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Obtenção do coeficiente de atrito através do

ensaio de compressão do anel

Conformação Mecânica – Relatório 2

Bianca Vieira Stragliotto;


Kíssia Carolina Bertoluci;
Leticia Winck;
Thayse Macedo .

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07/09/2016

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Sumário
1. Introdução.........................................................................................................................................3

2. Metodologia.....................................................................................................................................5

3. Análise de resultados e discusões.....................................................................................................7

3.1 Gráficos do ensaio de compressão do anel......................................................................................8

3.2 Ánálises deos Gráficos de compressão do anel..............................................................................10

4. Conclusões.....................................................................................................................................11

5. Referências.....................................................................................................................................12

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1. Introdução
Os processos de conformação de um modo geral e em especial o forjamento de metais a
quente traz uma melhoria significativa nas propriedades mecânicas do material quando comparados
com produtos produzidos por outros processos de transformação como a usinagem e a fundição.
Entender o efeito das variáveis envolvidas no processo de forjamento é importante para o
sucesso e o avanço tecnológico necessário da indústria do forjado. O atrito interfacial peça-matriz
durante o processo de conformação interfere diretamente na vida das matrizes, qualidade do produto e
capacidade dos equipamentos empregados no processo.Para amenizar os efeitos do atrito são
adicionadas finas películas de lubrificantes, os quais apresentam baixa tensão de cisalhamento na
interface peça-matriz visando reduzir as tensões que se opõe ao escoamento do material.As
propriedades mecânicas obtidas pelo processo de forjamento garantem uma condição ideal para
diversos tipos de peças.
Nos processos de conformação de metais aplica-se uma pressão nas matrizes e esta é
transmitida para o material que encontra-se alojado entre as mesmas.Realizando tal deformação se
obtém um movimento relativo entre o ferramental e o material, é nesta interface que se observa o
atrito. Podem-se verificar três tipos básicos de pressões que regem a condição de atrito em
conformação mecânica para metais, são elas: Condição a seco (sem lubrificante); condição
hidrodinâmica (camada espessa de lubrificante na interface); lubrificação de contorno (lubrificação
intermediária entre as anteriores).
O ensaio do anel consiste na compressão de um corpo de prova em forma de anel entre
matrizes planas, enquanto sua variação percentual da altura e o diâmetro interno são controlados. A
variação do diâmetro interno do anel verificado após o ensaio é usada para determinar o atrito
interfacial. Para condição ideal, ou seja, atrito nulo, o anel se deforma como um disco sólido, com
cada ponto superficial fluindo radialmente para fora em uma velocidade proporcional a sua distância
do centro. Se o atrito for maior que zero o anel sofre um “efeito de barril”(embarrilamento) em suas
paredes, isto se deve pela resistência ao escorregamento interfacial da relação peça-matriz.
O ensaio do anel é um método de avaliação importantíssimo na determinação do coeficiente
de atrito devido ao seu baixo custo e excelente resultado. Tendo sua aplicabilidade na determinação
de lubrificante de melhor desempenho ou na obtenção do coeficiente de atrito real utilizado nos

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software de simulação. Este trabalho apresenta a evolução do comportamento do coeficiente de atrito
do Alumínio 6351 através dos resultados do teste de compressão do anel. Foram comparados na
condição sem lubrificação e diferentes lubrificantes. Os resultados mostraram a eficiência de cada
uma das condições de lubrificação analisadas. Os resultados experimentais serão comparados com os
obtidos através da simulação.

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2. Metodologia
A partir da liga de Alumínio 6351 , foram confeccionados corpos de prova em formato de
anel com dimensões conforme mostra a Figura 1.

Figura 1:Dimensões dos corpos de prova.

Foram preparados nove corpos de prova onde foram testadas as seguintes condições:
lubrificante M1, lubrificante WD-40 e sem lubrificação (a seco).Os testes de compressão foram
realizados entre matrizes planas temperadas na prensa EKA 40 ton.

Figura 2: Prensa Hidráulica EKA 40 ton.

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Foram realizadas reduções de aproximadamente 20%, 40% e 60% da altura, no qual foram
utilizados batentes representados na figura 3. Para a medição do diâmetro interno e altura foi utilizado
o paquímetro.

Figura 3: Batentes utilizados nas reduções.

A curva de calibração foi obtida no software de simulação (Simufact Forming GP), os


dados da curva de calibração são mostrados na tabela 1. O Simufact Forming realiza o modelamento
do sistema, no qual atribui um coeficiente de atrito, baseado nos ensaios de redução de altura e
medida a variação do diâmetro interno.

Tabela 1: Dados obtidos no Simufact Forming.

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3. Análise de resultados e discussões
O Experimento foi realizado no dia 31/08/2016, Realizada a coleta de dados e fornecido aos
alunos. A tabela 12 mostra os dados fornecidos e os valores da redução (%) da altura do anel e
variação (%) do diâmetro interno do anel, calculados pelas equações 1 e 2 .

