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Iniciação (Teúrgica) JHS – Por Hugo Martins
lusophia
103-141 minutos

INTRODUÇÃO

O sintoma mais evidenciado hoje imperando nos meios neoespiritualistas do chamado “movimento
new age”, disseminado sobretudo entre 1970 e 1980, é o de uma espiritualidade alternativa isentada
da regra e ordem com livre acesso sem necessidade de mestres ou instituições de carácter
tradicional e iniciático para o desenvolvimento humano, onde cada um poderá ser guru, mestre de si
mesmo com um vasto leque de oferta e procura (selfie meditation, autoajuda, divinações e afins,
etc.). Este “neoliberalismo espiritual”, inclusive de modo a justificar-se, é frequentemente defendido
com a ideia alienígena de ‘Auto-Iniciação’ (?!) com diferimento da multissecular consignada Alta
Iniciação. A verdade é que essa visão honra uma despreocupação e uma enorme irresponsabilidade
para quem se aventura nos caminhos do Ocultismo prático e deles não saberá sair, tampouco dar as
directrizes orientadoras de uma Espiritualidade verdadeira aos seus “súbditos” e “seguidores”, no
que tudo isso redunda em parafernália de gurus mais ou menos carismáticos, comunidades
exclusivistas e toda uma indústria e comércio de fazedores de “milagres” que os prometem na
resolução dos problemas mais mundanos das pessoas. Todo este “materialismo espiritual”, no dizer
de Trungpa Rinpoché, ocorre exactamente por haver uma apropriação profanizadora da Tradição
Espiritual, ou das tradições de carácter sagrado ou religioso transportadas para um sincretismo de
“centro comercial” fabricando uma indigesta “salada de frutas”, enganando o imediato dos sentidos
e sempre com consequências negativas e contaminantes para a Alma. A consequência de tal ou tais
“produtos espirituais”, é de que apodrecem rapidamente ao cabo de pouco tempo, havendo a
necessidade onírica de os substituir por outros. A que se deve esse fenómeno? Ao simples facto de
estarem desligados das suas raízes tradicionais, obrigando a uma “nova colheita”, a uma nova
criação e consequentemente ao inevitável novo apodrecimento dos mesmos, mantendo a
insatisfação interior. Assemelha-se ao fruto que amadurece fora da árvore e acaba por apodrecer.
Este ciclo vicioso vivido de forma ininterrupta é tóxico para a Alma Humana, levando o indivíduo a
recriar uma espécie de mito de Tândalo que nunca fica saciado na sua sede, neste caso, espiritual,
conduzindo-o a uma procura por ilusões momentâneas cada vez deixando-o mais longe da sua
verdadeira Realização individual. Por que razão uma tradição como a da Cabala ou a do Sufismo,
mesmo tendo um carácter exotérico além do intrínseco esotérico, nunca sucumbiram ao longo da
História? Exactamente por estarem fortemente enraizadas na milenar fonte da Tradição Espiritual. A
própria História descrevendo a cultura dos povos nas suas diversas manifestações sagradas e
religiosas, confirma esta verdade universal. Deste modo, podemos afirmar com elevado grau de
segurança que Espiritualidade sem Tradição é como a criança sem educação. Será sempre
desgovernada, caótica e destituída de valores sólidos. No entanto, parte da Tradição Espiritual
também hoje não se encontra em pleno. Por mais que valorizemos e tenhamos amor à Tradição
Iniciática das Idades, a verdade é que a crise de valores espirituais reina ao nível institucional,
vítima dos efeitos funestos da Kali-Yuga ou Idade Sombria por que atravessa o Mundo.

A “especulação simbologista”, que adentrou o Ocultismo ocidental no século XVIII, conduziu as


antigas tradições a um folklore ou “conheceres populares” destituído de verdadeiro significado
iniciático, limitando-se à indologia moral e ética educativa da Alma mas não do Espírito. Além
disso, as teses filosóficas (Rousseau e Lock, por exemplo) conducentes às diversas políticas de
carácter social visando transformar a “pedra bruta”, função inicialmente ao encargo de Adeptos e de
Iniciados, na “pedra polida” do Estado Social, deram origem ao Poder Social e com este, não raro
por ausência humana do valor espiritual, decaindo em anárquicas ditaduras totalitárias,
completamente avessas a qualquer Estado Social justo e perfeito para governantes e governados nos
puros paradigmas da Sinarquia. Por outro lado, vemos os “mitos de fundação” irrompendo em larga
escala nos séculos XIX-XX, que além da auto-justificativa descendência da Tradição Primordial, a
maioria das vezes sustentam-se em Egrégoras ou “Sinergias Colectivas” de um Passado remoto
desadequadíssimas às necessidades presentes do Ciclo ou Era ora vigente, ou que pelo menos se
avizinha o seu despontar consciencial (Aquário). Tal procedimento e resultado vêm a ser análogos
aos mesmos que praticou D. Sebastião na violação dos túmulos dos seus antepassados – corpos
mortos!

Toda essa “especulação simbologista”, “folklores” e “mitos de fundação” não contribuíram nem
contribuem em nada à Tradição Iniciática, tornando-a mesmo contra-iniciática, pelo menos
aparentemente numa inversão própria de diabolismo sinistro, assim reflectindo à saciedade
ignorância atroz das verdadeiras origens tradicionais do Homem Psicossocial, bem como das suas
chaves iniciáticas.

O QUE É A INICIAÇÃO?

Neste sentido, é incontornável que percebamos de maneira clara o que é a Iniciação.


Etimologicamente, esta palavra advém do termo latino initio, raiz de termos como iniciar, início e
iniciado. De acordo com este pressuposto, a Iniciação visa assim uma relação do sujeito com o
“início das coisas e do mundo”, o que equivale tradicional e espiritualmente à relação com o Logos,
o Verbo Divino (“No princípio era o Verbo…”), ou seja, implica uma relação/vivência imediata ou
gradual com o Espírito, em conformidade ao amadurecimento ou desenvolvimento sensorial da
Alma. Independentemente das diversas abordagens e definições que o conceito implica, ele é algo
caracteristicamente Uno, Invisível e Indivisível do Espírito, antagónico ao Múltiplo, Visível e
Divisível da Matéria. Neste sentido, afere-se que a relação do sujeito com o “início”, portanto, a
Iniciação, trata-se inquestionavelmente de uma relação com as causas e princípios contrariamente
aos fenómenos e efeitos das coisas e do mundo. Simbolicamente, a imago sintetizadora de toda esta
realidade é o Ouroboros, a serpente que morde a própria cauda. Este animal sagrado que se fecha
sobre si mesmo, sintetiza toda a dialéctica dos opostos numa única realidade. Não tem princípio
nem fim, é o equivalente ao Alfa e Ómega, logo, ao Eterno, à Fons Vitae, à Imortalidade, à Origem
do Tudo e do Todo – coisas, objectos, pensamentos, emoções, etc. Contudo, ao fechar-se sobre si
mesmo torna esta mesma realidade hermética, oculta, secreta ou invisível. Daqui se justifica todo o
secretismo em torno das Ordens Iniciáticas ou, pelo menos, discretas, a chamada disciplini arcani,
sendo uma pedra de fecho crucial para quem vive esta característica essencial à realização na
Tradição Espiritual. Criticá-la é sinónimo de ignorância, da preferência à desordem psicomental
preterindo qualquer tipo de ordem reguladora, e mais grave o é quando não se pratica por falta de
integração e conhecimento da sua via mas, em actos os mais profanos e profanizadores, se expõem
aleatória e indiscriminadamente ao público geral quanto se consiga capturar aqui e acolá de
revelações, rituais, objectos, símbolos sagrados, etc. Portanto, a Iniciação para além de se destinar a
estabelecer uma relação com as Causas, é uma tradição que se desenvolve no âmago do secreto por
afinidade análoga à realidade oculta com que nos pretendemos relacionar. O Culto torna-se, ou é,
Oculto. A moderna Teosofia não é excepção, e para o comprovar tanto Madame Blavatsky (Mestra
Upasika) como o Professor Henrique José de Souza (Mestre JHS) utilizaram ambos o Ouroboros no
pantáculo representativo das Instituições por eles fundadas: a Sociedade Teosófica de Adyar e a
Sociedade Teosófica Brasileira.

No entanto, a conquista da vivência da Unidade transcendente da vida, do Uno, fornecida pela


imagem do Ouroboros, no Homem tem um significado muito específico – a reintegração do seu ser
na sua Consciência divina. Esta reintegração é também representada no símbolo do Hexagrama, a
estrela de seis pontas, no referido pantáculo, a qual estabelece não só a relação entre o Microcosmos
e o Macrocosmos, como também a união, o jugo ou casamento entre o triângulo invertido, ou seja, a
Natureza Inferior (Personalidade) do Homem, e o triângulo vertido, portanto, a Natureza Superior
(Individualidade) do mesmo. Mistério magno que se compreende como a imanência Divina no ser
humano, origem de um fenómeno extraordinário dentro da Fisiologia Oculta explicado pelo
despertar da “Serpente Ígnea”, localizada em estado latente na base da coluna vertebral, à qual os
orientais designam de Kundalini. Não nos ocuparemos em detalhe sobre o assunto, mas o Iniciado
ao dinamizar os seus centros vitais, chakras, através do domínio da Força Ígnea Serpentina ou
Kundalínica pela Yoga e a Meditação num sentido ascendente, passa a ter coexistência em duas
consciências ocupando o mesmo corpo, formando assim o chamado Androginismo Consciencial. É
quando o Homem se torna uma veste perfeita do Eu Superior, embora seja apenas um reflexo de
cima. Passa a ser uma Alma Iluminada, uma Alma Equilibrada, uma Alma em estado Neutro. Esta é
a principal razão oculta acerca da “Serpente Divina” (Theo-Ophis, em grego, que também está na
origem filológica de Teosofia, Theo-Sophia) constituindo, por sua vez, o símbolo do Iniciado,
daquele que reconquistou a “initio”, o início de tudo e de todas as coisas, o que equivale ao
conhecimento do seu ser e das coisas, ou seja, ao reservatório espiritual de todas as suas existências
anteriores, bem como à compreensão das causas originais da Criação. Ele reconecta-se com a
Origem.

Além deste conhecimento, o Iniciado também desenvolve várias faculdades psicomentais, aquelas
que os orientais denominam de sidhis. Além das diversas faculdades existentes (clarividência,
clariaudiência, etc.), aquela que mais se revela no Iniciado é a Intuição, a sementeira, o
florescimento e colheita do sexto sentido, também conhecida no Oriente por Budhi. É difícil de
exprimir em termos concretos o que é a Intuição, visto ser a própria VOZ DO SILÊNCIO, a “FILIA
VOCIS” ou SENZAR, a “Fala do Coração” cujo silêncio grita nas criptas internas do próprio
ouvinte!… Daí o Mestre JHS ter afirmado: “A Intuição é mais atrevida do que a própria
Inteligência. Ela é algo assim como um farol que orienta o rumo da Inteligência e, por isso mesmo,
foi a Voz Interna que guiou todos os Descobridores”, e acrescenta, “Por isso mesmo, a Intuição é
um estado permanente nos Homens Perfeitos ou Adeptos, enquanto esse mesmo estado naqueles a
quem chamamos de “sábios”, “génios”, etc., por suas obras de valor para o mundo, só se manifesta
em determinados momentos”.

Para chegar à tão sublime cumeeira da Evolução, necessário se torna o despertar da Intuição, esta a
“alavanca de Arquimedes” necessária ao entendimento e aprofundamento dos Mistérios Iniciáticos.
Sem ela, haverá somente cultura mais ou menos decorada mas nenhuma tomada de consciência
efectiva da finalidade última, e única, do Conhecimento Iniciático: transformar a Vida-Energia em
Vida-Consciência.

Por esse motivo, existem e encontramos cinco tipos de pessoas que procuram a Iniciação:

1) A curiosa: procura matar a sua curiosidade e, como todo o processo é oculto, desiste;

2) A céptica: duvida de tudo, até do seu cepticismo, ficando, assim, perdida;

3) A indiferente: chega à Iniciação por causa de outros, e como tanto lhe faz, sai como entrou;

4) A fanática: é a pior, porque continua na Iniciação, de onde retira poderosos alimentos para o seu
fanatismo que a afasta da realidade iniciática;

5) A que busca a Verdade: é a que realmente pode se tornar Iniciada nos Mistérios Menores, ligados
à Evolução da Humanidade, e nos Maiores, ligados às Hierarquias Espirituais, na razão dos 56
Arcanos Menores e dos 22 Arcanos Maiores do Tarot.

A Iniciação Teúrgica, ensinada e ministrada pelo Professor Henrique José de Souza (JHS), é
conhecida como Tríplice Iniciação, cujos aspectos são os seguintes:
Na tripeça, cada uma das três colunas agrupam aspectos que têm entre si relacionamento directo
para fortalecer cada uma das três bases da Iniciação, Mente – Emoção – Vontade. Este Triângulo,
chamemos de inferior, é a “retorta” ou o “laboratório” das experiências humanas onde a Evolução
actual se processa de modo a que a personalidade humana no seu labor interno se assemelhe à
Individualidade (“Aquilo que é indivisível”) e apresente o terreno fértil para que a Graça do
“Espírito Santo” se manifeste, ou seja, para que a Mónada Divina (Espírito) seja una com a Matéria.
É o famoso Rebis ou Casamento Alquímico de Christian Rosenkreutz. Este fenómeno hermético
corresponde novamente à chave de Hermes, o Trismegisto, ou seja, O que está em Cima
[Individum] é como aquilo que está em Baixo [Persona] para que se dê o milagre da Unidade
[Rebis]. Assim, a Iniciação é o Labor permitindo o desenvolvimento justo, perfeito e seguro deste
processo oculto que pode durar uma vida ou inúmeras vidas do ser humano. Vejamos, agora, em
que consistem os três tipos de Iniciação.

INICIAÇÃO INDIRECTA

É a Iniciação pela própria Vida, onde o Homem recebe as cargas de sofrimento e de felicidade,
geradas, respectivamente, pelos seus próprios erros e acertos. É a mais sofrida, sendo aquela a que a
Humanidade está sujeita. Todos se estão iniciando ao longo dos ciclos de reencarnações para atingir
o padrão evolutivo final do 4.º Reino Hominal ou Jiva, conhecido na linguagem esotérica como
Jivatma.

INICIAÇÃO DIRECTA

É a que se processa através de um Colégio Iniciático, onde o discípulo interpreta os Ensinamentos


segundo a sua própria capacidade. É chamada de Simbólica devido aos símbolos que são usados nos
Graus e nos Ensinamentos ocultos. As práticas de Yogas, Rituais, Mantrans e Instrução oculta,
gradativamente aumentam o grau de consciência e capacitam o discípulo para entender a
Linguagem Simbólica.

