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LESÕES MELANOCÍTICAS
Os nevos melanocíticos ou pintas são proliferações
pigmentadas benignas dos melanócitos
Os nevos são as neoplasias cutâneas benignas + comuns → O
nevo melanocítico adquirido é o tipo mais comum
> FISIOPATOLOGIA → O nevo melanocítico é clonal e uma mutação no B-RAF pode ser a etiologia da maioria dos nevos adquiridos
(típico e atípico) e congênito.
As céls melanocíticas progenitoras acumulam mutações e, qnd precisa repovoar os melanócitos, causam nevomelanocítico.
Não há proliferação vascular, fibrose eosinofílica e fibrodisplasia lamelar como no atípico.
No fim da vida adulta, a contagem de nevos é mto menor do que na adolescência e é raro ter novos nevos.
Então, uma lesão em crescimento em adulto tem maior risco de melanoma.
A grande maioria dos nevos não representa perigo
Pctes com múltiplos nevos tem um risco aumentado p/ melanoma → 26% dos melanomas estão associados com nevos
Nevos numerososo e/ou atípicos são marcadores de risco, não lesões precursoras.
> CLASSIFICAÇÃO → Nevos melanocíticos têm uma escala de evolução, que vai de nevos juncionais → compostos → intradérmicos
Como a capacidade das células névicas de sintetizar melanina é maior na união dermoepidérmica e é menor à medida que atinge
a derme, os nevos se tornam menos pigmentados quanto mais penetram na derme
Nevos juncionais e compostos são comuns na infância e adolescência, já os intradérmicos manifestam-se entre 30-50 anos
- Nevos intradérmicos → Representam a última fase dos nevos melanocíticos, atingindo a derme
Pápulas ou nódulos bem delimitados, claros (cor da pele, marrom claro), redondos, em forma de cúpula, de superfície lisa e às
vezes com telangiectasias e pelos
Lesões antigas e pediculadas não desaparecem espontaneamente
> MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS → As lesões tendem a ser uniforme em aspecto e relativamente pequena no tamanho.
Vários nevos podem continuar estáveis por décadas, mas amuitos diminuem com o tempo.
No geral, as lesões têm superfície homogênea, forma arredondada ou oval, contorno regular e borda bem delimitada.
Geralmente, são da cor da pele, rosa ou marrom.
- Nevos + elevados, geralmente são mais claros → Componente intradérmico
- Nevos + planos são mais pigmentados → Componente juncional melanocítico ou nevo + proeminente e componente
dérmico menos proeminente.
Cor marrom mto escuro ou pretos não são mto comuns em pcte com pele clara, mas comum em pcte de pele escura
Pode ter pelos na superfície, mas se a lesão for em palma ou planta, não há pelo.
Os nevos melanocíticos são assintomático.
As lesões evoluem e desenvolvem fibrose gradual e, geralmente, a maioria desaparece a partir dos 60 anos
Costumam ocorre em face, tronco, extremidades, couro cabeludo e, ocasionalmente, em região palmo-plantar
Suspeita de melanoma, se → Áreas brancas, vermelhas, azuis e cinzas
Se há extensão da pigmentação para a pele da prega ungueal ou além do leito ungueal distal
Nevos novos ou em crescimento em pcte idoso
Qlqr nevo que sofra modificações súbitas devem causar preocupação
Causas benignas de modificação pode precisar de controle por 1-2 semanas, até a resolução.
Caso haja prurido persistente ou dor à palpação, deve-se acompanhar a lesão ou retirá-la → Prurido persistente pode ser uma
indicação precoce de malignização
Nevo melanocítico recorrente (Pseudomelanoma) → Lesões recorrentes após remoção incompleta de nevo melanocítico benigno.
O nevo recorrente fica confinado à cicatriz, mas pode ser marcadamente irregular.
Nevos eruptivos → Desenvolvimento espontâneo e concomitante de múltiplos nevomelanoocíticos esparsos, de aparência similar.
Geralmente, esses pctes têm doenças cutâneas bolhosas, imunossupressão ou QT
> DIAGNÓSTICO → O diagnóstico é clínico, mas quando há dúvida diagnóstica pode-se realizar dermatoscopia
Dermatoscopia → Padrão reticular ou globular. Diferencia lesões benignas de malignas → Suspeita de melanoma se houver
padrões não paralelos ou em sulcos paralelos
Não são necessários testes especiais. O diagnóstico benigno pode ser confirmado com a ↓atividade Ki67 e perda de HMB45
Nevos recentemente queimados pelo sol ou traumatizados podem agudamente ter características que lembrem melanoma, mas
essas modificações desaparecem a medida que ocorre cicatrização da lesão.
