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Extrema-direita

A extrema-direita (também conhecida como ultradireita ou direita radical)


refere-se, dentro do conceito da existência de uma esquerda e direita, ao mais
elevado grau de direitismo no espectro ideológico. A política de extrema direita
envolve frequentemente um foco na tradição, real ou imaginada, em oposição
às políticas e costumes que são considerados como reflexo do modernismo.
Muitas ideologias de extrema-direita têm desprezo ou um desdém
pelo igualitarismo, mesmo que nem sempre expressem apoio explícito
à hierarquia social, elementos de conservadorismo social e oposição à maioria
das formas de liberalismo e socialismo. Alguns grupos apoiam uma forte ou
completa estratificação social e a supremacia de certos indivíduos ou grupos
considerados naturalmente superiores.[1]
A defesa da extrema-direita da supremacia é baseada no que seus adeptos
vêem como características inatas de pessoas que não poderiam ser alteradas.
[2]
 A centro-direita, ao contrário, alega que as pessoas podem acabar com sua
inferioridade comportamental através da mudança de seus hábitos e escolhas.[3]
O termo também é usado para descrever ideologias como o nazismo,[4]
[5]
 o neonazismo, o fascismo, o neofascismo e outras ideologias ou
organizações que apresentam pontos de
vista extremistas, nacionalistas, chauvinistas, xenófobos, racistas ou reacionári
os,[6] que podem levar a opressão e violência contra grupos de pessoas com
base em uma suposta inferioridade ou ameaça à nação, Estado ou instituições
sociais tradicionais ultraconservadoras.[7]
O populismo de direita, uma ideologia política que muitas vezes
combina laissez-faire, nacionalismo, etnocentrismo e antielitismo, é muitas
vezes descrita como de extrema-direita.[8][9] O populismo de direita geralmente
envolve apelos ao "homem comum" e oposição à imigração.[10][11] Os defensores
da teoria da ferradura interpretam o espectro de esquerda-direita identificando
a extrema-esquerda e a extrema-direita, como tendo mais em comum entre si,
como extremistas, do que cada um têm com os centristas moderados.[12]

Índice

 1Definição e terminologia
 2História
o 2.1Pós-Segunda Guerra Mundial
o 2.2No Brasil
 3Terrorismo de direita
 4Principais correntes
 5Ver também
 6Referências
 7Bibliografia
 8Ligações externas

Definição e terminologia
Membros da Ku Klux Klan reunidos em Chicago, Estados Unidos, em 1920

Camisas negras do Partido Nacional Fascista liderados por Benito Mussolini durante a Marcha sobre


Roma, Itália, em 1922.

Nazistas e membros do partido de extrema-direita monarquista DNVP, na Alemanha, em 1931.


As forças voluntárias falangistas espanholas da Divisão Azul entraram em San Sebastián, 1942

Segundo congresso da organização de extrema-direita "Patriotas da Ucrânia" em Kharkiv, Ucrânia,


2008.
Defensores do movimento de extrema-direita húngaro Jobbik em 2011.

Manifestantes da marcha de extrema-direita em Charlottesville, 2017, carregando bandeiras dos


Estados Confederados da América, uma de Gadsden e também uma suástica nazista.

