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FACULDADE ISEAT/IPEMIG

MARCOS ANDRÉ DURAND PEREIRA

A DANÇA, DESEVOLVIMENTO HUMANO E PROGRESSO DE VIDA DA


PESSOA IDOSA: UM ESTUDO SOBRE POSSIBLIDADES

BELO HORIZONTE - MG
2019
MARCOS ANDRÉ DURAND PEREIRA

A DANÇA, DESEVOLVIMENTO HUMANO E PROGRESSO DE VIDA DA


PESSOA IDOSA: UM ESTUDO SOBRE POSSIBLIDADES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a


ISEAT/IPEMING como pré-requisito para obtenção do
título especialista em Gestão em Serviço Social.

BELO HORIZONTE – MG
2019
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus avós


maternos, Dr. Carlos Durand e Safira
Durand “in memorian”, pela existência de
minha Mãe Geralda Durand “In
Memorian”, pois sem ela este trabalho e
muitos dos meus sonhos não se
realizariam, aos meus irmãos Marcello
Durand Victor, Fernando Antônio Durand
Victor, Mônica Patrícia Durand Pereira,
Francisco Roberto Durand Pereira “In
Memorian”, Daniela Fabrícia Durand
Pereira, Washington Luís Ribeiro Durand,
a minha tia avó Cora Lopes Ribeiro e
Maria Matias dos Santos a dona Bibiu “In
Memorian”, aos amigos que sempre me
deram apoio e orientação de não desistir
nunca Helena Izel Costa e especialmente
a minha incentivadora Regina Fernandes
do Nascimento que sempre me ensinou a
valorizar os estudos independentes da
área que se escolha.
A DANÇA, DESEVOLVIMENTO HUMANO E PROGRESSO DE VIDA
DA PESSOA IDOSA: UM ESTUDO SOBRE POSSIBLIDADES

Este trabalho de conclusão foi julgado adequado para obtenção de Grau de


Gestão em Serviço Social e aprovado, em sua forma final, pela Comissão
Examinadora.

Belo Horizonte - MG,________de____________2019

Nota Final=_____________

Banca Examinadora:

ORIENTADORA:

PROFª

PROFª.
Agradecimentos

Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por ser essencial em minha


vida, autor de meu destino, meu guia, socorro presente na hora da angústia.
Agradeço a Deus, pelo fim de mais essa etapa, pelos sonhos que se concretizam.
Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. Agradeço-lhe por
nunca me deixar esquecer mesmo em meio aos desertos, que sou um de seus
favoritos. É difícil agradecer todas as pessoas que de algum modo, nos momentos
serenos e ou apreensivos, fizeram ou fazem parte da minha vida, por isso
primeiramente agradeço a todos de coração.
Dediquei este trabalho "in memorian" aos meus avós maternos (Dr. Carlos
Durand e Safira Durand) e a minha Mãe Geralda Durand “in memorian) e
aproveito também para agradecê-los, estejam onde estiverem, infelizmente, meus
avós maternos, somente conheci meu avô não tive oportunidade de conhecer
minha avó apreendi muito com meu avô o dom de cuidar de animais. Conheci
minhas Tias Avós que cuidaram de minha Mãe e de todos nós com orientação a
mim principalmente onde com elas ainda em vida prometi logo estudar e
prosseguir a vida.
Agradeço aos meus pais, e a minha Mãe linda, doce, protetora,
preocupada e determinada pela determinação e luta na minha formação e na
educação dos meus irmãos, fazendo amparar os ensinamentos de minhas tias
avós e minha saudosa mãe. Agradeço aos meus irmãos, e que por mais difícil que
fossem as circunstâncias, sempre tiveram paciência e confiança.
Agradeço aos meus tios e primos de Manaus, Salvador, Belo Horizonte
pela convivência e amparo do dia-a-dia. Agradeço à minha tia que todo o dia me
conferia carinho, agrado e orações.
Agradeço aos meus bichos de estimação que alegram a minha casa, aos
meus cães, “in memorian” Xuxa, Jordânia e Aloha que tanto me protegeram do
mal e que tanto sofreram o que às vezes não tinha pra comer e dividir com elas, e
que nos diversos lares que estive elas me acompanharam sem temor algum. As
que hoje estão em casa como Pérola “in memorian”, Fiona, Shalismar “in
memoriam” Kyara, e Hope pela força maior pelo qual escolhi esta profissão tão
admirável e difusa que é a área das artes, e da assistência. E as plantas que
tenho que nos momentos de tristezas a elas dediquei poesias.
Agradeço aos meus colegas de classe e com certeza futuros excelentes
profissionais, aos que me apoiaram e em mim encontraram refúgio de saber
debater e questionar não desistindo de viver e acreditar que tudo é possível.
Não poderia deixar de agradecer pelo companheirismo, dignidade,
carinho, autenticidade e amizade, de todos do Grupo de Dança Faqra, The Fusion
Dance Hip-Hop, a Professora Helena Izel Costa, ao coreógrafo Elifas Matos,
Professor Luís Netto (Itacoariara-Amazonas) dentre tantos das diversas danças
que sempre estiveram ao meu lado nos momentos engraçados, tristes, alegres, e
na cumplicidade do dia-a-dia com a dança e suas variantes. Agradeço aos
professores que desempenharam com dedicação as aulas ministradas.
E finalmente agradeço a Deus, por proporcionar estes agradecimentos a
todos que tornaram minha vida mais afetuosa, além de ter me dado uma família
maravilhosa e amigos sinceros, animais que vivem e refletem como pessoas seres
iluminados por Deus. A ao meu Deus, que a mim atribuiu alma e missões pelas
quais já sabia que eu iria batalhar e vencer, agradecer é pouco. Por isso lutar,
conquistar, vencer e até mesmo cair e perder, e o principal viver são o meu modo
de agradecer sempre.

