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10 de Julho de 2015
Emotivismo
Harry J. Gensler
Tradução de Álvaro Nunes
Emotivismo: “X é bom” é uma exclamação emocional (não uma afirmação verdadeira), e
significa “Viva X!” Para escolher os teus princípios morais segue os teus sentimentos.
Esta afirmação não pode ser testada por intermédio da experiência sensível.
Mas então, nos seus próprios termos, não tem sentido. Assim, a afirmação
refuta-se a si mesma.
Os filósofos que adoram a ciência com frequência contradizem-se. Fazem
afirmações, que não podem ser baseadas na ciência, sobre a ciência ser o único
caminho para a verdade. Estes filósofos violam o nosso primeiro dever como
seres racionais, que é, não a exigência impossível de que provemos todas as
nossas afirmações, mas a humilde exigência de que as nossas afirmações
sejam consistentes.
Ayer e os outros positivistas lógicos são pessoas lógicas e abandonaram o
seu ponto de vista quando viram que se refutava a si mesmo. O seu ponto de
vista também tinha outros problemas; por exemplo, revelou-se impossível dar
uma definição clara de “empírico”. Poucos filósofos aceitam hoje o positivismo
lógico.
1. Como define o emotivismo o “bem”? Que método usa para formar crenças
morais?
2. Define estes termos: “afirmação de verdade”, “proposição empírica”, e
“proposição analítica”. (5.1)
3. Explica o que é o positivismo lógico e como este levou Ima a aceitar o
emotivismo.
4. Por que rejeita Ima as definições de “bem” que fazem uso de linguagem empírica
(como “aprovado socialmente”)?
5. Por que razão o namorado de Ima aceita o emotivismo?
6. Explica como o emotivismo e o subjectivismo diferem entre si. (5.2)
7. Supõe que Hitler, que apreciava matar Judeus, diz que “matar Judeus é bom”.
Diria o subjectivismo que a afirmação de Hitler é verdadeira? E o emotivismo?
8. Quais são as funções sociais dos juízos morais?
9. Supõe que não te apetece fazer X. Por que razão de um ponto de vista emotivista
poderá ainda fazer ainda sentido dizeres para ti próprio “É bom para mim fazer
X”?
10. Por que razão pensa Ima que o emotivismo fornece uma explicação simples para
a moralidade?
11. Por que razão não podemos, segundo o emotivismo, definir “bem” com termos
descritivos?
12. Que provas deu Ima de que o emotivismo é linguisticamente preciso?
13. De que forma podemos raciocinar sobre questões morais? Como revela o exemplo
nazi os limites do raciocínio moral? (5.3)
14. Como aplica Ima o emotivismo à educação moral? Pensa ela que o emotivismo
destruirá a moralidade?
15. Escreve um texto que apresente em linhas gerais a tua reacção inicial ao
emotivismo. Parece-te plausível? Que te agrada e desagrada nesta perspectiva?
Consegues pensar numa forma de mostrar que é falso?
16. Que objecção é feita ao positivismo lógico? (5.4)
17. Explica a objecção que afirma que os juízos morais não são sempre emocionais.
(5.5)
18. Dá exemplos de frases com “bem” ou “mal” que não parecem poder ser
traduzidas por exclamações.
19. Explica a objecção que afirma que o emotivismo destruirá a racionalidade da
ciência.
20.Como leva o modelo emotivista de pensamento moral a uma guerra de
propaganda? (5.6)
21. O que é o emotivismo moderado?