Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
OS LUSÍADAS: ESTRUTURA/RESUMO
Canto I
Camões indica o assunto que se propõe versar: os feitos gloriosos dos Portugueses. Invoca as ninfas do Tejo, dedica o seu poema
a el-rei D. Sebastião e dá início à narrativa com a frota já no oceano Índico, em obediência ao preceito clássico de iniciar a
narração apenas quando a viagem já ia sensivelmente a meio (narração em media res). Entretanto, realiza-se o Consílio dos
Deuses no qual Baco se manifesta contra os Portugueses que são defendidos por Vénus e Marte. A frota ancora em
Moçambique. Libertos das maquinações de Baco, da traição do rei e da escaramuça da praia, os Portugueses prosseguem
viagem, passam a costa de Quíloa e fundeiam ao largo de Mombaça.
PLANO DO POETA
Proposição (1-3)
Invocação (4-5)
Dedicatória (6-18)
Reflexões sobre os perigos e fraqueza do Homem (105-106)
PLANO DA VIAGEM
Início da narração (19)
Ilha de Moçambique (42-72)
Ataque traiçoeiro. Em direção a Quíloa (82-99)
Chegada a Mombaça (103-104)
PLANO DO MARAVILHOSO
Consílio dos deuses (20-41) – Episódio Mitológico
Traição de Baco (73-81)
Intervenção de Vénus (100-102)
NARRADOR
Camões (narrador não participante)
Canto II
O rei de Mombaça convida a Armada Portuguesa a entrar no seu porto com o intento de a destruir. A frota é salva por Vénus e
pelas divindades marítimas, indo aquela queixar-se a Júpiter da falta de proteção dispensada pelo Olimpo aos Portugueses.
Júpiter manda Mercúrio à Terra para preparar a receção em Melinde e para inspirar ao Gama o caminho que deve seguir. A
Armada chega a Melinde onde é bem acolhida pelo rei que visita as naus e pede ao Gama que lhe conte a História de Portugal.
PLANO DA VIAGEM
Em Mombaça (1-9)
Fuga do piloto e dos mouros (25-28)
Partida da Armada e informações de Melinde (64-71)
Receção festiva em Melinde (72-113)
PLANO DO MARAVILHOSO
Cilada de Baco (10-15)
Nova ajuda de Vénus (16-24)
Súplica do Gama à Divina Guarda (Deus) (29-32)
Intervenção de Vénus e de Júpiter e missão de Mercúrio (33-63)
NARRADOR
Camões (narrador não participante)
Canto III
Vasco da Gama começa a contar a História de Portugal, após uma invocação do Poeta a Calíope. Fica em D. Fernando (fim da
primeira dinastia).
PLANO DO POETA
Invocação a Calíope (1-2)
PLANO DA VIAGEM
Em Melinde
PLANO DA HISTÓRIA
Início (3-5)
Europa (6-21)
De Luso a Viriato (22)
Conde D. Henrique (23-28)
De D. Afonso Henriques a D. Dinis (29-98)
D. Afonso IV:
o Contra os Mouros (39-100)
o Formosíssima Maria (101-102)
o Batalha do Salado (107-117)
o Inês de Castro (118-135) – Episódio Lírico
D. Pedro e D. Fernando (136-143)
NARRADOR
Camões (1-2)
(3-135)
Canto IV
Vasco da Gama continua a narração da História de Portugal até à saída das naus do Restelo (1497).
PLANO DA VIAGEM
Em Melinde
PLANO DA HISTÓRIA
Crise de 1383-85 (1-12)
Discurso de Nuno Álvares (13-19)
Reação ao discurso (20-27)
Batalha de Aljubarrota 1(28-47) – Episódio Bélico
Conquista de Ceuta (48-50)
D. Duarte, D. Afonso V e D. João II (51-65)
D. Manuel I (66-74)
Despedidas de Belém 2(75-93) – Episódio Lírico
Velho do Restelo (94-104)
NARRADOR
Vasco da Gama
Canto V
Vasco da Gama termina a narrativa da História de Portugal depois de ter referido, na sua viagem, vários episódios marítimos.
PLANO DO POETA
Considerações sobre o desprezo das letras e da poesia (90-100)
PLANO DA VIAGEM
Partida de Lisboa (1-3)
Viagem do Atlântico até ao Equador (4-13)
Cruzeiro do Sul (14)
Fogo-de-santelmo e tromba marítima (15-23)
Ilha de Stª Helena e o episódio de Veloso (24-36)
Adamastor (37-60) – Episódio simbólico (Plano da Mitologia/Plano da História de Portugal)
Viagem até Melinde (61-84)
Fim da narrativa do Gama (85-89)
NARRADOR
Vasco da Gama
Canto VI
Oferecidas as festas pelo rei de Melinde, os Portugueses continuam a viagem para a Índia que avistam depois de terem
suportado e vencido, com a ajuda de Vénus, a tempestade decretada pelos deuses marinhos instigados por Baco.
