Geometria Compilado Profmat PDF

MA13 - Unidade 1
Polı́gonos
Eduardo Wagner
PROFMAT - SBM
18 de junho de 2013
Definição
Considere os pontos A1 , A2 , A3 , . . . , An e suponha que entre
os segmentos A1 A2 , A2 A3 , . . . , An−1 An , An A1 dois
consecutivos não sejam colineares. A união desses segmentos
é um polı́gono de gênero n.
A5
b
b
A4
A1
b
b
b A3
A2
PROFMAT - SBM MA13 - Unidade 1 slide 2/8

Definição
A5
b
b
A4
A1
b
b
b A3
A2
Cada um dos pontos A1 , A2 , A3 , . . . , An é um vértice do

polı́gono.

Definição
A5
b
b
A4
A1
b
b
b A3
A2

polı́gono.
Cada um dos segmentos A1 A2 , A2 A3 , . . . , An−1 An , An A1 é um
lado do polı́gono.

Definição
A5
b
b
A4
A1
b
b
b A3
A2

polı́gono.
Cada um dos segmentos A1 A2 , A2 A3 , . . . , An−1 An , An A1 é um
lado do polı́gono.
O gênero n é o número de vértices e também o número de
lados.
Frequentemente usamos a sequência das letras do alfabeto
para nomear os vértices de um polı́gono.
A figura abaixo mostra um hexágono ABCDEF .
b
D
A
b
E b
F
b
b
B C

Polı́gono convexo
Um polı́gono é convexo quando qualquer reta que passe sobre

um dos lados deixa o polı́gono inteiramente contido em um
dos semiplanos.

Polı́gono convexo
Um polı́gono é convexo quando qualquer reta que passe sobre

um dos lados deixa o polı́gono inteiramente contido em um
dos semiplanos.
A figura a seguir mostra um pentágono convexo.
E
b
A b
b D
B b

Polı́gonos não convexos
As duas figuras seguintes mostram pentágonos não convexos.
B
b
b
C
b
E
b
A
b

Polı́gonos não convexos
As duas figuras seguintes mostram pentágonos não convexos.
B
b
b
C
b
E
b
A
b
A
b
D b
b
C
b b
B E

Diagonais
Diagonal de um polı́gono é qualquer segmento que une dois

vértices não consecutivos.

Diagonais
Diagonal de um polı́gono é qualquer segmento que une dois

vértices não consecutivos.
Se X e Y são dois vértices de um polı́gono e se XY não é um
lado do polı́gono então é uma diagonal.
b
b Y
X
b

O conceito de diagonal não tem relação com o fato do
polı́gono ser convexo ou não.

O conceito de diagonal não tem relação com o fato do
polı́gono ser convexo ou não.
As diagonais de qualquer pentágono ABCDE são AC , AD,
BD, BE e CE .
E C
b
b
A b
b
D
B

Número de diagonais de um polı́gono
O número de diagonais de um polı́gono de gênero n é
n(n − 3)
d= .
2

Número de diagonais de um polı́gono
O número de diagonais de um polı́gono de gênero n é
n(n − 3)
d= .
2
Siga o raciocı́nio abaixo para justificar a fórmula acima.

Em um polı́gono de gênero n:
Por cada vértice podemos traçar . . . . . . . . . . . . diagonais.
Pelos n vértices podemos traçar . . . . . . . . . . . . diagonais.
Porém cada diagonal . . . . . . . . . . . .
Logo, . . . . . . . . . . . .

MA13 - Unidade 1
Polı́gonos - II
Eduardo Wagner
PROFMAT - SBM
8 de maio de 2013
Ângulos internos
Considere conhecido o fato que a soma dos ângulos internos

de qualquer triângulo é igual a 180o .

Ângulos internos
Considere conhecido o fato que a soma dos ângulos internos

de qualquer triângulo é igual a 180o .
Em um polı́gono convexo cada ângulo formado por dois lados

consecutivos é um ângulo interno.
b

Soma dos ângulos internos de um polı́gono convexo
Em qualquer polı́gono convexo de gênero n as diagonais
traçadas por um vértice dividem o polı́gono em n − 2
triângulos.
b
b b
b
b
b b

Soma dos ângulos internos de um polı́gono convexo
Em qualquer polı́gono convexo de gênero n as diagonais
traçadas por um vértice dividem o polı́gono em n − 2
triângulos.
b
b b
b
b
b b
A soma dos ângulos internos do polı́gono é igual a soma dos

ângulos internos de todos os triângulos.
A soma dos ângulos internos de um polı́gono convexo de gênero

n é
S = 180o (n − 2) .

Ângulos externos
Em um polı́gono convexo o ângulo formado pelo

prolongamento de um lado e o lado seguinte é um ângulo
externo.
b

Soma dos ângulos externos
A soma dos ângulos externos de qualquer polı́gono convexo é
360o .
Para justificar, observe a figura a seguir.
E d
b
b
D
e c
A c′
b b
C d′
b
a e′ b′
a′
b
b
B

Soma dos ângulos externos
A soma dos ângulos externos de qualquer polı́gono convexo é
360o .
Para justificar, observe a figura a seguir.
E d
b
b
D
e c
A c′
b b
C d′
b
a e′ b′
a′
b
b
B
A figura mostra um polı́gono convexo, os ângulos externos e,

por um ponto exterior à direita dela foram traçadas paralelas
aos lados do polı́gono.
Os ângulos externos aparecem com um vértice comum e o
resultado fica evidente.

Polı́gonos simples
Um polı́gono é chamado de simples quando dois lados

quaisquer não se cruzam.


Um polı́gono simples pode não ser convexo como o da figura
a seguir.
b
b
b


Um polı́gono simples pode não ser convexo como o da figura
a seguir.
b
b
b
Os ângulos formados por dois lados consecutivos, medidos no

interior do polı́gono, são os ângulos internos.

Soma dos ângulos internos de um polı́gono simples
Todo polı́gono simples pode ser dividido em n − 2 triângulos.
b
11 lados
b
b b 9 triângulos
b

Soma dos ângulos internos de um polı́gono simples
Todo polı́gono simples pode ser dividido em n − 2 triângulos.
b
11 lados
b
b b 9 triângulos
b
Por isso,
A soma dos ângulos internos de qualquer polı́gono simples é
S = 180o (n − 2) .

MA13 - Unidade 2
Congruência de triângulos
Eduardo Wagner
PROFMAT - SBM
10 de maio de 2013
Simetria em relação a uma reta
Dizemos que os pontos P e P 0 são simétricos em relação à reta r

quando a reta r é perpendicular ao segmento PP 0 e passa pelo seu
ponto médio.
b
P
r P′

Figuras congruentes
Em palavras simples:
Duas figuras são congruentes quando podem ser levadas a

coincidir mediante um deslocamento rı́gido de uma delas.

Figuras congruentes
Em palavras simples:
Duas figuras são congruentes quando podem ser levadas a

coincidir mediante um deslocamento rı́gido de uma delas.
Os deslocamentos rı́gidos são a translação, a rotação e a simetria

em relação a uma reta que podem ser observados nas figuras
seguintes.

Translação
C1
b
C
b
b
B1 Translação
b
B
b
b
A1
A

Rotação
b B′
C′ b
Rotação em torno de O
b
C
b
A′ b
b
A b
O B

Simetria em relação a r
A′
b
C′ b
C b
b
B′
b

A′
b
C′ b
C b
b
B′
b
A simetria em relação a uma reta é um movimento curioso porque

implica retirar a figura do plano e virá-la ao contrário.

