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FACULDADE DOM ALBERTO

CLARISSE DE PAULA RIBAS DA COSTA

EMPREENDEDORISMO JOVEM: A IMPORTÂNCIA DE SE DESENVOLVER O


EMPREENDEDORISMO NAS ESCOLAS

São José dos Campos

2020
FACULDADE DOM ALBERTO

CLARISSE DE PAULA RIBAS DA COSTA

EMPREENDEDORISMO JOVEM: A IMPORTÂNCIA DE SE DESENVOLVER O


EMPREENDEDORISMO NAS ESCOLAS

Monografia apresentada à Associação


Educacional Dom Alberto, ao Curso de
MBA Empreendedorismo, Marketing e
Finanças, como requisito parcial para a
obtenção do Grau de .......
Orientador: ........

São José dos Campos

2020
CLARISSE DE PAULA RIBAS DA COSTA

EMPREENDEDORISMO JOVEM: A IMPORTÂNCIA DE SE DESENVOLVER O


EMPREENDEDORISMO NAS ESCOLAS

Monografia apresentada à Associação


Educacional Dom Alberto, ao Curso de
MBA Empreendedorismo, Marketing e
Finanças, como requisito parcial para a
obtenção do Grau de .......

BANCA EXAMINADORA

Prof.. _______________________________________________
Orientador

Prof. _______________________________________________
Convidado

São José dos Campos, de 2020


Dedicatória
AGRADECIMENTO
RESUMO

O tema escolhido para este trabalho, ou seja, “Empreendedorismo Jovem: a


importância de se desenvolver o empreendedorismo nas Escolas”; tem por
finalidade mostrar a relevância e a necessidade de se criar, no Brasil, uma
mentalidade empreendedora desde cedo nos nossos jovens. O objetivo principal do
estudo foi demonstrar através de uma revisão de literatura em artigos já publicados
sobre a realidade atual da educação empreendedora, bem como a relevância que o
sistema educacional possui nesse campo e as diferentes estratégias oferecidas
nessa ciência para o fortalecimento de habilidades e competências exigidas a quem
decidir empreender. Este estudo se justifica por levantar uma discussão à respeito
da criação de programas de empreendedorismo acadêmico que, pode ser definido
como qualquer programa ou processo educacional usado para desenvolver atitudes,
habilidades e competências empreendedoras, a fim de desenvolver as qualidades
necessárias para criar novos negócios. A metodologia utilizada neste estudo foi a
Revisão de Literatura realizada em consultas e levantamento de bases teóricas já
publicadas sobre o tema, que proporcionou um melhor entendimento sobre o
assunto abordado, permitindo uma nova releitura e uma maior discussão a respeito
do tema Foi limitado a pesquisa a publicações do período de 2001 a 2019, na língua
portuguesa que atendessem aos objetivos e problemática traçados para o estudo.

Palavras-chave: Empreendedorismo. Jovem Empreendedor. Novos Negócios.


Educação e Projetos Multidisciplinares.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................8
1.1.OBJETIVOS...............................................................................................................................9
1.1.1Objetivo Geral....................................................................................................................9
1.1.2 Objetivos Específicos.....................................................................................................9
1.2 JUSTIFICATIVA........................................................................................................................9
1.3 METODOLOGIA......................................................................................................................10
2 EMPREENDEDORISMO E O EMPREENDEDOR..............................................................11
2.1 EMPREENDEDORISMO........................................................................................................11
2.2. EMPREENDEDOR................................................................................................................14
PLANO DE NEGÓCIOS...............................................................................................................15
3 O EMPREENDEDORISMO JOVEM – PROJETOS EDUCACIONAIS..................................17
4 CONTRIBUIÇÃO DO SISTEMA EDUCACIONAL EM PROJETOS E DISCIPLINAS
VOLTADAS AO EMPREENDEDORISMO - EMPRESAS MODELOS....................................19
REFERÊNCIAS.................................................................................................................................20
8

1 INTRODUÇÃO

É necessário que as escolas e universidades participem não apenas com a


transmissão de conhecimento e reflexões teóricas das ciências e das diferentes
disciplinas, mas que o ensino seja complementado por pesquisa e extensão. É
importante que os alunos tenham a oportunidade institucional de conhecer as
experiências daqueles que estiveram envolvidos na tarefa de fazer negócios. A ideia
simplista de que os empresários são inatos, deve ser superada. A geração de
negócios surge espontaneamente. Pelo contrário, o reconhecimento de um trabalho
perseverante e rigoroso deve ser instilado como a única maneira de entrar na órbita
dos negócios. O líder nasce e é formado, na medida em que responde criativamente
aos processos sócio históricos em que vive e realiza sua existência e vocação.

