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A ECF – Uma Panorâmica

Contábil-Fiscal e
Principais Aspectos no
Ambiente do Sped

MARCO ROGÉRIO BORGES


Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil
Abordagem:

- Uma visão da nova escrituração e declaração


ECF – Escrituração Contábil Fiscal;

- Aspectos relevantes a serem considerados no


seu preenchimento, no que tange à escrituração
contábil e fiscal;

- Considerações de alguns e principais aspectos


do seu preenchimento para entrega no ambiente
Sped.
ECF – Escrituração Contábil Fiscal – temos que fazer a
distinção entre o seu papel como:

ajuste fiscal da contabilidade


Ápice atual na Lei 12.973/14 (mas vem desde 2007)
dicotomia entre fiscal x contábil!

programa validador e assinador (PVA)


Dados do contribuinte a serem entregues no ambiente
SPED, em substituição à DIPJ, Fcont e Lalur
(desde AC 2014 – estamos no segundo ano)
Origem da 12.973/14

A Lei 11.638, de 28/12/2007, a Lei 11.941, de


27/05/2009, e Pronunciamentos, Orientações e
Interpretações do Comitê de Pronunciamentos
Contábeis – CPC, aprovados pela Comissão de Valores
Mobiliários – CVM e Conselho Federal de Contabilidade
– CFC, introduziram novos métodos e critérios
contábeis, baseados e buscando um padrão
internacional.

Fica instituído o RTT – Regime Tributário de Transição.


A convergência da contabilidade brasileira às normas
nternacionais de contabilidade (IFRS – international financial
reporting standards) foi promovida pela Lei 11.638/07.
Contudo, atentar que temos os:
-CPCs Completos:
CIA de capital aberto, de ativo > R$ 240 mi ou RB > 300 mi

-CPC PME – NBC TG 1000:


Contabilidade para pequenas e médias empresas

-ITG 1000
Modelo simplificado para MEs e EPPs
O RTT objetivava:

-Neutralidade Tributária

-Diferença entre o lucro societário e para fins fiscais

-Foco da tributação: modelo contábil “antigo”


O RTT foi optativo nos anos-calendário de 2008 e
2009, e obrigatório a partir do ano-calendário de
2010.
O RTT foi revogado pela Lei 12.973/2014, que
entrou em vigor em 01/01/2015. As PJs,
entretanto, puderam optar por antecipar a
aplicação da Lei 12.973/2014 já para o ano-
calendário de 2014 (opção na DCTF em
agosto/14 entregue até 07/11/14)
A Lei 12.973/14 veio a criar a ideia do RTD –
Regime Tributário Definitivo.
Pessoas Jurídicas Sujeitas ao RTT:

PJs que
não optaram
por antecipar
PJs que a aplicação
Optaram pelo RTT Todas as PJs da Lei 12.973

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

A partir de 2015, todas as pessoas jurídicas de lucro real


estão obrigadas ao RTD, quando houver necessidade de
ajustes do contábil com o fiscal.
A Lei 12.973, de 13/05/2014 (conversão da MP 627, de
11/11/2013), em seus arts. 1º, 2º e 4º a 71, dá tratamento
tributário definitivo aos novos métodos e critérios contábeis
introduzidos pelas Leis 11.638/2007 e 11.941/2009 e
Pronunciamentos, Orientações e Interpretações do CPC.

A Lei 12.973 é o resultado de um minucioso estudo dos métodos e


critérios contábeis prescritos pelos IFRS e dos seus respectivos
reflexos tributários.

Pauta-se pela neutralidade tributária e busca reduzir o nível de


interferência das regras tributarias sobre a escrituração
comercial das pessoas jurídicas.
HISTÓRICO

Até 2007 2008 a 2013 2014 2015

Contabilidade
Contabilidade
Contabilidade Internacional
Contabilidade Internacional
Legislação Internacional 11.638/2007
Brasileira 11.638/2007
Societária 11.638/2007 11.941/2009
Lei 6.404/76 11.941/2009
11.941/2009 11.273/2014

RIR/99 RTD
Opção
RIR/99 Dec. 3000/99 Lei 12.973/14
antecipada
Dec. 3000/99 E
Legislação Ou
Ajustes: IN 1515/14
Tributária Mantém sem
Ajustes: RTT Fcont
Fcont – só
Lalur (anular Ajustes:
ECF
efeitos) ECF
Adoção Inicial
A Lei 12.973/2014 entrou em vigor em 01/01/2015,
mas as PJs puderam optar por antecipar sua
aplicação já para o ano-calendário de 2014 (IN RFB
1.469, de 28/05/2014 – DCTF referente aos fatos
geradores ocorridos em dezembro de 2014).
Para as PJs que optaram pela antecipação, a data da
adoção inicial da Lei 12.973/2014 é 01/01/2014, e
para as que não optaram, é 01/01/2015.
Premissas básicas!