Caso LAL
Dois triângulos são congruentes se tiverem dois lados

respectivamente congruentes e os ângulos entre eles congruentes.
A
b
A′
b
b b b b
B C B′ C′
AB = A0 B 0 , BC = B 0 C 0 , ∠B = ∠B 0 ⇒ 4ABC ≡ 4A0 B 0 C 0

Caso ALA
Dois triângulos são congruentes se um lado de um for congruente a

um lado do outro e os ângulos com vértices nas extremidades desse
lado forem congruentes.
A A′
b b
b b b b
B C B′ C′
BC = B 0 C 0 , ∠B = ∠B 0 , ∠C = ∠C 0 ⇒ 4ABC ≡ 4A0 B 0 C 0

Caso LLL
Dois triângulos são congruentes se tiverem os três lados

respectivamente congruentes.
A A′
b b
b b b b
B C B′ C′
AB = A0 B 0 , BC = B 0 C 0 , CA = C 0 A0 ⇒ 4ABC ≡ 4A0 B 0 C 0

Problema
É dado o segmento AB. Os pontos P e Q são tais que PA = PB e

QA = QB. Mostre que PQ é perpendicular a AB.
b
P
b b b
A M B

Solução:
Seja M o ponto de interseção de AB e PQ.
b
P
b b b
A M B
b

Solução:

4PAQ ≡ 4PBQ (LLL) ⇒ ∠APQ = ∠BPQ.
b
P
b b b
A M B
b

Solução:

4APM ≡ 4BPM (LAL) ⇒ ∠PMA = ∠PMB.
b
P
b b b
A M B
b

Solução:

4APM ≡ 4BPM (LAL) ⇒ ∠PMA = ∠PMB.
Como a soma desses ângulos é 180o , cada um deles mede 90o .
b
P
b b b
A M B
b

MA13 - Unidade 2
Congruência de triângulos- II
Eduardo Wagner
PROFMAT - SBM
1 de julho de 2013
Triângulo isósceles
Os ângulos da base de um triângulo isósceles são congruentes.
A
b
b b
B C

A
b
b b
B C
Seja ABC um triângulo com AB = AC . Considere o ponto

M, médio de BC e mostre que os triângulos AMB e AMC são
congruentes.

A
b
b b
B C

congruentes.
Consequência
Em um triângulo isósceles, a mediana relativa ao lado desigual
é também altura e bissetriz.

A
b
b b
B C

congruentes.
Consequência
Em um triângulo isósceles, a mediana relativa ao lado desigual
é também altura e bissetriz.
Recı́proca
A recı́proca é verdadeira. Se, no triângulo ABC tivermos
∠B = ∠C então AB = AC .
Mediatriz de um segmento
A mediatriz de um segmento é a reta perpendicular a esse
segmento que passa pelo seu ponto médio.

Todo ponto da mediatriz de um segmento equidista dos

extremos desse segmento.
r
b
P
b b b
A M B

Todo ponto da mediatriz de um segmento equidista dos

extremos desse segmento.
r
b
P
b b b
A M B
Seja M o ponto médio do segmento AB. Seja r a mediatriz

do segmento AB e seja P um ponto qualquer de r .
Os triângulos PMA e PMB são congruentes.
Logo, PA = PB.

Bissetriz de um ângulo
A bissetriz de um ângulo é a semirreta que divide um ângulo
em dois outros congruentes.

Todo ponto da bissetriz de um ângulo equidista dos lados

desse ângulo.
bc
B
D
b
bc
M
b
b b bc
O C A


desse ângulo.
bc
B
D
b
bc
M
b
b b bc
O C A
A distância de um ponto a uma reta é o comprimento da
perpendicular baixada do ponto à reta.


desse ângulo.
bc
B
D
b
bc
M
b
b b bc
O C A
A distância de um ponto a uma reta é o comprimento da
perpendicular baixada do ponto à reta.
OM é bissetriz do ângulo AOB. Seja P um ponto de OM.
MC e MD são perpendiculares aos lados OA e OB,
respectivamente.
Continue...
Teorema do ângulo externo de um triângulo
Em um triângulo, um ângulo externo é maior que qualquer um

dos dois ângulos internos não adjacentes.
Ab
θ
b b b
B C X

Teorema do ângulo externo de um triângulo - II
No triângulo ABC seja ∠ACX = θ o ângulo externo em C e
seja ∠BAC = α o ângulo interno em A.
Seja M o ponto médio de AC .
Prolongue BM de um comprimento MD igual a BM.
A b
D
b
α
M
b
α′ θ
b b b
B C X

Teorema do ângulo externo de um triângulo - II
No triângulo ABC seja ∠ACX = θ o ângulo externo em C e
seja ∠BAC = α o ângulo interno em A.
Seja M o ponto médio de AC .
Prolongue BM de um comprimento MD igual a BM.
A b
D
b
α
M
b
α′ θ
b b b
B C X
MA = MC , MB = MD, ∠AMB = ∠DMC ⇒ 4MAB ≡ 4BCD

⇒ ∠MCD = θ .
Como ∠ACD = α está contido em ∠ACX = θ concluı́mos

que θ > α.
Construção de triângulos
Construir um triângulo significa explicitar os procedimentos de
utilização da régua e do compasso para desenhar um triângulo
quando três dos seus elementos são dados.

Exemplo Construir o triângulo ABC dados os segmentos
BC = a, AC = b e AB = c
b b
a
b b
A
b
b
b b
c
b b
C B

Exemplo Construir o triângulo ABC dados os segmentos
BC = a, AC = b e AB = c
b b
a
b b
A
b
b
b b
c
b b
C B
Solução
Desenhe o segmento BC = a.
Desenhe uma circunferência de centro B e raio c.
Desenhe uma circunferência de centro C e raio b.
Seja A um dos pontos de interseção dessas circunferências,
O triângulo ABC está construı́do.
Caso ALL
Considere o problema de construir o triângulo ABC dados o

ângulo B o lado BC e o lado CA.

Caso ALL
Considere o problema de construir o triângulo ABC dados o

ângulo B o lado BC e o lado CA.
Se B < 90o o problema pode ter duas soluções como mostra a

figura a seguir.
A
b
A′ b
b b
B C

Porém, se B ≥ 90o o problema, se tiver solução, terá apenas uma.
b b
B C
Assim, o caso de congruência ALL vale se o ângulo for maior que

ou igual a 90o .

MA13 - Unidade 3
Paralelismo
Eduardo Wagner
PROFMAT - SBM
3 de julho de 2013
Nomes tradicionais
A reta t corta as retas r e s. Dizemos que a reta t é uma
transversal de r e s.
t
b
c
b r
d
a
b
s
Os ângulos a e b chamam-se alternos internos.

Os ângulos a e c chamam-se correspondentes.
Os ângulos a e d chamam-se colaterais internos.

Teorema das paralelas
Recordação (teorema do ângulo externo)

Em um triângulo, um ângulo externo é maior que qualquer um dos
ângulos internos não adjacentes.
Teorema
Se a transversal t determina nas retas r e s ângulos alternos
internos iguais (congruentes) então r e s são paralelas.

Demonstração
Sejam A e B os pontos de interseção de t com r e s,
respectivamente.
Se as retas r e s não fossem paralelas então teriam um ponto
comum. Seja C esse ponto. O triângulo ABC possui um
ângulo externo igual a um ângulo interno não adjacente, o
que não pode acontecer pelo teorema do ângulo externo.
t
A b
b b
B s C
Logo, o triângulo ABC não existe e as retas r e s são

paralelas.

Outros teoremas
a) Se duas retas paralelas são cortadas por uma transversal, dois

ângulos alternos internos são iguais.
b) Se em duas retas cortadas por uma transversal dois ângulos

correspondentes são iguais, essas retas são paralelas.
c) Se duas retas paralelas são cortadas por uma transversal, dois

ângulos correspondentes são iguais.
d) Se duas retas paralelas são cortadas por uma transversal, dois

ângulos colaterais internos são suplementares (somam 180o ).

