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Acumulação de cargos públicos, funções ou empregos no âmbito da Administração


Pública

Elaboração: Juliana Aschar

Pós-graduada em Gestão e Administração Pública Municipal. Ex-Diretora do


Departamento Jurídico da Federação Interestadual dos Servidores Públicos Municipais e
Estaduais – Fesempre. Assessora da Diretoria Central de Aperfeiçoamento Disciplinar,
Promoção da Integridade, Ética e Transparência Institucional, da Superintendência
Central de Correição Administrativa, da Auditoria-Geral do Estado de Minas Gerais,
sendo responsável pela Promoção da Integridade Funcional e Capacitação dos
Servidores Públicos Estaduais. Advogada no Estado de Minas Gerais.

Palavras-chave: Acumulação; Cargos e Empregos Públicos; Compatibilidade; Opção;


Servidor Público.

Sumário: 1 Da vedação de acumulação de cargos, empregos e função pública - Regra


Geral (Constituição Federal). 2 Revisão da literatura (constituições anteriores). 3
Situações de Permissividade. 4 Demonstração de compatibilidade de horários no serviço
público como condição para a acumulação. 5 Acumulação irregular e a opção
tempestiva por um dos vínculos. 6 Conclusão.

1 Da vedação de acumulação de cargos, empregos e função pública - regra geral


(Constituição Federal)

Dispõe a atual Constituição Federal em seu art. 37, incisos XVI e XVII, como
regra geral, que é vedada a acumulação de cargos, empregos e funções públicas:

Art. 37. [...]


XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver


compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI.

a) a de dois cargos de professor;

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões


regulamentadas; 1

XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias,


fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e
sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;

O princípio da inacumulabilidade, segundo a atual redação do texto


constitucional,2 estende-se além da administração direta, às autarquias, fundações,
empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.
Assim, em virtude da ampliação das hipóteses de vedação, não mais poderão
subsistir eventuais situações de acúmulo anteriormente permitidas, “sendo incabível a
alegação de direito adquirido por se tratar de situação jurídica com efeitos protraídos no
tempo. A regra constitucional tem aplicabilidade imediata. Conquanto válidos os efeitos
anteriores da acumulação, será lícito à Administração ordenar que o servidor faça sua
opção por um dos cargos ou empregos, sendo obrigado, por conseguinte, a afastar-se do
outro”.3
Essa vedação tem como objetivo proporcionar maior eficiência na prestação
dos serviços públicos e, também, garantir o acesso democrático às vagas existentes a um
número maior de cidadãos.
Ressaltamos, contudo, que a doutrina majoritária vem entendendo que a
proibição existe tão-somente, quando ambos os cargos, funções ou empregos públicos
forem remunerados, ou seja, em tese não haveria óbice à acumulação desses, havendo
apenas uma remuneração.
Contudo, tal assertiva não é tranqüila. Celso Antônio Bandeira de Mello,4 ao
citar hipótese de superação do teto remuneratório em apenas um cargo, como, por

                                                            
1
Redação dada pela Emenda Constitucional nº 34, de 2001.
2
Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998.
3
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 16ª ed. Rio de Janeiro:
Editora Lumen Juris, 2006, p 549.
4
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 11ª ed.. São Paulo: Malheiros,
1999, p.198.