Nevos em fase inicial tbm podem ter características + preocupantes.
> PROGNÓSTICO → Os nevos melanocíticos não malignizam como consequência de manipulação ou traumatismo
Os nevos adquiridos podem ser atacados pelo sistema imune e desenvolver nevo halo
> EPIDEMIOLOGIA → Acomete crianças e adultos, sem predileção por sexo → Em geral, diminuem com a idade. É raro >50 anos
ter lesões ND, então, tem que pensar em melanoma
Durante a puberdade, os pctes desenvolvem + nevos atípicos.
Desenvolvem-se mais tardiamente que os nevos comuns, geralmente na pré-puberdade
A maior taxa de desenvolvimento e regressão ocorre em pcte <30anos.
A exposição ao sol e luz UV é importante p/ a etiologia do ND
Pctes com nevo atípico relatam exposição e queimaduras solares + frequentes, ppmente antes de 20anos
Pessoas com fácil bronzeamento parecem desenvolver menos.
Pcte com ND + efélides (sardas) tem maior risco de melanoma do que pctes sem efélides
A prevalência entre adultos jovens caucasianos é de 10%, mas varia de acordo com a população.
Ocorre em quase todos os pctes com melanoma cutâneo familiar e em 30-50% dos pctes com melanoma cutâneo esporádico
> FISIOPATOLOGIA → A etiologia é desconhecida, mas pode haver componente genético de risco.
Pode haver padrão autossômico dominante.
É um nevo adquirido e pigmentado que representa a proliferação desordenada de melanócitos, com atipia variável
O clone anômalo de melanócitos pode ser ativado pela exposição à luz solar → É mais comum em áreas fotoexpostas
Pctes imunossuprimidos com nevos displásicos apresentam maior incidência de melanoma
Na histologia, há padrão de crescimento imaturo ou desordenado.
Está associada com grande nº de nevos adquiridos comuns.
A maioria involui e desaparece
> MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS → É uma lesão plana, assimétrica, grande (>5mm), com bordas indefinidas,
forma irregular, com pigmentação variável.
Ele não costuma ser circular ou ovoide como no típico.
Se a lesão for completamente elevada ou papular, não é um ND → Na involução ele pode ser tornar completamente papular, aí
não é + displásico.
As bordas da lesão , geralmente, tem despigmentação gradual p/ atingir o tom da pele adjacente.
Pode ter partes com bordas definidas e partes indistintas.
São + comuns em áreas expostas ao sol de forma intermitente → É + comum no tronco, ppmente dorso
Mas tbm pode ocorrer em áreas não expostas.
Eles tem períodos de estabilidade e hiperatividade → As modificações das lesões podem ocorrer após exposição aumentada ao
sol ou UV ou em momentos de modificações hormonais/de crescimento (puberdade, gravidez)
> TRATAMENTO → Com o tempo, a maioria das lesões desaparecem sem deixar marcas óbvias.
A ausência de involução leva ao maior risco de melanoma.
-Se nevo único, sem suspeita de melanoma → Foto de grande aumento → Acompanha por 1ano
-Se múltiplos nevos→ Suspeita de melanoma → Biopsia excisional com margens livres → Reavalia em 3 meses
Sem suspeita de melanoma→ Foto de corpo, grande aumento de lesão específica→ Fotoproteção e
autoexame e reavaliar em 6m
- Se a atividade do nevo
aumenta, deve-se aumentar a
frequência da avaliação
periódica.
- Instruir o autoexame
- Fotoproteção
- A remoção de todos os nevos
não é recomendada pq não
altera a necessidade de
acompanhamento periódico,
fotoproteção, autoexame
- Só remover se houver
suspeita clínica de melanoma.
- Não se deve destruir a lesão com laser ou
outros métodos físico-químicos, pq estes
procedimentos impedem análise histológica
- Deve-se realizar biopsia excisional da lesão
com margens livres:
- Lesões com alterações (aumento de
tamanho, modificação no padrão de
pigmentação, alteração na forma e/ou borda)
- Lesões em que o paciente não consegue
realizar auto-acompanhamento (couro
cabeludo, genitais e pescoço)
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS → O pcte típico é um idoso de pele e olhos claros, com historia de exposição solar, que se queima e
tem sardas ao invés de bronzear e tem elastose solar no exame físico.
Mais de 80% das lesões aparecem em áreas expostas ao sol → Couro cabeludo, cabeça (região frontal, nariz, bochecha,
têmporas, lábio), pavilhão auricular, pescoço, antebraço, dorso das mãos.
AK hipertrófica (AKH) → Placa ou pápula espessa, escamosa e áspera, em pele cinza ou eritematosa.
Mais em dorso da mão, braço, couro cabeludo.