A educação empresarial ou empreendedora permite que mais e melhores


empreendedores, a longo prazo, sejam motivados. Nesse sentido, o sistema
educacional desde os primeiros anos de escolaridade deve buscar a formação de
alunos críticos, conscientes da situação que é vivida diariamente, com capacidade
de observação para compreender o ambiente, desenvolver atitudes, habilidades,
aptidões e valores que lhes permitem ser criativos e agir com probabilidades de
sucesso empreendedor.

Aprender a empreender é fundamental no mundo de hoje: as experiências


dos países que alcançaram um bom nível de desenvolvimento com equidade social
baseiam-se na criatividade e na capacidade de trabalho de seus cidadãos, apoiadas
em sistemas de educação e treinamento de qualidade; mas também na capacidade
de empreender, gerar empresas e inovar a partir da diversidade da vida. Para isso,
uma das principais capacidades e competências de fusão e supervisão nessa
experiência de desenvolvimento é a do empreendedorismo.

O empreendedorismo sempre esteve presente no curso da história humana,


pois é inerente a ela. Nas últimas décadas, esse conceito tornou-se muito
importante, dada a necessidade de superar os constantes e crescentes problemas
econômicos. Dito isto, o treinamento em habilidades empresariais torna-se um
9

elemento essencial para a adaptabilidade de novos mercados de trabalho. Sendo o


estudo do empreendedorismo um poderoso cenário de pesquisa, nasce o interesse
em ver como ele pode ser promovido por meio de programas educacionais voltados
para esse objetivo: educação empreendedora.

O fenômeno do empreendedorismo é uma área de crescente


desenvolvimento no campo da pesquisa científica. O interesse acadêmico pelo
empreendedorismo baseia-se em evidências sobre sua contribuição para o
crescimento econômico, o rejuvenescimento do tecido sócio produtivo, o
relançamento de espaços regionais, a revitalização do processo inovador e a
geração de novos empregos.

Um aspecto importante a ter em mente quando se fala em educação


empreendedora é que ela é sistematicamente integrada como uma missão no
campo educacional. Instituições acadêmicas são criadas para o serviço da
sociedade e foram criadas três missões para esse fim: educação, através do ensino,
pesquisa e a terceira e de maior interesse: contribuição para o desenvolvimento
econômico, através da tecnologia de negócios ou a criação deles por estudantes e
professores.

1.1.OBJETIVOS

1.1.1Objetivo Geral

O presente trabalho tem como objetivo central discutir o ensino do


empreendedorismo para os jovens nas escolas de ensino Médio.

1.1.2 Objetivos Específicos

 Conceituar os termos Empreendedorismo e Empreendedor;


 Demonstrar a importância de projetos educacionais voltados para o
desenvolvimento do empreendedorismo Jovem;
10

 Apontar a contribuição que o sistema educacional pode promover nos jovens


ao implantar projetos e disciplinas voltadas ao empreendedorismo e, a
criação de empresas modelos dentro das escolas.

1.2 JUSTIFICATIVA

A educação empreendedora é, atualmente, uma realidade em constante


progresso. Isso contribui para a formação de uma cultura (começando com os mais
novos e crianças); promovendo essas atitudes e capacidades empreendedoras, a
sociedade beneficia, mesmo além da aplicação delas, em novas iniciativas de
negócios.

A implementação de questões empreendedoras no currículo acadêmico é um


processo, ou seja, algo que deve ser construído progressivamente ao longo do
tempo. Outro caminho para o futuro da educação empreendedora é a criação de
programas temáticos; que se concentram em setores, indústrias ou alguma
tecnologia específica, em vez de simplesmente dar uma ideia geral sobre
empreendedorismo.

