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Versão de 10/02/2010
Aviso: Este tutorial foi elaborado pela OperAção Consultoria com base na legislação vigente por ocasião
de sua confecção. No caso de uma eventual mudança da legislação, este manual poderá sofrer
alterações sem prévio aviso. A OperAção Consultoria recomenda que os investidores do mercado de
renda variável consultem sempre a legislação vigente no site da Receita Federal
(www.receita.fazenda.gov.br) para eventuais mudanças ainda não refletidas neste documento.
Conforme disposto na lei, são operações isentas, assim entendidas, as operações no mercado a
vista de ações nas bolsas de valores e em operações com ouro, ativo financeiro, cujo valor das
alienações (vendas) realizadas em cada mês seja igual ou inferior a R$ 20.000,00.
Desta forma, se a somatória das alienações (vendas) efetuadas dentro do mês em exercício for
inferior ao valor referido acima, o investidor estará isento de declaração e conseqüente pagamento de
impostos sobre os ganhos auferidos neste mês.
A regra também é válida para a compensação dos prejuízos auferidos (ver observação [1] ao
final deste documento), ou seja, um prejuízo auferido no mês de exercício, no qual o total de alienações
é inferior ao valor de isenção, não deve ser transportado para posterior abatimento em meses não
isentos (onde o imposto sobre o lucro é devido). Assim sendo, apenas se transportam prejuízos de
meses nos quais o total de alienações é sujeito à tributação (total de alienações acima de R$ 20.000,00).
O valor do imposto a ser pago é calculado sobre o lucro líquido (descontados encargos e
corretagens) de acordo com as seguintes alíquotas:
Sobre os lucros líquidos auferidos em operações de day-trade (ver observação [2] ao final
20%
deste documento) realizadas a partir do ano-calendário de 2005
Sobre os lucros líquidos auferidos em operações normais (não day-trade) nas alienações
15%
(vendas) efetuadas a partir do ano-calendário de 2005
Devemos mencionar ainda o Imposto de Renda retido na fonte (IRRF) pela corretora, que é
calculado conforme indicado abaixo:
Considera-se lucro líquido a diferença entre o valor de venda/alienação do ativo em cada mês e
seu custo de aquisição (valor pago na compra). O custo de aquisição deve ser calculado pela média
ponderada de todas as aquisições daquele ativo. É permitida a dedução de todos os custos e despesas
incorridos nas operações de compra e venda como taxas cobradas pela Bolsa de Valores, emolumentos,
CBLC e taxa de corretagem, que constituem o custo operacional da transação.
Exemplo 1:
Exemplo 2:
Este valor de imposto é devido com vencimento até o último dia útil do mês seguinte. Para
pagamento é necessário preenchimento do DARF. O programa para preenchimento do DARF pode ser
baixado diretamente do site da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br) e chama-se programa
“Sicalc”. O valor retido na fonte no exemplo acima, de R$ 1,28 poderá ser deduzido na declaração de
imposto de renda pessoa física (IRPF) do contribuinte/investidor.
No preenchimento do DARF:
• Nome/Telefone Nome e telefone do contribuinte.
• Período de Apuração Dia, mês e ano da ocorrência do fato gerador (ou seja, o último dia do
mês em que o lucro foi auferido).
• Número do CPF ou CNPJ Número do CPF ou CNPJ do contribuinte
• Código da Receita Código 6015 para Pessoa Física, ou 3317 para Pessoa Jurídica.
• Número de Referência Deixar em branco.
• Data de Vencimento Até o último dia útil do mês subseqüente ao da ocorrência do fato
gerador (o programa Sicalc insere automaticamente)
• Valor principal Valor do imposto a ser recolhido.
• Valor da multa Se for o caso, informar o valor da multa quando devida.
• Valor dos Juros e/ou Encargos DL 1025/69. Calculado automaticamente pelo programa Sicalc
caso necessário.
• Valor Total Informar o somatório dos valores dos campos 07, 08 e 09.
• O boleto pode ser pago na rede bancária normalmente até a data de vencimento do DARF.
Como o total de alienações em Junho/06 foi sujeito a tributação, o prejuízo auferido de R$ 1.500,00 pode
ser transportado para o próximo mês futuro que for sujeito a tributação, tanto para abatimento do imposto
a ser pago (caso haja lucro tributável neste mês futuro), quanto para acumulação dos prejuízos obtidos
(caso haja prejuízo, com volume de vendas tributável, neste mês futuro). Um exemplo disso seria o
transporte de eventuais prejuízos de mês de Junho para o mês de Agosto do exemplo 2, conforme visto
a seguir:
Observações:
[1] Compensação de Perdas: É permitida a compensação das perdas incorridas com os ganhos
líquidos auferidos no próprio mês ou nos meses subseqüentes em operações da mesma espécie/
modalidade, ou seja, operações day-trade não podem ser contabilizadas em operações não day-trade e
vice-versa.
[2] Operação day-trade: São operações de compra e venda do mesmo ativo/ação dentro do mesmo dia
de exercício e através da mesma corretora.
[3] Como declarar a carteira de ações: A declaração deverá ser feita na seção Bens e Direitos (ações)
pelo custo de aquisição.
[4] Ganhos com aluguel de ações (proprietário/ doador): o empréstimo (ou aluguel) de ações é
definido tributariamente ao doador (que recebe o crédito da operação) como uma operação de renda fixa
com retenção na fonte. Para doadores pessoa física e jurídica, aplica-se a tabela regressiva abaixo
(conforme definido pela Medida Provisória n.º 206, de 6/8/2004), enquanto que, para estrangeiros, a
alíquota é fixa em 15%. Instituições financeiras em geral são isentas (fonte: CBLC – folheto BTC).
Prazo Alíquota
Até 6 meses 22,5%
Entre 6 e 12 meses 20%
Entre 12 e 24 meses 17,5%
Acima de 24 meses 15%
Avisos Importantes