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4 – SEÇÃO TRANSVERSAL

4.1 – ELEMENTOS BÁSICOS – DIMENSÕES


Perpendicularmente ao eixo, a estrada pode ser constiutída pelos seguintes elementos:
faixa de tráfego, pista de rolamento, acostamentos, taludes laterais, plataforma, espaços
para drenagem, separador central, guias, faixa de domínio, pistas duplas independentes.

4.1.1 - FAIXAS DE TRÁFEGO E PISTAS DE ROLAMENTO


Faixa de tráfego é o espaço destinado ao fluxo de uma corrente de veículos. Pista de
rolamento é o conjunto de duas ou mais faixas de tráfego. A largura de uma pista é a soma
das larguras das faixas de tráfego que a compõe, a largura de cada faixa deverá ser a
largura do veículo padrão acrescida de um espaço de segurança.

Tabela 4.1 - Largura das faixas de tráfego (m) – DNER, 1975

Classificação das Rodovias


TERRENO Classe 0 Classe I Classe II Classe III Classe IV
Plano 3,75 3,60 3,60 3,60 3,50 – 3,30
Ondulado 3,75 3,60 3,50 3,50 3,50 – 3,30
Montanhoso 3,60 3,60 3,50 3,30 3,30 – 3,00

4.1.2 - ACOSTAMENTOS
São faixas laterais, do lado externo das pistas, destinadas a paradas de emergência dos
veículos. A inclinação transversal deve variar de 3 a 5% dependendo do tipo de
revestimento do acostamento. Trechos em tangente: inclinação deve ser sempre maior que
a da pista contígua. Trechos em curva superelevada: o acostamento do lado interno da
curva pode manter a inclinação normal e do lado externo da curva deve ser inclinado para
fora com inclinação mínima de 2%.

Quando a diferença algébrica de inclinação entre acostamento e pista ultrapassar 7%, isto
é, quando a superelevação da pista for maior que 5% o acostamento externo deve ser
inclinado no mesmo sentido da pista. Trechos de pista superelevada: inclinação transversal
de acostamento e pista com sentidos opostos é recomendado o arredondamento do bordo
do acostamento de forma a evitar a configuração de um vértice acentuado.
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Tabela 4.2 - Largura do acostamento direto (m) – DNER, 1975

Classificação das Rodovias


TERRENO Classe 0 Classe I Classe II Classe III Classe IV
Plano 3,50 3,50 3,00 2,50 2,00
Ondulado 3,00 2,50 2,50 2,00 2,00 – 1,50
Montanhoso 3,00 2,50 2,00 2,00 1,50 – 1,20

Tabela 4.3 - Largura do acostamento esquerdo (m) – DNER, 1975

Pistas de mão única – Classe 0 ou I


Número de faixas
TERRENO 2 3 4
Plano 0,60 3,00 – 2,50 3,00
Ondulado 0,60 2,50 – 2,00 3,00
Montanhoso 0,50 2,50 – 2,00 3,00 – 2,50

4.1.3 – TALUDES LATERAIS


Em taludes pequenos deve-se usar inclinações suaves, acomodando os taludes ao terreno
natural de forma contínua, sem variações bruscas de declividade. Quando os cortes ou os
aterros são baixos, menores que 5 m, o uso de inclinações suaves nos taludes não implica
aumentos significativos no movimento de terra, mas aumenta a segurança da estrada,
melhora as condições de visibilidade nas curvas em corte e oferece melhores condições para
o plantio de grama e o paisagismo na faixa de domínio. Os taludes com inclinação 1:4
arredondados nas concordâncias com a plataforma da estrada e com o terreno natural são
uma boa solução (Figura 4.1 – PIMENTA e OLIVEIRA, 2001).

Figura 4.1: Esquema de talude (Fonte: PIMENTA e OLIVEIRA, 2001)

No entanto, quando os taludes de corte e aterro são altos, o uso de taludes suaves acarreta
aumento significativo do movimento de terra e conseqüente aumento no custo de
construção da estrada. Nesses casos, é necessária uma análise especifica para a escolha de
uma inclinação adequada. No caso de taludes de corte, a inclinação deve ser definida em
função das características do solo a ser escavado; no caso de aterros, em função do
material e do grau de compactação adotado. Em ambos os casos, deve ser garantida a
estabilidade da estrada sem criar custos desnecessários (PIMENTA e OLIVEIRA, 2001).
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4.1.4 - PLATAFORMA
Denomina-se plataforma o espaço compreendido entre os pontos iniciais dos taludes, isto é,
a base do talude no caso de corte e o topo do talude no caso de aterro. A plataforma
contém pistas, acostamentos, espaços para drenagem e separador central no caso de pistas
duplas.

