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TEÓRICA
Aula 1
11/10/04
O Currículo
TEMA:
Currículo nas Ciências de Educação.
O conceito de currículo tem diferentes acepções.
ZABALZA:
-ideia do que é o currículo: em relação às outras disciplinas.
Disciplina de síntese necessária no campo da educação.
TEORIA DO CURRÍCULO:
Disciplina de síntese
Ciência geral
Campo do saber
1
CAMPOS DAS CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO:
Teoria curricular;
Didácticas;
Psicologia da educação:
Economia da educação;
Filosofia da educação;
História da educação;
Planificação.
SABER
ALUNOS
PROF.
2
- Pedagogia
Na GB e nos USA os teóricos da teoria do currículo começaram a sobrepor-
se àquilo que se chama didáctica geral (não se usa o termo didáctica geral mas sim
teoria curricular nesses países).
Em França, ainda se usa o termo didáctica.
Em Portugal e em Espanha os professores são formados em didáctica e teoria
curricular.
Pode dizer-se “o currículo do 7.º Ano” quando se quer falar desse programa.
A teoria curricular fornece toda a base para a avaliação mais geral. Cada época
marca o currículo.
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O conceito de currículo pode abranger: (currículo sinónimo de)
O currículo tanto pode ser qualquer uma destas opções. Por isso currículo é
um termo polissémico.
Currículo:
- ciência da educação
- preocupa-se com justificação
- tem a ver com o que se passa na sala de aula
- não tem a ver directamente com o campo do saber.
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Aula 2
18/10/04
TEMA:
O conceito de currículo: as diferentes modalidades ou tipos.
Albert Kelly
1-
Currículo oficial: o que está determinado no papel, em programas (intenções).
≠
Currículo Real: o que se faz na prática, na realidade.
2-
Currículo formal: actividades formais, planificadas, que correspondem a
horários e tipos específicos. (decorre do oficial apesar de divergir um pouco.)
≠
Currículo informal: actividades informais ou extracurriculares, que se realizam
em bases voluntárias (desportivas, clubes, etc....)
5
J. Goodlad
1-
Currículo ideológico: o que emerge dos processos ideológicos ou idealísticos
do planeamento educacional. Tem a ver com a política educacional, com ideologia.
Todos os currículos são ideológicos e não são neutros.
2-
Currículo formal: oficial, aprovado pelo estado.
Mesma ideia do que currículo oficial de A. Kelly.
3-
Currículo operacional: é tudo o que se põe em acção, é o que se passa na
escola e na aula, dia a dia, hora a hora.
É a mesma ideia do que o currículo real de A.Kelly. Entram também as
actividades extra-escolares realizadas na escola.
4-
Currículo experienciado: é tudo o que resulta das experiências individuais, os
efeitos e as reacções dos estudantes, observáveis no desenvolvimento das suas
actividades. Currículo real dentro de uma linha que passa pela experiência do aluno,
de cada aluno.
Individualização
Não é aquilo que se passa na aula
em geral mas sim o de cada aluno
5-
Currículo percebido: acepção individual do currículo abrangendo todas as
percepções que são sentidas pelo sujeito (~”rapport au savoir”).
Tem a ver com o modo de perceber de cada aluno sentido, percebido, que tem
a ver com a realidade do sujeito que aprende. Tem também a ver com a experiência de
cada aluno.
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Robert Sinclair
1-
Currículo Expresso (aquilo que é formalmente escrito): é a afirmação escrita
expressa em termos de objectivos de aprendizagem pretendidos, oportunidades de
aprendizagem, sequências de procedimentos, de conteúdos e de processos de
avaliação.
Aquilo que é formalmente escrito.
2-
Currículo implícito: sugestões e insinuações recebidas pelos estudantes, do
meio físico, social e intelectual.
O meio físico, social e intelectual da escola dá aos alunos um currículo
implícito que resulta desse meio.
Muitos autores chamam a esse currículo implícito, “currículo oculto”.
3-
Currículo oculto: o que os alunos aprendem na escola por causa do modo pelo
qual o trabalho da escola é planeado e organizado mas que não está incluído na
planificação (ex.: papéis sociais, papéis sexuais, atitudes, valores, etc.).