Obrigado Deus!

PEREIRA, Marcos André Durand. A DANÇA, DESENVOLVIMENTO


HUMANO E PROGRESSO DE VIDA DA PESSOA IDOSA: UM
ESTUDO SOBRE POSSIBLIDADES Belo Horizonte: Faculdade Nova
Ateneu/IPEMIG, 2019. Especialização em Gestão e Serviço Social.
RESUMO

A dança é considerada uma modalidade artística que possibilita ao ser humano


não somente o conhecimento motor de seu corpo, mas também uma percepção
de cada um como ser integrante de um grupo social. A dança é uma atividade
divertida e estimulante, que traz benefícios tanto sociais, como psicológico e
cognitivo. Este trabalho objetivou a identificar as “barreiras” e conquistas no
aprendizado de danças sendo uma delas a dança de salão na terceira idade, ou
melhor propor a dança para a pessoa idosa. O significado da dança vai além da
expressão artística, podendo ser vista como um meio para adquirir
conhecimentos, como opção de lazer, fonte de prazer, desenvolvimento da
criatividade e importante forma de comunicação.“ A dança na terceira idade -
maturidade ou melhor idade, como se denomina hoje - deverá tanto romper com
as regras formais ditadas pela mídia quanto com os modelos imitativos da dança e
com os processos criativos de ensino-aprendizagem repetitivos e restritivos. Cabe-
lhe inovar com criatividade, sabedoria e competência, deixando de ser apenas
uma apresentação de dança e se consolidando como uma dança em que cada
corpo tem o direito de escrever a sua própria história de vivência”.  As danças de
salão surgiram entre os nobres da Europa e principalmente com o surgimento da dança
realizada com casais. Quando os europeus foram colonizar as Américas, eles levaram as
danças em locais fechados para essas localidades. Foram nesses países que surgiram os
tipos mais comuns de dança de salão como gafieira, tango, salsa, bolero e maxixe.
Diante disto, o objetivo da presente pesquisa foi mostrar aos educadores físicos que
erroneamente trabalham com a dança nos espaços dos centros de convivência na cidade
de Manaus façam valer cumprir o estatuto da pessoa idosa e os direitos garantidos por lei
para tal, e que estes direitos sejam fidelizados na prática da dança e suas linguagens
artísticas por meio da dança de salão. Para o desenvolvimento dessa pesquisa foi
utilizado uma abordagem do tipo qualitativa e descritiva, por meio da pesquisa de campo
e da utilização do diário de campo como instrumento metodológico. O trabalho propiciou a
estes idosos um crescimento afetivo, motivador, estimulador, pessoal e artístico que
influenciou de forma perceptível não somente pelos próprios envolvidos, mas pelos
amigos, familiares, esposos, e esposas, como foi possível perceber durante as entrevistas
realizadas na pesquisa.

Palavras-chave: Dança, Progresso; e Vida da Pessoa Idosa.


