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DEGRAVAÇÃO DO SALA DE REDAÇÃO NO SECOND LIFE

RÁDIO GAÚCHA AM – PORTO ALEGRE – 600 KHz


Horário: 13h às 14h
Data: 1º de junho de 2007
Menções ao Second Life: 96
.............................

(TRILHA DO PROGRAMA)
1ª. PARTE DO PROGRAMA
(I)RUY: Boa tarde. Uma hora 44 minutos. É uma precisão rigorosa. Estamos iniciando
um programa muito especial. Estão aqui a nossa frente queridos amigos, dirigentes,
pessoas importantes nessa cidade, na publicidade, no jornalismo... Ahn... Está
praticamente nossa direção aqui... Porque é um dia muito especial. É realmente um dia
especial. Nós estamos em banquetas, aqui. O Sant’Anna tá adoentado, mas vai entrar por
telefone. Não pode deixar ficar fora, absolutamente, não. Devia estar sentado aqui,
mesmo doente, puxando de uma perna, o que fosse; mas ele não aceitaria por uma
questão de orgulho, e tal... Bom, esse programa é também uma espécie assim de
agradecimento que nós do Sala de Redação fazemos a todos aqueles que têm colaborado
intensa e magnificamente com o programa. Mas de um modo especial a Escala, do amigo
Fedrizzi, que aqui está; que criou exatamente um prolongamento dessas figuras, não
bastassem o que elas são...
LAURO QUADROS: Permita-me professor!
RUY CARLOS OSTERMANN: Pois, não.
LAURO QUADROS: Disse há pouco para o Fedrizzi que eu estou complicado, fundiu a
minha cuca, porque... Olhe pra mim professor, olhe... da cabeça aos pés...
RUY CARLOS OSTERMANN: (não entendível)... Vou olhar até aqui...
(II)LAURO QUADROS: Eu sou todo analógico, professor.
RUY CARLOS OSTERMANN: (Gargalhada do professor e das pessoas que assistem o
programa de forma presencial).
(III)LAURO QUADROS: Como é que eu posso estar numa dessas? E passando da
terceira idade para a segunda vida, professor.
RUY CARLOS OSTERMANN: Bem verdade...
LAURO QUADROS: É uma complicação pra mim.
(IV)CACALO MARTINS: Lauro, eu diria respeitosamente, a-não lógico (Risos da
platéia)
LAURO QUADROS: Mas como...
RUY CARLOS OSTERMANN: Vem cá, começaram...
LAURO QUADROS: É, é, é...o meu pônei eu deixei com aquela que tu sabe ali fora
quem é...
RUY CARLOS OSTERMANN: Pára, pára, pára...onde está o respeito tchê...
LAURO QUADROS: Mas quero com o meu puxassaquismo...
RUY CARLOS OSTERMANN: Habitual...
LAURO QUADROS: ... Dizer ao presidente Nelson que eu chamo, que eu chamo de
Almirante Nelson...
RUY CARLOS OSTERMANN: Isso, Almirante Nelson...
(V)LAURO QUADROS: ... Se existe um clube Seven Life em Porto Alegre, pode existir
Second Life. Seven Life eu disse professor, Seven Life... (carregando na pronúncia)
(VI)RUY CARLOS OSTERMANN: Escuta ô avatar da minha esquerda... (dirigindo-se a
Kenny Braga)
KENNY BRAGA: Não, eu, eu...
(VII) RUY CARLOS OSTERMANN: Avatar, hein!
KENNY BRAGA: O que está acontecendo com o Cacalo, professor?
(VIII) CACALO MARTINS: Não dá pra deixar o Kenny só no virtual daqui pra frente?
(RISOS). Tira o first life ... Vamos tirar o first life e deixar o Kenny só no second life.
(IX) RUY CARLOS OSTERMANN: Second Life! Fala avatar!
KENNY BRAGA: O Cacalo deixou crescer o cabelo, professor…
CACALO: Só reclamam os carecas...
KENNY: Tá provocando... Mas é dos carecas que elas gostam mais, não é verdade?
RUY CARLOS OSTERMANN: É verdade, sim.
KENNY: Mas ai ele deixou crescer os cabelos e está provocando, olha, uma ronha
doméstica, professor, eu to sabendo...
LAURO: Cada um hoje aqui tem um nome especial: lá, à esquerda, está o nosso litle war,
que é o Guerrinha... Litle Waaar (carregando a pronúncia, com risos ao fundo).
RUY CARLOS OSTERMANN: Lauro, tu hoje começasse mal, Lauro...
LAURO: É?
RUY CARLOS OSTERMANN: Tu ta danado.
LAURO: E o senhor ta me coxeando... (Gargalhada geral do professor e da platéia)
RUY CARLOS OSTERMANN: E não é a primeira vez...
LAURO: Sempre foi o meu sonho...
RUY CARLOS OSTERMANN: Sempre foi o teu sonho...
CACALO: Eu sempre pensei, professor, que o Sala de Redação fosse um programa sério.
Virou um programa cômico, hoje, por quê?
(X) RUY CARLOS OSTERMANN: É... O ouvinte que está em casa e não está
entendendo tem que entender o seguinte: nós estamos no sexto andar do prédio
administrativo da RBS ...
CACALO: Todo mundo se exibindo pra platéia e prô presidente...
RUY CARLOS OSTERMANN: Exatamente. Há uma platéia e daí então está ocorrendo
que o Sala seja diferente. Provocativo... Como é que diria?
LAURO: Como o senhor disser pra mim está bem, professor. (Gargalhada do professor e
da platéia)
RUY CARLOS OSTERMANN: Guerrinha! Gue-rri-nha...
GUERRINHA: Não dormi ainda.
RUY CARLOS OSTERMANN: Como assim?
GUERRINHA: To apavorado com o Internacional. (Risos)
RUY CARLOS OSTERMANN: Aaaahhh.
GUERRINHA: Tem gente que gostou, né.
RUY CARLOS OSTERMANN: Tem gente que gostou...
GUERRINHA: O Internacional não passou do meio do campo... Olha, ontem, foi um
time covarde. E se for covarde assim eu já não acho que seja apenas uma ameaça a
segunda divisão; é quase uma realidade. Infelizmente, é quase uma realidade.
LAURO QUADROS: Professor...
KENNY: Lauro, desculpe. Por isso que é bom a democracia, professor. Eu tenho um
ponto de vista contrário ao do Guerrinha. Eu acho que... Evidentemente que o Inter não
jogou bem. Do ponto de vista técnico, tático não jogou bem. O Pato ficou isolado na
frente...
RUY CARLOS OSTERMANN: Mas era a tática.
KENNY: ... Depois entrou o Iarlei e foi a mesma coisa, né. Não havia a colaboração com
o atacante, os atacantes... Digo o atacante, pois o Internacional teve apenas um atacante
ontem. Mas poderia ter sido muito pior. E eu antes do jogo contra o Patchuca eu defendi a
escalação do goleiro Clémer. A volta do goleiro Clémer ao gol do Internacional porque
era o jogo dos experientes. O jogo da experiência. E ontem o Clémer foi absolutamente
magnífico no gol do Internacional.
RUY CARLOS OSTERMANN: Uma defesa dele foi impressionante.
KENNEY: Fez duas defesas... No primeiro tempo, professor, um chute do Caballero, na
altura dos 37 do segundo tempo, é uma bola quase impossível de tirar e ele tirou.
