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TEXTO 1 1.

O posicionamento crítico adotado pelo autor em


relação ao emprego do cálculo econômico sobre a
(ANALISTA TRE-CE) utilização do tempo está em:

Língua Portuguesa (A) O uso racional do tempo seria aquele que maximiza
Atenção: As questões de números 1 a 2, referem-se ao a utilidade de cada hora do dia.
texto abaixo. (B) Diante de cada opção de utilização do tempo, a
O tempo, como o dinheiro, é um recurso escasso. pessoa delibera e escolhe exatamente aquela que lhe
Isso poderia sugerir que ele se presta, portanto, à proporciona a melhor relação entre custos e benefícios.
aplicação do cálculo econômico visando o seu melhor (C) A atenção consciente à passagem das horas e a
proveito. O uso racional do tempo seria aquele que preocupação com o seu uso racional estimulam a adoção
maximiza a utilidade de cada hora do dia. Diante de uma atitude que nos impede de fazer o melhor uso do
de cada opção de utilização do tempo, a pessoa delibera tempo.
e escolhe exatamente aquela que lhe proporciona a (D) Isso poderia sugerir que ele se presta, portanto, à
melhor relação entre aplicação do cálculo econômico visando o seu melhor
custos e benefícios. proveito.
Ocorre que a aplicação do cálculo econômico às (E) O lazer aparente ainda permanece conosco e, de fato,
decisões sobre o uso do tempo é neutra em relação aos está protegido e propagado por medidas legais e pelo
fins, mas exigente no tocante aos meios. Ela cobra uma progresso mecânico.
atenção alerta e um exercício constante de avaliação
racional do valor do tempo gasto. O problema é que isso 2. O paradoxo a que o autor se refere está corretamente
tende a minar uma certa disposição à entrega e ao resumido em:
abandono, os quais são essenciais nas atividades que
envolvem de um modo mais pleno as faculdades (A) O tempo despendido na busca de conhecimento é
humanas. A atenção consciente à passagem das horas e a recompensado pelo saber.
preocupação com o seu uso racional estimulam a adoção (B) Os momentos de relaxamento pleno advêm do bom
de uma atitude que nos impede de fazer o melhor uso do planejamento do uso do tempo.
tempo. (C) A criatividade confere maior qualidade ao tempo
Valéry investigou a realidade dessa questão nas despendido com o trabalho.
condições da vida moderna: “O lazer aparente ainda (D) O controle do uso do tempo compromete o seu
permanece conosco e, de fato, está protegido e aproveitamento prazeroso.
propagado por medidas legais e pelo progresso (E) As horas de maior prazer são aquelas empregadas em
mecânico. O nosso ócio interno, todavia, algo muito atividades bem planejadas.
diferente do lazer cronometrado, está desaparecendo.
Estamos perdendo aquela vacuidade benéfica que traz a A questão de número 3 refere-se ao texto abaixo.
mente de volta à sua verdadeira liberdade. As demandas,
a tensão, a pressa da existência moderna perturbam esse Setembro de 2005
precioso repouso.” Woody Allen acabou de montar Scoop − O
O paradoxo é claro. Quanto mais calculamos o grande furo. Agora vai tentar elaborar seu próximo filme,
benefício de uma hora “gasta” desta ou daquela mas não sabe onde ele será feito. Londres foi um prazer
maneira, mais nos afastamos de tudo aquilo que inesperado, e ele pretendia fazer o terceiro filme seguido
gostaríamos que ela fosse: um momento de entrega, lá, mas o sucesso crítico e financeiro de
abandono e plenitude na correnteza da vida. Na amizade Match Point deu origem a outras possibilidades.
e no amor; no trabalho criativo e na busca do saber; no − Vou esperar até ver Scoop para perguntar
esporte e na fruição do belo − as horas mais felizes de mais, mas você gostaria de fazer alguma observação?
nossas vidas são precisamente aquelas em que perdemos − Tenho um papel no filme porque é uma
a noção da hora. comédia, automaticamente mais leve. Houve um tempo
(Adaptado de Eduardo Giannetti. O valor do amanhã. em que eu, mais jovem, estava ligado em comédia e
São Paulo, Cia. das Letras, 2005, p.206-209) pensava: Ah, isto é engraçado. Mas não sinto mais a
mesma coisa. Foi divertido fazer Match Point e fiquei
muito envolvido como espectador enquanto fazia o filme.
Adorei o fato de não atuar nele, adorei o fato dele ser

