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Lay-off simplificado no estado de

emergência

21.Abril. 2020
Lay-off simplificado

A quem se destina?

Empregadores (e trabalhadores ao seu serviço):

• de natureza privada, incluindo as entidades do sector social);

• que tenham a sua situação contributiva e tributária regularizadas perante a Segurança


Social e a Autoridade Tributária e Aduaneira (não são consideradas para este efeito as
dívidas constituídas no mês de Março de 2020); e

• que se encontrem, comprovadamente, em situação de crise empresarial.


Lay-off simplificado

Situação de crise empresarial

Considera-se situação de crise empresarial:

O encerramento total ou parcial da empresa ou estabelecimento, decorrente do dever de


encerramento de instalações e estabelecimentos, ou por determinação legislativa ou
administrativa;

Empresas que, mediante declaração do empregador conjuntamente com certidão do


contabilista certificado da empresa que o ateste, comprovem:
a) Uma paragem total ou parcial da sua actividade que resulte:
da interrupção das cadeias de abastecimento globais;
da suspensão ou cancelamento de encomendas
Lay-off simplificado

Situação de crise empresarial

b) A queda de, pelo menos 40% da facturação, no período de 30 dias anterior ao do


pedido junto dos serviços da segurança social, com referência:
i. à média semanal dos 2 meses anteriores a esse período, ou;

ii. para quem tenha iniciado a actividade há menos de 12 meses, à média


desse período.
Fiscalização e prova da situação de crise empresarial

As empresas poderão ser fiscalizadas à posteriori pelas autoridades públicas


competentes.

As empresas deverão fazer prova documental dos factos em que basearam o seu
pedido ou as renovações, nomeadamente, através de:

• Balancete contabilístico referente ao mês de apoio, bem como do respectivo mês


homólogo ou meses anteriores, quando aplicável;
• Declaração IVA referente ao mês de apoio, bem como dos dois meses imediatamente
anteriores, no caso de regime de IVA mensal, ou relativa ao último trimestre de 2019 e o
primeiro de 2020, no caso de regime de IVA trimestral;
Fiscalização e prova da situação de crise empresarial

• Em caso de suspensão ou cancelamento de encomendas, documentos comprovativos


do cancelamento de encomendas ou de reservas, dos quais resulte que a utilização
da empresa ou da unidade será afectada será reduzida em mais de 40% da sua
capacidade de produção ou de ocupação no mês seguinte ao do pedido de apoio;
• Elementos comprovativos adicionais a fixar por despacho do Governo
Apoio

Em caso de Suspensão do Contrato de Trabalho

• Pagamento ao trabalhador de uma compensação retributiva correspondente a dois


terços da remuneração normal ilíquida mensal, com o limite mínimo da RMMG
correspondente ao seu período normal de trabalho e um limite máximo de € 1.905,00 (3
x RMMG);

Em caso de Redução do Período Normal de Trabalho

• Pagamento ao trabalhador de uma compensação retributiva atribuída na medida do


estritamente necessário para, conjuntamente com a retribuição de trabalho prestado na
empresa a tempo parcial ou fora dela, assegurar o montante mínimo de 2/3 da
remuneração normal ilíquida do trabalhador, ou o valor da RMMG correspondente ao
seu período norma de trabalho, consoante for o mais elevado.
Apoio

Repartição do apoio

• A compensação retributiva é repartida entre a Segurança Social e empregador na


proporção, respectivamente, de 70% e 30%.

Isenção temporária do Pagamento de Contribuições para a Segurança Social

• Os empregadores e trabalhadores independentes que sejam entidades empregadoras


beneficiárias do lay-off têm direito à isenção total do pagamento das contribuições à
Segurança Social relativamente aos trabalhadores abrangidos e membros dos órgãos
estatutários
Procedimento

Comunicar, por escrito, aos trabalhadores da decisão de requerer o apoio, com a indicação da
duração previsível;

Ouvir os delegados sindicais e comissões de trabalhadores quando existam;

Enviar de imediato (sem necessidade de decurso de qualquer prazo após a comunicação aos
trabalhadores) o requerimento electrónico ao Instituto da Segurança Social acompanhado de:

• Descrição sumária da situação de crise empresarial pelo empregador;


• Certidão do contabilista certificado;
• Listagem nominativa dos trabalhadores abrangidos com o respectivo número de
segurança social.
Duração

Este regime tem a duração de um mês, excepcionalmente prorrogável mensalmente, até um limite

máximo de três meses.