exemplo, no caso dos próprios ministros do STF, comenta a dificuldade imposta à


controvérsia. Sendo vedado o trabalho gratuito, salvo os casos elencados no art. 4º da
Lei n. 8.112/90, conclui o administrativista pela permissividade de acumulação,
considerando ser esta uma hipótese, conquanto não prevista em lei, autorizada
implicitamente na Constituição.
Outro aspecto importante de se frisar diz respeito à possibilidade de haver
tríplice acumulação. Com imperativismo Maria Sylvia Zanella Di Pietro5 afirma que “as
exceções somente admitem dois cargos, empregos ou funções, inexistindo qualquer
hipótese de tríplice acumulação, a não ser que uma das funções não seja remunerada".
De outro lado, Diógenes Gasparini,6 ensina que "a única acumulação tríplice
parece estar consignada no § 1º do artigo 17 do ADCT da Constituição Federal, em que
se permite ao médico militar (servidor militar) ocupar dois outros cargos ou empregos
de médico (servidor), observada a compatibilidade de horários".
Porém, o dispositivo supracitado, tido como fundamento da idéia do ilustre
professor, encontrando-se disposto no ADCT, possui caráter de transitoriedade, não
podendo mais ser aplicado.
Assim, atualmente, não existiria, na sistemática normativa, qualquer
dispositivo autorizativo da tríplice acumulação e nem mesmo poderíamos falar na
exigência de correlação de matéria, anteriormente prevista na Constituição de 1967
(EMC 01/69).7
Nesse aspecto, conforme citação feita por Adilson Abreu Dallari apud
Madeira, a proibição expressa de acumulação remunerada não significa uma liberação
total às acumulações não remuneradas. Segundo o autor elas não estariam proibidas,
porém, também só poderiam ocorrer excepcional e temporariamente, em casos de
interesse público relevante, objetivamente demonstrado.8

                                                            
5
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. p. 451.
6
GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo. São Paulo, Melhoramentos, 1995, p.123, apud
GUERRA, Evandro Martins. Acumulação de vencimentos de cargo, função ou emprego público com
proventos da inatividade. Disponível em <http://200.198.41.151:8081/tribunal_contas/2001/04/-
sumario?next=2> Acesso em: 28 de maio de 2010.
7 Em sentido contrário ao nosso posicionamento: CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de
Direito Administrativo. p. 43
8
CARMO MADEIRA, Jasen Amadeu do; José Maria, PINHEIRO MADEIRA. Acumulação de cargos e
funções públicas na atualidade. Fórum Administrativo - Direito Público – FA, Belo Horizonte, ano 8, n.
86, p.40-50. abr. 2008.

Contudo, a posição acima não reflete o entendimento unânime da doutrina,


uma vez que, por exemplo, para Celso Ribeiro Bastos, conforme citação feita pelo autor
supramencionado in “Acumulação de cargos e funções públicas na atualidade”, o texto
constitucional permite tranquilamente inferir que se dê a acumulação não remunerada,
mas apenas de um pequeno conjunto de funções que são cumpridas pelo cidadão
gratuitamente, como, por exemplo, os mesários em pleitos eleitorais, os jurados, entre
outros. Não acobertariam as situações em que o beneficiado pela remuneração
renunciasse a uma delas.
Não obstante as considerações é necessário que se ressalte que a Constituição
da República atualmente exigiu uma única condição para a acumulação de cargos,
empregos e funções públicas, qual seja, a compatibilidade de horários, um dos itens que
abordaremos separadamente neste artigo pelas peculiariedades que lhe são inerentes.

2 Revisão da literatura (constituições anteriores)

Assim como a atual, as anteriores constituições federais também previam,


como regra, a inacumulabilidade dos cargos públicos.
A regra da não-acumulação foi instituída pela primeira vez em 1822, por
Decreto de Regência da lavra de José Bonifácio visando impedir que a mesma pessoa
ocupasse mais de um ofício ou emprego e por eles recebesse os correspondentes
vencimentos, sem desempenhá-los a contento, no interesse da Administração Pública.9
10

Por sua vez, o eminente administrativista Themístocles Brandão Cavalcanti,11


comentando a primeira Constituição Federal republicana, em relação à vedação às
acumulações remuneradas, que constavam de seu artigo 73, afirma ter sido uma
“reação contra os abusos e privilégios do nosso regime imperial (...)”.

                                                            
9
GASPARINI, Diógenes. Direito administrativo. São Paulo: Saraiva, 2004, p. 176.
10
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 28 ed. São Paulo: Malheiros, 2006, p.
386.
11
CAVALCANTI, Themístocles Brandão. Tratado de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Freitas
Bastos. Vol. IV. p. 278, apud MARCON, Adriano Marcos. Limite de carga horária no desempenho de
cargos públicos acumuláveis. Disponível em
<http://www.sinteoestepr.com.br/files/juridico/texto_acumulo_de_cargos.pdf>. Acesso em: 28 de maio
de 2010.

