELO PORTBUA 233


O EMPREGO INDEVIDO DA VÍRGULA
A base do entendimento na utilização da vírgula é SINTÁTICA. Logo,
conhecer as funções sintáticas dos termos de uma oração ajuda em muito na
hora de definir ou não o uso da vírgula.
"Aquele trabalhador braçal, nunca demonstrava a sua alegria."
- Observe que nesta passagem a utilização da vírgula se mostra in­
devida, pois o sujeito Aquele trabalhador braça! não pode ser separado do
verbo demonstrava.

AS REGRAS DE UTILIZAÇÃO DA VÍRGULA


Nas passagens que compõem uma estrutura de enumeração:
"0 Rei do futebol - jogador inteligente, dedicado ao treino, apaixonado
pelo esporte inovador por excelência - jamais terá um substituto à altura."
- O último elemento da enumeração pode aparece com um conectivo
aditivo.
Em intercalações, quando palavras ou expressões se interpõem entre
o sujeito e o verbo; entre o verbo e seus complementos (objetos) ou entre
verbo e predicativo:
"A vida, naquele momento triste; parecia duas gotas de sangue"-su­
jeito e verbo separados.
"O velho mercenário aostara. sem compromisso com a verdade, daquela
mulher adúltera/' Verbo e objeto separados.
No adjunto adverbial deslocado quando buscamos destacá-lo ou
quando se faz muito extenso.
"Em uma tarde quente e úmida, milhares de crianças partiram para o
céu."
"À noite, somente à noite, encontra r-te-ei"
Para destacar predicativo quando este vier afastado do verbo de ligação:
"Ansioso, gritou bem alto o nome dela "
No aposto explicativo
"Pelé, o Rei do futebol, chegará ao Rio de Janeiro nesta quarta-feira
próxima."

234 PORTUOUâS PARA CONCURSOS


Observação: Não há vírgula no aposto especificativo: "O Estado do Rio de
janeiroé belíssimo"
No vocativo
"Queridos professores, vocês são a alma desta instituição!"
Cuidado com a confusão sujeito/vocativo
Marcelo, volta agora! (Verbo no imperativo-vírgula separando o vocativo.)
Marcelo volta agora. (Verbo no presente do indicativo 3§ pessoa - sem
vírgula, pois Marcelo é o sujeito.)
Definir a eiipse verbal
"A voz de Deus ecoou pelos montes; a do homem, pelo chão"
De regra, há vírgula entre orações coordenadas sindéticas e assin-
déticas.
"O som enobrecia, mas também incomodava nossos ouvidos."
"Ana cantava, e João Henrique se dedicava aos porcos."
"Desejou desistir, segurou aqueie forte criminoso, jogou~se do trem em
movimento"

Observação: Orações coordenadas aditivas ligadas pelo conectivo E com o


mesmo sujeito normalmente não faz uso da vírgula.
"Paulo canta e dança."
- Há exceção se houver polissíndeto (Ele canta, e dança, e grita, e corre.)
Nas orações adjetivas explicativas
"Meu pai, que sempre fora um homem bom, jamais aceitou compor­
tamento rude"

Observação: Algumas orações podem evidenciar valor explicativo ou restri­


tivo, dependendo da intenção do articula dor.
[1] Os seus filhos que são belos serão fotografados.
Nesse caso, parte dos filhos dessa pessoa é bela e só essa parte será
fotografada.
[2] Os seus filhos, que são belos, serão fotografados.
Nesse caso, tratando-se de uma explicação, todos os filhos são belos,
consequentemente todos serão fotografados.

BÍAECELOPORTBIIA 235
Nas orações adverbiais deslocadas
"Se me não fores honesta como deves ser, deixar-te-ei."

Observação: As mesmas regras que valem para as orações desenvolvidas


valem para as reduzidas:
"Ao deixar a varanda da sala, alojou-se na cama que outrora pertencera
a seu irmão "

Observação: Para efeito de provas, algumas bancas definem como facultativa


a utilização da vírgula em orações adverbiais deslocadas. Questões
desse tipo devem ser feita por eliminação.

PONTO E VÍRGULA
É utilizado quando se busca uma pausa mais intensa sem a intenção
de finalizar o período:
"O brilho nos olhos daquele homem comovia a pessoa mais ruminante;
tristeza era o seu nome."
Também serve para ordenar itens:
A estratégia da equipe é esta;
a) agir com velocidade;
b) buscar o ataque até o fim;
c) atacar em bloco.
Separar duas pausas menos intensas.
"Tom e Cláudia são ótimos. Este, na música; aquela, na poesia/'

DOIS PONTOS
Usam-se os dois pontos, geralmente:
Para introduzir uma explicação, um esclarecimento:
"Cada criatura humana traz duas almas consigo: uma que olha de dentro
para fora, outra que olha de fora para dentro..."
(Machado de Assis)
Para introduzir uma citação ou a fala do personagem:
"O avô costuma resmungar:
Quem sai aos seus, não degenera.."

236 PORTUGUâS PARA CONCURSOS


PONTOS DE INTERROGAÇÃO E EXCLAMAÇÃO
O ponto de interrogação marca o fim de uma frase interrogativa direta:
Qual é a sua verdadeira intenção, amigo?"
O ponto de exclamação marca o fim de frases optativas, imperativas
ou exclamativas:
"Que vida nós temos hoje!"

RETICÊNCIAS
As reticências interrompem a frase, marcando uma pausa longa, com
entoação descendente. São usadas basicamente:
Para indicar uma hesitação, uma incerteza ou mesmo um prolonga­
mento da ideia:
"Eu sempre soube que ele... Não é que ele fez mesmo!"
Para sugerir ironia ou segundas intenções:
"Esta criança não parava nem por um minuto.
Maravilhoso pais que... São belos exemplos de como não se educar."
"Meu amor, que você acha de..."

ASPAS
As aspas são usadas para assinalar citações textuais e para indicar
que um termo é gíria, estrangeirismo ou que está sendo usado em sentido
figurado:
E o rei falou a todos: "Todos temos o direito ao primeiro erro."
"Minha namorada estava "amarrada" na ideia de viajar para Natal"

Observação:
[1] O ponto que se segue à ao texto com aspas deve vir antes da segunda.
[2] Há palavras que geram dúvidas quanto ao uso ou não das aspas. Os
estrangeirismos são exemplos disso, observe:
Eu ofereci ao meu amigo o contato através de e-mail. (Empréstimo
cultural - sem aspas.)
Iremos ao Shopping Center hoje. (Empréstimo cultural - sem aspas.)