Dance is considered an artistic modality that allows the human being not only the
motor knowledge of his body, but also a perception of each as an integral part of a
social group.
Dance is a fun and stimulating activity that brings both social, psychological and
cognitive benefits. This work aimed to identify the "barriers" and achievements in
the learning of dances being one of them the ballroom dance in the third age, or
better propose the dance for the elderly person.
The meaning of dance goes beyond artistic expression, and can be seen as a
means to acquire knowledge, as a leisure option, source of pleasure, development
of creativity and important form of communication.
"Old age dance - maturity or better age, as it is called today - must both break with
the formal rules dictated by the media as well as the imitative models of dance and
with the repetitive and restrictive creative teaching-learning processes. It is up to
you to innovate with creativity, wisdom and competence, from being just a dance
presentation and consolidating itself as a dance in which each body has the right to
write its own history of experience.
The ballroom dances appeared among the nobles of Europe and mainly with the
emergence of the dance performed with couples. When the Europeans went to
colonize the Americas, they took the dances in closed places to those localities. It
was in these countries that the most common types of ballroom dancing, such as
gafieira, tango, salsa, bolero and maxixe, appeared. In view of this, the objective of
this research was to show the physical educators who erroneously work with dance
in the spaces of the coexistence centers in the city of Manaus to enforce the old
people's statute and the rights guaranteed by law for such, and that these rights
are faithful in the practice of dance and their artistic languages through the dance
of the hall. For the development of this research, a qualitative and descriptive
approach was used, through the field research and the use of the field diary as a
methodological tool. The work gave these elderly people an affective, motivating,
stimulating, personal and artistic growth that influenced in a noticeable way not
only by the involved ones, but by the friends, relatives, spouses, and wives, as it
was possible to perceive during the interviews realized in the research.

Keywords: Dance, progress and life of the elderly person.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 10
2. DESENVOLVIMENTO 12
2.1 TEORIA DE SKINNER: ESTÍMULO E RESPOSTA NAS DANÇAS, DANÇA DE SALÃO 12
3. REFERENCIAL TEÓRICO 13
4. DANÇA DE SALÃO: BREVE HISTÓRIA E ESTILOS 14
4.1 A DANÇA DE SALÃO NO BRASIL 14
5. A DANÇA E SEUS BENEFICÍOS 15
5.1 DISPOSIÇÃO E AUMENTO DA AUTOESTIMA 16
6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 17
6.1 TIPOS DE DANÇAS DE SALÃO 18
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 19
8. REFERÊNCIAS 20
10

1. INTRODUÇÃO

A dança é uma atividade divertida e estimulante, que traz benefícios


tanto sociais, como psicológico e cognitivo. Este trabalho objetivou a
identificar as “barreiras” e conquistas no aprendizado de danças sendo uma
delas a dança de salão na terceira idade, ou melhor propor a dança para a
pessoa idosa. O significado da dança vai além da expressão artística,
podendo ser vista como um meio para adquirir conhecimentos, como opção
de lazer, fonte de prazer, desenvolvimento da criatividade e importante
forma de comunicação. Através da dança, uma pessoa pode expressar o
seu estado de espírito. A dança pode ser acompanhada por instrumentos
de percussão ou melódicos, ou ainda pela leitura de diferentes textos.
O povo primitivo iniciou a arte de dançar e a praticava em diferentes
ocasiões: no período de colheitas, nos rituais aos deuses, na época das
caçadas, nos casamentos, em momentos de alegria ou tristeza, ou ainda,
em homenagem à mãe natureza. É considerada a mais completa das artes,
pois envolve elementos artísticos como a música, o teatro, a pintura e a
escultura, sendo capaz de exprimir tanto as mais simples quanto as mais
fortes emoções. A dança teve forte influência nas sociedades ao longo dos
tempos, e como via de socialização e disseminação de cultura,
proporcionou ao mundo o conhecimento sobre a diversidade cultural dos
diferentes povos em todo mundo, especialmente através das danças
folclóricas.
A partir da Constituição Federal de 1988, o conjunto de leis, direitos
e políticas que compõem a nova institucionalidade da proteção ao idoso no
Brasil, a Assistência Social destaca-se como importante fonte de melhoria
das condições de vida e de cidadania desse estrato populacional em
irreversível crescimento. Com a Constituição vigente, promulgada em
1988, a Assistência Social também ganhou nova institucionalidade, que a
fez pautar-se pelo paradigma da cidadania ampliada e a funcionar como
política pública que se concretiza os direitos sociais básicos particularmente
de crianças, idosos.
 