Ressalte-se, no entanto que, tanto na Constituição Federal de 1934, em seu


artigo 172, como nas Constituições de 1946, no artigo 185, e a de 1967, no artigo 97, as
vedações foram abrandadas, permitindo-se o acúmulo. Na primeira, em relação aos
“cargos do magistério e técnico-científico”, devendo-se observar, porém, a
compatibilidade de horários e o limite remuneratório fixado em lei. Nas outras duas,
exigia-se, além da compatibilidade de horários, a correlação de matérias entre os dois
cargos.
Interessante observar a regra estampada na Carta Magna de 1937, no artigo
159, a qual se deixa admitir exceções à regra da inacumulabilidade. Por fim, grifamos
um item comum em todas as Constituições anteriores a de 1988: nenhuma delas, em
momento algum, restringiu o limite de horas que o servidor deveria cumprir no caso de
estar acumulando legalmente dois cargos.

3 Situações de permissividade

A Constituição admite a acumulação remunerada em algumas situações.


Especificadamente, como citamos, o artigo 37, inciso XVI, permite a acumulação
remunerada de cargos públicos em três hipóteses, desde que se observe a
compatibilidade de horários e o limite remuneratório constante do inciso XI do mesmo
artigo.
De tal modo, por força das Emendas Constitucionais nº 19/98 e 34/01, permite-
se o desempenho de dois cargos de professor, de um cargo de professor com outro
técnico ou científico e de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde,
com profissões regulamentadas.
Na prática o conceito de cargo técnico ou científico, por falta de precisão, tem
provocado algumas dúvidas para a Administração, sendo ideal que o estatuto fixe o
contorno mais exato possível para sua definição, de modo que se possa verificar, com
maior facilidade possível a acumulação, ou não.12
Citamos como exemplo o que ocorre no Estado de Minas Gerais, onde o
Decreto nº 44.031, de 19 de maio de 2005, posteriormente alterado pelo Decreto nº

                                                            
12
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. p. 550.

44.127, de 07 de outubro de 2005, regulamentou parte dos dispositivos constantes no


Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Minas Gerais (Lei nº 869/1952),
tratando dos processos de acumulação de cargos, funções ou empregos no âmbito da
administração pública direta e indireta do Poder Executivo do Estado, sanando todas as
controvérsias existentes.
Dispõe o referido Decreto, em seu art. 3º que:

Art. 3º Será considerado cargo científico aquele para cujo exercício é exigida de seu
titular formação em nível superior de ensino e cargo técnico aquele para cujo exercício é
exigida de seu titular formação em nível de ensino médio, com habilitação para o exercício
de profissão técnica. (grifos e negritos nossos)

§ 1º Equivale à habilitação profissional em nível de ensino médio, a obtida em curso


oficialmente reconhecido como técnico deste mesmo nível de ensino.

No tocante à possibilidade de acumulação de dois cargos de professor, prevista


no art. 37, XVI, a, é importante observar que o texto constitucional fala em professor e
não em magistério.
Desta forma, pode-se dizer que o magistério é um gênero, do qual professor é
espécie. O exercício do magistério compreende, além da função de ministrar aulas,
também a orientação, supervisão ou direção, administrativa ou técnica, de
estabelecimentos de ensino.13
Não estariam assim, proibidos, os professores de cumular uma função de
professor com outra de magistério ou com outro cargo técnico ou científico (art. 37,
XVI, b). Somente, não seria possível a cumulação de duas funções de magistério que
não fossem de professor.14
Consoante com o entendimento acima, interessante é a disposição contida no
Decreto mineiro supramencionado, em seu § 2º do art. 3º, no qual: “considera-se cargo
de professor aquele cuja atribuição principal é a regência de turmas ou de aulas”.
A hipótese prevista na alínea “c” – dois cargos ou empregos de profissionais da
saúde com profissões regulamentadas -, contemplava, antes da alteração produzida pela
Emenda Constitucional nº. 34/2001, apenas a possibilidade de acúmulo de cargos dos

                                                            
13
CARMO MADEIRA, Jasen Amadeu do; José Maria, PINHEIRO MADEIRA. Acumulação de cargos e
funções públicas na atualidade. p.42.
14
CARMO MADEIRA, Jasen Amadeu do; José Maria, PINHEIRO MADEIRA. Acumulação de cargos e
funções públicas na atualidade. p.42.