MARCELO POB.TELLA 237


Não deixo de passar um bom weekend com a minha namorada. (Sem
aspas. É um estrangeirismo. Usado sem contexto ou necessidade.)

TRAVESSÃO OU PARÊNTESES
Para definir um aposto:
"A Praia — o maior refúgio dos cariocas — é uma conquista da filosofia
do "descanse mais "
"A Praia (o maior refúgio dos cariocas) é uma conquista da filosofia do
"descanse mais."

Observação: As funções dos dois são muito similares, a diferença entre eles
está na entonação, mais pausada no caso do travessão, além do caráter
estilístico, mais objetivo no caso dos parênteses.
Intercalar reflexões e comentários à seqüência da frase:
"Eu questiono — pela décima vez dizia isso — quem vai assumir o papel
do estado neste longo caminho?"
Também marca a mudança de interlocução nos discursos diretos:
Quem foi que lhe afirmou tal intemperança?
- A viúva a qual tanto teimas em defender."

COMPOSIÇÕES SEMÂNTICAS
Observe essa frase extraída da internet: "Se o homem soubesse o
valor que tem a mulher andaria de quatro a sua procura". Essa frase nos é
interessante visto que se a vírgula é colocada antes de "a mulher" certamente
a reescritura será de um homem. Se for colocada depois, de uma mulher.
A utilização da vírgula definindo o significado da sentença.
[1] Não, espere pelo professor.
[2] Não espere pelo professor.
[1] 1,24 % do dinheiro era falso.
[2] 12,4 % do dinheiro era falso.
[lj Acredito na sorte, obrigado.
[2] Acredito na sorte obrigado.

238 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1. "Podem acusar-me: estou com a consciência tranqüila."


Os dois pontos (:) do período acima poderiam ser substituídos por vírgula, explici­
tando-se o nexo entre as orações pela conjunção:
a) portanto;
b) e;
c) como;
d) pois;
e) embora.

RESOLVENDO O EXERCÍCIO 1
A relação entre as duas orações é apenas semântica. Sio coordenadas assindéticas.
A segunda oração nocionalmente ratifica a ideia de explicação da afirmação acima.
Resposta: D.

2. Assinale o texto de pontuação correta.


a) Eu, posto que creia no bem não sou daqueles que negam o mal.
b) Eu, posto que creia, no bem, não sou daqueles, que negam, o mal.
c) Eu, posto que creia, no bem, não sou daqueles, que negam o mal.
d} Eu, posto que creia no bem, não sou daqueles que negam o mal.
e) Eu, posto que creia no bem, não sou daqueles, que negam o mal.

RESOLVENDO O EXERCÍCIO 2
No primeiro caso, a utilização da vírgula é determinada peia intercalação "posto
que creia no bem". No segundo caso, a vírgula antes do pronome relativo que não
é possível, pois a oração e adjetiva restritiva.

3. Observe as frases:
I) Ele foi, logo eu não fui.
II) O menino, disse ele, não vai.
III) Deus, que é pai, não nos abandona.
IV) Saindo ele e os demais, os meninos ficarão sós.
Assinale a afirmativa correta.
a) Em I há erro de pontuação.
b) Em li e lil as vírgulas podem ser retiradas sem que haja erro.
c) Na !, se se mudar a vírgula de posição, muda-se o sentido da frase.
d) Na II, faltam dois pontos depois de disse.

MARCELO PORTEU.A 239


RESOLVENDO A QUESTÃO 3
1) Oração coordenada conclusiva é normalmente introduzida por vírgula.
2) Vírgula na oração intercalada.
3) Toda oração subordinada adjetiva explicativa vem entre vírgulas, quando interca­
lando a oração principal.
4) Quando a oração adverbial se apresenta deslocada do final do período para antes
da oração principal, a vírgula é obrigatória.
Resposta: C.

240 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

NÍVEIS FÁCIL E MÉDIO


01. (CESPE) A pontuação é responsável peia mudança de sentido da frase em:
a) Vivo só, com um criado. / Vivo só com um criado.
b) Lembrou-me reproduzir no Engenho Novo a casa em que me criei na antiga rua de
Matacavaios. / Lembrou-me reproduzir, no Engenho Novo, a casa em que me criei,
na antiga rua de Matacavaios.
c) O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adoles­
cência. / O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida e restaurar, na velhice,
a adolescência.
d) Se só me faltassem os outros, vá. / Se só me faltassem os outros... vá.
e) Um homem consola-se mais ou menos das pessoas que perde. / Um homem
consola-se, mais ou menos, das pessoas que perde.

02. (ESAF) Assinale a opção em que está corretamente indicada a ordem dos sinais de
pontuação que devem preencher as lacunas da frase abaixo.
Quando se trata de trabalho científico _ duas coisas devem ser consideradas _ uma
é a contribuição teórica que o trabalho oferece _ a outra é o valor prático que possa ter.
a) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula.
b) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula.
c} vírgula, dois pontos, ponto e vírgula.
d} ponto e vírgula, dois pontos, ponto e vírgula,.
e} ponto e vírgula, vírgula, vírgula.

03. Escolha a alternativa em que o texto é apresentado com a pontuação mais adequada.
a) Depois que há algumas gerações, o arsênio deixou de ser vendido, em farmácias,
não diminuíram os casos de suicídio, ou envenenamento criminoso, mas aumentou
e - quanto... o número de ratos.
b) Depois que há algumas gerações o arsênio, deixou de ser vendido em farmácias,
não diminuíram os casos de suicídio ou envenenamento criminoso, mas aumentou:
e quanto ! o número de ratos.
c) Depois que, há algumas gerações, o arsênio deixou de ser vendido em farmácias,
não diminuíram os casos de suicídio ou envenenamento criminoso, mas aumentou
- e quanto! —o número de ratos.
d) Depois que há algumas gerações o arsênio deixou de ser vendido em farmácias -
não diminuíram os casos de suicídio, ou envenenamento criminoso, mas aumentou;
e quanto - o número de ratos.