Destas forma, este estudo se justifica por levantar uma discussão à respeito
da criação de programas de empreendedorismo acadêmico que, pode ser definido
como qualquer programa ou processo educacional usado para desenvolver atitudes,
habilidades e competências empreendedoras, a fim de desenvolver as qualidades
necessárias para criar novos negócios.

1.3 METODOLOGIA

Este trabalho apresenta e exemplifica a aplicação de metodologia que apoia a


seleção e a priorização de um conjunto de dados bibliográficos que represente o
estado da arte do assunto pesquisado.

Esta pesquisa é uma Revisão de Literatura, onde será realizada consultas e


levantamento de bases teóricas através de uma releitura de resumos e artigos,
livros, teses e monografias sobre o tema, a fim de facilitar o entendimento sobre o
assunto abordado.
11

Coletado esse material, foi realizado um fichamento nos principais autores e


obras relacionadas ao tema, focando as seguintes palavras-chaves:
Empreendedorismo. Jovem empreendedor. Novos negócios. Educação e Projetos
multidisciplinares. Foi limitado a pesquisa a publicações do período de 2001 a 2019,
na língua portuguesa que atendessem aos objetivos e problemática traçados para o
estudo.

2 EMPREENDEDORISMO E O EMPREENDEDOR

Diferentes abordagens sobre o empreendedor é encontrada na literatura, no


entanto, os pesquisadores concordam que ele é importante e até vital para
economia, visto que a atividade empreendedora inova e traz riqueza, gera
emprego e renda, e atende a necessidades sociais (Global Entrepreneurship
Monitor - GEM, 2011; GIMENEZ; INACIO JUNIOR, 2002).

Morrison (2008) observa que o empreendedor é o coração dos


empreendimentos. Já Dornelas (2001) diz que o empreendedor é um profissional
que faz a diferença por ser considerado visionário, otimista e apaixonado pelo que
faz. Trata-se de uma pessoa com competências diferenciadas, capaz de criar
valor para a sociedade na qual se encontra inserido, buscando soluções para
melhorar a vida das pessoas.

2.1 EMPREENDEDORISMO
12

Empreendedorismo tem origem no termo empreender que significa realizar,


fazer ou executar e é essencial para a geração de riquezas dentro de um país,
promovendo o crescimento econômico e melhorando as condições de vida da
população.

Shumpeter (2014), associa o empreendedor ao desenvolvimento econômico,


à inovação e ao aproveitamento de oportunidades em negócios. É a pessoa que faz
novas combinações de elementos, introduzindo novos produtos ou processos,
identificando novos mercados de exportação ou fontes de suprimentos, criando
novos tipos de organização.

(...) o empreendedor é o responsável pelo processo de


destruição criativa, sendo o impulso fundamental que aciona e
mantêm em marcha o motor capitalista, constantemente,
criando novos produtos, novos métodos de produção, novos
mercados e, implacavelmente, sobrepondo-se aos antigos
métodos eficientes e mais caros (SHUMPETER, 2014, p. 35).

De forma genérica, empreendedorismo costuma ser definido como o processo


pelo qual, indivíduos, iniciam e desenvolvem novos negócios. A geração de
negócios, ou seja, o empreendedorismo está diretamente ligado à prosperidade das
nações, e a atividade empreendedora é o processo pelo qual se podem gerar mais
riquezas.

Para Dornelas (2005) é o envolvimento de pessoas e processos que, em


conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades, e a perfeita
implementação destas oportunidades leva à criação de negócios de sucesso.

A palavra empreendedor é originária da francesa entrepeneur, que significa a


pessoa que organiza, lidera, opera e assume riscos de uma atividade ou projeto.
Muitos estudos realizados sobre empreendedorismo, ainda não chegaram a um
consenso a respeito da exata definição de empreendedor, a seguir alguns conceitos
de empreendedor:

Para Filion (2000) “o empreendedor é alguém que imagina, desenvolve e


realiza suas visões”.
13

“Empreendedores são pessoas que fazem diferença, realiza, que fazem


acontecer, que desenvolvem sua capacidade de superar limites”. (TACHIZAWA e
FARIA, 2004, p.26).