profissionais médicos. Com o advento dessa Emenda passou-se a permitir o exercício de


dois cargos privativos de profissionais da saúde com profissão regulamentada como, por
exemplo, nutricionistas, fisioterapeutas, enfermeiros, psicólogos, odontólogos,
farmacêuticos e médicos veterinários.15
Além dessas situações de permissibilidade, existem, ainda, outras normas
referentes à acumulação de cargos na Constituição Federal. Vejamos.
O artigo 38, III, admite a possibilidade do servidor investido em mandato de
vereador continuar no exercício de seu cargo, emprego ou função, desde que haja
compatibilidade de horários, hipótese que perceberá as vantagens correspondentes a sua
condição de servidor e vereador.
O artigo 95, parágrafo único, inciso I, veda aos juízes “exercer, ainda que em
disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério”.
O artigo 128, § 5º, II, d, veda também aos membros do Ministério Público
“exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de
magistério”.
Quanto ao servidor aposentado, após uma longa trajetória de mudanças
constitucionais e jurisprudenciais,16 atualmente, pela EC 20/98, por meio da qual foi
acrescentado o §10 ao art. 37 da Constituição, é expressa a vedação de percepção
simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 (servidores civis), do
art. 42 (servidores militares dos Estados, Distrito Federal e Territórios) e do art. 142
(servidores militares das Forças Armadas) com a remuneração de cargo, emprego ou
função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma da Constituição, ou seja, os
cargos eletivos e os cargos em comissão (art. 37, XVI; 95, parágrafo único, I e 128, §5º,
II, d).
Com referência à nomeação para cargos comissionados de servidores
aposentados compulsoriamente (art. 40, § 1º, II, da Constituição Federal após EC
20/98), a permissão da acumulação se dá em virtude de que o implemento da idade não
traz a presunção absoluta de incapacidade e, além disso, é o elo de confiança entre o
administrador público e o servidor que também o habilita para o provimento do cargo.

                                                            
15
BITTENCOURT, Marcus Vinicius Corrêa. Acumulação de cargos públicos. Considerações sobre a
Emenda Constitucional nº 34. Jus Navigandi, Teresina, ano 7, n. 62, fev. 2003. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=3717>. Acesso em: 09 dez. 2009.
16
Nesse sentido vale conferir DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. p. 444-445.

Frise-se que, para as atuais conjunturas essa regra não oferece qualquer
dificuldade de compreensão e aplicabilidade prática, pois o somatório das acumulações
permitidas está limitado ao teto já fixado, sendo sua aplicação imediata. Contudo, para
as situações anteriores a EC 19/98, nas quais o somatório das acumulações permitidas
ultrapassa o teto, a remuneração e os subsídios dos ocupantes de cargos, empregos e
funções públicas devem continuar sendo pagos, por se tratar de direito adquirido.17
No entanto, é importante lembrar que a EC 20/98 resguardou, no artigo 11, os
direitos de quem vinha acumulando proventos com vencimentos de outro cargo efetivo,
apenas proibindo que percebam duas aposentadorias com base no artigo 40 da
Constituição e impondo o teto salarial previsto no artigo 37, XI, à soma dos proventos
com os vencimentos do cargo.
Quanto à acumulação de mais de uma aposentadoria, somente será possível na
forma prescrita pelo art. 40, § 6º, da Constituição, nos casos em que o servidor estiver
em situação de acumulação lícita.18
Vale lembrar que, em todas as hipóteses em que a cumulação é permitida, há
necessariamente que ser atendido o disposto no artigo 37, XI, da Constituição Federal,
que estabelece:

Art. 37. [...]

XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da


administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato
eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie
remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de
qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros
do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do
Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito
do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder
Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa
inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros
do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos
membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos;

Por fim, a EC 20/98 criou uma espécie de “anistia às acumulações ilícitas”,


vedando a percepção simultânea de proventos de aposentadoria com a remuneração de

                                                            
17
CARMO MADEIRA e PINHEIRO MADEIRA comungam do mesmo entendimento.
18
A norma já decorria das disposições constantes na EC 19/98, mas foi repetida no § 11 do art. 40,
introduzido posteriormente pela EC 20/98.

cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis, não se aplicando,


porém, aos membros do poder e aos inativos, servidores militares, que até 15/12/1998,
data da Emenda, tivessem ingressado no serviço público por concurso público, sendo-
lhes vedado a percepção de mais de uma aposentadoria pelo regime de previdência a
que se refere o art. 40 da Lei Maior. Consequentemente, esses só poderão permanecer
no segundo cargo até atingir a idade-limite no serviço público. Logo, não farão jus a
mais uma nova aposentadoria, quando se tratar de cargos inacumuláveis.19

4 Demonstração de compatibilidade de horários no serviço público como condição


para a acumulação de cargos, empregos e funções

Conforme acima explicitado, de acordo com a Constituição Federal, art. 37,


XVI, “a” e “b”, tem-se como lícita a acumulação de dois cargos públicos, desde que
haja a compatibilidade de horários.
Ocorre que não encontramos de forma explicita em nossa Constituição Federal
como será auferida esta compatibilidade. Assim, diante da ausência de norma positiva,
resta a nós, operadores do direito, utilizando dos princípios constitucionais que regem a
administração pública, definirmos como se dará esta compatibilidade de horário.20
Por força do disposto no art. 39, § 3º da Constituição Federal, tendo como
justificativa a igualdade social, aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o
disposto no art. 7º, incisos IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX,
XX, XXII e XXX, (em que são tratados os direitos dos trabalhadores), entre os quais
destacamos, por exemplo, o cumprimento de jornada não superior a oito horas diárias e
quarenta e quatro semanais, facultada apenas a compensação de horários e a redução da
jornada.
Portanto, mister se faz que, tanto os servidores como a Administração,
atentem-se para a carga horária de cada cargo, sob pena de burlar a norma
constitucional e ainda ocasionar sobreposição de horários, o que ensejaria enormes
                                                            
19
CARMO MADEIRA, Jasen Amadeu do; José Maria, PINHEIRO MADEIRA. Acumulação de cargos e
funções públicas na atualidade. p. 44-45.
20 LEANDRO, Lívio Sergio Lopes. A demonstração de compatibilidade de horários no serviço público
como requisito à acumulação de cargos e empregos públicos de natureza efetiva. Fórum Administrativo
– Direito Público – FA, Belo Horizonte, ano 5, n. 56, p. 6270-6273, out. 2005.
10 

danos à saúde dos próprios servidores e à eficiência dos serviços prestados pelo
Estado.21
Novamente citando o Estado de Minas Gerais, de acordo com o Decreto nº
44.031/2005, art. 11, para determinar a compatibilidade de horários, serão
obrigatoriamente considerados o tempo destinado à locomoção do servidor e o intervalo
para descanso e alimentação. E ainda, segundo a redação dos §§ 1º e 2º, deverá ser
somado ao tempo gasto para locomoção um período mínimo de quinze minutos
destinado a descanso e alimentação, sendo que, no caso de locais de trabalho diferentes,
mas no mesmo turno, será considerado apenas o tempo gasto para locomoção na
caracterização da compatibilidade de horários.
É sabido que o ser humano necessita de um intervalo para descanso, efetivo e
suficiente. Ignorar tal fato pode causar danos ao servidor e ao serviço público por ele
prestado. Diversos estudos já comprovaram a necessidade do sono, do repouso, da
alimentação adequada como fontes de equilíbrio e saúde do ser humano. Tais intervalos
para repouso e alimentação são fundamentais à preservação da higidez física e mental
do servidor.22
Além disso, a atuação da Administração Pública tem como corolários
princípios constitucionais insculpidos no art. 37, caput, da Carta Magna, são eles:
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Portanto, deve
oferecer serviços com presteza, qualidade e perfeição, que visa o primado do interesse
público e o bem-estar da coletividade.23
Denota-se, portanto, que, tem-se como ilícita a acumulação de cargos ou
empregos em razão da qual o servidor fique submetido a dois regimes de quarenta horas