Ensaio de compressão do anel AA6351 em matriz plana


Redução h0 hf hf médio |Δh| [%] øi 0 øi f øi f médio Δøi [%]
Sem Lubrificante
Baixa (20%) 8.03 6.33 6.35 6.34 21.0460772 11.99 11.3 11.24 11.27 6.00500417
Média (40%) 8.04 4.96 4.94 4.95 38.4328358 11.97 9.36 9.78 9.57 20.0501253
Alta (60%) 8.03 4.04 4.13 4.085 49.128269 12.06 7.66 7.42 7.54 37.4792703
Lubrificante M1
Baixa (20%) 8.03 6.39 6.39 6.39 20.4234122 11.98 11.58 11.52 11.55 3.58931553
Média (40%) 8.03 4.98 4.94 4.96 38.2316314 11.89 10.44 10.81 10.625 10.6391926
Alta (60%) 8.03 3.97 3.84 3.905 51.369863 11.98 8.68 8.47 8.575 28.4223706
Lubrificante WD-40 com PTFE
Baixa (20%) 8.04 6.31 6.34 6.325 21.3308458 11.98 11.77 11.6 11.685 2.4624374
Média (40%) 8.13 4.94 4.96 4.95 39.1143911 11.99 10.39 10.51 10.45 12.8440367
Alta (60%) 8.03 4.16 4.1 4.13 48.5678705 12.02 8.03 8.35 8.19 31.8635607

Tabela 2: Dados do ensaio de compressão do anel.

4. Δh [%] = h0 – h1 1. Δøi [%]= d0 – d1


8. h0 7. d0

Equação 1: da redução (%) Equação 2: variação (%) do


da altura do anel. diâmetro interno do anel.

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3.1 Gráficos do ensaio de compressão do anel
A partir da tabela 2 e os dados obtidos com o Simufact Forming, foi possível a construção da
curva de calibração juntamente com a curva do ensaio real para cada condição estabelecida.

Figura 4: Curva de calibração do ensaio de compressão do anel AA6351, sem lubrificante.

Figura 5: Curva de calibração do ensaio de compressão do anel AA6351, lubrificante M1.

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Figura 6: Curva de calibração do ensaio de compressão do anel AA6351, lubrificante WD-40 com
PTEF.

Figura 7: Curva de calibração do ensaio de compressão do anel AA6351,comparação de todas as


condições.

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3.2 Análises dos gráficos de compressão do anel
Análisando os gráficos acima é possivel estimar o coeficiente de atrito para cada condição
estabelecida.Os valores estão representados na tabela 3. Nota-se também pela análise analitica,que
com baixas e médias deformações,os corpos de prova com lubrificação apresentaram desempenho
similar.Os corpos de prova sem lubrificação obtiveram coeficiente de atrito máximo em todos os
níveis de deformação.Para grandes deformações, o comportamento dos corpos de prova lubrificados
com Lubrificante M1 apresentou μ= 0,02, já os corpos de prova ensaiados com o lubrificante WD-40
com PTEF obteve μ ≈ 0,006.

Condição Estimação do coeficiente de atrito (µ)


Sem lubrificante ultrapassa a curva µ=0 ,ocorrendo atrito máximo
Lubrificante M1 µ≈ 0,02 entre µ=0,01 e µ-=0,15
Lubrificante WD-40 com PTEF µ≈ 0,006 entre µ=0,005 e µ-=0,15

Tabela 3: Valores da estimação do coeficiente de atrito para cada condição .

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4. Conclusões
De acordo com os resultados analisados analiticamente, constatou-se que, o lubrificante WD – 40
foi a melhor alternativa para a redução de atrito, apresentando o µ≈ 0,006 nas grandes deformações, o
lubrificante M1 demonstrou desempenho inferior ao lubrificante WD – 40 apresentando um µ≈ 0,02.
O teste sem lubrificante alcançou o valor maximo de atrito,apresentando a menor variação de
diametro interno, isto demota a necessidade do uso de lubrificação no processo de forjamento para a
obtenção de peças de alta qualidade e redução de custo.
Dentre os métodos para medir o coeficiente de atrito, o teste de compressão do anel ganhou
ampla aceitação nas últimas duas décadas.O método de ensaio anel representa ser uma técnica
altamente confiável e é também o mais aplicado método indireto de estimativa de atrito na interface
matriz/ material.No entanto para aumentar a confiabilidade do ensaio realizado em laboratório, no
qual foi usado o paquímetro como equipamento pra medir os corpos de provas, poderia ser feito mais
medições dos corpos de prova e calcular os erros associados a essas medições, sendo assim teríamos
medidas mais confiáveis pra obter resultados mais precisos.
Os dados obtidos através dessa técnica podem ser aplicados para todo tipo de processo de
fabricação. A mudança de diâmetro interno na compressão do anel representa, de forma indireta, o
coeficiente de atrito na interface matriz/material.Suas vantagens podem ser atribuídas à sua
conveniência prática, incluindo o fato de que atrito pode ser avaliado somente a partir da deformação,
em detrimento de outras técnicas que envolvem medidas de forças ou mudanças dimensionais da
amostra.

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5. Referências
BÖESCH Jr., P. R.; MARTINS, V.; SCHAEFFER, L. Determinação do coeficiente de atrito pelo
ensaio de compressão do anel: uma revisão. Revista Thema, v. 8 n. 1.

Bueno, A; SCHAEFFER, L.Comportamento do coeficiente de atrito no aço aisi 4140 em teste de


compressão do anel com diferentes lubrificantes.ABM , 2011.

Schaeffer L.; Conformação Mecânica. Ed. Imprensa Livre. 1985.Porto Alegre – RS.

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