A Lei 12.973/14 é pautada pelos princípios da


REALIZAÇÃO (tributação ou dedução com efeito
caixa) e da RASTREABILIDADE (controle de AVP,
AVJ, dentre outros, em subcontas específicas)
Lei 12.973/14 – Principais aspectos fiscais
Receitas
- Definição de Receita Bruta
. altera artigo 12 do DL 1598/77:
- Produto nas venda de bens nas operações de conta própria
- Preço da prestação de serviços em geral
- Resultado auferido nas operações de conta alheia e
- Receitas da atividade/objeto principal não compreendidas anteriormente (novidade
– reduzir divergências conceituais (por ex. aluguéis))
- Juros decorrentes do ajuste a valor presente (busca seu valor nominal)
. Equipara faturamento (para fins da BC Pis/Cofins) à
Receita Bruta – artigo 52 que altera artigo 3º da 9.718/98
– fixação de único conceito.
Busca uma definição mais objetiva – uma receita tributária
que não se confunde com a receita contábil.
Alteração do conceito se deu mais para fins contábeis.
Lei 12.973/14 – Principais aspectos fiscais
Ajuste a Valor Presente (AVP)

- Alteração do critério de avaliação de elementos do ativo e


do passivo nas operações de longo prazo ou quando
houver efeito relevante.
- Objetiva evitar distorções nas demonstrações em razão
dos juros embutidos nos valores das operações a prazo.
- O AVP não gerará efeitos tributários, em função do grau de
subjetividade associada às taxas de desconto utilizadas,
bem como à definição dos elementos atingidos.
- Neutralização dos efeitos tributários mediante adições e
exclusões no LALUR.
- PIS/Cofins – neutralização dos efeitos com a inclusão dos
juros do AVP na Receita Bruta.
Lei 12.973/14 – Principais aspectos fiscais
Ajuste a Valor Justo (AVJ)
- Valor Justo é o preço que seria recebido pela venda de um
ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo
em uma transação não forçada, na data da mensuração;
- A perda ou ganho do AVJ será registrado em conta de
resultado (receita ou despesa) ou de patrimônio líquido;
- Em maior ou menor grau, a definição do AVJ é realizada
com base em critérios subjetivos, e procurou ser
neutralizado seus efeitos tributários;
- Controle específico a ser realizado por meio de subcontas,
vinculadas às contas representativas do ativo ou passivo
avaliados – diferimento da tributação do ganho ou à
dedutibilidade da perda – só quando da realização do ativo
ou liquidação do passivo correspondente.
Lei 12.973/14 – Principais aspectos fiscais
Distribuição dos Lucros
- A parcela excedente de lucros/dividendos calculados com
base nos resultados apurados entre 01/01/2008 e
31/12/2013, NÃO integrará a base de cálculo do IRPJ, da
CSLL e do IRPF
- A parcela excedente de lucros/dividendos calculados com
base nos resultados apurados no ano de 2014 deverá estar
sujeito à incidência do IRRF, integrar a BC do IRPF ou ser
computado na base de cálculo do IRPJ e da CSLL.
- De 2015 em diante, volta a regra geral, de que não serão
tributados se obtidos com observância dos métodos e
critérios vigentes em 31/12/2007. O excedente será
tributado.
Lei 12.973/14 – Expectativa de alterações contábeis

Art. 58. A modificação ou a adoção de métodos e critérios


contábeis, por meio de atos administrativos emitidos com
base em competência atribuída em lei comercial, que sejam
posteriores à publicação desta Lei, não terá implicação na
apuração dos tributos federais até que lei tributária regule a
matéria.
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, compete à
Secretaria da Receita Federal do Brasil, no âmbito de suas
atribuições, identificar os atos administrativos e dispor sobre
os procedimentos para anular os efeitos desses atos sobre a
apuração dos tributos federais.
PVA da ECF:

A ECF é mais complexa, devido à rastreabilidade de


informações, algo que não havia na DIPJ.
Essa rastreabilidade se refere à verificação do IR (Imposto de
Renda) e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido),
vinculando as informações de adição e exclusão com as
informações da ECD (SPED Contábil).
Ou seja: a ECF faz uma espécie de monitoramento dessas
informações, fato que não existia até agora, o que possibilita
a identificação de cada adição e exclusão, no ambiente do
SPED.
Contemplarará, no caso de Lucro Real:
ECD ECF

Ajustes (Adições e Exclusões)


para apuração do Lucro Fiscal

Legislação
Lesgislação
Contábil
 DIPJ Fiscal
 LALUR (parte A e parte
B)
 LACS
 FCONT Ambiente do SPED!

