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XVIII Brigada
Sul-americana
de Solidariedade
a Cuba
Dedicada ao 50º aniversário
da Vitória da Praia Girón
De 24 de janeiro a 6 de fevereiro de 2011
“Trincheras de ideas valen más que
trincheras de piedras" (José Martí)
Introdução
Saudamos e agradecemos a presença de todas as pessoas na XVIII Brigada Sul-ame-
ricana de Solidariedade a Cuba. Saudamos também todas as pessoas que, de diferentes
formas, fazem solidariedade com Cuba, seu povo e a Revolução Cubana.
Cuba segue sendo referência para nós que lutamos por um mundo construído sob os
princípios da solidariedade, da cooperação, da ajuda mútua desinteressada, no qual seja
suprimida a exploração do homem sobre o homem, de uma nação sobre outra nação;
Cuba segue sendo referência e exemplo para todos os povos de que é possível se edificar
um Estado que sirva aos interesses do seu povo, e, não como instrumento de opressão
do povo.
Para quem conhece Cuba, seguimos defendendo sua revolução. Referendamos nosso
compromisso na defesa do direito à soberania e autodeterminação de Cuba. Reafirma-
mos nosso compromisso na luta contra o bloqueio econômico norte-americano e con-
tra todas as agressões perpetradas contra Cuba; da mesma forma, seguimos a campanha
internacional pela liberdade aos cinco heróis cubanos, presos injusta e ilegalmente no
coração do império.
Nas próximas páginas desta cartilhavamos mostrar como aproveitar melhor as opor-
tunidades oferecidas pela Brigada, as conquistas da Revolução Cubana e as ofensivas
cometidas contra a revolução e o povo cubano.
Saudações solidárias,
Expediente
Textos: Telma Araújo, Edison Puente, Alexandre Brandão, Robson Ceron, Mauricio
Tomasoni. Apoio editorial: Wikipédia, La Jornada, Icap, Embaixada, Dorling Kinder-
sley / Publifolha, Cuba Debate e Granma. Fotos: Alexandre Brandão
XVIII Brigada
A 18º Brigada Sul-americana de Soli-
dariedade a Cuba se realiza entre os dias
24 de janeiro a 6 de fevereiro de 2011e
é dedicada ao 50º aniversário da Vitória
da Praia Girón. Nessa oportunidade, vão
participar 107 brigadistas do Brasil.
O valor da estadia, alimentação e
transporte interno, de acordo com o paco-
te do Icap, é de 355 CUC pagos na chegada. Cada estado deve elege um representante, que por
sua vez elegem um coordenador nacional, que faz a ponte entre os organizadores da brigada e os
brigadistas, facilitando a comunicação.
Por causa do grande número de brigadistas, a direção do Icap dividiu a brigada em dois grupos
(A e B), para tornar as instalações do acampamentos mais confortáveis e apropriadas. Para a
brigada brasileira, os estados de MG, PR e RJ pertencem ao grupo A. Já os estados de SC, SP,
BA, CE, ES e o DF pertencem ao grupo B.
No final da brigada, é elaborado um documento com um ou dois representante de todos os país
participantes a fim de traçar uma rotina de trabalho de solidariedade para o ano. 7
Breve história
Datas comemorativas
Feriados
Autoridades
Fidel Castro: líder máximo da Revolução Cubana desde 1953, membro do Bureau Político.
Raúl Castro: Presidente da República de Cuba e do Conselho de Estado e de Ministro; está ao
lado de Fidel desde a fundação do Movimento 26 de Julho.
Ricardo Alarcón: Presidente do Parlamento Cubano e Vice–presidente
do Conselho de Estado.
Bruno Rodríguez Parrilha: Ministro das Relações Exteriores. Advogado
e jornalista, foi embaixador de Cuba na ONU. Antes era vice-ministro das
Relações Exteriores. Substitui Felipe Pérez Roque.
José Amado Ricardo Guerra: Secretário do Conselho de Ministros,
general de brigada substitui Carlos Lage.