2. DESENVOLVIMENTO
11

A dança é considerada uma modalidade artística que possibilita ao


ser humano não somente o conhecimento motor de seu corpo, mas
também uma percepção de cada um como ser integrante de um grupo
social. Pensando nos direitos dos idosos em terem uma adequada
qualidade de vida, e de inclusão social, diante disto a presente pesquisa
surgiu pela necessidade de inserir o ensino de danças e principalmente da
dança de salão nos espações dos centros de convivência, em espaços de
escolas, públicas, quadras esportivas ou de igrejas e em comunidades que
tenham espaços para o ensino e prática da dança como meio de ação para
os idosos tendo em vista que muitos são os casos de educadores físicos
que trabalham com danças em diversos espaços públicos não darem
atenção a pessoa idosa, onde pretendem aprender e praticarem a dança
como um todo, e sendo uma das mais procuradas: a dança de salão. E
notamos que muitos são os casos de idosos não poderem praticar a dança,
aonde recebem descriminação, e desistem de viver muita das vezes pelo
abandono de suas famílias pessoas entre 55 a 80 anos e no período ainda
de inscrição nesses programas desenvolvidos em espaços públicos que
atuam como oficinas, workshops, ou aprendizado informal de dança tudo é
mais visível nos centros de convivência da família no centro de convivência
do idoso este último tendo as políticas voltadas apenas para a pessoa
idosa.
Diante disto a presente pesquisa surgiu pela instigação observar
uma inscrição de uma idosa um sistema online para aula de dança de salão
onde a referida era para idosos de 18 a 50 anos que erroneamente não
aceitava idosos para essa prática a partir dos 60 anos tendo em vista que
na fala de um pedagogo diz que o educador físico questionava que alguns
idosos sofriam de dores tonteiras e não permitiam que estes participassem
das aulas práticas excluído a estes um direito segundo o Estatuto do Idoso
e ainda o que preconiza no LOAS.
Muitos são os bolsões de pobreza e do abandono e poucos são os
incentivadores para que idosos encontrem-se engajados em projetos de
dança numa premissa que os estimulem a permanência na autoestima e
vida para um crescimento pessoal futuro, valorização e posicionamento dos
12

envolvidos na comunidade e na própria família. Contudo a pesquisa


organiza-se da seguinte forma: destaca-se no capítulo I um breve histórico
da dança de salão, sua origem perpassando na história da dança com seus
estilos a nível mundial.
A dança pode ser considerada um instrumento de ação pedagógica
para corroborar e estimular jovens, adultos e a pessoa idosa socialmente,
possibilitando aprimorar o senso estético dos envolvidos nestas atividades
no que tange a parte cultural, física, mental e sociabilização da população,
proporcionando modificações em fatores como a afetividade e participação
na Família na Comunidade, e nos Centros de Convivência da Família.
Os participantes ou melhor no contexto pessoa idosa estes inseridos
em trabalhos com a dança procuram aprender o trabalho em equipe,
respeito ao próximo, e perpassa ao estimulo e motivação para as práticas
de danças e estudos, autoestima, e direção em suas vivências familiares, e
comunitárias.
2.1 Teoria de Skinner: estímulo e resposta nas danças, dança de
salão
Voltando à abordagem Skinneriana, o ensino se dá apenas no que
precisa ser ensinado, podendo ser colocado sobre controle de certas
contingências de reforço. O papel do professor/coreógrafo neste processo
instrucional é o arranjar as contingências de reforço de modo a possibilitar
ou aumentar a probabilidade de que o aluno/bailarino faça o
comportamento terminal (MOREIRA, p.14). Nesta perspectiva cabe outra
reflexão: qual é o resultado esperado pelo professor/coreógrafo? Uma
possível resposta é: que o aluno/bailarino execute e interprete a sua
coreografia com a máxima precisão de reprodução de movimentos. Caberá,
portanto, ao professor, à tarefa de criar estratégias para estimular os
alunos/bailarinos a interpretarem suas coreografias. Criar um “reforço” no
momento apropriado significa reforçar respostas que provavelmente levarão
ao aluno/bailarino a exibir comportamento terminal desejado. Skinner, ao
falar dos aspectos do comportamento e examinando o caráter cultural,
coloca o seguinte: O nível geral de interesses dos membros do grupo, suas
motivações e disposições emocionais, seus repertórios comportamentais, e
à medida que praticam o autocontrole e o autoconhecimento, tudo isso é
13

relevante para a força do grupo como um todo. Além disso, a cultura tem
um efeito indireto sobre outros fatores (SKINNER, 1998, p. 468). Skinner
ressalta sobre a prática do exercício da seguinte forma:
Não cabe ver o exercício como uma simples memória. O
exercício cria antes uma predisposição para a melhor realização
de alguma ação. Para verificar a capacidade do exercício,
costuma-se propor a soma de número simples [...] isso revela
ainda mais claro quando compararmos a produtividade inicial dos
diferentes dias que sucedem uns aos outros. Essa elevação da
produtividade ocorre sob a influência do exercício, que, como se
sabe, atenua e acelera todas as modalidades do trabalho e do
mental (SKINNER, 2004, p. 366).