Teorema de Tales
A soma dos ângulos internos de um triângulo é igual a 180o .
Ab
Y
α b
α′
β β′
b
θ b b
B C X
Considere o triângulo ABC , o prolongamento CX de BC e trace

por C uma paralela CY a AB.
∠A + ∠B + ∠C = 180o
Consequência:
Um ângulo externo de um triângulo é a soma dos ângulos internos
não adjacentes. Na figura: ∠ACX = ∠A + ∠B.
Problema
No quadrilátero convexo OABC os segmentos OA, OB e OC

possuem mesmo comprimento. Mostre que o ângulo AOB é o
dobro do ângulo ACB.
O
b
b
C
B
b

MA13 - Unidade 4
Desigualdade triangular - I
Eduardo Wagner
PROFMAT - SBM
6 de julho de 2013
Três pontos colineares
Se A, B e C estão nessa ordem sobre uma reta temos, por

definição, AB + BC = AC .
b b b
A B C

Desigualdade triangular
Sejam A, B e C três pontos não colineares. Consideremos AB = c,
AC = b e BC = a.
Prolongue BA de um comprimento AD igual a AC . Assim,
AD = b + c. D b
b′
A
b
c b
b b
B a C
No triângulo isósceles ACD, temos AC = AD = b e
∠ACD = ∠ADC . Temos então ∠BCD > ∠ACD = ∠ADC .
No triângulo DBC isso significa que BD > BC , ou seja, b + c > a.
De a < b + c conclui-se que b < a + c e c < a + b. Portanto:
Em um triângulo qualquer lado é menor que a soma dos outros dois.
Problema 1
Se P é um ponto interior ao triângulo ABC então

PB + PC < AB + AC .

Solução
A b
b
Q
b b
B C
Seja Q o ponto de interseção da reta BP com o lado AC .

No triângulo BAQ temos BP + PQ < AB + AQ.
No triângulo PQC temos PC < PQ + QC .
Somando membro a membro e cancelando o termo PQ temos
PB + PC < AB + AQ + QC = AB + AC

Problema 2
No triângulo ABC tem-se AB = 9, AC = x e BC = 15 − 2x .
Quais são os valores possı́veis de x?
Solução:
Vamos aplicar a desigualdade triangular para cada lado do
triângulo.
AB < AC + BC ⇒ 9 < x + 15 − 2x ⇒ x < 6
AC < AB + BC ⇒ x < 9 + 15 − 2x ⇒ x < 8
BC < AB + AC ⇒ 15 − 2x < 9 + x ⇒ x > 2
Para que as três desigualdades sejam verdadeiras devemos ter

2 < x < 6.
Pergunta
No Problema 2 o triângulo pode ser isósceles?

MA13 - Unidade 4
Desigualdade triangular - II
Eduardo Wagner
PROFMAT - SBM
6 de julho de 2013
Problema 1
No triângulo ABC o ponto M é médio de BC . O segmento AM é

a mediana relativa ao vértice A (também se diz que AM é a
mediana relativa ao lado BC ).
São dados AB = c, AC = b e AM = m.
b+c
a) Mostre que m < .
2
b) Construa o triângulo ABC com os elementos dados.
Procure resolver sem ver logo a solução que vem a seguir.

Solução
a) Prolongue o segmento AM de um comprimento MD igual a
AM.
A b
c b
m
b b b
B C
M
c′
Os triângulos MAB e MCD são congruentes pelo caso LAL.

Logo, CD = AB = c. Assim, no triângulo ACD temos
AD < AC + CD, ou seja, 2m < b + c, como querı́amos
demonstrar.
b) Aproveitando o item anterior a construção pode ser feita da
seguinte forma.
Desenhe o segmento AM e a semirreta AM. Desenhe a
circunferência de centro M que passa por A. Sobre a reta AM fica
determinado o ponto D tal que AM = MD.
A b
D
c) Trace a circunferência de centro A e raio b e a circunferência de
centro D e raio c.
A
b
m
b b
C
M
c
Seja C um dos pontos de interseção dessas circunferências.

d) Trace a reta CM e a circunferência de centro M passando por C .
Essa circunferência determina na reta CM o ponto B e o triângulo
está construı́do.
A
b
c b
m
b b b
B C
M

O caminho mı́nimo
Considere dois pontos A e B de um mesmo lado da reta r .
Um problema famoso é o de determinar a posição do ponto P
sobre a reta r de forma que a soma das distâncias de P aos pontos
A e B seja mı́nima. ( PA + PB deve ser mı́nima)
b
A
b
B
P r
Para resolver, desenhe o simétrico de um dos pontos dados em

relação à reta r .
Na figura a seguir, o ponto C é o simétrico de B em relação a r .
A
b
b
B
Q r
Como a reta r é a mediatriz do segmento BC temos que, para

qualquer ponto Q de r , QB = QC . Assim, AQ + QB é sempre
igual a AQ + QC .

Seja P o ponto de interseção do segmento AC com a reta r .
Pela desigualdade triangular, AP + PC < AQ + QC para todo
ponto Q diferente de P.
A
b
b
B
b b
Q r
P
O ponto P está determinado.

Importante
Observe que, quando PA + PB é mı́nima, os segmentos PA e PB
fazem ângulos iguais com a reta r .
A
b
b
B
r
P

MA13 - Unidade 5
Quadriláteros notáveis
Eduardo Wagner
PROFMAT - SBM
6 de julho de 2013
Paralelogramo
Paralelogramo é o quadrilátero que possui dois pares de lados

paralelos.
C
b
D b
b
B
A

Propriedades do paralelogramo
P1 – Os lados opostos são iguais (congruentes).
AB = DC e AD = BC
C
b
D b
b
B
A

P2 – Os ângulos internos opostos são iguais.
Â = Ĉ e B̂ = D̂
C
b
D b
b
B
A

P3 – Dois ângulos internos vizinhos quaisquer são suplementares.
Â + B̂ = 180◦
C
b
D b
b
B
A

P4 – As diagonais cortam-se ao meio.
MA = MC e MB = MD
C
b
D b
M
b
b
B
A

Teoremas
T1) Se um quadrilátero convexo possui dois pares de lados opostos

iguais ele é um paralelogramo.
T2) Se um quadrilátero possui os ângulos internos opostos iguais

ele é um paralelogramo.
T3) Se em um quadrilátero dois ângulos internos quaisquer

suplementares, ele é um paralelogramo.
T4) Se as diagonais de um quadrilátero se cortam nos respectivos

pontos médios ele é um paralelogramo.

Retângulo
Retângulo é o quadrilátero que possui todos os ângulos iguais.
D C
b b
b b
A B
O retângulo é um paralelogramo. Logo, possui as propriedades P1

a P4 anteriores.
Propriedade exclusiva do retângulo:
P5 – As diagonais são iguais.

Losango
Losango é o quadrilátero que possui todos os lados iguais.

D
b
b b
M b
A C
O losango é um paralelogramo. Logo, possui as propriedades P1 a

P4 anteriores.
Propriedade exclusiva do retângulo:
P6 – As diagonais são perpendiculares.

Quadrado
D b b
C
b b
A B

Teorema
Se um quadrilátero possui dois lados iguais e paralelos ele é um
paralelogramo.
C
b
D b
M
b
b
B
A
Perguntando ao leitor
Se, na figura acima, as retas AB e CD são paralelas e, os
segmentos AB e CD têm mesmo comprimento, por que ABCD é
um paralelogramo?

MA13 - Unidade 5
Quadriláteros notáveis
Eduardo Wagner
PROFMAT - SBM
6 de julho de 2013
Base média do triângulo
Teoremas:
a) Em um triângulo ABC o ponto M é médio do lado AB. A
paralela traçada por M ao lado BC intersecta esse lado no seu
ponto médio.
A
b
M b b
N
b b
B C

b) No triângulo ABC o ponto M é médio do lado AB e N é o
ponto médio do lado AC . Então, a reta MN é paralela à reta BC e
o segmento MN é a metade do segmento BC .
A
b
M b b
N
a
b b
B 2a C

Trapézio
Trapézio é o quadrilátero convexo que possui apenas um par de
lados paralelos.
D b b
C
b b
A B
Base média do trapézio é o segmento que une os pontos médios

dos lados opostos não paralelos de um trapézio é paralelo às bases
e tem comprimento igual à semissoma das bases.
D b b
C
M b b N
b b
A B
Teoremas
Considere o trapézio ABCD de bases AB e CD.
a) A paralela às bases traçada pelo ponto médio do lado AD

encontra o lado BC no seu ponto médio.
b) O segmento que une os pontos médios dos lados AD e BC do

trapézio é paralelo às bases.
c) A base média do trapézio é igual a semissoma das bases.