Também ligado ao currículo oculto da aula que tem a ver com a maneira de
ser dos profs. nas aulas.
O currículo oculto passa através de papéis sociais, e tem a ver com muitos
aspectos. Pode até ser ligado à própria matéria (maneira como o prof. transpõe a
matéria.)
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Tem-se desenvolvido através do campo da sociologia do currículo:
- teorias da reprodução social: a escola, como aparelho ideológico do estado,
desempenha uma função prioritária na manutenção das relações sociais e económicas
existentes. Tende a reproduzir os conteúdos sociais da sociedade em que se produz.
- teoria da correspondência: a escola rege-se pelos mesmos códigos da
sociedade, as exigências do currículo oficial estão directamente relacionadas com a
vida produtiva adulta e os seus comportamentos sociais.
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Aula 3
25/10/04
TEMA:
O conceito de desenvolvimento curricular: diferentes acepções.
O QUÊ?
OBJECTIVOS
RESULTADOS
AVALIAÇÃO
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Interdependência sistémica entre cada uma das perguntas enunciadas.
Objectivos condicionam resultados que têm a ver com experiências dos alunos, que
têm a ver com estratégias e assim sucessivamente.
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Natureza do desenvolvimento curricular
G. Gay (1985)
Em 1.º lugar: o desenvolvimento do currículo é um processo interpessoal ou um
sistema de operações e de tomadas de decisão sobre: Quem?, Porquê?, Como?,
Onde?, Quando?
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Em 5.º lugar: o desenvolvimento do currículo é um sistema desarticulado da prática
de tomadas de decisão. Não é um processo puramente racional e cientificamente
objectivo nem um processo nitidamente sequenciado e sistemático.
Análise de fontes
Os alunos:
O currículo não pode ser só centrado no programa
Têm de se analisar as necessidades e os interesses dos alunos:
DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO.
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As disciplinas:
O currículo centrado nas matérias e conteúdos.
A sociedade:
O currículo centrado nas exigências da sociedade.
Muitas vezes o prof. centra-se no conteúdo mas tem de haver um modelo
conceptual para o desenvolvimento curricular que define os objectivos segundo a
análise das fontes.
4. Avaliação:
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Aula 4
08/11/04
TEMA:
Modelos de Desenvolvimento Curricular e seus fundamentos
Escola
-deve acompanhar a evolução da ciência
jovem deve conseguir mobilizar conhecimentos e de se adaptar à sociedade do
futuro. Portanto, a passagem pelos interesses do indivíduo é fundamental. Qualquer
modelo curricular tem que passar pelo sujeito, a partir das competências do próprio
aluno.
Os conteúdos
-saberes das disciplinas, as matérias, os especialistas, os manuais
“Só o conhecimento contido nas disciplinas é apropriado para o currículo”
Ph. Phenix
Os alunos
-os seus interesses e as suas necessidades
“A criança é o ponto de partida, o centro e o fim”
John Dewey
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A sociedade
Os problemas sociais, a análise do contexto social
“O currículo é um meio para lidar com problemas sociais”
Eisner e Vallance
Modelos Curriculares
Segundo M. Schiro (1978)
-modelo académicista: centrado na disciplina, no programa, aprendizagem
formal
-modelo humanista-expressivo: centrado no aluno “tal qual este é” (com os
seus problemas, interesses, dificuldades)
-modelo tecnológico: centrado na eficácia, na prática, na profissão (também é
centrado no aluno, exemplo, escolas profissionais)
-modelo crítico: centrado na mudança social (alunos e grupos de alunos),
inserção na escola da realidade social.
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Podemos não escolher apenas um dos modelos uma vez mais, há que ajustar o
modelo à situação em questão. Estão todos em conjunto para o desenvolvimento do
currículo.
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Segundo STENHOUSE (1985) currículo como desenvolvimento
curricular
-currículo como processo ou projecto
-currículo é processo sistémico (tudo está em interacção dinâmica)
-currículo é um processo aberto e flexível
-currículo é um processo contínuo e em interacção permanente
-currículo possui um carácter dinâmico e complexo (tem a ver com os sujeitos em
presença)
-currículo desenvolve-se de acordo com os diferentes contextos
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Aula 5
15/11/04
TEMA:
Níveis de decisão curricular
O currículo e as ideologias políticas curriculares
18
Currículo e política Educativa
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Interacção entre todos os quadros. Podemos então ler os programas
educacionais através da política do país = O CURRÍCULO TEM UMA IDEOLOGIA,
NÃO É NEUTRO.