Militante neonazista dos Estados Unidos a segurar um rifle

As políticas de extrema-direita geralmente


inclui autoritarismo, anticomunismo e o nacionalismo.[13] Muitas vezes, o termo
"extrema-direita" é aplicado a fascistas e neonazistas,[14][15][16][17][18] e os principais
elementos do fascismo têm sido considerados claramente como de extrema-
direita,[19] como a sua crença de que pessoas supostamente superiores têm o
direito de dominar a sociedade enquanto se purga elementos supostamente
inferiores, e - no caso do nazismo - genocídio de pessoas consideradas
inferiores.[20] Reivindicações de que um grupo superior deve ter
proporcionalmente mais direitos do que as pessoas inferiores são associadas
às vezes com a extrema-direita.[21]
A extrema-direita tem historicamente favorecido uma sociedade elitista,
baseada na crença da legitimidade do domínio de uma minoria supostamente
superior sobre as massas inferiores.[22] As políticas da extrema-direita
geralmente envolvem posturas anti-imigração e anti-integração contra grupos
que são considerados inferiores e indesejáveis.[23] Com relação as medidas
sócio-culturais (cultura, nacionalidade e migração), uma posição de extrema-
direita poderia ser de opinião de que certos grupos étnicos, raciais ou religiosos
deveriam ficar separados, e que os interesses do próprio grupo devem ser
priorizados.[24]
Nos Estados Unidos, o termo extrema-direita é frequentemente usado para
descrever grupos como Movimento Tea Party,[25][26] sendo uma de suas principais
características o nacionalismo branco.[27]
De acordo com Christina Liang, este "campo acadêmico é especialmente
peculiar sobre sua terminologia. Cada etiqueta traz consigo uma compreensão
específica desta família de partidos políticos, bem como um conjunto particular
de suposições a respeito de suas origens e sucesso eleitoral".[28]
Em uma extensa revisão da literatura acadêmica, o cientista político holandês
Cas Mudde encontrou 26 definições de extremismo de direita que continha 57
características ideológicas diferentes.[29] Mudde identificou cinco principais
características da "extrema-direita" - nacionalismo, racismo, xenofobia,
antidemocracia e a crença em um Estado forte - com base no fato de que tais
posições aparecem em 50% das definições da extrema-direita que ele
pesquisou.[30] Mudde lista ainda "o nativismo, o autoritarismo e o populismo",
como elementos centrais de partidos radicais de direita e movimentos
associados.[31]
Um problema quando se trata desta terminologia é quando os partidos devem
ser rotulados como "radicais" ou "extremistas",[32] uma distinção que é feita
pelo Tribunal Constitucional Federal da Alemanha ao determinar se um partido
pode ser banido. Outra questão é o que o rótulo "direita" implica quando
aplicado à extrema-direita, uma vez que muitos partidos rotulados como
extremistas de direita tendem a avançar em agendas de
mercado neoliberais nos anos 1980, mas agora podem defender políticas
econômicas mais tradicionalmente associadas com a esquerda,
como antiglobalização, nacionalização e protecionismo. Uma abordagem,
baseando-se nos escritos de Norberto Bobbio, argumenta que as atitudes em
relação à igualdade são o que distinguem a esquerda e a direita e, portanto,
permitem que esses partidos possam ser posicionados à direita do espectro
político. Há também um debate sobre quão adequados são os rótulos
"fascistas" ou "neofascistas". De acordo com Cas Mudde, "os rótulos
neonazistas e, em menor medida neofascistas, são agora usados
exclusivamente para os partidos e grupos que declarem expressamente o
desejo de restaurar o Terceiro Reich ou citar o Nacional Socialismo histórico
como a sua influência ideológica".[32]
Jurgen Falter e Siegfried Schumann definem o extremismo de direita com
referência a dez características ideológicas que eles acreditam que constitui o
núcleo da ideologia de extrema-direita,
como hipernacionalismo, etnocentrismo, anticomunismo, anti-
parlamentarismo e anti-pluralismo.[33]
De acordo com Elisabeth Carter, as duas características definidoras de um
partido extremista de direita são: a rejeição da igualdade humana fundamental,
que ela afirma ser a principal distinção de um partido de direita,[34] e a rejeição
aos valores democráticos fundamentais do Estado, o que o torna mais
extremista.[34]

