Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Gilberto Dourado
Willian Brito
Lisboa
2020
Sumário
Introdução.................................................................................................................................... 2
Desenvolvimento......................................................................................................................... 3
Conclusão.................................................................................................................................... 8
Referências Bibliográficas...........................................................................................................9
Anexos....................................................................................................................................... 10
Abstract
Índice
Introdução
Estima-se que a Doença de Parkinson poderá afetar entre 8,7 e 9,3 milhões de pessoas
até 2030. Além disto, as estatísticas da Parkinson Disease Foundation indicam que os custos,
diretos e indiretos, com diagnóstico, tratamento e segurança social podem chegar a $25 bilhões
de dólares por ano, apenas nos Estados Unidos, não foram encontrados dados relevantes ao
contexto Europeu, porém, observados os altos números relacionados à PD, todos os esforços
são válidos para diminuir a sua incidência e mortalidade.(6)
O objetivo do presente trabalho é demostrar, baseado em estudos recentes, como a
percepção sensorial dos alimentos e a disfagia podem interferir na vida do portador da Doença
de Parkinson, haja visto que, estas alterações apresentam um grande impacto na vida do
doente, prejudicando as interações sociais, diminuem o prazer e a capacidade de selecionar e
consumir alimentos e interferem diretamente no equilíbrio nutricional destes indivíduos.
Desenvolvimento
Sabe-se que 80% dos indivíduos com PD demonstram sinais de disfagia, porém quando
questionados, apenas 12% conseguem reconhecer os sintomas. Os déficits de deglutição são
muitas vezes significativamente debilitantes nos estágios posteriores da doença, resultam em
episódios de violação das vias aéreas reduzindo a qualidade de vida e contribuindo para a
desidratação, desnutrição e pneumonia aspirativa, sendo esta última a principal causa de morte
de pacientes com DP. Surpreendentemente, o tempo médio de sobrevivência após o início de
uma queixa de disfagia é de apenas 15-24 meses. Embora a disfagia na DP seja
frequentemente considerada como uma complicação do fim da doença, os sinais de disfagia
orofaríngea e esofágica podem ser vistos mais cedo na doença quando medidas objetivas são
usadas na avaliação. Sinais que se manifestam do esôfago ao intestino, como acalasia,
disfunção de motilidade e refluxo, bem como mudanças de deglutição orofaríngea, tosse, perda
do olfato e redução de apetite são frequentemente os primeiros sinais da PD.(1,5)
O uso do treinamento de força muscular expiratória (EMST) tem sido demonstrado para
melhorar a cinemática de deglutição e reduzir a frequência de invasão das vias aéreas em DP.
O déficit fisiológico subjacente que está sendo alvo do EMST é a elevação reduzida e a
excursão anterior do complexo hiolaríngeo. O EMST aumenta a atividade muscular submental,
que por sua vez aumenta a elevação e a excursão hiolaríngeas, e assim a segurança de
engolir. Esta intervenção é atraente na sua delocção, pois envolve uma meta terapêutica muito
tangível que pode ser realizada em essencialmente qualquer ambiente físico. Esses fatores
provavelmente serão importantes quando se considera o fato de que a adesão às
recomendações de tratamento de deglutição é, na melhor das hipóteses, desafiadora.(1)
Alimentos relacionados à PD
Gaba Ann, em sua revisão de literatura identificou vários trabalhos (tabela 2) que
caracterizam a relação entre determinados alimentos e o risco associado à PD. Alguns
componentes alimentares específicos foram apresentados como de potencial importância na
prevenção da PD. Os laticínios, mais especificamente o leite integral, foram identificados como
potenciais riscos ao desenvolvimento de PD. Café e chá preto, mas não chá verde, apresentam
efeitos protetores, provavelmente devido ao seu teor de cafeína. Os vegetais da família
solenaceae, como pimentões, tiveram um efeito protetor, possivelmente devido ao seu teor de
nicotina. A adesão à dieta mediterrânea, com uma ingestão relativamente alta de vegetais,
também pode ser protetora. O papel das gorduras dietéticas ainda não está claro. Verificou-se
que o colesterol dietético era protetor em homens, mas não em mulheres, com ácidos graxos
mono insaturados dietéticos sendo protetores em mulheres, mas não em homens.(6)
Conclusão
Há produtos no mercado?
2. Schapira AHV, Chaudhuri KR, Jenner P. Non-motor features of Parkinson disease. Nature Reviews
Neuroscience [Internet]. 2017;18(7):435–50. Available from: http://dx.doi.org/10.1038/nrn.2017.62
3. Paul B, Singh T, Paul G, Jain D, Singh G, Kaushal S, et al. Prevalence of malnutrition in Parkinson’s disease
and correlation with gastrointestinal symptoms. Annals of Indian Academy of Neurology.
2019;22(4):447–52.
4. Shetty AS, Bhatia KP, Lang AE. Dystonia and Parkinson’s disease: What is the relationship? Neurobiology
of Disease. 2019;132(April).
5. Weissbrod PA, Francis DO. Neurologic and Neurodegenerative Diseases of the Larynx. Springer; 2020.
6. Gaba A. Recent Studies on Nutrition and Parkinson’s Disease Prevention: A Systematic Review. Open
Journal of Preventive Medicine. 2015;05(05):197–205.
7. Doty RL, Hawkes CH. Chemosensory dysfunction in neurodegenerative diseases [Internet]. 1st ed. Vol.
164, Handbook of Clinical Neurology. Elsevier B.V.; 2019. 325–360. Available from:
http://dx.doi.org/10.1016/B978-0-444-63855-7.00020-4
8. Ponsen MM, Stoffers D, Booij J, Eck-smit BLF van, Wolters EC, Berendse HW. Idiopathic Hyposmia As a
Preclinical Sign of Parkinson ’ s Disease. 2004;173–81.
9. Andersson RNT I, Sidenvall RNT B. ISSUES AND INNOVATIONS IN NURSING PRACTICE Case studies of food
shopping, cooking and eating habits in older women with Parkinson’s disease. 2001;69–78.
Anexos
Figura 1. Cursos temporal do início das características motoras e não motoras da doença de
Parkinson.