3. REFERENCIAL TEÓRICO
A terceira idade é mais uma etapa do ciclo de vida do ser humano.
Dados da Organização Mundial da Saúde da década de 1990 informam que
em 1950 havia no mundo cerca de 204 milhões de indivíduos com idade
superior a sessenta anos; em 1998, esse contingente alcançava 579 mi-
lhões. As projeções indicam que, em 2050, a população idosa será de 1
900 milhões de pessoas. No Brasil, a população de terceira idade vem
aumentando com o passar dos anos. Atualmente, a expectativa de vida é
de 67 anos e, em 2025, poderá chegar aos 74 anos. Neste mesmo ano
estima-se que seremos a sexta nação do mundo em número de idosos (32
milhões). A nossa média de vida não é melhor porque a nossa taxa de
natalidade ainda é muito alta se comparada à dos países europeus, como
Alemanha, Inglaterra, Itália etc.
Com os dados expostos, podemos ver que o Brasil também não é
mais um país de jovens. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística indicam que, de 1950 a 2000, a população de idosos do país
triplicou, fenômeno que deverá ocasionar sérias modificações na nossa
sociedade. O envelhecimento da população do Brasil na atualidade é um
fator que preocupa especialmente pela problemática social e econômica
que comporta. Segundo Robatto em seu artigo (1994) cita que a dança
pode ter seis funções: auto expressão, comunicação, diversão e prazer,
espiritualidade, identificação cultural, ruptura e revitalização da sociedade.
Segundo Haas e Garcia (2006) a dança é uma das manifestações
artísticas mais antigas, que tem indícios de sua existência até mesmo antes
das pinturas nas cavernas. Os primeiros indícios começaram nas
14

comunidades tribais onde havia participação de todos, elas eram feitas em


formas de rituais, o ritmo era simples e puro, era produzido por tambores,
porém as emoções ali expressadas eram de alta profundidade emocional
sendo realizados para adorar os seus deuses como o sol e a lua, para
aumentar a fertilidade, para apressar as curas, ou seja, era expresso de
acordo com cada setor emocional da vida deles.
Está claro que essas danças pouco a pouco adquiriram o que
poderíamos chamar de coreografia própria, ou seja, passos e
gestos peculiares a cada uma, com significado próprio e que
deveriam ser respeitados no contexto de cada cerimônia
específica (FARO, 2004, p.15).

4. DANÇA DE SALÃO: BREVE HISTÓRIA E ESTILOS


As danças de salão surgiram entre os nobres da Europa e
principalmente com o surgimento da dança realizada com casais. Quando
os europeus foram colonizar as Américas, eles levaram as danças em
locais fechados para essas localidades. Foram nesses países que surgiram
os tipos mais comuns de dança de salão como gafieira, tango, salsa, bolero
e maxixe. Essa é uma dança que surgiu na República Dominicana e
também criou raízes em países como Porto Rico, Haiti, Venezuela e
Colômbia. Utiliza instrumentos musicais como os saxofones, acordeão,
trombeta e teclado. Praticada por casais, a dança conta com passos
rápidos e simples. Ou seja, um dos pés marca o tempo da dança e o outro
segue a coreografia. Já os membros superiores não se movimentam muito
deixando o ritmo apenas para as pernas e os pés.
4.1 A DANÇA DE SALÃO NO BRASIL
A dança é uma das manifestações artísticas mais antigas da
humanidade. Teve origem nos gestos e movimentos naturais do corpo
humano para expressar emoções e sentimentos, a partir da necessidade de
comunicação entre os homens. Dependendo de seus objetivos, surgiram
diversos tipos de dança: a guerreira, a teatral, a ritual ou religiosa, a popular
ou folclórica (geralmente dançada em festas populares, em grupos e ao ar
livre), o balé clássico e a dança moderna (artísticos e mais voltados para
espetáculos), a dança social ou de salão, a dança esportiva, o balé no gelo
ou patinação artística e outros tipos. A dança esportiva e a patinação
artística são modalidades de caráter competitivo e estão em processo de
15