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sério, e, quando foi lançado, me deu uma sensação boa, TEXTO 2
fiquei orgulhoso. Já por uma comédia, em especial uma
(ANALISTA TJ PE)
comédia em que atuo, dificilmente eu
Língua Portuguesa
me interesso.
Atenção: Para responder às questões de números 1 a 4,
(Adaptado de Eric Lax. Conversas com Woody Allen. Trad. José Rubens
considere o texto abaixo.
Siqueira. São Paulo, Cosac Naify, 2009, p.69)
As sociedades modernas da Europa ocidental, ou
dos continentes e espaços colonizados ou profundamente
3. O livre comentário sobre o filme Match Point que foi influenciados por ela, que hoje abrangem quase todo o
redigido com clareza, correção e lógica está em: globo terrestre, podem ser descritas sucintamente por
5 alguns traços gerais: o Estado-nação, o capitalismo,
(A) Com o grande sucesso de crítica e público alcançados a forma industrial de organização da produção; a
quando foi exibido em Cannes, Match Point, a despeito convivência e sociabilidade urbanas; e os valores
de outros projetos realizados pelo cineasta, à medida em jurídicos constitucionais de liberdade e igualdade. Tais
que obteve considerável retorno financeiro, configura-se, traços, por si sós, entretanto, não eliminaram seus
assim, como um dos filmes mais sombrios feito por 10 contrários – solidariedades étnicas, formas pré-
Woody Allen. capitalistas de produção, a vida rural ou as hierarquias
(B) Match Point, um dos filmes mais sombrios de Woody sociais. A novidade moderna consiste, antes, na
Allen, cujo grande sucesso de crítica e público foram rearticulação, em todos os planos, das formas e relações
alcançados quando exibido em Cannes, a despeito de sociais antigas sob a égide desses novos traços.
outros projetos realizados pelo cineasta, obteve 15 Assim, no que diz respeito à organização social,
considerável retorno financeiro. as hierarquias, os privilégios, as deferências e os outros
(C) Um dos filmes mais sombrios de Woody Allen, modos de expressão das desigualdades entre os seres
Match Point, cujo o grande sucesso de crítica e público humanos passaram, para serem aceitos, a depender de
seriam alcançados em sua exibição em Cannes, difere de outras lógicas de construção e justificação. Tornaram-se,
outros projetos realizados pelo cineasta, conquanto 20 do mesmo modo, fontes permanentes de contestação,
obteve considerável retorno financeiro. propiciadoras de lutas libertárias de emancipação
(D) Match Point, um dos filmes mais sombrios de e fermento de novas identidades sociais.
Woody Allen, alcançou grande sucesso de crítica e (Antonio Sérgio Alfredo Guimarães. “Desigualdade e diversidade: os sentidos
público quando foi exibido em Cannes e, ao contrário de contrários da ação”. In Agenda brasileira: temas de uma sociedade em
mudança. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. p. 168)
outros projetos realizados pelo cineasta, obteve
considerável retorno financeiro. 1. É INCORRETO afirmar:
(E) A despeito de ser um dos filmes mais sombrios feitos (A) a expressão no que diz respeito à organização social
por Woody Allen, quando foi exibido em Cannes Match (linha 15) traduz, no contexto, uma circunstância,
Point, diferentemente de outros projetos realizados pelo implicando um traço restritivo.
cineasta, que obteve considerável retorno financeiro, (B) a ideia de que hierarquias, privilégios e deferências
alcança grande sucesso de crítica e público. (linha 16) expressam desigualdades entre os seres humanos
está presente no texto, mas de modo subentendido.
(C) em sociedades modernas, europeias ou não, houve
uma ampla reorganização da ordem social quando formas
de ação conservadoras conseguiram se sobrepujar aos
modernos modos de articulação social, forma de
produção e valores jurídicos.
(D) em aparente contradição, em quase todo o mundo, as
desigualdades entre os seres humanos são
concomitantemente admitidas e rejeitadas, recusa esta
que instiga alterações na organização social.
(E) compreende-se do texto que grupos humanos buscam
legitimar as desigualdades (linha 17) entre os seus
componentes encadeando-as coerentemente nas
convenções da sua peculiar organização social.

