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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA

CURSO DE AGRONOMIA

Vírus e Viroides

Profª Renata Silva Canuto de Pinho


Holanda séc. XVII

Tulipas variegadas (na verdade infectadas


por um potyvírus)

Preço pago por um único bulbo infectado:


• Quatro toneladas de trigo;
• Oito toneladas de cevada;
• Quatro bois gordos;
• Doze ovelhas gordas;
• Dois barris de vinho;
• Quatro barris de cerveja;
• Uma cama;
• Uma pulseira de prata.
Ivanowski – Rússia Beijerinck – Holanda
1892 1898
Repete o experimento de Repete o experimento de
Mayer, porém filtra o Ivanowski, com os
extrato de planta mesmos resultados
infectada em filtro de
Propõe que o mosaico do
porcelana, capaz de reter
fumo é causado por um
bactérias
agente distinto de fungos
Filtrado transmite doença e bactérias
Não confiou nos próprios Contagium vivum fluidum
resultados (fluido vivo contagioso) –
vírus.
Erwin Baur – Alemanha
1904
Transmissão do mosaico
de Abutilon por enxertia
1900 – 1930
Diversas doenças são descritas e
caracterizadas como “causadas
por vírus”, como base em
propriedades de transmissão via
extrato e por enxertia.
“Descrição” de diversos vírus
(PVX, PVY, LMV) com base em
propriedades de transmissão e
indução de doenças
Natureza dos vírus permanece
desconhecida
Os vírus de plantas são estudados por dois motivos:

1. Causam doenças de grande importância econômica, com sérias


perdas;
2. São modelos para estudos de biologia de plantas.
Algumas viroses de plantas de importância econômica

No Brasil:

Tristeza dos citros (CTV)


Algumas viroses de plantas de importância econômica

No Brasil:

Tristeza dos citros (CTV)


Mancha anelar do
mamoeiro (PRSV)
Algumas viroses de plantas de importância econômica

No Brasil:

Tristeza dos citros (CTV)


Mancha anelar do
mamoeiro (PRSV)
Endurecimento dos frutos
do maracujazeiro (PWV,
CABMV)
Algumas viroses de plantas de importância econômica

No Brasil:

Tristeza dos citros (CTV)


Mancha anelar do
mamoeiro (PRSV)
Endurecimento dos frutos
do maracujazeiro (PWV,
CABMV)
Mosaico dourado do
feijoeiro (BGMV)
Algumas viroses de plantas de importância econômica

No Brasil:

Tristeza dos citros (CTV)


Mancha anelar do
mamoeiro (PRSV)
Endurecimento dos frutos
do maracujazeiro (PWV,
CABMV)
Mosaico dourado do
feijoeiro (BGMV)
Geminivírus em tomateiro
(ToYVSV, ToRMV)
Algumas viroses de plantas de importância econômica

No Brasil:

Tristeza dos citros (CTV)


Mancha anelar do
mamoeiro (PRSV)
Endurecimento dos frutos
do maracujazeiro (PWV,
CABMV)
Mosaico dourado do
feijoeiro (BGMV)
Geminivírus em tomateiro
(ToYVSV, ToRMV)
Algumas viroses de plantas de importância econômica

No Brasil:

Tristeza dos citros (CTV)


Mancha anelar do
mamoeiro (PRSV)
Endurecimento dos frutos
do maracujazeiro (PWV,
CABMV)
Mosaico dourado do
feijoeiro (BGMV)
Geminivírus em tomateiro
(ToYVSV, ToRMV)
Algumas viroses de plantas de importância econômica

No Brasil:

Tristeza dos citros (CTV)


Mancha anelar do
mamoeiro (PRSV)
Endurecimento dos frutos
do maracujazeiro (PWV,
CABMV)
Mosaico dourado do
feijoeiro (BGMV)
Geminivírus em tomateiro
(ToYVSV, ToRMV)
Enrolamento das folhas da
batata (PLRV)
Algumas viroses de plantas de importância econômica
Tristeza dos citros (CTV)
No Brasil: Mancha anelar do
mamoeiro (PRSV)
Endurecimento dos frutos
do maracujazeiro (PWV,
CABMV)
Mosaico dourado do
feijoeiro (BGMV)
Geminivírus em tomateiro
(ToYVSV, ToRMV)
Enrolamento das folhas da
batata (PLRV)
Mosaico das curcubitáceas
(PRSV-W, ZYMV, WMV)
Algumas viroses de plantas de importância econômica