inclusão entre os e esportes olímpicos. A dança de salão chegou ao Brasil


trazida pelos colonizadores portugueses, ainda no século XVI, e mais tarde,
pelos imigrantes de outros países da Europa que para cá vieram. Num país
como o Brasil, com tão diferentes influências culturais, a se mesclar
contribuições dos povos indígenas e africanos, e modificação de algumas
das danças europeias importadas, bem como de surgimento de novas
danças, bem brasileiras. O Rio de Janeiro, na medida em que foi capital do
Brasil desde o período colonial até 1960, sempre foi o polo irradiador de
cultura, modismos e inovações em geral para o resto do país.
5. A DANÇA E SEUS BENEFICIOS
Todos nós sabemos dos imensos benefícios que a prática de alguma
atividade física traz tanto para o corpo quanto para a alma, falamos de uma
atividade rica e complexa como a dança de salão. Diversas pessoas ao
redor do mundo estão descobrindo que a dança ajuda, também, no
combate ao câncer promovendo uma melhora geral na qualidade de vida.
Para aqueles que apreciam a música e a dança e reconhecem seu
papel fundamental em nossas vidas, sempre esteve claro que, além de
melhorar o bem-estar das pessoas, dedicar algum tempo à dança também
causava um grande impacto positivo na saúde.
Pesquisa realizada no Instituto Nacional do Câncer, nos Estados
Unidos, acompanhando mais de 1,4 milhão de pacientes ao longo de onze
anos, relacionou a prática de atividade física à redução de incidência de 26
diferentes tipos de câncer. A pesquisa apresentou resultados
surpreendentes, indicando chances significativamente menores de
incidência de 13 tipos de câncer entre as pessoas que levavam uma vida
mais ativa. Foi constatado que, em média, pessoas mais ativas tinham 7%
menos chances de desenvolver algum tipo de câncer. Em alguns casos as
chances diminuíam quase 50%, como é o caso do câncer de esôfago, que
apresentou uma redução da chance de incidência de 43%.
A dança de salão pode ser praticada por todos, sem limites de idade
ou gênero. Esforço e intensidade são compatíveis com a capacidade e o
objetivo de cada um. Por isso, todos, de crianças a idosos, podem usufruir
dos seus benefícios. Apesar de muita gente não se atentar para o fato de
16

que ela é uma excelente atividade física, são inúmeros os benefícios da


dança de salão, tanto para o corpo como para a mente.
5.1. Disposição e aumento da autoestima
A dança, assim como a maioria das atividades físicas, é uma prática
que aumenta a disposição. Com isso, até mesmo pessoas com idade
avançada se tornam mais dispostas quando começam a dançar, o que as
deixa mais alegres e reflete até mesmo na libido, que, geralmente, é baixa
em pessoas que sofrem de indisposição.
Já em relação à autoestima, a dança de salão promove melhoras
constantes, já que a realização de alguns passos demanda muita confiança
na própria capacidade. Além disso, o fato de estar sempre na companhia de
outras pessoas faz com que o praticante saiba encarar melhor seus medos
e eleve sua autoestima. Todos esses benefícios da dança de salão
significam uma grande melhora na qualidade de vida em geral. E
exatamente por isso, alguns praticantes dessa atividade, mesmo aqueles
que iniciam apenas para se divertir, desenvolvem muitas habilidades e
começam, inclusive, a participar de competições de dança de salão. A
autora Nanni (1995, pág. 168) fez uma investigação sobre a origem da
palavra dança e encontrou: “Danza, dança, TANZ derivado da raiz TAN que
em sânscrito significa linguagem”. Na dança o corpo todo participa dessa
forma de linguagem corporal, que se traduz em palavras corporais, criando
e dando forma em uma simbologia que se faz em comunicação.
O corpo tem uma linguagem que lhe é peculiar, entendemos que ele
venha complementar a linguagem oral. Percebemos que através dos
elementos coreográficos, a dança utiliza esse tipo de linguagem para
estabelecer uma comunicação e expressão, em síntese, é a fusão entre os
corpos em movimento, na dinâmica espaço-temporal, em sintonia com os
outros corpos (NANNI, 2003). Entendemos que por meio da dança é
possível captar as expressões emocionais características das pessoas pela
expressão corporal. A dança é tão antiga como a própria vida humana,
emerge de uma era primitiva, sendo assim, é uma expressão da linguagem
corporal presente desde o começo dos tempos e perpassa por diversos
contextos da sociedade. Podemos dizer que é a arte mais antiga que o
homem experimentou (VERDERI, 2009). Partindo dessa visão no início do
17