MA&CELO POBTELLA 241


e) Depois que, há algumas gerações o arsênio deixou de ser vendido em farmácias,
não diminuíram os casos de suicídio ou envenenamento criminoso, mas aumentou;
e quanto, o número de ratos i

04. Assinale a alternativa que contém os sinais de pontuação adequados à seguinte frase.
"Carlos todo os domingos segue a mesma rotina praia futeboi Jantar em restaurante..."
a) vírgula, vírgula, ponto e vírgula, vírgula, vírgula, ponto.
b) vírgula, vírgula, dois pontos, vírgula, vírgula, ponto.
c) vírgula, ponto e vírgula, vírgula, vírgula, ponto.
d) vírgula, dois pontos, vírgula, vírgula, ponto.
e) vírgula, vírgula, vírgula, vírgula, vírgula, ponto.

05. No trecho "O Japão, mais do que qualquer outro país daquele lado do mundo, encanta
e atraí os habitantes deste lado”, justifica-se o uso das vírgulas por
a) ser uma oração apositiva;
b) Ser uma oração coordenada deslocada;
c) Ser uma oração adverbial deslocada;
d) Constituir uma oração adjetiva deslocada;
e) Formar uma oração explicativa.

A Organização Internacional do Trabalho convocou os conselhos brasileiros da Infân­


cia e da Adolescência a combater o trabalho infantil, a partir de números que são terríveis:
há 7,5 milhões de crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos neste país que efetivamente
trabalham. E entre os que contam com mais de 14 anos, apenas 25 % têm carteira assinada,
o que, conforme aquefa instituição vinculada às Nações Unidas, configura o fato de serem
"vergonhosamente exploradas".

06. Justifica-se o emprego dos dois pontos na linha 3 por anteceder:


a) um exemplo;
b) um esclarecimento;
c) uma observação;
d) um aposto;
e) uma enumeração.

7 - (ITA) Assinale a opção em que, retirando-se a vírgula ou mudando-se a sua posição,


não se obtém alteração de sentido.
a) Isso também pesa aos brasileiros, que têm carro a álcool.
b) Pediu que contemplássemos a bela visão, da ampla janela.
c) Mariana foi, logo Mário não pôde ir.
d} Como precisava de ajuda, procurou Maria, sua melhor amiga.
e) Obtivemos, em jufho, os passaportes; só em dezembro, porém, é que viajamos.

PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


8 - Assinale a letra que corresponde ao período de pontuação correta.
a) Deu uma, última entrevista ocasião, em que pôde expor melhor suas intenções.
b) Deu uma última entrevista, ocasião em que pôde expor melhor suas intenções.
c) Deu uma última entrevista, ocasião em que, pôde expor melhor, suas intenções.
d) Deu uma última entrevista ocasião em que, pôde expor melhor, suas intenções.
e) Deu uma última entrevista ocasião em que, pôde expor melhor, suas intenções.

9 - (FCC) Leia com atenção:


Mas age que nem criança. Cai aqui, levanta acolá(l). Enfim, corre (2). E, pula, e grita, e
chora, e cansa (3). É pena, porém {4}: o tempo não voita, rapaz(5).
Assinale a alternativa que não justifica o emprego da vírgula, de acordo com o texto.
a) Situação (1): a vírguia é usada para separar orações coordenadas assindéticas.
b} Situação (2): a vírgula é usada para separar advérbio deslocado,
c} Situação (3): a vírgula é usada para separar a conjunção "e", repetida, dando ideia
de mobilidade.
d} Situação (4): a vírgula é usada para separar a conjunção deslocada,
e) Situação (5): a vírgula é usada para isolar o aposto.

10 - (FGV) Assinale a alternativa em que a(s) vírgula(s) são empregadas pela mesma razão
que na frase abaixo.
a) "Mariazinha, branca como uma safa de cirurgia, recitou." (Coelho Neto)
b) "Camisas verdes e calções negros, corriam, pulavam, choravam-se." (Aníbal Ma­
chado}
c) "A Cascatinha da Tijuca, porém, prima pela graça." (José de Alencar)
d) "A quiromancia, leitura de cartas para previsões futuras, é tida como ilegal." (JC -
17.10.93}
e} A meu pai, com efeito, ninguém fazia falta. (Otto Lara Rezende)

11 - (FGV) Associe cada frase ao que se diz sobre ela e assinale a alternativa incorreta.
a) Os candidatos, que sempre enfrentam muito nervosismo, devem procurar manter
a calma.
O uso das vírgulas deixa subentendida a ídeia de que todos os candidatos enfrentam
nervosismo.
b) "O tumulto leva a uma conclusão. Existe uma bancada de parlamentares de esquerda
interessada em impedir a revisão de qualquer maneira."
O uso dos dois pontos depois de "conclusão" é bastante indicado, pelo valor de aposto
que o segundo período assume em relação ao primeiro.
c) "Pedro, aquele candidato precipitado marcou a resposta errada."
Uma vírguia, depois de "precipitado", altera o sentido mas não muda a função sintática
de termo ou termos da oração.

MARCELO PORTEtlA 243


d) "Quando o tele porto estiver funcionando no Rio de Janeiro empresas poderão
alugar salas com toda essa infra-estrutura."
A oração subordinada adverbial, posposta à principal, deveria ser isolada por vírgula.
Portanto, este sinal deveria ter sido colocado depois de "Rio de Janeiro".
e) "Uma sociedade é violenta quando a miséria de muitos sustenta o luxo de poucos."
A ausência da vírgula depois de "violenta" não constitui transgressão às normas
de pontuação.

12 - Responda à questão abaixo de acordo com o texto a seguir.