INICIAÇÃO REAL

É a que ocorre quando o discípulo penetra e decifra os símbolos à luz da Sabedoria Divina,
deparando-se, assim, com a Verdade. A meditação constante nos símbolos iniciáticos é, portanto, a
chave que abre o Portal da Verdade… representada por um Mestre Real que lhe dará a Iniciação
Real, sempre em conformidade à evolução já alcançada pelo discípulo no Caminho da Iniciação
Verdadeira.

Iniciação Verdadeira, em última e primaz análise, é a transformação das nidhanas em skandhas!


Quando reencarnamos, trazemos de vidas anteriores tendências negativas (nidhanas) e tendências
ou qualidades positivas (skandhas). Nascemos sempre com as duas tendências. Nidhanas são forças
vivas que não podem ser enfrentadas directamente, mas, transformadas em skandhas pelo processo
iniciático. Preguiça, tentações passionais e vícios físico-mentais são exemplos de nidhanas, as quais,
se enfrentadas directamente, acabam voltando diferentes e mais potentes. Para se vencer um vício é
necessário haver uma transformação interna (descondicionamento e conscientização), ou melhor,
despertar uma skandha que seja literalmente oposta àquela nidhana. Pelo amor e ajuda ao próximo,
a começar pelos Irmãos de Grupo, conseguimos debelar muitos vícios, pois o vício acha-se
estreitamente ligado ao egoísmo, sendo que o cultivo do espírito de fraternidade o extingue.

No entanto, resta ressalvar o seguinte: a Iniciação não visa despertar poderes superiores e tornar o
discípulo clauriaudiente, clarividente ou sensitivo. A acontecer o despertar das faculdades
superiores (sidhis), serão consequência da evolução normal do discípulo, e jamais anormalidades
forçadas contra-Natura as quais acabam por o arrojar fora do decurso normal da Iniciação. Há até
casos, isto como exemplo, de discípulos dotados de elevada intelectualidade e distinta moralidade
mas que, todavia, nunca tiveram quaisquer faculdades psicomentais ou sidhis. E isso é o melhor
para se chegar são e salvo ao fim do Caminho, sem correr o risco de, algures, cair no mediunismo
puro e simples, atrofiar-se e perder o timão de sua Alma… “Deixa os teus sidhis para a próxima
vida”, afirmava o Senhor Gautama, o Budha, ou seja, “vai protelando-os”… Tudo tem o seu
momento justo de acontecer, pelo que forçar é como “colher fruta verde antes da época da colheita”.

Para não tornar o tema acerca da Iniciação muito denso, resta apenas destacar as três regras
importantes no Caminho Iniciático do discípulo e as suas etapas:

1.º O Iniciado faz-se, não é feito por ninguém.

Somente pelos próprios esforços é que o Iniciado consegue transformar-se num Adepto. Existem
regras ocultas que forçam um Mestre a aceitar um discípulo que realmente queira se iniciar,
independentemente da sua raça, estatuto social, condição cultural e outros requisitos, desde que
preencha as condições básicas para encetar o processão de Iniciação. Porém, essas mesmas regras
impedem o Mestre de passar conhecimentos ocultos ao discípulo, se ele não estiver preparado e não
se esforçar para os conseguir.

2.º O sigilo deve ser absoluto, os Iniciados calam-se.

Na maioria dos casos, quando o Mestre começa a manifestar-se, interiormente o discípulo pode
ficar eufórico e acabar por contar aos outros as suas experiências íntimas. Isto rompe a ligação
conseguida, que só voltará, se voltar, muito tempo depois, após esforços redobrados. O
merecimento de receber algo oculto é apenas daquele que se esforça e tenha seguido as regras da
Iniciação. Cabe ao discípulo interpretar as experiências e usá-las para o seu desenvolvimento,
visando sempre ajudar a Humanidade. Determinados conhecimentos ocultos, gradativamente, estão
sendo passados para a Humanidade, porém, existem conhecimentos que, em hipótese alguma,
podem chegar aos homens, no seu actual estado evolutivo, pois podem comprometer o trabalho das
Hierarquias Espirituais envolvidas com a Evolução Humana e provocar danos gravíssimos ao
Desígnio da Lei “que os Mestres conhecem e servem”, ou ainda, no caso de envolver forças subtis
da Natureza, provocar verdadeiros desastres ambientais, iguais ou piores aos ocorridos na Atlântida.

3.º Quando o discípulo está preparado o Mestre aparece.

Resume, em outras palavras, o que já foi exposto anteriormente, ou seja, o Poder de Kundalini
manifesta-se. Sintetizando, esta Força Electromagnética ou Energia Divina que vibra no Seio da
Terra ligada ao Homem pelo seu chakra raiz, late adormecida no seu Corpo Vital, e quando desperta
liberta-se e percorre serpentariamente, de baixo acima, os restantes centros vitais (chakras), um a
um, existente nesse corpo, afectando directamente o Físico por via do sistema glandular. De
maneira que a consciência fisica é dilatada e transportada para outros pontos de percepção, para
outros Planos supra-sensíveis além daqueles alcançados pelos sentidos físicos.

Enfim, quando o discípulo (a Personalidade) está pronto (alinhado), o Mestre (a Individualidade)


aparece (manifesta-se).

De facto, só o Mestre é capaz de discernir quando é chegada a altura de estabelecer um contacto


mais íntimo com o discípulo, assim o aceitando. Uma aspiração pura, um desejo veemente, uma
determinação inabalável, uma apetência insaciável para o estudo das coisas ocultas e, acima de
tudo, a vontade de servir desinteressadamente a Humanidade. Tais são os requisitos que
basicamente se exigem aos que pretendem trilhar a Via do Discipulado. Esta ligação íntima e oculta
entre Mestre – discípulo respeita três períodos: Probatório (VIVEKA ou MANODVARAJJANA), a
Aceitação (VAIRAGYA ou PARIKAMMA) e a Filiação (SHATSAM PATTI ou UPACHARO). Para
que esta última ocorra, necessário se torna verificar a fixação das seguintes qualidades no discípulo:

1) SAMO: Quietação ou domínio do pensamento;


2) DAMO: Subjugação do eu pessoal, domínio da conduta;
3) UPARATI: Tolerância;
4) TITIKKA: Paciência;
5) SAMADHANA: Aplicação, equilíbrio;
6) SRADDHA: Fé, confiança.

Quando elas tiverem sido conquistadas, o discípulo transforma-se num GOTRABHU, isto é, num
que “está apto para a Iniciação”. Só posteriomente a esta preparação é que o discípulo sofrerá a
transformação auferida na Verdadeira Iniciação, a qual, por analogia aos ritmos da Evolução
Cósmica, se apresenta em 4 Graus, graduações ou tipos de Iniciação, sendo a última a integração ou
absorção no Divino, o CHRESTUS ou ARHAT.

Neste percurso maiêutico da Iniciação, o parturejar das potencialidades adormecidas no interior do


iniciando, nada mais são do que o desabrochar da Centelha Divina na sua consciência, equivalendo,
na linguagem tradicional e iniciática, à condição do despertar do “Cristo Interno”. Assim, é possível
estabelecer uma correlação entre as quatro (ou cinco) primeiras Iniciações e uma espécie de “Vita
Christi”, como processos análogos ao fenómeno oculto que sucede no interior do iniciando. Então,
no seu progresso espiritual, até alcançar a 1.ª Iniciação, o discípulo é confrontado com certas provas
que testam o seu verdadeiro carácter, de maneira a provar se está apto a ingressar a Via do
Aspirantado. A passagem do Aspirantado ao Discipulado real pode ser comparada à 1.ª Iniciação
naquilo que ela tem no simbolismo da sua realidade intrínseca, isto é, o Nascimento. Seguir-se-á a
fase (ou a crise) do Batismo (2.ª Iniciação), depois a da Transfiguração (3.ª Iniciação), seguidamente
a Crucificação (4.ª Iniciação), e finalmente a Ressurreição (5.ª Iniciação), onde o Discípulo se
transforma em Mestre Perfeito, Adepto Independente, Super-Homem, Jivamukti ou Jivatma (tantos
são os designativos para uma só e soberba realidade), por ter em sua natureza e de maneira integral
TRANSFORMADO A VIDA-ENERGIA EM VIDA-CONSCIÊNCIA.

JHS – O MESTRE E A OBRA

Na vivência da Tradição Iniciática, além da disciplini arcani a relação do iniciando com o Divino
não se estabelece propriamente por órgãos ou instituições religiosas de cariz confessional, mas antes
pela via mistérica da mesma Iniciação, quer dizer, o iniciando é um discípulo informado e nunca um
simples devoto crencista. Por seu turno, para ser realmente discípulo, obriga-se a possuir disciplina
iniciática, facultada por algo (um Colégios de Mistérios) ou alguém (um Iniciado nos Mistérios), ou
antes, por alguém representando algo e que que já alcançado um elevado estado de Iniciação ou
elevação espiritual, em último caso podendo ser um Mestre Vivo. Não há Iniciação sem relação
Mestre – discípulo, justificando, e repetindo mais uma vez, o belíssimo aforismo hermético:
QUANDO O DISCÍPULO (Personalidade) ESTÁ PRONTO (retificado, alinhado, integrado,
superado, etc.) O MESTRE (Individualidade) APARECE (manifesta-se).

No caso dos Teúrgicos, ou seja, dos afiliados à Obra do Eterno na Face da Terra, eles reconhecem-
se como sendo discípulos de seu Mestre Espiritual J.H.S., vulgarmente conhecido como Professor
Henrique José de Souza (H.J.S.). Nascido em 15 de Setembro de 1883 na cidade de Salvador,
Estado da Bahia, Brasil, filho de Honorato José de Souza e de Amélia Elisa Guerra de Souza, a vida
deste Mestre foi recheada por inúmeros fenómenos, cada qual com significado da maior
transcendência, como, aliás, sempre foi a vida de todos os Mestres de Amor-Sabedoria trabalhando
na Face da Terra em contacto directo com o mundo profano, por isto mesmo igualmente não
deixando de ser um rosário de tribulações e tormentos. São tantos e tão complexos os factos reais
que perpassam as meras simbologias ou alegorias, ocorridos na sua vida (de H.J.S.) que eles
mesmos são, com as devidas extrapolações, marcos na vida de todos os Mestres, que só de os
enumerar se escreveria um longo tratado. No entanto, os que com Ele privaram e muito
especialmente tiveram oportunidade de o verem exercer a sua função de Manu da Missão dos Sete
Raios de Luz (do Logos Solar), aprendendo páginas inolvidáveis de Sabedoria Divina reveladas por
sua Boca perfumada, são testemunhas fidedignas de acontecimentos bem reais que, juntos à sua
profunda sabedoria e estatura ética e moral, assim muito justamente o chamaram de Mestre. No
entanto, aos leitores poderá surgir a seguinte questão: Qual a razão da diferença de H.J.S. para
J.H.S.? Vejamos o que o próprio afirmou acerca do assunto:

“As mesmas iniciais JHS, a que a Igreja deu uma definição completamente estranha à verdadeira…
definem esse mesmo Governo Espiritual do Mundo.

“Diremos apenas o que é possível dizer-se não de boca para ouvido, como exigem as Grandes
Iniciações, mas… escrito, pelo que assumimos todas as responsabilidades que nos pudessem
acarretar.

“HJS quando se trata de um Homem ou Algo Divino em função na Terra; JHS, ou o H central para
as duas extremidades, Colunas ou Ministros, esse mesmo Algo Divino feito Homem. E em nosso
idioma, como um dos mais sagrados se a ele coube o da Missão da Sétima Sub-Raça (ou dos Sete
Raios de Luz), não se escreve Homem com H? Por isso, muito natural é que fique antes do J,
quando, de outro modo, deveria ficar depois…Com outras palavras: Homem feito Deus (JHS) e
Deus feito Homem (HJS).”

Posto isso, será justo o leitor também indagar sobre o que diferenciou o Mestre JHS de outros
Mestres ou Adeptos Vivos que vieram ao Mundo servir a Humanidade? A essa questão, apenas
podemos responder de uma só forma: a sua Missão e Obra. No entanto, quando há uma Missão, é
porque esta foi (ou é) delegada por algo ou por alguém, a qual, sabemos de antemão de acordo com
A Doutrina Secreta, é impreterivelmente incumbida a Seres Superiores da Grande Hierarquia
Branca ou Hierarquia Planetária (saibam os transviados a que nos referimos e tenham o
entendimento sobre tão transcendente assunto, como o revelou Helena Petrovna Blavatsky), nos
diversos períodos ou épocas da História Humana, como o foram Krishna, Budha, Cristo, etc. Neste
sentido, pode finalmente colocar-se a pergunta seguinte: qual foi, então, a Missão confiada ao
Mestre JHS pela Hierarquia Planetária? A verdade é que sabemos muito pouco acerca disso, assim
como muito pouco se sabe acerca de quem na realidade Ele era (e é!). No entanto, algumas coisas
podem ser ditas, até porque provieram da sua própria Boca.

Tal como todos os Mestres actuando não só mas também na Face da Terra, também Ele cooperou (e
coopera) na prossecução dos objectivos seguintes:

a) Na instauração do Novo Pramantha, o Ciclo Evolucional do Terceiro Milénio trazendo em seu


bojo a Satya-Yuga, a Idade de Ouro.

b) Na preparação da vinda do Senhor Maitreya, o Supremo Instrutor dos Homens e dos Anjos, o
Cristo de Aquarius como o mesmo Budha Branco do Ocidente.

c) Na exteriorização da Hierarquia Branca do Planeta.

O conceito da exteriorização só poderá ser correctamente perspectivado tendo em conta a realidade


dos Mundos Interiores do Seio da Terra. Na verdade, o reaparecimento, à Face da Terra, dos
Mestres Reais poderá ser entendido segundo duas linhas de forças:
– A primeira diz respeito ao reaparecimento, por parte da Humanidade comum, d´Aqueles que neste
momento entre ela já trabalham.

– Em segundo lugar, com a vinda dos Mundos lnteriores, dos Mundos Subterrâneos, para a Face da
Terra d´Aqueles outros que lá se encontram, bem como de uma multidão de Seres Aghartinos que
cooperarão e ajudarão a Humanidade no restabelecimento do Plano Divino e, principalmente, nos
momentos cruciais que se seguirão às dores de parto do nascimento de uma Nova Era.

d) Na instauração de novas e justas relações humanas, da Fraternidade Universal e da Sinarquia


Universal.