Pode ser difícil diferenciar de CA
Corno cutâneo é uma reação (tipo de AKH) de protuberância hipertrófica cônica. A altura é, pelo menos, metade do maior
diâmetro
TRATAMENTO → Deve ser tratada pq tem curso imprevisível, são sintomáticas e podem progredir p/ CA se não tratada.
É importante orientar o pcte que a partir do 3º-4º dia, em média, as lesões vão piorar, e para ele não interromper o tto, já que
isso é o esperado.
- Tópica → - Creme de 5-fluouracil (5-FU) 0,5-5% 2x/dia por 2-4semanas → É eficaz em 75% dos casos, mas pode causar
irritação, erosão e cicatrização. Geralmente o resultado estético é satisfatório
É efetivo para as lesões superficiais e subclínicas
No dorso das mãos e nas pernas o tratamento pode ser prolongado
Há maior eficácia quando aplicado sob oclusão e em combinação com tretinoína
Após interrupção do tratamento, há reepitelização das áreas lesadas
O tratamento prévio com breve criocirurgia pode melhorar a eficácica do 5-FU
- Creme de imiquimod 5% 2x/semana por 4-16 semanas → Em AK não hipertrófica e adulto imunocompetente. Mas
tbm pode causar irritação, ulceração e dor.
Ela estimula a síntese de interferon, que atua contra as céls pré-cancerosas ou cancerosas
- Gel de diclofenaco 3% 2x/dia por 90dias→ Se houve efeitos adversos de 5-FU ou imiquimod.
A produção de PG a partir do ác. aracdônico ajuda na formação de CA não-melanoma por radiação UV
Ele não causa tanta irritação, inflamação ou incapacidade p/ o pcte como os outros tto tópicos.
- Procedimentos → Se o pcte não consegue fazer o tto tópico, prefere tto único ou tem preocupação cosmética.
- Criopeeling → É a criocirurgia com N líquido em áreas de AK e pele circunjacente aparentemente normal
- Dermatoabrasão → Destruição física das AK por abrasão
- Peeling químico → Usa solução de Jesnner e ATA 35%
- Ressurfacing com laser → P/ tratar e fazer profilaxia de AK.
- Terapia fotodinâmica (PDT) com ácido (ALA) → Ppmente em AK múltiplas e difusas.
O melhor tto p/ AK é a terapia combinada → Na 1ª visita, as maiores e + doloridas podem ser biopsiadas p/ excluir CA ou tratada
com criocirurgia e as menores podem ser tratadas na terapia de campo.
Numa 2ª visita, p/ avaliação de acompanhamento das AK tratadas é melhor o tto tópico.
PREVENÇÃO → Uso diário de FPS de alta eficácia + uso de roupas, óculos, chapéus.
Retinoides tópicos de uso crônico pode melhorar o nº de AK
Retinoide oral é eficaz na prevenção de CA não melanoma e AK, ppmente em pcte de risco, como transplantado, sd. genética
Ácido retinoico em baixas doses + Tretinoina tópica → Usado na prevenção de AK e CA não-melanoma em transplantado renal
Imiquimod é usado p/ profilaxia de CA epitelial em transplantado
CERATOACANTOMA
É um tumor epitelial comum da pele caracterizado pelo crescimento rápido e características histopatológicas mto parecidas com
o CEC e tendência à regressão espontânea.
Alguns autores o consideram como um tumor cutâneo benigno (tumor pseudomaligno), outros dizem que é uma neoplasia
maligna variante do CEC, pq ele tem potencial de metástase a distância e destruição local de estruturas importantes.
É diferente do CEC, pq possui crescimento mais rápido (mtos cm/semana) e pode regredir espontaneamente
EPIDEMIOLOGIA → Mais em idosos (pico com 55-65anos, raro em jovens), em áreas fotoexpostas, ppmente em extremidades.
Mais em pessoas de pele clara e raramente ocorre em pele escura e japoneses.
Ambos os sexos são afetados igualmente, talvez com uma leve predileção masculina.
Há relação com carcinógenos químicos → Maior incidência em cidade industrial e trabalhadores em contato com piche, óleos
minerais e alcatrão.
Fumantes tbm são + afetados.
Tbm ocorre em pcte com imunossupressão por transplante de MO, tto com ciclosporina ou infecção por HIV
Está associado com traumas locais → Enxertos de pele, região de punção arterial e vacinação.
Alguns mostram associação com HPV
Fatores genéticos provavelmente tem grande participação no tipo familiar de ceratoacantoma.
Está relacionada com a exposição crônica à luz UV, causando lesões em áreas fotoexpostas.
Cetaroacantoma é comumente observado em pcte com Sd. de Muir-Torre, que está associada com vários CA internos.