Lembrou-me daquele lance lá em Yokohama, no jogo contra o Barcelona, após o gol do
Gabiru, que ele salvou o Internacional lá também. Ele garantiu o título mundial para o
Internacional. E ontem ele impediu que o Internacional saísse derrotado por um placar
mais contundente. O Internacional está vivíssimo, traz a decisão para Porto Alegre e em
Porto Alegre as coisas serão muito diferentes. E eu queria também fazer um elogio ao
rapaz que veio da região que eu venho também, é o jogador Sidnei. O menino de 17 anos
de idade, zagueiro do Internacional, vindo de Alegrete, que ontem comportou-se como se
fosse um veterano. Uma grande apresentação também do Sidnei. Então, o Internacional
teve coisas boas. Ao contrário do que o Guerrinha diz aqui. Hoje ele está tomado por um
pessimismo, por uma má-vontade que eu não estou entendendo...
GUERRINHA: Não, não, não! Não é hoje. Já faz seis meses.
KENNY: Guerrinha, então, vou te antecipar. Na sexta-feira próxima, daqui a sete dias,
tudo estará diferente aqui em Porto Alegre. Tudo estará diferente em Porto Alegre. Tudo.
Prestem atenção no que eu estou dizendo. O Internacional campeão e eles... bom, deixa
pra lá!
RUY CARLOS OSTERMANN: O Paulo Sant’Anna...
(XI) CACALO: O Kenny virou virtual mesmo...
(XII) RUY CARLOS OSTERMANN: Virtual, virtual...
LAURO: Permita-me... Permita-me...
RUY CARLOS OSTERMANN: Aaaa vocês não deixam nem eu chamar o Paulo
Sant’Anna...
LAURO: Permita-me introduzir o Paulo Sant’Anna...
RUY CARLOS OSTERMANN: Faça isso.
LAURO: Eu disse introduzir o Paulo Sant’Anna no programa...
KENNY: Não pode ser diferente, né Lauro?
(XIII) LAURO: No seu momento mais desbocado, do programa, o Sant’Anna uma vez
disse com graça, com talento, que só ele sabe dizer, mas eu me atrevo... Seguinte: uma
bola foi cruzada no segundo pau... E o Sant’Anna disse: é o meu sonho, é o que eu mais
queria...Bom, então a coisa que mais o Sant’Anna queria, ele não sabe, é o que nós temos
hoje aqui: Second Life, uma segunda vida. Porque ele se queixa. Ele é diabético, ele tem
inflamação no ouvido... E agora, professor, finalmente pra ti, filho ingrato, a segunda
vida pra ti... Professor, chama ele, professor.
RUY CARLOS OSTERMANN: Paulinho!
SANT’ANNA (por telefone) : E ai garotada, como estão ai?
RUY CARLOS OSTERMANN: E tu como é que estás?
(XIV) SANT’ANNA: Eu estou aqui meio complicado, mas recebi um telefonema
dizendo que haveria uma solenidade hoje no Sala de Redação.
RUY CARLOS OSTERMANN: Isso.
(XV) SANT’ANNA: E que por isso todos os integrantes teriam que estar presentes.
Então, eu estou aqui meio atarantado sobre o que é Second Life e o que são avatares. Eu
tenho visto esses bonequinhos desde a semana passada já na internet. Mas não sei como
vai funcionar isso. Eu acho que o ouvinte também não sabe, hein o Ruy.
(XVI) RUY CARLOS OSTERMANN: Não... Aqui está acontecendo o seguinte. Uma
coisa muito interessante que eu vou divulgar agora: nós estamos sentados aqui, e sabes
como nós somos bonitões, elétricos e animados, enfim. E ninguém está olhando para nós,
está olhando para o telão do avatar. O Second Life é mais importante hoje.
(XVII) KENNY: O senhor está muito bem na condição de avatar, professor.
(XVIII) RUY CARLOS OSTERMANN: É mesmo?
(XIX) KENNY: O senhor é o meu avatar preferido. (RISOS)
(XX) LAURO: Professor, permita-me: vem aqui Fedrizzi. Explica prô Paulo Sant’Anna o
que está acontecendo. Vem cá um pouquinho. Fala guri.
(XXI) FEDRIZZI: O que está acontecendo é que o programa todo está sendo transmitido
prô mundo inteiro pela rede Internet e tem gente chegando o tempo todo, de vários
lugares. Tem gente com asas. Têm torcedores do Grêmio e do Internacional...
LAURO: To vendo pouca mulher chegando ali. Muito homem, pouca mulher.
RUY CARLOS OSTERMANN: Pára Lauro.
(XXII) FEDRIZZI: Então, cada um que quiser entrar no programa vai lá, ficar se
manifestando, e vai poder falar. Vão aparecer letrinhas, e tal, ali. Para quem só está
ouvindo fica um pouco mais complicado. Quem está podendo ver e entrar no seu
computador, acho que dá para registrar esse momento.
(XXIII) LAURO: E pra acessar, como é que faz?
(XXIV) FEDRIZZI: Prefiro que o Sanvicente, que é o nosso especialista no assunto,
explique detalhamente isso.
(XXV) LAURO: Alô Sanvicente, chega mais aqui porque o vô não pode mais ir até ai, é
curto o fio.
(XXVI) SANVICENTE: E ai doutor. Sant’Anna pra tu entrar, tu entra lá no
www.secondlifebrasil.com.br e lá tu vai baixar um programa. Esse programa te dá acesso
a entrada dentro do second life. Nesta segunda vida, tu toma a forma de um avatar. Lá, se
tu quiser ser colorado ou continuar sendo gremista e ai fica por ti, né doutor... (RISOS)
LAURO: E ai Sant’Anna...
RUY CARLOS OSTERMANN: Sanvicente e que tem humor hein.
(XVII) SANT’ANNA: Mas qualquer usuário entra e participa?
(XVIII) RUY CARLOS OSTERMANN: Sim, sim, sim. É absolutamente democrático e
muito divertido.
(XIX) SANT’ANNA: Ah, mas é interessante isso. Olha, eu não sei, mas eu estou
honrado, eu estou honrado. Porque entrar neste mundo da Internet e ser visto no mundo
inteiro é uma coisa muito dignificante.
(XXX) LAURO: Tem um problema viu Sant’Anna! Há 46 programas... Vou repetir: há
46 programas o Sant’Anna não fuma no Sala de Redação, mas aqui está fumando. Ta
fumando no avatar.
(XXXI) RUY: Tá fumando o avatar.
(XXXII) SANT’ANNA: (Risos) Me botaram um cigarro nos lábios, é?
(XXXIII) LAURO: É brincadeira...
(XXXIV) RUY: Ta com cigarro, bem ao teu estilo.
(XXXV) SANT’ANNA: Eu tive vendo o meu boneco. O meu boneco, o meu boneco ta
muito fiel; inclusive quanto aos meus trajes. O jeito que eu trajo. Ando sempre com
jaqueta ou um pulôver e tal. O meu boneco tava o mais fiel de todos os seis bonecos.
(XXXVI) RUY: Eu acho que tu ta mais jovem.
(XXXVII) SANT’ANNA: Ah, sim, deram uma maquiada em mim.
(XXXVIII) LAURO QUADROS: Eu sou tão feio que eu pensei que era impiorável. O
boneco me piorou, professor.
(XXXIX) RUY: (Gargalhada e risos da platéia). Isso é verdade. Mas Sant’Anna, não
deixa de dar uma palavrinha sobre o que tu vistes ontem à noite, porque tu tinhas dito que
irias ver e que ficarias até a madrugada...