Segundo Dornelas (2005) empreendedor são:

(,,,)“pessoas diferenciadas, que possuem motivação singular,


apaixonadas pelo que fazem, não se contentam em ser mais
um na multidão, querem ser reconhecidas e admiradas,
referenciadas e imitadas, querem deixar um legado”.
(DORNELAS, 2005, p.19).

De acordo com a definição do SEBRAE (2010), empreendedor é o indivíduo


que possui ou busca desenvolver uma atitude de inquietação, ousadia e pro
atividade na relação com o mundo, condicionado por características pessoais, pela
cultura e pelo ambiente, que favorece a interferência criativa e realizadora, no meio,
em busca de ganhos econômicos e sociais.

Portanto, o empreendedor é dotado da sensibilidade em detectar tendências e


nichos de mercado a serem explorados no ambiente econômico, são agentes que
concebem inovações e organizam a atividade produtiva, impulsionando a economia.

O conceito de empreendedor não serve apenas para pessoas que quebram


paradigmas, inovam ou revolucionam. Também se aplica a qualquer pessoa que
assume riscos e tenta adicionar valor a um negócio, mesmo que já existente e
conhecido (DEGEN, 2009).

Muitos estudos e pesquisas já foram feitos na tentativa de identificar as


características de personalidade típicas dos empreendedores de sucesso. Tais
estudos desenvolveram métodos de treinamento para que essas características
sejam adquiridas e estimuladas. Entretanto, uma pessoa dificilmente reunirá todas
as características detectadas. Todavia, a possibilidade de adquirir ou moldar um
comportamento está aberto a todas as pessoas que desejam um melhor
desempenho pessoal à frente de seu negócio.
14

Para Degen (2009) o empreendedor de sucesso é aquele que não se cansa


de observar negócios, na constante procura de oportunidades, ou no caminho de
casa, ou no trabalho, ou nas compras.

Bolson (2004) descreve algumas características e habilidades desejáveis de


um empreendedor de sucesso:

a) Visão e sonho: o bom empreendedor imagina ou concebe idéias ou visões


e procura desenvolvê-las, projetando-as no futuro e tornando-as realidade;

b) Criatividade: a criatividade está fazendo a diferença no mundo do trabalho


atual. Existem muitas pessoas trabalhadoras, competentes, leais e dedicadas, mas
esse universo se estreita quando se procuram as criativas, capazes de quebrar
paradigmas;

c) Liderança e inteligência emocional: o empreendedor precisa liderar


equipes, ter competência para colocar as pessoas certas nos lugares certos e saber
se relacionar com diferentes colaboradores;

d) Aspiração por dinheiro e reconhecimento: os empreendedores se


automotiva também pelo dinheiro; acreditam que os seus esforços serão
financeiramente recompensados e reconhecidos pela sociedade;

e) Autoconfiança, risco e otimismo real: o conhecimento das potencialidades e


o pensamento positivo são ferramentas indispensáveis e poderosas para começar,
desenvolver, empreender. Saber correr riscos moderados ou previsíveis é uma das
principais características do empreendedor;

f) Paixão, conhecimento específico e experiência anterior: o empreendedor


com paixão pelo que faz, transforma-se num trabalhador incansável, atento a todos
os detalhes da gestão do negócio; é fundamental conhecer, entender
detalhadamente todo o processo de produção e comercialização dos produtos ou
serviços que sua empresa vai ofertar no mercado; a experiência anterior e, a rede de
contatos de um empreendedor são fatores decisivos para o sucesso;

g) Trabalho, persistência, energia e dedicação: o sucesso não acontece por


acaso, ele é forjado com energia, suor, persistência e muita dedicação;
15

h) Implementação: habilidade essencial para os empreendedores é a


capacidade de implementar, de fazer acontecer e ir concluir a ideia ou projeto;

i) Comunicação e relacionamento social: o empreendedor é fonte de


informações, dos planos e da direção futura que pretende dar ao negócio. É
necessário habilidade de comunicação com o público interno e externo; o
relacionamento pessoal é importante para divulgar a imagem da empresa;

j) Decisão: a gestão de empresas depende da tomada de decisões, a todo o


momento; o empreendedor precisa dispor de informações, analisar as situações,
avaliar as alternativas e decidir o melhor curso de ação para a empresa;

k) Carisma: os carismáticos lideram, são pessoas que se destacam na


sociedade.