Tbm tem relação com CA colorretal hereditário não polipoide.
FISIOPATOLOGIA → Casos de ceratoacantoma típico com metástase são observados.
Há 4 possíveis explicações: - Diagnóstico equivocado de ceratoacantoma
- Presença concomitante de ceratoacantoma e CEC na msm lesão
- Transformação maligna de ceratoacantoma em CEC
- Ceratoacantoma pode ser uma variante peculiar de CEC
O ceratoacantoma é + proliferativo do que o CEC
Não se sabe muito a respeito da patogênese do ceratoacantoma e do mecanismo de regressão espontânea.
Pode ter neurotropismo e até invasão vascular, mas isso não afeta o prognóstico.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS →Nódulo úncio verrucoso liso, em formato de cúpula, com cratera ceratótica central
Ocorre em área fotoexposta → Face (fronte, nariz, lábio inferior), antebraço e dorso da mão
É uma lesão solitária que cresce rapidamente em poucas semanas e depois tem involução lenta em poucos meses
É comum ter dano actínico na pele circunjacente.
Tem 3 estágios clínicos: - Proliferativo → Pápulas que crescem rápido, com 1-2cm de diâmetro. Lesão simétrica, firme, sup. lisa
- Maduro → Nódulos eritematosos simétricos, firmes, eritematosos ou cor de pele
- Regressão → Nódulos ceráticos parcialmente necróticos que ficam progressivamente planos com
eliminação da camada ceratótica, deixando uma cicatriz hipopigmentada.
DIAGNÓSTICO → O diagnóstico histopatológico se baseia na inspeção com magnificação. Biópsias (por punch, chaving, curetagem)
não diferenciam ceratoacantoma de CEC.
As características histopatológicas dependem do estágio de evolução do tumor.
Pcte com múltiplas ceratoacantomas devem ser avaliados p/ Sd. de Muir-Torre, onde pode-se observar tumores sebáceos
cutâneos e malignidades viscerais de baixo grau (Tumor do TGI, CA de pulmão, sistema GU, pólipos de cólon)
TRATAMENTO → Como tem regressão espontânea, em casos típicos, pode-se fazer acompanhamento cuidadoso.
Mas, como não se pode distinguir do CEC, recomenda-se a extirpação cirúrgica de toda a lesão, ppmente se houver lesões
persistentes e recorrentes.
Cirurgia de Mohs → Se lesão recorrente, em face, lesões gigantes ou ceratoacantoma centrífugo marginado
Radioterapia → Se a lesão for de difícil controle cirúrgico
Pode-se fazer instilação intralesional de quimioterápico e 5-FU tópico
Imiquimod tópico parece induzir a regressão do ceratoacantoma
Tto sistêmico → Quimioterapia com metrotexato, ciclofosfamida ou 5-FU
PROGNÓSTICO → Lesões solitárias se comportam como TU benigno na maioria, mas metástase p/ linfonodo e vísceras são
observados em alguns pctes.
O ceratoacantoma facial central pode ser comportar de forma agressiva
Ceratoacantoma ungueal não tem tendência à regressão espontânea e pode causar destruição do osso.
Possui crescimento rápido, muito maior que o carcinoma, e involução espontânea em 2-6 meses
LESÕES MALIGNAS
CARCINOMA ESPINOCELULAR/de CÉLS ESCAMOSAS (CEC)
É um tumor maligno dos ceratinócitos, que se origina na epiderme, nos anexos cutâneos e na mucosa escamosa estratificada
Geralmente surge a partir de lesões precursoras → Cicatriz de queimadura, ferida crônica ou lesão causada pelo efeito
cumulativo do sol (AK, ceratoacantoma, Doença de Bowen e outros), mas tbm pode se desenvolver a partir da pele íntegra
EPIDEMIOLOGIA → Ele faz parte dos CA de pele não-melanoma (CANM) e, junto com o basocelular, representam as malignidades
+ comuns no homem. Fator Predisponente p/ CEC
É o 2º tipo + comum de câncer de pele (20-25%) → É menos comum que CA Lesões precursoras (AK, doença de Bowen) →
basocelular, mas tem + risco de metástase que esse CEC in situ
O aumento da exposição à radiação UV e maior longevidade são possíveis causas Exposição à radiação UV crônica
Exposição à radiação ionizante
p/ o aumento da doença
Exposição à carcinógeno ambiental →
Estima-se que p/ cada 4CBC há 1CEC e p/ cada melanoma há 20CA não Arsênico, hidrocarboneto aromático, inseticida
melanoma. Imunossupressão (18x)
INCA estima que em 2012 serão 135 mil novos casos de CA de pele (excluindo-se Cicatrizes por processo inflamatório crônico.
melanomas), ou seja por volta de 27 mil novos casos de CEC. A cicatriz por vacinação é + CBC do que CEC
A incidência de CEC tem aumentado drasticamente nos últimos anos. Exposição prolongada ao calor ou queimadura
Cicatriz crônica ou dermatoses inflamatórias
Infecção pelo HPV 16, 18, 31, 33, 39, 40, 51-60
FATORES DE RISCO → Genodermatoses (albinismo, xerodermia,
- Idade → Há grande aumento a partir de 40anos. poroceratose)
O CEC ocorre pela ação crônica da radiação UV, então, quanto + velho, +
UV ele terá recebido.
