Vous êtes sur la page 1sur 104

CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020

LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

CONCURSO PARA SECRETARIA


MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
DE CONTAGEM/2020

LÍNGUA PORTUGUESA & REDAÇÃO


Prof.ª Jacira Fernandes

DISCIPLINA 1: LÍNGUA PORTUGUESA

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 1


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 2


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

SUMÁRIO
ASPECTOS TEXTUAIS ....................................................................................................................................................... 9

1. Semântica ...................................................................................................................................................................... 9

1.1. Significação das palavras .................................................................................................................... 9


1.2. Relação de alguns homônimos e parônimos .......................................................................... 10
2. Denotação e Conotação ....................................................................................................................................... 11

3. Tipologia Textual (Tipos Textuais) X Gêneros Textuais ..................................................................... 11

3.1. Conceito e Classificação da Tipologia Textual (Confronto/Gêneros Textuais) ..... 11


 Texto Narrativo ................................................................................................................................ 11
 Texto Dissertativo ........................................................................................................................... 12
 Texto Descritivo ............................................................................................................................... 12
 Texto Expositivo .............................................................................................................................. 12
 Texto Injuntivo ................................................................................................................................. 13
Dica da Professora Jacira sobre a Relação entre Tipologia Textual e Gênero Textual .. 13
4. Tipos de Discurso (Quais existem e como se diferenciam) ............................................................... 13

4.1. Discurso Direto ..................................................................................................................................... 13


4.1.1. Características do discurso direto ...................................................................................... 13
4.2. Discurso Indireto ................................................................................................................................. 14
4.2.1. Características do discurso indireto .................................................................................. 14
4.3. Discurso Indireto Livre ..................................................................................................................... 14
4.3.1. Características do discurso indireto livre ....................................................................... 14
5. Coesão e Coerência Textual ............................................................................................................................... 14

6. Intertextualidade.................................................................................................................................................... 15

6.1. Tipos de Intertextualidade .............................................................................................................. 15


ASPECTOS GRAMATICAIS ........................................................................................................................................... 17

1. Divisão Silábica ....................................................................................................................................................... 17

2. Regras de Acentuação Gráfica .......................................................................................................................... 17

2.1. Regras Fundamentais.................................................................................................................... 18


2.2. Regras Complementares (Comparativo entre a regra antiga e a nova)................ 19
3. Emprego do Hífen .................................................................................................................................................. 22

3.1. Emprego do hífen em palavras formadas por prefixos ou por elementos que
funcionam como prefixos ................................................................................................................................... 22

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 3


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
 Quadro das regras e exemplos .................................................................................................. 22
3.2. Casos Especiais de Emprego do hífen ................................................................................... 23
3.3. Casos em que o hífen não deve ser empregado ................................................................ 26
4. Ortografia ................................................................................................................................................................... 26

5. Classes de Palavras ................................................................................................................................................ 31

SUBSTANTIVO ...................................................................................................................................................... 31
Conceito: ............................................................................................................................................................. 31
 Classificação dos substantivos ...................................................................................................... 31
 Formação dos substantivos ............................................................................................................ 32
 Gênero dos Substantivos .................................................................................................................. 34
 Plural dos Substantivos Compostos ............................................................................................ 35
Casos Especiais de Pluralização de Substantivos Compostos ................................................... 36
NUMERAL ............................................................................................................................................................... 37
Conceito ............................................................................................................................................................... 37
 Classificações ......................................................................................................................................... 37
ADJETIVO ................................................................................................................................................................ 38
Conceito ............................................................................................................................................................... 38
 Adjetivo Pátrio ou Gentílico ............................................................................................................ 38
 Flexão do Adjetivo ............................................................................................................................... 38
 Plural de Adjetivo Composto .......................................................................................................... 39
 Graus do Adjetivo ................................................................................................................................ 40
A. Grau Comparativo ........................................................................................................................... 40
B. Grau Superlativo .............................................................................................................................. 41
PRONOME ............................................................................................................................................................... 42
Conceito: ............................................................................................................................................................. 42
I. Pronomes Pessoais ............................................................................................................................. 42
II. Pronomes Relativos ............................................................................................................................ 43
Variáveis .................................................................................................................................................................. 43
Invariáveis .............................................................................................................................................................. 43
1) Pronome Relativo QUE ...................................................................................................................... 43
2) Pronome Relativo QUEM.................................................................................................................. 44
3) Pronome Relativo CUJO .................................................................................................................... 44
4) Pronome Relativo QUANTO ............................................................................................................ 44
5) Pronome Relativo ONDE x AONDE .............................................................................................. 44
III. Pronomes de Tratamento ................................................................................................................ 45
www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 4
CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
IV. Pronomes Possessivos ...................................................................................................................... 45
V. Pronomes Demonstrativos.............................................................................................................. 45
Outros Usos dos Demonstrativos ............................................................................................................ 46
VI. Pronomes Indefinidos ....................................................................................................................... 46
ARTIGO ..................................................................................................................................................................... 46
Conceito ............................................................................................................................................................... 46
 Classificação dos Artigos .................................................................................................................. 46
VERBO....................................................................................................................................................................... 47
Conceito ............................................................................................................................................................... 47
 Classificação da Conjugação Verbal ............................................................................................ 47
a) Classificação das Pessoas Verbais ................................................................................................ 47
b) Modos Verbais e Temporais ........................................................................................................... 47
 Modo Indicativo e Seus Tempos Verbais .................................................................................. 48
 Modo Subjuntivo e Seus Tempos Verbais ................................................................................ 48
 Modo Imperativo e Suas Relações ............................................................................................... 49
 Formas Nominais ................................................................................................................................. 49
 Classificação dos Verbos .................................................................................................................. 49
 Vozes Verbais......................................................................................................................................... 51
PREPOSIÇÃO .......................................................................................................................................................... 52
Conceito: ............................................................................................................................................................. 52
 Elementos linguísticos classificados como preposição na língua portuguesa ....... 52
CONJUNÇÕES ......................................................................................................................................................... 52
Conceito: ............................................................................................................................................................. 52
 Classificação ........................................................................................................................................... 53
INTERJEIÇÃO ......................................................................................................................................................... 53
Conceito: ............................................................................................................................................................. 53
ADVÉRBIO............................................................................................................................................................... 53
Conceito: ............................................................................................................................................................. 53
 Classificações dos advérbios mais usuais ................................................................................ 53
6. Estudo Da Crase ...................................................................................................................................................... 54

6.1. Conceitos Necessários ....................................................................................................................... 54


6.2. Não ocorre o fenômeno da crase .................................................................................................. 54
6.3. Ocorre o fenômeno da crase ........................................................................................................... 56
6.4. Ocorre de forma facultativa o fenômeno da crase ............................................................... 58
7. Estudo do Período Simples ................................................................................................................................ 59

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 5


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
7.1. Tipos de Sujeito .................................................................................................................................... 59
7.1.1. Sujeito Simples ................................................................................................................................. 59
7.1.2. Sujeito Composto ............................................................................................................................ 59
7.1.3. Sujeito Oculto / Sujeito Desinencial ....................................................................................... 59
7.1.4. Sujeito Indeterminado .................................................................................................................. 60
7.1.5. Sujeito Oracional ............................................................................................................................. 61
7.1.6. Sujeito Acusativo ............................................................................................................................. 61
7.1.7. Sujeito Ativo ....................................................................................................................................... 61
7.1.8. Sujeito Passivo ou Paciente ........................................................................................................ 62
7.1.9. Sujeito Reflexivo .............................................................................................................................. 62
7.1.10. Orações sem sujeito ....................................................................................................................... 62
7.2. Complementos Verbais (Objeto Direto e Objeto Indireto) .............................................. 63
7.2.1. Objeto Direto ..................................................................................................................................... 63
7.2.2. Objeto Indireto ................................................................................................................................. 64
7.2.3. Tipos Peculiares de Complementos Verbais ...................................................................... 65
7.3. APOSTO..................................................................................................................................................... 66
7.3.1. Aposto Explicativo .......................................................................................................................... 66
7.3.2. Aposto Especificador ..................................................................................................................... 66
7.3.3. Aposto Enumerador ....................................................................................................................... 66
7.3.4. Aposto Resumidor .......................................................................................................................... 66
7.4. VOCATIVO ............................................................................................................................................... 66
7.5. Adjunto Adnominal x Complemento Nominal ....................................................................... 67
7.5.1. Adjunto Adnominal ........................................................................................................................ 67
7.5.2. Complemento Nominal ................................................................................................................. 67
7.6. Adjunto Adverbial ............................................................................................................................... 68
7.7. Agente da Passiva ................................................................................................................................ 68
7.8. Predicativo .............................................................................................................................................. 70
7.8.1. Predicativo do sujeito: .................................................................................................................. 70
7.8.2. Predicativo do objeto .................................................................................................................... 71
8. Estudo do Período Composto ........................................................................................................................... 71

8.1. Período Composto por Coordenação ......................................................................................... 71


8.1.1. Orações Coordenadas Assindéticas ........................................................................................ 71
8.1.2. Orações Coordenadas Sindéticas ............................................................................................. 71
a) Aditivas: ............................................................................................................................................... 72
b) Adversativas: ..................................................................................................................................... 72

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 6


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
c) Explicativas: ....................................................................................................................................... 72
d) Conclusivas: ....................................................................................................................................... 72
8.2. Período Composto por Subordinação ........................................................................................ 72
8.2.1. Orações Subordinadas Substantivas ...................................................................................... 73
 Classificação das Orações Subordinadas Substantivas ................................................. 73
8.2.2. Orações Subordinadas Adverbiais .......................................................................................... 74
 Classificação das Orações Subordinadas Adverbiais ..................................................... 74
8.2.3. Orações Subordinadas Adjetivas ............................................................................................. 75
 Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas ........................................................ 75
9. Estudo da Pontuação ............................................................................................................................................ 76

9.1. Vírgula (,) ................................................................................................................................................. 76


9.1.1. Emprego de Vírgula no Período Simples ............................................................................. 76
9.1.2. Emprego da Vírgula no Período Composto por Coordenação ................................... 77
9.1.3. Emprego da Vírgula no Período Composto por Subordinação ................................. 77
9.2. Ponto e vírgula (;) ................................................................................................................................ 77
9.3. Dois-pontos (:) ...................................................................................................................................... 78
9.4. Reticências ( ... ) .................................................................................................................................... 78

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 7


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 8


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

ASPECTOS TEXTUAIS

1. Semântica
A semântica é responsável por estudar o sentido vinculado por quaisquer unidades
linguísticas, independente de seu tamanho: palavras, frases, orações, períodos e textos.
Dessa maneira, quando se busca compreender qual sentido um elemento linguístico pode
abarcar, são levadas em consideração inúmeras informações, desde o processo histórico, que
desencadeou seu sistema de formação (prefixos, sufixos, radicais), até como se dá sua
representação contextual.
Portanto, serão pontuados, a seguir, alguns conceitos inerentes à semântica, os quais são
exigidos em questões de concurso público, no que se refere à interpretação de texto:
 Sinônimos;
 Antônimos;
 Parônimos;
 Homônimos: homônimos perfeitos, homônimos homófonos e homônimos
homógrafos;
 Polissemia.

1.1. Significação das palavras

Quanto à significação, as palavras são dividas nas seguintes categorias:


SINÔNIMOS ANTÔNIMOS
São vocábulos que abarcam o mesmo São vocábulos que retratam sentidos que se
significado. opõem.

Exemplos: Exemplos:

 Lindo / bonito  Agradável /desagradável


 Suave / atenuado  Alegre/triste

PARÔNIMOS
São vocábulos que abordam significação diferente, porém com formas bem parecidas.
Exemplos:
 eminente /iminente,
 retificar / ratificar.

HOMÔNIMOS

São palavras que apresentam uma igualdade quanto à forma, mas no que diz respeito à
significação são diferentes. Podem ser verificados três tipos de classificação para os
homônimos:

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 9


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

Homônimos Perfeitos Homônimos Homófonos Homônimos Homógrafos


Revelam mesma grafia Apresentam mesmo som, mas Utilizam a mesma
e mesmo som. com grafias diferentes. grafia, porém com sons
diferentes.
Exemplo: Exemplo:
Exemplo:
 cedo (advérbio)  sessão (tempo),
 cedo ( do verbo  seção (repartição)  sede (desejo de
ceder).  cessão (do verbo ceder). beber)
 Nós saímos cedo.  A sessão de cinema  sede (lugar).
(advérbio); começará às 9h.  Tenho sempre sede
 Eu sempre cedo  A cessão de suas terras foi de água, nunca de
meu lugar no ônibus reavaliada. suco.
aos idosos. (verbo  A seção de produtos de  Os bispos se
ceder) limpeza não estava encontraram na
organizada. sede episcopal.

1.2. Relação de alguns homônimos e parônimos

acender = atear fogo cela = aposento


ascender = subir sela = arreio
amoral = indiferente à moral censo = recenseamento
imoral = contra a moral, libertino, senso = juízo
apreçar = marcar o preço chá = bebida
apressar = acelerar xá = título de soberano no Oriente
arrear = pôr arreios comprimento = extensão
arriar = abaixar cumprimento = saudação
bucho = estômago de ruminantes infligir = aplicar pena ou castigo
buxo = arbusto ornamental infringir = transgredir, violar, desrespeitar
caçar = abater a caça espiar = olhar sorrateiramente
cassar = anular expiar = sofrer pena ou castigo
coser = costurar estada = permanência de pessoa
cozer = cozinhar estadia = permanência de veículo
desapercebido = desprevenido laço = laçada
despercebido = sem atenção, lasso = cansado, frouxo

incerto = duvidoso tacha = brocha, pequeno prego


inserto = inserido, incluso taxa = tributo
deferir = conceder despensa = compartimento
diferir = adiar dispensa = desobrigação

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 10


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

2. Denotação e Conotação
A língua portuguesa se apresenta em constante evolução, possibilitando, nesse sentido, que
as palavras se acomodem às necessidades contextuais, construindo inúmeros sentidos.
Dessa forma, os significados se apresentam em sentido denotativo ou em sentido
conotativo. A denotação aborda o sentido literal, próprio da palavra; já a conotação trabalha o
sentido figurativo.
Exemplo:
 Denotação = O livro é uma obra clássica.
Exemplo:
 Conotação = O livro é um show.

3. Tipologia Textual (Tipos Textuais) X Gêneros Textuais


Deve-se compreender que tipologia textual e gênero textual são denominações que se
aproximam muito quanto ao emprego, porém, apesar de tal aproximação conceitual, ambos os
conceitos se diferenciam em alguns pontos.
A relação tipológica abarca uma gama de elementos os quais se organizam, construindo
uma malha textual, a qual irá definir o texto quanto ao seu processo interno de construção:
a) que tipo de assunto será abordado?; b) quais são as melhores estratégias de escrita?,
levando-se em consideração a quem o texto será destinado e o que se espera com a escrita de
tal texto; c) em que tipo de contexto social e dialógico o texto será inserido? Dessa maneira,
norteando as representações de escrita, a tipologia textual se divide em dissertação, narração,
descrição, exposição e injunção.
Após observados esses elementos, os quais irão definir o texto quanto à sua abordagem
tipológica, deve-se, com base na tipologia escolhida, optar-se pela estrutura que o texto irá
apresentar, ou seja, quando se escolhe qual a estrutura comporá o texto, está-se pensando qual
melhor gênero textual se aplica. Nesse sentido, os inúmeros gêneros existentes na língua
apoiam-se no processo tipológico dos textos.
Torna-se necessário entender que gênero textual é a denominação dada à estrutura que
o texto irá apresentar, não importando se o texto é escrito ou oral. As estruturas textuais, ou
seja, os gêneros textuais são criados em consonância às interações sociais, isto é, dependendo
da intenção comunicativa e do contexto social, criam-se várias formas de linguagem. Essas
formas, denominadas de gêneros, apresentam características muito peculiares, as quais fazem
um corpo textual ser diferenciado do outro. São exemplos de gêneros textuais a charge, a
crônica, o edital, a bula de remédio etc..

3.1. Conceito e Classificação da Tipologia Textual (Confronto/Gêneros


Textuais)

É possível reconhecer, na classificação de tipologia textual, os seguintes tipos textuais:


narração, dissertação, descrição, exposição e injunção. Não é necessário que um texto
apresente, em sua estrutura, apenas um tipo de texto.
 Texto Narrativo: O objetivo da narração é o de contar uma história, seja ela fictícia ou
real, contextualizando-a em noções temporais e espaciais. Nesse sentido, serão

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 11


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
encontrados alguns elementos significativos à narrativa, como personagens, narrador,
espaço, tempo e enredo.
Exemplo:
“[...]Sou homem de tristes palavras. De que era que eu tinha tanta,
tanta culpa? Se o meu pai, sempre fazendo ausência: e o rio-rio-rio, o rio
— pondo perpétuo. Eu sofria já o começo de velhice — esta vida era só o
demoramento. Eu mesmo tinha achaques, ânsias, cá de baixo, cansaços,
perrenguice de reumatismo. E ele? Por quê? Devia de padecer demais. De
tão idoso, não ia, mais dia menos dia, fraquejar do vigor, deixar que a canoa
emborcasse, ou que bubuiasse sem pulso, na levada do rio, para se
despenhar horas abaixo, em tororoma e no tombo da cachoeira, brava,
com o fervimento e morte. Apertava o coração. Ele estava lá, sem a minha
tranquilidade. Sou o culpado do que nem sei, de dor em aberto, no meu
foro. Soubesse — se as coisas fossem outras. E fui tomando ideia. [...]”.
(Texto extraído do livro "Primeiras Estórias", Editora Nova Fronteira - Rio
de Janeiro, 1988, pág. 32).
 Texto Dissertativo: O texto classificado como dissertativo-argumentativo apresenta
um perfil opinativo, no qual são desenvolvidas ideias por meio de estratégias
argumentativas, com finalidade de convencer o interlocutor.
Exemplo:
“[...] Há muito se fala que o Brasil deve ter como meta a transformação
das matérias-primas agropecuárias aqui dentro, a fim de deixar de ser
eterno exportador de produtos primários e passar a industrializá-los,
tanto para aumentar o PIB quanto para gerar renda e emprego dentro do
país. Nada há que reparar nessa afirmação, porém, cabe considerar alguns
aspectos. Assim como a agricultura, a indústria de transformação
brasileira vem passando por acentuado processo de automação e inovação
tecnológica, fazendo que a geração de emprego por unidade de capital
investido se torne cada vez menor. [...]”. (Fragmento do editorial
Diversificar a Economia da Gazeta do Povo, dia 04/06/2016).
 Texto Descritivo: é o texto que tem por finalidade descrever, seja de maneira objetiva
ou subjetiva, os seres, os acontecimentos, os objetos etc..
Exemplo:
“[...] criatura de 14 anos, alta, forte e cheia, apertada em um vestido de
chita, meio desbotado. Os cabelos grossos, feitos em duas tranças, com as
pontas atadas uma à outra, à moda do tempo,... morena, olhos claros e
grandes, nariz reto e comprido, tinha a boca fina e o queixo largo... calçava
sapatos de duraque, rasos e velhos, a que ela mesma dera alguns pontos
[...]”. (Fragmento extraído da obra de Dom Casmurro de Machado de Assis,
em que a personagem Capitu é descrita).
 Texto Expositivo: é aquele que tem por finalidade demonstrar informações relativas a
um objeto ou a um fato, apontando suas especificidades, ou seja, suas características, por
meio de linguagem clara e objetiva.
Exemplo:

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 12


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
“[...]Faltar água no Brasil é inaceitável. De toda a água de superfície que
existe no planeta, em lagos e rios, o Brasil tem 12%. Um privilégio. Por isso
é difícil entender porque entrou em crise o sistema de fornecimento de
água na região mais próspera do país, o Sudeste [...]”. (Fragmento de uma
reportagem publicada no jornal da Globo, edição do dia 18/08/2015).
 Texto Injuntivo: A finalidade dos textos, que se configuram como injunções, é instruir
o interlocutor, por meio do emprego de verbos no imperativo.
Exemplo:
“[...] O aparelho deverá funcionar somente com o tipo de alimentação
indicada na etiqueta. Se você não tem certeza do tipo de rede elétrica da
sua residência, contate o revendedor ou a companhia de energia local.
[...]”. (Trecho de um Manual de Instruções de televisão).
Observe o quadro a seguir o qual propõe um paralelo entre tipologia textual e gênero
textual.

Dica da Professora Jacira sobre a Relação entre Tipologia Textual e


Gênero Textual

Gêneros e a Gêneros e a Gênero e a Gêneros e a Gêneros e a


Tipologia Tipologia Tipologia Tipologia Tipologia
Narrativa Dissertativa Descritiva Expositiva Injuntiva
“Podem ser “São exemplos São São São exemplos
citados como de gêneros textuais pontuados exemplos de de gêneros
exemplos de que se apropriam como gêneros textuais textuais que se
gêneros textuais da tipologia gêneros que se utilizam embasam na
que se apoiam na dissertativa a textuais que da tipologia tipologia de
tipologia narrativa carta se apropriam expositiva a injunção os
as crônicas, os argumentativa, o da tipologia reportagem, o editais, as
contos, as editorial, o ensaio, descritiva os resumo, o artigo receitas
bibliografias, as a dissertação- relatórios, os científico, o culinárias, as
fábulas, os argumentativa laudos etc.. fichamento etc.. bulas, o manual
romances etc..” etc..” de instruções etc..

4. Tipos de Discurso (Quais existem e como se diferenciam)


São divididos em três categorias os tipos de discursos empregados nos gêneros narrativos:
discurso direto, discurso indireto, discurso indireto livre.

4.1. Discurso Direto

Observa-se que, quando o discurso é direto, o narrador faz uma interrupção em sua própria
fala, para citar, de forma fiel, a fala de um personagem. A finalidade de tal discurso é a de
demonstrar autenticidade ou, até mesmo, espontaneidade, pois é evidenciado pelo autor que
não é de responsabilidade dele o que foi falado.

4.1.1. Características do discurso direto


a) Emprego dos “verbos de elocução”, também conhecidos como “verbos de dizer”.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 13


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
Exemplo:
 Responder, falar, declarar, exclamar etc.;
b) Emprego de sinais gráficos: dois pontos, exclamação, interrogação, aspas, travessão;
c) Introdução do discurso, o qual não é obrigado aparecer em linha isolada.
Obs.: Não é obrigatório, no discurso direto, o emprego tanto de travessão quanto de aspas.
São dois recursos possíveis, porém facultativos.
Exemplo:
 Os alunos diziam: “Precisamos de férias”.

4.2. Discurso Indireto

O narrador, quando utiliza o discurso indireto, interfere na fala do personagem, pois a fala
do personagem ganha vida por meio da fala do narrador.

4.2.1. Características do discurso indireto


a) O discurso é estabelecido, ou seja, narrado na terceira pessoa;
b) Empregam-se, em alguns casos, os verbos de elocução;
c) Não se utilizam travessões, pois no discurso indireto, geralmente se emprega orações
subordinadas, as quais são estabelecidas por meio de articuladores subordinativos como “que”,
“se” e outros.
Exemplo:
 Os alunos disseram que precisavam de férias.

4.3. Discurso Indireto Livre

No discurso livre observa-se uma fusão do discurso direto com o discurso indireto, ou seja,
tanto se observa a fala do personagem como se pode notar interferências do narrador na fala
do personagem.