Incumprimento e restituição do apoio

O incumprimento por parte do empregador ou do trabalhador das obrigações relativas aos apoios
previstos implica a imediata cessação dos mesmos e a restituição ou pagamento, total ou
proporcional, dos montantes já recebidos ou isentados, designadamente quanto se verifique:
decisão de requerer o apoio, com a indicação da duração previsível;

• Despedimento, excepto por facto imputável ao trabalhador;


• Não cumprimento pontual das obrigações retributivas devidas aos trabalhadores;
• Não cumprimento pelo empregador das suas obrigações legais, fiscais ou
contributivas;
• Distribuição de lucros durante a vigência das obrigações decorrentes da concessão
do incentivo, sob qualquer forma, nomeadamente a título de levantamento por conta
Incumprimento e restituição do apoio

• Incumprimento, imputável ao empregador, das obrigações assumidas, nos prazos


estabelecidos;
• Prestação de falsas declarações;
• Prestação de trabalho à própria entidade empregadora por trabalhador abrangido pela
medida de apoio extraordinário à manutenção de contrato de trabalho na modalidade
de suspensão do contrato, ou para lá do horário estabelecido, na modalidade de
redução temporária do período normal de trabalho;
Pós Lay-off

Desafios para o futuro

No decurso da vigência do regime do lay-off simplificado, é primordial que as empresas façam


uma avaliação da sua situação e percebam as medidas certas à retoma da sua actividade, sendo
importante analisar alguns dos factores que a podem condicionar, bem como identificar os
instrumentos disponíveis para o seu relançamento.
Pós Lay-off

Proibição de despedimentos

Durante o período da vigência do lay-off, bem como nos 60 dias seguintes, o empregador não
pode fazer cessar contratos de trabalho ao abrigo das modalidades de despedimento colectivo ou
despedimento por extinção do posto de trabalho.
Pós Lay-off

Cumulação com Plano de Formação

• Os empregadores podem investir na formação dos seus trabalhadores através de cursos de


formação profissional adequados ao desenvolvimento de qualificação profissional que aumente
a sua empregabilidade ou à viabilização da empresa.
• Sendo este um plano de formação apoiado pelo IEFP, ao apoio atribuído no âmbito do Lay-
off, acresce uma bolsa suportada por este, no valor de € 131,64 por trabalhador, destinada,
em partes iguais, àquele e ao empregador.
Pós Lay-off

Plano Extraordinário de Formação

Como alternativa ao lay-off, as empresas podem também investir na formação dos seus trabalhadores
visando o reforço das competências dos mesmos, de forma a actuar preventivamente sobre o desemprego.
Duração: 1 mês
Valor do apoio: definido em função das horas de formação frequentadas, até ao limite de 50% da retribuição
ilíquida, com o limite máximo de € 635,00.
Procedimento: o empregador comunica ao trabalhador, por escrito, a decisão de iniciar um plano de
formação e a duração previsível da medida, remetendo de imediato a informação ao IEFP, acompanhada da
informação que atesta a situação de crise empresarial.
Pós Lay-off

Incentivo Financeiro Extraordinário para Apoio à Normalização da Actividade da Empresa

As empresas que recorreram ao lay-off podem ainda recorrer a este mecanismo, cujo objectivo se prende
com o apoio às empresas que, já não estando constrangidas na sua capacidade de laboração, necessitam de
um apoio na primeira fase de retoma da normalidade.

Incentivo: € 635,00 (RMMG) por trabalhador, concedido pelo IEFP, de uma só vez.

Procedimento: para aceder ao incentivo, o empregador apresenta requerimento ao IEFP, acompanhado de,
nomeadamente, declaração conjunta com certidão do contabilista certificado da empresa, que ateste a
situação de crise empresarial.
Recurso ao lay-off nos termos gerais

• Há sempre a possibilidade do recurso ao lay-off nos termos gerais, isto é, de acordo com o regime
estatuído no Código do Trabalho.
• Trata-se de um mecanismo semelhante ao lay-off simplificado, embora apresente uma maior
complexidade no que toca ao procedimento, em particular nas fases de comunicações e de informação e
negociação.
• O recurso a este mecanismo só se poderá verificar decorrido um período de tempo equivalente a metade
do período utilizado no primeiro lay-off, salvo se houver acordo entre o empregador e os trabalhadores
abrangidos ou as suas estruturas representativas.

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