- CEC prévio → Após o diagnóstico de CEC, o pcte tem 44-50% de chance p/ desenvolver outro CANM nos 3-5anos subsequentes.
Eles tbm tem maior risco de CA extracutâneo (≠ do CBC)
- Sexo → Homens são 2x + comuns.
Se CEC nas pernas, é mais comum em mulheres
- Coloração da pele → Há relação inversa entre pigmentação da pele e incidência de CEC (efeito protetor da eumelanina)
Pele e olhos claros, que se bronzeiam pouco, tem maior risco→ Fototipos I e II
- Exposição à radiação UV → A incidência é maior perto do Equador, devido à maior radiação UV
A radiação UV é + relacionada com CEC do que com o basocelular.
A radiação UV é o ppal fator de risco p/ CEC
- Tabagismo e Etilismo → Estão relacionados com CEC em cavidade oral
É o único CA de pele relacionado c/ tabagismo (ppmente em boca), CBC e melanoma parecem não ter relação com cigarro
- Imunossupressão → Ppmente em transplantados
Quando induzido por raios UV, em pessoas hígidas, não costuma metastatizar; em imunossuprimidos, é mais agressivo
- Doença cutânea inflamatória crônica → LE cutâneo, queimadura, dermatite crônica por radiação, líquen plano da mucosa oral
- Profissão → Agricultores, pescadores, socorristas, instaladores de linhas telefônicas, trabalhadores com construção
- Lesões Precurssoras → AK, doença de Bowen, Eritroplasia de queyrat (CEC in situ do penis), líquen escleroatróñco genital,
cicatrizes de queimaduras, úlcera de Marjolin, úlceras e fístuias crônicas
- Úlceras crônicas e cicatrizes → CEC podem surgir em feridas crônicas, pplmente úlceras crônicas.
Ocorrem tbm em cicatrizas, ppmente em cicatrizes de queimaduras.
Qnd ocorrem em feridas ou cicatrizes, tendem a ser mais agressivos.
- HPV → A infecção pelo HPV está + relacionada a CEC de vagina, vulva, pênis e colo do útero.
Na pele pode ser um contribuinte secundário, pplmente em Sd. genéticas e pctes transplantados.
- Radiação ionizante → Como a usada em RT tbm está relacionada a maior risco. Aí, os CA tendem a ser tbm mais agressivos.
Não é exclusivo da pele, acometendo tbm mucosas, como, garganta, boca, colo do útero, vagina e pênis.
Seu comportamento é + agressivo nas mucosas, pplmente em boca e garganta, com maior risco de metástases e morte
Na pele, o CEC não é tão agressivo.
De uma forma simples o CEC é + perigoso que o basocelular, mas menos perigoso que um melanoma.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS → Não é tão característico quanto o CBC ou melanoma, sendo um tumor + difícil de se diagnosticar.
Pápula ou placa ceratótica isolada, firme, eritematosa ou cor da pele
Pode se manifestar como úlcera, nódulo liso, corno cutâneo espesso ou abscesso (ppmente periungueal)
Normalmente é uma lesão friável que pode se ulcerar, formando uma ferida que não cicatriza ou sangra qnd traumatizado
Costuma ter um crescimento rápido, por isso pode atingir grandes dimensões.
As lesões precursoras, geralmente, são assintomáticas → Os pctes com lesões múltiplas de AK têm uma lesão única que
gradualmente se torna + proeminente do que outras e que não responde ao corticoide.
É + comum em área fotoexposta → Cabeça, pescoço, dorso das mãos, lábio inferior, orelhas, mucosa bucal e genitália externa
Em negros é distribuído igualmente em áreas protegidas e expostas ao sol.
Geralmente é solitária a partir de lesões precursoras.
No imunossuprimido pode se manifestar como CEC eruptivo.
CEC de Lábio Inferior → Começa como placa áspera, queilite actínica ou leucoplasia escamosa, com lenta progressão ao nódulo
tumoral
Como sinais há fenda labial permanente com crostas ou escamas, manchas vermelhas e brancas atróficas, bordas indistintas,
pequena fissura ou ulceração dentro da área de endurecimento da queilite.