4.3.1. Características do discurso indireto livre


Não existem marcas sintáticas (pontuação, conectores etc..)que demonstrem a mudança
no discurso. Nesse sentido, não é indicado, na estrutura dialógica, a distinção entre a fala do
narrador e a fala do personagem. Portanto, a fala do personagem é confundida com a fala do
narrador.
Exemplo:
 Bom, mais um dia de aula. Vamos lá em breve teremos férias.

5. Coesão e Coerência Textual


Tanto a coesão quanto a coerência são muito importantes na construção de um texto, pois
tais mecanismos conferem à produção textual princípios de harmonia, concisão e clareza. No
entanto, um recurso não é pré-requesito para existência do outro, ou seja, um texto pode ser
coerente, ou seja, construído com sentido, sem que haja emprego de conectores, isto é, de
coesão. Observe, atentamente, o quadro explicativo:

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 14


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

Coesão Textual
Conceito
Coesão é a denominação dada aos articuladores sintáticos, os quais promovem as
ligações das partes de um texto.
Quando os conectivos são empregados, de forma correta, é dito que o texto empregou
critérios de coesão. Compreenda que empregar a coesão, de forma correta, significa dizer que
os mecanismos sintáticos conseguiram promover a lógica entre as ideias que foram
pontuadas.
Coerência Textual
Conceito
Coerência é o nome dado às relações de sentido abarcadas pelas unidades textuais.
Quando um texto é bem escrito, pode-se observar que as ideias fluem, ou seja, a clareza do
discurso não é comprometida.
Nesse sentido, a coerência decorre de inúmeras razões como conhecimento prévio do
interlocutor sobre o assunto que será abordado; adequação de noções sintáticas (emprego
de tempos e modos verbais); utilização de ideias que não sejam contraditórias, incompletas
ou redundantes.

6. Intertextualidade
É titulado intertextualidade o recurso de influência que um texto exerce sobre outro. É um
mecanismo linguístico muito importante na construção de textos, pois possibilita que uma
produção textual possa, de forma implícita ou explícita, apresentar elementos oriundos de
outras relações textuais. Dessa maneira, podem ser verificados inúmeros processos de
intertextualidade, os quais se dividem em paródia, paráfrase, epígrafe, citação e alusão.

6.1. Tipos de Intertextualidade

a) Paródia
Do grego (parodes: “para” = semelhante + “odes” = canto), a paródia é um recurso textual,
que garante a conservação do texto original, para que se possa construir uma crítica irônica em
caráter humorístico. Tal recurso é muito empregado em programas de humor.
b) Paráfrase
Do grego (paraphrasis = “repetição de sentença”), a paráfrase é um recurso textual o qual
permite que um texto seja reescrito, empregando-se outras palavras, garantindo-se, nesse
sentido, a ideia apresentada no texto original.
c) Epígrafe
Do grego (epígrafhe: “epi” = posição superior + graphe = escrita), a epígrafe é o nome que
se dá à frase ou ao parágrafo que faça relação com o conteúdo apresentado no texto. É um
recurso linguístico bem aceito e, portanto, muito empregado em texto de natureza científica
como resenhas, dissertações, monografias etc..
d) Citação
Do latim citare = convocar, a citação é um recurso linguístico, no qual é possível um texto
fazer remissões a trechos de outras obras, para que a argumentação seja corroborada. Nesse
sentido, a citação permite que um texto mantenha diálogo com outro. Torna-se necessário que

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 15


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
o trecho citado venha devidamente entre aspas e em itálico, a fim de que não seja configurado
plágio, ou seja, crime.
e) Alusão
Do latim (alludere: “ad”= a, para + “ludere” = brincar ), a alusão é um recurso linguístico o
qual possibilita que um texto faça referência a elementos presentes em outros textos.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 16


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

ASPECTOS GRAMATICAIS

1. Divisão Silábica
Algumas regras de separação silábica suscitam inúmeras dúvidas aos concurseiros, no
momento da prova. Observe, nesse sentido, quais são os conceitos e os processos que norteiam
tais regras.
Normas para a divisão silábica
Ditongos (reunião de uma vogal com uma Não podem ser separados silabicamente.
semivogal em mesma sílaba) Exemplo:
 he-rói: ditongo decrescente;
 qua-se: ditongo crescente;
Tritongos (reunião de uma vogal com Exemplo:
duas semivogais em mesma sílaba)  U-ru-guai: tritongo;
 i-guais: tritongo.
Hiatos (reunião de duas vogais que se As vogais dos hiatos são separadas.
localizam em sílabas diferentes) Exemplo:
 sa-í-da, sa-ú-de.
Dígrafos lh, ch, nh, qu, gu Não podem ser separados.
Exemplos:
 cho-co-la-te;
 quen-te; te-lha-do;
 u-nha;
 qui-nhão.
Dígrafos xc, xs, ss, rr, sc, São separados.
Exemplos:
 ex-ce-der;
 ex-su-ar;
 a-ssun-to; ca-rro;
 des-cer;
 cres-ço.
Encontros consonantais denominados São separados.
impuros ou disjuntos, os quais se Exemplos:
manifestam por meio de consoantes em  es-co-lar;
sílabas diferentes.
 e-ner-gi-za-do.

2. Regras de Acentuação Gráfica


As regras de acentuação gráfica são trabalhadas, observando-se tanto a sílaba tônica quanto
a terminação da palavra. Assim, serão pontuadas regras denominadas fundamentais e regras
tituladas complementares.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 17


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
2.1. Regras Fundamentais
a) Oxítonas: denominação dada às palavras que apresentam a última sílaba tônica.
Serão acentuadas as oxítonas que são terminadas em:
a(s): está, partirá
e(s): café, você
o(s): propôs, cipó
em, ens: alguém, ninguém
NOVA REGRA ORTOGRÁFICA
Palavras Oxítonas
Não houve nenhuma modificação na acentuação das palavras classificadas como oxítonas.

b) Paroxítonas: nome dado às palavras que apresentam penúltima sílaba tônica.


l fácil ATENÇÃO:
n hífen
r revólver Observe que toda palavra paroxítona,
x tórax que se apresente com terminação de
us bônus oxítona, não é acentuada.
um/uns álbum, álbuns
i/is júri/ júris Exemplo:
ã(s), ão(s) ímã/ ímãs;
órfão/órfãos;  Jacira (paroxítona terminada em
ditongo oral túneis “a”)
(seguido ou não de s)
ps tríceps

 Paroxítonas terminadas em “n”, como “hífen”, apresentam acento. No entanto, caso a


palavra seja empregada no plural, não haverá mais acento gráfico, pois não se acentuam
as paroxítonas que apresentem terminações de oxítonas.
Exemplos:
 Hífens ( palavra com acento, pois a terminação “n” é de paroxítona).
 Hifens ( palavra sem acento, pois a terminação “ens” é de oxítona).
 Paroxítonas que forem terminadas em ditongo crescente são acentuadas – ea (s), eo (s),
ia(s), ie (s), io (s), ao (s), ua (s), eu (s), uo (s).
Exemplos:
 mágoa, óleo, cárie, férias...

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 18


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
NOVA REGRA ORTOGRÁFICA
Palavras Paroxítonas
De acordo com a nova regra ortográfica, somente as palavras paroxítonas que
apresentam ditongo aberto ou hiato precedido de ditongo sofreram alterações. Essas regras
serão comentadas e exemplificadas no tópico “2.3.2. Regras Complementares”, desta apostila.

c) Proparoxítonas: titulação dada às palavras que possuem a antepenúltima sílaba tônica.


Obs: Todas as paroxítonas são acentuadas.
Exemplos:
 médico, árvore.
NOVA REGRA ORTOGRÁFICA
Palavras Proparoxítonas
As palavras proparoxítonas não sofreram nenhum tipo de alteração na nova regra
ortográfica.

2.2. Regras Complementares (Comparativo entre a regra antiga e


a nova)
Além das denominações de oxítona, paroxítona e proparoxítona, que são consideradas
como regras fundamentais, existem outras regras cuja importância se faz devido à necessidade
de intensificar alguns elementos sonoros. Veja:
a) Ditongos Abertos
Serão acentuados os ditongos “éi”, “éu” e “ói” (pronúncia aberta), localizados em oxítonas.
Exemplos:
 éi (s): papéis, anéis
 éu (s): troféu
 ói (s): herói, caubóis
NOVA REGRA ORTOGRÁFICA
Ditongos Abertos
De acordo com a nova regra ortográfica, não se acentuam os ditongos abertos
localizados em paroxítonas.
Como era antes Como é agora
Assembléia Assembleia
Estréia Estreia
Idéia Ideia
Jóia Joia
Platéia Plateia
Obs.: A palavra DESTRÓIER será acentuada, pois não se enquadra na regra de ditongo
aberto, e sim na regra de paroxítona terminada em “r".
b) Hiatos
Serão acentuados os hiatos formados de “i” e “u” tônicos, que sejam sozinhos ou associados
a “s”, desde que não estejam seguidos “nh”.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 19


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
Exemplo:
 e-go-ís-ta / sa-í-da/ sa-ú-de/ ju/í/zes Lu/ís
Observe, dessa maneira, que não serão acentuados os seguintes hiatos, por não se
enquadrarem na regra acima, pois os hiatos não se manifestaram sozinhos ou seguidos de “s”na
sílaba.
Exemplo:
 ra-iz / ju-iz / Lu-iz
Obs: Ra/i/nha: observe que aparentemente o hiato está sozinho, no entanto, ao se
pronunciar a palavra é percebido que a nasalidade do “nh”, presente na sílaba posterior é
transferida ao hiato.
NOVA REGRA ORTOGRÁFICA
Hiatos
De acordo com a nova regra de ortografia, não serão acentuados os hiatos, localizados
em paroxítonas, que sejam precedidos de ditongo.

Como era antes Como é agora


Feiúra Feiura
Baiúca Baiuca
c) Acento Diferencial
Na língua portuguesa, o acento diferencial era empregado para diferenciar inúmeros pares
de palavras.
NOVA REGRA ORTOGRÁFICA
Acento Diferencial Eliminado
De acordo com a nova regra ortográfica, não será empregado o acento que diferencia
os pares pêlo(s)/pelo(s); pára/para; péla(s)/pela(s), pêra/pêra; pólo(s)/polo(s).

Como era antes Como é agora


Ela pára o trânsito. Ela para o trânsito.
As pessoas foram ao pólo Norte. As pessoas foram ao polo Norte.
Aquele cão é idoso, pois apresenta pêlos Aquele cão é idoso, pois apresenta pelos
brancos. brancos.
Comeremos meia pêra, todos os dias. Comeremos meia pera, todos os dias.
Acento Diferencial Mantido Obrigatoriamente
 Emprega-se obrigatoriamente o acento diferencial nas palavras pôde/pode.
Pôde: flexão verbal empregado no pretérito perfeito do indicativo do verbo poder, na 3ª
pessoa do singular.
Pode: flexão verbal empregado no presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular.

Exemplo:
 Semana passada ela não pôde trazer seu filho ao teatro; mas hoje o pai pode trazê-lo.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 20


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
 Emprega-se obrigatoriamente o acento diferencial em pôr/por.
Pôr é verbo.
Por é preposição.
Exemplo:
 Iremos pôr o bibliografia em ordem, mas não quero que seja feito nada por mim.
 Emprega-se obrigatoriamente o acento diferencial com objetivo de distinguir o
singular do plural dos verbos “ter” e “vir” e derivados (deter, manter, conter, reter,
intervir, advir...)
Exemplos:
 Ele tem alguns livros bons. (tem = singular)
 Eles têm alguns livros bons. (têm = plural)

Acento Diferencial Mantido Facultativamente


Será empregado, de maneira facultativa, o acento circunflexo para diferenciar as
palavras forma/fôrma. No entanto, o emprego do acento é viável, em alguns contextos, com
objetivo de esclarecer melhor o sentido da palavra.
Exemplo:
 Qual será a forma da fôrma do pudim?

NOVA REGRA ORTOGRÁFICA

Palavras terminadas em êem e ôo(s)

Como era antes Como é agora

Abençôo (verbo abençoar) Abençoo (verbo abençoar)

crêem (verbo crer) creem (verbo crer)

dêem (verbo dar) deem (verbo dar)

lêem (verbo ver) leem (verbo ver)

vêem (verbo ver) veem (verbo ver)

d) Mudanças no alfabeto
O alfabeto da língua portuguesa é composto agora por 26 letras, pois foram reintroduzidas
as letras k, w e y.

e) Trema
Não se emprega mais o trema (¨), sinal que era colocado na letra “u” para apontar a
pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 21


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
NOVA REGRA ORTOGRÁFICA
Como era Como fica
agüentar aguentar
bilíngüe bilíngue

3. Emprego do Hífen
O emprego do hífen se apresenta atrelado a inúmeras situações, as quais decorrem tanto
das exigências ortográficas quanto semânticas. No entanto, o trabalho de hifenização que mais
se enfatiza é a possibilidade de o hífen estabelecer uniões semânticas; emprego o qual suscita
várias dúvidas.
Nesse sentido, para que se possam sanar dúvidas frequentes sobre o emprego de hífen,
observe atentamente as orientações que serão pontuadas a seguir.

3.1. Emprego do hífen em palavras formadas por prefixos ou por


elementos que funcionam como prefixos
Observe como deve ser feita a colocação do hífen, quando há o envolvimento de prefixo:

 Quadro das regras e exemplos


Regras Exemplos
Não se emprega hífen, caso o prefixo  Autoescola
termine com letra que seja diferente da que se  Agroindustrial
inicia o segundo elemento.
 semicírculo
 superinteressante
Emprega-se hífen caso o prefixo termine  micro-ondas
com a mesma letra com que se inicia o segundo  inter-regional
elemento.
 contra-atacar
Emprega-se hífen diante de palavras que  anti-histórico
são iniciadas por “h”.  super-homem
 micro-história
 mini-hotel
Atenção:
Caso o prefixo termine em vogal e o segundo elemento seja iniciado pelas consoantes “r”
ou “s”, haverá um desdobramento de tais consoantes.
MINI + SAIA= MINISSAIA
ANTI + RACISMO = ANTIRRACISMO
Emprega-se hífen com os prefixos ex, vice,  ex-aluno
sem, pré, pró, pós, aquém, além e recém.  vice-prefeito
 sem-terra

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 22


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
 pré-vestibular
 pró-europeu
 pós-graduação
 aquém-mar
 além-mar
 recém-casado.
 recém-nascido
Não se emprega hífen com os prefixos “pre”  preelaborar
(não acentuado) e “re”, mesmo que o segundo  reescrever
elemento seja iniciado pela vogal “e”.
Não se emprega hífen nas estruturas  Relação de não agressão
formadas pelos elementos linguísticos “quase”  Aquilo se transformou em quase
e “não”. delito
O prefixo “co” será escrito junto do segundo  Coerdeiro
elemento, mesmo que o segundo termo seja  Coabitação
iniciado por “o” ou por “h”. Obs.:
 Coobrigação
Se o segundo elemento começar por “h”, tal
consoante será eliminada.  Corresponsável
Caso o segundo elemento comece por “r” ou  cosseno
“s”, haverá desdobramento de tais consoantes.

Emprega-se hífen, caso a palavra apresente  circum-murado


os prefixos “circum” e “pan” e o segundo termo  circum-navegação
seja iniciado por “m”, “n” ou vogal.
 pan-americano
Emprega-se hífen caso a palavra seja  ad-digital
formada pelos prefixos “ab”, “ob” e “ad”, sendo  ad-renal
o segundo termo iniciado por “b”, “d” ou “r”.
 ob-rogar
 ab-rogar
Emprega-se hífen, caso a palavra seja  sub-região
formada por prefixos sub e sob e o segundo  sub-reitor
elemento iniciado por “r”.
 sub-regional
 sob-roda

3.2. Casos Especiais de Emprego do hífen


Serão analisados os casos em que o emprego do hífen se estabelece de forma especial. Veja:
 Com objetivo de estabelecer ligação entre pronomes oblíquos átonos e verbos.
Exemplo:
 Encontre-o; Conheça-a; Dar-se-á (mesóclise);

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 23


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
 Em separações silábicas.
Exemplo:
 Ca-sa; Pas-sa-re-la;
 Com objetivo de se estabelecer clareza gráfica, caso, no final da linha, a separação de
uma palavra coincida com o emprego de hífen, deve-se repeti-lo na linha seguinte.
Exemplo:
A produção de textos argumentativos-
-expositivos exige princípios de coesivos.
 Nos compostos que não apresentam elementos de ligação:
Exemplo:
 arco-íris, segunda-feira, vaga-lume,
Obs: Não se emprega o hífen em vocábulos que perderam a noção de composição.
Exemplo:
 girassol, pontapé, mandachuva...
 Nos compostos formados por palavras que sejam homogêneas, ou seja, de mesma classe
morfológica ou repetidas, sendo desprovidas de elementos de ligação.
Exemplo:
 Tá-tá-tá, corre-corre, luso-brasileiro,tique-taque, reco-reco, cri-cri, zigue-zague...
 Nos compostos que derivam de topônimos (nomes próprios de lugares), sejam eles
ligados ou não por elementos conectores.
Exemplo:
 belo-horizontino (composto derivado do topônimo Belo Horizonte)
 mato-grossense-do-sul (composto derivado do topônimo Mato Grosso do Sul)
 Nos compostos que são constituídos por topônimos, os quais sejam iniciados por meio
dos adjetivos grão e grã; nos compostos que sejam formados por verbos e nos compostos
ligados por artigo.
Exemplo:
 Por adjetivos grão e grã: Grão-Pará, Grã- Bretanha;
 Por verbos: Passa-Quatro, Trinca-Fortes;
 Por artigo: Baía de Todos-os-Santos, Entre-os-Rios.
 O hífen é empregado em encadeamentos vocabulares. Deve-se compreender que
encadeamento vocabular é a associação que se faz de palavras, as quais estabelecem
uma relação entre duas ou mais entidades.
Exemplo:
 O trajeto Rio de Janeiro-São Paulo;
 O jogo Inglaterra-França; Ponte Rio-Niterói; Relação professor-coordenador...
 Nos compostos em que o primeiro termo é um numeral.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 24


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
Exemplo:
 quinta-feira, terça-feira, primeira-dama, primeiro-ministro
 Caso o composto seja utilizado para designar nomes oriundos tanto da fauna quanto da
flora, sejam eles constituídos por elementos de ligação ou não.
Exemplo:
 pimenta-do-reino, cravo-da-índia, erva-doce, peixe-espada, mico-leão-dourado, erva-
do-chá, feijão-verde, bem-me-quer (planta)...

Atenção! O emprego do hífen pode ser solicitado ou não, dependendo


do contexto.
Dessa forma, nota-se que o hífen será empregado na designação de nomes
de animais, de plantas, de raízes, de sementes, enfim, em terminologias que se
refiram às espécies botânicas e zoológicas. Porém, caso o composto seja
empregado fora de seu sentido original ou em sentido figurativo, o hífen não
será mais aceito.
Sentido original:
 bico-de-papagaio (planta que serve de ornamentação)
 copo-de-leite (nome de planta)
Sentido não original ou figurado:
 bico de papagaio (nome figurativo que se atribui à deformação de vértebras)
 copo de leite (sentido não original)
 Nos nomes compostos que, mesmo conservando sua acentuação e autonomia fonética,
foram esvaziados de seu sentido original, a fim de construírem um único conceito.
Exemplo:
 arco-íris, guarda-sol, amor-perfeito...
 Emprega-se o hífen nos vocábulos que são formados por sufixos de origem tupi-guarani,
caso o primeiro elemento termine em vogal graficamente acentuada ou em vogal tônica
nasal. Observe que os sufixos de origem tupi-guarani serão abordados em função
adjetiva.
(-açu, -guaçu,-mirim)
Exemplo:
 capim-açu, sabiá-guaçu, cajá-mirim, anajá-mirim.
 Nos compostos constituídos por meio dos elementos recém, além, aquém e sem.
Exemplo:
 recém-casado, além-mar, aquém-fronteiras, sem-vergonha, sem-terra.
 Se o composto for constituído pela palavra “mal”, sendo a segunda palavra for iniciada
por vogal e por consoantes “h” ou “l”, o hífen será empregado.
Exemplo:
 mal-estacionado, mal-acabado, mal-humorado, mal-limpo.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 25


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
Caso a palavra “mal” denote sentido de doença, o hífen deve ser empregado, se não houver
elemento de ligação.
Exemplo:
 mal-francês.
No entanto, se a palavra denominativa de doença for trabalhada com elementos de
ligação, o hífen não poderá ser empregado.
Exemplo:
 mal de lázaro.

3.3. Casos em que o hífen não deve ser empregado


a) Nos compostos que são constituídos por elementos de ligação, sejam expressões ou
bases oracionais.
Exemplo:
 pé de moleque, dia a dia, ponto e vírgula, fim de semana... (expressões)
 maria vai com as outras, diz que diz que, deus nos acuda... (bases oracionais)
Configuram-se as seguintes palavras como exceções: mais-que-perfeito, pé-de-meia, arco-
da-velha, água-de-colônia, cor-de-rosa, à queima-roupa, ao deus-dará.
b) Em regra geral, não se utiliza hífen em locuções, porém existem algumas que foram
consagradas, no decorrer da história, com emprego de hífen. Observe:
Regra Geral das locuções (sem hífen)
Exemplo:
 dia a dia, ponto e vírgula, café com leite, fim de semana...
Regra Consagrada pela história
 mais-que-perfeito, à queima-roupa, cor-de-rosa, pé-de-meia, água-de-colônia, arco-da-
velha, ao deus-dará.