2.2. EMPREENDEDOR

Segundo Filion (2019, p. 19) pode-se resumir a definição de empreendedor


como sendo “aquele que inicia algo novo, que vê o que ninguém vê, ou aquele que
realiza antes, ou mesmo aquele que saí da área do sonho, do desejo, e parte para a
ação”. Outra definição dada pelo autor é a de que um empreendedor é uma pessoa
que imagina, desenvolve e realiza visões.

Em resumo, ser empreendedor significa, acima de tudo, ser um realizador que


produz novas ideias através da harmonia entre criatividade e imaginação. O
empreendedor de sucesso é aquele que não se cansa de observar negócios, está
na constante procura de oportunidades. Nenhum empreendedor nasce com o
conhecimento e experiência necessária para identificar e avaliar negócios.
(DORNELAS, 2014).

A criatividade é responsável pela grande diferença entre empresas comuns e


empreendedoras. Desse modo é impossível abordar um empreendedor sem
visualizá-lo como um gestor inovador. Na visão de Dolabela (2009), é considerado
empreendedor o indivíduo que:
16

Cria uma empresa, qualquer que ela seja;

EMPREENDEDOR Compra uma empresa e introduz inovações, assumindo


riscos, seja na forma de administrar, vender, fabricar, distribuir ou de fazer
propaganda de seus produtos e/ou serviços, agregando novos valores;

Um empregado que introduz inovações em uma organização, provocando o


surgimento de valores adicionais.

De acordo com Dornelas (2005) o empreendedor é aquele que detecta uma


oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos
calculados. Em qualquer definição de empreendedorismo encontram-se, pelo
menos, os seguintes aspectos referentes ao empreendedor:

Iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo que faz.

Utiliza os recursos disponíveis de forma criativa transformando o ambiente


social e econômico onde vive.

Aceita assumir os riscos calculados e a possibilidade de fracassar.

2.3 PLANO DE NEGÓCIOS

O plano de negócios pode ser considerado a principal ferramenta de gestão


do empreendedor. Muito se fala a respeito deste documento nos dias atuais, mas
poucos empreendedores sabem como elaborar um e porque o plano de negócios
pode definir o sucesso ou fracasso do novo empreendimento (MORRINSON, 2008).

Cabe lembrar que não se aplica apenas aos negócios em fase inicial de
desenvolvimento, mas pode e deve ser utilizado por qualquer empresa, em qualquer
estágio, podendo ser constantemente revisado, possibilitando as reflexões e
atualizações necessárias às mudanças que ocorrem nos ambientes interno e
externo das empresas.

Plano de negócios é um documento que contém a caracterização do negócio,


sua forma de operar, suas estratégias, seu plano para conquistar uma fatia do
17

mercado e as projeções de despesas, receitas e resultados financeiros. (SALIM,


2005).

O plano de negócios é uma ferramenta para o empreendedor expor suas


ideias em uma linguagem que os leitores entendam e, principalmente, que mostre
viabilidade e probabilidade de sucesso em seu mercado, que se aplica tanto nos
lançamentos de novos empreendimentos quanto no planejamento de empresas
maduras. (DORNELAS, 2005).

De acordo com Dolabela (2009), plano de negócios é uma linguagem para


descrever de forma completa o que é ou o que pretende ser uma empresa. Uma
forma de pensar sobre o futuro do negócio: aonde ir, como ir mais rapidamente, o
que fazer durante o caminho para diminuir incertezas e riscos. Descreve um
negócio: os motivos da existência da oportunidade do negócio, como o
empreendedor pretende agarrá-la e como buscar e gerenciar os recursos para
aproveitá-la.

O plano de negócios é como um roteiro ou um resumo do empreendimento,


que contém todas as características do negócio e tem que ser planejado, atualizado
para que nada passe despercebido e seu objetivo é ser guia para o empreendedor
proporcionando uma visão do futuro do negócio, ou seja, a viabilidade para a
implantação do mesmo.