KENNY: Não, não ia ver não, quero fazer uma correção; ia secar. Prometeu no Sala de
Redação que ia secar o Internacional.
RUY: O que que achastes Paulo?
SANT’ANNA: Primeiro lugar, um resultado lógico. Porque enfrentavam-se ontem à
noite o campeão mexicano e o lanterna brasileiro. Então, um resultado absolutamente
lógico. Mas hoje de manhã eu acordei com o Túlio Millmann, com o Macedo e com a
Zero Hora, dizendo que o resultado foi bom. Só o Guerrinha que está contrariando, ai,
esse prognóstico. Foi excelente o resultado para o Internacional. É a quarta partida
consecutiva que o Internacional perde e tão dizendo que foi bom. Então, se foi bom, foi
bom.
RUY: (Gargalhada). Mas ficastes acordado até a uma e meia?
SANT’ANNA: Mas eu fiquei claro. Eu assisti... porque eu estava com uma dor de
garganta muito aguda e vim para a casa para ver o Cúcuta e o Boca.
RUY: Tu viu o Cúcuta?
SANT’ANNA: ...Nos últimos programas do Sala eu disse que não quero enfrentar esse
Cúcuta... eu prefiro enfrentar o Boca...
RUY: Foi...
SANT’ANNA: ... eu prefiro enfrentar o Boca...
RUY: É...
SANT’ANNA: O Cúcuta é imensuravelmente superior ao Boca. E se o Grêmio tiver que
enfrenta-lo na finalíssima, que não se considerem os gremistas já campeões da
Libertadores.
RUY: Embora haja a inversão do mando, né?
SANT’ANNA: Nós estamos diante de um time de uma defesa quase inexpugnável deste
Cúcuta e jogando, com uma velociade, com uma eletricidade, com o tipo de marcação do
Grêmio. É o pior adversário para o Grêmio, Ruy, não tenho dúvida. É excelente esse
time.
LAURO: O Sant’Anna! Não é que o Kenny precise ser interpretado por que ele tem um
português, uma gramática perfeita e da maior clareza. Mas quando o Kenny, professor,
não comemora, mas gosta do resultado de ontem; não do resultado, mas da projeção que
se pode fazer para o segundo jogo... É que o Kenny vem de um resultado no Rio de
Janeiro contra os reservas do Fluminense. O Inter perdeu, três a zero. Ai vai para a
altitude do México e perde de dois a um. É isso que tu qué dize? Melhoro, então?
KENNY: Evidentemente, que sim, né Lauro. Não existe dúvida quanto a isso. E eu senti
aqui a distância, e me valendo das informações, que os nossos correspondentes mandam
do México; é que houve uma mobilização dos jogadores do Internacional. Os jogadores
do Internacional resolveram: “não, vai começar agora a virada, a grande virada”.
Evidentemente, que o Internacional não ganhou, mas eu estaria muito triste se o
Internacional tivesse perdido por quatro a um lá, por exemplo.
RUY: Ah, sim!
SANT’ANNA: Eu chamo a atenção de todos vocês ai, do Guerrinha e do Kenny,
principalmente, mas também do Ruy, do Cacalo, do Wianey se ele estiver ai, que eu pedi
que ele fosse me substituir; eu chamo a atenção de vocês pra uma cena que eu gostaria
que vocês a interpretassem...
(XL) LAURO: Só um momentinho, um momentinho, um momentinho: o meu avatar
acabou de entrar na Tia Carmen agora! Vai Sant’Anna.
(XLI) RUY: É mesmo? (Risos da platéia)
(XLII) LAURO: Só o avatar!
SANT’ANNA: É o seguinte, é o seguinte: no intervalo do jogo, a televisão focaliza
quatro ou cinco jogadores do Internacional no meio do campo e Fernandão, isso que eu
queria que vocês interpretassem, ensinando os jogadores como deveriam jogar no
segundo tempo. O Fernandão como treinador no meio do campo, dizendo e fazendo
gestos largos, de como eles deveriam se posicionar e atuar no segundo tempo. Quer dizer:
dessa vez a reunião foi na televisão, foi na televisão a reunião com o Fernandão.
KENNY: Mas e qual é o problema, Sant’Anna? Qual é o problema? O Internacional , o
time, não pode prescindir da liderança do Fernandão. Uma liderança lúcida, uma
liderança esclarecida. Ele é jogador do Internacional! Qual é o problema?
SANT’ANNA: Mas isto nunca foi visto, Kenny! Porque eu pergunto pra ti os seguinte:
ele estava referendando o que tinha feito na preleção o treinador? Ou ele estava
modificando o que tinha dito o treinador? Eu fiquei intrigado com aquela cena. Durou
vários minutos.
RUY: Humm...
GUERRINHA: Eu concordo com o Sant’Anna. Eu acho que aquilo ali se trata dentro do
vestiário, não é no campo. Se tratou lá no intervalo, depois, dentro do campo, não precisa
aquele cinema pra, talvez, até pra mostrar pro Gallo que a coisa estava mal encaminhada.
Eu acho que está tudo errado lá. Ontem eu ouvi uma declaração no final do jogo, que o
Internacional precisava rever algumas dispensas, como era o caso do Ediglê. Quer dizer,
ai...
CACALO: Dito por um jogador, o que é importante.
GUERRINHA: Ai é retroceder na coisa. Quer dizer: olha o Internacional ta correndo um
caminho perigosíssimo. Ele não sabe o porquê que está perdendo. É a quarta derrota e
não sabe por que.
LAURO: Eu quero fazer uma denúncia, eu quero fazer uma denúncia...
CACALO: Só me permite, eu queria dar um pitaco rápido sobre essa questão do Cúcuta e
do Boca Júniors para ver quem seria o adversário do Grêmio, evidentemente se o Grêmio
passar pelo Santos. Em 1995, eu era vice-presidente de Futebol do Grêmio, e o presidente
Fábio Koff, do Grêmio, brincava muito comigo e dizia que o nosso adversário sairia do
jogo entre River Plate e Nacional de Medellín. E o presidente Fábio dizia pra mim, assim:
“o River Plate não ta jogando nada, vamos enfrentar o River Plate”. Eu disse: presidente,
sempre longe dos argentinos, presidente.
(XLIII) LAURO: Olha tu ali, Cacalo, no Grêmio...
(XLIV) CACALO: No Grêmio, comemorando títulos! Eu dizia: sempre longe dos
argentinos, presidente. Dito e feito: o Grêmio enfrentou o Nacional, de Medellín. Ganhou
em Porto Alegre e foi campeão lá em Medellín. Eu reconheço no Cúcuta uma grande
equipe, reconheço no Cúcuta um grande time, hoje. Jogou muito bem. Mas eu não quero
enfrentar o Boca na Bombonera.
SANT’ANNA: Mas Cacalo, Cacalo...
CACALO: Estou te ouvindo, Sant’Anna.
SANT’ANNA: Tu já tem a experiência dos dois confrontos contra o Cúcuta. Nós
levamos um vareio lá na Colômbia.
CACALO: Fase classificatória, Sant’Anna. Fase classificatória é diferente de uma final.
Na final, pesa a camisa, pesa a tradição, pesa a torcida, pesa a história de um clube.
SANT’ANNA: O Cúcuta só cresceu depois daquilo. Depois que ganhou de nós, depois
que ganhou de nós quatro pontos eu acho. Foi empate aqui em Porto Alegre?