4.1.5 - ESPAÇO PARA DRENAGEM


A vida do pavimento está intimamente ligada a existência de uma drenagem eficiente que
escoe para fora da estrada a água superficial em razão das chuvas e impeça a eventual
chegada de águas subterrâneas à base do pavimento. É necessário que haja espaços
suficientes na plataforma para a implantação de dispositivos adequados de drenagem. Nas
estradas de pista simples é recomendado que sejam deixados espaços de 1,0 m adjacentes
aos acostamentos. Nas de pista dupla, além dos espaços laterais, são colocados dispositivos
de drenagem ao longo do canteiro central (PIMENTA e OLIVEIRA, 2001).

4.1.6 - GUIAS
As guias são usadas para auxiliar a drenagem, delinear e proteger as bordas do pavimento,
melhorando a estética da estrada e reduzindo os custos de manutenção. São recomendadas
para rodovias em áreas urbanas, onde a execução de valetas laterais é inviável. Nas áreas
rurais, não é aconselhável o uso de guias. Dependendo do tipo e da posição, podem afetar a
segurança e prejudicar o uso da estrada, pois, muitas vezes, dificultam o escoamento da
água superficial. Em estradas com guias, as curvas verticais convexas deverão ter no
máximo 5.000 m de raio para garantir o adequado escoamento de água nas proximidades
do vértice da curva (PIMENTA e OLIVEIRA, 2001).

4.1.7 - SEPARADORES CENTRAIS


A função dos separadores centrais é isolar as correntes de tráfego opostas. Devem ter
largura suficiente (no mínimo de 1,5 em regiões montanhosas e de 3,0 m em regiões
onduladas ou planas, Tabela 4.4) para a construção de dispositivos de separação de tráfego
e redução dos efeitos do ofuscamento noturno. Devem ser analisados os custos de
implantação dos separadores centrais, muitas vezes são economicamente inviáveis. O tipo
de seção transversal do separador depende de alguns fatores: largura disponível, tráfego,
necessidade de dispositivos de drenagem e de defensas etc.

Tabela 4.4 - Larguras dos separadores centrais (m) – DNER, 1975

LARGURA TIPO
até 3 m em nível, pavimentado ou gramado com meio-fio elevado e defensa
de 3 a 5 m abaulado ou com depressão, pavimentado ou gramado
de 5 a 20 m com depressão, inclinação transversal 4-1, gramado, drenagem central
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4.1.8 - FAIXAS DE DOMÍNIO


É a faixa de terra destinada à construção, operação e futuras ampliações da estrada. Deve
ser definida de forma a oferecer o espaço necessário à construção da estrada, incluindo
saias de cortes e aterros, obras complementares etc e uma folga mínima de 10 m de cada
lado da estrada. As faixas devem ter larguras constantes para cada trecho da estrada e
respeitar os valores mínimos estabelecidos pelas “Normas de Projeto das Estradas de
Rodagem” (Tabela 4.5).

Tabela 4.5 - Faixas de domínio mínimas (m) – DNER, 1975

Classificação das Rodovias


TERRENO Classe Especial Classe I Classe II Classe III
Plano - 60 30 30
Ondulado - 70 40 40
Montanhoso - 80 50 50

4.1.9 - PISTAS DUPLAS INDEPENDENTES


Em estradas projetadas em regiões onduladas ou montanhosas, a execução de um traçado
para cada pista reduz problemas de ofuscamento e o custo de infra-estrutura, pois
proporcionam maior liberdade para escolha de soluções mais econômicas para cada pista.

4.2 – SEÇÃO TRANSVERSAL


Seção transversal é o corte da estrada feito por um plano vertical ao eixo, define e
posiciona os diversos elementos que compõem a estrada. Os elementos geométricos que
compões a seção transversal de uma estrada e suas dimensões são escolhidos e
determinados em função do volume e características do tráfego, classe e importância da
estrada e condições mínimas de segurança. Os elementos básicos são: faixas de tráfego,
pistas, acostamentos, separadores centrais e faixas para drenagem formando a plataforma
da estrada, além de taludes dos cortes e aterros e faixa de domínio.