4. Ortografia
Serão abordadas a seguir algumas relações ortográficas que geralmente suscitam muitas
dúvidas. Dessa maneira, para que o estudo de tais regras se torne um processo mais ameno, a
matéria será abordada por meio de grupos ortográficos.
Emprego do S
1ª) São grafadas com –s as palavras que derivam de verbos e abarcam terminação em -ergir,
-erter, -ertir.
Exemplos:
 aspergir = aspersão / converter= conversão / divertir = diversão
2ª) Serão escritas com –s as palavras que terminarem com –oso ou –osa.
Exemplo:
 saboroso / respeitoso / grandiosa / desejoso
Dica: Não se encaixa em tal regra a palavra gozo.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 26


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
3ª) Verbos terminados em –ndir e em –nder formam palavras grafadas com –s.
Exemplos:
 pretender = pretensão / defender = defesa, defensivo / despender = despesa
 compreender = compreensão / fundir = fusão / expandir = expansão
4ª) Emprega-se –s nas palavras que terminem com –isa.
Exemplos:
 Noraísa, / Maraísa / poetisa
5ª) As formas derivadas dos verbos pôr e querer são grafadas com –s.
Exemplos:
 Pusera / pus / quisera / quis
6ª) Após ditongo tem que ser empregado –s, caso a palavra apresente som de “z”.
Exemplos:
 Pousada / coisa / repouso
Obs.: Caso a palavra apresente som de “ss”, após um ditongo, emprega-se –ç. Ex.: eleição.
7ª) Os substantivos que derivam dos verbos com terminação em –andir, -verter, -pelir e –
ender são grafados com S.
Exemplos:
 expandir (verbo) = expansão (substantivo)
 converter (verbo) = conversão (substantivo)
 expelir (verbo) = expulsão (substantivo)
 suspender (verbo) = suspensão (substantivo)
8ª) Se a palavra primitiva apresentar o –s em seu radical, serão grafados com –s os verbos
terminados em –isar.
Exemplos:
 análise = analisar, analisado, analisando;
 pesquisa = pesquisar, pesquisado, pesquisando.
9ª) As palavras que forem terminadas em –ase, -ise, - ese, -ose serão escritas com –s, salvo
duas palavras: deslize e gaze.
Exemplos:
 diarese / sinerese / crase / fase / catacrese / osmose
10ª) As denominações representativas de nacionalidades terminadas em –esa e em –ês são
grafadas com –s.
Exemplos:
 portuguesa/português - inglesa/ inglês - marquesa/marquês
Emprego de SS
1ª) As palavras que forem derivadas de verbos terminados em –gredir e em –gress serão
grafadas com –ss-.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 27


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
Exemplos:
 progredir (verbo) = progresso
 transgredir (verbo) = transgressor (substantivo)
2ª) As palavras que forem derivadas de verbos terminados em –meter serão grafadas com
–miss ou com –mess-.
Exemplos:
 intrometer (verbo) = intromissão (substantivo)
 comprometer (verbo) = compromisso
 prometer (verbo) = promessa (substantivo)
3ª) Os substantivos que derivam de verbos com terminações em -mitir, -cutir, -gredir e -
ceder serão escritos com -ss.
Exemplos:
 transmitir (verbo) = transmissão (substantivo)
 repercutir (verbo) = repercussão (substantivo)
 progredir (verbo) = progressão (substantivo)
 exceder (verbo) = excesso (substantivo)
4ª) As palavras que forem derivadas de verbos com terminação em –primir serão grafadas
com –press-.
Exemplos:
 comprimir (verbo) = compressa
 imprimir(verbo) = impressão (substantivo)
5ª) As palavras que forem derivadas de verbos terminados em –ceder devem ser escritas
com –cess-.
Exemplo:
 conceder (verbo) = concessão (substantivo)
 exceder (verbo) = excesso (substantivo)
Emprego de Ç
1ª) Os substantivos que mantêm correspondência com os verbos derivados do verbo “ter”
são grafados com terminação –tenção.
a) Exemplo:
b) Verbo deter (derivado do verbo ter) = substantivo detenção
c) Verbo reter (derivado do verbo ter) = substantivo retenção
d) Verbo manter (derivado do verbo ter) = substantivo manutenção
e) Verbo conter (derivado do verbo ter) = substantivo contenção
2ª) Emprega-se o Ç nos substantivos que sejam derivados dos verbos “torcer” e “ter”.
Exemplo:

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 28


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
Derivados do verbo “torcer” = distorcer e contorcer que formam respectivamente os
substantivos distorção e contorção;
Derivados do verbo “ter” = deter e manter que formam respectivamente os substantivos
detenção e manutenção.
3ª) São grafadas com –ção os vocábulos que derivam de palavras terminadas em –tor, -tivo
e –to.
Exemplos:
 -tor: produtor = produção; construtor = construção
 -tivo: partitivo = partição; constitutivo = constituição
 -to: intuito = intuição; circunscrito = circunscrição
4ª) Alguns substantivos são formados a partir do acréscimo da terminação –ção ao tema do
verbo. Compreende-se por tema a eliminação do –r pertencente aos verbos no infinitivo.
Exemplos:
 plantar (retira-se o –r e acrescenta-se –cão) = plantação;
 dedicar (retira-se o –r e acrescenta-se –cão) = dedicação;
 declarar (retira-se o –r e acrescenta-se –cão) = declaração.

5ª) Diversos substantivos terminados em –ce possibilitam a criação de verbos cuja


terminação se faz em -çar.
Exemplo:
 lance (substantivo) = lançar (verbo);
Emprego do Z
1ª) Os substantivos que são derivados de adjetivos serão grafados com –z.
Exemplo:
 belo (adjetivo) = beleza (substantivo)
 macio (adjetivo) = maciez (substantivo)
 puro (adjetivo) = pureza (substantivo)
2ª ) Se a palavra primitiva não apresentar o –s, os verbos terminados em –izar serão
grafados com –z.
Exemplo:
 economia (palavra primitiva sem o –s) = economizar (grafa-se com –izar)
 frágil (palavra primitiva sem o –s) = fragilizar (grafa-se com –izar)
Como o diminutivo é grafado
Os diminutivos seguem duas regras de ortografia:
1ª) Se a palavra primitiva apresentar o –s em sua estrutura, o diminutivo será escrito em
-sinho ou em –sito.
Exemplo:
casa = casinha; Inês = Inesita; Íris = Irisinha.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 29


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
2ª) Caso a palavra primitiva não apresentar o –s em radical, o diminutivo será feito em -
zinho e –zito.
Exemplo:
homem = homenzinho; mulher = mulherzinha; feijão = feijãozinho; pão = pãozinho.
Emprega-se X
1ª) Exceto a palavra mecha, as demais serão grafadas com –x, após a sílaba ME-.
Exemplo:
 Mexerica / Mexido / mexer
2ª) Emprega-se X nas palavras que apresentarem o início de –EN. Salvo as palavras que
iniciam com CH e recebem o prefixo en- como o verbo encher e seus derivados (enchimento,
preencher, cheio); encharcar (relativo a charco); enchiqueirar (relativo a chiqueiro)
Exemplos:
 Enxurrada / enxada / enxerida / enxerido / enxaqueca
3ª) Após ditongos grafa-se –x. Salvo tanto a palavra guache quanto a recauchutar.
Exemplos:
 Frouxo / queixa / caixa / peixe / ameixa
4ª) O X é empregado em palavras tanto de origem africana quanto indígena e em palavras
inglesas que foram aportuguesadas.
Exemplos:
 Orixá / xampu / xavante / Oxalá / xaxim / faxina / coaxar
5ª) O X é empregado em algumas palavras com som de SS.
Exemplo:
 Sexta / texto / intertextualidade / textura / trouxe / extrovertido / experto

Outras regras que suscitam dúvida


 Como trabalhar os verbos terminados em –tir?
Podem-se observar inúmeras regras, as quais são estabelecidas em função da terminação –
tir. Vejamos:
1ª ) Em alguns casos, retira-se a desinência –r, caracterizadora de verbos no infinitivo, e
acrescenta-se -ção.
Exemplo:
 nutrir (retira-se o –r) e (acrescenta-se –ção) = nutrição.
2ª) Já em outros casos, quando for retirada a terminação –tir e houver a permanência de
uma consoante no final, será empregado –são para formar a palavra.
Exemplo:
 divertir (retira-se o – tir) e (acrescenta-se –são) = diversão.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 30


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
3ª) Porém, caso seja retirada a terminação em –tir e houver permanência de uma vogal no
final, será empregado –ssão.
Exemplo:
 discutir (retira-se o – tir) e (acrescenta-se –ssão) = discussão.
 Como trabalhar as terminações em -OER ou -UIR?
Se os verbos que terminam com –oer ou –uir forem empregados no presente do indicativo,
tanto a 2ª quanto a 3ª pessoa do singular serão grafados com –i-.
Exemplos:
 tu possuis /ele possui - tu constróis /ele constrói - tu móis /ele mói
 Como trabalhar as terminações em -UAR e -OAR?
Se o verbo estiver flexionado no presente do subjuntivo, todas as pessoas (1ª, 2ª, 3ª singular
e plural) serão grafadas com –e.
Exemplos:
 Que eu efetue /Que tu efetues/Que ele atenue
 Que nós atenuemos/Que vós entoeis/Que eles entoem
Casos em que o –g- gera dúvida
1ª) Grafa-se com “g”as palavras terminadas em –gem. Salvo lambujem e pajem.
Exemplos:
 Coragem / personagem / ferrugem.
2ª) Palavras que apresentarem terminações em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio são compostas
com -g.
Exemplos:
 Colégio / prestígio / refúgio

5. Classes de Palavras
SUBSTANTIVO
Conceito: É a classe gramatical que se configura como substância da língua, sendo
articulada por meio de classes que se configuram como determinantes. Nesse sentido, é a
classe que aceita ser determinada.

 Classificação dos substantivos


Substantivo Comum É responsável por designar, de maneira genérica, seres
oriundos de uma mesma espécie ou grupo.
Exemplos:
 cadeira / animal / livro
Substantivo Próprio Apresenta a finalidade de designar um ser por meio de
suas especificidades, tomando-o de forma individualizada.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 31


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
Exemplos:
 Marta / Minas Gerais
 Belo Horizonte / Apolo
Obs.: O substantivo classificado como próprio deve ser
sempre escrito com letra maiúscula.
Substantivo Concreto Denomina tanto os seres que existem por si só, sem
manter dependência física com outros seres, como aqueles
que podem ser representados em nossa imaginação.
Exemplos:
 Deus / ar / ferro / pedra / som / Marta
Substantivo Abstrato São aqueles que se opõem aos substantivos concretos,
pois apresentam dependência com outros seres. Podem ser
compreendidas por substantivo abstrato as designações que
são decorrentes de práticas verbais, de qualidades e de
sentimentos.
Exemplos:
 fala (prática verbal de falar)
 pureza (existência do puro)
 amor (sentimento)

 Formação dos substantivos


Substantivo Primitivo É aquele que serve de origem à construção de outras
palavras.
Exemplos:
 Ferro / pedra / porta
Substantivo Derivado É o substantivo que foi formado por meio de outra palavra
já existente na língua.
Exemplos:
 ferreiro / pedraria / pedregulho / porteiro / portaria
Substantivo Simples Apresenta apenas um radical.
Exemplos:
 planta / nascente / sol / animal

Substantivo Composto Apresenta mais de um radical.


Exemplos:
 couve-flor / passatempo / cachorro-quente

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 32


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
Substantivo Coletivo Apresenta, por meio do singular, a reunião de seres de
uma mesma espécie.
Exemplos:
 cardume (peixes) / batalhão (soldados)
 colmeia (abelhas) / chusma (pessoa, gente).
Obs.: Concurso público, geralmente, não estabelece nas
questões os paradigmas dos substantivos coletivos.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 33


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

 Gênero dos Substantivos


Substantivo Uniforme Substantivos Biformes Substantivos
Heterônimos
Abordam apenas uma forma para representar ambos os gêneros, Estabelecem duas formas, Por meio de radicais
podendo trabalhar as seguintes classificações: trabalhando-se o mesmo diferentes irão apresentar duas
radical: uma para indicar o formas: uma para o masculino e
 Comum-de-dois gêneros:
masculino e outra para o outra para o feminino.
Os comuns-de-dois são os que têm uma só forma para ambos os
feminino.
gêneros, com artigos distintos. Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:  homem - mulher.
 o / a estudante - o / a imigrante - o / a intérprete  garoto – garota  bode - cabra.
 Sobrecomum  aluno – aluna  boi - vaca.
Abordam única forma para representar tanto o gênero masculino
quanto o feminino, sendo os determinantes irrelevantes para distinguir o
gênero da palavra.
Exemplos:
 o cônjuge / a criança / o indivíduo / Epiceno
 Epiceno
Apresentam apenas uma forma e um só artigo (determinante) para
indicar ambos os gêneros de alguns animais, sendo necessário acrescentar
macho ou fêmea.
Exemplos:
 a onça - a pantera - o pernilongo

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 34


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
Diversos substantivos existentes na língua portuguesa abarcam o gênero de maneira
vacilante, podendo se estabelecer tanto em noção masculina quanto feminina como é o caso de
o laringe e a laringe; o diabete e a diabete ou o diabetes e a diabetes. No entanto, alguns
substantivo irão apresentar mudança de significado devido à oscilação de gênero.
Exemplos:
 o banana = o molenga / a banana = a fruta;
 o guarda = o soldado / a guarda = vigilância, corporação;
 o moral = estado de espírito / a moral = ética, conclusão.

 Plural dos Substantivos Compostos


Alguns plurais, realmente, suscitam dúvida ao serem abordados, principalmente quando a
palavra se apresenta em unidade composta. Nesse sentido, serão pontuados algumas
especificidades inerentes ao plural dos substantivos compostos.
Deve-se compreender que a pluralização se processa obedecendo à noção de possibilidade,
ou não, de variação abarcada por cada vocábulo presente na unidade composta. Dessa maneira,
observe como as regras são pontuadas:
1) Substantivo, adjetivo e numeral são elementos que se flexionam, portanto, ao
formarem um substantivo composto, permitirão que ambas as partes do composto
sejam pluralizadas.
Exemplos:
 guarda-civil = guardas-civis
 erva-doce = ervas-doces
 alto-relevo = altos-relevos
 quinta-feira = quintas-feiras
 couve-flor = couves-flores
Obs.: Em alguns casos, a palavra guarda não irá apresentar pluralização, devido ao fato de
se tratar de um verbo.
Exemplos:
 Guarda-roupa = guarda-roupas (verbo + substantivo)
 Guarda-volume = guarda-volumes (verbo + substantivo)
2) Pronome é uma classe de atitude bastante peculiar, pois em alguns casos a pluralização
não é aceita, como é o caso dos pronomes indefinidos (tudo, ninguém, nada); já em
outras situações o pronome abarca condições de pluralização, como se percebe com os
possessivos (meu, teu, seu, nosso). Dessa maneira, caso o pronome seja um dos
elementos formadores do composto, deve-se observar como se manifesta isoladamente
a sua estrutura, ou seja, se é passível de flexão, ou não, pois sua atitude individual irá
acarretar sequelas na formação do composto.
Exemplo:
 padre-nosso = padres-nossos
 Zé-ninguém = Zés-ninguém

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 35


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
3) Advérbio e interjeição são classes invariáveis. Nesse sentido, quando formarem um
composto, irão transmitir tal informação à palavra criada.
 salve-rainha = salve-rainhas
 ave-maria = ave-marias
Casos Especiais de Pluralização de Substantivos Compostos
Observe como os substantivos compostos são formados:
Verbo + substantivo (o verbo não se flexiona dentro do composto).
Exemplos:
 arranha-céu = arranha-céus
 beija-flor = beija-flores

Substantivo + substantivo (o segundo elemento do composto não se flexiona, caso seja


empregado para indicar forma, finalidade ou semelhança do primeiro).
Exemplos:
 salário-família = salários-família
 escola-padrão = escolas-padrão
 pombo-correio = pombos-correio
Obs.: Apesar de a regra tradicional indicar que em tais compostos o segundo elemento
não deve ser flexionado, várias gramáticas aceitam a pluralização dos dois elementos.
Exemplos:
 salários-famílias / escolas-padrões / pombos-correios
Substantivo + substantivo (os dois elementos se flexionam, caso o segundo não
determine o primeiro).
Exemplos:
 cachorro-quente = cachorros-quentes
 couve-flor= couves-flores
Se o composto for formado por preposição, apenas o primeiro elemento será
flexionado.
Exemplos:
 pé-de-moleque = pés-de-moleque
 mula-sem-cabeça = mulas-sem-cabeça
Dica: Caso o primeiro elemento seja invariável, todo o composto ficará invariável.
Exemplos:
 fora-de-série.
a) Se o composto for formado por mais de duas palavras, sem auxílio de preposição,
apenas o último irá para o plural.
Exemplos:

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 36


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
 bem-me-quer = bem-me-queres
b) Verbo + Verbo (caso sejam iguais, diversas bibliografias aceitam que dois elementos
sejam pluralizados; no entanto, outras aceitam o plural apenas do último elemento.
Exemplos:
 corre-corre = corres-corres ou corre-corres
 lambe-lambe = lambes-lambes ou lambe-lambes
c) Verbo + Verbo (verbos que possuem sentidos opostos não serão flexionados).
Exemplos:
 o leva-e-traz = os leva-e-traz
 o ganha-perde = os ganha-perde
d) Onomatopeia ou Palavras Repetidas formando o composto (somente o último
elemento será flexionado).
Exemplos:
 pingue-pongue = pingue-pongues
 lero-lero = lero-leros
e) Palavra “guarda” formando o composto:
 Para designar pessoa (os dois elementos se flexionam).
Exemplos:
 guarda-noturno = guardas-noturnos
 guarda-florestal = guardas-florestais
 Para designar objeto: (somente o último elemento será pluralizado).
Exemplos:
 guarda-roupa = guarda-roupas
 guarda-chuva = guarda-chuvas

NUMERAL
Conceito: É a classe que retrata tanto a quantidade dos elementos quanto sua ordem
de sucessão. Dessa maneira, são possíveis várias classificações.
 Classificações
Cardinal: responsável por apresentar a quantidade de seres. Ex.: um, dois, três...
Ordinal: responsável por trabalhar a ordem sucessiva dos elementos em uma dada
série. Ex.: primeiro, segundo, terceiro...
Multiplicativo: responsável por informar a multiplicação de seres, permitindo que seja
identificada a forma como a quantidade foi aumentada. Ex.: dobro, triplo, quádruplo...
Fracionário: responsável por trabalhar as partes que formam um inteiro, averiguando-
se como foi estabelecida a divisão dos seres. Ex.: meio, um terço, dois terços...

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 37


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
ADJETIVO
Conceito: É a classe que caracteriza, restringe e especifica um substantivo.
• O que é locução adjetiva?
É a relação estabelecida pela união de duas ou mais palavras que se apresentam em
função adjetiva. Normalmente, a locução adjetiva é formada por meio da associação de
PREPOSIÇÃO + SUBSTANTIVO:

 Amor de pai= Amor paterno;


 Atitude de criança = Atitude infantil;
 Almofadas de decoração = Almofadas decorativas;
 Afeto de mãe = Afeto materno;
 Representação de governo = Representação governamental;

A locução adjetiva também pode ser formar por meio da ligação de uma PREPOSIÇÃO +
ADVÉRBIO:

 Refeição de hoje = Refeição hodierna;


 Patas de trás = Patas traseiras.

Obs.: Algumas locuções não apresentam conversão em simples adjetivo.

 Adjetivo Pátrio ou Gentílico


São os adjetivos que representam as relações de origem dos seres, podendo indicar desde
de sua nacionalidade até onde vivem.
Ex.: Brasília = brasiliense; - Goiânia = goianiense; - Manaus = manauense; - Cabo-Frio =
cabo-friense; - Fernando de Noronha = noronhense; - Rio de Janeiro (capital) = carioca; - Rio
de Janeiro (estado) = fluminense.

 Flexão do Adjetivo
O adjetivo busca concordar tanto em gênero (masculino e feminino) quanto em número
(singular e plural) com o substantivo ao qual se relaciona.
Obs.: Caso um substantivo se apresente em função adjetiva, não será possível flexioná-lo.
Exemplos:
 Blusas rosa. (substantivo fazendo função adjetiva)
 Casacos creme. (substantivo fazendo função adjetiva)

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 38


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

 Plural de Adjetivo Composto


Em regra geral, apenas o último elemento do adjetivo composto se flexiona para
concordar com o substantivo, ficando os demais elementos na forma masculina e singular. É
importante lembrar que, se o adjetivo composto apresentar um substantivo em função
adjetivada, não será possível flexioná-lo.
Observe atentamente os exemplos:
 Blusa vermelho-clara = Blusas vermelho-claras
 Calça verde-escura = Calças verde-escuras
 Reunião latino-americana = Reuniões latino-americanas
 Blusa verde-limão = Blusas verde- limão
 Camisa vermelho-sangue = Camisas vermelho-sangue
 Sapatos azul-marinho = Sapatos azul-marinho

Obs.: O adjetivo composto surdo-mudo apresenta flexão dos dois elementos.


Exemplo:
 Alunos surdos-mudos;

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 39


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

 Graus do Adjetivo

A. Grau Comparativo
Trabalha uma relação entre dois seres, comparando as características que se estabelecem em comum. Pode também ser feita comparação
entre características de um mesmo ser.
 Comparativo de superioridade  Comparativo de inferioridade  Comparativo de igualdade
Exemplos: Exemplos: Exemplos:

 Pedro é mais estudioso (do) que o  Pedro é menos estudioso (do) que o  Pedro é tão estudioso quanto o irmão.
irmão. irmão.  Ana é tão educada quanto a colega.
 Ana é mais educada (do) que a  Ana é menos educada (do) que a  O exemplo é tão sedutor quanto o
colega. colega. ensinamento.
 O exemplo é mais sedutor (do) que  O exemplo é menos sedutor (do)
o ensinamento. que o ensinamento.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 40


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

Graus do Adjetivo

B. Grau Superlativo
Aponta uma característica que se estabelece em intensidade máxima, podendo ser expressa de forma absoluta (sintética ou analítica)
ou de forma relativa.
 Superlativo Absoluto  Superlativo Relativo
A característica é direcionada a um ser, sendo A característica é atribuída a um ser, articulando-o com outros seres que
abordada de maneira absoluta. A característica é possuem a mesma característica.
trabalhada sem que se faça comparações com outros a) Superlativo Relativo de Superioridade: a caracterização de um ser é posta
seres. como “a mais” dentre os outros seres.
A) Superlativo Absoluto Analítico: empregam-se
Exemplos:
termos que denotem ideia de intensificação, como
Dica: Fórmula: o mais + adjetivo + de (ou dentre)
muito, extremamente, excessivamente etc..
 Esse prédio é o mais alto da rua.
Exemplo:  Aquele material é o mais adequado de todos.
 A menina é muito agradável.
b) Superlativo Relativo de Inferioridade: a qualidade de um ser é posta como
b) Superlativo Absoluto Sintético: utilizam-se “a menos” dentre os outros seres.
sufixos para indicar intensificação, como –íssimo, -rimo,
-imo. Exemplos:
Exemplo: Dica: Fórmula: o menos + adjetivo + de (ou dentre)
 Antônio foi o namorado menos compreensivo de todos que já pude
 A menina é agradabilíssima.
conhecer.
 O garoto era o menos egoísta da sala.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 41


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
Os adjetivos bom, mau, grande e pequeno apresentam formas sintéticas destinadas ao grau
comparativo de superioridade, as quais correspondem respectivamente às seguintes
estruturas: melhor, pior, maior e menor.
Exemplos:
 Esta postura é melhor (do) que a outra.
 Sua atuação foi pior (do) que seu desprezo.
 A falta de atuação é maior (do) que a de compreensão.
Atenção: As estruturas analíticas “mais bom”, “mais mau”, “mais grande” e “mais pequeno”
só devem ser empregadas quando se prestam a fazer associação entre duas características de
um mesmo ser.
Exemplos:
 Caio é mais bom (do) que dedicado.
 O estudante é mais mau (do) que astuto.
 Aquela fera é mais pequena (do) que brava.
PRONOME
Conceito: é a classe gramatical que apresenta função de substituir um nome ou de
acompanhá-lo.
Dessa maneira, devido ao seu conceito morfológico, o pronome, em relação contextual,
sempre apresentará derivação imprópria, convertendo-se em função substantiva ou em
função adjetiva. Assim, quando um pronome se expressa nos períodos com objetivo de
representar um substantivo, ou seja, com finalidade de substituí-lo, automaticamente sua
natureza será substantivada. No entanto, se o pronome tiver o intuito de acompanhar um
nome, sua atuação será adjetivada, uma vez que a relação mantida pelo pronome será a de
especificar ou, até mesmo, a de caracterizar um substantivo.
Exemplos:
 Aquele garoto fez o trato. (Aquele: pronome demonstrativo adjetivado);
 Ele não soube responder ao questionamento. (Ele: pronome substantivado).
Os pronomes são classificados em consonância à finalidade sintático-semântica que
podem abarcar nos contextos em que são inseridos. Dessa maneira, os pronomes serão
divididos em inúmeras categorias.