D b b
C
M b b b N
P
b b
A B

Baricentro de um triângulo
Definição
Baricentro de um triângulo é o ponto de interseção das medianas.
Há um problema nessa tradicional definição. Qual é?

Teorema
O ponto de interseção de duas medianas de um triângulo divide
cada uma delas na razão 2:1.

Demonstração:
No triângulo ABC seja G o ponto de in-
A
terseção das medianas BM e CN. b
Seja P o ponto médio de BG e seja Q o

ponto médio de CG .
Considere MN = a. M b N b
O segmento MN é base média no triângulo b
G
ABC . Logo, MN//BC e BC = 2a. b b
P Q
O segmento PQ é base média no triângulo b b
B C
GBC . Logo, PQ//BC e PQ = a.
O quadrilátero MNPQ tem dois lados opostos iguais e paralelos.
Logo é um paralelogramo. Assim, PG = GM (diagonais cortam-se
ao meio).
Como já tı́nhamos BP = PG (P é médio de BG ), então
BG GM
BP = PG = GM e, consequentemente, = .
2 1
CG GN
Analogamente, = .
2 1
Teorema
As três medianas de um triângulo cortam-se em um único ponto.
Como você faria essa demonstração?

MA13 - Unidade 6
Lugares geométricos básicos
Eduardo Wagner
PROFMAT - SBM
7 de julho de 2013
Definição
Lugar Geométrico da propriedade P é o conjunto de todos os pontos
que possuem essa propriedade.

A circunferência
Dados o ponto O e o segmento r , a circunferência de centro O e

raio r é o lugar geométrico dos pontos que distam r de O.
b
A
r
b

A mediatriz
A mediatriz do segmento AB é a reta perpendicular a esse
A mediatriz de um segmento é o lugar geométrico dos pontos que
equidistam das extremidades do segmento.
b
P
b b b
A M B
Demonstração
a) Todo ponto da mediatriz do segmento AB equidista de A e B.
Seja r a mediatriz de AB, M o ponto médio de AB e seja P um
ponto de r .
Os triângulos PMA e PMB são congruentes (LAL). Logo,
PA = PB.
b) Todo ponto fora da mediatriz não equidista de A e B.
b
P
Q b
b b b
A M B
Seja P um ponto que não pertence à mediatriz r do segmento AB.

Imagine que P está no semiplano de r que contém B.
Trace PA e PB. O segmento PA corta r em Q.
Trace QB. Como Q pertence a r então QA = QB pelo item
anterior.
No triângulo PQB a desigualdade triangular dá PQ + QB > PB.
Isto quer dizer que PQ + QA > PB, ou seja, PA > PB.
Um enunciado equivalente é: Um ponto equidista de dois pontos A
e B se, e somente se, pertence à mediatriz do segmento AB.
A bissetriz
A bissetriz de um ângulo é o lugar geométrico dos pontos que
equidistam dos lados desse ângulo.
B
b
b b
O A
A demonstração fica para o leitor.
Atenção:
Um enunciado equivalente é: Um ponto equidista dos lados de um
ângulo se, e somente se, pertence à bissetriz desse ângulo.
Problema
São dados dois pontos fixos A e B. Determine o lugar geométrico
do ponto P sabendo que o ângulo APB é reto.
Pb
b b b
A
M B
Resposta
O LG é a circunferência de diâmetro AB, exceto os pontos A e B.
Sugestão para demonstração
Assinale o ponto M, médio de AB.
Prolongue PM de um segmento MC igual a PM.
Analise o quadrilátero PACB.
Mediana relativa à hipotenusa
No triângulo retângulo, a mediana relativa à hipotenusa vale

metade da hipotenusa.
P b
b b b
A M B
A demonstração decorre do problema anterior.

Problema
Se em um triângulo ABC a mediana relativa ao vértice A é igual à

metade do lado BC então esse triângulo é retângulo em A.
Solução:

MA13 - Unidade 6
Lugares geométricos básicos
Eduardo Wagner
PROFMAT - SBM
12 de julho de 2013
Arcos de uma circunferência
A medida de um arco é, por definição, a medida do seu ângulo
central.
arc AB = θ
B
b
θ
b b
A
O

Ângulo inscrito
A medida do ângulo inscrito é a metade da medida do arco que ele
subtende na circunferência.
arc AB
∠AVB = θ =
2
B
b
θ A
b

Arco capaz
São dados um segmento AB e um ângulo θ.
Definição:
O lugar geométrico do ponto P situado em um mesmo semiplano
determinado pela reta AB e tal que ∠APB = θ chama-se arco
capaz do ângulo θ sobre o segmento AB.
∠APB = θ = θ0 = ∠AP 0 B.
Pb
θ
b
P′
θ′
b b
A B

Construção do arco capaz
São dados um segmento AB e um ângulo θ.
Siga os passos:
1. Desenhe o segmento AB (horizontal).
2. Desenhe a reta r , mediatriz de AB.
Y
3. Desenhe, abaixo da reta AB a semirreta
b
O b
AX tal que ∠BAX = θ.

4. Trace por A a reta AY perpendicular a b b
AX . A θ B
r
5. A interseção de AY com r é o ponto O.
6. Desenhe acima da reta AB o arco de centro O com b
extremidades A e B.
7. Esse arco é o arco capaz do ângulo θ construı́do sobre AB.
b
P
Obs: Uma semicircunferência de diâmetro AB é

chamada de lugar geométrico de 90◦ sobre AB. b b
A B
Problema
Construir o triângulo ABC conhecendo o lado BC = a, o ângulo
∠BAC = θ e a altura relativa ao vértice A igual a h.
Solução: Siga os passos e observe o desenho a seguir
1. Desenhe uma reta r .
2. Sobre r assinale pontos B e C tais que BC = a.
3. Construa o arco capaz do ângulo θ sobre BC .
4. Construa a reta s paralela a r , de forma que a distância entre
r e s seja h.
5. Um dos pontos de interseção de s com o arco capaz é o ponto
A. O triângulo está construı́do.
A
b b
s
θ
b b b
r
B a C
MA13 - Unidade 7
Triângulos e circunferências
Eduardo Wagner
PROFMAT - SBM
7 de julho de 2013
Duas secantes a uma circunferência cortam-se em um ponto P
interior a ela.
A medida de um ângulo de vértice P é igual a semissoma das
medidas dos arcos interiores ao ângulo.
arc AB + arc CD
Na figura a seguir, α = .
2
B b
C b
α
b
A
b

Duas secantes a uma circunferência cortam-se em um ponto P
exterior a ela.
A medida de um ângulo de vértice P é igual ao módulo da
semidiferença das medidas dos arcos interiores ao ângulo.
arc AB − arc CD
2
B
b
C b
b
A
b
α
D

Ângulo de segmento
Uma corda de uma circunferência e a tangente em uma das
extremidades determinam um ângulo de segmento.
A medida do ângulo de segmento é a metade da medida do arco
interior ao ângulo.
arc AB
2
B
t b

A circunferência circunscrita ao triângulo
Teorema
As mediatrizes dos lados de um triângulo cortam-se em um
único ponto.
Demonstração
Considere o triângulo ABC , a reta r , mediatriz de AB e a reta s,
mediatriz de BC .
A
b
r
b
b b
B C
s
Seja O o ponto de interseção de r e s.
O ∈ r ⇒ OA = OB e O ∈ s ⇒ OB = OC
Logo, OA = OC e, portanto, O pertence à mediatriz de AC .
Circuncentro
O ponto O chama-se circuncentro do triângulo ABC e é o centro

da sua circunferência circunscrita.
A b
r
b
b b
B C
s

A circunferência inscrita no triângulo
Teorema
As bissetrizes dos ângulos internos de um triângulo cortam-se
em um único ponto.
Demonstração
Fica para o leitor seguindo os passos da demonstração anterior.
A b
b b b
B C
O ponto I , comum às três bissetrizes internas chama-se incentro

do triângulo ABC e é o centro da sua circunferência inscrita.