                                                            
21
LEANDRO, Lívio Sergio Lopes. A demonstração de compatibilidade de horários no serviço público
como requisito à acumulação de cargos e empregos públicos de natureza efetiva. p. 6270-6271. Citação
interessante é a colacionada pelo mesmo autor, onde “a Advocacia Geral da União, considerando que a
sobrecarga de trabalho seria prejudicial às condições física e mental do servidor, bem como
impossibilitaria o regular desempenho das funções emitiu parecer concluindo pela ilegalidade do
exercício cumulativo de cargos cuja soma das cargas horárias ultrapasse 60 horas semanais. A limitação
da carga horária semanal se encontra em perfeita consonância com o princípio da razoabilidade. Não se
pode considerar que são harmônicas jornadas de trabalho levando-se em conta, apenas, a ausência de
choque entre elas”.
22
LEANDRO, Lívio Sergio Lopes. A demonstração de compatibilidade de horários no serviço público
como requisito à acumulação de cargos e empregos públicos de natureza efetiva. p. 6271.
23
LEANDRO, Lívio Sergio Lopes. A demonstração de compatibilidade de horários no serviço público
como requisito à acumulação de cargos e empregos públicos de natureza efetiva. p. 6273.
11 

semanais24, considerados isoladamente, pois não há possibilidade fática de


harmonização dos horários, de maneira a permitir condições normais de trabalho e de
vida ao servidor.25

5 Acumulação irregular e a opção tempestiva por um dos vínculos

A regra vigente em nosso direito positivo, de acordo com todo o conteúdo já


amplamente abordado é a da inacumulatividade de cargos públicos, exceto as hipóteses
taxativas estabelecidas no art. 37, XVI, da Constituição Federal.
Dessa forma, a acumulação que não esteja compatível com os dispositivos
constitucionais é tida como irregular ou ilícita, já que viola a ordem constitucional, a
lealdade às instituições e os princípios, proibições e deveres aos quais os servidores
estão submetidos. Teríamos, em tese, uma ilegalidade flagrante e irreversível.
Atualmente, o processo administrativo disciplinar para apuração de
acumulação ilegal de cargos segue o rito sumário, desenvolvendo-se de forma
semelhante ao processo sob o rito ordinário, possuindo, no entanto, prazos abreviados
em todas as suas fases: instrução, conclusão e julgamento. Isso ocorre em âmbito
federal, desde a edição da Lei Federal nº 9.527, de 10 de dezembro de 1997 (que alterou
dispositivos da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 – Estatuto dos Servidores
Públicos Civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas Federais), como em
grande parte dos Estados e Município.26

                                                            
24
LEANDRO, Lívio Sergio Lopes. A demonstração de compatibilidade de horários no serviço público
como requisito à acumulação de cargos e empregos públicos de natureza efetiva. p. 6273.
25
Segundo o autor supra, nos casos onde já passaram a cumprir sessenta horas semanais, de segunda-feira
a sexta-feira, em vista dos cargos técnicos ou científicos e de magistério desnecessária a verificação do
acúmulo relativo ao período em que os servidores cumpriam a carga de trabalho de quarenta horas e, se
fosse o caso, a opção corretiva da acumulação irregular a que se refere o art. 133 da Lei nº 8112/90, na
redação dada pela Lei nº 9527/97, a qual resultaria na modificação do regime de serviço, no magistério,
de quarenta para vinte horas, pois as declarações de horários constantes dos processos indicam a
viabilidade da compatibilização.
26 “Art.133. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, a
autoridade a que se refere o art. 143 notificará o servidor, por intermédio de sua chefia imediata, para
apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da ciência e, na hipótese de
omissão, adotará procedimento sumário para a sua apuração e regularização imediata, cujo processo
administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
12 

Como exemplo do acima exposto, destacamos a recente Instrução Normativa nº


001/2010 (de autoria da Auditoria-Geral do Estado de Minas Gerais), por meio da qual
se dispensa a oitiva de testemunhas e/ou informantes em audiências relativas aos
Processos Administrativos Disciplinares que envolvem apuração do ilícito acúmulo
ilegal de cargos, funções e empregos públicos.
No que tange ao direito de opção o Estatuto dos Servidores Federais nos traz
que “a opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua boa-fé,
hipótese em que se converterá automaticamente em pedido de exoneração do outro
cargo”.
Também no Estado de Minas Gerais, no que tange ao direito de opção do
servidor por um dos vínculos, após edição do Decreto nº 44.031, de 19 de maio de 2005,
                                                                                                                                                                              