CACALO: Correto.
SANT’ANNA: Ele cresceu depois daquilo e ontem ele se revelou pra mim assustador. Eu
não quero enfrentar esse time. Eu respeito a tua opinião. Tu ta acreditando em tradição. E
eu estou firmando a minha opinião na atualidade.
CACALO: Mas reconheçamos que o Grêmio cresceu e muito também. Enfrentou todas
as dificuldades. Ta sempre numa fase de crescimento na Libertadores e olha, quem já foi
a Bombonera, ta aqui, os colorados que o digam. Decidiram duas com o Boca na
Bombonera e vieram de lá com oito gols nas costas.
LAURO: Atenção presidente Nelson Sirotsky, atenção: eu to vendo aqui o Damasceno,
Nelson Sirotsky, Claro Gilberto, o Cláudio Toigo, o Cyro Silveira Martins, o Pedro
Parente. To vendo toda a direção.... hein?
CACALO: O Donádio, aqui...o nosso chefe, aqui.
LAURO: O Donádio bem... no gargarejo. E eu to me lembrando daquela piada, data
máxima vênia, é velha, mas é pertinente e oportuna, que é a seguinte: Jacó está à morte...
(RISOS DA PLATÉIA)...estão ali...É Jacó presidente, é Jacó. À beira do leito, a família
está ali, ai o Jacó pergunta assim: Sara ta ai? A Sara, sim. Esta ai Ruth? Ruth, sim. Ta ai
Abrãozinho? Abrãozinho, sim. Tai Davi? Davi, sim. E quem ta cuidando da lojinha?
(RISOS). Ô Nelson, quem ta cuidando da lojinha? (RISOS)
RUY: Boa, boa, boa. Foi foi boa, foi boa.
LAURO: Já podem ir! Tão dispensados (RISOS). O Damasceno já vai ó... (PALMAS)
RUY: Aplausos. Lauro Quadros merece aplausos.
KENNY: O Sant’Anna, o Sant’Anna...
SANT’ANNA: Fala Kenny.
KENNY: Estás me ouvindo? Eu não tenho nada a ver com uma decisão de Libertadores,
na qual eu não estou espiritualmente engajado. E até numa decisão de Libertadores, que
possivelmente não vai acontecer. Mas ontem o Lauro levantou um assunto ai, que é
interessante. O isento Lauro Quadros. Nós conversávamos ontem à noite, antes do
programa da TVCOM, da qual participamos, e o Lauro disse assim: se o Grêmio for a
decisão e perder para o Boca Júniors, é natural, é compreensível,que o Grêmio perca para
o Boca Júniors, é um grande time de futebol, tem uma tradição fantástica no futebol sul-
americano e é compreensível. Agora, se o Grêmio for para uma decisão contra o Cúcuta e
perder para o Cúcuta, a vida inteira vai se dizer em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul,
gozativamente, que o Grêmio perdeu a decisão da Libertadores para um time chamado
Cú-cu-ta
LAURO: Perder para o Cúcuta é como perder para o Patchuca. É mais ou menos nesta...
CACALO: Perguntaria eu: quem é melhor, o Cúcuta ou o Veranópolis?
RUY: Ai!
GUERRINHA: Olha, eu não sei se é o Cúcuta ou o Veranópolis, mas os dois são
melhores que o Gama. (RISOS)
RUY: Começaram! (SUSPIRO) Agora vai longe, isso é uma coisa, uma fieira... é uma
fieira.
KENNY: Aliás, eu gostaria de saber o que o Cacalo fez ontem à noite, né. Gostaria de
saber por que ...
RUY: O que é que ele fez?
CACALO: Comemorei, mais uma vez.
KENNY: Deve ser secado uma barbaridade.
CACALO: Comemorei mais uma vez. Aliás, o Guerrinha apontou um fato importante e o
Sant’Anna ressaltou agora. No fim do jogo ontem, houve abraços dos jogadores
colorados no meio do campo. Se reuniram, comemoraram a quarta derrota consecutiva.
Eu fiquei perplexo vendo a comemoração da quarta derrota consecutiva.
KENNY: Um jornalista, em primeiro lugar, ele tem a obrigação de dizer a verdade. Em
primeiro lugar. Tem que ter um compromisso com a verdade. O Internacional disputou o
primeiro jogo da decisão da Recopa.
CACALO: Eu não disse a verdade, não foi a quarta derrota consecutiva.
KENNY: Evidentemente que não. Não disse a verdade. Aliás, o Sant’Anna também faltou
com a verdade quando disse que o time mexicano enfrentou o último colocado no
campeonato brasileiro. Não. Ele enfrentou ontem o campeão do mundo e o campeão da
Libertadores da América. A gente tem o compromisso com a verdade. Senão fica muito
feio, fica muito ruim.
RUY: Fica feio, fica feio, fica feio.
CACALO: O Kenny não conhece a palavra atualidade.
RUY: É...
LAURO: To olhando ali para o Antônio Tigre, que foi ao Japão, e é testemunha ocular do
título mundial do Internacional, mas ele não foi a Patchuca. Ele não é bobo. Ele ficou
aqui e não a Patchuca. (RISOS)
(XLV) RUY: O pessoal ta me passando aqui, do nosso Second Life. Enquanto isso, no
Second Life, o Kenny Braga sai do estúdio e vai para... cumé... o Beira-Rio...
GUERRINHA: Me assustaram agora...
(XLVI) RUY: ... Vai dar uma conferida e já volta com uma camiseta do Inter. Foi o que o
Sant’Anna fez há pouco também.
(XLVII) KENNY: Quer uma glória maior que essa! Ir ao Beira-Rio, o templo do futebol
gaúcho e sair com a camisa do Internacional.
CACALO: Professor, diga para o Kenny voltar depois do programa, então.
RUY: Depois do programa, depois do programa.
SANT’ANNA: Vocês disseram ai que a política atual do Internacional... é política atual
do Internacional – surgiu essa notícia ontem – que o Internacional vai revisar algumas
dispensas.
GUERRINHA: Foi dito isso ontem. Pra ver o caso, por exemplo, do Ediglê. Quer dizer,
quando o Internacional começa a pensar no Ediglê é porque a coisa ta pegando fogo, ta
errado. Ta tudo errado.
SANT’ANNA: Se for revisar algumas dispensas, duas podem ser decisivas: o Fernando
Carvalho e o Abel Braga.
GUERRINHA: Se é pra rever dispensa, vamos rever a dispensa do Chiquinho, por
exemplo. Esse pode ser um acréscimo pro time. Nenhum dos laterais do Internacional
joga uma perna do Chiquinho.
KENNY: O Sant’Anna quando tu dizes isso tu não fazes pra mim nenhuma provocação.
Eu lutei até o último momento para que o Abel Braga permanecesse como treinador do
Internacional.
RUY: É verdade, é verdade.
KENNY: E os sabichões colorados, tem muito sabichão colorado também né, eles
queriam desesperadamente a saída do Abel Braga e a queda do Abel Braga. E agora
devem estar satisfeitos com a situação.
SANT’ANNA: Kenny, tem que te lembrar que o Abel entrou em sétimo no Gauchão e foi
desclassificado na Libertadores.
KENNY: Não, eu tem que me lembrar que o Abel Braga deu o maior título da história do
Internacional.
CACALO: Ele e o Gabiru.
KENNY: Também o Gabiru porque não, porque não, qual é o problema?