MA13 - Unidade 7
Eduardo Wagner
PROFMAT - SBM
7 de julho de 2013
As circunferências exinscritas no triângulo
Uma circunferência exinscrita é tangente a um lado e aos

prolongamentos dos outros dois.
A figura a seguir mostra, no triângulo ABC, a circunferência
exinscrita relativa ao vértice A (ou ao lado a, se preferirem).
b
I′
C b
b b
A B

O centro I 0 dessa circunferência é o ponto de interseção da
bissetriz interna em A e das bissetrizes externas em B e C .
b
I′
C b
b b b
A B

Três circunferências exinscritas de um triângulo
C
b
b b
A B

Tangentes a uma circunferência
P1) A reta perpendicular a um raio de uma circunferência

traçada pela sua extremidade é tangente à circunferência.
Na figura abaixo a reta t passa por A e é perpendicular ao raio OA.

A reta t é tangente à circunferência.
O
b
t A

P2) Os segmentos das tangentes traçadas por um ponto exterior a
uma circunferência são iguais.
Na figura abaixo, PA = PB.

A b
b
O
b
Para justificar, observe a congruência dos triângulos POA e POB.
P3) Se PA e PB são tangentes a uma circunferência, então a bissetriz

do ângulo APB passa pelo centro da circunferência.
Problema
Os lados de um triângulo são conhecidos. Os pontos de tangência
da circunferência inscrita com os lados dividem cada lado em dois
pedaços. Quanto medem todos esses seis segmentos?
Solução: A b
b P
M b
b b b
B N C
Sejam AB = c, BC = a e CA = b. Seja a + b + c = 2p.
Pela propriedade P2 desta aula façamos AM = AP = x,
BM = BN = y e CN = CP = z.
Temos então o sistema x + y = c, y + z = a, z + x = b.
Somando as equações obtemos x + y + z = p e como y + z = a
obtemos x = p − a.
Analogamente obtemos y = p − b e z = p − c.
Problema
No triângulo ABC de perı́metro 2p a circunferência exinscrita
relativa ao vértice A tangencia a reta AB no ponto T . Mostre que
AT = p.
Sugestão:
Use a propriedade P2 desta aula.
C b
b b b
A B T

MA13 - Unidade 8
Quadriláteros inscritı́veis e circunscritı́veis
Eduardo Wagner
PROFMAT - SBM
7 de julho de 2013
O quadrilátero circunscritı́vel
Um quadrilátero é circunscritı́vel quando os quatro lados são

tangentes a uma mesma circunferência.
Nesse caso, dizemos que a circunferência está inscrita no
quadrilátero.
D b
b
C
B
b

Teorema de Pitot
Em todo quadrilátero circunscritı́vel as somas dos lados opostos

são iguais.
D b
P b b
C
Q b b
N
b
b B
b M
A

Demonstração do Teorema de Pitot
D
b
P b b
C
Q b b
N
b
b B
b M
A
A figura acima mostra o quadrilátero circunscritı́vel ABCD e os
pontos de tangência de cada lado com a circunferência. Temos
então:
AM = AQ BM = BN CP = CN DP = DQ
Somando membro a membro obtemos
AM + BM + CP + DP = AQ + DQ + BN + CN
ou seja,
AB + CD = AD + BC
A recı́proca do Teorema de Pitot
É verdadeira a recı́proca do Teorema de Pitot.

Se em um quadrilátero os lados opostos têm mesma soma então
existe uma circunferência tangente aos quatro lados.
D b
b
C
AB +CD = AD +BC ⇒
B
b

Problema
É dado o triângulo ABC . Os pontos M e N dos lados AB e AC ,
respectivamente são tais que o segmento MN é tangente à
circunferência inscrita em ABC . Mostre que o perı́metro do
triângulo AMN é constante.
Ab
b
N
M b
b b
B C

Solução do problema
A
b
Para simplificar a notação sejam: AB = c,

BC = a, CA = b, AM = x, MN = y e
NA = z.
b
N
Como BCNM é circunscritı́vel temos, pelo
Teorema de Pitot, BC + NM = BM + CN M b
ou seja, a + y = c − x + b − y .
Isto significa que x + y + z = b + c − a.
O perı́metro do triângulo AMN é constante. b b
B C

MA13 - Unidade 8
Quadriláteros inscritı́veis e circunscritı́veis
Eduardo Wagner
PROFMAT - SBM
17 de julho de 2013
O quadrilátero inscritı́vel
Um quadrilátero é inscritı́vel quando os quatro vértices pertencem

a uma mesma circunferência.
D
b
b
C
b b
A B

Teorema
Em um quadrilátero inscritı́vel os ângulos opostos são
suplementares.
Demonstração:
D b
b
C
b b
A B
Na figura acima, sendo Â e B̂ as medidas dos ângulos DAB e

BCD, respectivamente, temos
arc BCD arc DAB 360◦
Â + Ĉ = + = = 180◦
2 2 2
Recı́proca
A recı́proca do teorema anterior é verdadeira.
Se um quadrilátero possui dois ângulos opostos suplementares então

ele é inscritı́vel.
Sugestão para demonstração
Considere o quadrilátero ABCD com B̂ + D̂ = 180◦ . Considere,

em seguida a circunferência que passa por A, B e C . Imagine que
D não pertença a essa circunferência ...

Reconhecimento do quadrilátero inscritı́vel
1. Dois ângulos opostos suplementares.
Â + Ĉ = 180◦ ⇔ ABCD é inscritı́vel
2. Um ângulo interno igual ao externo oposto.
α = α0 ⇔ ABCD é inscritı́vel
D
b α′
b
C
α
b b
A B

3. No quadrilátero ABCD, ∠ACB = ∠ADB.
α = ∠ACB = ∠ADB = α0 ⇔ ABCD é inscritı́vel
De fato, o arco capaz do ângulo ACB construı́do sobre AB

passa por D.
D
b
b
C
α′
α
b b
A B

Problema
No triângulo ABC os ângulos A e B medem 60◦ e 70◦ ,

respectivamente. Os segmentos BD e CE são alturas. Quanto
mede o ângulo AED?
A
b
60◦
b D
E b
70◦
b b
B C

Solução
O ângulo ACB mede 50◦ .

Como ∠BDC = ∠BEC = 90◦ o quadrilátero BCDE é inscritı́vel.
Logo, ∠AED = ∠ACB = 50◦ .
A
b
b
D
θ
E b
50◦
b b
B C

Teorema de Tales
MA13 - Unidade 9
Eduardo Wagner
PROFMAT - SBM
Proporcionalidade
1. Dizemos que o segmento x é a quarta proporcional dos

a c
segmentos a, b e c (nessa ordem) quando = .
b x
2. Dizemos que o segmento x é a terceira proporcional dos
a b
segmentos a e b (nessa ordem) quando = .
b x
3. Dizemos que o segmento x é a média proporcional ou média
a x
geométrica dos segmentos a e b quando = .
x b
PROFMAT - SBM Teorema de Tales slide 2/9

Teorema 1
Se um feixe de paralelas determina sobre uma transversal segmen-
tos iguais, determinará sobre qualquer outra transversal segmentos
iguais.
Considere as paralelas r1 , r2 , r3 e as transversais t1 , t2 .
A b b
A′
r1
B b b
B′
r2
C b b
C′
r3
t1 t2
Na figura acima, se AB = BC então A0 B 0 = B 0 C 0 .

