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Motivação
Com os dados apresentado no desenvolvimento da carta mostras que os casos de violação sexual
tende de aumentar. O que mostra que o assunto de violência sexual merece ser aprofundamento
estudado e para alem de existir leis que protegem a mulher e criança, as leis precisão chegar a
população, usando mecanismos tais como, palestra, como se sabe, ela pode chegar a lugares que a
Mídia não pode chegar alem de falar a língua do povo de uma determinada região.
Por exemplo no meu bairro tem se registrado casos do género, e as pessoas tem vido ter comigo
pedir ajudar por causa da minha reputação. Os casos que já presenciei são verdadeiramente
chocantes que tiro lagrimas só por voltar a lembrar.
Com minha experiencia de ativista e o conhecimento no assunto, poderia ajudar muitas pessoas que
tem sido vitima dessas violências. Ajudando as vitimas a superar o trauma e denunciar esses casos
de modo que as pessoas não veredam por esse caminho.
1. Introdução
Moçambique é um país de muitas culturas e tradições. Mas também, é um país de muita crença. A
dolorosa responsabilidade familiar assumida pelas crianças, resultado do casamento prematuro,
arranjado ou combinado, aparece como uma das expressões pouco percebida de abuso sexual e da
violação dos direitos sexuais e reprodutivos das raparigas moçambicanas. Apesar de existir leis e
gabinete de Atendimento da Mulher e Criança. Não tem cobertura no âmbito do ordenamento
jurídico moçambicano. Assim, este abuso sexual e violação de menores ocorrem na esfera do
casamento costumeiro que é compreendido como troca de serviços e bens entre famílias, pagamento
do dote ou lobolo (Wlsa 2004, p.66), à família da noiva pelo noivo (grupos patrilineares).
Em Moçambique, a Lei sobre Violência Doméstica practicada contra a Mulher aborda a Violência
Sexual como: Qualquer conduta que constrange a praticar, a manter ou a participar de relação
sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a
comercializar ou utilizar de qualquer modo a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer
método contraceptivo ou que a force ao matrimónio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição,
mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício dos seus
direitos sexuais reprodutivos.
Os actos de violação sexual são punidos nos termos (Lei 29/2009 – Glossário: Violência Sexual)
Maputo, 17 abr 2019 (Lusa) - Os casos de violência sexual em Moçambique aumentaram em 4,8%
em 2018, com as crianças entre as principais vítimas, segundo um documento da Procuradoria-
Geral da República (PGR) de Moçambique a que a Lusa teve hoje acesso (Diário de Noticias,
2019).
No total, no ano de 2018, foram denunciadas1.843 processos por casos de violência sexual, contra
os 1.756 do ano anterior, correspondente a um aumento de 4,8%, refere um relatório oficial da
PGR. Apesar de uma redução de 31 casos comparado com o ano de 2017, as crianças continuam
entre as principais vítimas, sendo que do total de processos instaurados, 673 são referentes à
violação de menores de 12 anos (diário de Noticias, 2020).