APPLE:
CURRÍCULO E IDEOLOGIA
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O nível do prof. Depende da gestão das escolas
Fig. 3→Os 3 níveis juntam-se num quadro onde tudo está interligado:
O currículo do prof. depende muito da gestão da escola que por sua vez
depende da política do estado.
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físico, assim como do contexto socio-cultural onde se situa o elemento (Louis
d’Hainaut, 1980).
A política Educativa deve responder a questões como as seguintes:
-o bem da sociedade ou da comunidade prevalece sobre o bem dos
individuais?
-a educação deve transmitir uma tradição ou deve preparar o indivíduo
para o amanhã?
Muitas questões são desenvolvidas a nível da política educacional
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Aula 6
22/11/04
(aula de 2h)
TEMA:
o currículo, a sociedade e a cultura
Sociedade étnica
Escola mais “africana” da Europa: Teia étnica (com pessoas sem papéis
oriundas de vários lugares do planeta.)
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Relação do currículo (como se aprende) com a população escolar tem a ver
com o aspecto cultural e social.
“Se a identidade é uma construção social que define os que como «nós», ficam
dentro e os que como «eles» ficam de fora, analisar a formação de identidade exige
que se compreendam os padrões de inclusão e de exclusão que fazem com que sempre
que se forme um «nós» se fechem as portas para um «eles»”, António Moreira e
Elisabeth Macedo.
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Educação passiva: aceitação da diferença mas nada fazendo no
sentido de a fazer interagir
Educação inter cultural: integração com interacção e
confronto entre grupos culturais diferentes.
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Modelo TEO SIZER Modelo de E. HIRSCH
ESSENCIALISTA CENTRISTA
Integração livre: Se há um currículo Nacional, esse
(Currículos alternativos) deve ser mantido tendo em conta a
Pega-se no currículo Nacional e diversidade social, integrando o
diversifica-se aluno na sociedade americana.
Centrado na cultura dominante –
Currículo inter cultural ligado aos currículo 50% nacional, 50% local
interesses locais Desenvolvimento de
Desenvolvimento de competências intelectuais
competências intelectuais essenciais
essenciais Currículo básico centrado nos
Menos disciplinas mais espaços conteúdos das disciplinas
interdisciplinares Organização dos tempos fixos
Flexibilidade na gestão do tempo para cada disciplina
Desenvolvimento de projectos Metodologias de treino e prática
inseridos na comunidade supervisionada – memorização e
Avaliação contínua actividades repetitivas
Exibições públicas dos trabalhos e Avaliação centrada em exames
projectos
CURRÍCULO E DIFERENCIAÇÃO
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“O princípio da diferenciação curricular é a obrigação e o direito de cada
escola de oferecer projectos curriculares próprios, estrategicamente pensados em
função do seu contexto, das vivências específicas da sua população e da consecução e
apropriação das aprendizagens curriculares de forma significativa para aqueles
aprendentes concretos” Maria do Céu Roldão (1999)
“Devemos fazer ruir as paredes da sala de aula e da própria escola para que o
cúmulo seja visto como um conceito que abrange toda a vida sócio-económica-
cultural do aluno tanto na escola como no lar e na comunidade” Alfred Frederick
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TEMA:
o currículo e o professor
M.C.Escher
(1898, 1972)
Artista Holandês
reconhecido pelas suas
ilusões espaciais, edifícios
impossiveís, e repetições de
padrões geométricos.
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Promove a diferenciação curricular
O PROFESSOR É UM GESTOR DO CURRÍCULO
O professor toma decisões curriculares:
O prof. o quê? -decide sobre os conteúdos a ensinar
gere de facto de que maneira? -decide sobre o tipo de aprendizagem
o currículo que quer implementar
com autonomia Como? -decide sobre as actividades dos alunos
e flexibilidade Com que meios? -decide sobre os materiais e os utensílios
-decide sobre a avaliação a realizar
-decide sobre as classificações a atribuir
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a distribuição da responsabilidade aos alunos
o desenvolvimento da autonomia aos alunos: na pesquisa, nas
tarefas, nos resultados.