A partir do ano-calendário 2015, precisará da ECF do ano anterior


para seu preenchimento!
Recuperação de dados da ECD:

ECD ECF

Plano de Contas Contábil I050 ==> C050


Bloco J
Plano de Contas Referencial I051 ==> C051

Saldos das Contas Patrimoniais I155 ==> C155


Bloco K
Saldos das Contas de Resultado I355 ==> C355
ECF - Prazo de entrega – até ultimo dia de julho
alterado recentemente!
Agora há dois meses entre a entrega da ECD e da ECF –
tempo maior para os devidos ajustes necessários.
Multa por não entrega e inexatidão nas informações,
quando obrigadas:
- Não apresentação ou apresentarem em atraso:
. 0,25% por mês-calendário do Lucro Líquido do IRPJ e
CSLL do período que se refere a apuração, limitada a 10%;
- Limitada a R$ 100 mil para receita bruta total no ano
anterior igual ou inferior a R$ 3,6 milhões, e de R$ 5
milhões para a acima da receita bruta total de R$ 3,6
milhões.
. 3% do valor omitido, inexato ou incorreto.
- A não escrituração do livro lalur na ECF sujeitará ao
arbitramento.
Alguns aspectos importantes tanto sobre a ECD quanto a ECF
ECD – Autenticação

Decreto nº 8.683/2016 que alterou o Decreto nº 1.800/1996, no


tocante à autenticação de livros contábeis das empresas feitos por
meio do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped).

Segundo a referida norma, desde 26.02.2016, são considerados


autenticados os livros contábeis transmitidos pelas empresas ao
Sped, ainda que não analisados pela junta comercial, mediante a
apresentação da Escrituração Contábil Digital. Dessa forma, a
autenticação dos livros contábeis digitais será comprovada pelo
recibo de entrega emitido pelo Sped.

Na realidade, no âmbito tributário, já era, desde o início como


válida na sua transmissão, independente do status na Junta.
Alguns aspectos importantes tanto sobre a ECD quanto a ECF

Desnecessidade, na ECD, de transmitir o RAS – livro “Z”


(recente - semana passada!)

Com a IN 1638/16, revogou-se a obrigatoriedade de transmitir com a


ECD o Razão Auxiliar das Subcontas (RAS).

O RAS tinha o papel de evidenciar os ajustes decorrentes da adoção


dos novos métodos e critérios contábeis, através de uma subconta
vinculada a uma conta do ativo ou passivo sujeita a ajuste.

Contudo, deverá ser elaborado e manter o RAS pelo prazo


prescricional, e apresentar quando intimado.
Alguns aspectos importantes tanto sobre a ECD quanto a ECF

Obrigatoriedade da ECD – atentar mudanças para AC 2016!


Ano-Calendário
Regime de Tributação do IR
2013 2014 2015 2016

PJ Tributada pelo Lucro Real Sim Sim Sim Sim

PJ Tributada pelo Lucro Presumido:


Distribuirem lucros até o montante da regra fiscal * Não Não Não -
Distribuirem lucros em montante superior ao da regra fiscal, COM tributação Não Não Não -
Distribuirem lucros em montante superior ao da regra fiscal, SEM tributação Não Sim Sim Sim
Que optar pelo Regime de Caixa (adoção do Livro Caixa) - art. 45 da Lei nº 8.981/95 Não Não Não Não
Que NÃO optar pelo Regime de Caixa (Regra geral do Regime de Competência) Não Não Não Sim

PJ Imune e Isenta:
Obrigadas à apresentação da EFD-Contribuições Sim Sim
Soma do PIS, Cofins, CPRB e PIS/Folha apurados seja superior a R$ 10.000,00 Sim
Soma das receitas, doações e contribuições recebidas seja superior a R$ 1.200.000,00 Sim

Sociedade em Conta de Participação - SCP:


Escrituração como livros auxiliares do sócio ostensivo Não Sim Sim
Escrituração como livros próprios ou auxiliares do sócio ostensivo Sim
* Regra fiscal de distribuição de lucros Isentos = Base de Cálculo do IRPJ, menos os impostos e contribuições
Alguns aspectos importantes tanto sobre a ECD quanto a ECF

Obrigatoriedade da ECD – atentar mudanças para AC 2016!