século XV, a dança se manifesta nas praças públicas como atividades


lúdicas que foram transferidas para os salões da nobreza formando dois
grupos, os da dança campestre realizadas pelos aldeões e os da dança
aristocrática para distração dos reis, chamada de dança da corte
(BREGOLATO, 2000). Verificamos que a dança se desenvolveu com o
tempo sob duas formas básicas: a dança folclórica e a dança espetáculo.
A primeira está ligada ao uso de movimentos tradicionais, mantém
relações com o cotidiano, com suas qualidades vitais, capazes de estimular
a ação grupal. A segunda está relacionada a padrões de forma e conteúdo
através de elementos técnicos, padrões estéticos e artísticos. A dança
passou a se constituir de passos e poses que imitavam esculturas gregas
em forma de arabesques e assim distanciou-se das suas origens
expressivas naturais (NANNI, 2003).
6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A história da dança retrata que seu surgimento se deu ainda na Pré-
História, quando os homens batiam os pés no chão. Aos poucos, foram
dando mais intensidade aos sons, descobrindo que podiam fazer outros
ritmos, conjugando os passos com as mãos, através das palmas.
O surgimento das danças em grupo aconteceu através dos rituais
religiosos, em que as pessoas faziam agradecimentos ou pediam aos
deuses o sol e a chuva. Os primeiros registros dessas danças mostram que
elas surgiram no Egito, há dois mil anos antes de Cristo.
Mais tarde, já perdendo o costume religioso, as danças apareceram
na Grécia, em virtude das comemorações aos jogos olímpicos. O Japão
preservou o caráter religioso das danças. Até hoje, elas são feitas nas
cerimônias dos tempos primitivos. Em Roma, as danças se voltaram para
as formas sensuais, em homenagem ao deus Baco (deus do vinho), e
dançava-se em festas e bacanais.
Nas cortes do período renascentista, as danças voltaram a ter
caráter teatral, que estava se perdendo no tempo, pois ninguém a praticava
com esse propósito. Praticamente daí foi que surgiram o sapateado e o
balé, apresentados como espetáculos teatrais, onde passos, música,
vestuário, iluminação e cenário compõem sua estrutura.
18

Desde 1982, no dia 29 de abril, comemora-se o dia internacional da


dança, instituído pela UNESCO em homenagem ao criador do balé
moderno, Jean-Georges Noverre. Já que estamos num o país dançante e
levando em consideração a diversidade de manifestações rítmicas e
expressivas existentes de norte a sul, a Dança torna-se tão necessária e é
uma rica atividade para desenvolver em seus praticantes uma melhora nas
capacidades físicas (DARIDO & RANGEL, p. 23-31 2005). Nanni (1995)
aponta que o ser humano utilizou a dança como linguagem corporal,
simbolizando alegrias, tristezas, vida e morte, para celebrar o amor, a
guerra, a paz, ou seja, ela representou diversos aspectos da vida humana.
Dançar é uma atividade que pode ser iniciada em qualquer época da
vida, podendo ser aos quatro ou aos oitenta anos. A maioria dos idosos não
está interessada em performance artística, mas sim em uma atividade
prazerosa com movimentos fáceis e ao mesmo tempo desafiadores. Em
outro relato no texto: Dança para Idosos: Resgate da Cultura e da Vida de
Ana Zélia Belo e Roberta Gaio diz:
Estamos vivendo um período de transição desde meados do
século XX, sofrendo profundas e radicais transformações,
inclusive no que diz respeito ao conceito e a conscientização da
saúde e qualidade de vida, promovendo mais vida nos anos de
vida, assistindo a uma longevidade que estimula o conhecimento,
reconhecimento e a prevenção das possíveis doenças crônicas
presentes na vida dos idosos, p.125-131. 2007 Gaio.

