Vous êtes sur la page 1sur 6

Instituto Politécnico de Coimbra

Escola Superior Agrária de Coimbra


Introdução à Segurança Alimentar

Objectivo
 Analisar alguns pontos mais relevantes, relacionados com doenças de origem
alimentar provocadas pelo Clostridium perfringens.

Introdução
 Os alimentos podem servir como veículos de agentes patogénicos ao homem,
ou como substrato para microrganismos que poderão elaborar substâncias
nocivas, que trarão prejuízos à saúde quando ingeridas.

 De acordo com a OMS, as doenças de origem alimentar mais comuns são as


toxinfecções alimentares, entre as quais mais de 60% dos casos decorrem de
técnicas inadequadas na manipulação, processamento e contaminação dos
alimentos.

1
1. Caracterização da doença provocada
1.1. O que é o Clostridium perfringens?
 A palavra Clostrídio origina-se do latim clostridium que significa fuso;
 É um bastonete Gram positivo, anaeróbio e imóvel;
 Forma esporos que são raramente observados.

1.2. Gravidade, sintomas, sequelas


Surgem entre 8 a 22 horas após a ingestão do alimento contaminado e podem
durar um ou dois dias, caracterizando-se por:
 Intensas cólicas e dores abdominais agudas;
 Diarréia;
 Vómitos;
 Náuseas;
 Febre e mais raramente tremores.

1.3. Grupos de risco


 Os jovens, idosos e pessoas debilitadas são as vítimas mais frequentes.

2.Caracterização do agente causal


2.1. O que provoca a doença? O próprio? É uma toxina que o produz?

 A doença é produzida pela formação de toxinas no organismo;


 Este microrganismo pode produzir dezenas de toxinas que se classificam em cinco
tipos toxigénicos diferentes (A,B,C,D e E);
 O tipo A é o mais frequentemente envolvido nas toxinfecçõe alimentares;
 O tipo C, embora de ocorrência mais rara, está associado a uma forma mais grave
denominada enterite necrótica.

2.2. Onde existe na Natureza? As pessoas são portadoras?

 Pode ser encontrado no solo, poeiras, esgoto, zonas sujeitas a alimentação humana
ou animal, zonas de poluição fecal e na flora intestinal normal dos animais e seres
humanos.

2.3. Dose infectante?

 Cultura semiquantitativa anaeróbica de alimentos ( > 10 5/g);


 Fezes de pacientes ( > 10 6/g).

2
3. Alimentos e práticas responsáveis
3.1. O perigo existe no alimento?
 Sim, pode ser encontrado em muitos alimentos, especialmente os que contenham
muitas proteínas ou grandes concentrações de amido, como feijão cozido;
 Também pode existir em carnes de vaca e aves, molhos e legumes cozidos.

3.2. O perigo passa para o alimento devido a más práticas de higiene?

 Sim.

3.3. Condições necessárias à ocorrência


 43 a 47ºC;
 pH 5 a 9;
 aw 0,97;
 Inibido a 5% de NaCl.

3.4. Em que situação pode ocorrer a infecção?


 Manipulação dos mesmos por pessoas com as mãos contaminadas;
 Arrefecimento lento e sem armazenagem;
 Carnes aquecidas ou reaquecidas inadequadamente.

4. Prevenção

 Arrefecimento rápido dos alimentos;

 Conservar alimentos cozinhados refrigerados a 6ºC e pré-cozinhados a 65ºC;

 Manter os alimentos quentes a temperaturas superiores a 65ºC;

 Aquecimento suficiente dos alimentos que venham a ser utilizados;

 Higiene cuidadosa dos manipuladores.

3
5. Critérios microbiológicos
Tabela 1: Valores guia para avaliação da qualidade microbiológica de alimentos, prontos a comer.

Qualidade Microbiológica (ufc/g)


Microrganismo Satisfatório Aceitável Não satisfatório Inaceitável
Clostridium perfringens < 10 ≥ 10 ≤ 103 > 103 < 104 ≥ 104

Notas:
 Satisfatório – os resultados analíticos indicam uma boa qualidade microbiológica.
 Aceitável – os resultados analíticos indicam que o produto se encontra dentro dos limites estabelecidos;
 Não satisfatório – os resultados analíticos indicam que o produto não satisfaz um ou mais dos valores
estabelecidos.
 Inaceitável – os resultados analíticos indicam a presença de microrganismos patogénicos ou toxinas que
poderão constituir um risco para a saúde.