RUY: É todo o dia assim...
GUERRINHA: Ruy, Ruy eu acho que ... agora falando sério, a batata do Gallo ta
assando. Eu acho que o Gallo não vai demorar.
RUY: Tu acha mesmo?
GUERRINHA: To achando, to achando. Pelas atitudes. Por essas reuniões do Fernandão
dentro do campo. Isso não precisa fazer dentro do campo, faz dentro do vestiário. Muda o
Clémer, bota o Renan, volta o Clémer, sai o Renan. Eu acho que não está havendo
comando, ai. Acho que está assando a batata.
CACALO: Guerrinha, o objetivo, quando essas coisas acontecem, passei pelo vestiário, e
isso aconteceu também algumas vezes comigo, o objetivo quando essas coisas acontecem
publicamente, é para tornar público, perdoem a redundância, que o Internacional, que o
clube no caso, está tomando atitude, está buscando providências, e tornar pública para os
seus torcedores.
(XLVIII) LAURO: Agora é sacanagem. Tu ta falando e olha ali o que ta acontecendo
contigo ali: Glória do desporto nacional, ó Internacional... Eu sei...
CACALO: Só dá alegria essa cor.
SANT’ANNA: Vocês acharam que alguns analistas disseram – eu estou em casa eu
escuto rádio, to lendo os jornais – de que o Internacional está precário em matéria de
preparo físico e isso ficou evidenciado no jogo de ontem. Alie-se a isso o fato
inacreditável de que um jogador com a idade do Pato, ele não consegue fazer 90 minutos.
KENNY: Não Sant’Anna, não Sant’Anna, ai já exige demais do rapaz. Ele correu ontem
demais. Ele tava sozinho no ataque do Internacional...
SANT’ANNA: Não é a primeira vez que ele sai antes...
KENNY: Não e tem que dar o desconto...
GUERRINHA: Mas o Pato não saiu por cansaço, saiu por lesão.
KENNY: Tem que dar o desconto que o Internacional jogou na altitude, rapaz. Tem que
ter esse desconto. Nós somos por demais exigentes aqui em Porto Alegre, tchê. Eu tenho
impressão o seguinte: daqui a pouco nós vamos pedir pro fechamento do Internacional.
Feche as portas e...
CACALO: Não, não, por favor, não, deixe abertas...
KENNY: Nós tivemos aqui em Porto Alegre um clube que foi duas vezes para a segunda
divisão.
CACALO: O imortal tricolor.
KENNY: Duas vezes para a segunda divisão e não exigiram o fechamento das portas
deste clube.
CACALO: Esse é imortal, não fechará jamais.
LAURO: Professor, eu já disse ou ainda não disse que o seu pulôver ta muito bonito?
RUY: Tu já dissesse. Tu já dissesse antes do programa e me satisfez muito (RISOS)
LAURO: Muito bonito.
KENNY: Vem cá, tchê. O Lauro vai ser processado por assédio sexual (GARGALHA
GERAL)... Todos os dias isso ocorre no Sala de Redação, rapaz. Que barbaridade!
GUERRINHA: O Lauro, professor, o Lauro...
(XLIX) LAURO: Alô Guerrinha, é que eu estou te olhando aqui, o teu avatar.
GUERRINHA: Olha ai bem para o professsor, vê se o professor saiu prevenido pra voltar
hoje se esfriar. Olha pra ele ai.
RUY: Olha pra ele ai.
GUERRINHA: Saiu prevenido, não trouxe um casaquinho, uma boina...
LAURO: O senhor não pode se resfriar, professor. Eu to cuidando do senhor.
RUY: Ta cuidando...
LAURO: To cuidando do senhor.
RUY: E há quem acredite nesta balela dele. Isso é que é duro. Vez por outra na rua, os
caras assim: “mas o Lauro gosta de ti, hein? Como ele é prestativo! (GARGALHADA
GERAL)
KENNY: Eu vô eu vô... Hoje eu vô aproveitar porque está a nossa frente aqui o dirigente
principal da nossa empresa aqui, o Nelson Sirotsky...
GUERRINHA: O dono da lojinha.
KENNY: O dono da lojinha, como diz o Lauro.
RUY: E homem de rádio, preste atenção.
KENNY: Eu vou fazer uma queixa aqui. Eu to muito preocupado com o Sala de Redação,
com os rumos do Sala de Redação. Após o jogo contra o Santos, no qual o Grêmio
ganhou com todos os méritos, jogando uma grande partida, eu tive que defender
solitariamente no Sala de Redação a craqueza do Zé Roberto. Fiquei sozinho. Mas vem
cá, o cara joga muito, não jogou ontem aqui em Porto Alegre, mas é um jogador que
desequilibra e tal. E eu fiquei sozinho. E todos os representantes do Sala ficaram com o
Sandro Goiano. Mas eu não to entendendo mais nada do Sala. Eles gostam do Sandro
Goiano e não gostam do Zé Roberto.
LAURO: O Kenny prestou um grande serviço ao Grêmio. Porque se o Grêmio tava
distraído em relação ao Zé Roberto, ele insistiu: Olha Zé Roberto, Zé Roberto é o cara. Ai
o Grêmio foi lá e marcou o Zé Roberto.
KENNY: Não joga nada, não joga nada. Esse não joga nada (ironia)
RUY: Vocês são uns chatos.
KENNY: Vamos ver o segundo jogo na Vila Belmiro, para ver o que acontece. Vamos ver
se o Zé Roberto não joga nada.
RUY: Uma hora 32 minutos. Eu vou fazer um intervalo, ta, e nós conversamos ainda
Sant’Anna.
SANT’ANNA: Muito obrigado!
RUY: Ta bem. Estamos aqui em nome dos produtos...
LAURO: Só pra saber se o Sant’Anna ta de pijaminha, professor. Como é que tu ta, tu ta
de pijaminha Sant’Anna?
SANT’ANNA: Blusa de pijama e calça de ceroula (RISOS)
LAURO: Ceroula... Meinha de lã
RUY: Meinha de lã e as pantufas.
SANT’ANNA: Meinha de lã.
RUY: Mas ta bem, parem. Produtos Jimo, qualidade comprovada. Tumelero, tudo em oito
vezes sem juros, no cartão construcred visa ou mastercard. Zaffari e Bourbon,
economizar é comprar bem. Rudder, 35 anos a sua confiança faz a nossa força. A hora
certa agora é uma e 33. Está certo, uma e 33? Rode Excelsior, rode com amor e feliz dia
dos namorados... Vem vindo o dia dos namorados...
LAURO: Não sei ainda o que que vou lhe dar professor (GARGALHA GERAL)
RUY: Pois é.
LAURO: To pensando, to pensando. 12 de junho.
RUY: 12 de junho.
KENNY: Professor, professor: não se brinca com essas coisas... Não se brinca com isso...
RUY: Não, não, não.
LAURO: Mas eu só brinco!
RUY: Rede Agafarma de farmácias, sinta-se bem, sinta-se em casa. Ta bem, é um teste
pra vocês: qual é a temperatura lá fora?
GUERRINHA: 14
CACALO: 16
LAURO: 16 vírgula sete, professor.
KENNY: 15 vírgula oito.
RUY: Ao redor, portanto, de 14 e 16. É isso? É claro. Só pode ser. Rede Agafarma de
farmácias, sinta-se bem, sinta-se em casa. Vai construir ou reformar a sua casa, então
previna o seu patrimônio contra infestações na madeira com Jimo cupim. Jimo cupim, o
conservante total da madeira. Produto Jimo, qualidade comprovada. Festival do Milhão
Tumelero. Um milhão de metros quadrados em pisos para a sua casa fazer a maior festa.