4.3 - INCLINAÇÃO TRANSVERSAL DAS PISTAS


Nos trechos em tangente, as pistas devem ter uma inclinação transversal mínima de 2%
para escoamento de águas superficiais (chuvas), a partir do eixo, caindo para os dois lados
de forma a reduzir a distância de percurso das águas superficiais (Figura 4.2). Nos trechos
em curva a pista deverá ter a superelevação de projeto (Figura 4.3).
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Figura 4.2: Rodovia de pista única – seção tipo (Fonte: PIMENTA e OLIVEIRA, 2001)

Figura 4.3: Rodovia de pista dupla – seção tipo (Fonte: PIMENTA e OLIVEIRA, 2001)

Os acostamentos devem, sempre que possível, ter inclinação transversal major que a da
pista, de forma a colaborar com a saída das águas pluviais (Figura 4.4). Acostamentos
pavimentados devem ter inclinação (e) entre 2 e 5% e os não-pavimentados, entre 4 e 6%
(Figura 4.5).

Figura 4.4: Inclinação transversal dos acostamentos (Fonte: PIMENTA e OLIVEIRA, 2001)

A inclinação do acostamento interno pode ser de duas formas: acompanhar a mesma


inclinação da pista, respeitando o valor mínimo estabelecido para o trecho em tangente
(normalmente 5%) ou manter a inclinação utilizada nos trechos em tangente. A primeira
alternativa apresenta a vantagem de proporcionar um melhor escoamento de águas
pluviais, porém pode comprometer o conforto ou ate mesmo a segurança de veículos altos
que eventualmente parem no acostamento. A segunda alternativa é menos eficiente quanto
ao escoamento de águas superficiais, porém mais eficiente quanto à segurança.

O acostamento externo normalmente deverá ter inclinação oposta a da pista, não inferior
aos valores mínimos estabelecidos, criando um adequado escoamento das águas pluviais,
evitando que a água que cai sobre o acostamento corra sobre a pista. Nesse caso, o
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acostamento deverá ter um trecho arredondado de aproximadamente 1,20 m para eliminar


a brusca mudança de inclinação na passagem da pista para o acostamento (Figura 4.5).

Figura 4.5: Seção inclinada – pista simples – e ≤ 4% (Fonte: PIMENTA e OLIVEIRA, 2001)

Quando a diferença algébrica entre as inclinações da pista e do acostamento externo for


maior que 8%, é melhor que as inclinações tenham o mesmo sentido. Dessa forma, parte
da água da chuva que cai no acostamento escoará sobre a pista, o que não é desejável,
mas essa alternativa evita a grande mudança de inclinação que pode comprometer a
segurança (Figura 4.6).

Figura 4.6: Seção inclinada – pista simples – e ≤ 6% (Fonte: PIMENTA e OLIVEIRA, 2001)

Estradas com pista dupla


Nos trechos em tangente, uma possibilidade é adotar para cada pista uma das alternativas
propostas para o caso de pista simples (Figura 4.7). Essa alternativa proporciona maior
rapidez no escoamento de águas da chuva e menor diferença entre cotas da pista, sendo
indicada, principalmente, para áreas sujeitas a muitas chuvas ou chuvas fortes.

Figura 4.7: Seção tipo – pista dupla (Fonte: PIMENTA e OLIVEIRA, 2001)

Outra alternativa é o uso de pistas com declividade única (Figura 4.8). Como nas pistas com
sentido único de tráfego, os veículos mudam constantemente de faixa, essa alternativa
elimina a mudança de inclinação transversal na passagem de uma faixa para outra.
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Figura 4.8: Seções normais – pista dupla (Fonte: PIMENTA e OLIVEIRA, 2001)
Pistas com mais de duas faixas de tráfego com inclinação para o mesmo lado devem ter,
nos trechos em tangente, inclinação de 2% nas duas primeiras faixas (no sentido do
escoamento de água) e um acréscimo de 0,5% a 1% para cada conjunto de duas faixas, de
forma a facilitar o escoamento das águas pluviais (Figura 4.9). Nos trechos em curva, além
desse acréscimo, poderá ser aumentada a inclinação das faixas da esquerda, considerando
que, normalmente, são ocupadas pelos veículos mais rápidos.

Figura 4.9: Seção inclinada – pista de múltiplas faixas (Fonte: PIMENTA e OLIVEIRA,
2001)

Nas estradas com pista dupla também são necessárias faixas de segurança junto as faixas
de tráfego mais a esquerda (no sentido do tráfego). Pistas com mais de duas faixas podem
ter acostamentos no lugar das faixas de segurança. Esses acostamentos destinam-se ao
uso dos veículos que trafegam pela faixa da esquerda. A Tabela 4.3 propõe valores para a
largura desses acostamentos (PIMENTA e OLIVEIRA, 2001).

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