I. Pronomes Pessoais
Os pronomes pessoais são responsáveis por indicar as três pessoas do discurso:
Pronomes pessoais do caso reto Pronomes pessoais do caso oblíquo
1ª Eu me, mim, comigo
2ª Tu te, ti, contigo
3ª Ele se, si, consigo, o, a, lhe
1ª Nós nos, conosco
2ª Vós vos, convosco
3ª Eles se, si, consigo, os, as, lhes

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 42


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
 primeira pessoa (quem fala);
 Segunda pessoa (com quem se fala);
 Terceira pessoa (de quem se fala).
Os pronomes pessoais são classificados em dois grupos: os átonos, os quais são
desprovidos de preposição antecedida, e os tônicos, que apresentam preposição anteposta a
seu emprego.
Compreendem-se por oblíquos átonos os seguintes pronomes: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos,
os, as, lhes.
Já no que se refere aos pronomes oblíquos tônicos, podem ser citados os seguintes: mim,
comigo, ti, contigo, ele, ela, si, consigo, nós, conosco, vós, convosco, eles, elas.
Obs.: Os pronomes “ele”, “ela”, ”eles”, “elas” sempre irão ser escritos com preposição
antecedida, para que funcionem como complementos.

II. Pronomes Relativos


Os pronomes relativos são elementos importantíssimos, quando o assunto é trabalhar as
relações remissivas de um texto, pois sua finalidade é a de retomar um substantivo da oração
anterior, evitando repetição de palavras e, ao mesmo tempo, garantindo uma ligação harmônica
entre as orações que compõem o período. Os pronomes relativos podem ser divididos em
grupos variáveis e não variáveis.
Observe:
Variáveis Invariáveis
O qual, a qual, os quais, as quais; cujo, cuja, cujos, cujas; Que, quem, onde
quanto, quanta, quantos, quantas.

1) Pronome Relativo QUE


O relativo “que” recebe a denominação de pronome relativo universal, devido à sua retoma
ampla, pois sua estrutura permite trabalhar com substantivos antecedidos que representem
pessoas, lugares, animais, objetos, ou seja, qualquer elemento que esteja em natureza
substantiva no contexto em que é empregado.
Exemplos:
 A casa em que vivo é arejada. (empregado para retomar lugar)
 O garoto que amo é bem jovem. (empregado para retomar pessoa)
Observações:
1ª Pronome relativo “que” pode apresentar como antecedente o pronome demonstrativo
“o” e suas variações “os”, ”a”, “as”.
Exemplo:
 Não sei o que faço. (o pronome “o” equivalente a “aquilo”).
2ª Emprega-se QUE ou O QUAL? Caso o pronome relativo tenha que apresentar preposição
antecedida, deve-se empregar o relativo “que” se a preposição for monossilábica, mas se a
preposição contiver mais de uma sílaba, emprega-se “o qual” e suas variações.
Exemplos:

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 43


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
 Aquela é a ferramenta com que trabalho.
 Este é o gerente para o qual trabalho.
2) Pronome Relativo QUEM
O relativo “quem” é empregado para retomar pessoa ou coisa personificada, devendo estar
precedido de preposição monossilábica, para que a retomada do substantivo seja feita de forma
adequada.
Exemplos:
 Não encontrei o aluno de quem a coordenação falou. (retomada de pessoa)
 Essa é a apostila a quem prezo como parceira. (coisa personificada)
Obs.: Caso o pronome relativo “quem” seja empregado sem antecedente expresso, a
classificação será de pronome relativo indefinido.
Exemplos:
 Quem falou o fato foi criticado.
3) Pronome Relativo CUJO
O relativo cujo, assim como suas variações, deve estabelecer relação de posse entre o
substantivo compreendido como possuidor e o denominado como possuído. O cujo, ao fazer a
relação entre possuidor e possuído, jamais aceita emprego de artigo.
Exemplo:
 Plantaram as árvores cujas flores são amarelas.
Esquema:
Árvores = substantivo possuidor + cujas (combinando com o substantivo posterior ao
emprego do pronome) + flores = substantivo possuído.

4) Pronome Relativo QUANTO


Os pronomes “quanto” e suas variações serão classificados como relativos, se houver
emprego de pronome indefinido antecedente.
Exemplo:
 Compreendeu tudo quanto foi dito.
5) Pronome Relativo ONDE x AONDE
O relativo onde só será bem empregado se for utilizado para indicar lugar, apresentando
um sentido aproximado de em que, no qual (e suas variações).

Exemplos:
 A cidade onde vivo é pequena.
 A cidade em que vivo é pequena.
 A cidade na qual vivo é pequena.
Emprega-se ”aonde” nas orações em que o verbo denotar ideia de movimento.
Exemplo:

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 44


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
 Aonde devemos ir, quando você chegar.

III. Pronomes de Tratamento


Os pronomes de tratamento são utilizados para se fazer referência ao trato com as
pessoas, seja em sentido respeitoso, formal ou familiar. Embora os pronomes de tratamento
sejam de natureza de segunda pessoa, devem sempre trabalhar a concordância na terceira
pessoa, seja do singular ou do plural. Ex.: Quando o trato é cerimonioso, pode-se empregar
senhor ou senhora; se a relação for de caráter familiar, caberá o emprego de você/vocês; no
entanto, se o pronome for destinado a representar outras relações, que exijam um grau de
formalidade ou, até mesmo, de impessoalidade mais intensos, deve-se observar qual emprego
pronominal se aplica de forma mais adequada em relação ao contexto social no qual será
proferido.

IV. Pronomes Possessivos


Os pronomes possessivos irão conferir à estrutura textual uma relação de posse, sendo
divididos em primeira, segunda e terceira pessoa. Observe: meu(s), minha(s), teu(s), tua(s),
seu(s), sua(s), nosso(s), nossa(s), vosso(s), vossa(s).
Dica: Deve-se ter cuidado para o pronome possessivo de terceira pessoa não provocar
ambiguidade.
Exemplo:
 O funcionário relatou à secretária que seu carro havia sido rebocado. (Carro de quem? =
ambíguo)
Para se evitar o duplo sentido, um dos recursos possíveis é a utilização do termo dele/dela,
logo após o substantivo. Observe:
a) O funcionário relatou à secretária que carro dele havia sido rebocado. (dele=
funcionário)
b) O funcionário relatou à secretária que carro dela havia sido rebocado. (dela = secretária)

V. Pronomes Demonstrativos
Os pronomes demonstrativos são responsáveis por situar os seres em relação ao tempo, ao
espaço e às pessoas do discurso. Veja:
 Este, esta, isto: são empregados tanto para designar o que esteja próximo da pessoa que
fala quanto para indicar o tempo presente.
Exemplos:
 Esta blusa que estou usando é de cetim.
 Este mês está repleto de grandes surpresas.
 Esse, essa, isso: são utilizados tanto para indicar o que esteja próximo da pessoa com
quem se fala quanto para representar duas relações temporais: um tempo passado, que
seja recente, e um futuro.
Exemplo:
 Essa blusa que você está usando é de cetim?
 Quando estivermos em 2019... esse ano será de grandes emoções?

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 45


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
 Em maio de 2015, construímos a loja. Até esse mês, não houve retorno do investimento
feito.
 Aquele, aquela, aquilo: são usados para se fazer referência ao que está distante tanto
da pessoa que fala quanto da pessoa com quem se fala. Outro emprego possível é o de se
fazer referência a um tempo passado, porém remoto.
Exemplo:
 Aquela blusa que ela está usando é de cetim?
 Naquela época, já havia disputa entre partidos políticos.

Outros Usos dos Demonstrativos

Dica: Nas relações textuais emprega-se:


 Este, esta, isto para indicar o que ainda vai ser falado ou escrito.
 Esse, essa, isso para retomar o que já foi falado ou escrito.

VI. Pronomes Indefinidos


Os pronomes indefinidos fazem referência de forma vaga, ou seja, genérica à terceira
pessoa do discurso. São exemplos de indefinidos: alguém, ninguém, tudo, todo, nada, algo, cada,
algum, algum (e suas variações), nenhum (e suas variações)...
Cuidado especial com emprego do TODO
1) TODO + artigo definido (“o”, ”a”, ”os”,” as”) = apresentará ideia de inteiro.
Obs.: Existem palavras que, em relações contextuais, não aceitam anteposição de artigo.
Exemplo:
 Todo ele estava molhado. (Ele inteiro estava molhado, mas a palavra ele não admite
artigo)
2) TODO / sem emprego de artigo = apresentará ideia de qualquer.
Exemplo:
 Estava todo o dia no trabalho. (O dia inteiro)

ARTIGO
Conceito: O artigo é uma classe variável que se antepõe a um substantivo, ou a uma
palavra substantivada, conferindo-lhe informações contextuais que podem ser definidas, por
meio dos artigos definidos, ou genéricas, por meio dos artigos indefinidos.

 Classificação dos Artigos


Os artigos são classificados em:
a) Artigos Definidos: o, a, os, as.
b) Artigos Indefinidos: um, uma, uns, umas.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 46


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
Exemplos:
 O garoto solicitou ajuda. (Empregou-se o artigo definido “o” para especificar qual era
o garoto).
 Um garoto solicitou ajuda. (Empregou-se o artigo indefinido “um” para que se fizesse
referência a qualquer garoto, de forma geral).

VERBO
Conceito: é a classe gramatical que estabelece noções temporais e modais, por meio de
desinências número-pessoais.

 Classificação da Conjugação Verbal


Podem ser observadas três classificações de conjugação para os verbos presentes na
língua portuguesa:
1ª conjugação: verbos terminados em -ar .
2ª conjugação: verbos terminados em -er .
3ª conjugação: verbos terminados em -ir .

Atenção: O verbo “pôr” e seus derivados são de 2ª conjugação, pois a forma verbal “pôr” foi
originada do termo “ponere” do latim, o que possibilitou o nascedouro da estrutura “poer”, a
qual deu origem ao “pôr”.

a) Classificação das Pessoas Verbais


1ª pes. do sing.: eu /1ª pes. do pl.: nós
2ª pes. do sing.: tu /2ª pes. do pl.: vós
3ª pes. do sing.: ele/ 3ª pes. do pl.: eles

b) Modos Verbais e Temporais


Podem ser verificadas três classificações modais e três temporais.

Classificações Modais
Indicativo Indica ideia de certeza.
Subjuntivo Apresenta ideias de dúvida, desejo ou hipótese.
Imperativo Indica ideias de pedido, ordem ou conselho.
Classificações Temporais
Pretérito Aponta um processo anterior ao momento em que se fala ou se escreve.
Presente Retrata o momento atual.
Futuro Indica um processo posterior ao momento em que se fala ou se escreve.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 47


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
 Modo Indicativo e Seus Tempos Verbais
Presente
Indica um processo verbal que ocorre no momento em que se fala ou escreve.
Exemplo:
 Sempre caminho na avenida.
Pretérito
 Pretérito Perfeito: Indica uma ação que aconteceu no passado, em um momento específico,
sendo compreendido como um processo concluído.
Exemplo:
 Ontem caminhei na avenida.
 Pretérito Imperfeito: Indica um processo verbal que acontecia frequentemente no passado,
que se estabelecia como ação habitual.
Exemplo:
 Naquele período, caminhava na avenida.
 Pretérito Mais-que-perfeito: Indica um processo verbal que ocorreu antes do Pretérito
Perfeito do Indicativo.
Exemplo:
 No momento em que você foi à casa de Laura, eu já caminhara 3 Km.
Futuro
 Futuro do Presente: Indica uma ação que acontecerá sem dúvida.
Exemplo:
 Amanhã caminharei bem cedo na avenida.
 Futuro do Pretérito: Indica um processo verbal futuro que se estabelece dependente de um
outro processo que seja anterior a ele.
Exemplo:
 Caminharia todas as manhãs, se não estudasse tanto.

 Modo Subjuntivo e Seus Tempos Verbais


Presente do Subjuntivo
Indica um desejo ou uma dúvida que acontece no momento em que se fala ou escreve.
Exemplo:
 Bem provável que eu caminhe muito o mês de maio todo.
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
Indica um processo condicionado a outro ou uma hipótese que se estabelece,
geralmente, vinculada ao Futuro do Pretérito do Indicativo.
Exemplo:
 Eu caminharia todas as manhãs, se não estudasse tanto.
Futuro do Subjuntivo
Indica uma ação futura que seja hipotética.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 48


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
Exemplo:
 Quando começar a caminhar todas as manhãs, apresentarei uma melhor disposição.

 Modo Imperativo e Suas Relações


Imperativo Afirmativo
Indica uma ordem, um pedido ou um conselho.
Exemplo:
 Caminhe todas as manhãs.
Imperativo Negativo
Indica a negação de uma ordem, de um pedido ou de um conselho.
Exemplo:
 Não caminhe à noite.

 Formas Nominais
Podem ser verificadas três relações representativas das formas nominais.
a) Infinitivo b) Gerúndio c) Particípio
São as formas que É a forma verbal São as formas terminadas em
apresentam terminações terminada em –ndo “go”, “to”, “so” e “do” (ado/ido)
em “ar”, “er” ou “ir” (cantando, vendendo, Ex.: cantado, vendido, sorrido,
(cantar, vender, sorrir). sorrindo). pago, pagado, feito, impresso,
imprimido...

 Classificação dos Verbos


Verbos Regulares são os que não sofrem qualquer tipo de alterações no radical.
Exemplo:
 Verbo Cantar = canto, cantas, canta, cantamos, cantais, cantam.
Verbos Irregulares são os que sofrem alterações pequenas em seu radical.
Exemplo:
 Verbo Fazer = faço, fazes; fiz, fizeste.
Verbos Anômalos são os que apresentam grandes alterações em seu radical.
Exemplo:
 Verbo Ser = sou, é, fui, era, serei.
Verbos Defectivos são os que não apresentam conjugação completa.
Exemplo:
 Verbos Reaver e Precaver = não apresentam as 1ª, 2ª e 3ª pessoas do presente do
indicativo e do presente do subjuntivo inteiro.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 49


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato
Verbos Abundantes são aqueles que possuem mais de uma forma verbal para
apresentar estruturas de mesmo valor. Tal fato é muito recorrente com verbos que possuem
mais de um particípio. O particípio é uma forma nominal do verbo com objetivo de indicar
ações plenamente concluídas. Alguns verbos, no entanto, apresentam mais de um particípio:
os regulares e os irregulares.
 A forma regular do particípio é adquirida por meio do acréscimo da desinência –ado
nos verbos que são de primeira conjugação e da desinência –ido nos verbo tanto de
segunda quanto de terceira conjugação.
Exemplos:
 Cantar (terminado em “-ar”= primeira conjugação = particípio cantado);
 Vender ( terminado em “-er”= segunda conjugação = particípio vendido)
 Sorrir (terminado em “-ir”= terceira conjugação = particípio sorrido)
 Já o particípio irregular não apresenta nenhuma forma específica, como o próprio
nome indica, não há uma desinência certa que marque um padrão.
Exemplos:
 Pago
 Aberto
 Dito
Dica: O particípio regular é empregado na voz ativa com os auxiliares “ter” ou “haver”; já
o particípio irregular é destinado ao emprego de voz passiva com os auxiliares “ser” ou
“estar”.
Exemplos:
 Ela havia entregado o relatório. (Voz ativa)
 Ele havia aceitado o convite.(Voz ativa)
 O relatório foi entregue por ele. (Voz passiva)
 O convite foi aceito por ele. (Voz passiva)

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 50


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

 Vozes Verbais
Na língua portuguesa existem três tipos de vozes verbais, as quais irão corresponder às relações existentes entre verbo e informação
sobre sujeito.
1) Voz Ativa
O sujeito é o agente da ação verbal, praticando ou participando de uma ação. Ex.: Os alunos exigiam a chegada do professor.
2) Voz Passiva
O sujeito é paciente da ação verbal, sofrendo a ação. A voz passiva pode ser classificada de duas formas: sintética ou analítica.
Voz Passiva Sintética: construída por meio de um verbo Voz Passiva Analítica: feita pela junção de sujeito paciente +
transitivo direto + pronome “se”(partícula apassivadora) + sujeito locução verbal (verbo auxiliar ser ou estar + verbo principal que
paciente. denote ação no particípio) + agente da passiva.
Exemplos: Exemplos:
Escreveram-se os livros. Os livros foram escritos pelos alunos.
Reformaram-se as salas. A sala foi pintada por pessoas dedicadas.
Obs.: Não é obrigatório aparecer sempre o agente da passiva.
3) Voz Reflexiva
O sujeito é o agente e o paciente da ação verbal. Podem ser verificadas duas classificações de voz reflexiva:
 Reflexiva: receberá denominação simplesmente de voz reflexiva, caso o sujeito pratique ação sobre si mesmo.
Exemplos: 1 - Ana cortou-se. 2 - João se feriu.
 Reflexiva recíproca: será classificada como voz reflexiva recíproca, quando houver mais de um sujeito que desenvolva uma
ação de reciprocidade, ou seja, estabelecendo a troca de uma mesma ação entre os sujeitos.
Exemplos: 1 - Ana e João amam-se. 2 - As pessoas se cumprimentaram.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 51


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

Atenção! Observe como converter voz ativa em voz passiva


e vice-versa
A - O sujeito encontrado na voz ativa será o agente da passiva.
B- O objeto direto verificado na voz ativa será o sujeito da voz passiva.
C - Na voz passiva, o verbo será trabalhado obedecendo ao mesmo tempo e
modo do verbo transitivo direto presente na voz ativa.
D - Na voz denominada passiva, o verbo, que é classificado como transitivo direto,
ficará no particípio.
Exemplos:
 Os alunos construíram o relatório de pesquisa.
Sujeito da Voz Ativa Objeto Direto
 O relatório de pesquisa foi construído pelos alunos.
Sujeito da Voz Passiva Agente da Passiva
 Os professores têm constantemente orientado os alunos.
Sujeito da Voz Ativa Objeto Direto
 Os alunos têm sido constantemente orientados pelos professores.
Sujeito da Voz Passiva Agente da Passiva
PREPOSIÇÃO
Conceito: Denomina-se preposição a classe gramatical invariável que estabelece ligação
entre dois elementos linguísticos de uma oração, designando ao primeiro elemento a função
de termo regente e ao segundo a função de elemento regido.

Exemplo:
 Eduardo assistiu ao filme. (verbo assistir = termo regente; ao filme = elemento regido).

 Elementos linguísticos classificados como preposição na língua


portuguesa
A - ante - até - após - com - contra - de - desde - em - entre - para - per - perante -
por - sem - sob - sobre - trás.

CONJUNÇÕES
Conceito: É a classe gramatical invariável responsável por estabelecer ligação entre
duas orações ou entre dois termos semelhantes que sejam pertencentes a uma mesma
oração.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 52


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

 Classificação
As conjunções são divididas em duas representações: coordenadas e subordinadas.
Conjunções Coordenadas Conjunções Subordinadas
Irão abarcar as seguintes classificações, Irão trazer as seguintes classificações, em
em consonância ao contexto sintático- consonância ao contexto sintático-semântico,
semântico, no qual serão inseridas: no qual serão inseridas:
 Aditiva  Concessiva
 Adversativa  Conformativa
 Alternativa  Causal
 Conclusiva  Consecutiva
 Explicativa  Comparativa
 Condicional
 Temporal
 Final
 Proporcional
Veja no capítulo de período composto como as conjunções serão
trabalhadas.

INTERJEIÇÃO
Conceito:

É a classe gramatical invariável responsável por representar desde manifestações de


sentimento até estados de espírito.
Exemplo:
 Ai, ai! Nossa! Calma! Ufa!

ADVÉRBIO
Conceito: É a classe circunstancial invariável que tem por objetivo trazer informações
destinadas a um adjetivo, a um advérbio e a um próprio advérbio.

 Classificações dos advérbios mais usuais


 Lugar: dentro, ali, atrás, em cima, debaixo....
 Modo: depressa, devagar, às pressas, à vontade, tristemente, generosamente,
bem...
 Tempo: ontem, primeiramente, hoje, ontem, de repente, cedo...

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 53


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

 Afirmação: certamente, sim, decididamente, indubitavelmente...


 Dúvida: possivelmente, provavelmente, talvez, por certo...
 Negação: não, de modo algum, nunca, jamais, de forma nenhuma...
 Exclusão: salvo, apenas, exclusivamente, senão, somente...
 Inclusão: também, inclusivamente, ainda, até...
 Ordem: primeiramente, depois, ultimamente...

6. Estudo Da Crase
6.1. Conceitos Necessários

Crase é a denominação dada à fusão de duas vogais com mesmo som.


Acento grave é a titulação do acento representativo do fenômeno linguístico chamado de
crase.

6.2. Não ocorre o fenômeno da crase

1) Antes de palavras que são masculinas:


Exemplo:
 Andava a cavalo todas as manhãs. (existe apenas preposição “a”, não há artigo “a”).

2) Antes de pronomes que rejeitam artigo “a”, em geral:


Exemplos:
 Nós fizemos referência a esta pessoa. (preposição “a” + pronome demonstrativo
“esta”, que rejeita artigo).
 Dedico todo meu amor a ela. (preposição “a” + pronome pessoal ela”, que rejeita
artigo).
Obs.: Caso o pronome aceite artigo e o verbo peça preposição “a”, haverá crase. Veja
como a crase se estabelece diante dos pronomes “mesma, própria”, os quais são exemplos de
pronomes que aceitam artigo.
Exemplos:
 Nós fizemos referência à mesma pessoa.
 Dedicamos à própria família a publicação do livro.

3) Antes de pronomes de tratamento:


Exemplo:
 Dirijo-me a Vossa Senhoria. (preposição “a” + pronome de tratamento, o qual rejeita
artigo).

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 54


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

Obs.: Existem alguns pronomes de tratamento, que por serem femininos e aceitarem artigo
“a”, podem aceitar o emprego de crase, desde que o verbo peça preposição “a”.
Senhora = Deram à senhora as flores mais lindas.
Senhorita = Nós pedimos à senhorita apoio afetivo.
Dona = Entregou-se à dona os bilhetes premiados.
ATENÇÃO!
Caso a palavra dona venha acompanhada de nome próprio, não haverá
emprego de crase, apenas a preposição será observada.
Exemplo:
 Entregou-se a Dona Maria os bilhetes premiados.
4) Antes de verbos.
Exemplos:
 Estou disposto a estudar muito . (existe apenas preposição “a”, não há
artigo “a”).

5) Entre palavra ou expressões repetidas:


Exemplos:
 Batalhava de sol a sol.
 Estávamos cara a cara.
 Estudávamos de segunda a segunda, durante todo o mês de maio.

Obs.: Quando existir artigo anteposto à primeira palavra que encabeça a construção
repetida, observe que a crase deve ser empregada.
Exemplo:
 Estudávamos da segunda à segunda, durante todo o mês de maio. (da= de+a)
6) Antes de nomes que designam cidades, alguns cuidados devem ser tomados:
Compreenda que algumas cidades são desprovidas de emprego de artigo. Dessa maneira,
com intuito de sabermos se uma cidade aceita, ou não, artigo, faça o teste de trocar a preposição
“a”, que denota regência de “ida”, pela preposição “de”, que dá ideia de “retorno”.
Observe como ficará o teste:
Exemplo:
 Vamos a Belo Horizonte. (preposição “a” sem artigo “a”)

Para saber se há crase, ou seja, se a cidade de Belo Horizonte aceita artigo “a”, faça o teste:
No lugar do “vamos” que é um verbo que denota ideia de ida, substitua-o por um verbo que
denote ideia de retorno, para que a preposição “de” possa ser aplicada no trecho. Veja:

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 55


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

Exemplo:
 Voltamos de Belo Horizonte. (inaceitável preposição “de” + artigo “a”, portanto, a
cidade não aceita artigo, dessa maneira, não haverá crase).
Outro exemplo:
Exemplo:
 Cheguei a Curitiba. (preposição “a” sem artigo “a”)

Para saber se a cidade de Curitiba aceita artigo, faça o teste como foi ensinado. No lugar da
preposição “a” introduza a preposição “de”, observando se possível, ou não, o “de” aceitar artigo
“a”. No exemplo em questão, não é necessário trocar o verbo “chegar”, pois ele tanto pode dar
ideia de ida quanto ideia de retorno.
Exemplo:
 Cheguei de Curitiba. (inaceitável preposição “de” + artigo “a”, portanto, a cidade não
aceita artigo, dessa maneira, não havendo crase).