Do ponto de vista do seu trabalho peculiar, mas também englobado, como é lógico, nos propósitos
gerais da Hierarquia, podemos apontar:

e) O enunciado das verdades básicas acerca do verdadeiro significado e constituição dos Mundos
Internos. E isto porque é impossível a concretização das tarefas globais anteriores sem haver por
parte da Humanidade um reconhecimento e correcto entendimento da realidade dos Mundos
Subterrâneos.

f) A preparação do advento da 7.ª Sub-Raça desta Grande 5.ª Raça-Mãe, a Ariana, que se dará na
América do Sul, nomeadamente no Brasil, bem como de tudo o que se prende com a Missão Y.

g) A transmissão de certos conhecimentos permitindo a realização dos propósitos do Raio que neste
momento começa a sua manifestação no nosso Planeta, o º Raio, o do Ritual ou Magia Cerimonial.

h) Um trabalho extremamente misterioso de ordem Manúsica iniciado aquando da sua viagem ao


Norte da Índia, quando Ele era um “jovem adolescente de 16 primaveras”, intimamente ligado à não
menos enigmática formação do 6.º Sistema.

Contudo, para os mais cépticos, poderá surgir a dúvida de qual será a veracidade da Missão
delegada pela Hierarquia Planetária e que provas efectivas existem de tal intento para que Henrique
José de Souza tivesse a autoridade espiritual e temporal de a exercer? Será, talvez, o momento de
transcrevermos a Mensagem-Credencial, redigida em inglês, datada de 31 de Dezembro de 1925,
que da Confraria dos Traichus-Marutas de Srinagar foi enviada e recebida pelo Venerável Mestre
JHS do Excelso Senhor São Germano, o Mestre “Justus et Perfectus”:

“Confraria Branca de Kashemir (Srinagar), por Ordem Superior dos B∴J∴, reconhece no Swami
H. J. de Souza não só o Venerável Dirigente da 5.ª Rama com sede no BRASIL, como também o
seu Único e Legítimo Representante para toda a América do Sul, com plenos poderes de acção, em
virtude de se achar em condições de contribuir para o Grande Trabalho de Regeneração Social,
Fraternidade Mundial e preparação para o Advento do SUPREMO INSTRUTOR DO MUNDO.

“Aproveito a oportunidade para lançar uma Bênção a todos os que aderirem a esse Grande Trabalho
a favor da Paz, da Sabedoria e do Amor entre os Homens.

“Como um dos seus representantes (um dos B∴ J∴) emito esta dentro da referida Confraria
(Mundo Jina). JUSTUS E PERFECTUS.”

Através desta breve abordagem podemos assim perceber a transcendente e enorme importância da
Missão que lhe estava (e nos está) confiada. Contudo, quando o Divino se manifesta, de acordo com
a LEI, ela ocorre sempre numa manifestação tríplice expressiva das Três Hipóstases Divinas, como
se constata nas diversas trindades religiosas. Nesse sentido, a manifestação de uma entidade da
estatura de H.J.S. não foi excepção, vindo a ser acompanhada de determinados acontecimentos,
digamos misteriosos ou ocultos, os quais deixaremos para uma outra ocasião, agora resumimos
apenas os mais simples (exotericamente falando) e de fácil entendimento para a maioria dos
leitores, como determinantes da sua actuação:

1.º – A manifestação de um Ser Gémeo, no sentido espiritual e até humano do termo, cuja forma
feminina, como contraparte complementar da masculina, exerce funções a todos os níveis como
Esposa, Mãe e Sacerdotisa. Constituem, assim, a Parelha Divina na Face da Terra, Henrique José de
Souza e a inicialmente Helena “Iracy” Gonçalves da Silva Neves, depois Helena Jefferson Ferreira
de Souza (manifestação daquela após o mortífero “Acidente de Lisboa”, na Rua Augusta, em 1899,
acontecido com ambos), constituindo os Gémeos Espirituais (tal como os antecedeu a parelha
“teosófica” Henry Steel Olcott e Helena Petrovna Blavatsky).

Gémeos Espirituais Henrique – Helena

2.º – A manifestação de dois Seres de Eleição que actuam como suportes ou Colunas Vivas da
Missão específica que se pretende realizar. No caso de H.J.S., eles foram:

a) – Tancredo de Alcântara Gomes (a chamada Coluna TAG), saído pela Embocadura de Porto
Seguro, no Brasil, referenciado, por analogia com a Tradição Maçónica referente ao primitivo
Templo de Salomão, como Coluna B, de Bhakti ou Bohaz, esta palavra cujo significado é “na
Força” que representa a Unidade, a Devoção, a Mística e o Amor. Teve a seu cargo a administração
social da Instituição.

b) – António Castaño Ferreira (a chamada Coluna CAF), saído pela Embocadura de Santa Cruz de
la Sierra, na Bolívia, referenciado como Coluna J, de Jnana ou Jakin, simbolizando o
Conhecimento, a Iluminação, a Sabedoria, e em si mesmo o termo hebraico significa “ele
Estabelecerá”. Encarregou-se da manutenção espiritual da Instituição.

Tem-se Henrique – Helena para o Pai-Mãe Cósmico expressando o Primeiro e Segundo Logos,
enquanto as Colunas Vivas vieram a expressar o Terceiro Logos na Terra tomando forma na
Instituição Teosófica.

Manifesto o Divino na Face da Terra, necessário se tornou criar o aspecto social para que a Missão e
Obra pudesse ter expressão entre a Humanidade. Para que a Missão e Obra de um Mestre se
efective na Face da Terra, é sempre necessário um Corpo para que o Espírito se materialize e venha
a cumprir a sua função. Por conseguinte, o Mestre JHS necessitou não só do seu corpo fisico como
também do corpo institucional para poder executar, conforme as exigências da época, a sua Missão.
Convirá, no entanto, fazermos um pequeno parêntesis para analisarmos o seguinte: NÃO
DEVEMOS CONFUNDIR OBRA COM INSTITUIÇÃO! Esta poderá ser, sob certas condições, um
reflexo da primeira e por isso se encontrar estreitamente ligada a ela, chegando as duas a
significarem o mesmo, embora, neste caso, as duas não sejam equivalentes. Poderemos dizer que a
primeira está para a segunda assim como a nossa Individualidade está para a personalidade. Esta é a
razão por que muitas ditas Ordens Iniciáticas ou Secretas terminem confundindo a Instituição com a
própria Obra que lhe estava confiada, vindo a dominar as características personalísticas dos seus
dirigentes, cujos dirigidos acabam resvalando em cultos de personalidades consequentes e divisões
internas, as quais afastam os membros do propósito espiritual ou iniciático e da sua Egrégora.

Assim, pois, foi criada por Ele, numa primeira fase, Dhâranâ – Sociedade Mental- Espiritualista, em
10 de Agosto de 1924, em Niterói, Brasil, tendo posteriormente a Instituição tomado o nome de
Sociedade Teosófica Brasileira, em 1 de Maio de 1928, tendo esta como organismo motivador e
movimentador interno, a ORDEM DO SANTO GRAAL (O.S.G.), ainda numa fase anterior à sua
fundação oficial nos inícios dos anos 50 do século passado.

Para entendermos o tema das Ordens Iniciáticas, neste caso específico, da Ordem do Santo Graal,
teremos de entender que ao longo do percurso iniciático o discípulo eleva-se gradualmente no
conhecimento e na vivência dentro da Obra e da Instituição, desde o nível mais elementar ao mais
complexo (o chamado “aumento de salário” na Maçonaria). A razão é análoga à Natureza, ou seja,
assim como esta não dá saltos e se organiza de maneira hierarquizada, igualmente o percurso
iniciático do discípulo respeita o mesmo princípio. O Caminho do Discipulado ou da Iniciação
respeita à vivência de uma “ordem de outra espécie”. Para que ela seja efectiva, necessita de uma
organização hierarquizada como expressão da Ordem Superior no Plano de Vida inferior. Por
exemplo, na Antiguidade, os Sacerdotes ou Iniciados relacionavam e estabeleciam a ligação oculta
entre a Terra (desordem) e o Céu (ordem), não só no altar como também pela matemática e
geometria vazadas como Arquitectura Sagrada, indo estabelecer o alinhamento entre determinadas
constelações e templos construídos em locais específicos de intensidade telúrica. Assim,
compreendemos a razão de ainda hoje existir a necessidade da fundação de Ordens como meio de
viver, promover e gerar a Ordem na Terra, inclusive no plano profano, neste sejam elas Ordens
profissionais, militares ou até honoríficas. Mas no âmbito que tratamos, o espiritual, a Ordem é
sempre de natureza sagrada, mistérica ou iniciática, dando resposta ao belíssimo aforismo
hermético: “O que está em Cima é como aquilo que está em Baixo, para que se dê o Milagre da
Unidade”. Sem se entender este princípio fundamental, o que se está a gerar é apenas uma
desordem, uma desorganização e com isso um caos colectivo e simultaneamente individual. Neste
sentido, conseguimos entender a razão tradicional da fundação, por parte do Mestre JHS, da Ordem
do Santo Graal e das suas subsequentes Ordens, como também a sua função específica de acordo
com a Mística e a Missão relacionada aos Mundos Subterrâneos…

O principal objectivo da O.S.G. foi e é o de aninhar em torno de si as Mónadas da sua Família


Espiritual destinadas a cumeeira dirigente da Onda Humana, ou seja, a da já referida 7.ª Sub-Raça
Ariana, semente da 7.ª Raça-Mãe Atabimânica, a urgir em simultâneo com a 6.ª Raça-Mãe
Bimânica, tudo em conformidade à Iniciação Mental (Assúrica) de JHS, e esta se processe sem
sobressaltos nem percalços na evolução das Mónadas Númeradas da sua Corte, motivo para o
Mestre instituir quatro Ordens Iniciáticas juntas perfazendo a Ordem do Santo Graal, conformadas
aos Graus Iniciáticos da Instituição, todas pertinentes à mesma Iniciação Assúrica, como sejam:
Ordem dos Tributários – Grau Manu; Ordem das Filhas de Allamirah – Grau Yama; Ordem do
Ararat – Grau Karuna; Ordem dos Templários – Grau Astaroth. Finalmente, formalizada por todas,
a Ordem do Santo Graal – Grau Integração. Apenas para esclarecimento geral, deixamos uma
pequena síntese das datas de fundação e respectiva função dessas Ordens:

A ORDEM DAS FILHAS DE ALLAMIRAH, oficializada no dia 24 de Junho de 1952, constituiu a


Ala Feminina da O.S.G., portanto constituída exclusivamente de senhoras (as Valquírias, Tesouras
depois Baguetas da Obra) integradas na Série Interna, foi criada para o Novo Ciclo de Aquarius
para manter a Taça Sagrada, na função de apoiar – como Género Feminino de Eleição – aqueles que
mantêm a Tradição do Santo Graal – os Templários de Maitreya, como Género Masculino de
Eleição, os Príncipes ou Principais da Obra do Eterno na Face da Terra.

A ORDEM DOS TRIBUTÁRIOS, fundada em 23 de Outubro de 1954, constituindo uma espécie de


“Maçonaria” (os Velsungos ou Espadas da Obra) com o cargo espiritual e social de “cobrir” física,
psíquica, mental e espiritualmente a Obra e Instituição por Ele fundada e à sua própria Família
(APTA), a humana e também a espiritual.

A ORDEM DO ARARAT, foi fundada no dia 24 de Março de 1958, foi criada com a finalidade de
propiciar as condições favoráveis para o entendimento e vivência do novo estado de consciência,
exigido por Lei, para o Ciclo de Aquarius, possuindo o lema: “Realização através do Carácter e da
Cultura”.

A ORDEM DOS TEMPLÁRIOS, ou Templários de Maitreya ou de Agharta, oficializada na mesma


data da O.F.A., deu início à sua actividade com a fundação da Guarda do Santo Graal –
exclusivamente masculina – em 28 de Dezembro de 1951, constituída de 32 Membros com os
cargos de Goros, Cavaleiros, Arqueiros, tendo por função manter a guarda perpétua da Taça Sagrada
do Santo Graal.

A Sociedade Teosófica Brasileira manteve o seu nome até pouco depois da data da morte física de
J.H.S., ocorrida em 9 de Setembro de 1963, mas em 24 de Fevereiro de 1969, por alterações
estatutárias e outras, tomou a nova feição de Sociedade Brasileira de Eubiose, ficando a sua
orientação inicialmente a cargo de D. Helena Jefferson de Souza, inseparável companheira do
Mestre na segunda metade da sua vida, e depois até hoje na de seu filho Sr. Hélio Jefferson de
Souza.

A VIA TEÚRGICA

Etimologicamente, Teurgia advém de Theos (Deus) + Ergon (Obra), ou seja, a Obra de Deus na
Face da Terra. Deus como Logos Criador da mesma Terra, portanto, o Eterno. Apesar da origem do
termo Teurgia provir dos antigos neoplatónicos e filaletos de Alexandria, como muito bem aponta
Madame Blavatsky na sua obra A Chave da Teosofia (pág. 18, nota de rodapé), a verdade é que ela
além de ser a aplicação prática da Teosofia, também não corresponde hoje aos velhos e clássicos
preceitos e práticas mágicas de sábios como Plotino ou Plutarco, pela simples razão de dessas
estarem adequadas a um tempo e a uma condição mental completamente diferentes das nossas,
sendo até física e espiritualmente contraproducente a sua aplicação hoje. A Teurgia de JHS, visa um
fim no sujeito: a vivência do BEM, do BOM e do BELO, o que equivale a viver em harmonia com
os Ciclos da Natureza, e por conseguinte, com os do Universo (visível e invisível). É aquilo que o
Professor Henrique José de Souza designou pelo neologismo, por si criado, de Eubiose, colando ao
outro de Teosofia Eubiótica, como seja “Viver Bem o Belo e o Belo com Sabedoria Divina”,
entendido apenas como estado de consciência resultante de um processo espiritual praticado pelo
discípulo, não como nominativo de instituição espiritualista ou religiosa ou de mera filosofia
“eubiótica” (!), que assim antes devera chamar-se eugénica, a ver com eugenia ou “pureza mental,
emocional e física” do Homem ante a Natureza, descartando quaisquer discriminações raciais que
muitos dão ao termo. Assim, toda a Teurgia de JHS está intimamente ligada ao Novo Pramantha ou
Era de Aquarius, religando iniciaticamente os Mistérios do Oriente (Principado) com os Mistérios
do Ocidente (Potentado) sustentados na única Sabedoria Divina, Teosofia, ou por outra, a Tradição
Iniciática das Idades.