Abel Prieto Jiménez: Ministro da Cultura
Ena Elsa Velásquez: Ministra da Educação
José Eduardo Martins Felício : Embaixador do Brasil em Cuba
Carlos Rafael Zamora Rodriguez: Embaixador de Cuba no Brasil – Embaixada em Brasília
Lázaro Mendez: Cônsul-geral de Cuba no Brasil - Consulado em São Paulo
Este movimento existe no Brasil através das entidades de solidariedade a Cuba e de outras
iniciativas, com o objetivo de promover o intercâmbio cultural com Cuba e fomentar a integração da
América Latina. Já foram realizados oito encontros e 18 convenções nacionais, em diferentes Estados
Brasileiros: Minas Gerais (I); São Paulo (II); Santa Catarina (III); Alagoas (IV); Rio de Janeiro (V);
Pará (VI); Ceará (VII); Minas Gerais (VIII); Rio de Janeiro (IX); Rio Grande do Sul (X); Distrito Federal
(XI); Bahia (XII); São Paulo (XIII); Pernambuco (XIV); Minas Gerais (XV); Rio de Janeiro (XVI); Santa
Catarina (XVII); Rio Grande do Sul (XVIII); a XIX Convenção será realizada em São Paulo (2011). 7
O Icap e as brigadas
Organizada pelo Instituto
Cubano de Amizade com
os Povos (Icap), a Brigada
de Solidariedade e Trabalho
Voluntário é um projeto social
que busca oferecer ao mundo
uma melhor compreensão
da realidade cubana. É uma
grande oportunidade para to-
dos os internacionalistas que
querem conhecer o processo
cubano e a forma como vive sua população.
Entre as várias atividades que são realizadas pelo Icap, a organização das brigadas internacio-
nais de trabalho voluntário é considerada uma de suas tarefas prioritárias.
Atualmente, são muitas as brigadas que vão até Cuba participar dessa atividade de solidarie-
dade: Brigada 1º de Maio (internacional); Brigada Che Guevara (Canadá); Brigada Européia José
Martí; Brigada “Pablo de la Tómente Brau” (Europa Oriental); Brigada Juan Ruis Rivera (Porto
Rico); Brigada Venceremos (Estados Unidos); Brigada Latino-americana e Caribenha de Trabalho
Voluntário; e Brigada de Luta contra o Terrorismo Midiático.
As brigadas são convocadas pelas associações de amizade, grupos de solidariedade com
Cuba, em cada país, a partir de uma proposta realizada pelo Icap que estabelece datas, tempo de
estadia e programação
As organizações de solidariedade com Cuba em cada país devem estabelecer os critérios
necessários no momento de lançar a convocatória para as inscrições à brigada, partindo da idéia
que as brigadas são uma via de manifestar a solidariedade concreta e efetiva com o povo cubano,
assim como uma forma de conhecer mais diretamente o processo revolucionário, a história, a cultu-
ra, as tradições e as conquistas sociais, além das dificuldades que a Ilha atravessa.
Com esses critérios, é importante sublinhar que as brigadas não se constituem uma maneira
de fazer turismo, o que deve ser de conhecimento de cada um dos participantes. Mas sim uma
forma de aproximação a uma realidade distinta, com a qual se vai contribuir e de lá se vai obter
experiências necessárias para prosseguir o trabalho de solidariedade com Cuba.
Programação
Como regra, as brigadas têm duração de 14 a 20 dias, em que as jornadas de trabalho são
revezadas com conferência sobre diversos temas da atualidade cubana, visita a lugares de inte-
resse histórico-social, a centros de produção ou assistenciais, visita e encontro com a população
de bairros e comunidades - o permite aos brigadistas ter um conhecimento direto das conquistas
alcançadas, da forma como se organiza a sociedade e o funcionamento das instituições cubanas.
O trabalho prático está dirigido principalmente em apoiar as atividades nas plantações de
Amistur
O Icap mantém ainda uma agência de viagens chamada “Amistur” que promove turismo espe-
cializado aos amigos de Cuba com programas sugeridos pelos clientes. Esta agência se dedica a
promover o turismo “ecosociopolítico” em toda a Ilha a preços módicos.
