Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Autor/Organizador
Ezio Zerbone
Sérgio Bastos
Quando analisamos as estatísticas apresentadas por vários países, vemos uma grande
diferença entre elas, pois as definições de robô variam, sendo que existem autores que
consideram qualquer manipulador como robô, enquanto outros reservam essa categoria apenas
aos manipuladores programáveis com capacidade de decisão lógica, ou seja, capazes de
executar determinadas seqüências de movimento apenas se determinada condição pré-
programada se verificar. Estas condições são garantidas através de inputs e outputs.
O robô é o mais polêmico dos equipamentos auxiliares na produção industrial, em razão do
misticismo infundado onde se coloca toda a culpa como uma máquina causadora de problemas
trabalhistas e sociais. A implantação da robótica em ambientes industriais, deve ser encarada
como uma forma de substituir o homem em ambientes insalubres, perigosos e trabalhos penosos.
A visão sobre o uso da Automação da Manufatura como uma ferramenta para auxiliar a
qualidade e produtividade, tem mudado consideravelmente ao longo dos anos. No passado,
quando se falava em Automação, o significado que nos vinha a mente era o de aumentar a
quantidade de peças produzidas. A valorização do volume vai aos poucos sendo substituída pela
velocidade de atendimento, que nos leva impreterivelmente ao conceito de flexibilidade e neste
item a robótica tem o seu espaço garantido. Como esse segmento não era totalmente dominado,
havia sempre uma grande indecisão no momento de investir, temendo não se conseguir o objetivo
proposto ou até mesmo o fenômeno de uma possível rejeição por uma tecnologia nova.
Observamos que dentro daquelas empresas que investiram sem o mínimo de planejamento
dentro do chão de fábrica, o insucesso se agravou mais ainda.
O modismo cede lugar a uma mudança de comportamento por parte das empresa, que
preferem antes de começar a adquirir equipamentos com alto grau de sofisticação, pesquisarem
bastante com profissionais capacitados ou com outras empresas que já passaram por esta
experiência; isto com certeza diminui a possibilidade de uma má implantação.
Hoje podemos observar que adquirir máquinas a comando numérico, sistema CAD/CAM,
robôs, CLP, ou qualquer nova tecnologia não é mais privilégio de grandes empresas e sim de
todas aquelas que querem evoluir, isto pode se atribuir ao fato de um número maior de empresas
ofertando tcnologias avançadas, o que acarreta uma redução do custo do equipamento .
• Produtividade
É a capacidade de fabricar determinado lote de peças no menor espaço de tempo possível, sem
prejuízo da qualidade.
Vol.
peças
Transfer
rigidez
Maquina
Automática
Máquina
Universal
Tempo de setup
fig.1
Cansaço
Lentidão intensifica com o aumento do número de peças.
Imprecisão
Estes inconvenientes foram eliminados com a criação da máquina automática, que foi
gerada com a filosofia de aumentar o número de peças produzidas. Podemos dizer que quanto
mais um sistema for rígido, mais produtivo ele será.
Este tipo de sistema torna-se viável apenas para um grande número de peças ( grandes lotes ),
pois geralmente eles são bastantes trabalhosos para serem montados, como por exemplo, a
fabricação de cames para tornos automáticos.
Depende do operador
Repetibilidade SIM SIM
Resumo Histórico
1947 - Contrato entre JOHN PARSONS e a USAF para a construção de máquinas a CN.
1
Depende do programador nas
unidades antigas (sem ciclo fixos)
CEFET/RJ – CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA - FUNDAMENTOS DE ROBÓTICA - 7
I.2 – A ROBÓTICA NO BRASIL
Os robôs estão, finalmente, vindo para o Brasil. Esta é a conclusão a que chegaram os
pesquisadores internacionais sobre robótica. No final de 2002, a Comissão Econômica das
Nações Unidas para a Europa publicou o "World Robotics 2002" – relatório anual produzido em
cooperação com a Federação Internacional de Robótica – IFR, na sigla em inglês –, em que se
constata que o Brasil é um mercado em crescimento acelerado.