Um plano de negócios será mais bem elaborado se contar com uma visão
estratégica, previamente elaborada, que abarque toda a situação de um
empreendimento e do ambiente tecnológico, econômico, financeiro, social e cultural
que envolve. Para tanto é recomendável que se tomem em consideração, antes de
sua elaboração propriamente dita, as ameaças e oportunidades do ambiente,
principalmente no que está se traduzem em termos de mercado potencial e
condições financeiras, e as forças e fraquezas do empreendimento. (SALLES, 2001,
pág. 66).

O plano de negócios mostra em detalhes como será a empresa a ser criada,


quem são os empreendedores, quais serão os produtos oferecidos, quem são os
clientes, a estrutura de gerenciamento, o investimento necessário, projeções
18

financeiras para o fluxo de caixa, receitas, despesas, custos e lucros, ponto de


equilíbrio e tempo de retorno do investimento realizado.

É um instrumento de gestão que tem o objetivo de minimizar os riscos de uma


organização através de um planejamento que possibilita a sua estruturação de
maneira eficiente. Ele ainda projeta o futuro da organização através de uma visão
estratégica do ambiente tecnológico, sociocultural, financeiro e econômico.

3 O EMPREENDEDORISMO JOVEM – PROJETOS EDUCACIONAIS

Apesar da participação significativa dos jovens na criação de empresas e


dos mecanismos colocados em prática para incentivá-los a fazer ainda mais,
há um problema a ser considerado: pouco se conhece sobre as especificidades
do jovem empreendedor (BORGES; FILION; SOARES; MACHADO, 2005).

Dessa forma, poucos são os autores, no campo do empreendedorismo,


que se preocupam em analisar especificamente os jovens. Além do papel que
eles já realizam na criação de novos negócios, é possível que nos próximos anos
um número ainda maior passe a escolher, como opção de carreira, ser dono da
própria empresa. Isso porque o incentivo ao empreendedorismo juvenil é uma das
estratégias que os agentes públicos estão utilizando, de forma crescente, para
19

reduzir o desemprego entre os jovens e inseri-los no mercado de trabalho


(RIBEIRO; TEIXEIRA, 2012; LIMA FILHO et al., 2009).

Falar sobre o empreendedorismo jovem ainda é um desafio,


principalmente porque as pesquisas sobre o referido tema ainda são escassas.
Porém, o que se pode afirmar é que os jovens são um recurso importante para
o desenvolvimento de uma sociedade, e, por isso, precisam ser valorizado.

O empreendedorismo jovem apresenta-se como forma de inclusão de


jovens no mercado de trabalho e em contrapartida é fator preponderante para
promoção do desenvolvimento socioeconômico brasileiro (LIMA-FILHO,
SPROESSER, MATINS, 2009).

O interesse no incentivo do estudo e da prática empreendedora dos jovens


brasileiros se dá por vários motivos, especialmente “por ser, o Brasil, do ponto de
vista demográfico, um país jovem e ser a juventude uma etapa de transição que
processa a passagem de uma condição social mais recolhida e dependente a uma
mais ampla” (DEGEN, 2009).

De acordo com Brasil et al., (2013) o “conceito de projeto” mostra que o


homem busca sua afirmação pela ação, sendo a prática profissional uma das
dimensões centrais da juventude, pois o jovem busca afirmação pelo
reconhecimento profissional.

De acordo com Bernardi (2012, p. 64), “há um mito de que não é possível
desenvolver o empreendedorismo; deve-se nascer empreendedor. Isso não é
verdadeiro, tomando-se por base uma análise mais criteriosa dos vários
empreendimentos existentes, independentemente de sua etapa evolutiva”. Nesse
sentido, por muito tempo se acreditou que o empreendedor nascia com um
diferencial e era predestinado ao sucesso. Entretanto, atualmente, essa visão não
existe mais, pois há a crença de que o processo empreendedor pode sim ser
ensinado a qualquer pessoa, e que o sucesso é decorrente de vários fatores
internos e externos ao negócio, a começar do perfil do empreendedor e de como ele
administra as dificuldades enfrentadas no dia-a-dia da empresa.
20

Farah et al. (2011) afirmam que o desenvolvimento do empreendedorismo


começa pela educação, em todos os níveis da vida acadêmica. Sendo papel das
escolas que buscam formar profissionais gerar pessoas que sejam mais autônomas
mais criativas e capazes de liderar. O ensino do empreendedorismo tem grandes
possibilidades de se firmar como prática nas escolas porque a cultura do Brasil é a
do empreendedor espontâneo (FILION, 2013).