Acampamento
Localizado em Caimito,
cerca de 45 km da Cidade de
Havana (Província La Habana),
o acampamento é conhecito
como Cijam “Campamento In-
ternacional Julio Antonio Mella”,
em homenagem ao fundador do
Partido Comunista de Cuba.
Os alojamentos são
separados em dez prédios e
abrigam oito pessoas em quatro
beliches. Tem pequenos ar-
mários com portas sem chave.
Se quiser, cada um pode levar
cadeado e chaves. Cuidado para não extraviar as chaves.
Em cada um dos prédios tem banheiros coletivos. A água é
fria e disponível durante todo o dia. Alguns dias é disponível em
apenas algumas horas durante o dia.
O refeitório oferece café da manhã, almoço e jantar, numa
dieta simples, porém diversificada, e com muitas frutas. Tem
suco de laranja a vontade, já que a região de Caimito tem
muita produção de laranja. Há alimentação também para os
vegetarianos.
No almoço e jantar, invariavelmente, congri,
que vem a ser arroz e feijão cozidos juntos, carne
de porco, mandioca e saladas de alface e tomate,
resultado da produção local. Em caso de queda
da energia, o acampamento possui gerador
próprio.
O acampamento dispõe de um bar chamado
“La Piragua”, onde você pode consumir mini-
pizzas, refrigerante, água mineral, cerveja, rum e
drinques derivados da bebida típica de Cuba: cuba libre, daiquiri e mojito.
O Cijam conta também com uma rádio interna para a transmissão de informes, avisos e músi-
cas. Todas as manhãs os brigadistas são acordados por uma seleção musical.
É possível também ler jornais e períodos em uma biblioteca instalada no acampamento. Há
também uma loja para compra de lembranças tipicamente cubanas. O Cijam ainda tem uma central
telefônica, lan house, campo para prática esportiva, galeria de arte, sala de conferência com tradu-
ção simultânea, jardim, hortas e cofre para guardar objetos de valor.
Para cuidar dos brigadistas, se dispõe de médicos e enfermeira permanentemente no acampa-
mento, assim como serviços de emergência. 7
Informações úteis
Comunicação
A ligação telefônica em Cuba é muito cara. O mais econômico é se comunicar por e-mail,
através dos computadores que tem disponível no acampamento. Em alguns horários, no entanto, é
preciso enfrentar uma fila. Cada brigadista pode utilizar o computador por meia hora.
Se a família quiser se comunicar com o brigadista, em caso de emergência ou outra eventualidade,
é possível ligar para a central telefônica instalada no Cijam. O serviço de som avisa o brigadista quando
houver uma ligação, portanto fique sempre atento aos informes da rádio. Números: 00 xx 53 4737-9232 e
4737-5412. Também é possível realizar ligações para o Brasil. As operadoras de celular no Brasil também
têm planos caríssimos para deslocamento e ligações internacionais.
Dinheiro
Havana
Claro, que com tantas opções será necessário escolher alguns lugares para visitar. É aconse-
lhável estudar antes os locais de visita para se aproveitar melhor a oportunidade. O diário “Gran-
ma” informa ainda as principais atrações culturais e grandes eventos.
Transporte
Documentos
• Passaporte válido (a validade não pode expirar no prazo de até seis meses).
• Visto A6 emitido pelo Consulado de Cuba no Brasil (São Paulo). É fornecido pela coordenação
nacional da brigada).
• Seguro Saúde (também de (assistência-viagem) é obrigatório. Mais informação com a sua
agência de viagem.
• Comprovante fornecido pela Anvisa de vacina contra febre amarela. É obrigatória e deve ser
tomada pelo menos 10 dias antes da viagem. As pessoas vacinadas em unidades do SUS recebem
um comprovante de vacinação que é válido apenas no Brasil. Posteriormente, deverão procurar um
posto da Anvisa para conseguir o Certificado Internacional de Vacinação - CIV. Mais informação no
site da Anvisa.