CEC Genital → Ocorre + em grande lábio anterior. Pode ser assintomático ou ter prurido e sangramento.
CEC de cérvice é associado com infecção pelo HPV
Eritroplasia de Queyrat → É um precursor do CEC de pênis (CEC in situ de pênis)
São lesões eritematosas, bem delimitadas, brilhantes, maculares ou em placa, sobre a glande peniana
ou prepúcio, lábios menores e ocasionalmente a mucosa oral
É a doença de Bowen com acometimento de mucosas
CEC de pênis está associado com a não circuncisão, condiloma, fimose e líquen escleroso e atrófico.
CEC em Cicatrizes → Geralmente ocorre décadas após a lesão, com colapso da pele e erosão persistente
Surge modularidade de forma gradual, mas a detecção é tardia pq ele é encoberto por endurecimento cicatricial circunjacente.
CEC Verrucoso → Tumores exofíticos com aparência de couve-flor, crescimento lento, que ocorre em locais de irritação crônica.
CEC Metastático → Pode ser suspeitado qnd houver adenopatia palpável firme, não dolorosa junto ao local de CEC previamente
tratado.
Tbm pode se apresentar como grande pápula ceratótica ou nódulos parecidos com a lesão primária.
Classificação (Périco)
> CEC in situ (doença de Bowen) → São máculas, pápulas ou placas, solitárias ou múltiplas, bem delimitadas, de coloração rosada ou vermelha,
que podem apresentar hiperceratose descamativa
É o CEC na forma + inicial, que ainda não invadiu a derme. Nestes casos a dermatoscopia pode ajudar e muito no diagnóstico.
Surge com frequência sobre lesões displásicas epiteliais (como a ceratose actínica) ou lesão intraepitelial escamosa (LIE) induzida por HPV
(ppmente na região genital, em torno das unhas)
São lesões assintomáticas, as quais podem sangrar
A formação de nódulos sugere progressão para CEC infiltrativo → Ca de Bowen
> CEC infiltrativo
CEC bem diferenciado → Pápula, placa ou nódulo endurado, com escama ceratótica grossa e aderente, eritematosa, amarelada ou cor da pele e
forma diversa (poligonal, oval, redonda, umbilicada, ulcerada)
Quando ulcerada, pode haver uma crosta dura e hiperceratótica no centro da lesão
Quase sempre possui hiperceratose associada
São tumores firme e duros à palpação
Pode haver linfadenopatia regional, devido à metástase
Em 90% dos casos de CEC labial, há acometimento do lábio inferior
É difícil a visualização qnd ocorre em cicatriz de queimadura ou úlcera crônica de estase → Suspeitar qnd há nodulação endurecida e sinais de
queratinização
CEC indiferenciado → Pápulas, nódulos e vegetações papilomatosas carnosas, crostosas, eritematosas, macias, poligonais, irregulares e friáveis
Pode haver ulceração com base necrótica, com bordo macio e carnoso
Pode ser uma lesão solitária ou múltipla, em face, tronco, MMII, genitália
Linfadenopatia regional, devido à metástase, é bastante comum
RECORRÊNCIA E METÁSTASE → CEC pode causar destruição do tecido local, mas tbm pode metastizar.
A metástase, geralmente, acomete linfonodo regional e são detectados de 1-3anos após o diagnóstico e tto inicial.
Mtas vezes, antes da metástase tem recorrência local da lesão primária. CA de CEC de Alto Risco p/ Recorrência e Metástase
A metástase ocorre em 0,5-6% Diâmetro >2cm
Aprox. 85% das metástases são regionais e 15% sistemicas, podendo Profundidade >4mm a nível de Clark IV e V
acometer: Pulmões, Fígado, cérebro, pele e osso Envolvimento de osso, músculo e nervo
Localização na orelha (recorrência), lábio (metástase)
Tumor em uma cicatriz (Metástase em 40%)
DIAGNÓSTICO → É clínico, confirmado por biópsia e análise Grau de Broders 3 ou 4
anatomopatológica Imunossupressão do paciente
Qlqr lesão que não cicatriza ou que tem um aumento persistente, ppmente Ausência de infiltrado inflamatório
em locais expostos ao sol.
Tratamento de Lesões de Alto Risco → O 5-FU oral é usado p/ tratar lesões agressivas refratárias ao tto convencional
Tto com β-caroteno, interferon e retinoides.
TC ou RM p/ detectar envolvimento perineural de cabeça e pescoço.
