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Índice
1Definição e terminologia
2História
o 2.1Pós-Segunda Guerra Mundial
o 2.2No Brasil
3Terrorismo de direita
4Principais correntes
5Ver também
6Referências
7Bibliografia
8Ligações externas
Definição e terminologia
Membros da Ku Klux Klan reunidos em Chicago, Estados Unidos, em 1920
História
A extrema-direita original, que surgiu na França após a Revolução Francesa,
se recusou a aceitar a República Francesa e apoiou uma contrarrevolução para
restaurar a monarquia francesa e a aristocracia.[35]
Pós-Segunda Guerra Mundial
O cientista político alemão Klaus von Beyne descreve três fases históricas do
desenvolvimento de partidos de extrema-direita na Europa Ocidental após
a Segunda Guerra Mundial.[36][37]
De 1945 a meados dos anos 1950, os partidos de extrema-direita foram
marginalizados e suas ideologias desacreditadas devido à recente existência e
derrota do nazismo. Assim, nos anos imediatamente seguintes à Segunda
Guerra Mundial, o objetivo principal dos partidos de extrema-direita era
sobreviver; alcançar qualquer impacto político relevante, em grande parte, não
era algo esperado.
A partir de meados dos anos 1950 a 1970, a chamada "fase de protesto
populista" surgiu com o sucesso eleitoral esporádico. Partidos de extrema-
direita durante esse período criou líderes carismáticos, cuja profunda
desconfiança do establishment político levou a uma mentalidade de "nós-
contra-eles": "nós" seriam os cidadãos da nação, enquanto "eles" os políticos e
burocratas, atualmente no cargo; após o relativo sucesso eleitoral na década
de 1980, candidatos políticos de extrema-direita revitalizaram o discurso anti-
imigração como uma questão mainstream. Em outubro de 2019, o Jornal de
Notícias publicou um artigo que mostra como a extrema-direita usa símbolos
comuns para promover suas ideologias. Algo que é feito ao longo de décadas
ao redor do mundo.[38]
No Brasil
Em abril de 2018, Cristina Tardáguila da Revista Época, disse que "há ao
menos um ponto que aproxima [os manifestantes da] extrema-esquerda e a
extrema direita do Brasil: o repúdio aos fatos e aos jornalistas que tentam
relatá-los."[39] Um levantamento feito pelo The Intercept e Manual do Usuário,
mostrou que cinco dos dez canais que cresceram no YouTube, na época das
eleições do Brasil de 2018, eram de extrema direita e pró-Bolsonaro. Os canais
cresceram com base em um algoritimo do YouTube que ajuda a impulsionar a
popularidades de determinados canais, o "em alta".[40]
O presidente Jair Bolsonaro foi apontado como extrema direita em outubro de
2018.[41] Em janeiro de 2019, o Movimento Brasil Livre (MBL) e os portais da
direita política brasileira, Renova Mídia, Conexão Política e Terça Livre,
promoveram a rede social Gab, ao usarem a #MeSegueNoGab, que teria sido
iniciada pelo Movimento Brasil Conservador, o que foi negado pelo movimento.
[42]
. A rede social Gab tem sido descrita como uma plataforma de supremacistas
brancos e de pessoas da direita alternativa. Um pesquisa feita antes das
eleições de 2018 no Brasil, apontou que os brasileiros eram a segunda maior
nacionalidade no Gab.[42] Nos protestos de 26 de maio de 2019, os
manifestantes da direita política tentaram separar os da extrema direita que
compareceram no dia sem serem convocados.[43] Os extremistas usavam
o Telegram e promoviam ilegalidades.[43]
Em junho de 2019, Oliver Stuenkel, do El País disse que "é preciso resgatar da
extrema direita os símbolos nacionais", se referindo a grupo radicais brasileiros
que se apoderam de símbolos brasileiros para promover suas ideologias
políticas.[44]
Em várias democracias ao redor do mundo radicais têm se apropriado de
bandeiras nacionais para poder chamar vozes discordantes de inimigos da
pátria. (...) De fato, verifica-se hoje uma tendência crescente de apropriação de
símbolos nacionais por movimentos de extrema direita tanto no Brasil quanto
em outros países. Isso faz parte de uma estratégia sofisticada, pois permite
uma suposta divisão da população entre patriotas de um lado e inimigos da
pátria de outro.[44]
— Oliver Stuenkel
Terrorismo de direita