• Fotocópia da passagem e passaporte por precaução. É aconselhável copiar o número do pas-
saporte, a data de expedição e a validade e o número do voo em um cartão à vista. Coloque seus
documentos em uma bolsa ou envelope, não os deixe solto na mochila ou mala.
• Foto 3x4 para a carteira de brigadista.
• Dinheiro para pagamento da taxa de embarque no retorno, em torno de 40 CUC.
Bagagem
• Para decoração: papel celofane, barbante, fita crepe, balões verde, amarelo, azul e branco, ban-
deira do Brasil e outra peças com o motivo Brasil.
• Para comida típica: feijão preto, temperos, amendoim etc. Não levar alimentos de origem animal
in natura. Pode levar carne seca fechada à vácuo.
• Para bebida típica: os brasileiros geralmente fazem caipirinha, portanto, é bom levar cachaça.
• Para apresentação cultural: CDs, DVDs, Mp3 com músicas brasileiras. Violão, pandeiro e outros
instrumentos musicais. Roupas típicas.
A Revolução Cubana
Exilado no México após o ataque ao quartel do Exército de Moncada em 2 de dezembro de
1956, Fidel Castro partiu para Cuba no iate Granma com outros 82 revolucionários, incluindo Che
Guevara.
Pegos de surpresa por um ataque das tropas de Batista, poucos conseguiram escapar para a
Sierra Maestra, onde passaram a organizar sua guerrilha.
As miseráveis condições de vida do povo e a corrupção e a repressão crescentes deram ânimo
à luta. O exército rebelde, que incluía agricultores, estudantes, mulheres e desertores do Exército
regular, derrotou as tropas de Batista após dois anos de lutas.
As etapas da guerra
O avanço de duas colunas de guerrilheiros a partir de Sierra
Maestra - uma liderada por Che Guevara e Camilo Cienfuegos
rumo a Oeste (outubro de 1958), a outra por Raúl Castro rumo a
Guantánamo - marcou o clímax da luta dos revolucionários. Após
a batalha de Santa Clara, conquistada pelas tropas de Guevara
no final de dezembro, Batista fugiu para Santo Domingo. Em 1º
de janeiro de 1959 a revolução declarou a vitória.
Os heróis da revolução
O sucesso da revolução pode ser explicado em parte pela estatura moral dos heróis que a
lideraram, em parte pela unidade do movimento - toda uma população estava determinada a obter
liberdade. Após a entrada triunfal em Havana, os líderes revolucionários receberam a incumbência
de realizar seus objetivos: reorganizar a agricultura do país, afligida pelos entraves das grandes
propriedades e da monocultura; combater o analfabetismo e o desemprego; promover a industriali-
zação; construir casas, escolas e hospitais. Fidel Castro tornou-se primeiro-ministro e Che Guevara
foi nomeado ministro da Indústria e presidente do Banco Nacional.
A revolução prosseguiu, com seus heróis e ideais.
tiago de Cuba que coincidiria com o desembarque do Granma. Mas devido ao atraso no desem-
barque a revolta foi sufocada. País morreu em Santiago em 30 de julho de 1957, numa emboscada
preparada pelo chefe da polícia.
Raúl Castro, irmão de Fidel, um dos sobreviventes do ataque ao quartel de Moncada e do
desembarque do Granma, participou da guerrilha e tornou-se membro do governo. Como ministro
da Defesa, assinou com Nikita Khruschov o tratado para instalação de mísseis nucleares em Cuba,
que levou à crise de 1962. É o atual Presidente de Cuba.
Fidel Castro, um dos estrategistas da guerrilha revolucionária. Fidel, grande orador e político,
o Líder Máximo e um patriota sem concessões, personificaram o Estado cubano. Como escreveu
Alejo Carpentier, “ele cumpriu o que José Martí havia prometido”. Nascido em 13 de agosto de
1926 em Mayarí, leste de Cuba, filho de imigrantes espanhóis, estudou com os jesuítas e graduou-
se em Direito. Começou a lutar pela causa ainda na universidade.