 As regras de obrigatoriedade não levam em consideração


se a pessoa jurídica teve ou não movimento no período
 Sem movimento não quer dizer sem fato contábil
 Eventos como depreciação, incidência de tributos,
pagamento de aluguel, pagamento do contador, pagamento
de luz, custo com o cumprimento de obrigações acessórias,
ensejam escrituração
Alguns aspectos importantes tanto sobre a ECD quanto a ECF
Plano de Contas Referencial:
Busca uma relação DE-PARA entre as contas analíticas do plano de
contas da PJ e um plano de contas padrão. Procurar usar 6 níveis
para padronizar com o da ECF (e também ECD).
No referencial, não há contas de compensação e nem de
encerramento do resultado – assim, não informe seu referencial.
Contas patrimoniais e de resultado devem ser informadas.
Na ECF – plano de contas da empresa no registro J050 e plano de
contas referencial da empresa no registro J051. O plano de contas,
com todas as suas contas sintéticas e analíticas, deve conter, no
mínimo, 4 níveis e é parte integrante da escrituração contábil da
entidade, devendo seguir a estrutura patrimonial prevista nos arts.
177 a 182 da Lei nº 6.404/1976.
Na transmissão, devem constar apenas as contas que tenham saldo
ou que tiveram movimento no período;
Alguns aspectos importantes tanto sobre a ECD quanto a ECF

ECF
Aos optantes do presumido, escrituração simplificada (livro caixa):
-Para o ano-calendário 2016 (entrega em 2017), obrigatoriedade de
preenchimento do Demonstrativo de Livro Caixa (Registro P020)
para as pessoas jurídicas optantes pela sistemática do lucro
presumido que se utilizem da prerrogativa prevista no parágrafo
único do art. 45 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro 1995, e cuja
receita bruta no ano seja superior a R$ 1.200.000,00 (um milhão e
duzentos mil reais), ou proporcionalmente ao período a que se
refere.
- A partir do ano-calendário 2015, todas as imunes ou isentas estão
obrigadas a entregar a ECF. AC 2014 apenas a obrigadas à
apresentação da EFD-Contribuições entregavam ECF.
Alguns aspectos importantes tanto sobre a ECD quanto a ECF
ECF – 2017 – Livro Caixa – já começar a preparar!
O demonstrativo do livro caixa deverá conter todos os registros constantes no
livro caixa da pessoa jurídica – IN RFB nº 1.515/2014
 Não haverá edição deste registro no programa da ECF - será importado!
Nº Campo Descrição dos Campos do registro P020 Obrigatório
1 REG Texto Fixo Contendo a Identificação do Registro (P020) Sim
2 DATA Data da entrada ou da saída dos recursos Sim
3 NUM_DOC Número do documento Não
4 HIST Histórico Sim
5 VL_ENTRADA Valor de entrada dos recursos Não
6 VL_SAIDA Valor de saída dos recursos Não
7 SLD_FIN Saldo Final Sim

Exemplo:
01012015 | 1 | SALDO ANTERIOR | 0 | 0 | 8.000,00
01012015 | 2 | RECEBIMENTO DE VENDAS A VISTA | 10.000,00 | 0 | 18.000,00
01012015 | 3 | PAGAMENTO DE SALÁRIOS | 0 | 3.000,00 | 15.000,00
02012015 | 4 | RECEBIMENTO DE VENDAS A VISTA | 10.000,00 | 0 | 25.000,00
BLOCOS DA ECF

Bloco Bloco Bloco Bloco


0 K P Y

Bloco Bloco Bloco Bloco


C L T 9
Bloco Bloco Bloco
E M U
Bloco Bloco
Bloco J
N X
BLOCOS DA ECF Informações
Saldos das Gerais
Contas Contábeis Lucro Presumido
Abertura e
Identificação e Referenciais

Bloco Bloco Bloco Bloco


0 K P Lucro Arbitrado Y
Informações Apuração do
Recuperadas das Lucro Real
ECD Bloco Bloco Bloco Bloco
C L T Imunes e Isentas 9
Informações
Recuperadas da
ECF anterior
Bloco Bloco Bloco
E M U Encerramento do
Arquivo Digital
e-LALUR e e-
Plano de Contas LACS
e Mapeamento Bloco Bloco
Bloco J
N X
Apuração do
IRPJ e CSLL Informações
(Lucro Real) Econômicas
Cruzamento de informações no mesmo ambiente:
Como já sabemos, a partir do advento da ECF e sua
integração ao ambiente SPED, a Receita inicia uma nova
fase de validação. Ela contará com todas as informações
mais detalhadas e disponíveis em um único ambiente de
dados e informações dos contribuintes.

Além de propiciar mais agilidade nas apurações e


verificações, a ECF também facilitará o cruzamento com
as demais declarações que as empresas colocam à
disposição do FISCO.
FIM

Muito Obrigado!

e ficamos a disposição para perguntas!

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