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Atenção: Para responder às questões de números 1 a 3, 7) não interfere no sentido original, pois em nada fica
considere o texto que segue. alterada a atitude do falante em relação ao fato citado.

O destino cruzou o caminho de D. Pedro em 3. A análise do texto legitima a seguinte afirmação:


situação de desconforto e nenhuma elegância. Ao se
aproximar do riacho do Ipiranga, às 16h30 de 7 de (A) A organização da frase inicial exige que se considere
setembro de 1822, o príncipe regente, futuro imperador o termo subentendido “sem” (“sem nenhuma elegância”),
5 do Brasil e rei de Portugal, estava com dor de barriga. única possibilidade de torná-la sintaticamente adequada.
A causa dos distúrbios intestinais é desconhecida.
(B) Os segmentos futuro imperador do Brasil e rei de
Acredita- se que tenha sido algum alimento mal
Portugal e o coronel Manuel Marcondes de Oliveira
conservado ingerido no dia anterior em Santos, no litoral
Melo exercem a mesma função sintática nas frases em
paulista, ou a água contaminada das bicas e chafarizes
que estão inseridos.
10 que abasteciam as tropas de mula na serra do Mar.
Testemunha dos acontecimentos, o coronel Manuel (C) As aspas em “prover-se” sinalizam o sentido
Marcondes de Oliveira Melo, subcomandante da guarda pejorativo que o coronel Manuel Marcondes de Oliveira
de honra e futuro barão de Pindamonhangaba, usou em Melo emprestou à expressão.
suas memórias um eufemismo para descrever a situação (D) Ainda que não tenha impedido a compreensão, a
15 do príncipe. Segundo ele, a intervalos regulares D. ausência do plural no segundo substantivo da expressão
Pedro se via obrigado a apear do animal que o tropa de mula só pode ser entendida como um deslize,
transportava para “prover-se” no denso matagal que pois não há possibilidade de o padrão culto acatar essa
cobria as margens da estrada. formulação.
(Laurentino Gomes, 1822: como um homem sábio, uma (E) Considerando que futuro significa “que ainda está
princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram por vir”, nota-se que, nos casos em que a palavra foi
D. Pedro a criar o Brasil, um país que tinha tudo para dar usada (linhas 4 e 13), se toma como “presente” do que
errado. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010. p. 29) está por vir o dia do fato a que o autor se refere.

2. É correto afirmar sobre o excerto:

(A) Formas verbais empregadas, como, por exemplo,


cruzou (linha 1) e estava (linha 5), denotam que o autor,
nesse trecho, limita-se a citar fatos passados concebidos
por ele como contínuos.
(B) A presença concomitante de certas formas verbais,
como, por exemplo, cruzou (linha 1) e é (linha 6),
evidencia que o autor, nesse trecho, mescla segmentos
narrativos com comentários a respeito dos fatos.
(C) Transformando a oração reduzida Ao se aproximar
do riacho do Ipiranga (linhas 2 e 3) em desenvolvida,
obtém-se “Aproximando-se do riacho do Ipiranga”.
(D) Transpondo a frase Testemunha dos acontecimentos,
o coronel Manuel Marcondes de Oliveira Melo [...] usou
em suas memórias um eufemismo (linhas 11 a 14) para a
voz passiva, obtém-se a forma verbal “tinha usado”.
(E) Considerado o contexto, a substituição do modo
subjuntivo pelo modo indicativo em tenha sido (linha