Guillermo García Morales foi um dos primeiros camponeses
cubanos a aderir à guerra revolucionária do Movimento 26 de Julio.
Guerrilheiro na Sierra Maestra junto com Fidel, foi nomeado Coman-
dante da Revolução por seus destacados serviços.
Célia Sánchez Manduley abraçou a causa revolucionária ainda
bem jovem e lutou na Sierra Maestra. Braço direito e companheira
de Fidel Castro, depois de 1959 ela ocupou importantes cargos
políticos. Célia Sánchez morreu de câncer em 1980, ainda jovem. 7
Atualidades
Cuba está passando por um processo de discussão interno bastante profícuo. O
debate, que vai acontecer oficialmente entre 1 de dezembro de 2010 e 28 de fevereiro
de 2011, é verdadeiramente o início do VI Congresso do Partido Comunista de Cuba
(PCC) - continuidade de um parlamento operário, camponês, estudantil e popular a
que a Revolução tem acudido muitas vezes desde sua chegada ao poder.
O documento apresentado à discussão pública é o “Projeto de Diretrizes da Polí-
tica Econômica e Social” (www.cubadebate.cu), elaborado pela Comissão de Política
Econômica do Congresso, do qual constituirá o tema principal.
O propósito do debate com a sociedade civil organizada é assegurar que de suas
propostas saia o documento definitivo que haverá de submeter-se à consideração do
máximo órgão de direção do PCC, que se realiza em abril de 2011.
Desde a Revolução, em 1959, Cuba sofre atentados terroristas. O mais conhecido, per-
petrado por Luís Posadas Carriles (que vive livre, ainda hoje, nos EUA) explodiu um avião
cubano sobre Barbados, matando 73 pessoas, em outubro de 1976.
Em meados dos anos 90, estes atentados se intensificaram, tentando atingir, sobretudo,
o setor turístico cubano. Em 1997, uma bomba matou Fabio di Selmo, um turista italiano,
hospedado no Hotel Copacabana, em Havana.
Grupos terroristas como Alpha 66 e F4 Commandos, entre outros, bem como toda a
máfia de Miami (Flórida, EUA) estavam por detrás destes atentados.
Em ato de patriotismo e humanidade, cinco cubanos (Gerardo Hernández, René Gon-
zález, Ramón Labañino, Antonio Guerrero e Fernando González) residentes nos EUA,
passaram a investigar estas organizações terroristas e informar às autoridades cubanas
sobre possíveis atentados.
Tendo em vista o compromisso formal dos EUA contra o terrorismo e, principalmente,
o fato de que os atentados terroristas poderiam atingir cidadãos estadunidenses, Cuba re-
portou às autoridades daquele país sobre as atividades daqueles grupos.
E, em setembro de 1998, os cinco jovens cubanos foram presos e acusados, entre outras
coisas, de prática de terrorismo!
Sofreram um processo judicial viciado, mesmo para os padrões jurídicos estaduniden-
ses, e manipulado pela máfia cubana. Sem qualquer prova, desobedecidos procedimentos
legais, os juízes, não por acaso de Miami, acabaram condenando-os a penas aviltantes,
como por exemplo, duas prisões perpétuas para a mesma pessoa.
Desde então, padecem nos cárceres do império (decadente), porém, recebendo a solida-
riedade de milhões de pessoas de todo o mundo.
Todos os meios legais (recursos, apelações etc) foram tentados sem sucesso. Hoje, basi-
camente, apenas o presidente estadunidense tem a possibilidade de libertá-los.
Por isso, não se trata de uma questão jurídica, mas de caráter político, fazendo com que
cada ação, de cada pessoa, em qualquer lugar do mundo, importe para pressionar os EUA
a acabar com esta injustiça.
Todos estão convidados a se solidarizar e trabalhar em favor dos Cinco Heróis Anti-
terroristas Cubanos.
Para ajudar os cinco heróis, é preciso se engajar na campanha internacional pela liber-
tação. Associações de solidariedade, parlamentares e políticos em geral enviam correspon-
dência para os parlamentos e juízes americanos. Pessoas de todo o mundo também enviam
mensagens de solidariedade aos cinco heróis.