No entanto, a Teosofia propriamente dita, nunca é manifesta ou revelada no seu todo e sim
progressivamente por fases, de acordo com os Ciclos de Evolução que, por sua vez, são assinalados
por certas figuras zodiacais e condicionados por certas energias planetárias e cósmicas. Para cada
Ciclo de Vida, a Hierarquia, o Governo Oculto do Mundo, estabelece o Plano de Expansão, o qual
comporta uma nova dispensação de conhecimentos, um novo código de comportamento colectivo,
um conjunto de objectivos a alcançar pela civilização, assim como faculta os meios, as
metodologias da sua realização. A Eubiose, é a efectivação ou expressão vital na Face da Terra
dessa mesma Teosofia, revelada de acordo com o Ciclo de Evolução actual e implica
individualmente num estado de ser resultando num método de vida, numa atitude peculiar de
espírito e de acção. Por sua vez, a Teurgia é o foco irradiador que se corporifica como Espírito do
Corpo Teosófico e da Alma Eubiótica, no que lhes dá suporte prático e permite efectivar a vivência
da HARMONIA UNIVERSAL do Homem com o Universo (Omnia ab Uno et in unum omnia).
Desse modo, podemos afirmar que a Teurgia é a aplicação prática da Teosofia, e a Eubiose a ética
normativa da sua vivência na Face da Terra.

Assim, Teurgia terá ainda ter duas acepções distintas:

1) TEURGIA no sentido lato – com características inovadoras, dizia o Mestre, é TEOSOFIA


EUBIÓTICA. Ou seja, as verdades fundamentais que ela transmite, graças a quanto JHS revelou, no
fundo são as mesmas da Teosofia, esta entendida no seu verdadeiro significado etimológico, ou seja,
o de Theoin-Sophia, “a Sabedoria daqueles que se movem em Círculo”, os Planetários ou Deuses,
no fundo sendo, como já dissemos, a mesma Sabedoria Iniciática das ldades, Gupta-Vidya ou
Sanatana-Dharma, como se lhe queira chamar.

2) TEURGIA no sentido restrito – fundamentalmente respeitante às novas Revelações do Ciclo e ao


novo enfoque da Sabedoria Iniciática trazidos por Ele, portanto, conformada a uma praxis
inteiramente nova toda ela de vocação Parúsica ou de Advento do Avatara-Síntese, MAITREYA, o
CRISTO DE AQUARIUS, e para isso usando dos mais ciosos elementos didácticos e técnicos a
uma Integração verdadeira do discípulo.

Toda a sua magnânime Obra na trasladação dos valores do Oriente para o Ocidente, o Ex Occidens
Lux, respeitou uma metodologia estruturada segundo os mais rigorosos cânones da Tradição
Iniciática, respeitando uma hierarquização de saberes delegada pelos Graus anteriormente referidos,
nomeadamente o OEDIPO (Peregrino), MANU (Legislador), YAMA (Executivo), KARUNA
(Judiciário), ASTAROTH (Coordenador), e ainda o de INTEGRAÇÃO (1+4+1), e um modus
operandi extremamente bem conformizado tanto à essência da Raja-Yoga (Leste) como da Cabala
(Oeste), tanto ao melhor do Budismo (Oriente) como do Cristianismo (Ocidente). Além da estrutura
iniciática gradativa, inserida na Linha do 7º Raio, como seja o da Magia Cerimonial, a estrutura da
Instituição requer um método iniciático coadunado à especificidade da sua Tónica e Missão
espiritual. Neste sentido, como objectivação do seu Trabalho particular na Face da Terra, JHS
propôs duas vias de realização: uma grupal e outra individual.

A primeira, grupal, pode ser expressa segundo um triângulo com a ponta voltada para baixo (∇),
cujos vértices são: a Escola, o Teatro e o Templo.

– A Escola é o meio através do qual o discípulo, como TEÓSOFO, aprende e apreende, sempre de
acordo com o seu nível psicomental, as verdades essenciais da Sabedoria Iniciática das Idades.

– O Teatro expressa o grande palco da vida onde, todos nós, temos o nosso papel a desempenhar, e
liga-se com a problemática da ética e da moral consignada no sufixo EUBIOSE, isto é, o de “viver
segundo o Bem, o Bom e o Belo”.

– O Templo é onde os ensinamentos da Escola e as vivências do Teatro são projectados como


serviço desinteressado à Humanidade, através da captação, reelaboração e distribuição de energias
por todo o planeta, fazendo nobre jus ao preceito TEURGIA como a mais Alta Magia Divina,
alimento e firmeza de toda a Instituição e Obra.

A segunda via, a individual, é representada por um triângulo com a ponta voltada para cima (Δ), em
cujos vértices se inscrevem os valores imorredouros: Transformação, Superação, Metástase.

– Transformação do indivíduo, ou seja, aperfeiçoamento de todos os seus aspectos.

– Superação da personalidade.
– Metástase com o Ser Superior.

Portanto, a Teurgia funciona como uma “engenharia espiritual” no aceleramento do processo


interno do discípulo de modo apurar as suas capacidades latentes, acompanhando o trabalho
“sacrificial”, verdadeiro ofício sagrado, que realiza em benefício da Humanidade nos três vectores
mencionados (Escola – Teatro – Templo). Por causa do Karma Colectivo que aflige o Mundo, não
há Evolução (espiritual e humana) sem Sacrifício. Todavia, a relação Microcosmos-Macrocosmos
deve ser apreendida consciencialmente e regularizada relacionalmente entre os ambientes interno e
externo do discípulo, na razão da relação indivíduo-colectividade, ou seja, à medida que a sua
compreensão das leis ocultas do Universo vão sendo apreendidas e fixadas na sua consciência, a
aplicação das mesmas torna-se necessária dentro de um círculo restrito colectivo, constituído pelos
seus Irmãos de Grupo partilhando da mesma noção e necessidade, de modo a paulatinamente ele e
eles, num todo, lhes dêem sentido prático no Teatro da Vida. Assim, na ESCOLA, o discípulo
apreende, aprende e aplica a vivência da ética postulada na doutrina teúrgica, ausentando-se de
complexos e inibições de foro psicológico ou psicomental, flagrante que ao contrário se destaca nas
religiões exotéricas de catequese confessional, geralmente castradora de quaisquer expressões
criativas que pretendam ir além da ortodoxia postulada, contrariando o livre-arbítrio que define em
maior ou menor proporção a liberdade de cada um, conquistada e conformada à evolução ou
progresso espiritual do indivíduo, nem eterno crescendo interior. É esse que o compele à
TRANSFORMAÇÃO, implicando num gradual maior refinamento, subtilização e ampliação dos
cinco sentidos naturais e de dois outros ainda latentes, destinados a um dia se tornarem patentes –
tacto, paladar, visão, audição, olfacto… intuição, clarividência e êxtase.

Para não ser “cego guiando cegos”, o discípulo deve aprimorar primeiro a si mesmo antes de puder
inspirar ao aprimoramento interior os seus semelhantes em Humanidade, ele e eles cursando a
grande ESCOLA que é o Mundo. No TEATRO do dia-a-dia, à custa dos seus próprios esforços, o
discípulo vai assimilando e integrando os valores da chamada CONSCIÊNCIA EUBIÓTICA, isto
é, a de “Bem-Viver” consigo e o próximo, logo, com o meio natural, seja visível, seja invisível, e
assim cada vez mais SUPERANDO as suas antigas limitações ou liames psicológicos (nidhanas) da
personalidade, assumindo novo e mais amplo estado de consciência afim à Individualidade, no
qual, de maneira alguma, será descaracterizado, pelo contrário, se tornará mais forte e constante nos
seus nobres ideais, mais e verdadeiramente Homem. Assim realizará o vértice TEATRO no seu
verdadeiro sentido, isto é, Theos+Actum, o sagrado ACTO DOS DEUSES… que todo o homem
é… ainda que a maioria disso ande esquecida.

Finalmente, no TEMPLO que sobretudo é o seu Corpo, o Altar a sua Alma, e o Deus da Exaltação o
seu Espírito, o discípulo da Obra Divina pratica nele em colectivo, e também em individual em seu
“Sanctum Privado” os estudos e exercícios espirituais do preconizo e chancela da ORDEM DO
SANTO GRAAL. Assim, cada vez mais, se acerca da derradeira METÁSTASE com o seu Eu
Superior ou Anjo Solar, e este dele estreitando o elo de ligação (antahkarana), portanto, Metástase
Avatárica do de baixo pelo de cima e do de cima pelo de baixo!… Está simultaneamente em
sintonia ou comunhão mental (Dhâranâ) com todos os seus Irmãos de Grupo, sobretudo com
aqueles que na hora e lugar sagrados realizam práticas idênticas, fortalecendo a Egrégora Grupal.
Assim, um e todos e todos e um, fundem-se num único Corpo Avatárico cujo Centro mesmo é o
Mestre Interno, expressão monádica particularizada do Mestre Externo, para nós JHS, e num
sentido mais amplo, o CRISTO UNIVERSAL, a própria Divindade assistente ao Globo em que
estamos, vivemos e temos o nosso ser.

Daí, por tudo e estar no todo e vice-versa, a Escola possui a sua parte Teatral e Templária; o Teatro
implicar o Templo e a Escola; o Templo exercitar a Escola e o Teatro. De igual maneira, a
Transformação também comporta Superação e Metástase; a Superação implicar na Metástase e na
Transformação, esta definitiva e definindo o elevado nível do ser; a Metástase a mesma
Transformação e Superação, para sempre dos liames da matéria onde a “Vida-Energia” fica sob o
domínio da “Vida-Consciência”.

Todo este método iniciático teúrgico tem influência positiva no triângulo inferior do discípulo, ou
seja, no seu CORPO, EMOÇÃO e MENTE, inicialmente a “Pedra Bruta” que progressivamente
trabalhada se torna “Pedra Polida”, na intenção de reflectir e ser envolvido pelo triângulo superior
por ora em formação, ou seja, constituído pelo CAUSAL, INTUICIONAL e ESPIRITUAL,
buscando conquistar o estado do Perfeito Equilíbrio ou Perfeita Neutralidade característica do
Homem Divino, o Verdadeiro e Único, o JIVATMA ou pura “Vida-Consciência”. Todo esta
metodologia de trabalho foi resumida pelo Venerável Mestre JHS nas palavras preciosas que deu a
público em São Paulo em 13 de Abril de 1963:

“A nossa Obra é um Plano Universal de Evolução que segue três caminhos, desenvolvendo: a
Emoção pela Educação; a Inteligência pela Instrução; a Vontade pelo Trabalho.”

OS MUNDOS SUBTERRÂNEOS

No Ocidente, este mistério foi abordado publicamente e com grande propriedade por diversas
personalidades célebres no Ocultismo nos últimos quartéis do século XIX e nos primeiros do século
XX, das quais podemos destacar Saint-Yves d´Alveydre (Missão da Índia na Europa), Ferdinand
Ossendowsky (Homens, Animais e Deuses), René Guénon (Rei do Mundo), Papus (Gerard
Encausse, Traité Elementaire d´Ocultisme), Nicholas Roerich (Shambhala, a Resplandecente),
Alfred Percy Sinnett (The Mahatma Letters, carta IV), Mário Roso de Luna (Libro que mata a la
Muerte o El Libro de los Jinas), dentre outros, os quais serviram de voz no meio público para
divulgar algo que até ao momento era desconhecido desse, por ser restrito a determinadas correntes
espirituais e/ou organizações iniciáticas secretas. No entanto, apesar da inteira relevância tradicional
dada ao tema por todos eles, a abordagem, retificação e revelação do mesmo pelo Venerável Mestre
JHS, não se ficou no terreno estéril das especulações intelectuais, antes adentrou a sua vivência
efectiva, real e prática, não deixando de delegar aos seus discípulos mais próximos infindáveis
páginas e páginas de revelações desconhecidas até então sobre a “fisiologia” ou “estrutura” dos
Mundos Subterrâneos e seus habitantes, sendo depois uma pequena parte adaptada e transmitida,
sob a maya ou véu da ciência e da religião, à mentalidade pública moderna, sem nunca deixar de
realçar a espiritualidade do assunto num carácter absolutamente teosófico.

O segredo em torno deste tema foi muito bem guardado ao longo das eras, pelo facto de o mesmo
constituir um dos maiores, senão o maior, dos Arcanos da Tradição Mistérica. Enquanto Madame
Blavatsky abriu caminho com a “sua” Teosofia, escrutinada na sua obra monumental A Doutrina
Secreta, para revelar e comprovar um grande segredo ou arcano, proibido até então, ou seja, a
existência da Grande Loja Branca ou Governo Oculto do Mundo, o Professor Henrique José de
Souza foi mais adiante dispondo-se como expressão directa do mesmo na Face da Terra,
completando com a revelação do grande mistério da Terra Oca, ou seja, o Mistério do Mundo de
Agharta.

Num aparente contraste, se as várias religiões apregoam o Reino dos Céus ou a espiritual Paradhesa
(Paraíso), qual será a relevância da Terra Oca ou do Mistério dos Mundos Subterrâneos para a
Humanidade? Em uma primeira abordagem, justifica-se por ser Tradição Hermética ou Oculta, no
sentido do indivíduo analogamente aceder ao interior da Terra como acede ao interior de si mesmo.
No entanto, algo de extraordinariamente rico está implícito nesse processo, ou seja, o do planeta
Terra sendo um Ser Vivo, como muito bem afirmam os cientistas modernos, possui em si mesmo
um repositório memorial e espiritual de toda a Evolução Cósmica (no seu interior) desde o início
dos tempos, aquando da manifestação do Logos tomando forma como Globo. Significa isto que a
Terra possui em si mesma todo o conhecimento e sabedoria do mundo desde os evos imemoriais da
Raça Humana. Assim, aceder a esse fantástico repositório é como encontrar o Santo Graal, o
Conhecimento Universal, justificando todo o secretismo, ante o despreparo humano, que se
estabeleceu ao longo dos tempos em torno deste assunto.

As diversas tradições religiosas e textos sagrados da Antiguidade sempre se referiram aos Mundos
Subterrâneos, dando-lhes diversos nomes e termos de acordo com a tónica e especificidade cultural
da época. Verifica-se, por exemplo, o famoso Mundo de Duat ou Amenti no Antigo Egipto, o Hades
da mitologia grega, a Shamballah das tradições transhimalaias, o Edon e o seu misterioso povo
Thuat de Danand da cultura celta, a Ilha Encoberta de que nos falam as profecias do Bandarra, ou o
famoso V.I.T.R.I.O.L. da tradição alquímica medieval, sempre remetendo para um lugar idílico ou
paradisíaco ausente de morte, doença ou corrupção humana, onde apenas os mais selectos ou
merecedores, homens e mulheres destacados pelas suas virtudes e acções em vida, poderiam entrar,
comungando conjuntamente com os deuses e os seus divinos tesouros de vida eterna.