REDE
Gustavo Bernardo

O diário corresponde, na faia, à conversa, com os próprios botões. Mas não se pode
conversar apenas com botões. Inclusive, aprende-se a falar pela observação dos outros, pelo
interesse nos outros. A conversa consigo mesmo, da qual as crianças são mestras, indica
claramente a presença da falta.
Um tanto paradoxal esta expressão: "presença da falta". Porém, precisa. A falta
que todo homem carrega consigo o tempo todo, tanto dos outros quanto daquele que ele
podia ser mas ainda não é, se faz uma presença viva, perceptível no papo das crianças com
seus amigos imaginários, no sonho dos adultos com seus desejos frustrados, na insônia dos
apaixonados em suas camas de solteiro. A falta que todo homem carrega consigo o tempo
todo é aquela que explica e dá sentido a boa parte dos seus atos e lapsos.
Eis a palavra, testemunhando a ausência e a falta. A falta depositada nos diários
testemunha a falta do autoconhecimento e, é claro, a necessidade da autoafírmação.
Mas não nos falta apenas conhecer-nos. Falta-nos conhecer todos e tudo. Logo,
não se escrevem única e exclusivamente diários. Escrevem-se bilhetes, cartas, artigos de
jornal, livros e discursos públicos, a cada texto se marcando a presença de determinada
falta. Quando então o ato muda.
O diário afirma o indivíduo para si mesmo. Uma carta já o afirma para outro sujeito,
e daí se tem de pensar neste outro no momento da escrita, uma vez que ele passou a fazer
parte do ato. O outro, ao adentrar o espaço da comunicação, modifica radicalmente o texto:
no visual, no estilo, na seqüência, nas informações.
Por sua vez, um artigo de jomal, ou um capítulo teórico como este, buscam bem mais
de um outro só, buscam muitos outros leitores (quanto mais melhor). Todos estes outros,
desejados e possíveis, invadem e transformam/transtornam a mensagem, e não poderia ser
de outro modo. Tudo o que existe cobra a sua existência. Se existe um leitor, pelo simples
fato de existir, ele estará cobrando seu espaço no texto, na carta - cobrando que a coisa se
escreva de modo que ele entenda (ele, e talvez mais ninguém, pois por enquanto tratamos
de uma carta), que ele sinta e possa responder, Da mesma maneira, se existem mil leitores,,
pelo simples e inusitado (no Brasil) fato de existirem, eles estarão cobrando seu espaço no
artigo, no livro teórico, no romance - cobrando que a coisa se escreva de modo a que se
entenda, e se sinta, e mexa por dentro, e cobrando que se diga algo que ainda não tenha
sido dito, para valer a pena.

244 PORTUGUÍS PARA CONCURSOS


Por exemplo: não vou escrever este livro à moda de diário {ninguém deve estár
muito interessado se tomei café com leite ou não de manhã cedo, nem se eu consegui
acordar cedo). Também não vou escrevê-lo à moda de uma carta (o que eu sinto e penso
de pessoas muito especiais não será da conta de outras tantas que eu quero ver lendo este
livro). Entretanto, se eu souber bem que isto daqui é nem diário nem carta, posso, por breves
parágrafos, fingir que estou falando comigo mesmo, ou fingir que estou falando com aquele
leitor {leitora...) como se fosse o único {única). Será uma técnica esperta, e perfeitamente
legítima, de romper a monotonia da teoria e fazer um carinho verbal no leitor (na leitora 1).
Em geral, o leitor ou leitora não devem ser os únicos (senão, este livro virou um best seller
às avessas). Mas, no momento em que leem, são eles (vocês) unicamente que me leem, e
eu devo contar tanto com o geral, buscando ser claro e agradável a muitos, quanto com o
particular, buscando ser fino e pessoal àquele e àquela (a você).
Portanto, a diferença de quantidade (no caso, de leitores) gera diferença na quali­
dade (no caso, no modo de dispor palavras e ideias). [....1
Atenção: uma teoria, uma dissertação, não é diametralmente oposta a um diário
ou a uma carta. Ao contrário, traz consigo as funções do diário (autoconhecimento e auto-
afirmação) e as funções da carta (procura de alguém, procura de ouvido, espelho e reflexo).
Acrescenta-lhes outras na soma que transforma o texto. Escrever para o outro, ou para
outros, continua representando o ato de afirmar-se, firmando no papel as próprias ideias.
Além disso, implica considerar atentamente a existência alheia. E a consideração da existência
alheia passa pelo esforço de facilitar o acesso geral às ideias próprias em questão.
Com licença: quem sabe, sabe se explicar. Todo mundo que escreve deve deixar
para o leitor o esforço de pensar sobre o que leu, e não o sacrifício de adivinhar o que se
queria ter dito - este é o ponto.
Enfatizo, no entanto, uma coisa: preocupar-se com o leitor representa preocupar-se
com o seu entendimento preciso, mas não eqüivale a subordinar-se humilhantemente, não
eqüivale a escrever apenas o que o outro quer ver escrito. Escritor e leitor não são o mesmo
sujeito, são sujeitos diferentes e a diferença deve ser, além de respeitada, ainda defendida
com unhas, dentes e verbos.
A necessidade da preocupação com o outro anda junto com a necessidade da auto-
afirmação. As duas necessidades não se podem negar, sob pena de não. se atender nem a
uma nem à outra. O outro precisa de mim e eu preciso do outro, porque ambos precisamos
da diferença. A diferença é o referencial único para sabermos que somos únicos, originais,
e talvez especiais para alguém. O outro não precisa que eu fale o que ele quer ouvir, pois
isto ele mesmo já se disse. Ele não precisa somente do seu espelho.
Precisa, sim, muito de um reflexo - do reflexo inesperado que estabelece a dife­
rença entre os diferentes. Precisa se reconhecer diferente, para acalmar a angústia daquela
pergunta primeira: "quem sou eu?" Quem se fala afirma a si mesmo no ato da fala e da
escrita, firmando ideias e estilos pessoais, justínho para entregar ao outro o que o outro
não tem - mas precisa demais.
Uma redação, assim, nunca é um produto acabado, pronto para ser entregue ao
mestre e por este enquadrada no conceito devido (ou indevido). Antes, será redação: ação

MARCELO POKTELLA 245


de tecer a rede dos acontecimentos e dos relacionamentos, guardando o acontecido na
memória verbal das gerações, pescando o acontecível no extenso lago das faltas e ausências .
testemunhadas pelas palavras daqueles que falam e se fafam.
(BERNARDO, Gustavo. Redação inquieta. Rio de Janeiro: Giobo, 1991, p. 15-17)

Assinale a alternativa em que a alteração de pontuação proposta para o trecho acarrete


mudança de sentido.
a) Uma redação, assim, nunca é um produto acabado, pronto para ser entregue ao
mestre e por este enquadrada no conceito devido (ou indevido).
Uma redação assim nunca é um produto acabado, pronto para ser entregue ao
mestre e por este enquadrada no conceito deviflo (ou indevido).
b) Quem se faia afirma a si mesmo no ato dafala e da escrita, firmando ideias e estiios
pessoais, justinho para entregar ao outro o que o outro não tem - mas precisa
demais.
Quem se fala afirma a si mesmo no ato da fala e da escrita, firmando ideias e esti­
los pessoais, justinho para entregar ao outro o que o outro não tem, mas precisa
demais.
c) O diário corresponde, na fala, à conversa, com os próprios botões.
O diário corresponde, na fala, à conversa com os próprios botões.
d) Será uma técnica esperta, e perfeitamente legítima, de romper a monotonia da teoria
e fazer um carinho verbal no leitor (na leitora!}
Será uma técnica esperta - e perfeitamente legítima - de romper a monotonia da
teoria e fazer um carinho verbal no leitor (na leitora!).
e) Mas não nos falta apenas conhecer-nos. Falta-nos conhecer a todos e a tudo.
Mas não nos falta apenas conhecer-nos; falta-nos conhecer todos e tudo.