O PROFESSOR GESTOR DO CURRÍCULO
deve ter conhecimento sobre teoria curricular/modelos
curriculares (personalizantes, socializantes, …).
deve ter preparação para saber observar o real/ a escola/ os
alunos (ensinar o prof. em início de carreira em técnicas de observação)
deve saber adaptar o currículo às situações educativas
particulares
deve tomar posição crítica e reflexiva face ao currículo
(posição epistemológica cientificamente fundamentada)
deve saber avaliar o currículo implementado (os resultados, os
alunos, …)
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Aula 7
06/12/04
TEMA:
o currículo e o aluno
O currículo é desenhado pelo prof. Mas hoje temos outro campo de estudo: o
currículo ao nível do aluno, do ponto de vista do aluno.
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Hoje consideramos mais do que nunca que:
O ALUNO: FACTOR DE REGULAÇÃO DO CURRÍCULO.
O plano tem de ser adequado à realidade. Temos de ter instrumentos para fazer
levantamento de dados do aluno.
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ESTRATÉGIAS DO ALUNO FACE AO CURRÍCULO
Livro = Ofício do aluno, Porto Editora
(DE ENSINO-APRENDIZAGEM).
Antoine _____________, L’éloge des pédagogues: « L’élève est un facteur
fondamental. Les jeune d’aujourd’hui passent leur vie à négocier »
Os professores têm de negociar com os alunos.
Face à estratégia de conhecermos jovens hoje, temos de actuar em função
daquilo que gostam.
E MOTIVAR
SENTIDO EM SITUAÇÃO
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Os alunos aprendem a ter sucesso, utilizando estratégias face à situação:
AVALIAR USANDO EXPERIÊNCIAS
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
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Ordenação dos conceitos de modo significativo
Elaboração de mapas conceptuais
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Aula 8
13/12/04
TEMA:
as teorias do currículo
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DESENVOLVIMENTO CURRICULAR: MUDANÇA DE FILOSOFIA
CURRICULAR
-Questão central: “ensinar o quê, porquê, como, e com que resultados?”
Thomaz Tadeu da Silva
ANTIGAMENTE ACTUALMENTE (nova
conceptualização do currículo)
(ambas as concepções, a de antigamente e a de actualmente, coexistem)
Currículo/ Programa Currículo/ Projecto – Alunos trabalham
investigando, raciocinando
Currículo formal/ rígido Currículo flexível – currículo adaptado
diferentemente conforme jovens, classes,
alunos
Currículo uniforme – a uniformização Currículo adaptado – cada aluno tem
conduz à exclusão escolar ritmos de aprendizagem diferentes
Currículo por objectivos Currículo sem objectivos – Stenhouse,
prof. não pode definir os objectivos sem
ser em situação e em contexto.
Currículo estruturado na matéria – NÃO Currículo organizado em função do
organizar o programa em função das contexto
rubricas
Currículo como construção normalizada – Currículo como processo de reflexão e
currículo com construção assente na interacção – currículo como processo
norma, igual para todos (prof. e aluno em interacção permanente)
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aprendizagens
Currículo dinâmico, flexível
DESENVOLVIMENTO CURRICULAR: MUDANÇA DE FILOSOFIA
CURRICULAR
ESTRATÉGIAS/ ACTIVIDADES
CURRÍCULO MODERNO CURRÍCULO PÓS-MODERNO
Centradas na planificação dos conteúdos Centradas na metodologia de construção
de uma disciplina específica de projecto curricular
Baseadas em práticas profissionais Baseadas em práticas profissionais
individuais colectivas
Desligadas da realidade da escola Ligadas à realidade da escola
Concepção prática
-o currículo é organizado em função das experiências a proporcionar
aos alunos e dos resultados pretendidos.
-valorização das necessidades e interesses dos alunos.
Concepção reconceptualista
-o currículo tem por base os interesses da sociedade.
-valorização dos termos sociais nos conteúdos dos currículos.
Concepção pós-moderna
-o currículo é construído em função do processo.
-o currículo é flexível e auto-organizado.
-o prof. é completamente independente (vai ensinando à medido que os
alunos escolhem os temas).
