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PATOLOGIA DOS EFLORESCÊNCIAS

REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS

EFLORESCÊNCIAS

Prof. Dra. Giovanna Patrícia Gava Oyamada

EFLORESCÊNCIAS EFLORESCÊNCIAS

™ Segundo Uemoto (1987), as eflorescências são depósitos


salinos, em grande parte, alcalinos (sódio e potássio) ou
alcalinos terrosos (cálcio e magnésio) na superfície de
alvenarias ou revestimentos, provenientes da migração de sais
solúveis presentes nos materiais do revestimento ou
componentes da alvenaria.
™ Essa migração ocorre com o movimento de água pela
porosidade existente nas camadas do revestimento até
aflorarem na superfície, onde os sais, após a evaporação da
água, cristalizam-se.

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™ Nos revestimentos de fachada, os sais solúveis podem ser


™ Para que ocorra a formação das eflorescências é necessário provenientes:
a existência simultânea dos seguintes fatores:
¾da argamassa de fixação, de rejuntamento ou de emboço;
¾ teor de sais solúveis eventualmente presentes nos ¾do concreto;
componentes da alvenaria, e nas argamassas de assentamente e
revestimento; ¾dos blocos de concreto e cerâmico

¾ presença de água para dissolver e carrear os sais solúveis até ¾ das placas cerâmicas;
a superfície do revestimento; ¾ dos selantes;
¾ presença de alguma força, como a pressão hidrostática ou a ¾ do uso de ácido muriático para a limpeza do revestimento;
evaporação que faça a solução aflorar na superfície da parede. ¾ da névoa salina (presente em regiões litorâneas);
¾ dos diferentes gases presentes na poluição atmosférica, por exemplo,
o dióxido de enxofre (SO2).

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™Já a água, pode ser originária:


¾ da fase de execução das diversas camadas do revestimento (água de
amassamento);
¾ da infiltração da água de chuva pelas fissuras,;
¾pela condensação de vapor da atmosfera dentro das paredes;
¾da umidade dos solos (SABBATINI; BARROS, 1990).

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™ Principais componentes da cal e do cimentos, que são sais e ™ Natureza química das eflorescências. (Bauer, 2000)
contribuem para o aparecimento de eflorescência:
Composição Química Fonte Provável Solubilidade em Água
¾ CaO livre em excesso no cimento
Carbonatação da cal lixiviada da
¾ MgO livre em excesso Carbonato de Cálcio argamassa ou concreto e da argamassa Pouco solúvel
de cal não-carbonatada
¾ Ca(OH)2 resultante dos produtos de hidratação do Carbonato de Magnésio
Carbonatação da cal lixiviada da
Pouco solúvel
argamassa de cal não-carbonatada
cimento. Carbonatação dos hidróxidos alcalinos
Carbonato de Potássio Muito solúvel
de cimentos com elevado teor de álcalis.
Carbonatação dos hidróxidos alcalinos
Carbonato de Sódio Muito solúvel
¾ Rever os processos de carbonatação da cal e hidratação de cimentos com elevado teor de álcalis.

do cimento

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™ Natureza química das eflorescências. (Bauer, 2000) ™ Natureza química das eflorescências. (Bauer, 2000)
Composição Química Fonte Provável Solubilidade em Água Composição Química Fonte Provável Solubilidade em Água

Hidróxido de cálcio Cal liberada na hidratação do cimento Solúvel Água de amassamento, limpeza com
Cloreto de Cálcio Muito solúvel
ácido muriático
Sulfato de cálcio
Hidratação do sulfato de cálcio no tijolo Parcialmente solúvel Cloreto de Magnésio Água de amassamento Muito solúvel
desidratado
Sulfato de Magnésio Tijolo, água de amassamento Solúvel Nitrato de Potássio Solo adubado ou contaminado Muito solúvel

Sulfato de Cálcio Tijolo, água de amassamento Parcialmente solúvel Nitrato de Sódio Solo adubado ou contaminado Muito solúvel
Reação tijolo-cimento, agregados, água
Sulfato de Potássio Muito solúvel Nitrato de Amônia Solo adubado ou contaminado Muito solúvel
de amassamento
Reação tijolo-cimento, agregados, água Solúvel
Sulfato de Sódio Muito solúvel Cloreto de Alumínio Limpeza com ácido muriático
de amassamento

Cloreto de Ferro Limpeza com ácido muriático Solúvel

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™ Em função do aspecto e das características apresentadas,as ™ Tipo I - Causas


eflorescência são classificadas por Uemoto (1987) em três ¾ Os sais causadores deste tipo de eflorescência são: sulfatos de sódio
tipos: e potássio, e algumas vezes, sulfatos de cálcio e magnésio, carbonatos
de sódio e de potássio.
¾ Tipo I
¾ O sulfato presente nas cerâmicas migram até a superfície do
Caracteriza-se por um pó branco pulverulento, solúvel em água. revestimento e reagem com os hidróxidos alcalinos presentes no cimento
Pode ser abundante, apresentar-se na forma de véu, aparece em da argamassa de revestimento formando os sulfatos alcalinos que
superfícies de alvenaria aparente (tijolos), ou revestidas com constituem as eflorescências.
argamassas, juntas de assentamento, ladrilhos cerâmicos,
¾ Os sulfatos pode ser provenientes da poluição atmosférica. O anidrido
próximas a caxilhos de portas, juntas de azulejos.
sulfuroso presente no ar, com a chuva, pode transformar-se em ácido
sulfúrico que pode reagir com os compostos dos tijolos e argamassas
formando os sais causadores da eflorescências.