ATENÇÃO!
Caso o nome da cidade venha acompanhado de determinante, na função de
adjunto adnominal, ocorrerá crase. Nesse caso, não se faz teste nenhum.
Observe que apesar de a cidade Curitiba não aceitar artigo, por ela ter sido
determinada, o determinante pedirá presença de artigo “a”, ocasionando a
crase.
Exemplo:
 Cheguei à Curitiba das inovações urbanísticas. (Determinante com função
de adjunto adnominal)
7) Não ocorre crase, caso apareça um “a” no singular diante de uma palavra
no plural.
Exemplo:
 Falaram a pessoas desconhecidas o segredo de família. (Existe apenas preposição “a”)

6.3. Ocorre o fenômeno da crase

1) Na indicação de horas:
Exemplo:
 Chegaremos às quatro horas. (preposição “a” originada do verbo chegar + artigo “as”
da palavra “horas”).

2) Nas expressões “à moda de” e “à maneira de”, mesmo que venham implícitas, a crase será
um fenômeno obrigatório.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 56


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

Exemplo:
 Escreve à (moda de) Graciliano Ramos.

3) Nas expressões adverbiais classificadas como femininas:


Dica: Lembre-se de que denomina-se de expressões adverbiais femininas os termos que se
referem a verbos, estabelecendo relações circunstâncias, sejam quais forem: tempo, lugar,
modo, finalidade...
Exemplo:
 Os convidados irão chegar à noite. (expressão adverbial feminina de tempo)
 Sempre caminhava às pressas. (expressão adverbial feminina de modo)
 Andamos à procura de novas soluções.(expressão adverbial feminina de finalidade)

4) Com o emprego de pronomes demonstrativos aquele (s), aquela (s), aquilo:


Caso o termo que anteceda o pronome demonstrativo aquele, aqueles, aquela, aquelas,
aquilo exija emprego de preposição “a”, ocorrerá crase.
Exemplo:
 Cheguei àquela cidade.
 Entreguei àquele rapaz o bilhete.

5) Antes das palavras casa, terra e distância se vierem determinadas:


Palavra casa ora aceita crase ora rejeita crase:
Se a palavra “casa” vier empregada, no período, com sentido de lar, residência sem nenhum
tipo de palavra ou expressão que possa determiná-la, ou seja, especificá-la, não haverá o
fenômeno da crase, pois a palavra casa, pela falta de determinação, irá dispensar artigo definido
“a”. Veja:
Exemplo:
 Chegarei cedo a casa. (preposição sem artigo, pois não há determinante)
Porém, se a palavra “casa” vier determinada, irá aceitar artigo definido “a”, ocorrendo,
portanto, o fenômeno da crase. Observe:
Exemplo:
 Chegarei cedo à casa de João. (preposição “a” + artigo “a”, pois a palavra casa veio
determinada pela expressão “de João”).
Palavra terra ora aceita crase ora rejeita crase:
O sentido contextual da palavra “terra” será de chão firme, fazendo oposição a mar ou a
ar. Deve-se observar que a palavra terra, somente poderá aceitar artigo e trabalhar o emprego
da crase se vier determinada; caso não haja vínculo de determinantes, a palavra terra irá
dispensar artigo e, portanto, não ocorrerá a fenômeno da crase.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 57


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

Exemplo:
 Darei à sua família o que foi pedido. Correto = (preposição “a”+ artigo “a”)
 Darei a sua família o que foi pedido. Correto = (preposição “a” sem artigo “a”)
Porém, se houver emprego de determinante, a palavra “terra” aceita artigo e ocorrerá a
crase.
Exemplo:
 Chegaram agora à terra dos antepassados. (preposição “a”+ artigo “a”, pois a palavra
“terra” veio acompanhada do determinante “dos antepassados”).
ATENÇÃO!
Se a palavra “Terra” vier escrita com letra maiúscula, indicará o nome do planeta, já
estará mais do que determinada, ocorrendo naturalmente a crase.
Exemplo:
 Os astronautas voltaram à Terra.

Palavra distância ora aceita crase ora rejeita crase:


A palavra “distância” somente aceitará artigo se vier determinada, pois somente dessa
maneira que será aceitável o emprego de artigo definido “a”. Porém, deve-se observar que a
distância só considera como determinante relações que sejam numéricas.
Exemplo:
 Estávamos à distância de 5km da escola.
 Estávamos a distância gigantesca da escola. (Não haverá crase, pois gigantesca, por
não ser numeral, não será considerado como determinante da palavra distância).

6.4. Ocorre de forma facultativa o fenômeno da crase

1) Antes de nomes próprios de pessoas femininos:


Exemplo:
 Deram o bilhete à Maria. Correto = (preposição “a”+ artigo “a”)
 Deram o bilhete a Maria. Correto = (preposição “a”+ sem artigo “a”)
2) Antes de pronomes possessivos femininos:
Observe que tanto os nomes próprios de pessoa femininos quanto os pronomes possessivos
femininos aceitam, ou não, o emprego de artigo definido anteposto. Devido à tal flexibilidade é
que a crase se torna facultativa.
3) Depois da preposição “até”:
Caso a preposição “até” venha seguida de nome feminino, o fenômeno da crase será
facultativo. Tal fato se torna possível, devido à preposição “até” ter a condição de ser empregada
de maneira solitária ou em locução “até a”.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 58


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

Exemplo:
 Irei até à sala. (até à = locução prepositiva)
 Irei até a sala. (preposição sozinha = até)

7. Estudo do Período Simples


Para que uma oração seja analisada sintaticamente, deve-se observar quem é o
responsável pela ação denotada pelo verbo e, também, a quem a informação do predicado é
destinada, pois seriam condutas mais simples para se tentar localizar o sujeito. Será necessário
compreender que existem verbos que possuem uma atitude bastante diferenciada,
apresentando uma peculiaridade sintática, que pode ser desde o fato de recusarem sujeito até
o de manterem uma postura diferenciada em relação aos padrões gerais de concordância.
Nesse sentido, será necessário compreender, em primeiro lugar, quais são os tipos de
sujeito que podem abarcar a análise sintática e uma oração.

7.1. Tipos de Sujeito

7.1.1. Sujeito Simples


Denomina-se sujeito simples aquele que apresenta apenas um núcleo. É importante
entender que o núcleo do sujeito será representado por um substantivo de origem ou por
qualquer palavra que possa se substantivar.
Exemplo:
 Os homens constroem os avanços tecnológicos.
Núcleo = homens (Sujeito Simples).

7.1.2. Sujeito Composto


Chama-se sujeito composto aquele que apresenta dois ou mais núcleos. Observe que, em
geral, os núcleos do sujeito composto são ligados pelos conectivos E e OU, mas também podem
ser verificados outros mecanismos responsáveis pela junção dos núcleos de sujeito, como os
correlatos nem ... nem, tanto ... quanto, assim ... como. Outro emprego comum que promova a
junção dos núcleos é a utilização da preposição COM, a qual é empregada de maneira bem
recorrente.
Exemplo:
 Tanto os alunos quanto os professores serão avaliados.
Núcleos = alunos e professores. (Sujeito Composto)
O artigo “os” que antecede tanto professores quanto alunos são sintaticamente adjuntos
adnominais.

7.1.3. Sujeito Oculto / Sujeito Desinencial


O sujeito denominado oculto - também chamado de sujeito desinencial, elíptico ou
subentendido- pode ser verificado em três casos:

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 59


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

a) Por meio da terminação verbal são reconhecidas as pessoas gramaticais: eu, tu, ele, ela,
você, nós ou vós. Dessa maneira, a desinência do verbo é que informará o sujeito, pois as
pessoas gramaticais não estarão expressas na oração.
Exemplo:
 Trabalharemos todos os dias intensamente.
Sujeito Oculto/ Desinencial = Nós.
Observe que o pronome “nós” não aparece explícito na oração.
b) Se o verbo vier empregado no Imperativo (indicação de ordem, pedido ou conselho),
haverá sujeito oculto/desinencial.
Exemplo:
 Leiam, crianças! (sujeito oculto/desinencial “vocês”)
Leiam = verbo no imperativo, denotando aconselhamento.(sujeito oculto).
Crianças = vocativo

Observação: Os verbos “chegar” e “bastar” nos empregos “Chega de...” e “Basta de...”
não podem ser enquadrados na regra acima, pois se apresentam nas orações recusando
sujeito.
Exemplo:
 Basta de mentira, crianças!
Nesse caso, não há sujeito.
Crianças = vocativo

7.1.4. Sujeito Indeterminado


Será caso de sujeito indeterminado, quando se faz análise do verbo e se encontra como
resposta o pronome “eles”, que jamais será analisado como sujeito oculto. Dessa forma, deve-
se entender que não existe sujeito oculto “eles”. Assim, caso o verbo esteja na terceira pessoa
do plural, sem apresentar expresso um substantivo, uma palavra substantivada ou um pronome
substantivado que possa ser o responsável pelo plural do verbo, será um caso de sujeito
indeterminado.
Exemplo:
 Deixaram flores em minha porta.
Obs.: Parece ser um caso de sujeito oculto “eles”, porém lembre que não será assim
classificado, pois não existe sujeito oculto “eles”. Dessa maneira, a classificação será de sujeito
indeterminado. Observe também que nenhuma palavra pode ser apontada como a responsável
pelo plural do verbo. Veja a diferença:
 Eles deixaram flores em minha porta.
 As crianças deixaram flores em minha porta.
Nesses dois casos existem palavras que são responsáveis pelo plural do verbo “deixar”: na
primeira oração, empregou-se o pronome substantivo “eles” e na segunda o substantivo
“crianças”. Dessa forma, ambas as orações apresentam sujeito.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 60


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

7.1.5. Sujeito Oracional


A oração subordinada substantiva subjetiva exerce a função de sujeito.
Exemplo:
 É necessário que todos compreendam a matéria.
É necessário que todos compreendam a matéria.
Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Subjetiva
O termo “que todos compreendam a matéria” será sujeito da oração principal “É
necessário”.

7.1.6. Sujeito Acusativo


Receberá denominação de acusativo o sujeito de um verbo que se encontre no infinitivo ou
no gerúndio, subjacente a uma oração que funcione como objeto direto, sendo o verbo da oração
principal fazer, ver, mandar, sentir, deixar, ouvir.
Exemplo:
 Fizeram o rapaz se retirar.
Observe que o sujeito não aparece declarado na primeira oração “Fizeram o rapaz”. Alguém
fez o rapaz se retirar, porém não se sabe quem desenvolveu tal ação. Assim, será denominado
um caso de sujeito indeterminado. Vamos, portanto, fazer análise detalhada da oração citada:
“Fizeram o rapaz se retirar.”
O verbo fazer é classificado como transitivo direto, tendo como objeto direto a oração “o
rapaz se retirar”. Já o verbo retirar pertence à oração subordinada substantiva objetiva e tem
na função de sujeito “o rapaz”, pois quem desenvolverá a ação de se retirar será o rapaz. Dessa
maneira, o sujeito o rapaz será classificado como acusativo, pois exerce função de sujeito de um
verbo que se encontra no infinitivo.
Deve-se compreender que o sujeito acusativo poderá ser representado tanto por um
substantivo quanto por um pronome oblíquo que seja átono (me, te, se, o, a, os, as, nos, vos).
Dica: Caso o sujeito acusativo seja um substantivo flexionado no plural, o verbo no infinitivo
tanto poderá se apresentar no singular como no plural. Nos demais casos, o verbo será mantido
no singular.
Exemplos:
 Olhei as crianças dançar/dançarem. (As crianças = sujeito acusativo). O verbo dançar
ficará no singular ou no plural, pois o seu sujeito é um substantivo que se encontra no
plural.
 Olhei-as dançar. (as = sujeito acusativo) O verbo dançar ficará no singular, pois o seu
sujeito é um pronome oblíquo átono.
 Deixei-os falar agora. (os= sujeito acusativo) O verbo falar ficará no singular, pois o seu
sujeito é um pronome oblíquo átono.

7.1.7. Sujeito Ativo


O sujeito é o praticante da ação verbal.
Exemplo:

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 61


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

 Paulo fez o dever.

7.1.8. Sujeito Passivo ou Paciente


O sujeito é o recebedor da ação verbal.
 A casa foi alugada. (A casa = sujeito passivo ou paciente da voz passiva analítica).
 Vende-se o carro. ( o carro = sujeito passivo ou paciente da voz passiva sintética).

7.1.9. Sujeito Reflexivo


O sujeito é o praticante e o recebedor da ação verbal.
Exemplo:
 João feriu-se.
 Paulo se cortou.

7.1.10. Orações sem sujeito


Existem diversos empregos verbais que desencadearão orações sem sujeito, conferindo
ao verbo a denominação de impessoal. Quando um verbo é empregado de maneira impessoal,
deverá, obrigatoriamente, ser flexionado na terceira pessoa do singular. Salvo o verbo ser, que
mesmo sendo abordado de forma impessoal, poderá apresentar flexão de plural, caso a oração
exija. A seguir serão apontados os casos nos quais a oração será trabalhada de forma impessoal,
ou seja, sem sujeito:
a) Verbos que indiquem fenômeno da natureza: chover, amanhecer, anoitecer, ser,
estar, parecer, ficar
Exemplos:
 Choveu forte.
 Anoiteceu cedo.
 É outono, no entanto parece inverno.
 Está muito calor hoje.
IMPORTANTE: Fique atento, pois haverá sujeito, caso a oração denote declaradamente o
fenômeno da natureza ou se a oração apresentar sentido figurado.
Exemplos:
 Choveram pedras grande de gelo em Curitiba.
“pedras grande de gelo” = sujeito do verbo chover.
 Choveram palavrões no show.
“palavrões” = sujeito figurativo de chover
b) O verbo Haver, no significado de existir/acontecer ou na indicação de tempo
decorrido
Exemplos:
 Houve muitas conversas sem fundamento.
 Haverá inúmeros movimentos de manifestação cultural em Minas Gerais.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 62


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

 Há cinco meses compramos o imóvel.


c) O verbo Fazer na indicação de tempo decorrido ou na representação de fenômeno
da natureza
Exemplos:
 Faz dias de intenso calor em Minas Gerais.
 Faz quatro meses que o conheci.
d) O verbo Ser na indicação de horas, datas e distância
Dica: Lembre-se de que o verbo ser é uma exceção, pois, apesar de em alguns casos se
apresentar impessoal, não será obrigado a permanecer na terceira pessoa do singular.
 Na indicação de horas concordará com o numeral a qual se refere.
Exemplos:
 É uma hora.
 São quatro horas.
 Na indicação de distância concordará com o numeral a qual se refere.
Exemplos:
 É um quilômetro de nossa casa até o trabalho.
 São três quilômetros de nossa casa até o trabalho.
 Na indicação de data concordará com o numeral, mas se houver emprego da palavra dia
o verbo se apresentará no singular.
Exemplos:
 Hoje são cinco de maio.
 Hoje é primeiro de maio.
 Hoje é dia cinco de maio.
f) A expressão “Chegar de...” e “bastar de...” empregadas no imperativo serão
mantidas no singular
Exemplo:
 Chega de mentiras.
g) A expressão “passar de” na indicação de horas
Exemplo:
 Já passa das 18 horas.

7.2. Complementos Verbais (Objeto Direto e Objeto Indireto)

Em regra geral, os complementos verbais se dividem em objeto direto e em objeto


indireto:

7.2.1. Objeto Direto


Objeto direto é a denominação que se dá ao complemento verbal que dispensa auxílio
de preposição, ou seja, são os complementos que acompanham os verbos transitivos diretos.
www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 63
CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

Exemplos:
 Os pais abraçaram os filhos delicadamente.
Objeto Direto
 A coordenação contratou inúmeros professores.
DICA: Outros termos que podem também desempenhar a função de objeto direto:
a) Primeiro termo: Pronomes Oblíquos Átonos ME, TE, O, A, OS, AS, SE, NOS, VOS.
Exemplos:
 Abracei-os ontem pela manhã. (Objeto Direto)
 Meu irmão quer levar-me à sua cidade. (Objeto Direto)
 As provas, revisei-as há pouco. (Objeto Direto)
DICA: Os verbos Transitivos Diretos acompanhados dos pronomes o, a, os, as irão
trabalhar da seguinte forma:
 Se os VTD forem terminados em vogais, os pronomes não irão apresentar alteração.
Exemplo:
 Analisei os artigos. Analisei-os.
 Se os VTD forem terminados em AM, EM, ÃO ou ÕE, os pronomes serão modificados,
adotando as formas “no”, “na”, “nos”, “nas”.
Exemplo:
 Elas fizeram as atividades. = Elas fizeram-nas.
 Se os VTD forem terminados em R/ S ou Z, tais terminações serão retiradas e os
pronomes apresentarão adotarão as formas de “lo”, “la”, “los”, “las”.
Exemplo:
 Elas irão comprar os livros.= Elas irão comprá-los.
b) Segundo termo: A oração subordinada substantiva objetiva direta também exerce
função de objeto direto, complementando o verbo da oração principal.
Exemplo:
 Os professores falaram que não era necessário aplicar a prova final.

I II
I-Oração principal: Os professores falaram
II- Oração subordinada: “que não era necessário aplicar a prova final”.

7.2.2. Objeto Indireto


Objeto indireto é o complemento verbal que exige preposição, ou seja, trabalha
articulado a verbos transitivos indiretos.
Exemplos:
 Obedeça às leis de trânsito. (Objeto Indireto)
 Assisto a filmes nacionais. (Objeto Indireto)

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 64


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

 Gosto de pessoas comunicativas. (Objeto Indireto)


DICA: Outros termos que podem também desempenhar a função de objeto indireto:
a) Primeiro termo: Pronomes Oblíquos Átonos ME, TE, SE, LHE, LHES, NOS, VOS.
Exemplo:
 Não lhe dei o cartão de natal. (Objeto Indireto)
 Eles não me pagaram todo o valor. (Objeto Indireto)
b) Segundo termo: A oração subordinada substantiva objetiva indireta também exerce
função de objeto indireto, complementando o verbo transitivo indireto da oração
principal.
Exemplo:
Os professores necessitam de que a coordenação seja pontual.

I II
I-Oração principal: Os professores necessitam
II- Oração subordinada: “de que a coordenação seja pontual”.

7.2.3. Tipos Peculiares de Complementos Verbais


 Objeto Direto Preposicionado
Os verbos transitivos diretos não necessitam de preposição para articular seus elementos.
Porém, em alguns casos, mesmo o verbo não precisando de preposição, ela é utilizada em
função de inúmeras razões contextuais: tipo de complemento que foi empregado, mudança de
sentido, ênfase. Nesses casos, como a preposição aparece sem ser exigida pelo verbo, o
complemento verbal ganhará o nome de objeto direto preposicionado.
Exemplos:
 Abrace a mim. (objeto direto preposicionado devido ao tipo de complemento)
 Comi o pão. (Objeto direto)
 Comi do pão. (objeto direto preposicionado devido à mudança de sentido.)
 Ame a Deus. (objeto direto preposicionado devido à ênfase dada à palavra Deus).
 Objetos Pleonásticos
O objeto será pleonástico quando duas palavras forem empregadas para desempenhar
função de objeto direto ou de objeto indireto, os quais irão representar um único elemento.
Exemplos:
 Meus anseios, conheço-os como nunca. (“Meus anseios” e “os” desempenham mesma
função de objeto direto do verbo conhecer).
 Aos colega de profissão, quero desejar-lhes felicidade. (“Aos colegas de profissão” e
“lhes” funcionam como objetos indireto da locução verbal “quero desejar”).

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 65


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

7.3. APOSTO

É o termo sintático que se apresenta com a função de explicar, resumir, identificar ou até
mesmo de desenvolver um outro elemento oracional, indiferente da função que tal elemento
exerça no período. Dessa maneira, poderão ser demonstrados quatro tipos de aposto:

7.3.1. Aposto Explicativo


O aposto explicativo se demonstra separado por vírgulas, travessões ou parênteses, com
objetivo de identificar e, ao mesmo tempo, de explicar um elemento anterior.
Exemplo:
 Vidas Secas, obra de Graciliano Ramos, apresenta uma crítica social.
DICA: As orações subordinadas substantivas apositivas funcionam como aposto de uma
oração principal, observa-se que a função de tal oração é a de complementar a estrutura
semântica da oração principal, pois a relação sintática encontra-se - de certa forma - completa,
apresentando sujeito, verbo e complemento.
Exemplo:
 O mestrando só quer uma coisa: que seu artigo seja aceito.

7.3.2. Aposto Especificador


O aposto especificador desempenha o papel de individualizar um substantivo que se
apresente em sentido genérico. A função, em muitas vezes, é desempenhada por um substantivo
próprio, pois sua função seria a de especificar, ou seja, de individualizar um substantivo comum.
Exemplo:
 O estudante Eduardo conhece bem as malícias dos concursos públicos.

7.3.3. Aposto Enumerador


O aposto enumerador é o termo sintático que se apresenta por meio de uma sequência de
elementos com finalidade de desenvolver uma ideia expressa anteriormente.
Exemplo:
 Três condutas são necessárias a quem busca lograr uma vaga em concurso público:
dedicação, paciência e esforço.

7.3.4. Aposto Resumidor


O aposto resumidor é o termo sintático que busca resumir elementos anteriores, sendo
representado, com frequência, por meio de um pronome indefinido.
Exemplo:
 Coordenadores, professores, alunos, todos estavam atentos às regras do concurso.

7.4. VOCATIVO

O vocativo é um termo sintático de natureza independente que tem por objetivo evocar
alguém, com intenção de interpelar ou de invocar um ouvinte, seja ele real ou imaginário.
Exemplo:

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 66


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

 Amigos, vamos estudar muito.


Observe que o vocativo deve ser separado por vírgula.

7.5. Adjunto Adnominal x Complemento Nominal

7.5.1. Adjunto Adnominal


Denominam-se adjuntos adnominais os elementos gramaticais que se ligam diretamente
ao substantivo, ou seja, sem que haja intermediação de verbo, para que possam expandir as
informações de um núcleo sintático, conferindo-lhe um sentido restritivo, especificativo e
caracterizador.
Observe a análise sintática da oração abaixo:
 As magníficas montanhas de Minas Gerais deixaram os estudantes americanos
estarrecidos.
Análise Sintática da Oração:
Sujeito: As magníficas montanhas de Minas Gerais
Predicado: deixaram os estudantes americanos estarrecidos.
Detalhamento do sujeito
Núcleo do sujeito: montanhas (o sujeito será simples pois apresenta apenas um
núcleo);
Adjuntos “As”, “magníficas” e “de Minas Gerais” serão adjuntos
adnominais do núcleo adnominais do núcleo sintático “montanhas”.
do sujeito:
Detalhamento do predicado
Verbo deixar: Transitivo Direto, pois é acompanhado de objeto direto;
Objeto Direto: os estudantes americanos estarrecidos;
Núcleo do objeto estudantes;
direto:
Adjuntos “os” e “americanos” são adjuntos adnominais do termo
adnominais do núcleo “estudantes”;
do objeto:
Predicativo do “estarrecidos”
objeto:
Adjuntos adnominais presentes no período são: “As”, “magníficas” e “de Minas Gerais”
responsáveis pela ampliação do termo “montanhas”, que é o núcleo do sujeito; já “os” e
“americanos” são adjuntos adnominais do elemento “estudantes”, o qual funciona como núcleo
do objeto direto.