Apesar das afirmações que já fizemos relativamente aos Mundos Subterrâneos e às evidências da
sua existência, não comentaremos factos mais ou menos noticiados que não se abordem à luz da
Tradição Iniciática, como, por exemplo, esses do aparecimento através dos séculos dos chamados
“discos-voadores”, vistos a penetrar no mar ou a desaparecer no solo em alta velocidade, ou o dos
conspiracionismos “exo-políticos” hoje abundando nas televisões e redes sociais. A investigação
deve ser desenvolvida de forma tradicional, iniciática (jamais especulativa ou sensacionalista,
alimentadora da impuberdade sensorial!), basear-se, como não poderá deixar de ser, na Lei da
Analogia, como expressa a Tábua de Esmeralda:

“É verdadeiro, completo, claro e certo: o que está em baixo é como o que está em cima, e o que está
em cima é como o que está em baixo, para a realização do milagre de uma Coisa Única…”

Com esse método estabelecemos a similitude das relações entre o Microcosmos e o Macrocosmos.
O Homem representa um Microcosmos perfeito, isto é, contém em si a imagem completa do
Macrocosmos, por sua vez em relação sincrónica com a Mater-Rhea, Mãe-Terra, a própria Matéria.

Nesse sentido, quando alguém pretende realizar uma prática espiritual recolhe-se no sanctum
sanctorum de si mesmo, no seu próprio imo que é a parte mais pura de cada um (“Feche-te em teu
quarto e ora a teu Pai em segredo”, Mateus 6:6). Se fazemos isso, é perfeitamente óbvio que o
fazemos por saber que o nosso melhor está no interior! Portanto, não é igualmente concebível que
analogamente o melhor do planeta (que é o corpo de manifestação do Logos, Verbo ou Vach, Ser
extraordinariamente mais evoluído identificado ao próprio Deus de um e todos os da Terra) esteja
no seu interior?

Assim, em primeira instância, podemos relacionar os diversos estados de consciência alcançados


(ou alcançáveis) na prática da meditação com os estados de consciência existentes nos Mundos
Subterrâneos, mediante a nossa maior interiorização da consciência. Por outro lado, o Homem
possui no seu Corpo Físico-Etérico, de acordo com os ensinamentos tradicionais, Sete Chakras ou
“Sóis Vitais”, através dos quais, privilegiadamente, recebe e distribui toda a energia vinda do
Cosmos por via dos Sete Luzeiros consignados pela Tradição das Idades, e mais um Oitavo Chakra,
Vibhuti, sob o Cardíaco, do qual normalmente não se fala mas que sintetiza a acção dos restantes.
Esse, mais do que qualquer outro, reflecte e relaciona as energias de todos os corpos. Também a
Terra possui 7+1 Centros Vitais aflorados ao longo da sua crosta vindo reflectir as energias do Céu e
as forças do Interior da Terra, dinamizando países, continentes e povos, demarcando uma influência
espiritual oculta, tema que mais adiante trataremos ao abordar o Sistema Geográfico Internacional e
os seus respectivos Postos Representativos. Enfim, tem-se que a relação entre o Homem e a Terra e
o seu Interior é, por sua vez, análoga, está na mais perfeita matemática da Lei da Analogia!
Acerca do analogismo inter-relacional, ele justifica-se pela constituição hierarquizada da Vida desde
o mais ínfimo atomo até ao Sistema Solar em que vivemos. Para o insigne teósofo António Castaño
Ferreira, o átomo da Ciência moderna é um verdadeiro Sistema Solar em miniatura, constituído de
um “sol” (protão), de “planetas” (electrão) e de “satélites” (neutrão) girando em torno desse mesmo
“sol”. Isso quer dizer que o átomo, ao invés de compacto, possui entre essas partículas espaços
completamente vazios de matéria (do Plano Físico). Dentro do átomo a distância relativa entre as
partículas que o constituem corresponde, com muita aproximação, à distância dos planetas do nosso
Sistema Solar em relação ao volume dos mesmos; noutros termos, um átomo, apesar de ser tão
minúsculo ao ponto de nenhum aparelho permitir ainda ao olho humano vê-lo, compreende muito
mais espaço vazio do que as partículas propriamente de matéria física. Desse modo, entre esses
espaços outras “densidades” de matérias têm o seu lugar, as quais, de acordo com os ensinamento
do Ocultismo, interpenetram a matéria física densa com graus de subtilidade cada vez maiores,
constituíndo os Planos Vital, Astral, Mental e Espiritual. Tendo em conta que o átomo é a unidade
fundamental da Vida, constituído por diversos graus de matéria, todo o Universo material e visível
está impregnado com matéria cada vez mais subtil e invisível, diferenciando-se apenas no grau
vibratório em que se encontram. Por sua vez, a hierarquização da Vida ao assumir formas ou
estruturas mais complexas, desde células, moléculas, tecidos, órgãos, sistemas, reinos, planetas,
galáxias, etc., vai permitir que nos outros Planos mais subtis o mesmo grau de hierarquização
ocorra. Dessa forma, na mesma medida que a Terra possui na sua fauna e flora uma hierarquização
de vida elemental, sub-humana (mineral, vegetal e animal) e humana, no seu interior outros reinos
ou mundos mais evoluídos e espiritualizados terão o seu lugar… Estes locais ou dimensões do
Universo, neste caso específico na Terra, é que constituiem os misteriosos Mundos Subterrâneos ou
o “Reino dos Deuses” que as diversas tradições apontam. O Globo, que é a TERRA, na verdade é
um Ser Vivo, repetimos, o qual reflete o Corpo Físico de uma Grande Entidade Cósmica chamada
Logos Planetário, tradicionalmente denominada DHYAN-CHOAN SUPERIOR, todo Ele
constituído por vários tipos de energias pelo que, assim, possui a sua anatomia oculta, indo desde a
superfície do Globo até à sua região mais profunda, com constituição exactamente proporcional à
dos diversos Planos Cósmicos.

Nesse sentido, a constituição da anatomia oculta da Terra apresenta cinco camadas das quais
podemos fazer uma descrição sumária, tal como foi revelada detalhadamente pelo Mestre JHS. De
acordo com os próprios Anais Ocultos, quando no Período Atlante deu-se o Julgamento Planetário
dessa Raça, a Humanidade mais avançada da mesma, a Sedote como lhe chama o Popul-Vuh dos
autóctones mexicanos herdeiros da Atlântida, antecipadamente recolheu-se ao interior do Globo,
onde prosseguiu a sua evolução, tendo a restante, Jiva, permanecido na superficie, dando origem
aos homens actuais. Numa primeira fase, ao interiorizar-se estabeleceu-se no que os budistas do
Ceilão chamariam de Mundo de Badagas, o qual se encontra um pouco sob a crosta de todo planeta,
cerca de 60 a 90 km de profundidade. Este Mundo de espiritualidade, civilização e cultura
superiores às da superfície, caracteriza-se, contudo, pela tónica do seu desenvolvimento
tecnológico, desde o hidráulico ao nuclear, sendo o que mais surpreende o visitante vindo da
superfície.

Desse Mundo tem-se acesso ao Mundo de Duat, onde encontram seres ainda mais espiritualizados,
os quais têm uma fisiologia semelhante à do homem da superfície, este que, se lhe for permitido o
acesso, pode penetrar directamente em Badagas. Se tiver o privilégio de se deslocar a Duat, terá de
passar por um período de treino e preparação de cerca de três meses em Badagas, para o seu corpo
físico não sofrer perturbações. Em Duat, o que mais impressiona são as Bibliotecas onde se
encontra toda a produção literária e artística significativa criada pelo Homem. É aqui que encontra a
categoria dos Devas Lipikas (“Anjos Escribas”), Manu – Yama – Karuna – Astaroth, que registam
todos os actos, pensamentos e palavras da Humanidade no Livro do Kamapa, como Senhores do
Karma Planetário.
Mais interiorizado ainda, encontra-se o Reino de Agharta com as suas sete Cidades ou Cantões
governadas pelos benditos Reis de Edon ou do Éden. Aí reina a Sinarquia Universal e a Paz
estabelecida e actuante. A Ordem Divina e a Harmonia são as notas mais salientes. Como se fora
um Oitavo Chakra, a Oitava Cidade é Shamballah, governada pelo Rei do Mundo, o Soberano
Supremo, o Eterno Jovem das Dezasseis Primaveras. Esse é o Mundo do Silêncio Móvel, onde só
aquele que por direito próprio tem assento no Conselho do Rei dos Reis, pode morar. Daí o dizer-se
que é a Morada dos Deuses, a Cidade dos Imortais.

Portanto, conclui-se que a ligação com os Mundos Subterrâneos é selectiva consoante o grau de
evolução espiritual do discípulo, reafirmando, mais uma vez, o carácter, a importância e a
necessidade de uma disciplina iniciática, “pois muitos são os chamados e poucos os escolhidos”. No
entanto, o Mestre JHS, com a autoridade que possuía, delegou estes conhecimentos publicamente –
antecipadamente selecionados no que devia e não devia dizer-se – por ter chegado o momento de
levantar ponto do véu do que até então era absolutamente segredo irrevelável, proibido até com
sanção de morte, de que a História dá notícia. Assim, coloca-se a questão: se sempre existiu
secretismo cerrado acerca de tais conhecimentos, qual é então a importância dos Mundos
Subterrâneos relativamente à Humanidade?

O conhecimento e divulgação da existência dos Mundos Subterrâneos é indispensável, pois no


contexto dos acontecimentos presentes e vindouros que já se pressentem por toda a parte do Globo,
os seres interiorizados terão um papel fundamental a desempenhar na Face da Terra, como seja a do
Bem, o Bom e o Belo, em última instância, a verdadeira Sinarquia ou Concórdia Universal dos
Povos possa se implantar no Mundo, para isso sendo necessário criar condições profícuas e
harmoniosas no Género Humano para que finalmente o Divino se manifeste ou concretize, ou
sejam, se manifeste a Nação Aghartina sobre a Terra. O Espírito não se manifesta e tampouco se une
à matéria impura. Para a purificação desta, o Professor Henrique José de Souza legou toda a sua
Instituição e Obra a favor da regeneração mental e moral da Humanidade, no sentido de lançar a
terreno fértil as boas sementes afim de criar novas ideias, nova condição de vida, capacitando os
seus discípulos e demais seres humanos para novos métodos de acção e de encarar os problemas de
forma diversa da usual tão falha em si mesma. Como tal, para que a intenção da sua Obra dedicada
à Humanidade ficasse vincada e não restassem dúvidas, ao fundar a Sociedade Teosófica Brasileira
deixou registada em “letras de ouro” a frase que da mesma é o lema:

Spes messis in semine

(A esperança da colheita reside na semente)

O BRASIL E A SUA MISSÃO ESPIRITUAL

No sentido de conseguirmos avançar sobre a importância e missão do Brasil no Mundo, será


necessário contextualizar previamente o leitor acerca da “ascensão e declínio das civilizações”,
segundo a expressão utilizada por Jinarajadasa na sua obra Fundamentos da Teosofia. De acordo
com os Anais Ocultos onde se vaza a História Oculta, aspecto da Antropogénese como ramo
fundamental da Teosofia, antes da nossa civilização actual existir, denominada como
Raça/Civilização Ariana, existiram quatro Raças anteriores as quais a Tradição designou como
Polar, Hiperbórea, Lemuriana e Atlante. Não querendo ser exautivo no fascinante escrutínio de cada
uma dessas Raças/Civilizações, e de modo a centralizar o discurso no tema, é a partir da Raça
Atlante que tudo tem o seu ponto de partída, independentemente daqueles que considerem o assunto
apenas um mito, um devaneio ou mera quimera. No entanto, apesar de aparentemente não existirem
quaisquer antecedentes históricos quanto à Atlântida, o que as investigações antropológicas e
arqueológicas têm contradito, as referências abundam nos escritos da Antiguidade e os testemunhos
estão patentes nas tradições arcaicas, apesar da maioria dos cientistas “oficiais” teimarem em
ignorar com desdém preconceituoso os fundamentos dessas lendas e narrativas ao par dos vestígios
indeléveis que sobrevivem um pouco por toda a parte da orla europeia, mediterrânea e africana. Um
dos documentos mais famosos e expressivos é-nos dado pelo filósofo Platão, na sua obra Timeu, e
podemos ainda recolher elementos em inúmeras outras fontes. Já na Odisseia, Homero faz
referência ao continente desaparecido. Encontram-se também alusões em Hesíodo, Solon, Estrabão,
Deodoro da Sicília e em muitos outros. Aelian, por exemplo (in Varia Historia), diz que Theopoupus
(400 anos a.C.) recorda um encontro entre o rei da Frigia e Silenus, no qual este comenta e
existência de um grande continente chamado Atlântida, maior do que a Ásia, Europa e Líbia juntas.
Com a riqueza e a diversidade das fontes folclóricas e etnográficas que possuímos hoje, sabemos
que a tradição da Atlântida foi uma constante mantida entre os celtas da Europa, os toltecas do
México, os índios da América do Norte e do Sul e muitos outros povos da Antiguidade.

Misteriosa pirâmide na Ilha do Pico, Açores

Como indicámos, a Atlântida teve as suas origens na civilização precedente, ou seja, a da Lemúria,
o verdadeiro berço da Raça Humana, a qual foi quase totalmente submersa por cataclismos
vulcânicos. Das profundas convulsões que abalaram esse continente ou dwipa, como afere a
tradição hindu, resultou que parte do continente se afundou, outra parte emergiu e certas porções
mantiveram-se incólumes, dando assim forma ao antigo continente de MU, onde se veio a instalar e
desenvolver a civilização da quarta Raça-Mãe, a Raça Atlante. De acordo com os Arquivos Ocultos,
a Atlântida era conhecida como Kusha e abrangia um vasto território geográfico. Compreendia o
Norte da Ásia e quase toda a costa ocidental das Américas. A Sul, estendia-se pela Índia, Ceilão,
Birmânia e Malásia. A Oeste, abrangia a Pérsia, a Arábia, a Síria, a Abissínia e as regiões banhadas
pela bacia do Mediterrâneo. Da Escócia e da Irlanda projectava-se sobre a região onde hoje se situa
o Oceano Atlântico e grande parte da costa ocidental da América. Assim, os primeiros atlantes
originaram-se das últimas sub-raças da Lemúria e surgiram há cerca de oito milhões de anos, na
segunda metade da Era Secundária. Após o acentuado grau de declínio civilizacional, as Forças
Ocultas manifestaram-se em auxílio da Humanidade sobrevivente. A grande Entidade orientadora
da quarta Raça-Mãe, cuja função é designada na nomenclatura védica por Manu, seleccionou então
os remanescentes lemurianos mais desenvolvidos, física, moral e mentalmente, e conduziu-os para
o Norte, para uma região a que a Tradição Iniciática dá o nome de Terra Sagrada, onde foram
preparados para se tornarem a semente das sete sub-raças da Atlântida – Rmoahls, Tlavatlis,
Toltecas, Turânios, Semitas, Akádios e Mongóis. O Homem Atlante, nas suas caracteristicas
particulares, desenvolveu a mente, no entanto, o animismo nele ainda era muito intenso, o que levou
a sua mente em evolução a sofrer um impacto do corpo de desejos, psíquico ou astral. Daí resultou
o kama-manas, a mente ligada às emoções, gerador do egoísmo, da malícia e a astúcia,
características dos meados do último terço da Época Atlante e causadora de toda a degradação e
decadência dessa civilização que, infelizmente, perduram até hoje. Assim, com os diversos
cataclismos e submersão da Atlântida (hoje sepultada no Oceano Atlântico, de que sobejam
geologicamente os pontos ou picos das suas montanhas mais altas, como sejam os Açores, a
Madeira, as Canárias e Cabo Verde), uma das sete sub-raças seria a principal sobrevivente e
criadora da nova Raça/Civilização. De todas as sub-raças atlantes, foi a sub-raça Semita a mais
importante na evolução da espécie, por ter desenvolvido e utilizado, por um lado, o primeiro
gérmen da qualidade que distingue o Homem, ou seja, o Pensamento, e por outro, porque seria a
raça eleita para constituir a “semente da Raça futura”, que veio a ser a Raça/Civilização Ariana da
qual todos somos partes integrantes.

