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A Força Dos Stakeholders

Publicado em: 15/09/2009

Quando falamos de sustentabilidade corporativa, a empresa não é o único agente a ser


levado em consideração. É claro que ela é o personagem principal, mas não podemos ignorar opiniões e
demandas do público interno, das esferas governamentais, ONGs, mídia, consumidores, fornecedores,
comunidades, concorrência e sociedade em geral. Pelo contrário, é um grupo cada vez mais ativo, com
poder de auxiliar e, por vezes, devastar. É por isso que o gerenciamento de stakeholders é fundamental
para uma empresa que se diz sustentável.

Além de identificar o seu público de relacionamento, a empresa precisa identificar quais


stakeholders impactam mais o seu negócio. Saber quem são e a importância que cada um tem torna viável
a gestão do relacionamento de uma rede crescente de pessoas e instituições. Mas por que essa relação é
tão importante e por que se faz tão necessária para o sucesso de uma empresa?

Quando falamos de relacionamento com stakeholders, estamos falando de questões


bastante delicadas que envolvem comunicação, política e reputação. Estamos falando, por exemplo, de
leis, direitos, ética, moral, valores, impactos na sociedade e no meio ambiente e diferenças culturais.

Os stakeholders têm interesse legítimo no funcionamento da empresa pelos mais variados


motivos. Um sindicato vai lutar pelo melhor para os funcionários; uma associação de moradores quer
compensações pela instalação de uma fábrica próxima a sua comunidade; uma organização antitabagista
quer leis mais restritivas para a indústria de fumo; e por aí vai. Além disso, as empresas devem ter em
mente que nesse mundo interligado, com a velocidade dos meios de comunicação, temos não apenas
instituições monitorando o dia-a-dia das empresas, mas também pessoas comuns. E elas são capazes de
fazer cada estrago...

O segredo para um bom relacionamento com os stakeholders é, primeiramente, a


acessibilidade da empresa aos diversos públicos de interesse. Apesar de óbvio, esse relacionamento nem
sempre é simples e ainda hoje vemos empresas que se fecham ao primeiro sinal de problema ou de crise.
Uma ferramenta muito útil para a gestão dos stakeholders é a AA1000, lançada em 1999 pelo
AccountAbility, onde um dos pilares é a promoção do diálogo entre as empresas e as partes interessadas.

Aqui no Brasil a AA1000 é muito pouco utilizada, o que é uma pena. Afinal, o cultivo do
relacionamento próximo com os stakeholders é uma forma de inteligência competitiva, pois permite que a
empresa detecte os sinais prematuros de problemas ou questões que estão prestes a explodir.

É claro que algumas vezes nos deparamos com instituições intransigentes, onde nem
mesmo a iniciativa da empresa para uma conversa e a tentativa de um bom relacionamento adianta.
Nesses casos é preciso avaliar a influência real desses stakeholders e procurar ações alternativas para que
esse público de interesse não seja problema no futuro. A boa notícia é que, dependendo do resultado da
matriz de priorização, eles, sequer, são ameaça.
De qualquer forma, para que os stakeholders não sejam pesadelo de relações públicas e até
mesmo inviabilizem um projeto ou um negócio, um dos preceitos básicos é que a empresa entenda que os
interesses desse público são diferentes dos seus. É, também, importante compreender o ponto de vista
deles e, a partir daí, tirar benefícios da relação. Se bem trabalhada, a interação dos stakeholders com a
empresa é vista como oportunidade, podendo funcionar, até mesmo, como ferramenta para planejamento
estratégico e gestão empresarial.

Julianna Antunes - Perfil do Autor:

Julianna Antunes é jornalista (com diploma), corredora não profissional, pós-graduada em


responsabilidade social empresarial e terceiro setor, com trabalho focado em sustentabilidade
corporativa e green business. E-mail para contato: sustentabilidade@sustentabilidadecorporativa.com
Blog: www.sustentabilidadecorporativa.com Twitter: @sustentabilizar

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