6.1 Tipos de dança de salão


Ceribelli (2008) e Perna (2005) disponibilizam a descrição e
caracterização dos seguintes tipos de dança: O Bolero, tendo o romantismo
como sua principal característica, tem suas raízes Espanholas e traz
influências de vários países Latino Americanos. O Tango, também tem a
Espanha como origem, porém ao chegar à Argentina, no subúrbio de
Buenos Aires e também em prostíbulos, absorveu suas características
nacionais, tornando-se assim uma dança típica da região e tornando-se
conhecida mundialmente.
A dança é marcada pela sua sedução. A Salsa é um ritmo cubano, o
nome “salsa” tem a relação com “tempero” e por isso foi-se intitulada, por
caracterizar-se uma música/dança que transmite sabor, ou seja, além de
alegre é “gostosa” de se dançar.
19

O Samba de Gafieira teve sua evolução derivada do ‘maxixi’ e foi


aprimorado, tornando a dança referencial como ritmo brasileiro e marcado
por sua malandragem. O Forró tem sua origem nordestina e era conhecido
como forrobodó, é ícone do São João brasileiro, a dança é descontraída e
alegre e tem por sua fama dançar “agarradinho”. O Zouk é marcado por
passos aprimorados derivados da lambada (ritmo original do Pará), porém
sua música é originalmente francesa. A dança traz como sua característica
a sensualidade e é muito apreciada pelos jovens.
O Soltinho por sua vez, traz forte influência do Fox-trotte Norte-
americano e do rock brasileiro marcado nos anos 60, a dança é
descontraída e dançada de forma mais separada, muito apreciada pelos
idosos. Todos esses ritmos são abordados dentro do contexto chamado
dança de salão e atualmente a prática está em alta no Brasil.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho deu-me a oportunidade de identificar a importância e
benefícios das danças uma delas a dança de salão no fazer artístico e na
rotina diurna e noturna de idosos da cidade de Manaus – Amazonas
atividades de prática e aprendizado de danças realizado nos Centros de
Convivência da Família e também no Centro Estadual do Idoso.
Sabemos que a população idosa da qual é mundialmente conhecida
está com um percentual cada vez maior, sendo assim métodos voltados as
artes principalmente a dança vão surgindo para que esta população viva
mais, seja saudável, ame mais, compartilhe mais os conhecimentos vividos,
e que acredita ainda na existência de possibilidades de ser inserida na
sociedade globalizada através das danças uma delas a dança de salão. A
dança e um método benéfico para que a pessoa idosa tenha um e
prazeroso envelhecimento ao lado de sua família e principalmente ao lado
de amigos fidelizados no decorrer de sua vivencia nessas práticas de
dança. Toda e qualquer dança trabalha a socialização e benefícios tanto
físico, de autoestima, e ainda como psicológicos.
A dança promove e traz aos envolvidos principalmente a pessoa
idosa um bem-estar interior, intelectual e que na sua maioria não tem
atenção da população que circunda e provem as atividades de dança em
seu local diário. Destarte não ouvi relatos de que após a melhor idade a
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pessoa idosa não pode aprender coisas novas o despertar de uma nova
vivencia através da dança que lhe desperte o prazer pela vida. Dentro deste
instigamento para esse estudo foi comprovado que mesmo diante de dores
físicas essas não impedem que a pessoa idosa não participar das aulas
oferecidas nestes centros de convivência, já que os espaços garantem
através da Secretaria de Estado da Assistência Social e Cidadania – SEAS
e por meio das políticas da assistência sentem o prazer de dançar e realiza-
las em grupo ou solos e duos. Foi mostrado o impedimento destes para a
não participar e somente a impossibilidade de locomoção, por via de um
sistema online cadastro que os exclui e ainda por falha de um profissional
não habilitado do qual não conhecer a realizada da dança como um todo e
de sua função de auto estima pra pessoa idosa seja homens e mulheres.
REFERENCIAS
ANDRADE, Michely dos Santos. Dança de salão e relações
intergeracionais/ /Revista Corpus et Scientia . Rio de Janeiro ,vol. 3, n 1.
Agosto de 2007, Semestral.
AREOSA, S. V.; Coutinho; AREOSA, A. L. Envelhecimento e
dependência: desafios a serem enfrentados. Revista Textos &
Contextos, Porto Alegre, v. 7, n. 1, p.138-150, jan.2008. Disponível em:
<revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fass/article/viewFile/3943/3207>.
Acesso em: 08 nov. 2012.
BARROS Jussara de, http://www.brasilescola.com/artes/danca.htm acesso:
02 Dez. 2012.
BELO, A.; GAIO, R. Dança para idosos: Resgate da cultura e da vida.
Caderno Saúde Coletiva & Atividade Física. Conceitos e aplicações
dirigidos à graduação em educação física. Campinas – SP: Editora Ipes, 1ª
edição, 2007, p 125-131.

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