7.5.2. Complemento Nominal


Chama-se complemento nominal o termo sintático que, por meio do auxílio de
preposição, serve para complementar as informações de um substantivo abstrato, adjetivo ou
advérbio.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 67


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

 Exercerão função de complemento nominal as seguintes representações:


a) As palavras que forem auxiliadas por preposição, denotando um sentido de
apassividade, pois o complemento nominal exerce o papel de destinatário da ação
contida no núcleo nominal.
Exemplos:
 A confecção do material foi muito produtiva. O termo “do material” exercerá função de
complemento nominal, pois o material é um elemento de ordem paciente, no que se
refere à ação de confeccionar, uma vez que alguém é que foi responsável pela confecção
do material.
 Sentimos confiança em nosso protetor. Os elementos “em nossos amigos” funcionará
como complemento nominal, uma vez que os elementos se compuseram como
destinatários da ação de confiar.
b) Os pronomes classificados como oblíquos átonos me, te, lhe, lhes, nos e vos irão exercer
função de complemento nominal, quando abarcarem o sentido de "a alguém", sendo a
preposição solicitada por um nome (substantivo, adjetivo, palavra substantivada...)
jamais por um verbo.
Exemplo:
 Tenho-lhe muito amor. O pronome “lhe” funcionará como complemento nominal, uma
vez que será possível substituí-lo pela estrutura a alguém, ficando o período da seguinte
forma:
Tenho-lhe muito amor. = Tenho muito amor a alguém.
Observe que a preposição não foi solicitada pelo verbo “ter”.

7.6. Adjunto Adverbial

Denomina-se adjunto adverbial a estrutura ou a palavra que exerça função sintática de


trazer informações circunstanciais destinadas a verbos, a predicativos ou, até mesmo, a outros
adjuntos adverbiais. Essas informações se revelam de cunho circunstancial, pois terão como
objetivo trazer ao contexto, no qual serão empregadas, tanto noções que possam modificar o
sentido contextual já existente quanto introduzir noções de intensificação semântica.

7.7. Agente da Passiva

Denomina-se agente da passiva ou complemento de agente da passiva o elemento


sintático que representa o executor, o agente causador da ação verbal sofrida pelo sujeito da
oração. Deve-se observar que o agente da passiva sempre é introduzido pelas preposições “por”
(e suas variações: pelo, pela, pelos, pelas) ou “de” (e suas variações: do, da, dos, das).

CONHECIMENTOS IMPORTANTES SOBRE O AGENTE DA PASSIVA


a) A característica principal, que deve ser observada na função de agente da passiva, é o
fato de o agente só existir se a oração estiver na voz passiva.
b) Existem três tipos de vozes verbais:

1º ) a voz ativa: em que a ação verbal é praticada pelo sujeito;

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 68


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

2º) a voz passiva: na qual a ação verbal é sofrida pelo sujeito;

3º) a voz reflexiva: em que a ação verbal é praticada e, ao mesmo tempo, sofrida pelo sujeito.

 Na voz denominada ativa o agente da passiva não existe, pois é o sujeito o detentor da
ação verbal;
 Assim se o verbo está empregado na voz ativa, necessitando de uma complementação
de sentido, serão empregados objetos diretos, jamais agente da passiva.
 Caso o verbo esteja na voz passiva, o sujeito será passivo, sendo o receptor de uma ação
praticada pelo agente da passiva.

Exemplo:
 A sirene agitou os moradores. [oração na voz ativa]
[A sirene: sujeito]
[agitou: verbo transitivo direto = solicita um complemento verbal]
[os moradores: objeto direto= seres a quem a ação verbal foi direcionada]
Exemplo:
 Os moradores foram agitados pela sirene. [oração na voz passiva]
[ Os moradores : sujeito]
[foram: verbo auxiliar /agitados: verbo principal no particípio]
[pela sirene: agente da passiva = elemento responsável pela ação verbal]
Outros exemplos de Agente da Passiva
 A casa foi vendida por quem entende de vendas.
 O terreiro foi cavado pelo cachorro.
O agente da passiva é um elemento sintático exigido somente por verbos que são
transitivos diretos (aqueles que pedem objeto sem auxílio de preposição). Portanto, nas
orações em que haja emprego de verbos intransitivos, o agente da passiva será impossível de
ser constituído. Veja de forma mais clara essa afirmação por meio dos exemplos abaixo:
 (1) João socorreu as pessoas feridas.
[emprego do verbo transitivo direto na voz ativa]
 (2) As pessoas feridas foram socorridas por João.

[emprego do verbo transitivo direto na voz passiva]

Relação entre sujeito e agente da passiva nas orações 1 e 2


“as pessoas feridas”: objeto direto em (1) e sujeito em (2)
“João”: sujeito em (1) e agente da passiva em (2)

Observe o exemplo a seguir e compreenda como é impossível construir a função de agente


da passiva com verbos que são intransitivos (VI)

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 69


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

 João gritou.

[emprego do verbo intransitivo na voz ativa]

João foi gritado. (ERRO) = (construção inaceitável na língua portuguesa com emprego de
verbo intransitivo na voz passiva)

7.8. Predicativo

Para que se possa compreender o que é predicativo, torna-se de suma importância


relembrar o conceito de verbos de ligação. Nesse sentido, denomina-se de ligação os verbos que
conferem às orações sentidos tanto de caracterização quanto de estado ou de mudança de
estado (ser, estar, permanecer, continuar...).
Exemplo:
 “Ela é linda.”= “Ser linda” é denotação de estação, ou seja, a natureza do ser. Observe que
não há ação praticada, pois não é possível praticar a ação de “ser linda”.
Exemplo:
 “João permanece pensativo”. O verbo permanecer conferiu à oração uma manifestação
de estado: o estado de “ estar pensativo”.
Compreendidas intenções dos verbos de ligação, torna-se possível abordar a função
sintática de predicativo. Podem ser observados dois tipos de predicativo: o predicativo do
sujeito e o predicativo do objeto
Predicativo do sujeito é o elemento sintático, que por intermédio de um verbo de ligação,
atribui ao sujeito informações tanto de estado quanto de caracterização ou de qualificação.
Exemplo:
 “Paulo é estudioso”.
A palavra “estudioso” jamais poderá ser vista como objeto direto, cabendo apenas a
classificação de predicativo do sujeito, pois observe que a caracterização de “ser estudioso” foi
introduzida por um verbo de ligação; verbos os quais repudiam qualquer tipo de contado com
os objetos, sejam eles direto ou indireto.

7.8.1. Predicativo do sujeito:


Termo sintático inserido por um verbo de ligação, seja de origem ou adaptado na
função de ligação.
Exemplo de verbo adaptado na função de verbo de ligação:
 João e Maria dançaram alegres.
(“alegres” será predicativo do sujeito “João e Maria”). Lembre-se de que “alegres” será
um adjetivo com função de predicativo do sujeito, jamais um advérbio de modo, pois advérbio
é uma classe invariável.
Nesse sentido, devido à necessidade do contexto, o verbo “dançar” que é classificado na
morfologia como verbo intransitivo se transformou, na oração, em verbo de ligação, pois ligou
o adjetivo “alegres” ao sujeito.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 70


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

7.8.2. Predicativo do objeto


É o elemento sintático presente, na oração, com intuito de caracterizar, restringir um
objeto, principalmente o objeto direto. A função denominada de predicativo do objeto pode ser
desempenhada por um adjetivo, por uma locução adjetiva ou por um substantivo adjetivado:
Exemplos de predicativo do objeto direto:
 O rapaz a viu contente. (“contente”= adjetivo com função de predicativo do objeto direto
“a”).
 As pessoas acusaram-no de mentiroso. (“de mentiroso”= locução adjetiva com função de
predicativo do objeto direto “no”).
 A coordenação elegeu-o escritor . (“escritor”= substantivo com função de predicativo do
objeto direto “o”).
Exemplos de predicativo do objeto indireto:
 Os amigos chamaram-lhe de competente.
 Paulo chamou-lhe de desonesto.

8. Estudo do Período Composto


Composto é a denominação dada ao período que se constrói com mais de um verbo ou
mais de uma locução verbal, ou seja, emprega-se, nesse sentido, mais de uma oração. Já quando
o período é titulado como simples, pode-se observar a existência de apenas um verbo ou de
uma locução verbal, permitindo que somente uma oração seja encontrada.

8.1. Período Composto por Coordenação

Quando se diz que um período é composto por coordenação, pode se verificar o emprego
tanto de orações que irão abordar sentidos por meio do uso de conectores, denominadas
coordenadas sindéticas, quanto orações que vão dispensar o apoio de articuladores sintáticos,
ou seja, de conectores, construindo sentido pela relação que estabelecem entre si e pela
pontuação que abarcam, sendo tituladas de coordenadas assindéticas.

8.1.1. Orações Coordenadas Assindéticas


São orações que se apresentam ligadas por meio do emprego de sinais de pontuação. O
nome coordenada assindética decorre da ideia de que se as orações estão coordenadas, elas
irão se apresentar ordenadas lado a lado; se são assindéticas irão dispensar o síndeto, que
significa conjunção.
Exemplos:
 Cheguei, almocei, estudei.
 Estudei muito; tenho teste amanhã.

8.1.2. Orações Coordenadas Sindéticas


Em virtude do tipo de conjunção e, ao mesmo tempo, do aspecto semântico que o
emprego da conjunção pode conferir ao contexto, dá-se a classificação das orações coordenadas
sindéticas, as quais permeiam os sentidos de adição, adversidade, explicação, conclusão e
alternância.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 71


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas:


a) Aditivas: Estabelecem sentido de adição. Nota-se, em geral, que as
orações aditivas expressam uma sequência na qual são apresentados fatos,
pensamentos ou ideias. As conjunções aditivas mais recorrentes são: e, e + não,
tanto...como, não só... mas também...
Exemplo:
 Discutimos várias propostas e analisamos possíveis soluções.
b) Adversativas: Apresentam acontecimentos ou noções conceituais que se
opõem em relação ao que foi pontuado pela oração anterior, construindo uma semântica
permeada por contrastes e/ou compensações. Lembre-se de que contraste é uma
oposição, na qual um fato se demonstra oposto ao outro que já foi citado, criando duas
linhas corretas de raciocínio, porém apenas não comungam de mesmo ponto de vista.
Jamais se pode confundir contraste com contradição, pois a contradição é uma
inadequação de raciocínio ou de entendimento de algo, em que um fato nega a existência
do outro.
As conjunções mais recorrentes de adversidade são: mas, porém, contudo, entretanto,
todavia, contudo.
Exemplo:
 As pessoas fizeram acordo, porém não o aplicam.
c) Explicativas: Apresentam um sentido de explicação ou de justificativa
em relação ao fato apontado na oração anterior, sendo as conjunções principais: porque,
que, pois (localizado obrigatoriamente anteposto ao verbo).
Exemplo:
 Não vou telefonar mais, que cansei de procurá-lo.
d) Conclusivas: Estabelecem um sentido de conclusão, o qual, em muitos
casos, resulta em uma semântica denotativa de resultado do fato apresentado
anteriormente. As conjunções mais empregadas são: assim, por isso, de modo que, por
conseguinte, portanto, logo, dessa maneira, desse modo...
Exemplo:
 Não tenho salário adequado, portanto, não faço dívidas.
e) Alternativas: Revelam um sentido de alternância de acontecimentos ou
de possíveis escolhas, por meio das conjunções ou...ou, quer...quer, ora... ora, já... já, seja...
seja...
Exemplo:
 Fale o fato ou cale-se.

8.2. Período Composto por Subordinação

As orações subordinadas irão apresentar três possíveis representações: substantivas,


adjetivas ou adverbiais. Cada uma dessas classificações é dada em conformidade ao tipo de
função sintática desempenhada pela oração e ao tipo de classe a qual se equivalem.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 72


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

8.2.1. Orações Subordinadas Substantivas


As orações subordinadas denominadas substantivas irão apresentar as funções
desempenhadas pela classe dos substantivos: sujeito, objeto direto, objeto indireto,
complemento nominal, predicativo e aposto.
Torna-se importante compreender que tais orações são introduzidas por conjunções
subordinativas (que/se); por pronomes indefinidos (que/qual/quanto); por advérbios
interrogativos (quando/onde/como/porque/quão/quanto - em interrogativas indiretas).

 Classificação das Orações Subordinadas Substantivas


a) Oração subordinada substantiva subjetiva: exercerá função de sujeito da oração
principal.
Exemplo:
 É necessário que você demonstre hoje todo seu conhecimento.
Esquema:
Verbo de ligação + predicativo + oração subordinada substantiva subjetiva.
b) Oração subordinada substantiva objetiva direta: exercerá função de objeto direto do
verbo pertencente à oração principal.
Exemplo:
 Ordeno que você seja feliz.
Esquema:
(Sujeito) + VTD + oração subordinada substantiva objetiva direta.
c) Oração subordinada substantiva objetiva indireta: exercerá função de objeto
indireto do verbo pertencente à oração principal. Tal oração sempre será introduzida
por preposição.
Exemplo:
 O orientador do projeto necessita de que todos os estudiosos estejam empenhados na
pesquisa.
Esquema:
(Sujeito) + VTI + prep. + oração subordinada substantiva objetiva indireta.
d) Oração subordinada substantiva completiva nominal: exercerá função de
complementação semântica de um nome presente na oração principal, sempre sendo
iniciada por preposição.
Exemplo:
 As pessoas tem esperança de que ele consiga a vaga.
Esquema:
(Sujeito) + verbo + termo intransitivo + prep. + oração subordinada substantiva
completiva nominal.
e) Oração subordinada substantiva predicativa: exercerá função de predicativo da
oração denominada como principal.
Exemplo:

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 73


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

 Minha esperança era que ela viesse.


Esquema:
(Sujeito) + VL + oração subordinada substantiva predicativa.
f) Oração subordinada substantiva apositiva: exercerá função de aposto de qualquer
elemento presente na oração principal.
Exemplo:
 Paulo sempre pleiteava um desejo: ser feliz com seus amigos.
Esquema:
Oração principal + sinal de dois-pontos (ou sinal equivalente) + oração subordinada
substantiva apositiva.

8.2.2. Orações Subordinadas Adverbiais


As orações subordinadas adverbiais apresentam função de adjuntos adverbiais,
propiciando à oração principal uma ideia circunstancial.

 Classificação das Orações Subordinadas Adverbiais


a) Oração subordinada adverbial causal: estabelecerá a causa do fato ocorrido na
oração principal, sendo introduzida por meio de conjunções e locuções causais: porque,
como, visto que, já que, uma vez que, por + infinitivo, porquanto, pois que...
Exemplos:
 Por ter estudado muito, foi aprovado.
b) Oração subordinada adverbial consecutiva: informará a consequência do fato
estabelecido na oração principal, sendo iniciada por meio de conjunções e locuções
consecutivas: igual a, tanto ... que, tal ... qual, de tal forma que, de modo que...
Exemplo:
 Ele era tão honesto que jamais enganaria alguém.
c) Oração subordinada adverbial condicional: estabelece uma condição para que a ação
apontada na oração principal seja, ou não, realizada. As principais conjunções ou
locuções conjuntivas que encabeçam as orações condicionais são: se, caso, desde que,
contanto que, a menos que, a não ser que, exceto se...
Exemplos:
 Se ela vier, iremos fazer nossa festa.
d) Oração subordinada adverbial concessiva: destinará informações de concessão ao
fato retratado na oração principal, estabelecendo, nesse sentido, noções de contraste e
contradição. As conjunções e as locuções concessivas principais são: embora, ainda que,
apesar de, por mais que, conquanto, mesmo que, posto que...
Exemplos:
 Embora tentasse ficar acordado, não conseguia ver o filme até o final.
e) Oração subordinada adverbial conformativa: indica uma noção de concordância, de
conformidade em relação ao fato estabelecido na oração principal. As principais
conjunções e locuções conformativas são: como, conforme, segundo, consoante...

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 74


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

Exemplos:
 Estudou as lições, conforme a professora havia ensinado.
f) Oração subordinada adverbial comparativa: estabelece uma noção comparativa com
o fato apontado na oração principal, sendo iniciada pelas conjunções e locuções
comparativas: como, assim como, tal qual, tanto ... quanto, bem como...
Exemplos:
 É tão importante ler como escrever todas informações disponíveis.
g) Oração subordinada adverbial proporcional: indicará uma relação de
proporcionalidade em relação ao fato pontuado na oração principal, sendo iniciada por
conjunções e locuções proporcionais: à medida que, à proporção que, quanto mais…
menos, quanto menos... mais...
Exemplos:
 Quanto mais esperto o candidato ficava, mais próxima se dava sua aprovação.
h) Oração subordinada adverbial final: estabelecerá a finalidade do fato anunciado na
oração principal, sendo iniciada por conjunções e locuções finais: para, a fim de que, para
que...
Exemplos:
 As pessoas se dedicaram à atividade, para que o problema fosse solucionado.
i) Oração subordinada adverbial temporal: informará noções temporais em relação ao
fato estabelecido na oração principal, sendo iniciada por conjunções e locuções
temporais: quando, enquanto, logo que, assim que, antes que, sempre que...
Exemplos:
 Quando João chegar, iremos sair.

8.2.3. Orações Subordinadas Adjetivas


As subordinadas adjetivas apresentam valor e função adjetiva, sendo classificadas em
restritivas, as quais propiciam ao antecedente um sentido particular/ sem uso de vírgulas, e em
explicativas, as quais abordam um sentido universal, por meio do emprego de vírgulas ou sinais
equivalentes.

 Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas


No que se refere à abordagem que a oração adjetiva estabelece com termo antecedente,
localizado na oração principal, são possíveis duas relações semânticas: a noção explicativa ou a
noção restritiva. Dessa maneira, apesar de muito parecidas quanto à estrutura física, irão
abordar conotações estritamente diferenciadas. As orações adjetivas denominadas explicativas
trarão informações que irão enfatizar ou, até mesmo, detalhar o antecedente ao qual se
relacionam. Já as orações classificadas como adjetivas restritivas destinarão a um antecedente
um sentido que permeia noções de restrição ou especificação, permitindo que o antecedente
seja percebido de forma individualizada, ou seja, particularizando-o.
Primeiro Exemplo:
 Jamais teria conseguido a vaga, se não fosse a dedicação de um profissional que
fosse capacitado na área. (Oração Subordinada Adjetiva Restritiva)
No período acima, é possível identificar que a oração adjetiva particulariza o sentido do
antecedente “profissional”, transformando-o em um ser específico, diferenciado dos demais.
www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 75
CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

Em regra geral, as orações subordinadas adjetivas restritivas não são separadas por vírgula ou
por qualquer outra pontuação que tenha papel equivalente ao trabalhado apresentado pela
vírgula.
Segundo Exemplo:
 As pessoas, que se consideram infalíveis, muitas vezes atuam de maneira
inadequada. (Oração Subordinada Adjetiva Explicativa)
Já nesse período, é possível observar que a oração adjetiva não apresenta um sentido
individualizado do antecedente. O intuito de tal oração é o de apenas trazer informações de
ordem explicativa ao substantivo “pessoas”, não restringindo-o. Note que, em regra geral, a
oração subordinada adjetiva explicativa é separada por vírgula.

9. Estudo da Pontuação
9.1. Vírgula (,)

Será importante compreender como a vírgula deve ser articulada tanto em perspectiva
gramatical quanto semântica.

9.1.1. Emprego de Vírgula no Período Simples


No período simples, a vírgula é empregada para que se possa isolar termos de uma
mesma oração nos seguintes casos:
 Para separar adjuntos adverbiais que foram deslocados:
Exemplos:
 A maioria das crianças, durante as avaliações, sente ansiedade.
 Para separar os objetos pleonásticos:
Exemplos:
 Os nossos livros, ele não os leu.
 Para separar o aposto explicativo:
Exemplos:
 Curitiba, capital do estado do Paraná, é considerada a cidade de diversos planos
urbanísticos.
 Para separar o vocativo:
Exemplos:
 Alunos, vocês serão aprovados.
 Para separar elementos que estejam coordenados:
Exemplos:
 Professores, alunos, coordenadores e funcionários irão participar do evento cultural.
 Para sinalizar a elipse de verbos:
Exemplos:
 Ela trouxe livros; enquanto o colega, dicionários. = (O colega trouxe dicionários)
 Para separar, nas datas, o lugar:

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 76


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

Exemplos:
 Belo Horizonte, 14 de agosto de 2017.
 Para isolar conjunções coordenativas que estejam intercaladas:
Exemplos:
 Os operários, entretanto, não aceitaram a regra da fábrica.
 Para separa expressões explicativas como “isto é”, “melhor dizendo”, “a saber”...
Exemplos:
Viajaremos para Serra do Cipó, isto é, Santana do Riacho.

9.1.2. Emprego da Vírgula no Período Composto por Coordenação


Caso as orações sejam coordenadas, deverão ser separadas por vírgula.
Exemplos:
 Todos reconheceram a importância da pesquisa, porém o artigo não foi publicado.

9.1.3. Emprego da Vírgula no Período Composto por Subordinação


 Nas Orações Subordinadas Substantivas não se emprega vírgula.
Exemplo:
 É notório que ele é o autor do livro.
 Nas Orações Subordinadas Adjetivas Explicativas:
A vírgula e sinais equivalentes, como traços e parênteses só serão aplicados quando se
desejar trabalhar o sentido explicativo.
Exemplo:
 Minas Gerias, que é o estado das montanhas, é conhecida por ser hospitaleira.
Nas Orações Subordinadas Adverbiais:
Apresentarão emprego obrigatório da vírgula, caso venham deslocadas. No entanto, se
vierem em ordem canônica (oração principal + oração subordinada adverbial), a vírgula será
de ordem facultativa.
Exemplo:
 Se ela vier, nós iremos viajar. (ordem inversa = emprego obrigatório de vírgula)
Exemplo:
 Nós iremos viajar, se ela vier. (ordem canônica = emprego facultativo de vírgula)

9.2. Ponto e vírgula (;)

O sinal denominado ponto e vírgula serve para indicar uma pausa mais demorada que a
vírgula, no entanto, mais breve se fizermos um paralelo com o ponto final.
Deve-se compreender que o emprego do sinal de ponto e vírgula irá sofrer influência do
contexto no qual será aplicado. Veja quais são as noções necessárias para se aplicar ponto e
vírgula de forma segura e correta:
 Usa-se ponto e vírgula para separar duas orações que sejam coordenadas e que já
apresentem emprego de vírgula:
www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 77
CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

Exemplo:
 Passei um bom período do dia a pensar, quase a tarde inteira, em qual seria nossa
solução; no entanto, não cheguei a um resultado plausível.
 Ponto-e-vírgula será empregado para separar duas orações coordenadas,
consideradas extensas:
Exemplos:
 Tanto os vendedores quanto os compradores já conheciam claramente quais eram as
normas vigentes sobre a utilização do espaço de lazer; porém alguns cidadãos ignoraram
as regras.
 O sinal de ponto e vírgula também é aplicado para separar enumeração que venha
após dois-pontos. Observe, no trecho a seguir, como se estabelece o emprego de
ambos os sinais de pontuação:
Exemplo:
 A nota da prova discursiva obedecerá aos seguintes critérios de correção:
- se houve fuga parcial ou total do tema proposto;
- se a letra é legível;
- se não houve alguma marca de identificação do candidato;
- se a redação apresenta tanto coesão quanto coerência.