Ele só precisa de estímulo. Segundo este mesmo autor, é necessário que o


Brasil promova um programa nacional de educação empreendedora que insira todos
os níveis escolares. É preciso preparar os jovens desde o fundamental a
desempenharem papéis de empreendedores. Gradativamente vemos os progressos
do ensino do empreendedorismo no nosso país, pois, a cada dia veem-se mais
instituições de ensino inserindo nas suas matrizes curriculares a disciplina de
empreendedorismo.

4 CONTRIBUIÇÃO DO SISTEMA EDUCACIONAL EM PROJETOS E


DISCIPLINAS VOLTADAS AO EMPREENDEDORISMO - EMPRESAS MODELOS
21

REFERÊNCIAS

BERNARDI, Luiz Antonio. Manual de Empreendedorismo e Gestão: Fundamentos,


Estratégias e Dinâmicas. São Paulo: Atlas, 2012.
22

BORGES, C, FILION, L. J, SIMARD, G. Jovens Empreendedores e o Processo de


Criação de Empresas. RAM – REVISTA DE ADMINISTRAÇÃO MACKENZIE, V. 9,
N. 8, Edição Especial. NOV./DEZ. 2008

BRASIL, Sandra Aparecida; BRASIL, Cintia Fernanda; NOGUEIRA, Clariana Ribeiro.


Empreendedorismo Jovem: Fatores que Contribuem para a Atividade
Empreendedora. Universidade Estadual de Maringá. Caderno de Administração,
v.21, n.2, 2013.

DEGEN, Ronald Jean. O Empreendedor: empreender como opção de carreira. São


Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009

DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. Rio


de Janeiro: Campus. 2001

FARAH, Osvaldo Elias; CAVALCANTI, Marly; MARCONDES, Luciano Passos.


Empreendedorismo Estratégico: Criação e gestão de pequenas empresas. São
Paulo: Cengage Learning, 2011.

FILION, L. J. Empreendedorismo: empreendedores e proprietários-gerentes de


pequenos negócios. Revista de Administração, v. 34, n. 2, 2013.

GLOBAL ENTREPRENEURSHIP MONITOR, GEM. 2011. Disponível em:


<http://www.ibqp.org.br/img/projetos/downloads/arquivo_20120705121115.pdf >.
Acesso em: 05 de jan. de 2020

GIMENEZ. F. A. P., INACIO JUNIOR, E. Investigando o potencial empreendedor e


liderança criativa, In: ENCONTRO NACIONAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS
CURSOS DE POS GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, 26., 2012, Salvador.
Anais…Salvador, 2002

LIMA FILHO, D. O.; SPROESSER, R. L.; MARTINS, E. L. C. Empreendedorismo e


Jovens Empreendedores. Revista de Ciências da Administração, v. 11, n. 24, p.
246-277. Maio/ago 2009
23

MORRISON, A. (Editor). Entrepreuneurship - Uma Perspectiva Internacional.


Oxford: Butterworth- Heinemann, 2008

RIBEIRO, T. M.; TEIXEIRA, R. M. A criação de negócios por empreendedores


jovens: estudo de casos múltiplos no estado de Sergipe. Revista de
Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas – REGEPE, Brasil, v.1,
n.1, jan/abril de 2012

SOARES, M. A. F., MACHADO, H. P. V. Jovens empreendedores: perfil, dificuldades


na gestão e perspectivas dos empreendimentos. In: ENCONTRO DE ESTUDOS
SOBRE EMPREENDEDORISMO E GESTÃO DE PEQUENAS EMPRESAS, 4.,
2005, Curitiba, PR. Anais..

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