Para demonstrar trace por A0 e por B 0 paralelas a t1 e observe a
congruência dos triângulos formados.
Teorema 2 (teorema de Tales)
Um feixe de paralelas determina sobre duas transversais segmentos
respectivamente proporcionais.
A figura abaixo mostra três retas paralelas cortadas por duas
transversais.
A b b
A′
B b b
B′
C b b
C′
Com os elementos da figura acima o Teorema de Tales diz que

AB BC
0 0
= 0 0 .
AB BC
Demonstração:
a) Suponha que AB e BC são comensuráveis, ou seja, existe um
segmento x que cabe um número inteiro de vezes em AB e um
número inteiro de vezes em BC . Desta forma, AB = mx e
AB m
BC = nx com m e n naturais. Daı́, = .
BC n
Traçando novas paralelas pelos pontos que dividem AB e BC em
partes iguais obtemos na segunda transversal A0 B 0 = my ,
A0 B 0 m
B 0 C 0 = ny e, consequentemente, 0 0 = .
BC n
A b b
A′
x b
yb
b b
A0 B 0
b b
AB B b b
B′
Temos então = 0 0 , ou seja, x b b
y
BC BC b b
AB BC b b
= 0 0. b b
A0 B 0 BC b
b b
Cb b
C′

b) Se AB e BC não são comensuráveis, escolha um segmento x
que cabe n vezes em BC (n natural, claro). Então BC = nx.
Suponha, por outro lado que esse segmento x esteja contido entre
m vezes e m + 1 vezes em AB. Então mx < AB < (m + 1)x e,
m AB m+1
dividindo por BC = nx temos: < < .
n BC n
Traçando novas paralelas da mesma forma que no item anterior,
m A0 B 0 m+1
temos que < 0 0 < .
n BC n A A′ b b
AB A0 B 0 x y b b
As duas razões, e 0 0 estão entre b b
BC B C b b
m m+1 B b
b
B′ b
e . b b
n n
1
A diferença entre essas razões é que
n
tende a zero quando n cresce indefinida- b
C b
C′
mente.
AB A0 B 0 AB BC
Portanto, temos = 0 0 , ou seja, 0 0 = 0 0 .
BC BC AB BC
Teorema 3
Toda paralela a um dos lados de um triângulo determina sobre os

outros dois lados segmentos proporcionais.
A
b
D
b b
E
b b
B C
AD BD
Na figura acima, se DE é paralelo a BC então = .
AE EC
AD BD AB
Obs: Observe que = = .
AE EC AC

Teorema 4
Suponha que A, D e B sejam colineares (nesta ordem) e que A, E e

AD BD
C sejam colineares (nesta ordem). Se = então as retas DE
AE EC
e BC são paralelas.
A
b
D
b b
E
b b
B C
Atenção: Este teorema é o recı́proco do anterior. Para demonstrar,

imagine, por absurdo que DE e BC não sejam paralelas...

Problema
Duas semirretas têm origem A.

Sobre uma delas afastando-se de A assinale os pontos B e C tais
que AB = 64, 5 e BC = 32, 4.
Sobre a outra afastando-se de A assinale os pontos D e E tais que
AD = 42, 6 e DE = 21, 4.
As retas BD e CE são paralelas?

Teorema das bissetrizes
MA13 - Unidade 9
Eduardo Wagner
PROFMAT - SBM
Divisão de um segmento em uma razão
a) Seja M um ponto interior ao segmento AB. A razão que M

MA
divide AB é .
MB
Exemplo:
b
6 b
15 b
A M B
MA 6 2
M divide interiormente o segmento AB na razão = = .
MB 15 5
PROFMAT - SBM Teorema das bissetrizes slide 2/8

b) Seja N um ponto exterior ao segmento AB. A razão que N
NA
“divide” AB é .
NB
Exemplo:
b
6 b
10 b
N A B
NA 6 3
N divide exteriormente o segmento AB na razão = = .
NB 16 8

Divisão harmônica
Dado o segmento AB os pontos M e N (um interior e outro

exterior) dividem harmonicamente esse segmento na razão k
MA NA
(k > 0) quando = = k.
MB NB
Exemplo:
b
9 b
3 b
6 b
N A M B
MA 3 1 NA 9 1
= = = =
MB 6 2 NB 18 2
Os pontos M e N dividem harmonicamente o segmento AB na
1
razão .
2

Teorema da bissetriz interna
Em um triângulo, a bissetriz de um ângulo interno divide o lado

oposto em partes proporcionais aos lados adjacentes.
Na figura a seguir, AD é bissetriz do ângulo interno A. O teorema
DB AB
diz que = .
DC AC
A
b
b b b
B D C

Demonstração
Dado o triângulo ABC trace a bissetriz AD.
A paralela a AD traçada por C encontra a P
b
reta BA em P.
α′
A
Com os elementos da figura acima temos: b
α = β porque AD é bissetriz do ângulo α β

BAC .
β′
α = α0 porque são correspondentes nas
b b b
paralelas AD e PC . B D C
β = β 0 porque são alternos internos nas paralelas AD e PC .

Concluı́mos que α0 = β 0 o que implica AC = AP.
DB AB
Pelo teorema de Tales temos = .
DC AP
DB AB
Como AC = AP temos que = , como querı́amos
DC AC
demonstrar.

Teorema da bissetriz externa
Em um triângulo, a bissetriz de um ângulo externo divide o lado
oposto em partes proporcionais aos lados adjacentes.
Na figura a seguir, AE é bissetriz do ângulo externo A. O teorema
EB AB
diz que = .
EC AC
A
b
b b b
B C E
Sugestão para a demonstração:

Trace por C a paralela a AE que encontra AB em Q. Mostre que
o triângulo AQC é isósceles.
Consequência
Em um triângulo, as bissetrizes interna e externa traçadas do

mesmo vértice dividem harmonicamente o lado oposto.
A
b
b b b b
B D C E

Semelhança
MA13 - Unidade 10
Eduardo Wagner
PROFMAT - SBM
O que são figuras semelhantes?
Duas figuras F e F 0 são semelhantes, com razão de semelhança k,
quando existe uma bijeção s : F → F 0 entre os pontos de F e os
pontos de F 0 tais que:
Se X e Y são pontos quaisquer de F e se X 0 = s(X ) e Y 0 = s(Y )
são seus correspondentes em F 0 então XXY
0Y 0 = k .
Quando duas figuras F e F 0 e são semelhantes escrevemos F ∼ F 0 .

Observação: Fazendo k1 = r a razão XXY
0 Y 0 = k permite escrever
que X 0 Y 0 = rXY . O número r chama-se fator de ampliação (caso

r > 1) ou fator de redução (caso 0 < r < 1).
PROFMAT - SBM Semelhança slide 2/11
Propriedades da semelhança
1. Dois segmentos quaisquer são sempre semelhantes.

2. Toda semelhança transforma pontos colineares em pontos
colineares.
3. Uma semelhança de razão k transforma uma circunferência de
R
raio R em uma circunferência de raio R 0 tal que 0 = k.
R

Demonstração de 1)
Considere dois segmentos AB e A0 B 0 com comprimentos a e b,
respectivamente. Para cada ponto X ∈ AB associe o ponto
X 0 ∈ A0 B 0 de forma que A0 X 0 = ba AX .
Fica definida uma bijeção entre os dois segmentos.
b
B
A′b
b
X′
X b
b b
B′
A
Assim, para quaisquer pontos X , Y ∈ AB temos que suas imagens
X 0 , Y 0 ∈ A0 B 0 são tais que
b b b b
X 0 Y 0 = A0 Y 0 − A0 X 0 = AY − AX = (AY − AX ) = XY
a a a a
Assim, os dois segmentos AB e A0 B 0 são semelhantes.
As demonstrações de 2 e 3 ficam para o leitor.
Semelhança de triângulos
Dois triângulos, ABC e A0 B 0 C 0 são semelhantes quando

AB AC BC
= 0 0 = 0 0
A0 B 0 AC BC
O triângulo ocupa posição destacada neste assunto porque
podemos concluir se dois deles são semelhantes ou não observando
apenas seus ângulos.

Teorema 1
Dois triângulos que possuem os mesmos ângulos internos são
semelhantes.
Demonstração:
Na figura a seguir, os triângulos ABC e A0 B 0 C 0 são tais que
Â = Â0 e B̂ = B̂ 0 .
A A′
b
b
D b b E b b
B′ C′
b b
B C
Os pontos D e E do primeiro triângulo são tais que AD = A0 B 0 e
AE = A0 C 0 . Como Â = Â0 então os triângulos ADE e A0 B 0 C 0 são
congruentes (caso LAL).
Como B̂ 0 = B̂ = D̂ as retas DE e BC são paralelas.
Assim, pelo teorema de Tales, ADAB = AC
AE
(1).
A A′
b
b
b b
D b b E
B′ C′
b b b
B F C
Traçamos agora EF paralela a AB. O quadrilátero BFED é um

paralelogramo e, portanto, DE = BF .
AE BF DE
Novamente, pelo teorema de Tales = = (2).
AC BC BC
AB AC BC
Reunindo (1) e (2) temos que 0 0 = 0 0 = 0 0 .
A B A C B C
Assim, os triângulos, ABC e A0 B 0 C 0 são semelhantes.