Fonte: http://www.insarj.pt/site/resources/images/Docs/ROF64_Perspectivas.pdf

Tabela 2: Valores guia para avaliação da qualidade microbiológica da água mineral natural ou água natural.

Adaptado de: http://www.cetesb.sp.gov.br/Solo/agua_sub/arquivos/RDC_275_2005.pdf

4
6. Caso real e suas consequências
6.1. Morreu gente?
 Sim.

6.2. Foi alguém preso?


 Não.
6.3. Porque é que o acidente ocorreu?
 O referido surto ocorreu numa festa, no dia 17 de Dezembro de 2000, na cidade de
S.Paulo.
 A paciente (com 16 anos de idade) deu entrada numa unidade de saúde com
queixa de dor abdominal forte e vómitos há um dia, apresentava-se com hipertermia,
hipotensa e descorada.
 Foi encontrado no frango preparado uma quantidade de bactérias acima do que a
legislação estabelece como limites aceitáveis.
 Além disso, a investigação constatou que a conservação do frango assado no
domicílio do anfitrião ocorreu de forma inadequada, permanecendo
aproximadamente 21 horas à temperatura ambiente (considerar que o surto ocorreu
num mês de Verão onde a temperatura atinge valores elevados), condição esta que
favoreceu o crescimento e multiplicação do agente etiológico, sendo que o alimento
não foi reaquecido antes de ser servido.

Bibliografia
 SILVA, Elane – Uma revista electrónica de Epidemiologia das doenças transmitidas
por alimentos: Investigação do surto de doença transmitida por Alimento “JK”
(relatório técnico) [em linha].Vol.1.Nº1 (2001) [Rio de Janeiro] [consult.29–02–2008]
Disponível em WWW:<URL: ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/hidrica/revpol_vol1.pdf>;
 SANTOS, Maria. Centro de Segurança Alimentar e Nutrição – CSAN. Perspectivas:
Valores guia para a avaliação da qualidade microbiológica de alimentos prontos a
comer preparados em estabelecimentos de restauração [em linha] [consult.29-02-2008].
Disponível em WWW:<URL:
http://www.insarj.pt/sit/resources/images/DOCS/ROF64_perspectivas.pdf> ;
 PEREIRA, Cláudia. Avaliação das unidades de alimentação e nutrição da cidade de França
visando a promoção de saúde [em linha]. [França](2006). [consult.29-02-2008]. Disponível
em
WWW:URL:http://www.unitran.br/mestrado/promoçãosaude/dissertações/2006/CLAUDIA_
HADDAD_CALEIRO_PEREIRA.pdf;
 FOOD SAFETY FACTS ON CLOSTRIDIUM PERFRINGENS [em linha]. Canada:
Canadian Food Inspection Agency [consultado em 28-02-2008]. Disponível em WWW:
<URL: http://www.inspection.gc.ca/english/fssa/concen/cause/perfrine.shtml>

5
 WALDERHAUG, M. - Clostridium perfringens [em linha]. FDA / Center for Food Safety &
Applied Nutrition, versão actualizada 28 Dez. 2007. [consultado em 28-02-2008]. Disponível em
WWW: <URL: http://www.cfsan.fda.gov/~mow/chap11.html>

 Clostridium perfringens [em linha]. Health Protection Agency [consultado em 28-03-2008].


Disponível em WWW: <URL:
http://www.hpa.nhs.uk/infections/topics_az/clostridium_perfringens/menu.htm>

 MCGINLEY, Susan – Clostridium perfringens News ways to type strains of a deadly


bacteria [em linha]. Arizona 1998 Experiment Station Research Report, 1998. [consultado em 29-
02-2008]. Disponível em WWW: <URL:
http://www.ag.arizona.edu/pubs/general/resrpt1998/clostridium.html>

 DIVISÃO DE DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA E ALIMENTAR. Manual das


doenças transmitidas por alimentos e água - CLOSTRIDIUM PERFRINGENS/INTOXICAÇÃO
ALIMENTAR [em linha]. [consultado em 29-02-2008]. Disponível em WWW: < URL:
http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/hidrica/CLOSTRIDIUM.htm>

 Clostridium perfringens caracterização [em linha]. HACCP Portal de Segurança Alimentar


[consultado em 28-02-2008]. Disponível em WW: < URL:
http://www.segurancalimentar.com/conteudos.php?id=243>

Obrigado pela vossa atenção…

Elaborado por:

Lúcia Ribeiro nº 20503010;

Andreia Mendes nº 20503011.

Vous aimerez peut-être aussi