Aproveite que é tudo em oito vezes sem juros no cartão construcred. Uma hora e 35
minutos. Vamos a pauta para o café Haiti, o puuuuro café.
(ENTRA O COMERCIAL)
2ª. PARTE DO PROGRAMA
RUY: Uma hora, 39 minutos. Estamos de volta, segunda parte do Sala de Redação, em
nome dos produtos Jimo, qualidade comprovada. Tumelero, tudo em oito vezes sem
juros, no cartão construcred e visa ou mastercard. Zaffari e Bourbon, economizar é
comprar bem. E Rudder, 35 anos sua confiança faz a nossa diferença... por favor, faz a
nossa força, a nossa força...
SANT’ANNA: Eu pergunto, eu pergunto, se alguém viu o Riquelme em campo ontem?
RUY: RI-QUEL-ME.
SANT’ANNA: É!
RUY: Deixa já, já coloco para o pessoal aqui.
(L) LAURO: Professor, só sinalizando que eu estou no posto avançado do Sala de
Redação, ao lado do Rodrigo Sanvicente, da Vera Carneiro, aqui. Só vou dar uma
manchete: se alguém pensa que esses bonequinhos ai são sacanagem, são uns
bonequinhos que não representam ninguém. Não. Cada bonequinho ou grupo de
bonequinhos que aparecem ali, na tela, representam sim, correspondem sim, a presença
de pessoas. No Japão, na Austrália, aqui na frente do prédio e daqui a pouco a gente fala
sobre isso, viu professor?
(LI) RUY: Muito bem. Essa foi uma sugestão que tiramos do intervalo, com a
participação inclusive do Nelson, de que o pessoal que está em casa, vocês que estão em
casa, ao contrário do pessoal que está aqui conosco, nos dá grande prazer aqui no sexto
andar do prédio administrativo da RBS.
(LII) LAURO: Mas o Nelson foi educado. Ele não me mandou. Ele me pediu.
(LIII) RUY: Ele pediu, ele pediu. E tu relutastes até um pouco, né?
(LIV) LAURO: Eu resisti um pouco, mas to aqui professor.
(LV) RUY: De qualquer modo, o Nelson fez uma observação correta. Que a gente não
poderia perceber estando aqui dentro: é de que as pessoas que estão em casa não
conseguem acompanhar os acontecimentos, que nós, com naturalidade, estamos
acompanhando.
(LVI) LAURO: E somos, mesmos nós, somos neófitos.
(LVII) CACALO: Resultado da pesquisa dos avatares, por tudo que nós assistimos até
agora: 75 por cento de gremistas e 25% de colorados. (RISOS)
(LVIII) RUY: Lauro, tu vais ter autoridade agora. O Lauro então está numa posição
diferente da nossa, não é, e ele tem uma visão frontal da tela e pode descrever exatamente
o que acontece ali. Está autorizado a chamar e a ser chamado. Ta bem assim?
KENNY: Professor...
CACALO: Vai falar se for chamado, viu!
KENNY: Professor, eu quero responder a pergunta do Sant’Anna. Eu vi o jogo de ontem,
principalmente o segundo tempo. E realmente o Riquelme não jogou nada, não jogou
nada ontem. Mas isso não desmerece a biografia do jogador. A extraordinária biografia
deste jogador. Eu diria a mesma coisa em relação ao Zé Roberto. No jogo aqui em Porto
Alegre, no Estádio Olímpico. Vocês acham que o Zé Roberto, lá no estádio do Santos, o
que foi aqui em Porto Alegre? Evidentemente, que não. E no segundo jogo...
CACALO: E haverás de concordar, meu amigo Kenny Braga, que mesmo na Vila
Belmiro, mesmo no seu campo, o Zé Roberto será marcado.
KENNY: Não. Eu quero falar no Riquelme. Estou apenas fazendo uma comparação. No
jogo de volta, em Buenos Aires, o Riquelme vai jogar dez vezes mais. Ele é um
extraordinário jogador de futebol. Não se pode, definitivamente, julgar um jogador por 90
minutos de partida, por uma partida de 90 minutos. Isso é injusto com o jogador.
RUY: E a importância do segundo jogo, neste sistema de mata-mata, é muito alta, né. Eu,
por exemplo, sou de opinião que essa vantagem que o Grêmio tem de dois a zero, que é
maravilhosa, extraordinária, ela é atingível pelo Santos.
GUERRINHA: Ela é muito maior do que a vantagem que o Cúcuta tem sobre o Boca.
Porque o Boca fez um gol fora.
SANTANNA: Alô...
RUY: Exatamente, o Boca tem essa vantagem, como de resto tem o Figueirense sobre o
Fluminense. Pelo fato que fez gol lá no Maracanã.
SANT’ANNA: Alô...
RUY: Ei.
(LIX) SANT’ANNA: No intervalo, fui olhar no dicionário o que quer dizer avatar...
Esses bonequinhos.
(LX) RUY: Te surpreendestes, não?
(LXI) SANT’ANNA: Esses bonequinhos, os avatares do Sala de Redação.
(LXII) RUY: E ai?
(LXIII)SANT’ANNA: Diz aqui o Aurélio (p. 165) que é do sânscrito, avatãra. Descida do
céu à Terra. Reencarnação de um Deus e especialmente do hinduísmo, a reencarnação do
Deus Vixnu. Então, é reencarnação de um Deus, é o avatar.
(LXIV) RUY: Puxa vida, eles pensaram em ti, hein! (RISOS) Eles pensaram em ti! Eu
agora me dei conta.
(LXV) KENNY: É verdade. Foi inspirado nele.
CACALO: Sant’Anna, Sant’Anna atende esse teu celular ai, Sant’Anna?
SANT’ANNA: Pois é, eles ficam tocando na hora do programa, eu nunca tinha visto.
(LXVI) LAURO: Olha já aconteceu de tudo aqui. Um piquete gaúcho, gaúchos a frente
do prédio da RBS. Já passeamos lá pelo Mercado Público; já fomos ao monumento ao
Laçador, lá próximo ao aeroporto, e na Second Life tava chovendo há pouco em Porto
Alegre.
(LXVII) RUY: Tava chovendo?
(LXVIII) LAURO: Impressionante!
RUY: Sant’Anna, fala baixo, fala baixo...
GUERRINHA: Deixa o Sant’Anna atender o celular, professor!
RUY: Pois é, mas fala baixo, fala baixo Sant’Anna, ou fala longe...
SANT’ANNA: Não, agora telefonou o presidente da Assembléia Legislativa. Esta
confusão ai da CPI dos Pedágios. Então, a gente tem que estar atendendo todo mundo.
Olha meus amigos, eu quero lhes dizer uma coisa: eu e o Cacalo, e o Kenny estamos
sendo irresponsáveis.
RUY: Nãooo...
SANT’ANNA: Porque nós ficamos aqui configurando como será a finalíssima.