De acordo com A Doutrina Secreta, algo de soberbo ocorreu com essa “raça eleita”. Com efeito, há
cerca de um milhão de anos, Vaisvasvata (o Noé biblico), o Manu da Raça Ariana ou Ária,
seleccionou da sub-raça semita os grupos humanos que deveriam originar a Raça Ária e conduziu-
os para a grande extensão das estepes da Ásia Central, onde hoje se situa o deserto de Gobi.
Segundo os Anais Esotéricos, uma primeira migração atravessou a cordilheira dos Himalaias há
cerca de 850.000 anos, difundindo-se pelo Norte da Índia que ficou conhecida como Aryavartha,
vindo a constituir-se na primeira sub-raça ariana.

A designação “ariana” deriva da tribo hindu-himalaia dos árias, que significativamente estavam sob
a influência do signo de Áries, o Carneiro, sob o qual nasceu a referida Raça. Razão para o carneiro
ou cordeiro ser ainda hoje cultuado em várias tradições religiosas do mundo, assim mantendo,
mesmo que apenas simbolicamente, a memória das origens ocultas da civilização actual. Como na
anterior Atlante, na Raça/Civilização Ariana sucederam-se diversas sub-raças, que podemos
sintetizar no quadro seguinte:

Deste modo, pelo que se expõe no quadro, no actual momento da História da Humanidade
predomina a 5.ª sub-raça Teutónica ou Germânica desta 5.ª Raça-Mãe Ária, nome este que não
provém só dos ários da Índia primitiva como também, como já disse, de Áries, o Carneiro, cujo
pendão RAMA ou RAM fincou junto às margens do Eufrates, e sob cujo signo se iniciou o
desenrolar da marcha civilizadora desta Grande Raça sob a égide do Dhyani-Agnisvatta ou Arcanjo
Tutelar ARIEL ou AURIEL, do qual o Manu VAIVASVATA era uma “Projecção Deífica” como
“Leão de Deus” (Leão de Fogo), como se infere do cabalístico Shem-Ha-Mephorash, a “Divisão
dos Nomes de Deus”. Portanto, como o nascimento e formação de cada raça está naturalmente
associado a um ponto geográfico específico, saindo ela do melhor da raça anterior e sempre
desenvolvendo a civilização de leste para oeste, como é consabido do mais elementar da
antropologia social, apercebe-se perfeitamente que só poderá o quinto continente americano o berço
de uma nova civilização dentro da Grande Civilização Ária. De acordo com a nomenclatura
teosófica utilizada pelo Professor Henrique José de Souza, as raças futuras estarão igualmente
relacionadas, como não podia deixar de ser, ao desenvolvimento das faculdades cognitivas
superiores, como sejam o Manas Superior (Causal – 5.º Princípio) e o Búdhico (6.º Princípio) para a
6.ª sub-raça, portanto, Budhi-Manas com isso associando-se à 6.ª Raça-Mãe Bimânica, e o Manas
Superior, Búdhico e Átmico (7.º Princípio) para a 7.ª sub-raça, que por ser dotada de Atma-Budhi-
Manas se associa como semente ou gérmen à 7.ª Raça-Mãe Atabimânica, com que finalizará a
actual 4.ª Ronda da Terra.

Assim, de acordo com o Mestre JHS, não só na perspectiva da História profana mas principalmente
na da História Iniciática, o Brasil será, portanto, o bojo cíclico da 7.ª sub-raça ariana, mas também
da 6.ª já que a América do Norte fracassou na sua Missão Manúsica nos inícios dos anos 50 do
século passado, ao atentar contra “la Hacienda de los Adeptos de El Moro”, Novo México, onde nas
suas proximidades detonou artefactos atómicos que abalaram severamente esse Posto
Representativo por fora e por dentro, obrigando à retirada dos Adeptos, isso apesar de todos os
avisos em contrário antecipadamente dirigidos pelo Governo Oculto do Mundo ao Governo dos
Estados Unidos, assim passando os direitos espirituais e humanos da 6.ª sub-raça para o Brasil, para
a região de Mato Grosso, doravante ficando o Norte-América “Viúvo dos Deuses”, passando a
dominar completamente a natureza Jiva com a ausência total de Jivatma.

A brasílica Raça Dourada (empalidecimento da epiderme) do Futuro já hoje está sendo gerada
sobretudo pela fusão psico-consanguínea do Ibero-Europeu com o Inca-Tupi-Guarani, sobretudo
devido ao Sangue Português ser uma mescla do sangue das raças de quase todo o mundo, excepto a
americana, e o Sangue Inca-Tupi-Guarani ser uma síntese harmónica do Sangue Norte-Centro-Sul
da América, pelo que de facto poderá se considerar que da fusão dessas duas essências vitais
resultará a vindoura RAÇA UNIVERSAL, ou seja, a IBERO-AMERÍNDIA, ou, mais
particularmente, a LUSO-BRASILEIRA, trazendo consigo as 6.ª e 7.ª sub-raças manifestadas em
simultâneo o que lhe confere a condição de GÉMEA, tal e qual os 6.º e 7.º estados de Consciência
agirem junto e nunca em separado, o que igualmente acontecerá, no plano antropogenético, com a
aparição conjunta das referidas sub-raças, uma já semeada em Portugal e outra por fecundar no
Brasil, e eis aqui a Pátria-Gémea qual Sol e Lua à dianteira dos destinos da Humanidade. A esta
extraordinária relação e fusão de raças na construção do Futuro, o Venerável Mestre JHS apelidou,
no seu sentido iniciático, de MISSÃO Y, ou a do Itinerário da Mónada Peregrina desde o Extremo-
Oriente ao Extremo-Ocidente, o Ex Occidens Lux!

A MISSÃO Y de maneira alguma pode se interpretar como devaneio místico, pois é facto
sustentado cientificamente tanto pela História como pela Sociologia e a Antropologia, podendo
unicamente divergir as nomenclaturas mas não os factos, além de se sustentar em tradições
milenares atravessando toda a Ásia e Extremo-Oriente, como se tem no exemplo flagrante do
Budha Maitreya (que por sua tez branca e por apontar o Oeste como lugar da sua futura
manifestação, é igualmente denominado de Budha Branco do Ocidente), na transferência da
Autoridade Espiritual do Oriente para o Ocidente em 1924, no momento em que J.H.S. fundava em
Niterói Dhâranâ – Sociedade Cultural-Espiritualista, “Quinta Rama das Confrarias Budistas do
Norte da Índia e Oeste do Tibete” (Missão da 7.ª Sub-Raça), antecipado pelo Movimento Teosófico
na pessoa de H.P.B., fundado em Nova York em 1875 (Missão da 6.ª Sub-Raça), e a sua missão
delegada pelos Excelsos Mahatmas, bem como ainda a derradeira presença do Governo Oculto do
Mundo até 1921 instalado em Urga, antiga capital da Mongólia, representado por Bogdo-Gheghen,
31.º Budha-Vivo da Mongólia que tinha como Colunas Vivas um Chefe Espiritual, o Teshu-Lama,
em Shingatse, e um Chefe Temporal, o Dalai-Lama, em Lhasa, facto corroborado pelo relato do
viajante Ferdinand Ossendowski na sua obra anteriormente citada, adiantando que se mudariam
para as terras do Ocidente. Todos esses acontecimentos no fundo justificam que os antigos valores
presentes no Oriente pós-atlante, seriam doravante retornados à sua origem no Ocidente pré-atlante.
É nas palavras do Engº. Cícero de Faria, uma das Colunas – por morte da Coluna TAG – do
Professor Henrique José de Souza, deixadas na sua obra O Sexto Sentido, que entendemos melhor o
assunto em pauta:

“Descrevendo minuciosamente as suas aventuras através da Sibéria e da Mongólia, sem falar no


Tibete onde não conseguiu internar-se, para alcançar a Manchúria, diz também muito claramente o
que sejam essas Entidades que lá se asilavam durante o período do Ex Oriens Lux, mas que com o
transcurso dos primórdios da Raça Sintética que deve florescer nesta parte continental do nosso
Globo, transferem para a mesma as suas potencialidades, fazendo o introito da sua acção, no
desenvolvimento do Grande Plano que passa a denominar-se Ex Occidens Lux.

“Nessa empolgante produção literária que consagrou o cientista e sociólogo Ferdinand


Ossendowski como uma celebridade mundial, ele narra as suas aventuras através da Sibéria asiática,
da Mongólia, do Tibete e da Manchúria, descrevendo factos e não ficções imaginárias ocorridos
naquelas regiões, que actualmente só vivem das tradições de um Passado seguramente com milhares
de anos, mas dentro das quais se encontram ensinamentos extraordinários que se relacionam com o
Governo Oculto do Mundo, como podem ser facilmente deduzidos pelos que lerem com atenção o
que se contém nas páginas preciosas desse livro.

“Entre esses ensinamentos permitam que destaque como tema de estudo, para os que se dedicam
lealmente ao trabalho de consulta a arquivos preciosos de tal natureza, aquele que se refere ao
Budha Vivo do Oriente que, por ser o trigésimo primeiro da sua dinastia, passava então a ser
também o último com direito a agir no mesmo Oriente, demonstrando claramente que o seu papel
estava encerrando naquela parte geográfica do Globo, que lentamente tende para o seu
aniquilamento, enquanto outras civilizações surgem no hemisfério oposto, para onde naturalmente
deverão ter sido transferidas as funções do Budha Vivo, porque, como bem disse o Sr.
Ossendowski, o ‘Budha Vivo não morre’.”

GEOGRAFIA SAGRADA DO BRASIL E O SISTEMA GEOGRÁFICO INTERNACIONAL


Predestinado ao Advento do Budha Maitreya ou Cristo de Aquarius, o Brasil ficou com a missão
espiritual de preparar as novas raças, nomeadamente a 6.ª e 7.ª sub-raças arianas, destinadas ao
florescimento de uma nova civilização. Além disso, como ficou demonstrado anteriormente, o
Governo Oculto do Mundo (G.O.M.) ao transferir-se para esse Extremo-Ocidental geográfico,
haveria de ter como consequência imediata o surgimento da Instituição e Obra (I.O.) do Venerável
Mestre JHS, delegado pelo mesmo Governo. Neste sentido, todo o empreendimento não foi
aleatório e respeitou todo um conjunto de preceitos e labores iniciáticos, consignados pela Tradição,
com fins humanistas e universalistas no sentido da Evolução, sempre se precavendo e desviando de
cultos animistas e de seitas psicoafectivas, tão próprias dos conturbados tempos modernos saudosas
do passado morto em detrimento do mental vivo, este que é o verdadeiro e único instrumento capaz
de impulsionar avante a Evolução da Humanidade.

Ao dar tal impulso evolucional, o Professor Henrique José de Souza – o Mestre JHS ou Senhor El
Rike, o “Sol do Segundo Trono” – revelou um conjunto de segredos iniciáticos envolvendo a
anatomia e fisiologia ocultas do planeta (Mundos Subterrâneos), indicando a localização dos
Centros Vitais da Terra com o intuito de os dinamizar espiritualmente, entrando na frequência dos
mesmos, e assim contribuir positivamente no aumento vibracional de todo o orbe, indo isso refletir-
se ocultamente nos destinos da Humanidade, no sentido de prosseguir dentro da Lei de Evolução
conformada ao Novo Ciclo de Aquarius. Para colocar todo esse propósito em marcha, igualmente
estabeleceu uma Geografia Sagrada destacando determinados pontos do Brasil, sempre baseado nos
mais rigorosos cânones da Tradição Primordial, afinal sendo a Tradição de Agharta morada do Rei
do Mundo, como muito bem diz René Guénon. Ora, de acordo com a Tradição Iniciática das Idades
que afirma a existência de Shamballah à Face da Terra outrora onde hoje existe o Deserto de Gobi,
na Mongólia Interior (mantendo-se a sua projecção actualmente aí, mas somente no Plano Físico
Etérico), o Mestre JHS estabeleceria o seu reflexo ou representação no Plano Físico Denso,
exactamente em São Lourenço de Minas Gerais do Sul do Brasil. Isso significava, esotericamente,
que o G.O.M. se trasladara “subterraneamente” do TIBETE para o BRASIL e aí tendo a sua
expressão viva.

Acrescente-se que o G.O.M. encabeçado pelo Rei do Mundo, Chakravarti ou Melkitsedek, na sua
constituição orgânica possui dúplice expressão: Governo Temporal do Mundo (para Melki, que
traduzido do hebreu significa “Rei”), e Governo Espiritual do Mundo (para Tsedek, “Sacerdote”).
Tem-se, pois, o Planetário da Ronda na função de Rei Divino (Maha-Rishi) na cúspide da
Hierarquia Planetária. Conforme as Revelações do Venerável Mestre JHS, até 1921 o Governo
Espiritual do Mundo situava-se “além do Himalaia”, no Templo Jina de JARA-LAGPA ou JARA-
KHAN-LHAGPA, a sua Sede Central, sendo representado por Brahmatma – Mahima – Mohima,
títulos das respectivas funções de RIGDEN-DJYEPO (“Rei dos Jivas”, Andrógino – Mercúrio),
POLIDORUS INSURENUS (Masculino – Sol) e MAMA-SHAIB (Feminino – Lua), tendo se
transferido para o Ocidente, para a brasílica Taba Jina de São Lourenço de Minas Gerais,
instalando-se no MEKA-TULAN, a região interna ou badagas do seu Sistema Geográfico, daí
passando a governar os destinos imediatos do Mundo.

Por seu lado, o Governo Temporal do Mundo ou a parte física da mesma Trindade Aghartina sob os
nomes AKTALAYA, AKGORGE e AKDORGE, ou antes, AKDORGE, AKADIR e KADIR,
Colunas daquele, acaba se dirigindo do Ocidente (ARA-KUNDA, Mato Grosso) para o Oriente
(JARA-LAGPA, Cachemira), indo se instalar nos lugares desocupados pelos Monarcas anteriores,
passando a ter funções temporais face às espirituais daqueles, até ao dia do regresso desses “Três
Reis do Oriente” às plagas do Ocidente.