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão, a ser composta por dois servidores
estáveis, e simultaneamente indicar a autoria e a materialidade da transgressão objeto da apuração;
(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
II - instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e relatório; (Incluído pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
III-julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1º A indicação da autoria de que trata o inciso I dar-se-á pelo nome e matrícula do servidor, e a
materialidade pela descrição dos cargos, empregos ou funções públicas em situação de acumulação ilegal,
dos órgãos ou entidades de vinculação, das datas de ingresso, do horário de trabalho e do correspondente
regime jurídico. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 2º A comissão lavrará, até três dias após a publicação do ato que a constituiu, termo de indiciação em
que serão transcritas as informações de que trata o parágrafo anterior, bem como promoverá a citação
pessoal do servidor indiciado, ou por intermédio de sua chefia imediata, para, no prazo de cinco dias,
apresentar defesa escrita, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição, observado o disposto nos
arts. 163 e 164. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 3º Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à inocência ou à
responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, opinará sobre a licitude da
acumulação em exame, indicará o respectivo dispositivo legal e remeterá o processo à autoridade
instauradora, para julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 4º No prazo de cinco dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua
decisão, aplicando-se, quando for o caso, o disposto no § 3o do art. 167. (Incluído pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
§ 5º A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que
se converterá automaticamente em pedido de exoneração do outro cargo. (Incluído pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
§ 6º Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á a pena de demissão, destituição ou
cassação de aposentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos, empregos ou funções públicas em
regime de acumulação ilegal, hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação serão comunicados.
(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 7º O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumário não
excederá trinta dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua
prorrogação por até quinze dias, quando as circunstâncias o exigirem. (Incluído pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
§ 8º O procedimento sumário rege-se pelas disposições deste artigo, observando-se, no que lhe for
aplicável, subsidiariamente, as disposições dos Títulos IV e V desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)”.
 
13 

posteriormente alterado pelo Decreto nº 44.127, de 07 de outubro de 2005 (que


regulamentou parte dos dispositivos constantes na Lei nº 869, de 5 de junho de 1952 -
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Minas Gerais), temos nos artigos
correspondentes que, ao ser declarada a ilicitude da acumulação, o servidor terá 30
(trinta dias), contados da publicação do ato, para recorrer à Comissão de Acumulação de
Cargos e Funções - CACF ou, caso não recorra, deverá, no mesmo prazo, manifestar
por escrito a sua opção (entende-se por opção a escolha do servidor público em
permanecer em um dos cargos, funções ou empregos públicos que acumula, solicitando
exoneração, dispensa ou rescisão contratual do outro que ocupar).
De fácil verificação que, a fundamental novidade trazida, porém, não é relativa
ao rito aplicável ao processo, mas sim à oportunidade que é dada ao servidor antes da
instauração do processo. Atualmente, o servidor pode optar por um dos cargos em
regime de acumulação e se assim o fizer, restará caracterizada sua boa-fé, evitando-se,
assim, a instauração do processo disciplinar.
Desta forma, embora a acumulação de cargos públicos seja proibida pela
Constituição Federal, e seja, ainda, causa ensejadora da aplicação da penalidade de
demissão do cargo, o processo disciplinar somente poderá ser instaurado depois de ter
sido oferecida ao servidor a oportunidade de optar por um dos cargos, e somente nos
casos de o servidor não fazer a opção ou de interpor recurso, o processo poderá ser
iniciado, restando, em tese, configurada sua má-fé.