Evidentemente, que isso vai passar para o espírito dos jogadores do Grêmio. O Grêmio
não está na finalíssima. O Grêmio tem um imenso obstáculo, um gigantesco obstáculo
que é o Santos. As palavras do Luxemburgo depois do jogo martelam-me os ouvidos e
aficatam-me o espírito. Ele disse cinco vezes o seguinte: o Grêmio podia ter liquidado a
classificação hoje. O Grêmio podia ter se classificado hoje. Ele ta dizendo, ironicamente,
que ele vai virar a classificação na Vila Belmiro. E nos ficamos aqui, vaidosos e
triunfantes, pensando na finalíssima. Os jogadores do Grêmio tem que achar que o
Grêmio não ganhou nada ainda. Eu to com medo disso, viu. Deste otimismo.
(LXIX) RUY: O Lauro é tu que ta voando, Lauro?
(LXX) LAURO: To voando, professor. Olha lá o que ta acontecendo. Criou um certo
constrangimento porque eu não quero falar a respeito de mim. (RISOS) Mas é o que ta
acontecendo, professor. To em cima do monumento ao expedicionário do Parque
Farroupilha, agora, professor. E sentindo a sua falta (GARGALHADA GERAL)
(LXXI) KENNY: O Lauro, o Lauro, viu professor, o Lauro deve se sentir muito feliz
neste momento, professor. Porque ele aparece ali como um homem alto, professor.
Sempre foi o sonho dele.
(LXXII) RUY: Ele não te larga o pé, hein Lauro?
LAURO: Eu já te expliquei mais de uma vez, não vou te explicar outra, que se mede da
sobrancelha pra cima a altura dos indivíduos. Eu já disse isso.
KENNY: Perfeito, perfeito. Não tem problema nenhum. Nós temos aqui, um dos
presentes aqui é o doutor João Polancik, professor. Meu velho amigo, da época da Santa
Casa de Misericórdia, e uma das pessoas responsáveis pela recuperação da Santa Casa de
Misericórdia na época do arcebispo Dom Vicente Scherer. Fez um trabalho magnífico lá.
E ele me perguntou aqui no intervalo do programa, professor, se o Paulo Paixão não
estaria fazendo falta no Internacional. Não apenas como profissional, grande profissional
de preparação física ele é, mas como uma espécie assim de harmonizador dos contrários,
uma cara de vestiário. E eu reconheço que a pergunta do doutor João Polancik tem toda a
razão de ser, tem toda a razão de ser. É muito difícil substituir um profissional como o
Paulo Paixão. E eu acho que nesse sentido é verdade. Ele conhece bem os jogadores, ele
harmoniza os grupos, sabe. E acho que tem razão. E ele me disse assim: Kenny porque
que isso até agora não foi discutido. E realmente tem sentido essa pergunta, né?
RUY: Já tem aparecido que entre as maiores perdas do Internacional na passagem do ano
tenha sido o Paulo Paixão. Já se disse isso.
CACALO: Eu quero registrar professor a presença ansiosa e ofegante, professor, se
aproximando dos microfones, de Wianey Carlet, professor. Olha só o Wianey, professor,
olha o Wianey.
LAURO: Embora, embora ele me trate mal...me encha de porrada...
GUERRINHA: Lauro, Lauro...
LAURO: Vem cá Wianey, vem, vem... alguém tem que defender os volantes. Vem
Wianey, vem. Senta aqui Wianey, senta no colo. Senta aqui, senta aqui.
WIANEY: Nesse colo eu sento. Esse não tem perigo.
SANT’ANNA: O Internacional jogou com três volantes ontem.
WIANEY: Sabe por que eu te trato mal? É que eu fico enciumado porque tu trata bem
demais o professor.
RUY: Ta vendo?
(LXXIII) WIANEY: Eu to aqui pra assistir Sant’Anna, eu to aqui pra assistir, pra
aprender e quero dizer que já entendi. Tu ta em casa, tu entra no programa virtualmente e
ai tu liga prum amigo que ta la no Japão e diz assim: ó eu to entrando no Sala de
Redação. E ai ele pergunta: com que forma? Aquela loira linda que está entrando lá pelos
fundos sou eu. Tu pode escolher a imagem que quiser.
(LXXIV) RUY: Pode, pode. É verdade.
(LXXV) LAURO: O Wianey já não precisa disso. O Wianey na First Life ele agrada
muito (RISOS).
SANT’ANNA: Eu estou errado ou o Internacional jogou com três volantes ontem?
WIANEY: Três volantes e dois treinadores. Um no campo e um fora.
SANT’ANNA: Um fora? Ah, sim, entendi, entendi. (RISOS) Fernandão e Gallo.
(LXXVI) WIANEY: Sant’Anna eu sei porque tu não ta aqui. Que tu que com Second
Life se tu já ta na Four Life! (RISOS)
(LXXVII) SANT’ANNA: É verdade, é verdade.
(LXXVIII) RUY: Ah, finalmente, hein. Alguém tem que dizer coisas talentosas.
(LXXIX) KENNY: Estão aparecendo reproduzidas aqui na nossa frente alguns pontos da
cidade de Porto Alegre, importantíssimos, professor, e isso me oportuniza dizer uma
coisa: eu estou profundamente decepcionado com a situação em que se encontra o centro
de Porto Alegre. Ainda ontem eu ouvi os relatos de dois fiscais da SMIC, que me
deixaram estarrecidos. Toda a extensão da Rua da Praia, e eu não estou exagerando,
digamos 17 horas de ontem, tomada por vendedores de CDs piratas. Eu nunca tinha visto
isso em Porto Alegre. No leito da Rua da Praia, não. E ai disseram: e vocês estão ai e não
fazem nada? Mas acontece que não podemos fazer nada. Nós somos apenas dois. E
seguidamente nós estamos sendo escorraçados pelos ambulantes, estamos apanhando dos
ambulantes. Tem dois ou três colegas nossos, com braço fraturado e o outro com
clavícula fraturada, em razão do confronto com os ambulantes. E nós não estamos
recebendo o devido apoio da Brigada Militar. Eu digo assim: então a presença de vocês
aqui é inútil. É absolutamente inútil, nós não podemos fazer nada. Então, eu acho que
deve ser feita alguma coisa pelo centro da cidade.
LAURO: A primeira coisa é não comprar CD pirata. Porque eles só tão ali porque
compram.
KENNY: Perfeito Lauro. Ta sendo degradado o centro da cidade e a autoridade pública,
representada pelos fiscais da SMIC, ta sendo desrespeitada. Nós temos ali próximo do
Chalé da Praça XVI, um lugar, chamado de Faixa de Gaza, um lugar de permanentes
confrontos entre os ambulantes e os fiscais da SMIC. Até quando vai essa situação? Até
quando vai essa situação?
RUY: Talvez isso melhore um pouco quando se inaugurar o prédio no qual se pretende
fazer lá dentro o centro da venda... o Camelódromo. Eu acho que daí melhora um pouco,
porque desafoga um pouco. O Lauro fez uma observação pertinente, ou seja, compram e
por isso eles vão lá. Mas, por outro lado, as pessoas teriam acesso a produtos de que
gostam por preço tão baixo, não houvesse o camelô?
KENNY: Eu estou condenando fundamentalmente o nível de agressividade a que a
situação chegou. Não dá mais para suportar isso, né. A Brigada precisa intervir nisso ai.
(LXXX) LAURO: Atenção, atenção. Neste momento, eu professor, mim professor,
sentado no banco... Como é que se chama o lugar do Laçador, agora? ... Sitio do
Laçador... Assim como o Second Life, sáite do Laçador, está chegando o Cacalo para
conversar... Mora de ciúmes, professor... Cacalo vai sentar comigo no banco. Olha lá
professor! Que loucura!
(LXXXI) RUY: O que é que vocês vão falar ...