9.3. Dois-pontos (:)

O sinal de dois-pontos deve ser empregado para:


 Iniciar uma enumeração:
Exemplo:
 Elaboramos neste período os seguintes trabalhos: palestras, materiais acadêmicos,
artigos de opinião e apostilas.
 Introduzir a fala de personagens:
Exemplo:
 Quando a professora oferece as dicas, os candidatos comentam:
_ Estamos mais próximos da aprovação.
 Esclarecer ou, até mesmo, concluir algo que tenha sido falado:
Exemplo:
 Essa tristeza irá terminar!: comentário feito por Eduardo, nosso grande amigo.

9.4. Reticências ( ... )

O sinal de pontuação denominado de reticências poderá ser empregado para:


 Indicar surpresas, dúvidas ou, até mesmo, indecisões presentes na fala de um
personagem:
Exemplo:
 João! Fale-me... seu amor por mim... não existe mais?
www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 78
CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

 Indicar, em um diálogo, a interrupção da fala de uma personagem por outra:


Exemplo:
 __ Pelo fato de todos concordarem com minhas ideias..
__ Um instante, coordenador, ainda tenho a acrescentar.
 Indicar que alguns trechos do texto foram excluídos:
Exemplo:
 “A língua portuguesa deve ser vista como um meio em que os sujeitos interagem”...
(Jacira Fernandes)
PONTO e VÍRGULA DOIS-PONTOS RETICÊNCIAS
Empregado para Empregados para Empregadas para
separar: indicar: sinalizar:
 Orações que denotam  Início de  Continuidade de
correspondência entre enumerações; ideia;
si;
 Orações coordenadas  Discurso direto;  Interrupção do
sindéticas que pensamento.
apresentam sentidos
opostos, ou seja,
adversativas;
 Trechos nos quais a  Ênfase em
vírgula está presente, enumerações.
separando termos
internos.
ATENÇÃO:
O emprego de ponto-e-
vírgula não é bem vindo em
períodos que contenham
apenas um verbo.

PARÊNTESES ASPAS TRAVESSÃO


Empregados para Empregadas para Empregado para
demonstrar: indicar: demonstrar:

 Explicação de  Citação;
alguma  Fala de personagens;
estrutura sintática;
 Atitude  Ênfase à determinada parte do
de  Papel equivalente às
desmembramento de uma texto; vírgulas que separam uma
sigla; informação.
 Fala de algum personagem;

 Neologismo;

 Ironia.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 79


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 80


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
REDAÇÃO - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

CONCURSO PARA SECRETARIA


MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE
CONTAGEM/2020

DISCIPLINA 2: REDAÇÃO
Autora: Jacira Fernandes Granato
www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 1
CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
REDAÇÃO - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 2


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
REDAÇÃO - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

Sumário
Dissertação e Suas Peculiaridades............................................................................................................................. 5
1. Modalidade Discursiva ......................................................................................................................................... 5
1.1 Diferença entre texto dissertativo-expositivo e texto dissertativo-argumentativo ...... 5
2. Estudo da Macroestrutura /Construção de Textos Dissertativos ................................................... 7
2.1 Compreendendo a estrutura do texto dissertativo ....................................................................... 7
 Introdução (Parágrafo inicial) ................................................................................................................. 7
 Desenvolvimento (Parágrafos do meio) ............................................................................................. 8
 Conclusão (Parágrafo final) ...................................................................................................................... 9
 Quadro Comparativo/ Elementos necessários ao 1º parágrafo do Texto ....................... 10
3. Planejamento de Escrita/Construçao Logica ......................................................................................... 10
4. Algumas Orientaçoes Necessarias sobre a Estrutura Textual Dissertativa .............................. 11
A) Apresentação Textual ........................................................................................................................................ 11
B) Estrutura Textual Dissertativa ...................................................................................................................... 12
C) Desenvolvimento do Tema .............................................................................................................................. 13
5. Paragrafos Argumentativos ............................................................................................................................. 13
5.1 Possibilidades Argumentativas ............................................................................................................ 13
5.2 Frases-Modelo Para o Desenvolvimento ......................................................................................... 14
6. Unidades que compõem o texto .................................................................................................................... 15
6.1 Estrutura Geral do parágrafo de introdução ................................................................................. 15
 Quadro Comparativo/ Elementos necessários ao 1º parágrafo do Texto ....................... 16
6.2 Estrutura Geral dos parágrafos de Desenvolvimento ............................................................... 16
 Parágrafos de finalidade expositiva ................................................................................................... 16
 Parágrafos de argumentação ................................................................................................................ 17
 Conversando com a professora Jacira sobre redação de concurso público ................... 17
6.3 Elaboração do Parágrafo de Conclusão ............................................................................................ 18
 Quadro demonstrativo/Como trabalhar cada unidade textual dissertativa.................. 19
7. Coesão e Coerência Textual ............................................................................................................................ 20
 Coesão e Coerência Textual, Qual é a Diferença? ............................................................................. 20
 Coesão e seus princípios inerentes ......................................................................................................... 21
 Mecanismos Coesivos: Anáfora e Catáfora .......................................................................................... 21
 Tipos de Coesão................................................................................................................................................ 21
A) Coesão Referencial .......................................................................................................................................... 21
B) Coesão Sequencial ........................................................................................................................................... 22

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 3


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
REDAÇÃO - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

C) Coesão Recorrencial ....................................................................................................................................... 22


8. Emprego dos Conectivos /Como integrar orações e parágrafos do Texto ............................... 22

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 4


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
REDAÇÃO - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

Dissertação e Suas Peculiaridades

1. Modalidade Discursiva
Torna-se importante compreender primeiro a modalidade discursiva que foi exigida pela
banca, ou seja, se o texto era dissertativo-expositivo ou dissertativo-argumentativo, para que se
possa definir qual a melhor forma de construção textual.
Quando a produção de texto envolve a perspectiva apenas expositiva, o texto assume a
importância de apresentar o tema de forma impessoal. Porém, caso a estrutura se faça
argumentativa, além do tema, também abordado de maneira impessoal, torna-se de suma
importância a existência de uma tese.
Deve-se compreender por tese, a reflexão feita pelo produtor do texto, ou seja, qual opinião o
produtor defende em relação a um assunto a ser tratado.
Não se pode confundir a necessidade de se estabelecer opinião com o fato de o texto
dissertativo exigir ser escrito de maneira impessoal. A opinião será tratada sempre por meio de
mecanismos gramaticais que garantam a impessoalidade, pois compreende-se por impessoalidade
a ausência de marcar individuais. Não se pode, portanto, em concurso público, por mais que a
banca peça que o opine sobre algo apresentar estruturas que venham ferir o princípio da
impessoalidade: verbos na 1ª pessoa do singular, emprego de palavras que não sejam reconhecidas
pelo nosso dicionário, utilização de expressões ou marcas linguísticas que possam individualizar o
candidato...

1.1 Diferença entre texto dissertativo-expositivo e texto dissertativo-


argumentativo
Para que seja percebida, de maneira clara, a intenção de cada especificidade dissertativa,
observe os exemplos abaixo.
 Exemplo da Dissertação Expositiva:

Pequeno Trecho da Tese de Mestrado da Prof. Jacira


A iniciação do ensino de língua, no Brasil, deu-se por meio da educação jesuítica cuja
finalidade era propor a catequização e, ao mesmo tempo, a alfabetização indígena. Nesse
período, o objetivo era oferecer uma educação que pudesse ensinar apenas a ler e a escrever.
A língua era compreendida como expressão do pensamento. Para que a estrutura formal da
língua fosse percebida e por consequência representada pelos indígenas, eram propostos
estudos gramaticais retóricos e latinos, assim como o contato com obras de autores clássicos
renomados, por meio de cursos denominados secundários.
Nesse sentido, no decorrer do período colonial, o Tupi era a língua mais usada no Brasil.
Porém, após o convívio mantido entre colonizados e colonizadores, o Tupi deu espaço à
utilização do Tupi-Guarani como língua geral em uso. Em 1759, os jesuítas foram expulsos
pelo Marquês de Pombal e, em decorrência desse processo histórico, a língua sofreu mais uma
transformação, deixando o Tupi-Guarani de ser a língua geral. Abriu-se espaço ao idioma que
se proporia oficial no Brasil, a língua portuguesa. Por ter sido estabelecida como idioma

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 5


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
REDAÇÃO - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

brasileiro oficial, o seu ensino passou a ser obrigatório. Embora tenha havido toda essa
transformação histórica, os princípios educacionais mantinham-se inalteráveis, pois o que se
pretendia era compor uma sociedade que se pudesse dizer elitizada. Pensava-se que tal
elitização seria possível por meio do ensino da norma culta, ensino que era destinado à
burguesia e presente nos clássicos. Nas últimas décadas do séc. XIX, o ensino de língua
portuguesa foi incluído nos currículos escolares brasileiros. O que se pretendia, nesses
currículos, era o ensino da língua estabelecido pelos parâmetros de ensino da língua latina,
ou seja, limitando-se a estudar a gramática, que se compunha por características retóricas e,
ao mesmo tempo, poéticas.
(...)
(O ensino de língua no Brasil: do Tupi ao Tupi-Guarani; à prescrição da língua
portuguesa como idioma oficial, p. 15).

 Exemplo da Dissertação Argumentativa:

Pequeno Trecho da Tese de Mestrado da Prof. Jacira


Em meados do século XX, a linguística demonstra significativas mudanças pelo fato de
incorporar em seus estudos, além das análises do sistema da língua, também a preocupação
com o seu uso. Tal conduta propicia uma perspectiva de análise interdisciplinar em que
antropologia, sociologia, psicologia, neurociência e filosofia, dentre outras ciências
articularam-se, possibilitando a construção da identidade da Língua Portuguesa.
Na necessidade de se compreender a relação existente da língua, nas sociedades em que é
proferida, surge a sociolinguística, que apresenta como objetivo principal demonstrar que
uma mesma língua pode apresentar variadas formas de uso. Dessa maneira, a sociolinguística
busca originar uma nova segmentação de estudo da linguística, à medida que propõe um
sujeito plurilíngue, modificador de sua língua, adequando seu modo de falar de acordo com
cada contexto. Nesse sentido, a sociolinguística compreende a língua como um conjunto
integrado de níveis de expressão heterogêneo e plural em uma sociedade que também se
apresenta heterogênea.
O interesse pela sociolinguística se mostrou necessário, quando se começou a perceber a
importância de uma análise fonológica, morfológica, sintática e semântica embasada por
elementos de natureza social, possibilitando uma compreensão além das estruturas frasais,
compondo uma análise interativa entre falante e ouvinte. Dessa forma, a sociolinguística
rompia, no início da década de 1960, a visão estruturalista existente, demonstrando que
sociedade e língua não podem ser compreendidas por análises dicotômicas.
Nesse sentido, a língua passa a ser percebida como um processo de interação entre
indivíduo e sociedade. É por meio dessa interação que a realidade é transfigurada em signos.
A compreensão da realidade em signos só é estabelecida, quando se mantém a interação de
significantes sonoros e significantes arbitrários, compondo aquilo que denominamos
comunicação linguística.
(A proposição da sociolinguística como busca da identidade do ensino/aprendizagem
de língua portuguesa, p. 39 e 40).

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 6


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
REDAÇÃO - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

2. Estudo da Macroestrutura /Construção de Textos Dissertativos

O nível de exigência no que diz respeito à produção de texto, em concurso público, é muito
alto, não podendo ser comparado com as redações escolares/acadêmicas ou com as redações de
Enem. Dessa forma, torna-se necessário que o candidato a uma vaga de concurso público tenha
domínio não somente do tema proposto, mas que também conheça quais são as técnicas de escrita
que garantem uma estrutura textual totalmente condizente com as aspirações abarcadas pela
banca examinadora.
Assim, os editais no quesito “avaliação/correção da prova discursiva/redação” buscam
averiguar se o candidato apresentou além de um domínio macroestrutural – o qual basicamente
está relacionado com o conhecimento do tema – se também demonstrou habilidade de relacionar,
de forma lógica, as ideias abarcadas pelo texto, conferindo uma perspectiva linguística ancorada
pela coerência e coesão.
Dessa forma, torna-se fundamental entender as partes que compõem a estrutura de um texto
dissertativo, buscando sempre observar o que é pleiteado por cada uma delas.

2.1 Compreendendo a estrutura do texto dissertativo


A dissertação será estruturada em parágrafos, os quais irão compor três partes textuais com
finalidades distintas: introdução, desenvolvimento e conclusão. Veja por meio do esquema abaixo
de que forma a dissertação se estrutura:

 Introdução (Parágrafo inicial)

A introdução é a abertura do texto, na qual se apresenta, com muita clareza, o tema a ser
desenvolvido. O leitor precisa identificar de imediato qual será o assunto central a ser discutido no
texto, ou seja, já no primeiro parágrafo é necessário demonstrar qual foi o recorte adotado pelo
produtor do texto em relação ao tema oferecido pela banca. Geralmente, as bancas oferecem temas
de perspectiva muito ampla, exigindo que o candidato consiga delimitar um campo de informações
sobre as quais irá trabalhar no texto.
Quanto mais ampla a proposta de redação se apresentar, mais ainda se fará necessário
delimitar as informações que serão pontuadas no texto. Essa delimitação deve ser feita bem no
início da construção do texto, para que o pensamento do leitor possa ser direcionado de imediato.
Porém, torna-se importante compreender que o parágrafo que corresponde à introdução não pode
ser extenso, pois sua finalidade não é a de aprofundar acerca do tema, mas, sim, apenas de citá-lo.
Em geral, as bancas de concurso público não atribuem uma boa pontuação ao texto, quando a
introdução se faz demasiadamente longa.
Lembre-se de que, caso o texto seja dissertativo argumentativo, será necessário, logo após a
apresentação do tema, informar qual é a tese que será defendida pelo autor.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 7


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
REDAÇÃO - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

1º Período: Apresentação do
Introdução Tema

2º Período: Apresentação da
Tese

Atenção! Jamais empregue na introdução:


 Não é bem vindo que o parágrafo correspondente à introdução se apresente
estruturalmente maior do que qualquer parágrafo do desenvolvimento.

 Considera-se um erro bem grave quando a introdução oferece uma ideia que não é
ancorada pelos argumentos do texto.

 Não se empregam clichês/chavões de nenhuma espécie, em nenhuma parte do texto.


Portanto, observe que a expressão “hoje em dia”, muito empregada na abertura de
texto, é um tipo de clichê.

 Jamais se inicia a introdução, fazendo cópia das palavras que estavam presentes no
tema de redação oferecido pela banca. O tema não deve ser plagiado, mas, sim,
parafraseado, ou seja, traduzido por meio das palavras do candidato.

 Desenvolvimento (Parágrafos do meio)

O desenvolvimento, parte mais extensa do texto, pode ser compreendido como o corpo da
estrutura textual, no qual duas situações podem ser verificadas: ou são expostos os argumentos
que vão solidificar o posicionamento adotado pelo autor, caso se trate de uma argumentação (texto
dissertativo-argumentativo); ou são apresentados, de forma imparcial, os tópicos mais relevantes
de um determinado tema, caso o texto seja dissertativo-expositivo.
Dessa forma, será no desenvolvimento que o produtor do texto demonstrará todo seu
conhecimento sobre o assunto, buscando persuadir, ao máximo, o leitor sobre a ideia apresentada.
Em regra geral, são verificados dois ou três parágrafos na abordagem do desenvolvimento, sendo
cada um deles responsável por embasar, de maneira clara e coesa, o recorte temático apresentado
na introdução do texto. Tal recorte, que é a delimitação do núcleo de informações apresentadas no
texto, deve ser organizado por meio de ideias que irão se entrelaçar, permitindo que o texto siga
um traço contínuo das informações. Essa linearidade é que propiciará uma estrutura textual
condizente com as exigências pleiteadas pelas bancas de concurso. Nesse sentido, para facilitar a
divisão do texto em parágrafos, a estrutura do desenvolvimento pode se manifestar da seguinte
forma:

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 8


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
REDAÇÃO - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

1º Parágrafo do Desenvolvimento:
apresentação da primeira ideia relativa ao tema.

2º Parágrafo do Desenvolvimento:
Desenvolvimento apresentação da segunda ideia relativa ao tema.

3º Parágrafo do Desenvolvimento:
apresentação da terceira ideia relativa ao tema.

Atenção! Jamais empregue no desenvolvimento:


 Repetições de palavras ou estruturas que podiam ser substituídas por vocábulos sinônimos;

 Emprego de exemplos excessivos;

 Períodos longos;

 Evite escrever os períodos de qualquer parágrafo em ordem inversa, pois tal conduta
propicia ao texto dois erros muito graves: a escrita de frases desconexas e a dificuldade de
se empregar conectores argumentativos.

 Conclusão (Parágrafo final)

A conclusão é a síntese do que foi apresentado no decorrer do texto. Dessa maneira, pelo fato
de a conclusão ser o fechamento das ideias que foram discutidas, torna-se necessário fazer a
retomada do assunto principal. Caso o texto seja dissertativo argumentativo, a tese é que será
retomada de forma sintetizada e finalizadora. Portanto, a estrutura do último parágrafo do texto
pode ser estabelecida por meio de duas perspectivas:
a) Podem ser oferecidas propostas de solução aos problemas que foram mencionados no
decorrer do texto, no entanto, tais soluções não podem ser utópicas ou extremistas; ou
b) A estrutura conclusiva pode apenas fazer uma síntese dos argumentos que foram pontuados
nos parágrafos anteriores.
Compreenda como o parágrafo da conclusão deve ser construído:

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 9


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
REDAÇÃO - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

1º Período do parágrafo:
Emprego de conectivo conclusivo +
Retomada do assunto principal, de forma
sintetizada.
Conclusão
2º Período do parágrafo:
Frase de fechamento da estrutura
conclusiva + Resumo ou Proposta de solução.

Atenção! Jamais empregue na conclusão:


 Um dos principais problemas relacionados ao parágrafo da conclusão é o fato de ele não se
configurar como finalização do texto, pois devido à forma como é escrito, torna-se mais um
parágrafo de desenvolvimento, sendo, nesse sentido, a continuidade do que estava sendo
retratado na parte argumentativa do texto. Lembre-se de que a conclusão precisa encerrar
o texto e não acrescentar ideias novas.

 Configura-se como erro grave apresentar o parágrafo da conclusão maior do que qualquer
parágrafo do desenvolvimento.

 Quadro Comparativo/ Elementos necessários ao 1º parágrafo do Texto

No texto No texto

dissertativo- argumentativo dissertativo- expositivo


Introdução

Tema do texto proposto pela Tema do texto


banca + +
Posicionamento do produtor Recorte proposto pelo produtor
textual do texto

3. Planejamento de Escrita/Construção Lógica

a) Primeiro se planeja o que vai ser escrito; jamais a escrita pode ser conforme o que vem à
mente, de forma aleatória;

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 10


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
REDAÇÃO - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

Compreenda que construir um texto sem planejamento de escrita pode desencadear tanto
parágrafos desconexos, quanto a inserção inadequada de mais de um argumento em um mesmo
parágrafo.
b) Não é a quantidade de argumentos que fará o texto ser bem avaliado;

Geralmente, o candidato acha que, se empregar um número maior de itens sobre determinado
assunto, irá convencer o corretor de sua proficiência argumentativa. Isso é um ledo engano, pois o
texto não irá dispor de uma quantidade suficiente de linhas, para conseguir defender e aprofundar
sobre cada item introduzido no texto.
c) Preocupe-se com a forma de apresentar, defender e aprofundar os argumentos;

d) Somente terá validade de argumento aquilo que busca trabalhar tanto o porquê da tese,
quanto sua validade.

e) Se a banca exigir, em seu enunciado, que o candidato se posicione sobre determinado tema,
automaticamente o texto será de natureza dissertativa argumentativa, jamais expositiva;
pois será necessário que o candidato demonstre sua opinião, configurando a inserção de
uma tese.

f) Para que o candidato não corra o risco de expor informações, ao invés de argumentar, será
importante ter um conhecimento sobre quais são as possibilidades argumentativas, ou seja,
os tipos de argumento que o texto poderá se valer para defender uma tese (Item que será
trabalhado na Unidade IX-Tipos de Argumento).

Observação: Dependendo da quantidade de linhas exigida pela banca, para se compor uma
questão dissertativa/discursiva, deve-se observar se será melhor construir tal unidade por meio
de um parágrafo ou por meio de dois parágrafos, conforme foi explicado na aula teórica de nosso
curso Português Completo Para Concurso.

4. Algumas Orientações Necessárias sobre a Estrutura Textual


Dissertativa

Bases Conceituais

A) Apresentação Textual

 Legibilidade e erro: escreva sempre com letra legível. Prefira a letra cursiva. A letra de
imprensa poderá ser usada desde que se distinga bem as iniciais maiúsculas e
minúsculas. No caso de erro, risque com um traço simples, o trecho ou o sinal gráfico e
escreva o respectivo substituto.

Atenção: não use parênteses para esse fim.


www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 11
CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
REDAÇÃO - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

 Respeito às margens e indicação dos parágrafos: para dar início aos parágrafos, o
espaço de mais ou menos dois centímetros é suficiente. Observe as margens esquerda e
direita na folha para o texto definitivo. Não crie outras. Não deixe "buracos" no texto. Na
translineação, obedeça às regras de divisão silábica.

 Limite máximo de linhas: Além de escrever seu texto em local devido (folha definitiva),
respeite o limite máximo de linhas destinadas a cada parte da prova, conforme
orientação da banca. As linhas que ultrapassarem o limite máximo serão
desconsideradas ou qualquer texto que ultrapassar a extensão máxima será totalmente
desconsiderado.

 Eliminação do candidato: Seu texto poderá ser desconsiderado nas seguintes


situações:

 Ultrapassagem do limite máximo de linhas;

 Ausência de texto: quando o candidato não faz seu texto na FOLHA PARA O TEXTO
DEFINITIVO;

 Fuga total ao tema: analise cuidadosamente a proposta apresentada. Estruture seu texto
em conformidade com as orientações explicitadas no caderno da prova discursiva;

 Registros indevidos: anotações do tipo "fim", "the end", "O senhor é meu pastor, nada me
faltará" ou recados ao examinador, rubricas e desenhos;

B) Estrutura Textual Dissertativa

Não dê título ao texto, começa na linha 1 da folha definitiva o seu parágrafo de introdução.

Estrutura clássica do texto dissertativo


1) Introdução adequada ao tema / posicionamento
 Apresenta a ideia que vai ser discutida, a tese a ser defendida. Cabe à introdução situar
o leitor a respeito da postura ideológica de quem o redige acerca de determinado
assunto. Deve conter a tese e as generalidades que serão aprofundadas ao longo do
desenvolvimento do texto. O importante é que a sua introdução seja completa e esteja
em consonância com os critérios de paragrafação. Não misture ideias.