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TÉCNICAS DO CURRÍCULO: CLASSIFICAÇÃO
Teorias técnicas-tradicionais
-têm por base a racionalidade tecnológica do trabalho na escola.
-o currículo é desenvolvido com base na estrutura e nas técnicas de
cada disciplina.
Teorias pós-críticas
-têm por base a racionalidade cultural e individual e de grupo.
-reconceptualização do currículo com base nos interesses culturais
individuais e de grupos sociais (centralidade do indivíduo, do “EU”).
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Aula 9
03/01/05
TEMA:
Teorias pós-críticas
O currículo pós-moderno
“Os profs. trabalham num mundo em mudança. Descrever este mundo como
pós-moderno significa fazer afirmações particulares a seu respeito, relativas às suas
características sociais, políticas, culturais e económicas.” Andy Hargreaves (1998)
Projecção
Quadro de Helena Almeida (sequência de fotografias) – janela, e pintora vai-
se aproximando da janela.
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Rompe os obstáculos (“passar a janela”) é um processo individual.
Aprender é um processo de passagem individual e um processo de saída.
Os tempos pós-modernos dão ênfase ao ensino diferenciado,
individualizado.
Ex.: os alunos querem saber se “EU” consigo, passo.
TEORIAS PÓS-CRÍTICAS
CURRÍCULO PÓS-MODERNO:
CURRÍCULO/MUDANÇA E INOVAÇÃO
“O ensino está a mudar muito. Hoje existe muito mais trabalho social na nossa
actividade do que em qualquer outra altura. Existem muitos problemas
comportamentais e sociais, na sala de aula, com os quais é preciso lidar antes sequer
de se tentar começar a ensinar. Acho que muitas pessoas não têm consciência de que é
um emprego em mudança” – Testemunho de uma prof. com 15 anos de serviço em
Andy Hargreaves (1998).
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Os profs. têm de mudar e esse modo de mudar é condicionado por um
conjunto de aspectos extremamente importantes.
TEORIAS PÓS-MODERNAS
DILEMAS E DESAFIOS NA ÁREA DO CURRÍCULO
Dilemas:
1.Uniformidade e Diversidade: coloca-se o problema da uniformidade do
currículo perante a diversidade cultural da escola de massas.
(Há uma uniformidade de programa face a uma sociedade que já não aceita
essa uniformidade). A diversidade é muito mais próxima da sociedade actual.
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uma reviravolta que põe o aluno no centro = “EU” = currículo tem de contemplar a
lógica psicológica de cada aluno – ensino diferenciado.
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Aula 10
10/01/05
TESTE COM CONSULTA
DURAÇÃO – 2 HORAS
TEMA:
Objectivos e Competências
Instrumentos da racionalidade curricular
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1.Objectivos a atingir competências a desenvolver
2.Como chegar ao desenvolvimento das competências – resposta que tem a ver
com estratégia e actividade para chegar a esses objectivos.
3.Avaliação
PROJECÇÃO DE UM DIÁLOGO:
# “Podia dizer-me se faz favor, qual o caminho que deve seguir, a partir
daqui?”
# Isso depende muito do sítio onde quer chegar, disse o gato.
# Onde… Tanto me faz, disse Alice.
# Então qualquer caminho serve, disse o gato.
# Desde que chegue a algum sítio, juntou Alice como que explicando.
# Ah, disso podes ter a certeza, disse o gato, desde que andes o necessário.
Esse tipo de diálogo aplica-se a muitos profs. que só ensinam a partir dos
conteúdos e só se baseiam nos conteúdos sem objectivos…
Hoje em dia valoriza-se tanto os conteúdos como as competências e os
objectivos.
OBJECTIVO E COMPETÊNCIA
SÃO INSTRUMENTOS DA RACIONALIDADE CURRICULAR.
O que os distingue?
“Competência indica o que é necessário para percorrer um dado caminho e
objectivo precisa o resultado que deve ser alcançado no final desse mesmo caminho.”
José Augusto Pacheco
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Exemplo de objectivo:
-identificar as fases da Revolução Industrial no final da aprendizagem –
RESULTADO
-competência: o aluno através da consulta de documentos, bibliográfica deve
ser capaz de identificar as fases da Revolução Industrial – COMPETENTE através de
um caminho.