Linfadenectomia de linfonodo sentinela tem sido combinado à cirurgia de Mohs
Lesões de alto risco pode precisar de linfadenectomia cervical eletiva.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS → As lesões ocorrem + em área de face (ppmente nos 2/3 superiores , sendo o nariz em 20%) e
pescoço expostas ao sol, mas pode ocorrer em qlqr local do corpo.
As lesões podem ser translucentes, ulceradas, com telangiectasia e presença de bordas elevadas.
Lesão friável que não cura.
Geralmente, é diagnosticada em pctes com uma lesão que sangra brevemente e depois “cura” completamente antes de recorrer
Não acomete região palmo-plantar e mucosas
As lesões são geralmente assintomáticas, mas pode haver prurido, ardor, dor, sangramento ou exsudação
SUBTIPOS DE CBC:
> CBC Nodular → É o subtipo + comum
Ocorre + em área fotoexposta de cabeça e pescoço e aparece como uma pápula translucente que evolui
com crescimento lento p/ nódulo com posterior ulceração central recoberta por crosta
Geralmente, tem telangiectasia e pode ter bordas elevadas peroladas.
CBC plano-cicatricial - Quando há cicatrização central, chama-se de
CBC vegetante - A lesão prolifera centralmente
CBC terebrante → Acometimento, invasão e destruição de músculos, cartilagem e ossos
> CBC SUPERFICIAL → Creme tópico com 5-FU ou imiquimod, 1-2x/dia, é eficaz → Fazer biópsia semestral para avaliar recorrência
A crioterapia é bastante eficaz e causa cicatrização superficial
Eletrocoagulação e curetagem causam recorrência em 30% das lesões da face
MELANOMA
É uma neoplasia originária ppmente na pele, mas tbm pode ocorrer em mucosas, olhos, meninges.
Há proliferação maligna dos melanócitos. É o + maligno dos tumores cutâneos, devido ao potencial metastático e letalidade
É a ppal causa de morte em dermatologia
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS →
Em jovens as áreas expostas de forma intermitente tem maiores taxas de melanoma:
Homens → Ocorre mais em tronco, ppmente em região dorsal superior.
Mulheres → Mais em pernas, seguida pelo tronco
Em idosos, há maior incidência em áreas expostas cronicamente → Face, pescoço, escalpo e orelhas.
SUBTIPOS DE MELANOMA
> Melanoma Disseminado Superficial (MDS) → É a forma + comum de melanoma (70% dos casos)
Ocorre entre os 30-40 anos, sendo mais comumente localizado em tronco e dorso nos homens e MMII nas
mulheres (locais expostos ao sol de forma intermitente)
Tem os aspectos do critério ABCD
É o melanoma que mais se associa a nevos preexistentes
A história + comum é de uma lesão que se modifica lentamente no decorrer de meses/anos.
Pode ser confundida com nevo atípico ou dermatose seborreica.
Mácula ou pápula >6mm, tons variados, bordas irregulares.
Possui prognóstico intermediário, entre o LMM e MN
> Lentigo Maligno Melanoma (LMM) → É um subtipo de melanoma in situ com longa fase de crescimento
radial que pode progredir p/ LM invasivo, que corresponde a 10-15% dos melanomas.
São diagnosticados entre 60-70anos, em populações + idosas do que outros tipos de melanomas. É
incomum antes dos 40anos.
A patogênese está relacionada com a exposição crônica ao sol, não intermitente
Os locais + comuns são áreas cronicamente expostas ao sol → Face, pescoço, escalpo, orelhas
É uma mácula, tipo sarda plana, que cresce lentamente, formato irregular e diferentes tonalidades. Geralmente >3cm
O risco de LM invasivo a partir do LM é baixo, mas, se ocorrer, é mto letal.
Ele tem extenso crescimento lateral subclínico, o que causa ↑ taxa de recorrência com o uso de margens padrão.
Tem associação menos comum com nevos (3%), mas maior associação com melanoma desmpplásico.
Ocorre sobre a melanose maligna e há associação com a intensidade do dano actínico e história prévia de CA não-melanoma,
ppmente nos indivíduos com pele tipo I que vivem em clima tropical
É o melanoma de melhor prognóstico, visto que ocorre nos melanócitos epidérmicos
> Melanoma Lentiginoso Acral ou de Extremidades (MLA) → Melanoma + comum em negros e asiáticos
Corresponde a 2-8% dos melanomas em caucasianos, mas 60-70% dos melanomas em negros.
Ocorre em população + idosa, com idade média de início de 65anos.
Os locais + comuns são regiões palmo-plantar, peri e subungueal
Ela não está relacionada com a exposição solar.
Pode ser marrom, preto, vermelho, com bordas
irregulares.
Sinal de Hutchinson → Pigmentação da prega ungueal
posterior. Sinal de mau prognóstico.