No mundo:

Nanismo amarelo da
cevada (BYDV)
Algumas viroses de plantas de importância econômica

No mundo:

Nanismo amarelo da
cevada (BYDV)
Enrolamento amarelo das
folhas do tomateiro
(TYLCV)
Algumas viroses de plantas de importância econômica

No mundo:

Nanismo amarelo da
cevada (BYDV)
Enrolamento amarelo das
folhas do tomateiro
(TYLCV)
Vira cabeça do tomateiro
(TSWV, TCSV, GRSV)
Algumas viroses de plantas de importância econômica

No mundo:

Nanismo amarelo da
cevada (BYDV)
Enrolamento amarelo das
folhas do tomateiro
(TYLCV)
Vira cabeça do tomateiro
(TSWV, TCSV, GRSV)
Algumas viroses de plantas de importância econômica

No mundo:

Nanismo amarelo da
cevada (BYDV)
Enrolamento amarelo das
folhas do tomateiro
(TYLCV)
Vira cabeça do tomateiro
(TSWV, TCSV, GRSV)
Mosaico da alface (LMV)
Algumas viroses de plantas de importância econômica

No mundo:

Nanismo amarelo da
cevada (BYDV)
Enrolamento amarelo das
folhas do tomateiro
(TYLCV)
Vira cabeça do tomateiro
(TSWV, TCSV, GRSV)
Mosaico da alface (LMV)
Algumas viroses de plantas de importância econômica

No mundo:

Nanismo amarelo da
cevada (BYDV)
Enrolamento amarelo das
folhas do tomateiro
(TYLCV)
Vira cabeça do tomateiro
(TSWV, TCSV, GRSV)
Mosaico da alface (LMV)
Mosaico da mandioca
(ACMV, EACMV)
Algumas viroses de plantas de importância econômica

No mundo:

Nanismo amarelo da
cevada (BYDV)
Enrolamento amarelo das
folhas do tomateiro
(TYLCV)
Vira cabeça do tomateiro
(TSWV, TCSV, GRSV)
Mosaico da alface (LMV)
Mosaico da mandioca
(ACMV, EACMV)
“Banana bunchy top”
(BBTV)
Os sintomas tipicamente induzidos por vírus de
plantas podem ser subdivididos em:

Mosaico:
Os sintomas tipicamente induzidos por vírus de
plantas podem ser subdivididos em:

Mosqueado:
Os sintomas tipicamente induzidos por vírus de
plantas podem ser subdivididos em:

Amarelecimento:
Os sintomas tipicamente induzidos por vírus de
plantas podem ser subdivididos em:

Mancha anelar:
Os sintomas tipicamente induzidos por vírus de
plantas podem ser subdivididos em:

Clareamento das nervuras:


Os sintomas tipicamente induzidos por vírus de
plantas podem ser subdivididos em:

Lesões cloróticas:
Os sintomas tipicamente induzidos por vírus de
plantas podem ser subdivididos em:

Nanismo:
Os sintomas tipicamente induzidos por vírus de
plantas podem ser subdivididos em:

Bolhosidade:
Os sintomas tipicamente induzidos por vírus de
plantas podem ser subdivididos em:

Cordão de sapato:
Os sintomas tipicamente induzidos por vírus de
plantas podem ser subdivididos em:

Epinastia:
Os sintomas tipicamente induzidos por vírus de
plantas podem ser subdivididos em:

Enrugamento, rugosidade:
Os sintomas tipicamente induzidos por vírus de
plantas podem ser subdivididos em:

Lesões necróticas:
Os sintomas tipicamente induzidos por vírus de
plantas podem ser subdivididos em:

Necrose das nervuras:


Os sintomas tipicamente induzidos por vírus de
plantas podem ser subdivididos em:

Necrose sistêmica:
Os sintomas tipicamente induzidos por vírus de
plantas podem ser subdivididos em:

Necrose sistêmica:
Nomenclatura de vírus

Em inglês
• Espécies aceitas pelo ICTV são gravadas em itálico
• De modo geral, segue o padrão: hospedeiro sintoma vírus
• Exemplos:
1. Tobacco mosaic virus (TMV)
2. Tomato leaf curt virus (TLCV)
3. Bean yellow mosaic virus (BYMV)
4. Potato virus Y (PVY)
O nome de uma doença pode ser traduzido para
qualquer idioma, mas o nome científico do agente
etiológico não

Doença: Doença:

Requeima da batata Mosaico da alface


Potato late blight Lettuce mosaic
Tizón tardio de la papa Mosaico de la lechuga

Agente etiológico: Agente etiológico:


Phytophthora infestans Lettuce mosaic virus (LMV)
Definição de Vírus

Características que diferenciam os vírus de outros organismos:


• presença de apenas um tipo de ácido nucléico (DNA ou RNA)
• uma vez no interior da célula, não existe separação entre o vírus e o
citoplasma da célula hospedeira.
• ausência de maquinaria para a síntese de proteínas.
• replicação por meio de síntese dos componentes seguido de
“montagem” das partículas virais.
TMV
PVX
CMV
Tipos de vírus e sua interação com a planta hospedeira
Componentes

a) Capsídeo:
Capa protéica do vírus

b) Capsômero:
Subunidades que formam o capsídeo

c) Nucleocapsídeo ou vírion:
Vírus completo (capsídeo + ácido nucléico)

d) Envelope
Camada dupla, lipoprotéica, que envolve o capsídeo de alguns vírus

e) Viroplasma:
Região especializada na célula hospedeira, induzida pelo vírus, onde
ocorre a replicação viral
f) Genoma:
Conjunto de informações genéticas de um vírus, codificado pelo ácido nucléico.
Sistemas de Classificação

O sistema de classificação dos vírus de plantas se baseia em


características como:
- tipo de ácido nucléico (DNA ou RNA);
- número de fitas de ácido nucléico (monocatenário ou bicatenário);
- peso percentual do ácido nucléico em relação à partícula;
- peso molecular, tamanho e forma da partícula (isométrica, alongada e
baciliforme);
- presença ou ausência de envelope;
- características físicas, químicas, biológicas e antigênicas da partícula;
- gama de hospedeiros;
- forma de transmissão.
Diagrama esquemático
de famílias e gêneros de
vírus que infectam
plantas [adaptado de
Agrios (1997)].

(Fonte: Michereff -
http://ciencialivre.pro.br/media/4cdff551b1949e
6affff8189ffffd523.pdf)
Tabela - Exemplos de vírus de plantas com a respectiva nomenclatura em português
e inglês, gênero a que pertence e doença causada.

(Fonte: Michereff - http://ciencialivre.pro.br/media/4cdff551b1949e6affff8189ffffd523.pdf)


Replicação

Penetração

Liberação do ácido nucléico

Biossíntese dos componentes virais

Montagem e maturação

Liberação
Invasão Sistêmica

a) Primeira etapa:
- movimento lento (célula a célula);
- ocorre através dos plasmodesmas;
- a progênie do vírus é que se move.

b) Segunda etapa:
- movimento a longa distância;
- ocorre através do floema;
- movimento com os produtos da fotossíntese.
Viróides

- Pequena molécula de RNA circular;


- Sem capa protéica;
- Promove sua própria replicação;
- Menor agente infeccioso capaz de causar doença (400 nucleotídeos).

1º viróide identificado - Potato spindle tuber viroid (PSTVd)


Cerca de 30 viróides identificados
Transmissão
Enxertia, mecanicamente, pólem e sementes
Mecanismos de transmissão de vírus de plantas

Transmissão mecânica
Inoculação mecânica – técnica usada em laboratório
Mecanismos de transmissão de vírus de plantas

Transmissão por insetos

• Vírus não persistentes ou externos


• Vírus persistentes ou internos
Circulativos: as partículas de vírus são ingeridas
pelo insetos vetores e levadas pela hemolinfa para as
glândulas salivares de onde passam para plantas
sadias.
Propagativos: são os que se multiplicam no interior
dos insetos vetores (ex. cigarrinhas).
Mecanismos de transmissão de vírus de plantas

Transmissão por ácaros

Espécies das famílias Eriophyidae, Tetranychidae e Tenuipalpidae.