≠ OBJECTIVO
SABER FAZER
SABER SER
O CONCEITO DE COMPETÊNCIA
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“Conjunto integrado de capacidade, que se exerce de maneira espontânea
sobre conteúdos, numa categoria de situações para resolver problemas postos por
estas.” (Roegiers, 1997)
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reajustamento e a modificação das Nem todos os
estratégias e actividades professores definem os objectivos
Facilita a avaliação Limita a
criatividade
CURRÍCULO POR COMPETÊNCIAS:
MODELO SOCIOCONSTRUCTIVISTA
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Aula 11
17/01/05
TEMA:
O currículo organizado por competências
-problemas de organização e desenvolvimento
-problema de avaliação
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Uma faceta de transfert: contempla o saber tornar-se. A competência
saber tornar-se reenvia à capacidade de resolver os problemas.
Aplicação dos saberes a diversidade de situações.
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Desvantagens: da definição e competências ligadas à organização e
desenvolvimento do currículo ou problemas de avaliação.
-a sua operacionalidade é discutível. Há aspectos das competências que são
difíceis de operacionalizar ou de avaliar.
As competências do domínio cultural, socio-afectivo são dificilmente
operacionalizáveis.
-as competências são polivalentes, por isso são vagas. (são competências que
são transferidas de uma disciplina para as outras e não se sabe bem o que trabalha
verdadeiramente o domínio da escrita, por exemplo.)
-são dificilmente alcançáveis em curtos espaços de tempo
-a avaliação é difícil – não há competências comparáveis. É difícil avaliar
essas competências porque é difícil avaliar um aluno que tenha esta ou outra opinião.
A AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Como se avaliam competências?
De que forma, e em que momentos?
53
*Certificativa: as competências são avaliadas com base em critérios
estabelecidos para as tarefas realizadas e para os diferentes tipos de aprendizagens.
Aula 12
24/01/05
TEMA:
O Conceito de Avaliação Curricular
-Funções e tipos de avaliação
-Modelos de avaliação
AVALIAÇÃO CURRICULAR
Há diferentes tipos de avaliação curricular:
-NÍVEL POLÍTICO:
-Avaliação das políticas educativas
-Avaliação das reformas educativas
-Avaliação dos programas escolares
-NÍVEL DA GESTÃO
-Avaliação das escolas
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-Avaliação dos professores
-NÍVEL DA REALIZAÇÃO
-Avaliação do ensino
-Avaliação das aprendizagens
FUNÇÕES DE AVALIAÇÃO
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PARADIGMA DE AVALIAÇÃO CURRICULAR
EXTERNA INTERNA
Quantitativa Qualitativa
Objectiva Subjectiva (não é possível a pura
objectividade na avaliação)
Formal Informal
Criterial Normativa (comparação)
(o aluno x tem 80% no teste y) (em comparação com o grupo)
(mas o aluno x não é melhor aluno porque
outro teve 90%)
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conjunto)
(trabalho de grupo…)
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-factor tempo e realidade
-factor subjectivo: avaliação das condições de avaliação
-MODELO DE AVALIAÇÃO SEM REFERÊNCIA A METAS: G.F.E. (Goal Free
Evaluation), SCRIVEN (1967) – problematiza o estabelecimento de
objectivos.
-MODELO DE AVALIAÇÃO CENTRADO NO PROCESSO: C.I.P.P. (Context
Input Process Product); STUFFLEBEAM (1971)
-Avaliar não interessa se é para classificar os alunos.
-Avaliar deve centrar-se no processo, no progresso.
-MODELO DE AVALIAÇÃO CENTRADO NA DIVERSÃO ARTÍSTICA : EISNER
(1971/77)
-Como o aluno escreve…
“Uma boa crítica ilumina o que observa”
-MODELO DE AVALIAÇÃO DEMOCRÁTICA: STUFFLEBEAM, (1987),
MACDONALD, (1983), WALTER, (1983).
-Avaliação deve ser feita em conjunto com o grupo
-Reflexão acerca do conjunto
-Avaliação deve ser fruto de uma reflexão conjunta.
EPÍLOGO
O REPTO DE FAZER UMA ESCOLA NOVA
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