Para saber mais, acesse: www.freethefive.org, www.antiterroristas.cu e www.cincohe-
rois.com.br.
Em uma atitude desrespeitosa, no começo de 2010, o governo dos Estados Unidos vol-
tou a incluir Cuba em uma lista de países que colaboram com o terrorismo internacional,
ao lado de Sudão, Irã e Síria. Uma grande farsa, pois o governo cubano coopera com a luta
internacional contra o terrorismo e rejeita sua inclusão pelos Estados Unidos na lista de
países que incentivam esse tipo de crime.
O território cubano jamais foi utilizado para organizar, financiar ou executar atos ter-
roristas contra os EUA ou qualquer outro Estado. O mesmo, infelizmente, não se pode
dizer dos Estados Unidos, que já financiou golpes, contra-revoluções, invasões militares e
atentados pelo mundo afora ...
A inclusão de Cuba na “lista negra” tem cunho político, porque Washington não pode
citar um só ato ou intenção terrorista que tenha vindo de território ou do governo cubano.
Apesar de alguns movimentos recentes de aproximação, Barack Obama deveria se enver-
gonhar por incluir Cuba entre países terroristas.
“Um homem cujo talento ninguém nega, tem que se sentir envergonhado desse culto às
mentiras do Império”, escreveu Fidel Castro em artigo intitulado “Cuba, país terrorista?”.
É preciso repudiar essa hipocrisia do governo Obama. 7
A importância do trabalho
voluntário e o exemplo do Che
PorTirso W. Sáenz*
tando cana, ele colocou atrás de cada um de nos um medidor para verificar a quantidade
de cana cortada por unidade de tempo. No dia seguinte, no Conselho de Direção, mostrou
os resultados: ele esteve entre os mais produtivos; eu, entre os últimos. Isso foi motivo de
gozação para ele ao notar meu rosto envergonhado.
O trabalho voluntário tinha que ser realmente produtivo, pois ele respondia ao cum-
primento de metas de produção - que poderiam estar em risco de não se realizarem - ou
mesmo tinha de ultrapassá-las. Em uma ocasião, se organizou o trabalho voluntário numa
fábrica. Quando chegamos, não se tinha preparado uma jornada de trabalho produtiva.
Para entretermos nos indicaram recolher pedrinhas no quintal da fábrica. O Che brigou
duramente com o administrador e deu instruções para nos retirarmos de imediato.
Certa vez, Che desafiou os funcionários da Junta Central de Planificação a uma com-
petição para realizar trabalho voluntário durante várias semanas em duas fábricas têxteis
diferentes. De comum acordo, se estabeleceram indicadores para medir a efetividade do
trabalho. O trabalho começava nos sábados, às 12 da noite, e terminava nos domingos, às
6 da manhã.
Por este motivo, o trabalho voluntário deve ser uma ferramenta ideológica para todas
as pessoas e muito especialmente para os jovens que pensam e lutam por um futuro melhor,
por uma sociedade livre de exploração e injustiças. O exemplo do Che sempre servirá de
guia. 7
PROGRAMAÇÃO DO GRUPO A
28 de janeiro (sexta-feira)
23 de janeiro (domingo) 7:00 horas: Café da manhã
Alojamento no Cijam 8:30 horas: Colocação de oferenda em home-
Opcional da Amistur nagem a José Martí, no Cijam
9:00 horas - 11:30 horas: Conferência sobre
24 de janeiro (segunda-feira) Disputa Cuba-Estados Unidos. Campanha
9:00 horas: Oferenda floral ao busto de Julio midiática contra Cuba.