Assim, com o início da ERA DO ESPÍRITO SANTO, em 24 de Fevereiro de 1954, o Governo


Temporal do Mundo transferiu-se para o interior do RONCADOR (Norte do Brasil), e o Governo
Espiritual do Mundo iria de vez para o Sul do Brasil, instalando-se no escrínio de SÃO
LOURENÇO.

Foi assim que a partir de São Lourenço (Minas Gerais), para que o Governo Oculto do Mundo
repercutisse sensivelmente na Face na Terra desde esse país-continente, seriam delimitadas duas
outras balizas geográficas indo configurar um imenso triângulo no mapa sagrado do Brasil, como
sejam Nova Xavantina (Mato Grosso) e a Ilha de Itaparica (São Salvador da Bahia), assim se
constituindo um Delta de Realização Divina (Theotrim, “Deus Trino em acção”), em cada qual um
Templo consagrado à Obra do Eterno na Face da Terra, em contínua actividade templária criando o
ambiente necessário ao ambicionado dealbar do Grande Dia de Maitreya e a consequente definitiva
Vitória da Obra de Deus… o que depende inteiramente de todos os discípulos de Aquarius, muito
particular e especialmente de quantos estão ingressos às fileiras de JHS.

As razões ocultas para a escolha desses locais pelo Mestre JHS, mais uma vez, não foram aleatórias
e nem de conveniência prática-utilitária, mas sim pela importância histórica e geográfica dos
mesmos já de si propícios a repercutir sobre o Globo as Forças Celestes e Terrestres canalizadas e
orientadas no Trabalho Espiritual ou Teúrgico em realização. Assim, duas linhas de forças
intimamente relacionadas a essa triangulação demarcam e sacralizam todo esse espaço em guisa de
constituir verdadeira “Terra Santa”, nomeadamente entre o Paralelo 15 ao Norte, e a Latitude Sul,
nos 22 para 23 graus do Trópico de Capricórnio (Capris, Cumara). Conforme a Fala de JHS, toda a
região Norte do Brasil, cujo Paralelo 15 atravessa a zona do Planalto Central de Goiás, onde se
fundaria a actual capital do país, Brasília, está sob a influência vitalizadora de KUNDALINI, o
“Fogo Quente Terrestre”, aí todo o Norte é VERMELHO FOGO até ao ponto meridiano ou
separador que é a BAHIA, e desta para o Sul, é todo VERDE como FOHAT, o “Fogo Frio Celeste”,
descendido do Céu à Terra, até ao Rio Grande do Sul. Cada Templo fundado – a instâncias do
próprio JHS – nestes três pontos geoestratégicos, tinham (e têm) determinadas funções específicas
para a concretização do Grande Projecto Teosófico-Sinárquico da então Sociedade Teosófica
Brasileira, e para a sua consecução respeitaram e seguiram as necessárias regras tradicionais à luz
do Conhecimento Hermético, como não podia deixar de ser, de maneira que está em cima se reflita
no que está em baixo, e vice-versa, num perfeito retrato da representação não apenas dos Céus mas
também dos Mundos Subterrâneos, representados por determinadas Fraternidades Jinas aí instaladas
aí instaladas pelo melhor dos Jivas. Ademais, em cada Templo consagrado a uma Divindade ou
Entidade Espiritual, vibra uma das três qualidades subtis da matéria, conhecidas como Gunas, com
que se revestem as Três Hipóstases Divinas (Pai-Mãe-Filho) na sua manifestação, cada qual
representada por um Tronco da Ordem do Santo Graal. Muito mais poderíamos dizer acerca dos
mistérios e relações ocultas destes Templos mas não desejamos saturar o caríssimo leitor que, aliás,
poderá obter mais informações noutros estudos entretanto editados com a chancela da Comunidade
Teúrgica Portuguesa. De modo que podemos sintetizar toda esta extraordinária Teurgia do Mestre
JHS no quadro seguinte:

Estabelecido o geográfico Triângulo Mágico, verdadeira Coroa Mística ou cabalística da Obra, o


plano desta Geografia Sagrada só ficaria completo na plasmação e dinamização das restantes
Esferas, Sefiras ou Chakras desta nossa Terra, para sua maior elevação vibracional e,
consequentemente, espiritual, como se de uma verdadeira Árvore Sefirótica se tratasse (e no fundo
o é nos contornos da Anatomia do Logos). Estamos obviamente a referir-nos ao misterioso
SISTEMA GEOGRÁFICO INTERNACIONAL, inédito concebido e revelado por JHS após o
visitar ponto a ponto na sua misteriosa Viagem do Brasil ao Norte da Índia quando tinha dezasseis
primaveras, em 1899-1900, exclusivo levando ao seu entendimento mais profundo unicamente
pelos que integram esta Obra Divina.

De acordo com o já exposto, relativamente à íntima relação analógica do Homem e a Terra, convirá
agora especificar determinados conceitos teosóficos acerca o assunto, sem os quais a sua
compreensão torna-se indigesta. Tal como a Alma Humana é símile da Alma Planetária, esta
constitui-se de dois aspectos, a saber: uma estrutura etéreo-psíquica (KAMA-LINGA), que
acompanha toda a evolução somática do Globo durante a Cadeia, como igualmente do Homem
fisico, do berço à tumba; e uma estrutura psicomental (KAMA-MANAS), base do pensamento
objectivo e da emotividade do Logos de Bhumi (nome tradicional do planeta Terra) e do Jiva (nome
tradicional do homem comum) como Microcosmo daquele, o Macrocosmo. Por sua vez, Kama-
Linga é a estrutura que serve de molde, refinamento e aperfeiçoamento das formas visíveis e
tangíveis, levando-as à subtilização gradual pelo processo de transformação da vida-energia em
vida-consciência, quer no Logos, quer no Homem. Da mesma forma, Kama-Manas é a estrutura
servindo de veículo à manifestação física, visível e tangível, das Consciências Superiores na Terra,
como Vestes Avatáricas acrescidas do Eterno, ou seja, o seu prolongamento e testemunho sobre o
Globo face à Humanidade. Significa isto que as duas estruturas vão relacionar-se com o nómeno e
consequente fenómeno do aspecto físico da Vida, reflectindo-se nos biótipos humanos, as Raças, e
no aspecto espiritual da mesma Vida reflectindo-se nas respectivas manifestações das Mónadas no
seu processo evolutivo. Na linguagem iniciática, diz-se que Kama-Linga perfaz o desenvolvimento
Prakritico ou Material expandindo-se de Oriente para Ocidente (impulsionando o desenvolvimento
e movimento das Raças na mesma direcção), enquanto Kama-Manas elabora o desenvolvimento
Purúshico ou Espiritual de Norte para Sul (impulsionando a manifestação das Mónadas Peregrinas).
Para que esse processo aconteça eficazmente em harmonia dinâmica com a Lei dos Ciclos de
Manifestação demarcados pela Matemática da Natureza, existem no Globo Bhumi pontos de
intercepção dessas duas Forças, Prakrítica (Este-Oeste) e Purúshica (Norte-Sul), que caracterizam e
definem os chamados Sistemas Geográficos Nacionais nos quais a Mónada evoluinte se manifesta
em conformidade ao estágio evolucional da Raça inscrita no itinerário da sua peregrinação, o
chamado Itinerário de Io com os seus Postos Representativos, esses os Sistemas Nacionais Psico-
Geoestratégicos bem demarcados como sete mais um, no todo perfazendo o SISTEMA
GEOGRÁFICO INTERNACIONAL.

Ainda assim, o caríssimo leitor poderá perguntar por que razão é tão importante esse Sistema
Geográfico Internacional? Pela exposição anterior do que descrevem os Anais Ocultos da História
da Humanidade, verificámos que a actual Civilização Ariana já teve de cinco sub-raças formadas ao
longo dos milénios, e que estamos a caminho da sexta e sétima sub-raças. Todavia, para que se
formassem anteriormente essas raças, tiveram de existir Núcleos Raciais, pontos centrais de origem
e expansão das mesmas, constituídos pelo escol humano melhor preparado biológica e psico-
espiritualmente em conformidade à Lei de Evolução, de modo a que partir deles se chegasse ao que
hoje conhecemos delas nos padrões de civilização, cultura e espiritualidade. Para esse efeito, foram
assim constituídos, logo a partir do início da Raça Ariana, os Sistemas Geográficos. Está nisso a
razão oculta de ainda hoje determinados lugares de presença humana antiquíssima do Globo serem
grandes pólos de irresistível atracção para o comum das gentes, mais que se devendo ao aspecto
cultural ao seu halo místico envolvente desde o Passado mais remoto. Também por este motivo
oculto das Terrae Sancta entraram em cena determinadas Fraternidades ou Colégios Iniciáticos
locais constituídos ao longo da História da Civilização, os quais não deixaram de ser a
representação na Face da Terra dos Centros Vitais (CHAKRAS) fixos no Mundo de AGHARTA,
Núcleos catalisadores universais que se condicionam como PLEXOS, em conformidade com a Lei
Orgânica do Globo, no Mundo de DUAT, onde formam PRAMANTHAS (Eixos móveis
girocêntricos da manifestação cíclica da Substância, da Consciência e da Vida), autênticos PLEXOS
do Corpo do Logos Planetário exteriorizando-se pelas suas respectivas GLÂNDULAS dispostas
estrategicamente no organismo do Mundo de BADAGAS, sendo dinamizadas, animadas
psicomentalmente, pelo sistema nevro-sanguíneo discorrendo como energia hidrotelúrica captada,
canalizada e projectada pelos Adeptos dos Postos Representativos ou Fraternidades Ocultas que têm
sempre “cara-metade” sobre o Mundo e no Submundo, em Badagas, cujo alter-ego é DUAT, o
Mundo dos Seres Viventes.
Assim, é possível entender que se estando em pleno processo de formação das novas raças do
Futuro, isso implica naturalmente a necessidade da dinamização espiritual, mental, emocional e
física do Sistema Geográfico conformado ao momento presente da Evolução Planetária criando as
oportunidades de futuras evoluções. Nessa situação encontra-se hoje o Sistema Geográfico
Português gerando as condições para a formação e manifestação futura do Sistema Geográfico
Brasileiro. Assim, também, compreendemos que para a formação e povoamento de um novo
Sistema Geográfico, de um novo Eixo de Evolução, sejam mobilizadas as Mónadas mais aptas no
sentido de constituírem novas raças. É aqui que o PRAMANTHA, como se referiu antes, ganha
relevância destacada, termo invocando a nossa atenção para se entender a delicadeza do tema. De
acordo com o Glossário Teosófico de Helena Petrovna Blavatsky, Pramantha significa “acessório
para produzir o Fogo Sagrado através da fricção. Os paus utilizados pelos brahmanes para acender o
Fogo através da fricção [com um de dois aranís]”. No entanto, esse acto de acender o Fogo Sagrado
é alegórico, refere-se ao sentido oculto da evolução dos ciclos da Consciência e da Vida com os
seus dois pólos energéticos mantenedores da Existência, FOHAT e KUNDALINI (que se acham
unidos no Mundo da Balança, o DUAT). A haste vertical simboliza a natureza masculina – o
Trabalho de Agharta para a Face da Terra; a haste horizontal, a feminina – o Trabalho de Agharta na
Face da Terra. Masculino-Feminino entrosados em Cruz, assim configurando o símbolo da CRUZ
JAINA, JINA ou a SWÁSTIKA.

O conceito de Pramantha possui três importantes expressões interligadas, a saber:

l.ª – O PRAMANTHA-DHARMA (CAUSA). Constitui-se das Sete Hierarquias Criadoras


Universais actuando pelas Sete Linhas de Adeptos Independentes constituintes da Grande
Fraternidade Branca, arquitecturando e inspirando à elaboração dos moldes evolutivos da
Humanidade vigente.

2.ª – O PRAMANTHA-KARMA (LEI). É a extensão do primeiro, designando uma Fraternidade de


Adeptos, de Homens Representativos ao serviço da Evolução e da Lei nos Três Mundos da
Manifestação (Mental, Psíquico e Físico).

3.ª – O PRAMANTHA-SAMSARA (EFEITO). É o instrumento produtor do Fogo Sagrado (AGNI


ou XADU), o qual nasce da fricção De um palo vertical (PRAMANTHA ou PITHIS) atravessando
o furo central de um disco de madeira (ARANI ou ALEF), ou seja, o PAI fecundando a MÃE dando
origem ao FILHO (AGNI, TWASHITRI ou XADU), no que se encerra o Mistério da Geração tanto
de Deuses como de Homens conforme a Criação do Terceiro Logos como Espírito Santo, cujas
iniciais formam a sacrossanta palavra P.A.X.

Esse é, pois, o Eixo Central que tudo faz mover e em volta do qual tudo se move, corporificação da
dinâmica do Rei do Mundo e da Fraternidade Branca em torno do mesmo, actuando desde o Mundo
Causal até ao Físico, sem o que não haveria Evolução. Em cada nova sub-raça em formação as
Mónadas selectas, amadurecidas, são mobilizadas para que se manifestem, tornando-se
incontornável a firmação da haste horizontal na Face da Terra. Com isso, cria-se um Novo
Pramantha tomando contornos na formação de um Sistema Geográfico, a partir do qual a Evolução
Humana é impulsionada avante. Em Portugal funcionou o CRUZEIRO MÁGICO DE MARIZ e por
se constitui o NOVIS PALUX, segundo as Revelações do Venerável Mestre JHS. Assim se trabalha
para as novas sub-raças tomarem forma, virem à luz no continente americano, muito
especificamente no sul-americano, nisto também sendo o Sistema Geográfico Internacional o Mapa
da Manifestação e Evolução das sete Raças-Mães ao longo da Ronda Planetária, conforme o
Revelador Original – JHS como Akbel ou Anupadaka-Deva. Ao se dirigir o foco de atenção e acção
para a formação do Novo Ciclo de Evolução, exigindo a intervenção de todos como
individualidades agregadas em colectividade, fica viabilizada a oportunidade de cada um puder
contribuir positivamente, ao seu modo e capacidades, de forma concreta e orientada, para tão
grandioso desiderato, mas sempre de acordo às Leis Universais.