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™ Tipo I - Reparo ¾ Tipo II


¾ Eliminar a fonte de umidade;
¾ Aguardar a eliminação dos sais pela ação da chuva em casos de Caracteriza-se por um depósito branco com aspecto de
eflorescência em paredes externas, ou fazer a lavagem da superfície escorrimento, muito aderente e pouco solúvel em água, que em
com água;
presença de ácido apresenta efervescência.
¾ Escovar a superfície por processo mecânico, caso necessário;
Geralmente forma-se em regiões próximas a elementos de
¾ Após saturar o revestimento com água, lavar com solução clorídrica a concreto, ou sobre suas superfície e sobre superfície de alvenaria.
10%, e em seguida com água abundante.

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™ Tipo II – Causas ™ Tipo II - Reparo


¾ Eliminar a percolação de água;

¾ Carbonatação da cal liberada na hidratação do cimento. ¾Após saturar o revestimento com água, lavar com solução clorídrica a
10%, e em seguida com água abundante.
¾ Em caso de depósito abundante, escovamento da superfície por
¾ Carbonatação da cal não carbonatada proveniente de processo mecânico e lavagem com ácido como indicado acima.
argamassas mistas. ™ Tipo II - Como evitar
¾ A lixiviação da cal do cimento pode ser reduzida diminuindo a
porosidade das argamassas e concretos e utilizando-se cimentos que
liberem menor quantidade de hidróxido de cálcio na sua reação.

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¾ Tipo III ™ Tipo III - Causas


¾ Nas áreas abrigadas da chuva, a fissuração e expansão é
causada pela hidratação do sulfato de cálcio que se transforma
Apresenta-se como um depósito de sal branco, entre as juntas
em gesso.
de alvenaria aparente, sendo solúvel em água e causando a
expansão da argamassa de assentamento. Ocorre também ¾Nas áreas úmida a fissuração e a expansão ocorrem devido a
paredes revestidas com argamassas e em superfícies de reação do sulfato de cálcio, com o aluminato de cálcio presente no
concreto aparente. cimento e a água, formando o “Sal de Candlot”, também
denominado de etringita secundária.
Ocorre tanto em fachadas exposta a ação da chuva como
naquelas não exposta.

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™ Tipo III - Reparo ™ Formas de reparo das eflorescências.


¾ Não realizar reparos, esperar a estabilização do fenômeno. 1. Eliminação da infiltração de umidade;
¾ Os reparos devem ser feitos usando cimentos isentos resistentes à 2. Secagem do revestimento;
sulfatos.
3. Escovamento da superfície;

™ Tipo III - Como evitar 4. Reparo do revestimento se estiver pulverulento.


¾ Usar cimentos com baixo teor de alumina, resistentes a sulfatos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARAZEK, H. Aderência de argamassas à base de cimento Portland a substratos porosos – avaliação
BAUER, R. J. F. Patologia em revestimentos de argamassa inorgânica. In: CONGRESSO dos fatores intervenientes e contribuição ao estudo do mecanismo da ligação. São Paulo, 1996. 285 f.
IBEROAMERICANO DE PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES, 4., Porto Alegre, 1997. Anais. Porto Alegre: Tese (Doutorado). Escola Politécnica da USP, Depto de Engenharia de Construção Civil, Universidade de São
UFGRS, 1997. p. 389-96. Paulo.
UEMOTO, K. L. Patologia: Danos causados por eflorescência. In: Tecnologia de Edificações. São Paulo:
Pini, 1988. p.561-64.
SABBATINI, F.H.; BARROS, M.M.S.B. Recomendações para a produção de revestimentos cerâmicos
para paredes de vedação em alvenaria. São Paulo: Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, 1990.
(Relatório Técnico R6-06/90).
RESENDE, M. M. Manutenção preventiva de revestimentos de fachada de edifícios: limpeza de
revestimentos cerâmicos. São Paulo : EPUSP, 2004.22 p. (Boletim Técnico da Escola Politécnica da USP,
Departamento de Engenharia de Construção Civil ; BT/PCC/384).
SABBATINI, F.H.; Tecnologia de Execução de revestimentos de argamassa. In: 13º Simpósio de Aplicação
da Tecnologia do Concreto. São Paulo: Escola Politécnica, Universidade de São Paulo.
BAUER, R. J. F.. Patologia em revestimentos de argamassa inorgânica. In: II SIMPÓSIO BRASILEIRO DE
TECNOLOGIA DAS ARGAMASSAS, Salvador, 1997. Anais. p.321-33.
BAUER, R. J. F.. Falhas em revestimentos: suas causas e sua prevenção.Centro Tecnológico Falcão
Bauer, 1996.

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