6 Conclusão

Consoante todo o exposto, pode-se afirmar que a atual Constituição Federal,


com o advento das Emendas Constitucionais nº 19/98 e 34/01, em seu art. 37, incisos
XVI e XVII, estabeleceu como regra geral, que é vedada a acumulação de cargos,
empregos e funções públicas. Excepcionalmente, permite-se o desempenho de dois
cargos de professor, de um cargo de professor com outro técnico ou científico e de dois
cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas.
14 

Além dessas exceções, citamos ainda as disposições contidas nos artigos 38,
III, 95, parágrafo único, 128, § 5º, II, d, entre outras, desde que se observe, em todos os
casos, a compatibilidade de horários e o limite remuneratório constante do inciso XI do
mesmo artigo.
Vale frisar novamente que a vedação se refere à acumulação remunerada, ou
seja, em tese, inexiste impedimento legal à acumulação de cargos, empregos e funções,
se não houver duas remunerações.
De se observar que, não encontramos de forma explicita em nossa Constituição
Federal como será auferida a compatibilidade de horários, o que torna, conforme
dissemos, imprescindível a nós, operadores do direito, definirmos como se dará esta
compatibilidade.
Dessa forma, aplicar-se-á, por força do disposto no art. 39, § 3º da Constituição
Federal, tendo como justificativa a igualdade social, aos servidores ocupantes de cargo
público o disposto no art. 7º, incisos IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII,
XVIII, XIX, XX, XXII e XXX; sendo, portanto, necessário que se observe a carga
horária de cada cargo, para que a Administração Pública paute sua conduta na
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, sob pena de embaçar a
norma constitucional, fazendo com que os serviços sejam oferecidos serviços sem
qualidade, sem perfeição e sem presteza, ocasionando danos irreversíveis ao primado do
interesse público e o bem-estar da coletividade.
A acumulação que não esteja compatível com os dispositivos constitucionais é
tida como irregular ou ilícita, viola a ordem constitucional, a lealdade às instituições e
os princípios, proibições e deveres aos quais os servidores estão submetidos.
A despeito disso, antes da instauração do processo administrativo disciplinar, é
dado ao servidor o direito de opção tempestiva por um dos cargos. Tão logo seja
declarada a ilicitude da acumulação, o servidor terá um prazo para optar por um dos
vínculos, solicitando exoneração, dispensa ou rescisão contratual do outro que ocupar, o
que caracteriza sua boa-fé, evitando-se, assim, a instauração do processo disciplinar.
Portanto, embora a acumulação de cargos públicos seja proibida pela
Constituição Federal, e seja, ainda, causa ensejadora da aplicação da penalidade de
demissão do cargo, o processo disciplinar somente poderá ser instaurado depois de ter
sido oferecida ao servidor a oportunidade de optar por um dos cargos, e somente nos
15 

casos de o servidor não fazer a opção ou de interpor recurso, o processo poderá ser
iniciado, restando, em tese, configurada sua má-fé.

Referências

BITTENCOURT, Marcus Vinicius Corrêa. Acumulação de cargos públicos.


Considerações sobre a Emenda Constitucional nº 34. Jus Navigandi, Teresina, ano 7, n.
62, fev. 2003. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=3717>.
Acesso em: 09 dez. 2009.

CARMO MADEIRA, Jasen Amadeu do; José Maria, PINHEIRO MADEIRA.


Acumulação de cargos e funções públicas na atualidade. Fórum Administrativo -
Direito Público – FA, Belo Horizonte, ano 8, n. 86, p.40-50. abr. 2008.

CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 16ª ed. Rio
de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2006.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo, Atlas, 2001.

GASPARINI, Diógenes. Direito administrativo. São Paulo: Saraiva, 2004.

GUERRA, Evandro Martins. Acumulação de vencimentos de cargo, função ou emprego


público com proventos da inatividade. Disponível em
<http://200.198.41.151:8081/tribunal_contas/2001/04/-sumario?next=2>. Acesso em:
28 de maio de 2010.

LEANDRO, Lívio Sergio Lopes. A demonstração de compatibilidade de horários no


serviço público como requisito à acumulação de cargos e empregos públicos de
natureza efetiva. Fórum Administrativo – Direito Público – FA, Belo Horizonte, ano 5,
n. 56, p. 6270-6273, out. 2005.

MARCON, Adriano Marcos. Limite de carga horária no desempenho de cargos


públicos acumuláveis. Disponível em
<http://www.sinteoestepr.com.br/files/juridico/texto_acumulo_de_cargos.pdf>. Acesso
em: 28 de maio de 2010.

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 28 ed. São Paulo:


Malheiros, 2006.

MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 11ª ed.. São
Paulo: Malheiros, 1999.

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