13 - Assinale a alternativa em que o uso da vírgula é facultativo (desconsidere a possibi­


lidade de substituir a vírgula por outro sinal).
a) "Oh! Como és linda, mulher que passas"
b) "Teus sofrimentos, melancolia"
c) "...filho da nobreza da terra e o maior dos médicos do Brasil, de Portugal e das
Espanhas."
d) "D. Evarista mentiu às esperanças do Dr. Bacamarte, não lhe deu filhos robustos
nem mofinos."
e) "... meteu-se em Itaguaí, e entregou-se de corpo e alma ao estudo da ciência"

14 - A afirmação correta sobre a pontuação no texto é:


a) As quatro vírgulas na chamada em destaque indicam supressão do verbo.
b) No primeiro parágrafo, a vírgula após "casa" separa duas orações de valor sintático
equivalente.

246 PORTUGUÊS PARA CONOJRSOS


c) Ainda no primeiro parágrafo, na segunda linha, uma vírgula após "jeito" tornaria a
ideia da frase mais clara.
d} Os dois pontos presentes em "Nada mais naturai:" (primeiro parágrafo) e em "não
torça para o time dos outros: " (terceiro parágrafo) estabelecem o mesmo tipo de
relação de significação entre os elementos que ligam,
e) A frase nominal que constitui o slogan da propaganda poderia ser assim pontuada:
"VARIG, Brasil, a nossa companhia aérea", sem prejuízo para a sua correção.

15 - AS PRÁTICAS ESCOLARES DE LEITURA


Na escola, tal como a conhecemos, a leitura de textos nunca deixou de estar pre­
sente, em qualquer das disciplinas que nela se ministram (técnicas ou não). Mas é no interior
daquela disciplina que teria a própria leitura como seu objeto de estudos (as aulas de língua
e literatura) que esta prática é mais surpreendente. Nas aulas de português, a presença da
leitura tem tido um objetivo muito particular: o da transformação do texto que se lê em
modelo, isto por diferentes caminhos:
i) O texto transformado em objeto de uma leitura vozeada (ou da oralização do texto
escrito), em que se lê para "provar" que se sabe ler. Recomendava-se, em geral, que o pró­
prio professor fizesse uma leitura em voz alta do texto, e depois solicitasse que seus alunos
lessem o texto: aluno por aluno (às vezes sadicamente, aquele aluno que o professor percebe
estar com a alma vagando longe da sala de aula) vão lendo partes do texto. Lê melhor aquele
que melhor se aproxima do modelo de leitura dado: a leitura do professor. Evidentemente,
trata-se hoje de urria prática felizmente já ausente das aulas contemporâneas.
II) O texto transformado em objeto de uma imitação. A leitura nada mais é do que
a motivação para a produção de outros textos pelo aluno. Com ela, dois resultados podem
ser perseguidos: ou que o aluno escreva outro texto tratando do mesmo tema (ainda que
tal tema lhe seja distante) ou que o aluno tome o texto como modelo formal para escrever,
sobre outro tema, mas na forma do texto lido (e os alunos então escrevem poesias, crônicas,
contos, fábulas, etc., sempre de acordo com o modelo a ser seguido).
II) O texto transformado em objeto de uma fixação de sentidos. Os sentidos que o
professor ou algum outro leitor privilegiado tenha dado ao texto passam a ser os sentidos do
texto. Ao aluno, em sua íeftura do texto, cabe descobrir tais sentidos previamente definidos.
Lê melhor quem mais se aproximar dos sentidos que já se atribuíram ao texto. Não se trata
de o aluno (leitor) construir sentidos do texto a partir das pistas que este lhe fornece asso­
ciadas à experiência vivida por ele próprio, mas se trata de o aluno "redescobrir" a leitura
desejada, num exercício de adivinhações que não mobiliza a história de vida do leitor (que
inclui também outras leituras), mas mobiliza apenas sua experiência escolar, que sempre lhe
disse que deve "aproximar-se" do já dado para melhor se safar da tarefa.
Em resumo, estes três tipos de práticas não respondem a qualquer interesse do
próprio leitor: são exercícios de leitura cujos objetivos são para ele incompreensíveis.
Afinal, para que aprender a ler em voz alta, se pretende ser torneiro mecânico, eletricista,
projetista, ou o que seja? Para que escrever sobre este tema, se sobre ele já escreveu o
autor que acabo de ler e nada tenho de diferente para dizer? Para que aprender a escrever

MABCELO POSTEEiA 247


I
poesias, crônicas, contos, se não farei nada disso depois? Para que ler o texto que estou
lendo, se não houvesse estas perguntas de Interpretação que tenho que responder para me
ver "aprovado" em português?
Não se trata de leituras de sujeitos que, querendo aprender, vão em busca de textos
e, cheios de perguntas próprias, sobre eles se debruçam em busca de respostas. O que poderia
ser uma oportunidade de encontros de sujeitos torna-se um meio de estimular operações
mentais (especialmente da memória), e não um meio de, operando mentalmente, produzirem
sentidos e, consequentemente, construir categorias de compreensão da realidade vivida a
partir das informações e opiniões dadas pelo autor do texto lido.
GERALDl, João Wanderley. Linguagem e ensino: exercícios de militância e
divuigação. Campinas, SP: Mercado de Letras - ALB, 1996, p. 118-120.