De acordo com a ONU, o negócio de robôs moveu-se da Ásia e América do Norte para a
Europa, além de países como o Brasil. Atualmente, há 760 mil robôs industriais no mundo, sendo
360 mil no Japão, 220 mil na União Européia e 100 mil na América do Norte. Na América Latina,
foram instalados 1,8 mil robôs entre 1999 e 2001. Deste total, 800 haviam sido instalados nas
empresas brasileiras somente no ano de 2001.
"Os investimentos nestes equipamentos no Brasil foram maiores do que os realizados na
Austrália, Rússia, Suíça, Cingapura e Taiwan", afirma Jan Karlsson, o autor do estudo. "O Brasil é,
sem dúvida, um mercado crescente." Na avaliação da Comissão, o que contribuiu para o aumento
de robôs nas fábricas dos países em desenvolvimento nos últimos anos foi o preço cobrado pela
nova tecnologia – um robô hoje custa apenas 20% do que custava em 1990 – e o aumento dos
custos trabalhistas. Além disso, a maior produtividade conseqüente da utilização dos robôs
CEFET/RJ – CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA - FUNDAMENTOS DE ROBÓTICA - 8
possibilita que o investimento seja recuperado em dois anos, informa o estudo. Ainda de acordo
com o mesmo relatório, os robôs estão nos mais diversos setores e com diferentes finalidades.
A Comissão inclui em sua lista não apenas as unidades instaladas em processos
industriais, mas também os robôs usados em cirurgias, na construção civil, em laboratórios e no
espaço. Apesar do aumento significativo, o número de robôs no país ainda está longe daqueles
apresentados pelas economias desenvolvidas. Mas, apesar disso, a robotização está mudando o
cenário da indústria brasileira.
Contribuem para o mundo da robótica no Brasil os fabricantes :
A Kuka Roboter do Brasil, outra fábrica do segmento robótica, está presente em 21 países e
produz 6 mil robôs por ano, com destacada atuação no mercado global, sendo a primeira na
Alemanha, segunda na Europa e a terceira no mundo, segundo dados da própria companhia.
Tem matriz em São Paulo e uma unidade em Curitiba.
A empresa é uma instituição social com todos as suas leis e regras que reagem as
relações com as pessoas. A qualidade total TMQ, nos ensina que devemos buscar o
comprometimento das pessoas que compõem o grupo de trabalho. Envolver pessoas com a em
presa em processos de produção também é a outra forma que a aplicação da técnica da
qualidade numa empresa que quer aumentar a produtividade. São as pessoas que poderão
remover as barreiras para se conseguir o avanço tecnológico.
Mesmo que a empresa não invista valores em grandes e modernas tecnologias
poderemos treinar e informar nossos funcionários para as novas técnicas possam ser introduzidas
e que se obtenha resultados positivos de melhoria em produtos, mercados e de competitividade.
A empresa brasileira sofre com a falta de competitividade já que é muito grande a distância
para as empresas internacionais multinacionais que assimilam as novas tecnologias mais
rapidamente e na velocidade de suas descobertas e utilização.
Sabemos que as novas tecnologias exigem criação de ambientes de trabalho que requerem nova
capacidades e conhecimentos. Informática, processos robotizados, automatizações eletrônicas,
novas máquinas, etc. requerem profissionais mais atentos, multidisciplinares, multifuncionais,
polivantes, pensamento holístico, disciplinados, treinados, maior agilidade mental, e em especial
muita educação.
O uso de robôs para as indústrias passa a ser uma questão de sobrevivência. Assim,
resistir ao uso dos robôs é uma batalha perdida, principalmente devido à forma acelerada com
que eles caem de preço. Além disso, o sucesso que as empresas e países usuários de robôs vem
obtendo é alto. O Japão, por exemplo, em dez anos conseguiu quadruplicar a sua produção de
automóveis, mantendo praticamente a mesma força de trabalho.
Conseqüências da Automação
“ Competir sem automatização pode ser um sonho irrealizável” porém e bom lembrar
que "As máquinas trabalham, muitas vezes melhor do que qualquer ser humano poderia
trabalhar, mas não criam"