Costuma obedecer à regra do ABCD
Possui as fases de crescimento horizontal (diagnóstico
histológico é difícil) e vertical (potencial metastático)
A progressão dérmica do tumor ocorre de maneira
semelhante ao MN
MELANOMA NA GESTANTE → É a 2ª neoplasia + comum em mulher na menacme e tbm é um dos tipos de CA + comumente
diagnosticados na gestação, talvez por alterações hormonais e de hiperpigmentação.
Mas, a gravidez não influencia na sobrevida.
Elas devem receber o msm tto cirúrgico e biopsia de linfonodo sentinela. Mas contraindicar alguns quimioterápicos e regimes
imunológicos.
Recomenda-se um período de 5 anos p/ próxima gestação, p/ evitar
recorrências.
Imuno-histoquímica → Em lesões pobremente diferenciadas, com pouco ou sem pigmento que gera dúvida histológica
Pode-se solicitar os marcadores tumorais S100, HMB45 e MART-1
Seguimento do Pcte → Exame Clínico → Ectoscopia de toda a superfície corpórea, palpação de cadeias linfonodais e exame de abd
Exames de Imagem → Rx de tórax, US abd a cada 6 meses
Laboratório → LDH e
hepatograma a cada 6 meses
TC e cintolografia óssea → Se
queixas
CURSO CLÍNICO →
ESTÁGIO I e II → Doença localizada, com Breslow <1mm
Tem prognóstico excelente, com sobrevida a longo prazo >90%
15-35% tem alguma forma de recorrência local, regional ou a distancia
A maioria das recidivas ocorrem em 1-5anos do diagnóstico e tto
3 semanas após a biopsia e a confirmação do diagnóstico → Reexcisar a lesão com margem de ampliação de acordo com a
espessura do tumor e retirar todo o tecido subcutâneo:
- CA in situ → Margem de 0,5cm
- CA com profundidade < 1mm→ Margem de 1cm
- CA com profundidade de 1-4mm (intermediária)→ Margem de 2cm + pesquisa de linfonodo sentinela p/ estagio
- CA com profundidade >4mm → Margem de, no mínimo, 2 cm. Não aumenta a sobrevida
Interferon α-2b → É a única terapia adjuvante aprovada p/ pcte com melanoma de alto risco, após a ampliação de
margem. Ela causa a regressão de micrometástases, ainda indetectáveis.
Não há benefício de QT, RT, retinoide e imunoterapia
Melanoma com Metástase à Distância (Estágio IV) → Se for tratar pcte com metástase, lembrar:
- Só poucos pctes se beneficia com o tto (QT, quimioimunoterapia) e, se beneficiar, tem modesto ↑ da sobrevida
- Esses tto tem mtos efeitos colaterais → Avaliar o impacto na qualidade de vida
- Pode-se optar por fazer analgesia e tto de suporte p/ os pctes.
-Cirurgia → Em pcte com 1 ou poucas metástases pode ter ↑ da sobrevida - Estágio I: - T1: Excisão local com 1cm de margem
com a cirurgia - T2: excisão local com 2cm de margem
Tbm é indicada como tto paliativo p/ tratar metástases que afetam o - Estágio II e III: Ressecção com 2cm de margem
funcionamento do órgão acometido Linfonodo sentinela
- RT → Indicada em casos especiais, como metástase cerebral, compressão - Estágio IV: Ressecção cirúrgica de todas as lesões
medular, dor crônica por metástase em osso ou metástases cutâneas ou (inclusive as metastáticas), sempre que possível
viscerais que não são cirurgicamente ressecáveis. Se metástases muito numerosas, QT
Se dor óssea ou metástase em SNC, RT
- QT → Estágio III e IV está indicado QT
*Linfonodo sentinela a partir de T2 → Se + realizar
- Imunoterapia → Faz a estimulação da resposta imunológica do hospedeiro ressecção linfonodal e QT adjuvante
contra céls neoplásicas. Ela pode ser combinada com a QT, em alguns casos. *QT adjuvante sempre que linfonodo positivo ou T4
• Fator Prognóstico p/ Metástases → O estado dos linfonodos regionais é o melhor fator prognóstico na sobrevida do melanoma
O nº de linfonodos envolvidos é fator de risco + importante p/ pcte em estágio III.
O 2º fator de risco + importante é a carga tumoral
Metástase a distancia mostra pior prognóstico com sobrevida de meses → Os locais da metástase são fatores prognósticos +
importante.
Metástase visceral tem pior
prognóstico que as não
viscerais. Elas ocorrem na
seguinte frequência → Pele,
linfonodo, pulmão, SNC,
fígado e ossos