2) Desenvolvimento
 Apresenta cada um dos argumentos ordenadamente, analisando detidamente as ideias
e exemplificando de maneira rica e suficiente o pensamento. Nele, organizamos o

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 12


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
REDAÇÃO - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

pensamento em favor da tese. Cada parágrafo (e o texto) pode ser organizado de


diferentes maneiras:

 Estabelecimento das relações de causa e efeito: motivos, razões, fundamentos, alicerces,


os porquês/ consequências, efeitos, repercussões, reflexos;

 Estabelecimento de comparações e contrastes: diferenças e semelhanças entre elementos


- de um lado, de outro lado, em contraste, ao contrário;

 Enumerações e exemplificações: indicação de fatores, funções ou elementos que


esclarecem ou reforçam uma afirmação.

3) Fechamento do texto de forma coerente


 Retoma ou reafirma todas as ideias apresentadas e discutidas no desenvolvimento,
tomando uma posição acerca do problema, da tese. É também um momento de
expansão, desde que se mantenha uma conexão lógica entre as ideias.

C) Desenvolvimento do Tema

Estabelecimento de conexões lógicas entre os argumentos


Apresentação dos argumentos de forma ordenada, com análise detida das ideias e
exemplificação de maneira rica e suficiente do pensamento. Para garantir as devidas conexões
entre períodos, parágrafos e argumentos, empregar os elementos responsáveis pela coerência e
unicidade, tais como operadores de sequenciação, conectores, pronomes. Procurar garantir a
unidade temática.
Objetividade de argumentação frente ao tema / posicionamento
O texto precisa ser articulado com base nas informações essenciais que desenvolverão o tema
proposto. Dispensar as ideias excessivas e periféricas. Planejar previamente a redação definindo
antecipadamente o que deve ser feito. Recorrer ao banco de ideias é um passo importante. Listar
as ideias que lhe vier à cabeça sobre o tema.. Estabelecer a tese que será defendida. Selecionar
cuidadosamente entre as ideias listadas, aquelas que delimitarão o tema e defenderão o seu
posicionamento.

5. Parágrafos Argumentativos
Os parágrafos argumentativos da redação podem ser feitos de diversas maneiras diferentes.

5.1 Possibilidades Argumentativas

01) Hipótese:
www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 13
CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
REDAÇÃO - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

Apresentar hipótese no desenvolvimento é a tentativa de buscar soluções, apontando


prováveis resultados. Na hipótese, o aluno mostra estar interessado pelo assunto e disposto a
encontrar soluções, para melhorar a situação. Com a hipótese, praticamente, não se corre o risco
de apenas expor o assunto.
02) Paralelismo:
Trabalhar com o paralelismo, no desenvolvimento, é apresentar um mesmo assunto com
diferentes enfoques, é apresentar correspondência entre ideias ou opiniões diferentes em relação
ao mesmo argumento. Por exemplo, em se tratando de informática, discutir sobre o mercado de
trabalho, não apenas argumentando que a máquina tomou o lugar do homem, mas também
apresentando o aumento de emprego na área, os recursos técnicos disponíveis, a comodidade etc..
03) Bilateralidade:
Trabalhar com a bilateralidade é apresentar aspectos positivos e aspectos negativos, pontos
favoráveis e pontos desfavoráveis do argumento. É trabalhar com os “prós e contras”, sem dar
ênfase a apenas um deles.
Procure trabalhar com apenas dois parágrafos no desenvolvimento: um com os aspectos
favoráveis; outro com os desfavoráveis.
04) Oposição de ideias:
Trabalhar com oposição de ideias é explorar com o mesmo interesse crítico dois polos que
sustentam a discussão. Por exemplo, em se tratando de educação infantil, explorar a educação
masculina e a educação feminina com o mesmo interesse, mostrando as diferenças existentes.
05) Causas e consequências:
Trabalhar com causas e consequências é apresentar, em um parágrafo, os aspectos que levaram
ao problema discutido e, em outro parágrafo, as suas decorrências.
06) Exemplificação:
Seja qual for a introdução, a exemplificação é a maneira mais fácil de se desenvolver a
dissertação.
Devem-se apresentar exemplos concretos, que sejam importantes para a sociedade. Argumente
sobre personagens históricas, artísticas, políticas, sobre fatos históricos, culturais, sociais
importantes.

5.2 Frases-Modelo Para o Desenvolvimento


Frases que podem ajudar a iniciar os parágrafos do desenvolvimento
Frases para parágrafos causas e consequências:
Ao se examinarem alguns …, verifica-se que … . Pode-se mencionar, por exemplo, …
Em consequência disso, vê-se, a todo instante, …
Frases para parágrafos prós e contras:
Alguns argumentam que …. . Além disso … . Isso sem contar que ….
Outros, porém, ….. . Há registros históricos de ……. que …….
www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 14
CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
REDAÇÃO - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

Frases para parágrafos trajetória histórica:


Antigamente, quando … , percebia-se que …
Atualmente, observa-se que …
Em consequência disso, nota-se …
Outras frases:
Dentre os inúmeros motivos que levaram o …… é incontestável que …..
A observação crítica de fatos históricos revela o porquê de ……
Fazendo um estudo de ……. , percebe-se, por meio de …… , ….

Serão pontuadas, nesta unidade, várias dicas e regras que podem ser aplicadas, a fim de que a
construção dos parágrafos fundamentadores do gênero dissertativo possa ser feita de maneira
mais fácil e segura.

6. Unidades que compõem o texto

6.1 Estrutura Geral do parágrafo de introdução


Nos blocos anteriores de estudo, foram apresentados aspectos relevantes aos preceitos tanto
de ordem macroestrutural, quanto microestrutural, no que diz respeito à construção em geral dos
parágrafos.
No tópico em questão, no entanto, será feita uma análise detalhada das características que são
subjacentes ao parágrafo da introdução. Nesse sentido, para darmos início à apresentação de todos
os elementos que compõem a construção de tal unidade, é necessário compreender que as regras
que norteiam a elaboração de um parágrafo de introdução, em concurso público, não serão
estritamente as mesmas que fundamentam a escrita do parágrafo de introdução de artigos de
opinião ou artísticos jornalísticos.
Nas provas de concurso público, existe um rigor maior em relação a inúmeros aspectos como
impessoalidade, paragrafação, limite de linhas, emprego de conectivos em seu sentido original etc..
Dessa maneira, as regras que norteiam a elaboração de redações, em concurso público, seguem
características bem particulares.
Portanto, para que o parágrafo de introdução possa se inserir nos preceitos abarcados pela
rigorosidade de regras dos concursos públicos, um dos critérios cobrados pelas bancas é que a
introdução possa apresentar, de forma bem definida, tanto o tema do texto proposto pela banca,
quanto o posicionamento do produtor textual (se o texto for dissertativo-argumentativo) ou o
tema e o recorte proposto pelo produtor do texto (caso seja dissertativo-expositivo). Veja o
esquema a seguir:

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 15


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
REDAÇÃO - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

 Quadro Comparativo/ Elementos necessários ao 1º parágrafo do Texto

No texto No texto

dissertativo- dissertativo- expositivo


Introdução
argumentativo

Tema do texto proposto pela Tema do texto


banca + +

Posicionamento do produtor Recorte proposto pelo produtor


textual do texto

A escrita de maneira adequada do parágrafo de introdução trará inúmeros benefícios à


estrutura geral do texto. Muitas vezes o candidato se preocupa demasiadamente com a construção
apenas dos parágrafos de desenvolvimento, no entanto, eles serão estritamente o reflexo daquilo
que foi feito na introdução. Dessa maneira, se a introdução apresentar algum tipo de desvio de
norma, tal problema será verificado no interior, provavelmente, de todo o texto.
Observe como a estrutura da introdução deve casar com todo o processo textual: se o texto for,
por exemplo, dissertativo-argumentativo, todos os parágrafos de desenvolvimento serão
obrigados a fazer remissão, de forma específica e direta, à tese defendida no início do texto. No
entanto, se o texto for dissertativo-expositivo, toda a estrutura do desenvolvimento deverá fazer
referência clara ao recorte temático.

6.2 Estrutura Geral dos parágrafos de Desenvolvimento


Torna-se muito importante compreender que - em razão do tipo de texto dissertativo
estabelecido pela banca - será cobrado do candidato o conhecimento sobre as técnicas que
norteiam as características que distinguem parágrafos expositivos de parágrafos argumentativos.

 Parágrafos de finalidade expositiva

Os parágrafos expositivos cumprem a função estritamente informativa, propiciando à estrutura


da unidade de desenvolvimento a exposição de dados relativos ao tema oferecido pela banca.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 16


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
REDAÇÃO - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

A construção de parágrafos em natureza expositiva, geralmente, é solicitada pelas bancas de


concurso público, quando a proposta de redação norteia temas técnicos, ou seja, relativos tanto a
cargos, a órgãos ou a áreas relativas para os quais se destina o concurso.
Um erro bem frequente, por parte dos candidatos, é o de acreditar que pelo fato de a redação
estar vinculada a temas técnicos, isto é, quando a proposta de redação norteia a escrita sobre outra
disciplina ancorada pelo edital (Direito Constitucional/ Direito Administrativo etc..), que a
avaliação feita será somente de ordem conteudista, observando-se apenas se houve respeito à
temática proposta.
Na realidade, a avaliação feita será relativa tanto ao conteúdo, quanto aos aspectos textuais.
Serão observados, portanto, se o texto apresentou todos os critérios inerentes a uma redação de
concurso público e se esses critérios propiciaram a fluência de toda a parte de conteúdo, oriunda
da proposta de redação.
Dessa forma, é necessário que o candidato compreenda que se a proposta de redação pedir que
se produza um texto, falando sobre atos administrativos, não será suficiente, por exemplo,
enumerar todos seus atributos ou requisitos. Será imprescindível que o candidato faça um texto,
no qual haja uma argumentação que possa desenvolver, e, ao mesmo tempo, aprofundar o assunto.
Outro aspecto muito importante a ser observado pelo candidato é que os parágrafos de
natureza expositiva não podem se apresentar como blocos independentes no texto, é necessário o
emprego de conectivos, para que seja ressaltado a ligação entre eles. Tal emprego não se revela
como um processo obrigatório entre a articulação dos parágrafos, mas propicia ao corretor da
redação identificar que o candidato tem um domínio de recursos linguísticos.

 Parágrafos de argumentação

Existem algumas especificidades que são inerentes apenas aos parágrafos de perspectiva
argumentativa, exigindo do candidato uma atenção maior na hora de escrever.
Nesse sentido, a primeira especificidade a ser compreendida é que nem todas as informações
que são empregadas, no texto dissertativo, podem ser consideradas efetivamente como
argumento. Entende-se por argumento aquilo que possa defender/sustentar a tese, ou seja, são as
ideias apresentadas no texto que irão se conectar diretamente com a opinião abarcada pelo
produtor do texto.
Dessa maneira, será considerado um erro grave, caso o texto solicitado pela banca seja
dissertativo-argumentativo e os seus parágrafos apenas se relacionarem com o tema, por meio de
uma exposição, sem se fazer referência à tese. Se a natureza do texto é argumentar sobre algo, toda
a sua estrutura deverá se estabelecer em virtude da tese e não do tema.

 Conversando com a professora Jacira sobre redação de concurso público

a) Primeiro se planeja o que vai ser escrito; jamais a escrita pode ser conforme o que vem à mente,
de forma aleatória;

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 17


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
REDAÇÃO - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

Compreenda que construir um texto sem planejamento de escrita pode desencadear tanto
parágrafos desconexos quanto a inserção inadequada de mais de um argumento em um mesmo
parágrafo.

b) Não é a quantidade de argumentos que fará o texto ser bem avaliado;

Geralmente, o candidato acha que, se empregar um número maior de itens sobre determinado
assunto, irá convencer o corretor de sua proficiência argumentativa. Isso é um ledo engano, pois o
texto não irá dispor de uma quantidade suficiente de linhas, para conseguir defender e aprofundar
sobre cada item introduzido no texto.

c) Preocupe-se com a forma de apresentar, defender e aprofundar os argumentos;

d) Somente terá validade de argumento aquilo que busca trabalhar tanto o porquê da tese,
quanto sua validade.

e) Se a banca exigir, em seu enunciado, que o candidato se posicione sobre determinado tema,
automaticamente o texto será de natureza dissertativa argumentativa, jamais expositiva; pois
será necessário que o candidato demonstre sua opinião, configurando a inserção de uma tese.

f) Para que o candidato não corra o risco de expor informações, ao invés de argumentar, será
importante ter um conhecimento sobre quais são as possibilidades argumentativas, ou seja,
os tipos de argumento que o texto poderá se valer para defender uma tese.

6.3 Elaboração do Parágrafo de Conclusão


O parágrafo de conclusão tem por finalidade reafirmar a tese que teria sido citada na
introdução e defendida no desenvolvimento por meio de argumentos, caso o texto tenha uma
natureza dissertativa-argumentativa. Se o texto se insere em uma perspectiva dissertativa-
expositiva, a conclusão terá por objetivo retomar o tema citado. Veja por meio do quadro abaixo a
relação lógica entre os parágrafos dos textos dissertativos em virtude de sua natureza
argumentativa ou expositiva.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 18


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
REDAÇÃO - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

 Quadro demonstrativo/Como trabalhar cada unidade textual dissertativa

Se o texto for dissertativo-argumentativo

Introdução Desenvolvimento Conclusão

Apresentação do Os parágrafos irão se O fim do texto irá


tema + tese estruturar em virtude da reafirmar a tese.

Estrutura dos (posicionamento do tese, ou seja, da opinião do

parágrafos produtor textual). autor sobre o tema. Busca-


se construir parágrafos
que possam justificar e
fundamentar o porquê de
tal opinião.

Se o texto for dissertativo expositivo

Introdução Desenvolvimento Conclusão

Tema do texto + Construção de O fim do texto irá


parágrafos em natureza retomar o tema.
Recorte do
Estrutura dos produtor do texto expositiva, desenvolvidos
parágrafos (escolha do se quer em razão do tema
oferecido pela banca.
falar sobre o tema)

Não há tese.

Para que o texto possa apresentar o parágrafo de conclusão de maneira adequada, torna-se
necessário inserir no início da estrutura conclusiva um conectivo, a fim de que a relação de
encerramento seja salientada. Vários mecanismos coesivos podem ser empregados de maneira
coerente, propiciando uma estrutura adequada aos preceitos do concurso público, por exemplo:
“dessa forma”, “desse modo”, “dessa maneira”, “portanto” etc..

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 19


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
REDAÇÃO - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

No entanto, pode ser verificado, em muitas produções textuais, um emprego inadequado de


conectivos no início da conclusão. Essa inadequação pode ser compreendida quando o conectivo -
em vez de retomar a temática abordada pela dissertação – faz alusão diretamente ao próprio texto.

Observe, portanto, alguns conectivos que desencadeiam tal inadequação: “Conforme citado
anteriormente”, “Diante do que foi exposto”, “Segundo a discussão feita neste texto”, “Com base no
que foi pontuado” etc..
O candidato, portanto, para construir o parágrafo de conclusão, além de empregar, de maneira
adequada, um conectivo de finalização de sentido, deve também fazer o último parágrafo do texto
se relacionar com os demais. Assim, será necessário cuidar para que a conclusão possa retomar a
tese (no caso de dissertação argumentativa) ou o tema (caso o texto seja expositivo).
Deve-se ter um cuidado enorme para que a conclusão não insira nenhum tipo de argumento
novo, lembre-se de que ela é o encerramento do que foi apresentado na introdução e
fundamentado ou exposto no desenvolvimento.
Caso a redação se insira em uma perspectiva argumentativa, a conclusão poderá apresentar
possíveis soluções relativas ao problema apontado na temática textual. No entanto, jamais as
sugestões de solução oferecidas pela conclusão do texto podem retratar algo que seja utópico (que
vão além da realidade), vaga (que retratam uma perspectiva vazia de sentido, por exemplo, “cada
um deve amar o próximo para que o mundo seja melhor”) ou extremista (que retratam soluções
não alcançáveis, por exemplo “com objetivo de erradicar a fome”).
Assim, não é bem visto também o emprego de conclusões que sejam enfáticas (construídas por
meio de interrogações ou exclamações), frases feitas (clichês) ou ditos populares.

7. Coesão e Coerência Textual


 Coesão e Coerência Textual, Qual é a Diferença?
Coerência e coesão são fatores essenciais à construção de um texto, porém ambos retratam
aspectos diferentes, ou seja, enquanto a coerência cuida das relações de sentido de um texto, a
coesão trabalha a maneira de ligar as informações.
Observe o esquema:

Coesão = Elementos de ligação presentes na estrutura


textual.
Texto:

Coerência= Relações de sentido presentes no texto.

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 20


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
REDAÇÃO - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

 Coesão e seus princípios inerentes


Coesão é o nome dado ao mecanismo linguístico que promove a ligação harmoniosa entre
palavras, frases, orações. Pode-se dizer que um texto é coeso, quando apresenta uma estrutura na
qual houve boa disposição e utilização correta das palavras, permitindo ao interlocutor
compreender o texto de forma clara e coerente.
Dessa maneira, deve-se compreender que a coesão dispõe de dois processos, denominados de
mecanismos da coesão, os quais são titulados anáfora e catáfora.

 Mecanismos Coesivos: Anáfora e Catáfora


Tanto a anáfora, quanto a catáfora podem ser chamadas de recursos endofóricos, pois apesar
de se constituírem como processos textuais diferenciados, ambos os mecanismos coesivos
trabalham com a articulação das informações expressas no texto.
Vamos observar como as formas anáfora e catáfora se distinguem, por meio do quadro abaixo:

Anáfora Catáfora

Processo responsável por retomar Processo que trabalha a inserção de elementos


elementos textuais. textuais.

(ANÁFORA) TEXTO (CATÁFORA)

(Retoma elemento citado no texto) (Anuncia o que vai ser dito no texto)

A construção lógica do texto necessita dos dois processos coesivos.

 Tipos de Coesão
Podem ser verificadas algumas classificações relacionadas ao processo da coesão textual, cada
qual com especificidades bem diferentes. Veja:

A) Coesão Referencial
Denomina-se coesão referencial o vínculo existente entre palavras, frases, orações, períodos,
enfim, a ligação estabelecida entre qualquer elemento textual. Nesse processo de coesão, os
elementos que forem estabelecer o eixo entre os termos linguísticos serão denominados de
referentes. A atuação dos referentes textuais pode se dar em natureza remissiva, ou seja, anafórica
(retomando palavras ou estruturas citadas) ou em perspectiva introdutiva, isto é, catafórica (com
objetivo de anunciar/introduzir o que vai ser dito).

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 21


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
REDAÇÃO - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

B) Coesão Sequencial
A coesão denominada sequencial se preocupa com a forma pela qual os fatos se organizam na
estrutura do texto. Analisa-se, portanto, a ordem lógica estabelecida entre orações e parágrafos.
Deve-se compreender, nesse sentido, que a coesão sequencial é o nome dado a toda evolução
temporal presente no texto. Por meio de marcadores tanto verbais, quanto conjuntivos, as ações
são demonstradas, seguindo uma relação sequencial e temporal dos acontecimentos, construindo-
se um texto em perspectiva coesa.

C) Coesão Recorrencial
Quando há repetição de algum elemento, de forma proposital, dizemos que houve coesão
recorrencial. No entanto, torna-se necessário compreender que não é bem quisto, em um texto,
repetir palavras de maneira aleatória, pois tal conduta demonstra desconhecimento de
vocabulário. Portanto, a coesão recorrencial deve ser trabalhada de maneira criteriosa, para que a
repetição não seja vista como erro, mas, sim, como um recurso textual de que a língua dispõe.

8. Emprego dos Conectivos /Como integrar orações e parágrafos


do Texto
É necessário que o candidato disponha de competências e habilidades linguísticas que lhe
propiciem uma escrita estabelecida por meio de preceitos coesos e coerentes. Para tanto, torna-se
importante que o produtor do texto disponha de um rico conhecimento sobre o emprego de
conetivos. Portanto, é fundamental que o candidato conheça exemplos de conectivos que podem
ser empregados na redação e quais sentidos podem abarcar. Dessa forma, serão apresentados
algumas expressões ou termos que possam estabelecer a ligação das estruturas textuais,
facilitando, nesse sentido, a construção da redação.
Observe os quadros abaixo que irão mostrar vinte e quatro possibilidades para unir as orações
e os parágrafos, permitindo-se a construção de uma unidade textual:
1º Quadro Demonstrativo dos Recursos Linguísticos que podem ser empregados para ligar
orações e parágrafos

Sentidos provocados Exemplos de Conectivos


pelos Conectivos

 Condição/Hipótese Se, caso, desde que, contanto que, a menos que...

 Semelhança Da mesma forma, do mesmo modo, de maneira idêntica...

 Conformidade Conformidade com, segundo, sob o mesmo ponto de vista, de


acordo com...

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 22


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
REDAÇÃO - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

 Comparação Tal qual, tanto quanto, assim como, bem como, por analogia...

 Adição/ Além disso, a (demais), ainda mais, ainda por cima, também,
Continuidade por outro lado, (não só ... mas também), (não apenas ... como
também), outrossim, e...

2º Quadro Demonstrativo dos Recursos Linguísticos que podem ser empregados para ligar
orações e parágrafos

Sentidos provocados Exemplos de Conectivos


pelos Conectivos

 Prioridade/ Em primeiro lugar, antes de mais nada, acima de tudo,


Relevância sobretudo...

 Certeza/Ênfase Por certo, decerto, sem dúvida, com toda certeza...

 Finalidade/ A fim de, a fim de que, com propósito de, para que, com o fim
Intenção/ Propósito de...

 Dúvida/ Talvez, não é certo, se é que, quiçá, é provável...


Improbabilidade

 Esclarecimento/ Por exemplo, quer dizer, a saber..


Ilustração

3º Quadro Demonstrativo dos Recursos Linguísticos que podem ser empregados para ligar
orações e parágrafos

Sentidos provocados Exemplos de Conectivos


pelos Conectivos

 Imprevisto/ Surpresa De repente, de súbito, de maneira inesperada...

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 23


CONCURSO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM/2020
REDAÇÃO - Prof.ª Jacira Fernandes Granato

 Lugar/ Proximidade/ Próximo a ou de, junto a ou de, mais adiante, além, (emprego
Distância de pronomes que sejam demonstrativos)...

 Causa Em virtude de, porque, já que, uma vez que, porquanto...

 Consequência Tanto... que, tamanha... que, como resultado de, em


decorrência de..

 Explicação Pois, porque...

4º Quadro Demonstrativo dos Recursos Linguísticos que podem ser empregados para ligar
orações e parágrafos

Sentidos provocados Exemplos de Conectivos


pelos Conectivos

 Tempo (frequência, Enfim, logo, logo após, a princípio, pouco antes, em seguida,
ordem, duração, às vezes, sempre, por vezes, nesse meio tempo, não raro, nesse
sucessão, ínterim, enquanto, quando, antes que, antes que, depois que...
posterioridade)

 Oposição/ Salvo, exceto, todavia, mas, porém, pelo contrário, ainda que,
Contraste/ Restrição/ posto que, conquanto, embora, conquanto, por mais que, por
Ressalva menos que, em contraste com...

 Alternativa Ou... ou, ora... ora, nem... nem, quer... quer...

 Resumo, Conclusão, Enfim, logo, portanto, dessa forma, dessa maneira, desse
Recapitulação modo, nesse sentido...

www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. www.prefaciocursos.com.br Página 24

Vous aimerez peut-être aussi