(LXXXII) LAURO: Ai apareceu uma gata ali! (RISOS) Fugindo de nós...
(LXXXIII) KENNY : Ihh, rapaz!
(LXXXIV) GUERRINHA: Aquela ali deve ser a tua professora de balet, Lauro!
(GARGALHADAS)
(LXXXV) LAURO: Mas ela fugiu de nós, professor!
(LXXXVI) RUY: Fugiu de vocês... O que vocês disseram pra ela, hein, tchê?
(LXXXVII) LAURO: Foi lá para o Mercado Público.
(LXXXVIII) RUY: Foi prô Mercado Público...
KENNY: Lauro, como é que tu e o Cacalo podem conversar a respeito de futebol se tu és
isento?
LAURO: Como eu converso contigo. Tu és colorado e eu sou isento.
KENNY: Isento, é! Que interessante!
RUY: Ta vendo, ó. Viu o...
GUERRINHA: Só pra lembrar: hoje tem seleção, né.
RUY: É hoje tem seleção, né. O jogo é as três ou as quatro? Quatro. É um jogo que ficou
meio solto, né?
KENNY: Eu ouvi hoje, professor, uma entrevista do Dunga...
LAURO: Eu estou fazendo uma coleta, professor, para cortar o cabelo do Cacalo.
RUY: Uma coleta, é...
LAURO: É uma coleta, é. Já tou com 20 milréis. Vinte!
KENNY: Hoje eu ouvi uma entrevista do Dunga, professor, que me deixou muito
satisfeito. Eu acho que o jogador talentoso. E jogador talentoso...
(LXXXIX) CACALO: Olha o que chegou de gente ali, professor!
(XC) LAURO: Kenny chegou no banco, o Sant’Anna, Guerrinha... Todo muito chegou
no banco, rapaz!
(XCI) RUY: Maisssssss...
(XCII) LAURO: Não é o banco aquele do dinheiro, é o banco lá do Laçador!
SANT’ANNA: Eu quero assustar vocês com um dado, eu quero assustar vocês com um
dado, já que hoje a direção da RBS deu tanta importância, junto com a Escala, o Fedrizzi,
tai, o Nelson Sirotsky, o Damasceno, o Tigre, vocês me falaram de vários dirigentes
nossos que estão ai. Eu quero assustar vocês com um dado: eu já fiz 11.500 Salas de
Redação!
RUY: 11.500! É um dado irrefutável. Só tu tem controle sobre isso.
SANT’ANNA: Alguns de vocês já estão atingindo 8 mil, ou 5 mil Salas de Redação.
11.500 Salas de Redação. Não sou muito dado à matemática, mas é mais ou menos vocês
ficar falando três anos seguidos sem interrupção, no ar! É uma coisa impressionante a
sobrevivência deste programa. Existem dois imortais no Rio Grande do Sul!
RUY: Ai, ai, ai...
SANT’ANNA: O Grêmio e o Sala de Redação.
KENNY: Professor, professor, quanto à imortalidade do Sala de Redação eu concordo
plenamente. Professor, hoje eu vi uma entrevista do Dunga que me agradou muito. O
Dunga se referia aos dois grandes talentos da Seleção Brasileira, que inegavelmente são
Ronaldinho Gaúcho e Kaká. E, talvez, os dois melhores jogadores do mundo. E o Dunga
dizia mais ou menos o seguinte: jogadores desta estirpe, eles não tem a obrigação,
evidentemente, de participar deste esforço de marcação. No máximo, eles cercam o
jogador e tal. Mas o que eu exijo deles, é que eles desenvolvam o seu talento lá na frente,
que eles criem jogadas, que eles criem o drible. E eu acho que é assim mesmo. O jogador
talentoso não precisa participar do esforço de marcação. Marcação é para o operário de
futebol. O jogador talentoso se diferencia do operário do futebol.
(XCIII) LAURO: O Guerrinha agora atravessou a rua e não olhou para os lados,
professor. Graças a Deus não vinha nenhum carro e ta indo para o CTG, o Guerrinha,
neste momento.
(XCIV) RUY: C-T-G...
SANT’ANNA: Kenny, Kenny...
KENNY: Fala Sant’Anna!
SANT’ANNA: Como é que tava a cara do Wianey quando tu dissestes isso ai, que
jogador talentoso não precisa marcar? O Wianey ta desconfortável.
KENNY: Não, fechou a cara assim... Parecia que eu tinha dito uma coisa ofensiva, aqui.
(RISOS)
WIANEY: A minha cara é a cara dos gremistas que estão descobrindo que no Grêmio
todo mundo marca e tem prazer em marcar.
RUY: Olha só!
CACALO:– E no Internacional, como é que é?
KENNY: Eles marcar, Wianey, com enorme talento. É um talento fantástico para a
marcação.
RUY: Não vamos reabrir o Sala ...
WIANEY: Aliás, aliás, o Inter só tomou dois gols ontem porque não soube marcar. Quem
marca não toma.
RUY: Não vamos reabrir as velhas questões que envolvem sempre o Sala. Nós estamos
chegando sobre a hora e eu quero terminar no horário
KENNY: Professor, se o senhor proibir, eu me rendo professor, porque o senhor é o
chefe. Eu me rendo ao chefe!
LAURO: Pra onde é que nós vamos...
RUY: São uns sabujos eu não que vi coisa igual.
LAURO: Professor, depois que dispensarmos esses rapazes para onde iremos nós?
RUY: Ahhh, isso é outra coisa.
SANT’ANNA: Professor, só quero dizer para terminar o seguinte: boa tarde, muito
obrigado por terem me convidado para esse programa tão significativo, mas não posso
entender, não posso entender, depois do que vi ontem, depois do que vi em Cúcuta versus
Grêmio na Colômbia, e Grêmio versus Cúcuta em Porto Alegre; nós já conhecemos o
Cúcuta, não posso entender que, se por acaso, o Grêmio passar pelo Santos algum
gremista prefira o Boca ao Cúcuta. Não posso entender. Eu estou assustado com esse
Cúcuta. E se eu não fosse audacioso eu não diria que ele é favorito para o título da
Libertadores.
KENNY: O Sant’Anna tu não vai te escapar da última pergunta. Eu vou te fazer.
RUY: Não tem tempo! Não tem tempo, rapaz! Mas que coisa...
KENNY: Não tem tempo... Eu queria perguntar sobre o jogo do Inter, aqui.
RUY: Não, não. Isso não vamos fazer... segunda-feira. Segunda-feira... Esse foi...
LAURO: Professor, professor o Nilson Souza esteve aqui no meu ouvido agora...
RUY: Pois não.
(XCV) LAURO: Eu sei que o senhor vai fazer o encerramento e o agradecimento aos
presentes, mas o Nilson assinala, oportunamente, que temos que agradecer aqueles que
nos visitaram lá, no Second Life.
(XCVI) RUY: E tem toda a razão. Se estás fazendo isso, estás fazendo muito bem.
Obrigado Nilson! Esse foi um programa feito de um modo um pouco diferente, mas não
tanto, de uma certa forma no estúdio é isso ai; de uma certa forma no estúdio é isso ai.
Vocês ouviram várias coisas que eu ouço no estúdio. É um programa que tem essa
identidade e essa relação. Eu agradeço muito a todos vocês presentes. Não posso nomeá-
los, mas estou agradecendo com a cerimônia básica do Sala de Redação. Muito obrigado.
Boa tarde.

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