Pouco se conhece sobre os mecanismos de transmissão.

Ex.: Mosaico estriado do trigo (WSMV), Leprose dos citros (CiLV-C)


Mecanismos de transmissão de vírus de plantas

Transmissão por órgãos de propagação vegetativa

Qualquer tipo de propagação vegetativa, que envolva o uso de borbulhas


(enxertia), bulbos, tubérculos, rizomas, estacas e etc., serve para transmitir
vírus de plantas matrizes infectadas para sua progênie.

Transmissão por sementes

Cerca de 20% dos vírus de plantas conhecidos são transmitidos por


sementes.
Transmissão natural - sementes

Soja - SMV
Mecanismos de transmissão de vírus de plantas

Transmissão por grãos de pólen

Os grãos de pólen produzidos em plantas sistemicamente infectadas por


vírus podem transmiti-los através do processo de polinização cruzada, para
sementes produzidas em plantas sadias.
Mecanismos de transmissão de vírus de plantas

Transmissão por nematóides

Pouco mais de 10 vírus de plantas são transmitidos por nematóides


ectoparasitas pertencentes aos gêneros Xiphinema, Longidorus e
Trichodorus.
Diagnose

a) Sintomas da planta no campo:


- depende da experiência do investigador;
- infecção mista;
- estirpes diferentes;
- vírus que causam sintomas semelhantes;
-efeito do ambiente.

b) Testes biológicos

c) Testes sorológicos

d) Testes moleculares
Fitoplasmas
Características

- Unicelular, procarioto;
- Sem parede celular;
- Alto grau de pleomorfismo;
- Sensível à tetraciclina e insensível à penicilina;
- Causam doenças conhecidas como "amarelos";
- Tamanho: 60 a 100 nm; 150 a 1100 nm;
- Reprodução: fissão binária transversa;
- Não é possível o cultivo em meio de cultura.
MORFOLOGIA REPRODUÇÃO
Detecção e identificação:

Detecção
Microscópio eletrônico
Microscopia ótica de fluorescência.
PCR (Polimorfism Chain Reaction)
Identificação

Sorologia: teste ELISA


Técnicas moleculares: PCR
Fitoplasmas

Hospedeiros:

Declínio da pêra
Doença x do pessegueiro
Superbrotamento da maçã
Enfezamento vermelho do milho
Amarelos em olerícolas
Amarelecimento letal do dendezeiro
Flavecencia dourada na videira
Fitoplasmas

Transmissão
Fitoplasmas

Sintomatologia:

Amarelos
Clorose
Enfezamento da planta
Redução do tamanho das folhas
Superbrotamento
Deformação dos órgãos florais
Redução do tamanho das flores
Virescência (cloroplastos nas pétalas = flor
verde)
Filoidia (transformação de órgãos florais –
pétalas, sépalas e brácteas em estruturas
foliares)
Espiroplasmas

Características gerais

- Unicelular, procarioto;
- Sem parede celular;
- Forma espiralada ou helicoidal;
- Tamanho: 2 a 15 μm comprimento X 0,15 a 0,2 μm de Æ;
- Móvel;
- Causam doenças conhecidas como "amarelos";
- Reprodução: fissão binária transversa;
- Podem ser cultivados em meio de cultura.
Detecção

-Microscópio eletrônico
- Microscopia ótica de fluorescência
- Microscopia ótica de campo escuro e de contraste de fase.
- Sorologia: teste ELISA
- Técnicas moleculares: PCR.
Espiroplasmas

Hospedeiro:

Citros (“Sttuborn”) - Spiroplasma citri

Transmissão:

Cigarrinhas
Espiroplasmas

Hospedeiro:

Milho Enfezamento pálido - Spiroplasma


kunkelli

Transmissão:

Cigarrinhas
Espiroplasmas

Sintomatologia:

Amarelos
Clorose
Enfezamento da planta
Redução do tamanho das folhas
Superbrotamento
Deformação dos órgãos florais
Gigantismo de cálice
Redução do tamanho das flores
Virescência (cloroplastos nas pétalas = flor
verde)
Filoidia (transformação de órgãos florais –
pétalas, sépalas e brácteas em estruturas
foliares)

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