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TEXTO 3 2. No contexto do último parágrafo, a referência aos
vários níveis de percepção de uma fotografia remete
(ANALISTA TRT-11°)
Língua Portuguesa (A) à diversidade das qualidades intrínsecas de uma
Atenção: As questões de números 1 a 4 referem-se ao foto.
texto seguinte. (B) às diferenças de qualificação do olhar dos
Fotografias observadores.
(C) aos graus de insensibilidade de alguns diante de
Toda fotografia é um portal aberto para outra uma foto.
dimensão: o passado. A câmara fotográfica é uma (D) às relações que a fotografia mantém com as outras
verdadeira máquina do tempo, transformando o que é artes.
naquilo que já não é mais, porque o que temos diante dos (E) aos vários tempos que cada fotografia representa
olhos é transmudado imediatamente em passado no em si mesma.
momento do clique. Costumamos dizer que a fotografia
congela o tempo, preservando um momento passageiro
para toda a eternidade, e isso não deixa de ser verdade. 3. Atente para as seguintes afirmações:
Todavia, existe algo que descongela essa imagem:
nosso olhar. Em francês, imagem e magia contêm as I. Ao dizer, no primeiro parágrafo, que a fotografia
mesmas cinco letras: image e magie. Toda imagem é congela o tempo, o autor defende a ideia de que a
magia, e nosso olhar é a varinha de condão que realidade apreendida numa foto já não pertence a tempo
descongela o instante aprisionado nas geleiras eternas algum.
do tempo fotográfico. II. No segundo parágrafo, a menção ao ditado sobre o
Toda fotografia é uma espécie de espelho da albergue espanhol tem por finalidade sugerir que o olhar
Alice do País das Maravilhas, e cada pessoa que do observador não interfere no sentido próprio e
mergulha nesse espelho de papel sai numa dimensão particular de uma foto.
diferente e vivencia experiências diversas, pois o lado de III. Um fotógrafo profissional, conforme sugere o terceiro
lá é como o albergue espanhol do ditado: cada um só parágrafo, vê não apenas uma foto, mas os recursos de
encontra nele o que trouxe consigo. Além disso, o uma linguagem específica nela fixados.
significado de uma imagem muda com o passar do Em relação ao texto, está correto o que se afirma
tempo, até para o mesmo observador. SOMENTE em
Variam, também, os níveis de percepção de uma
fotografia. Isso ocorre, na verdade, com todas as artes: (A) I e II.
um músico, por exemplo, é capaz de perceber dimensões (B) II e III.
sonoras inteiramente insuspeitas para os leigos. Da (C) I.
mesma forma, um fotógrafo profissional lê as imagens (D) II.
fotográficas de modo diferente daqueles que desconhecem a (E) III.
sintaxe da fotografia, a “escrita da luz”. Mas é difícil
imaginar alguém que seja insensível à magia de uma foto.
(Adaptado de Pedro Vasquez, em Por trás daquela foto.
São Paulo: Companhia das Letras, 2010)
1. O segmento do texto que ressalta a ação mesma da
percepção de uma foto é:
(A) A câmara fotográfica é uma verdadeira máquina do tempo.
(B) a fotografia congela o tempo.
(C) nosso olhar é a varinha de condão que descongela o
instante aprisionado.
(D) o significado de uma imagem muda com o passar do
tempo.
(E) Mas é difícil imaginar alguém que seja insensível à
magia de uma foto.

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