Assinale a alternativa em que as alterações de pontuação propostas para o trecho em


destaque estejam de acordo com a norma culta.
"Em resumo, estes três tipos de práticas não respondem a qualquer interesse do próprio
leitor: são exercícios de leitura cujos objetivos são para ele incompreensíveis."
a) Em resumo, estes três tipos de práticas não respondem, a qualquer interesse do
próprio leitor: são exercícios de leitura, cujos objetivos são, para ele, incompre­
ensíveis.
b) Em resumo: estes três tipos de práticas não respondem a qualquer interesse do
próprio leitor - são exercícios de leitura cujos objetivos são, para ele, incompre­
ensíveis.
c) Em resumo, estes três tipos de práticas, não respondem a qualquer interesse do
próprio leitor - são exercícios de leitura cujos objetivos são para ele, incompre­
ensíveis.
d) Em resumo; estes três tipos de práticas não respondem a qualquer interesse, do
próprio leitor: são exercícios de leitura cujos objetivos são para ele incompreen­
síveis.
e) Em resumo, estes três tipos de práticas não respondem a qualquer interesse, do
próprio leitor. São exercícios de leitura, cujos objetivos são para ele, incompreen­
síveis.

16-
0 cajueiro já devia ser velho quando nasci. Ele vive nas mais antigas recordações
de minha infância: belo, imenso, no alto do morro, atrás de casa. Agora vem uma carta
dizendo que ele caiu.
Eu me lembro do outro cajueiro que era menor, e morreu há muito mais tempo. Eu
me lembro dos pés de pinha, do cajá-manga, da grande touceira de espadas-de-são-jorge
(que nós chamávamos simplesmente "tala") e da alta saboneteira que era nossa alegria e a
cobiça de toda a meninada do bairro, porque fornecia centenas de bolas pretas para o jogo
de gude. Lembro-me da tamareira, e de tantos arbustos e folhagens coloridas, lembram-
me da parreira que cobria o caramanchão, e dos canteiros de flores humildes, "beijos",

248 PORTUGUÍS PARA CONCURSOS


violetas. Tudo sumira; mas o grande pé de fruta-pão ao lado de casa e o imenso cajueiro iá
no alto eram como árvores sagradas protegendo a família. Cada menino que ia crescendo
ia aprendendo o jeito de seu tronco, a cica de seu fruto, o lugar melhor para apoiar o pé
e subir pelo cajueiro acima, ver de iá o telhado das casas do outro lado e os morros além,
sentir o leve balanceio na brisa da tarde.
(Rubem Braga. Cajueiro. In: O VerSo e as Mulheres. 5S ed. Rio de Janeiro: Record,
1991, p. 84-5.)

Uma das normas estabelecidas para o uso da vírgula impõe que este sinal de pontuação
serve para separar eiementos que exercem a mesma função sintática, desde que tais
elementos não venham unidos por conjunções aditivas. Este princípio vem formulado em
muitas Gramáticas, entre as quais a de Celso Cunha, Gramática do Português Contempo­
râneo, e a de Gladstone Chaves de Meio, Gramática Fundamentai da Língua Portuguesa.
Rubem Braga desobedeceu a essa norma no trecho:
a) 0 cajueiro já devia ser velho quando nasci.
b) Eu me lembro dos pés de pinha, do cajá-manga, da grande touceira de espadas-
desão-jorge...
c) Lembro-me da tamareira, e de tantos arbustos e folhagens coloridas, lembro-me
da parreira...
d) Tudo sumira; mas o grande pé de fruta-pão ao lado de casa e o imenso cajueiro lá
no alto...
e)... ia aprendendo o jeito de seu tronco, a cica de seu fruto, o lugar melhor para apoiar
o pé e subir pelo cajueiro acima...

MARCELO POSTELLA 249


EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO

NÍVEL AVANÇADO
01. (FCC) Por que motivo a expressão "vergonhosamente exploradas" (linha 6 no texto
anterior) está entre aspas?
a) Para ratificar o combate à exploração do trabalho infantil.
b) Para questionar os conselhos brasileiros da Infância e da Adolescência.
c) Para configurar a exploração das crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos.
d) Para criticar a Organização internacional do Trabalho.
e) Para contornar a situação terrível de 7,5 milhões de crianças.

1 É uma realidade que precisa de uma única e coletiva vontade: a de ser


2 enfrentada partindo da pressuposição de que à infância estão configurados dois
3 direitos básicos - o de aprender e o de brincar. O primeiro se reveste -
4 num dever que precisa envolver a família, o outro é uma necessidade indispensável
5 para o amadurecimento infantil que, ao exercer e desenvolver seu lado lúdico, se
6 alimenta do imaginário - expressar o seu próprio psiquismo e formar-se
7 como ser humano.

02. É possível permutar o travessão utilizado na linha 3 por:


a) vírgula;
b) dois pontos;
c) ponto final;
d) ponto e vírgula;
e) reticências.
TEXTO

1 Num programa de televisão de grande audiência, a


2 talentosa atriz Marisa Orth foi entrevistada sobre o sucesso
3 de sua personagem humorística Magda. Para quem não
4 conhece, Magda procura encarnar o estereótipo da mulher
5 "bonita e burra" como acentuava a reportagem. Até aí, nada
6 de mais...

13 (...) A cada resposta supostamente disparatada,


14 ecoava um estrepitoso "cata a boca, Magda!" seguido de

PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


15 comentários depreciativos sobre a pretensa "burrice" das
16 garotas entrevistadas

37 (...) "Você
38 acredita na terceirização?" A garota respondeu que
39 "terceirização" tinha a ver com progresso tecnológico e
40 tentou explicar o que entendia peio termo, descrevendo o
41 funcionamento da economia em...

03. Considere as seguintes afirmações sobre o uso da vírgula no texto.


i) As vírgulas são utilizadas pela mesma razão em " „ bonita e burra" (tinha 5) e depois
de "Até a í ( l i n h a 5)
11} A inserção de uma vírgula depois de "resposta" (linha 13) seria possível e não
causaria mudança de significado contextual.
III) A inserção de uma vírgula depois de "A garota" (linha 38) confirma a regra da
oração principal.
Quais estão erradas ?
a) Apenas I.
b) Apenas li.
c) Apenas 1e Hi.
d) Apenas II).
e) 1,11e Ifi.
TEXTO
1 Manter sob controle as emoções que nos afligem é fundamental para o
2 bem-estar, os extremos - emoções que vêm de forma intensa e que
3 permanecem por muito tempo - minam nossa... É claro que
4 não devemos...