Teorema 2
Dois triângulos semelhantes possuem os mesmos ângulos internos.
Sugestão para a demonstração
Na figura a seguir, os triângulos ABC e A0 B 0 C 0 são tais que
AB AC BC
A0 B 0 = A0 C 0 = B 0 C 0 .
Você deve mostrar que esses triângulos possuem os mesmos
ângulos internos. A′
A
b
b
b b
B′ C′
b b
B C
Considere o ponto D do lado AB tal que AD = A0 B 0 e trace o
segmento DE paralelo a BC .
Usando o teorema de Tales conclua que AE = A0 C 0 .
Usando a mesma construção feita no teorema anterior,
conclua que DE = B 0 C 0 .
Organize os argumentos para concluir a tese do teorema.
Semelhança de polı́gonos
Dois polı́gonos são semelhantes quando puderem ser divididos em
triângulos respectivamente semelhantes.
A′
b
A b
b
b
E
B
b
b E′
b b
B′
C D
b b
C′ D′
Na figura acima são semelhantes os triângulos ABC e A0 B 0 C 0 ,

ACD e A0 C 0 D 0 , ADE e A0 D 0 E 0 .
Desta forma, os pentágonos ABCDE e A0 B 0 C 0 D 0 E 0 são
semelhantes.
Propriedades
a) Os dois polı́gonos possuem os mesmos ângulos internos.
b) A razão entre dois segmentos correspondentes é sempre a

mesma (razão de semelhança).
AB BC CD DE EA AC AD BE
0 0
= 0 0 = 0 0 = 0 0 = 0 0 = 0 0 = 0 0 = 0 0 = ···
AB BC CD DE EA AC AD BE

Como reconhecer polı́gonos semelhantes
Dois polı́gonos são semelhantes quanto tiverem os mesmos

ângulos, formados por lados respectivamente proporcionais.
Os polı́gonos ABCDEF · · · e A0 B 0 C 0 D 0 E 0 F 0 · · · são semelhantes se
AB BC
Â = Â0 , B̂ = B̂ 0 , · · · e 0 0 = 0 0 = · · · .
AB BC

Triângulo retângulo
MA13 - Unidade 10
Eduardo Wagner
PROFMAT - SBM
As relações métricas no triângulo retângulo
Considere o triângulo ABC , retângulo em A, a altura AH e os
segmentos indicados na figura abaixo.
A
b
b c
h
b b b
C
m H n B
+ +
a
b m h Aparecem as relações:
HAC ∼ ABC ⇒ = =
a b c b 2 = am
c h n
HBA ∼ ABC ⇒ = = c 2 = an
a b c
b m h bc = ah
HAC ∼ HBA ⇒ = = Teorema de
c h n h2 = mn Pitágoras
Somando membro a membro as duas primeiras:

2 2 2 2 2 2
b + c = am + an = a(m + n) = a · a = a ⇒ a = b + c
PROFMAT - SBM Triângulo retângulo slide 2/6
Circunferência circunscrita
A mediana relativa à hipotenusa é igual a metade da hipotenusa:

MA = MB = MC = R (raio da circunferência circunscrita).
a
R=
2
A b
b b b
C B
M

Circunferência inscrita
Seja I o incentro e sejam D, E e F os pontos de tangência.
C
b
b
E
I
F b b
b b b
A D B
ADIF é um quadrado de lado AD = AF = r (raio da

circunferência inscrita).
Temos então:
a = BC = CE + BE = CF + BD = b − r + c − r
b+c −a
Assim, 2r = b + c − a e, portanto, r = .
2
Médias
Dados dois números positivos a e b definimos:
a+b
Média aritmética: M = .
2
√
Média geométrica: G = ab.
2ab
Média harmônica: H = .
a+b

Visualização
Semicircunferência de centro O e diâmetro AB. AC = a e CB = b.
CP é perpendicular a AB.
CD é perpendicular a PO.
b
P
D b
b b b b
A O C B
+ + +
a
b
Média aritmética: M = PO.

Média geométrica: G = PC .
Média harmônica: H = PD.
Triângulo qualquer – I
MA13 - Unidade 11
Eduardo Wagner
PROFMAT - SBM
Trigonometria para ângulos entre 0o e 180o
Para ângulos agudos, definimos seno, cosseno e tangente da forma
tradicional: dado um ângulo agudo XOY = α toma-se um ponto P
qualquer do lado OY e traça-se a perpendicular PA ao lado OX .
+
Y
P
b
b
α b +
O A X
As razões trigonométricas associadas ao ângulo α são:
AP
Seno do ângulo XOY : sen α = .
OP
OA
Cosseno do ângulo XOY : cos α = .
OP
AP
Tangente do ângulo XOY : tan α = .
OA
No caso do ângulo reto, definimos: sen 90 = 1 e cos 90o = 0.
o
PROFMAT - SBM Triângulo qualquer – I slide 2/10

Seja agora β um ângulo obtuso. Para definir as razões
trigonométricas de β vamos considerar seu suplemento
α = 180o − β.
Definimos: sen β = sen α
cos β = − cos α
tan β = − tan α
As figuras a seguir permitem visualizar o seno e o cosseno de
ângulos agudos ou obtusos. Nelas tomamos OP = 1.
+
Y
P
b
b
P
1
y 1
y
α
b
α b b b +
O x A A
x O X
sen α = y cos α = x sen β = y cos β = −x
Relações
Decorrem das definições que, para qualquer ângulo θ entre 0o e

180o valem as relações:
sen θ
sen2 θ + cos2 θ = 1 e tan θ =
cos θ

A Lei dos Cossenos
A Lei dos Cossenos é uma relação muito útil que envolve os três
lados do triângulo e o cosseno de um dos ângulos. A demonstração
é bastante simples.
Escolhemos inicialmente um dos ângulos do triângulo ABC . Seja A
o ângulo escolhido.
B
b
c a
b b
A C
b
a2 = b 2 + c 2 − 2bc cos A

Demonstração (para o caso A < 90o )
Seja D a projeção do vértice B sobre a reta B b
AC . Como A < 90o então D está na semir-

reta AC . Seja AD = x. Assim DC = |b−x|. c a
No triângulo BDC o teorema de Pitágoras h
fornece b b b
A x D C
a2 = h2 + |b − x|2 = h2 + b 2 + x 2 − 2bx + +
b
No triângulo BDA temos, pelo mesmo teorema, h2 = c2 − x 2.
Substituindo ficamos com
a2 = c 2 − x 2 + b 2 + x 2 − 2bx ⇒ a2 = b 2 + c 2 − 2bx
Entretanto, em qualquer uma das figuras tem-se xc = cos A, ou
seja, x = c cos A. Substituindo esse valor de x na última relação
encontramos
a2 = b 2 + c 2 − 2bc cos A
Os casos A = 90o e A > 90o ficam para o leitor.
Exemplo 1
Determine o maior ângulo do triângulo cujos lados medem 5, 6 e 7.
Solução:
O maior ângulo do triângulo é oposto ao maior lado.
O ângulo θ que queremos calcular é oposto ao lado que mede 7.
Aplicando a Lei dos Cossenos para o ângulo θ temos:
72 = 52 + 62 − 2 · 5 · 6 cos θ
As contas fornecem cos θ = 1

5 e uma calculadora dá θ ∼
= 78, 5o .

A Lei dos Senos
A Lei dos Senos resolverá, principalmente, o caso de obter outros

elementos de um triângulo onde os ângulos são conhecidos e
apenas um lado é conhecido. A Lei dos Senos possui também forte
relacionamento com a circunferência circunscrita ao triângulo,
como veremos a seguir.