PLANO DO POETA
Reflexões do poeta sobre o valor das honras e da glória (95-99)
PLANO DA VIAGEM
Em Melinde (1-4)
Saída de Melinde (5-6)
Vigília dos Nautas (38-42)
Os Doze de Inglaterra (43-69)
A tempestade (70-84) – Episódio Naturalista
Chegada a Calecut (92)
PLANO DO MARAVILHOSO
Projeto de Baco (7-14)
Consílio dos deuses do mar (15-37)
Súplica do Gama a Deus (81-83)
Intervenção de Vénus a favor dos Portugueses (85-91)
Vasco da Gama agradece a Deus (93-94)
NARRADOR
Camões (narrador não participante)
Canto VII
Os Portugueses chegam a Calecut onde são recebidos com alegria. O Governador (Catual) acompanha Vasco da Gama ao palácio
do rei que, depois de ouvir um discurso, manda instalá-lo e aos seus no próprio palácio. O Catual vai visitar a nau e ouve de
Paulo da Gama o início da explicação das figuras pintadas nas bandeiras.
PLANO DO POETA
Elogio do espírito de cruzada dos Lusos e censura da Europa (2-14)
PLANO DA VIAGEM
Na barra de Calecut (1)
No porto de Calecut, descrição da Índia (15-16)
Degredado em terra e encontro com Monçaide (23-27)
Monçaide, na frota, descreve o Malabar (28-41)
Visita ao Samorim (42-65)
O Catual e Monçaide (66-72)
Paulo da Gama recebe o Catual nas naus e explica o significado das bandeiras (73-77)
NARRADOR
Camões (narrador não participante)
Canto VIII
Todo o Canto se passa na Índia. Vasco da Gama aguarda a resposta do Samorim aos tratados propostos em nome do Rei de
Portugal e Paulo da Gama, a bordo, explica ao Catual as figuras representadas nas bandeiras. Baco tenta, uma vez mais, armar
ciladas e, dessa forma, destruir a Armada Portuguesa levando os maometanos a subornarem o Catual. Este teme o seu rei e
acaba por dar liberdade a Vasco da Gama. Vasco da Gama salva-se oferecendo ouro e riquezas ao Catual e Camões aproveita a
ocasião para tecer considerações sobre o ouro que corrompe tudo e todos.
PLANO DO POETA
Considerações sobre o "vil interesse e sede inimiga do dinheiro" (96-99)
PLANO DA VIAGEM
Em Calecut: Catual visita a armada (1)
Regresso do Catual a terra (44-46)
Traição do Catual (51-90)
Monçaide, na frota, descreve o Malabar (28-41)
Suborno do Catual e regresso do Gama a bordo (91-95)
PLANO DO MARAVILHOSO
Novas ciladas de Baco: em sonho - o 3º - aparece um sacerdote maometano, indispondo-o contra os Portugueses (47-
50)
PLANO DA HISTÓRIA
Explicação das 23 figuras ao Catual (2-43)
NARRADOR
Paulo da Gama
Camões (narrador não participante)
Canto IX
Depois de narrar algumas peripécias acontecidas na Índia, Camões descreve a Ilha dos Amores que Vénus prepara para os
Portugueses para descanso e prémio dos seus trabalhos e sofrimentos. Após o desembarque, os Portugueses são recebidos
pelas Ninfas com quem casam.
PLANO DO POETA
Conselho do poeta aos que desejam a imortalidade (92-95)
PLANO DA VIAGEM
Últimas diligências na Índia onde Gama vence as manobras contra os Portugueses (1-12)
Regresso a Portugal (13-17)
A armada portuguesa avista a ilha (51)
Os nautas visitam a ilha (52)
Desembarque na ilha e primeiros contactos com as ninfas (64-74)
PLANO DO MARAVILHOSO
A Ilha dos Amores – Preparativos (18-29)
Continuam os preparativos (29-50)
Descrição da ilha (53-63)
Aventura de Lionardo e casamento entre Ninfas e navegadores no palácio de Tétis (75 - 84)
Simbolismo da ilha (85-91)
NARRADOR
Camões (narrador não participante)
Canto X
Tétis e as restantes Ninfas oferecem um banquete aos Portugueses durante o qual são contadas as suas façanhas futuras.
Depois do banquete, Tétis conduz Vasco da Gama a um monte onde descreve o orbe terrestre, principalmente as regiões onde
os Portugueses mais se notabilizarão, após o que se despede e prediz um regresso feliz à Pátria. Camões, depois de referir o
embarque dos Portugueses e a chegada a Portugal, queixa-se da decadência em que vive a sua Pátria. Termina o poema
exortando D. Sebastião à prática de feitos sublimes no Norte de África.
PLANO DO POETA
Invocação (4ª) a Calíope (8-9)
Lamentações, exortações a D. Sebastião e vaticínio de futuras glórias (145-156)
PLANO DO VIAGEM
Despedida da Ilha e regresso a Portugal (143-144)
PLANO DO MARAVILHOSO
Banquete na Ilha (1-7)
Profecias da Ninfa (10-74)
Tétis mostra ao Gama "a máquina do mundo" (75-90)
Novas profecias (91-142)
PLANO DA HISTÓRIA
Sobre os heróis portugueses: Duarte Pacheco Pereira, D. Francisco de Almeida e seu filho, Afonso de Albuquerque,
Diogo Soares, D. João de Castro, Cristóvão da Gama, martírio de S. Tomé, naufrágio de Camões, descobrimento do
Brasil, viagem de Fernão de Magalhães.
NARRADOR
Camões (narrador não participante)