Antonio Mella 12:00 - 13:30 horas: Almoço
9:30 horas: Atividade oficial de boas vindas. 14.00 horas: Saída para a Cidade de Havana
Apresentação cultural 15.00 - 16:30 horas: Visitas ao Museu da Revo-
12:00: Almoço lução e ao Memorial José Martí
15:00 horas: Colóquio. “ 50º Aniversário da Tempo livre na cidade
Vitória de Playa Girón” . Encontro fraternal com 22:00 horas: Regresso ao Cijam a partir da
alguns dos participantes Encuentro fraternal “Casa de la Amistad”
con algunos de los participantes da façanha
revolucionária. 29 de janeiro (sábado)
19:00 horas: Jantar 05:30 horas: Café da manhã
20:30 horas: Festa Noite Cubana 07:30 horas: Saída para a província de Santi
Spiritus
25 de janeiro (terça-feira) 11:00 horas: Visita ao “Complejo Escultórico
5:45 – 06:45 horas: Café da manhã Ernesto Che Guevara” e “Tren Blindado”
7:30 – 11:30 horas: Trabalhos agrícolas Almoço na Delegação do Icap de Santa Clara
12:00 – 13:30 horas: Almoço 15: 30 horas: Continuação da viagem para
14 horas: Saída do Cijam para a Escola Latino- Sancti Spiritus
americana de Ciências Médicas (ELACM) 17:30 horas: Recepção e noite de descanso no
14:30 horas: Visita à ELACM hotel
18:30 horas: Jantar no Cijam
20:30 horas: Reunião por países 30 de janeiro (domingo)
7:30 horas: Café da manhã
26 de janeiro (quarta-feira) 09:00 horas: Saída para Trinidad
5:45 – 06:45 horas: Café da manhã 10:00 horas: Tour pelo centro histórico da
7:30 – 11:30 horas: Trabalhos agrícolas cidade
12:00 – 13:30 horas: Almoço 12:00 horas: Almoço nos restaurantes da Villa.
14:00 – 17:00 horas: Trabalhos agrícolas 14:00 horas: Saída para a Praia Ancón e banho
18:00 horas: Jantar no Cijam 17:30 horas: Regresso à Sancti Spiritus
Noite: Projeção de filme cubano 19:00 horas: Jantar
08:00 Café da manhã: Trabalho voluntário em 7:30 horas: Saída para a província de Ciego de
cultura organopônica (Sistema jardins orgânicos Ávila
urbanos em cuba) 11:00 horas: Visita ao Complexo Escultórico “
12:00 horas: Almoço Ernesto Che Guevara” e Trem Blindado.
14:00 horas: Saída para Yaguajay. Almoço da Delegação no Icap (Instituto Cubano
15: 00 horas: Grupo 1 - Visita ao Mausoléu de Amizade com os Povos) de Santa
Camilo Cienfuegos; Grupo 2 - Visita ao hospital Clara
municipal, antigo quartel da ditadura 15: 30 horas: Continuação da viagem para
17:30 horas: Regresso à Sancti Spiritus Ciego de Ávila
19:00 horas: Jantar 20: 00 horas: Recepção e noite de descanso no
20:30 horas: Atividade cultural no hotel Hotel Morón.
Compañeros poetas,
tomando en cuenta los últimos sucesos
en la poesía, quisiera preguntar
——me urge—,
¿qué tipo de adjetivos se deben usar
para hacer el poema de un barco
sin que se haga sentimental, fuera de la vanguardia
o evidente panfleto,
si debo usar palabras como
Flota Cubana de Pesca y
«Playa Girón»?
Compañeros de música,
tomando en cuenta esas politonales
y audaces canciones, quisiera preguntar
—me urge—,
¿qué tipo de armonía se debe usar
para hacer la canción de este barco
con hombres de poca niñez, hombres y solamente
hombres sobre cubierta,
hombres negros y rojos y azules,
los hombres que pueblan el «Playa Girón»?
Compañeros de historia,
tomando en cuenta lo implacable
que debe ser la verdad, quisiera preguntar
—me urge tanto—,
¿qué debiera decir, qué fronteras debo respetar?
Si alguien roba comida
y después da la vida, ¿qué hacer?
¿Hasta donde debemos practicar las verdades?
¿Hasta donde sabemos?
Que escriban, pues, la historia, su historia,
los hombres del «Playa Girón».