A figura abaixo mostra o triângulo ABC , com lados a, b e c,
inscrito em uma circunferência de raio R.
A
b
b
D
R
O b
R
b b
B a C
O ângulo BAC do triângulo será representado simplesmente por A.

Traçamos o diâmetro BD. Assim, o ângulo BCD é reto e os
ângulos BAC e BDC são iguais, pois subtendem o mesmo arco BC .
BC a a
O seno do ângulo BDC é igual a BD = 2R . Então, sen A = 2R , ou
a
seja, sen A = 2R.
A relação mostra que a razão entre um lado do triângulo e o seno
do ângulo oposto é igual ao diâmetro da circunferência circunscrita
e, naturalmente, essa relação vale qualquer que seja o lado
escolhido.
A Lei dos Senos no triângulo ABC é escrita assim:
a b c
= = = 2R
sen A sen B sen C
onde R é o raio da circunferência circunscrita ao triângulo ABC .
A Lei dos Senos fornece um caminho simples para determinar o
raio da circunferência circunscrita a um triângulo.

Triângulo qualquer – II
MA13 - Unidade 11
Eduardo Wagner
PROFMAT - SBM
Introdução
Os teoremas de Menelaus, Ceva e Stewart são interessantes e úteis

na resolução de diversos problemas.
O primeiro mostra uma relação entre as razões produzidas sobre os
lados de um triângulo produzidas por uma reta transversal.
O segundo mostra a condição necessária e suficiente para que
cevianas de um triângulo sejam concorrentes.o
O terceiro mostra como calcular a distância de um vértice de um
triângulo a qualquer ponto da reta que contém o lado oposto.
PROFMAT - SBM Triângulo qualquer – II slide 2/11

O teorema de Menalaus
Dado um triângulo ABC uma reta transversal corta as retas AB,
BC e CA nos pontos L, M e N, respectivamente. Então
LA MB NC
=1
LB MC NA
A b
L b
b
N
b b b
M
B C

Demonstração
A b
L b
b
N
b
P
b b b
M
B C
Trace CP paralela a AB. Usando as semelhanças de triângulos que

aparecem na figura acima temos:
NC CP MB LB
= e =
NA LA MC CP
Multiplicando membro a membro e simplificando o termo CP
temos
MB NC LB LA MB NC
= ⇒ =1
MC NA LA LB MC NA
Esta é a versão simples do teorema, em que não vale a recı́proca.
A recı́proca é verdadeira se considerarmos segmentos orientados.
Problema
A figura abaixo mostra o triângulo ABC com AC dividido em 3

partes iguais e BC dividido em 4 partes iguais.
PA
Qual é o valor da razão ?
PD
b
A
b
E
b b
b b b b b
B D C

Solução
Considere o triângulo ADC e a transversal BPE como na figura a

seguir.
b
A
b
E
b b
b b b b b
B D C
PA BD EC
O teorema de Menelaus diz que · · = 1.
PD BC EA
PA 1 2 PA
Daı́, · · = 1, ou seja, = 2.
PD 4 1 PD

O teorema de Ceva
Dado um triângulo ABC , os pontos L, M, N, dos lados AB, BC ,
CA, respectivamente, são tais que as cevianas AM, BN, CL,
cortam-se em um único ponto. Então
LA MB NC
· · =1
LB MC NA
A
b
b
N
L b
O
b
b b b
B M C

Considere o triângulo ABM, a transversal LO1 C e calcule a

O1 A
razão .
O1 M
Considere o triângulo ACM, a transversal BO2 N e calcule a

O2 A
razão .
O2 M
Mostre que O1 e O2 coincidem.
Obs: A recı́proca do teorema de Ceva é verdadeira.

A relação de Stewart
No triângulo ABC seja D um ponto do lado BC . Então,
AB 2 · DC + AC 2 · BD = AD 2 · BC + BD · DC · BC
Ab
b b b
B D C

[ = θ. Assim, ADC
Seja ADB [ = π − θ.
Escreva as leis dos cossenos nos triângulos ADB e ADC relativas
ao vértice D, observe que cos(π − θ) e obtenha uma nova relação
eliminando o termo que possui o cosseno em ambas.

Exercı́cio
Em um triângulo ABC calcule a mediana relativa ao vértice A.
A
b
b b b
B M C

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Cada um dos pontos A1 , A2 , A3 , . . . , An é um vértice do

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Cada um dos pontos A1 , A2 , A3 , . . . , An é um vértice do

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Cada um dos pontos A1 , A2 , A3 , . . . , An é um vértice do

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Um polı́gono é convexo quando qualquer reta que passe sobre

PROFMAT - SBM MA13 - Unidade 1 slide 4/8

Um polı́gono é convexo quando qualquer reta que passe sobre

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PROFMAT - SBM MA13 - Unidade 1 slide 5/8

Diagonal de um polı́gono é qualquer segmento que une dois

PROFMAT - SBM MA13 - Unidade 1 slide 6/8

Diagonal de um polı́gono é qualquer segmento que une dois

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PROFMAT - SBM MA13 - Unidade 1 slide 7/8

PROFMAT - SBM MA13 - Unidade 1 slide 7/8

O número de diagonais de um polı́gono de gênero n é

PROFMAT - SBM MA13 - Unidade 1 slide 8/8

O número de diagonais de um polı́gono de gênero n é

Siga o raciocı́nio abaixo para justificar a fórmula acima.

PROFMAT - SBM MA13 - Unidade 1 slide 8/8

Considere conhecido o fato que a soma dos ângulos internos

PROFMAT - SBM MA13 - Unidade 1 slide 2/7

Considere conhecido o fato que a soma dos ângulos internos

Em um polı́gono convexo cada ângulo formado por dois lados

PROFMAT - SBM MA13 - Unidade 1 slide 2/7

PROFMAT - SBM MA13 - Unidade 1 slide 3/7

A soma dos ângulos internos do polı́gono é igual a soma dos

A soma dos ângulos internos de um polı́gono convexo de gênero

PROFMAT - SBM MA13 - Unidade 1 slide 3/7

Em um polı́gono convexo o ângulo formado pelo

PROFMAT - SBM MA13 - Unidade 1 slide 4/7

PROFMAT - SBM MA13 - Unidade 1 slide 5/7

A figura mostra um polı́gono convexo, os ângulos externos e,

PROFMAT - SBM MA13 - Unidade 1 slide 5/7

Um polı́gono é chamado de simples quando dois lados

PROFMAT - SBM MA13 - Unidade 1 slide 6/7

Um polı́gono é chamado de simples quando dois lados

PROFMAT - SBM MA13 - Unidade 1 slide 6/7

Um polı́gono é chamado de simples quando dois lados

Os ângulos formados por dois lados consecutivos, medidos no

PROFMAT - SBM MA13 - Unidade 1 slide 6/7

Todo polı́gono simples pode ser dividido em n − 2 triângulos.

PROFMAT - SBM MA13 - Unidade 1 slide 7/7

Todo polı́gono simples pode ser dividido em n − 2 triângulos.

A soma dos ângulos internos de qualquer polı́gono simples é

PROFMAT - SBM MA13 - Unidade 1 slide 7/7

Dizemos que os pontos P e P 0 são simétricos em relação à reta r

PROFMAT - SBM MA13 - Unidade 2 slide 2/11

Duas figuras são congruentes quando podem ser levadas a

PROFMAT - SBM MA13 - Unidade 2 slide 3/11

Duas figuras são congruentes quando podem ser levadas a

Os deslocamentos rı́gidos são a translação, a rotação e a simetria

PROFMAT - SBM MA13 - Unidade 2 slide 3/11

PROFMAT - SBM MA13 - Unidade 2 slide 4/11

PROFMAT - SBM MA13 - Unidade 2 slide 5/11

PROFMAT - SBM MA13 - Unidade 2 slide 6/11

A simetria em relação a uma reta é um movimento curioso porque

PROFMAT - SBM MA13 - Unidade 2 slide 6/11