04. Aponte outra possibilidade correta de pontuar o primeiro período do texto.


a) Manter sob controle as emoções que nos afligem, é fundamental para o bem-estar,
os extremos ~ emoções que vêm de forma intensa e que permanecem por muito
tempo —minam nossa...
b) Manter sob controle as emoções, que nos afligem, é fundamental para o bem-estar;
os extremos: emoções que vêm de forma intensa e que permanecem por muito
tempo minam nossa...
c) Manter sob controle as emoções que nos afligem é fundamenta! para o bem-estar:
os extremos, emoções que vêm de forma intensa e que permanecem por muito
tempo, minam nossa...
d) Manter sob controle as emoções que nos afligem é fundamenta! para o bem-estar;

MAÃCfiíO PORTELLA 251


os extremos emoções que vêm de forma intensa, e que permanecem por muito
tempo, minam nossa...
e) Manter sob controle as emoções que nos afligem éfundamental, para o bem-estar;
os extremos; emoções que vêm de forma intensa e que permanecem, por muito
tempo, minam nossa...
TEXTO
1 A Internet vem despertando um interesse incrível.
2 Cada vez mais pessoas estão integrando essa realidade ao
3 seu cotidiano e, com o tempo, todos irão incluir seu
4 endereço de correio eletrônico no cartão de visita. Médicos,
5 advogados, empresas - desde a maior até a menor -
6 estarão conectados...

05. Considere as seguintes afirmações sobre os travessões da linha 5.


i) Eles poderiam ser substituídos por vírgulas ou parênteses, sem prejuízo de sentido.
11} Eles poderiam ser abolidos, sem que isso fosse um erro.
III)Eles desempenham aqui a mesma função que exercem em um diálogo escrito.
Quais estão corretas?
a) Apenas ].
b) Apenas li.
c) Apenas III.
d) Apenas 1e II.
e) Apenas I e III.

1 Entre 1991 e 1997, o comércio entre Brasil, Argen-


2 tina, Uruguai e Paraguai quadruplicou. Somente no ano
3 passado, o Brasil negociou no Mercosui mais de 19 bi-
4 Ihões de dólares. Analisados a distância, esses números
5 grandiosos dão a impressão de que a integração foi
6 simples, quase automática. Nada mais enganoso. Por trás dos
7 contratos que permitiram à Argentina exportar mais...

06. O nexo que poderia substituir o primeiro ponto final da linha 06, sem prejuízo de
significado, é
a) porém;
b) portanto;
c) conforme;
d) e;
e) caso.

252 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


TEXTO
1 O homem do mundo contemporâneo vive uma preocupação crônica: a
2 busca desenfreada do ter. Engolfa-se nessa preocupação cotidianamente e
3 constrói para si o vazio de sua existência.

07. (PUC) Responder à questão 19 com base nas afirmativas a seguir, relativas à primeira
frase do texto (iinhas 1 e 2).
!} Os dois pontos poderiam ser substituídos, sem prejuízo da estrutura e do sentido
da frase, por ponto e vírgula.
11} Os dois pontos estabelecem uma relação de explicação entre "uma preocupação
crônica" e "a busca desenfreada do Ter".
111} O uso da vírgula em lugar dos dois pontos não alteraria o sentido da frase, mas tor­
naria a relação entre "uma preocupação crônica" e "a busca desenfreada do ter" menos
enfática.
IV) Os dois pontos poderiam ser substituídos por um travessão, sem prejuízo da
estrutura e do sentido da frase.
Pela análise das afirmativas,conclui-se que estão corretas as da alternativa:
a) I e II;
b) I, II, e III;
c) II, III e IV;
d) III e IV;
e) I, II, III e IV.
TEXTO
1 As esquinas são a expressão suprema
2 do desencontro entre o Brasil e o Brasil,
3 entre um povo e outro que habita este país.
4 São o lugar onde o Brasil que não conhece
5 o outro Brasil cruza com ele. E o Brasil que
6 roda de automóvel, mora e come é
7 confrontado com o outro, o Brasil a pé e que
8 pede esmolas, vestido com aquele típico
9 uniforme de brasileiro que inclui uma
10 camiseta de propaganda - de político, de
11 preferência - e sandálias havaianas.
12 Esse confronto pode até tomar ã forma
13 aterrorizante de um assalto, mas não é
14 preciso chegar-se a tanto. Basta o assalto
15 da realidade que é o rosto de uma criança

MARCELO POSTHLLA 253


16 pedindo esmola ou vendendo alguma coisa
17 colada à janela do carro, às vezes até um
18 rosto gracioso, puxa, eles são capazes de
19 fazer crianças iguais às nossas, só que
20 sujas. Nas esquinas o Brasil se exprime e
21 se reconhece no desencontro entre
22 brasileiros e brasileiras, entre os sérvios e
23 os croatas em que nos desdobramos e nos
24 perdemos.
Roberto Pompeu de Toledo, A esquina dos desencontros,

08. A oração que deve necessariamente ficar entre vírgulas encontra-se na alternativa:
a) O cidadão brasileiro que roda de automóvel não está livre das violência.
b) Os assaltos à mão armada que resultam em homicídios tomam-se cada vez mais
freqüentes.
c) A população em geral que teme os assaltantes não hesita em se armar.
d) O número de crianças que perambulam pelas ruas não para de crescer.
e) As autoridades que se empenham pela a segurança dos cidadãos não dispõem de
recursos suficientes.
TEXTO
1 "... acompanha a evolução do comportamento da juventude que freqüenta as
2 escolas de ensino superior brasileiras. O conceito de república estudantil
3 generalizado é aquele que existiu durante a década de 1970: morada provisória
4 mista, com uma certa homogeneidade de comportamento (razoável liberdade
5 sexual, permanência de cada morador em torno de cinco anos). Nos extremos
6 deste conceito, teríamos, de um iado, o aparelho muito em voga no final dos 7 aos
7 60 (organização rigorosa, forte esquema de segurança, espaço coletivo,
8 afinidade ideológica absoluta) e, de ouro, a comunidade típica dos 1970
9 espaço de vida cultural e social alternativa, com certa privacidade). Nos anos 1980,
10 essas tendências se fundem tendo por fator de distinção um individualismo
11 extremamente respeitado por todos os moradores.

09. Considere as afirmação sobre os sinais de pontuação utilizados no texto.


i) O dois pontos (L. 3) e os parênteses (L 4 - 5), por serem sinais que marcam funda­
mentalmente pausas, poderiam ser substituídos por vírguias.
II) Os elementos colocados após o dois pontos (L. 3) funcionam como explicitação
do conceito de república estudantil.
III) O uso de parênteses indica a intercaiação de um detalhamento da expressão
anterior.

