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Português 10.

º ano

A lírica camoniana

Grupo I
Lê o seguinte texto com atenção.

A fermosura desta fresca serra


E a sombra dos verdes castanheiros,
O manso caminhar destes ribeiros,
Donde toda a tristeza se desterra;

O rouco som do mar, a estranha terra,


O esconder do sol pelos outeiros,
O recolher dos gados derradeiros,
Das nuvens pelo ar a branda guerra;

Enfim, tudo o que a rara natureza


Com tanta variedade nos of’rece,
Me está, se não te vejo, magoando.

Sem ti, tudo me enoja e me aborrece;


Sem ti, perpetuamente estou passando,
Nas mores alegrias, mor tristeza.

Luís de Camões

1. Identifica o tema do poema.

2. Delimita as partes lógicas em que podemos dividir o texto, atribuindo um título a cada uma
delas.

3. Seleciona as opções corretas.

O estado de espírito do sujeito poético é de...

a) tristeza.
b) euforia.
c) melancolia.
d) felicidade.

4. Seleciona a opção correta.

O estado de espírito do sujeito poético deve-se...

a) ao facto de estar em comunhão com a natureza.


b) à ausência da amada.
c) ao facto de não ser correspondido no amor.
d) às indecisões da amada.

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Português 10.º ano

5. Transcreve das duas primeiras estâncias duas expressões que evidenciem a harmonia da
Natureza.

6. Analisa o ritmo das duas partes do poema e refere as suas diferenças, justificando.

7. Indica a palavra utilizada na segunda parte do poema que resume aquilo que foi dito
anteriormente.

8. Classifica as seguintes afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F).

a) Este poema recorre ao que designamos de medida velha.


b) É visível nesta composição poética a influência de Petrarca.
c) Podemos classificar este poema como uma esparsa.
d) Os versos desta composição poética são hendecassílabos.

9. Transcreve a palavra que introduz a conclusão do poema.

10. Indica o recurso expressivo presente na última estrofe do poema, referindo o seu valor.

11. Aponta duas características que enquadrem o poema dentro da corrente renascentista.

12.Classifica as seguintes afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F).

a) Camões cultivou a poesia trovadoresca e também a escola renascentista.


b) A redondilha menor e a redondilha maior são típicas do Renascimento.
c) Os sonetos e os vilancetes, muito trabalhados por Camões, pertencem à escola
renascentista.
d) Camões aborda exclusivamente nas suas composições o tema do amor.

Grupo II
Lê o seguinte texto com atenção.

Descalça vai para a fonte


Lianor pela verdura;
Vai fermosa, e não segura.

Leva na cabeça o pote,


O testo nas mãos de prata,
Cinta de fina escarlata,
Sainho de chamelote;

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Português 10.º ano

Traz a vasquinha de cote,


Mais branca que a neve pura.
Vai fermosa e não segura.

Descobre a touca a garganta,


Cabelos de ouro entrançado
Fita de cor de encarnado,
Tão linda que o mundo espanta.
Chove nela graça tanta,
Que dá graça à fermosura.
Vai fermosa e não segura.

Luís de Camões

1. Identifica o tema do poema.

2. O poema é constituído pelo mote e por duas voltas. Refere o conteúdo das voltas.

3. Seleciona a opção correta.

Esta composição poética é…

a) um soneto decassilábico.
b) uma esparsa hexassilábica.
c) um vilancete em redondilha maior.
d) uma endecha em redondilha menor.

4. Identifica o esquema rimático deste poema.

5. Estabelece a correspondência correta entre os elementos do retrato de Lianor e as suas


características.

I II
1 – Sainho a) – de prata.
2 – Cinta b) – de fina escarlata.
3 – Cabelos c) – de chamalote.
4 – Vasquinha d) – de ouro entrançado.
5 – Mãos e) – mais branca que a neve pura.

6. Transcreve o(s) adjetivo(s) que resume(m) o retrato físico e psicológico de Lianor no refrão.

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Camões lírico
7. Seleciona a opção correta.
Soluções
A palavra “vasquinha” significa…

a) fita de atar os cabelos.


b) espécie de camisa ou de colete.
c) tecido de lã de camelo ou de lã e seda.
d) saia com muitas pregas.

8. Transcreve a oração consecutiva presente neste poema e refere o efeito que provoca.

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Grupo I

1.
O tema do poema é a saudade da amada.

2.
O texto pode ser dividido em duas partes lógicas. A primeira parte corresponde às duas
primeiras quadras e nela se descreve uma natureza harmoniosa, propícia ao amor. Podemos
atribuir a esta parte o título “Harmonia da natureza”.
A segunda parte, que abrange os dois tercetos, refere a insignificância da beleza natural
sem a presença da mulher amada e a dor que o sujeito poético sente ao ver a beleza da
natureza mas não a beleza da sua amada. Esta segunda parte pode ter como título
“Irrelevância da natureza perante a ausência da amada”.

3.
a); c)

4.
b)

5.
“A fermosura desta fresca serra”; “E a sombra dos verdes castanheiros,”; “O manso
caminhar destes ribeiros,”; “O rouco som do mar”; “Das nuvens pelo ar a branda guerra”.

6.
Na primeira parte do poema, o ritmo é rápido, devido à enumeração assindética e ao
predomínio de estruturas nominais. Esta sequência de segmentos frásicos separados por
vírgula ou ponto e vírgula (sem recurso à copulativa “e”, à exceção do segundo verso)
acelera o ritmo de leitura. O ritmo do poema abranda na segunda parte, já que são
introduzidas estruturas verbais complexas (nomeadamente a conjugação perifrástica com
recurso ao gerúndio), um advérbio de modo (“perpetuamente”) e a repetição anafórica
(“Sem ti”).

7.
A palavra que resume o que foi dito anteriormente é “tudo”.

8.
F; V; F; F.

9.
A palavra que introduz a conclusão do poema é o advérbio “enfim”.

10.
Na última estrofe, podemos identificar uma anáfora, que se manifesta através da repetição
em início de verso de “Sem ti”. O uso deste recurso expressivo enfatiza a ausência da
mulher amada e a forma como esta ausência torna tudo o resto irrelevante e até doloroso.
Podemos sublinhar também o recurso a formas antitéticas no último verso do poema, o que
reforça a passagem da alegria, proporcionada pela harmonia da natureza, à tristeza
decorrente da ausência da mulher amada.

11.

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Este poema evidencia influências da corrente renascentista, nomeadamente o uso do soneto


com verso decassilábico, a ausência da mulher amada (característica tipicamente
petrarquista) e a presença de uma natureza harmoniosa (locus amoenus).

12.
V; F; F; F.

Grupo II

1.
O tema deste poema é a exaltação da beleza de Lianor.

2.
O conteúdo centra-se na descrição pormenorizada da graciosidade e beleza de Lianor a
vários níveis, tais como os traços físicos, a indumentária e os gestos.

3.
c)

4.
O esquema rimático é ABB / CDDCCBB / EFFEEBB.

5.
1 – c); 2 – b); 3 – d); 4 – e); 5 – a).

6.
O adjetivo que resume o retrato físico de Lianor é “fermosa” e o que traça o seu retrato
psicológico é “não segura”.

7.
d)

8.
A oração consecutiva presente no poema é “Tão linda que o mundo espanta”. Esta oração
enfatiza e realça ainda mais a beleza de Lianor e dos seus atributos, elevando-a a um
patamar que parece nunca ter sido antes visto.

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