História
A extrema-direita original, que surgiu na França após a Revolução Francesa,
se recusou a aceitar a República Francesa e apoiou uma contrarrevolução para
restaurar a monarquia francesa e a aristocracia.[35]
Pós-Segunda Guerra Mundial
O cientista político alemão Klaus von Beyne descreve três fases históricas do
desenvolvimento de partidos de extrema-direita na Europa Ocidental após
a Segunda Guerra Mundial.[36][37]
De 1945 a meados dos anos 1950, os partidos de extrema-direita foram
marginalizados e suas ideologias desacreditadas devido à recente existência e
derrota do nazismo. Assim, nos anos imediatamente seguintes à Segunda
Guerra Mundial, o objetivo principal dos partidos de extrema-direita era
sobreviver; alcançar qualquer impacto político relevante, em grande parte, não
era algo esperado.
A partir de meados dos anos 1950 a 1970, a chamada "fase de protesto
populista" surgiu com o sucesso eleitoral esporádico. Partidos de extrema-
direita durante esse período criou líderes carismáticos, cuja profunda
desconfiança do establishment político levou a uma mentalidade de "nós-
contra-eles": "nós" seriam os cidadãos da nação, enquanto "eles" os políticos e
burocratas, atualmente no cargo; após o relativo sucesso eleitoral na década
de 1980, candidatos políticos de extrema-direita revitalizaram o discurso anti-
imigração como uma questão mainstream. Em outubro de 2019, o Jornal de
Notícias publicou um artigo que mostra como a extrema-direita usa símbolos
comuns para promover suas ideologias. Algo que é feito ao longo de décadas
ao redor do mundo.[38]
No Brasil
Em abril de 2018, Cristina Tardáguila da Revista Época, disse que "há ao
menos um ponto que aproxima [os manifestantes da] extrema-esquerda e a
extrema direita do Brasil: o repúdio aos fatos e aos jornalistas que tentam
relatá-los."[39] Um levantamento feito pelo The Intercept e Manual do Usuário,
mostrou que cinco dos dez canais que cresceram no YouTube, na época das
eleições do Brasil de 2018, eram de extrema direita e pró-Bolsonaro. Os canais
cresceram com base em um algoritimo do YouTube que ajuda a impulsionar a
popularidades de determinados canais, o "em alta".[40]
O presidente Jair Bolsonaro foi apontado como extrema direita em outubro de
2018.[41] Em janeiro de 2019, o Movimento Brasil Livre (MBL) e os portais da
direita política brasileira, Renova Mídia, Conexão Política e Terça Livre,
promoveram a rede social Gab, ao usarem a #MeSegueNoGab, que teria sido
iniciada pelo Movimento Brasil Conservador, o que foi negado pelo movimento.
[42]
. A rede social Gab tem sido descrita como uma plataforma de supremacistas
brancos e de pessoas da direita alternativa. Um pesquisa feita antes das
eleições de 2018 no Brasil, apontou que os brasileiros eram a segunda maior
nacionalidade no Gab.[42] Nos protestos de 26 de maio de 2019, os
manifestantes da direita política tentaram separar os da extrema direita que
compareceram no dia sem serem convocados.[43] Os extremistas usavam
o Telegram e promoviam ilegalidades.[43]
Em junho de 2019, Oliver Stuenkel, do El País disse que "é preciso resgatar da
extrema direita os símbolos nacionais", se referindo a grupo radicais brasileiros
que se apoderam de símbolos brasileiros para promover suas ideologias
políticas.[44]
Em várias democracias ao redor do mundo radicais têm se apropriado de
bandeiras nacionais para poder chamar vozes discordantes de inimigos da
pátria. (...) De fato, verifica-se hoje uma tendência crescente de apropriação de
símbolos nacionais por movimentos de extrema direita tanto no Brasil quanto
em outros países. Isso faz parte de uma estratégia sofisticada, pois permite
uma suposta divisão da população entre patriotas de um lado e inimigos da
pátria de outro.[44]
— Oliver Stuenkel

Esse comportamento da extrema direita também foi reportado por Mariliz


Pereira Jorge, da Folha de S.Paulo.[45]

Terrorismo de direita

Atentados de 22 de julho de 2011 na Noruega

Ver artigo principal: Terrorismo de direita


O terrorismo de direita é terrorismo motivado por uma variedade de ideologias
e crenças de extrema-direita,
incluindo anticomunismo, neofascismo, neonazismo, racismo, xenofobia e
oposição à imigração. Esse tipo de terrorismo tem sido esporádico, com pouca
ou nenhuma cooperação internacional.[46] O terrorismo de direita moderno
apareceu pela primeira vez na Europa Ocidental na década de 1980 e
apareceu pela primeira vez na Europa Oriental após a dissolução da União
Soviética.[47]
Os terroristas de direita pretendem derrubar governos e substituí-los por
governos nacionalistas ou de orientação fascista.[46] O núcleo desse movimento
inclui skinheads neofascistas, hooligans de extrema-direita, e jovens
simpatizantes que acreditam que o Estado deve se livrar de elementos
estrangeiros para proteger os cidadãos ditos "legítimos".[47] No entanto, eles
geralmente não possuem uma ideologia rígida.

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