254 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS


Quais estão corretas?
a) Apenas I. d) Apenas í e lli.
b) Apenas li. e) l, II e III.
c) Apenas III.
TEXTO
1 "Ecologia é coisa de veadinhos. E de macaquinhos, de antinhas, de
2 papagaiozinhos, de ararazinhas e também de manacás, paus-ferros, palmeiras,
3 xaxins e toda a fauna e a flora que habitam nossas matas e pedem o direito de
4 sobreviver. Mas que a devastação está fazendo desaparecer."

10. Quanto ao emprego da conjunção g, são feitas as afirmações seguintes.


I) O ponto finai e a conjunção e da linha 01 poderiam ser apagados e, em seu lugar,
poderia ser colocada uma vírgula, dando seqüência à série.
II) A conjunção g da linha 02 coordena os elementos da fauna, já enumerados, aos
da flora, por enumerar.
III) O terceiro e da linha 03 põe em paralelismo sintático duas orações adjetivas.
Quais estão corretas?
a) Apenas 1. d) Apenas 1e III.
b) Apenas JL e) \, II e Hl.
c) Apenas ili.

MARCEXO POftTEILA 255


GABARITO

NÍVEIS FACIL E MÉDIO

SUJEITO PREDICADO
1- D 7-A 1 3 -B 1- E 7- C 13-D
2 -E 8- C 1 4 -A 2 -E 8- C 14- A
3 -C 9 -E 15 - D 3- B 9 -E
4 -D 10- B 16-C 4 -D 10-C
5- E 11 - B 1 7 -A 5- B 11 - C
6 -E J 12 - D 18 - E 6 -A 12 - D

>‘ *- 1íír-v f‘ -
■ i-
' • ’* ' ’!’.1
1 -E 5- C 9- A 13 - C 17 - A 21 -(4, 5,
2 -C 6 -C 1 0 -B 14-C 18-E 5 ,1 ,2 ,6 ,
3- B 7- C 11 - C 15 -C 1 9 -A 3' 7' 4)
4 -C 8- D 12 - D 16- D 2 0 -E

CONCORDÂNCIA i CONCORDÂNCIA II
1- A 4- E 7- B 1 -C 4- A 7- C
2- B 5 - B, D, E 2- D 5 -D
3 -C 6 -A 3- E 6 -A

mmmm
1 -4 4- E 7- B
2-A 5- E
3 -C 6 -C

asas

1 -D 4 -C
2 -E 5 -D

U)

6 -A
>

MAKCBIO PORTSIIA
01. 02. 03 . 04.
1. Ênclise a) Próclise 1. Próclise
Resposta:
2. Mesóclise 2. Próclise
b) Próclise (1 ,3 ,6,7 ,8)
3. Próclise 3. Próclise
4. Próclise c) Facultativo 4. Ênclise
5. Próclise d) Próclise 5. Próclise
6. Ênclise e) Próclise 6. Próclise/Ênclise
7. Ênclise 7. Ênclise
f) Mesóclise
8. Ênclise 8. Próclise
9. Próclise Resposta: 9. Ênclise
10. Próclise (A, E, F) 10. Próclise ao verbo

V. -

■Vv. ■
;■■
■/. pòü

1-A 5-C 9-E 13- E


2-C 6-B 10- D 14- E
3 -C 7-E 11 - C 15-B
4-B 8-B 12 - A 16 - C

258 PORTUGUÊSPARA CONCURSOS


GABARITO

NÍVEL AVANÇADO

ÉÉ
11

S|
Ifj
■ H
01. A ^ 09. B 17. A 25. C 3 3 .C -E -~ 40. C
02. E 10. E 18. D 26. B E -C -E 41. C
03. C 11. A 19. E 27. D 34. B 42. C
04. C 12. C 20. B 28. D 35. D 43. D
05. B 13. A 21. C 29. D 36. C 44. C
06. A 14. B 22. C 30. D 37. E
07. D 15. D 23. D 31. C 38. C
08. D 16. D 24. A 32. D 39. C
-V :.7 v v -v - r ;-":r
WÊSSÊ Ídò'í0omp^stb
f c
í
*.• X ^ .v w t e ? -?i

oÍ T e 06. B ^"~ H . A 16. D 21. B 26. B


02. A 07. D 12. E 17. A 22. C 27. E
03. D 08. B 13. C 18. B 23. A 28. A
04. A 09. C 14. E 19. A 24. D 29. E
05. C 10. A 15. C 20. C 25. A 30. D

V ÍV .v .
01. D 11. D 21. D 31. E 41. B 51. C
02. E 12. C 22. C 32. D 42. D 52. E
03. £ 13. A 23. C 33. E 43. A 53.D
04. D 14. E 24. D 34. B 44. C 54. E
05. A 15. E 25. B 35. A 45. D 55. C
06. D 16. B 26. A 36. B 46. C 56. D
07. D 17. D 27. A 37. A 47. E 57. C
08. 8 18. A 28. C 38. A 48. E 58. B
09. E 19. A 29. A 39. E 49. C 59. D
10. C 20. E 30. E 40. A 50. E 60. D
:L^m M S S Ü
01. D 11. D 21. C *31. D 41. E 51. E
02. D 12. E 22. A 32. D 42. C 52. E
03. B 13. B 23. B 33. D 43. C 53. B
04. A 14. B 24. A 34. A 44. B 54. C
05. A 15. D 25. D 35. C 45. E 55. C
06. D 16. A 26. A 36. D 46. D 56. A
07. D 17. E 27. C 37. B 47. A 57. D
08. B 18. A 28. E 38. B 48. C 58. C
09. A 19. B 29. D 39. D 49. D 59. E
10. C 20. D 30. E 40. E 50. E 60. C

MARCELO PORTÊLLA 259


IftK É IÉ '"ri ' È f^M l
01. A 11. B 21. A 31. A 41. A 51. C
02. A 12. A 22. B 32. A 42. A 52. B
03. B 13. C 23. D 33. C 43. A 53. B
04. C 14. A 24. B 34. B 44. D 54. C
05. B 15. E 25. C 35. A 45. D 55. D
06. E 16. B 26. D 36. C 46. A 56. B
07. C 17. B 27. A 37. A 47. B 57. C
08. C 18. A 28. B 38. B 48. D 58. A
09. B 19. E 29. A 39. A 49. C
10. B 20. A 30. A 40. C 50. D

260 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS

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