Sabendo que o Divino Logos Criador procura o desenvolvimento e evolução de todos os Seus
aspectos de Vida manifestada, inclusive o Humano, sobretudo este como o mais apurado, a Sua
Ideação Cósmica formalizada no Pramantha, repercute desde o PLANO DA MENTE UNIVERSAL
ao PLANO DOS EFEITOS FÍSICOS, agindo pela Tónica do Luzeiro ou Logos Planetário do
momento dirigente de um Sistema de Evolução Planetária constituído por 7 Cadeias, sendo que
cada Cadeia se constitui, por sua vez, por 7 Globos onde em cada um há uma Ronda evolucional
das Ondas de Vida manifestadas. Considerando que um Sistema de Evolução Planetária compõe-se
de 7 Cadeias e cada Cadeia evolui em 7 Rondas, cada uma destas é dirigida por um Kumara, onde
também se inserem nesta Mecanogénese os Dhyanis Kumaras, Budhas e Jivas relacionados aos
Kumaras Primordiais. Assim se completa a Obra do Eterno. Esses Seres perfilam nos mais altos
escalões do Governo Oculto do Mundo, perfeito intérprete responsável pela plasmação da Ideação
Cósmica.

São os Excelsos DHYANIS-KUMARAS agindo pelos Augustos DHYANIS-BUDHAS que têm a


seu cargo despertar, na Humanidade, o Quinto Princípio, a QUINTESSÊNCIA, consubstanciada na
Mente Criadora, Superior, Filosófica e Teosófica. Por isso, Eles usam a Linguagem do Futuro no
Presente, induzindo ao raciocínio abstracto com os resultados dos mais transcendentes tirocínios.
Eles representam os 7 Ramos do Saber Humano, por isso sendo os titulares os Paradigmas
expressivos das 7 Ciências Sagradas. Conjuntamente, formam o Diadema da Sabedoria de Deus
plasmada no escrínio espiritual da Humanidade. Enfim, os DHYANIS, num esforço antecipado de
1000 anos, consignam-se ao despertar do valor integral da Mónada Humana, ou seja, ao despertar
dos estados superiores da Consciência focados em ATMA-BUDHI-MANAS que perfaz a mesma
MÓNADA ou Essência Divina. Como uma “oitava abaixo” dos DHYANIS-BUDHAS CELESTES,
estão os DHYANIS-JIVAS HUMANOS, ou MANUCHIS-BUDHAS, que são os 7 Dirigentes ou
CHOANS dos 7 Raios de Luz do Logos da Terra, recebidos e adaptados do Logos Solar, por que se
norteia a Grande Fraternidade Branca.

Ordenando, temos o DHYAN-CHOAN, depois o DHYAN-KUMARA, seguido do DHYANI-


KUMARA, seguindo-se o DHYANI-BUDHA e finalmente o DHYANI-JIVA, cada um deles sendo
Sete afim aos Sete Raios da Luz de Deus, indo formalizar-se como GRANDE FRATERNIDADE
BRANCA. Esta age geralmente incógnita ou secretamente junto da Humanidade geral através das
suas sete Linhas ou Raios, também nisto encontrando justificativa a tão incompreendida expressão
de “Deus não abandona a Sua Humanidade”.

Ainda acerca dos Dhyanis-Budhas, é natural e certo que a mais-valia no Passado é menos-valia no
presente Ciclo, conforme a Lei de Evolução, facto abarcando não apenas os homens mas igualmente
o Universo, o Cosmos e os Deuses. Um Dhyani-Budha, que compassivo e abnegado procura
reconduzir as criaturas humanas à sua Origem Divina, infundindo-lhes o incentivo à transformação
da sua vida-energia em vida-consciência, é Ele uma síntese, um conglomerado das energias sátvica,
rajásica e tamásica que se objectiva tomando forma humana, o ponto focal de um esforço a realizar
e que após consumado, acaba sendo o resultado de todas as experiências de um ciclo de
Humanidade. Deve ressalvar-se serem de natureza apuradíssima, subtilíssima essas energias que
formalizam os seus Veículos Espiritual, Psíquico e Físico, por isso mesmo chamados
tradicionalmente de Vestes Dharmakaya, Shambogakaya, Nirmanakaya, absolutamente diferentes
daquelas dos homens comuns (Manásica, Kamásica, Sharira), por isso mesmo expressando
Princípios Arquetipais Cósmicos humanizados neles, apesar de também estarem, como tudo o que
existe, sujeitos às Leis gerais da Evolução que a tudo e a todos rege. Assim, de acordo com o
Budismo Tibetano tradicional, os antigos Dhyanis-Budhas, normalmente conhecidos como os Cinco
Budhas da Meditação (na realidade sendo oito), também evoluem para o estado de Dhyanis-
Kumaras, enquanto, por sua vez, os Dhyanis-Jivas evoluem para o de Dhyanis-Budhas, e assim
sucessivamente. Segundo as Revelações do Venerável Mestre JHS, a partir de 1898-99, com o
término dos primeiros 5000 anos da Kali-Yuga, vieram à manifestação física (desde 1 a 8 de Julho
de 1900) os antigos Dhyanis-Jivas na condição nova de Dhyanis-Budhas, com isso levando ao
afastamento de funções, por Lei de Ciclicidade, dos antecessores, que assim passaram a condições
mais elevadas (Dharmakayas), passando as suas Vestes Psíquicas e Físicas a ser retificadas,
adaptadas pelas novéis Consciências directoras da Hierarquia Jiva. Em suma, processou-se o início
do NOVO PRAMANTHA A LUZIR (NOVIS PHALUX), com isso ocorrendo profundas mudanças
no seio da Hierarquia dos Mestres, a começar pela substituição gradual dos próprios Dhyanis-
Kumaras (os Sete Arcanjos conhecidos do judaico-cristianismo) que assistiram ao Antigo
Pramantha. Tudo em conformidade às directrizes promanadas de Shamballah-Agharta, Sede do
Governo Oculto do Mundo, podemos observar essa evolução hierárquica dos Dhyanis-Budhas do
seguinte modo:

Chegados a este ponto, onde se tornou necessário estabelecer os alicerces para a melhor
compreensão possível do tema pelo respeitável leitor, podemos agora pautar com conformidade a
tudo o dito a discriminação dos respectivos Postos Representativos do Sistema Geográfico
Internacional, inteiramente conformado à MISSÃO Y de acordo com as idiossincrasias da Nova Era
de Aquarius, trabalhando para a Maior Glória do DIA DE MAITREYA, para a Sua manifestação
divina como CRISTO DE AQUARIUS – tentativa outrora falhado nos antigos Sistemas
Geográficos de Jerusalém e do Tibete pelos Bhante-Jauls, os Irmãos de Pureza – assim contribuindo
decisivamente para a evolução geral da Humanidade, com o surgimento no surgimento das 6ª e 7ª
sub-raças como sementes, bijãs, das futuras 6.ª e 7.ª Raças-Mães. A Tradição Iniciática das Idades,
revelada pelo mestre JHS, aponta esses Sistemas centralizadas em determinados países, dispondo-os
e localizando-os em Montes Santos, nas palavras do Adepto Fra Diávolo, como espécies de
pedúnculos dos mesmos sob determinada influência planetária, dominando determinados Dhyanis
encabeçando as suas respectivas Fraternidades Iniciáticas Secretas, Jinas, ocultadas sob a Terra, que
se distinguem num dos sete ramos da Ciência em países específicos dentro do aro da sua poderosa
radiação. Tem-se:

Peru – Machu-Pichu
Influência planetária – Sol
Chakra – Raiz
Atributo – A Luz de Deus
Qualidade – Saber
Dhyani-Kumara – Mikael
Dhyani-Budha – Midal (António José Brasil de Souza)
Dhyani-Jiva – Serapis
Fraternidade Oculta – Ordem dos Cavaleiros do Sol
Ramo da Ciência – Alquimia, Química, Física Nuclear
Países afins – Japão e China
Sistema Geográfico Sul-Mineiro – Pouso Alto

México – Itchen-Itza
Influência planetária – Lua
Chakra – Esplénico
Atributo – O Nome de Deus
Qualidade – Beleza
Dhyani-Kumara – Gabriel
Dhyani-Budha – Samus (Bento José Brasil de Souza)
Dhyani-Jiva – Kut-Humi
Fraternidade Oculta – Ordem dos Astecas Cabalistas
Ramo da Ciência – Arte e Música
Países afins – Índia e Tibete
Sistema Geográfico Sul-Mineiro – Itanhandu

América do Norte – El Moro


Influência planetária – Marte
Chakra – Gástrico
Atributo – A Sentença de Deus
Qualidade – Bondade
Dhyani-Kumara – Samael
Dhyani-Budha – Rud (Carlos José Brasil de Souza)
Dhyani-Jiva – Morya
Fraternidade Oculta – Ordem Rosacruz
Ramo da Ciência – Política, Ética e Estética (incluindo a Arte Militar)
Países afins – Egipto, Arábia, Síria
Sistema Geográfico Sul-Mineiro – Carmo de Minas

Austrália – Sidney
Influência planetária – Mercúrio
Chakra – Cardíaco (Saturno)
Atributo – A Vontade de Deus
Qualidade – Pureza
Dhyani-Kumara – Rafael
Dhyani-Budha – Asshak (Daniel José Brasil de Souza)
Dhyani-Jiva – Hilarião
Fraternidade Oculta – Ordem de Malta
Ramo da Ciência – Mecânica, Físico-Química
Países afins – América do Norte e Rússia
Sistema Geográfico Sul-Mineiro – Maria da Fé

Portugal – Sintra
Influência planetária – Júpiter
Chakra – Laríngeo (Vénus)
Atributo – A Realização de Deus
Qualidade – Riqueza (Relíquia)
Dhyani-Kumara – Sakiel
Dhyani-Budha – Jovai (Eduardo José Brasil de Souza, Leonel da Silva Neves)
Dhyani-Jiva – São Germano
Fraternidade Oculta – Ordem de Mariz
Ramo da Ciência – História, Literatura, Linguística
Países afins – Espanha (Península Ibérica), Veneza (Europa) e Ceuta (África), incluindo ainda Goa
(Índia) e Bahia (Brasil)
Sistema Geográfico Sul-Mineiro – São Tomé das Letras

Egipto – Cairo
Influência planetária – Vénus
Chakra – Frontal (Mercúrio)
Atributo – A Expansão de Deus
Qualidade – Ventura
Dhyani-Kumara – Anael
Dhyani-Budha – Enoi (Francisco José Brasil de Souza)
Dhyani-Jiva – Nagib
Fraternidade Oculta – Ordem dos Tuaregues Azuis
Ramo da Ciência – Filosofia e Religião
Países afins – Israel e Grécia
Sistema Geográfico Sul-Mineiro – Conceição do Rio Verde

Índia – Srinagar
Influência planetária – Saturno
Chakra – Coronário (Júpiter)
Atributo – O Trono de Deus
Qualidade – Sublimação
Dhyani-Kumara – Kassiel
Dhyani-Budha – Karib (Godofredo José Brasil de Souza)
Dhyani-Jiva – Ab-Allah
Fraternidade Oculta – Maçonaria dos Traichus-Marutas (Agharta)
Ramo da Ciência – Medicina, Taumaturgia e Teurgia
Países afins – Austrália e Nova Zelândia
Sistema Geográfico Sul-Mineiro – Aiuruoca

Brasil – São Lourenço


Influência planetária – Sol Central (do Universo)
Chakra – Cardíaco Inferior (Vibhuti, Mercúrio)
Atributo – Vitória da Obra de Deus
Qualidade – Conhecimento Universal
Dhyani-Kumara – Akbel (em Henrique José de Souza)
Dhyani-Budhai – Adamita (em Helena Iracy)
Dhyani-Jiva – Jonas-Tulan (representando a 8.ª Linha Sedote)
Fraternidade Iniciática – Ordem do Santo Graal
Ramo da Ciência – Sete Ciências juntas
Países afins – Todos (Celeiro da Humanidade)
Sistema Geográfico Sul-Mineiro – São Lourenço (Coaracy)

Como vimos, além dos Sete Postos Representativos há a síntese dos mesmos como Oitavo,
assinalado no Sistema Geográfico Sul-Mineiro, formado e fundado pelo próprio Mestre JHS, que
funciona como verdadeiro Vibhuti ou “pêndulo místico” do Chacra Cardíaco, portanto, Cardíaco
Inferior, o qual tem por centro o Templo Maior da Obra do Eterno na cidade e estância hidromineral
de São Lourenço, e posto um Sistema Geográfico ser a plasmação de um Sistema Planetário, ele
vem a representar todo o Macrocosmos no Microcosmos, nisto sendo plasmação e síntese do
Sistema Geográfico Maior (Internacional, Macro), com os seus sete Postos Representativos, no
Sistema Menor (Nacional, Micro), com os respectivos Subpostos Representativos daqueles,
constituindo a Semente do Amanhã. É assim que se estabelece uma verdadeira Cadeia Teúrgica de
Fluxo e Refluxo espiritual entre os referidos Chakras Planetários, com a participação activa dos
Discípulos ou Munindras, onde um e todos coadjuvando na Evolução do Logos coadjuvam a sua
própria evolução, influenciando positivamente todas as suas hegemonias e idiossincrasias que se
reflectem no Sistema Geográfico Sul-Mineiro e também deste reflectindo-se no Internacional. É,
afinal, o Tudo no Todo e o Todo no Tudo.

Portanto, toda a HARMONIA, toda a ORDEM, toda a PAX UNIVERSAL é assegurada e


expandida pelos Sistemas Geográficos e respectivos Postos Representativos, os mesmos que
assinalam o Itinerário evolucional da Mónada Peregrina, IO ou YO, cada qual mantido
espiritualmente por uma única Individualidade (DHYANI-KUMARA), mantido psicomentalmente
por um único Individuo (DHYANI-BUDHA), e mantido fisicamente por um Grupo de
Individualidades ou Adeptos Perfeitos, como um só Corpo (DHYANI-JIVA), todos sintonizados
entre si na mesma Linha de Poderio e Potência Espiritual que os leva a interligar-se
incoercivelmente como um todo de maneira dinâmica, levando a efeito, no aro desta deografia ou
geografia sagrada, a Divina Obra que lhes cabe realizar no Plano Universal do Logos.

Cada qual destes Sete mais Um Centros de Radiação e Irradiação Planetária é um dínamo da LEI
como VIDA UNA, locomovendo como ROSA plantada no centro da CRUZ a Evolução do Globo
no aporte do ESPAÇO SEM LIMITES ao ESPAÇO COM LIMITES, para maior Glória do Reino de
Deus na Terra.

Adveniat Regnum Tuum

BIBLIOGRAFIA

Caderno Fiat Lux n.º 7 – Roberto Lucíola. pp. 33 e 37.

O Sexto Sentido e outros Estudos Teosóficos – Eduardo Cícero de Faria. Espiral Editora (2020), pp.
291-292.

A Chave da Teosofia – Helena Petrovna Blavatsky. Editora Pensamento, pp. 18, nota de rodapé.

Glossário Teosófico – Helena Petrovna Blavatsky. Editora Ground, pp. 508.

Monografias da Comunidade Teúrgica Portuguesa:

– Oedipo (10, 11).

– Manu (3, 4, 5, 17, 20, 29).

– Yama (21, 22).

– Karuna (12).

– Astaroth (51, 52, 54).

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