Vous êtes sur la page 1sur 40

Carburação

&
Controle de Potência
Prof. Dr. Carlos Laurindo

1
Carburação
• Introdução

• O carburador de um motor Otto tem por finalidade dosar a mistura Ar –


Combustível de acordo com as necessidades do motor

• O controle de Vazão desta mistura é feito através de válvulas, sedo a válvula


de borboleta a mais utilizada.

2
Carburação
• Introdução

• Conforme estudado anteriormente, sabe-se que a


velocidade de propagação de chame exerce grande
influência no funcionamento do motor e é influenciada
diretamente pela relação Ar / Combustível da Mistura.

3
Carburação
• Relação Combustível / Ar (C/A) e Ar / Combustível (A/C)

• Relação entre massa ou vazão mássica de combustível e de ar


admitida em um motor.

𝑚𝑐𝑜𝑚𝑏
𝑓= ( Combustível / Ar)
𝑚𝑎𝑟

𝑚𝑎𝑟
𝑓= (Ar / Combustível)
𝑚𝑐𝑜𝑚𝑏
4
Carburação
• Relação Ar / Combustível Estequiométrica (A/Cest)

• É a relação A/C onde a quantidade de Ar é exatamente a


quantidade para que ocorra a queima de todo o combustível,
supondo que ocorra uma combustão completa.

• Esta relação vai variar de acordo com o combustível utilizado.

5
Carburação
• Relação A/C Estequiométrica
• Exemplo: C8H18 + 12,5 (O2 + 3,76N2) → 8 CO2 + 9 H2O + 12,5 . 3,76N2
Combustível:
Octana (C8H18)
Combustível Ar
Comburente:
Combustível = 8 . 12 + 18 + 1 = 114
Ar (O2 = 21%, N2 = 79%)
Ar = 12,5 . 32 + 47,0 . 28 = 1716
Elemento Peso Atômico
C 12 114
C/A (est) = = 𝟎, 𝟎𝟔𝟔𝟒
H 1 1716
O 16
1716
N 14
A/C (est) = = 𝟏𝟓, 𝟎 6
114
Carburação
• Relação A/C
Estequiométrica = 15 : 1 Combustível

Ar
• Maior dificuldade do sistema é a
admissão de Ar, devido as
maiores quantidades envolvidas

7
Carburação
• Fração relativa Ar / Combustível (λ)

𝐴/𝐶
λ=
𝐴/𝐶(𝑒𝑠𝑡)

Se λ < 1, a mistura é Pobre


Se λ = 1, a Mistura é Estequiométrica
Se λ > 1, a Mistura é Rica.

8
Carburação
• Limites de Inflamabilidade
• Limite Pobre

• Mistura mais pobre possível, que ainda permite o motor manter o


funcionamento estável
• A velocidade de propagação de chama é baixa, podendo estender-
se durante a expansão, escapamento e início da admissão.
• Ultrapassando o limite pobre podem ocorrer:
• Superaquecimento da Câmara de Combustão e da mistura em
admissão
• Ocorrência de Retorno de Chama (Backfire)
9
Carburação
• Limites de Inflamabilidade
• Limite Pobre
• Para motores a Gasolina
A/Cest = 15:1

Limite Pobre A/C ~ 22:1 → C/A ~ 4,5 % → λ ~ 1,46

• Para motores a Etanol


A/Cest = 9:1

Limite Pobre A/C ~ 18,6:1 → C/A ~ 5,4 % → λ ~ 2,06


10
Carburação
• Limites de Inflamabilidade
• Limite Rico

• Condição aonde o excesso de combustível dificulta a propagação


de chama.
• A vaporização em excesso, retira calor da mistura e uma grande
parte não entra em combustão devido a falta de ar.
• Queda da temperatura da câmara de combustão
• Ultrapassando o limite rico podem ocorrer
• Instabilidade de funcionamento
• Parada (motor afogado)
11
• Limites de Inflamabilidade
• Limite Rico
• Para motores a Gasolina
A/Cest = 15:1

Limite Rico A/C ~ 8:1 → C/A ~ 12,5 % → λ ~ 0,53

• Para motores a Etanol


A/Cest = 9:1

Limite Rico A/C ~ 2,7:1 → C/A ~ 37 % → λ ~ 0,3


12
Carburação
• Necessidades do Motor
• Dependem do Regime (Condições de Operação) do Motor

• Cargas reduzidas – Marcha Lenta.

• Cargas médias – Regime Econômico.

• Cargas elevadas – Plena Potência.

• Cargas variáveis – Aceleração/Desaceleração.

13
Carburação
• Necessidades do Motor
• Regime de Marcha Lenta

• Área de Passagem de Mistura – Baixa (Baixa Potência)


• Vazão de Gases – Baixa (Baixo Turbilhonamento)
• Teor de Gases Residuais (Combustão Precedente) – Alto
• Velocidade de Propagação – Baixa
• Avanço de Ignição – Baixo (Baixa Veloc. Prop. Chama)
• É necessária uma mistura muito rica em combustível (A/C = 10 a 12, para
gasolina)

14
Carburação
• Necessidades do Motor
• Regime Econômico
• Área de passagem de mistura - Média
• Vazão dos Gases – Média / Alta (alto turbilhonamento)
• Mistura Pobre (A/C ~16) – Exesso de Ar para promover a queima da maior
qtde. de combustível contido na mistura, evitando a saída de mistura não
queimada pelos gases de escape (Baixo Consumo)
• O teor de gases residuais – Baixo
• Velocidade de Propagação de Chama – Baixa (Mistura Pobre)
• Avanço de Faísca – Alto (Baixa V.P.C), para se ter o máximo de pressão
próximo ao P.M.S. Este avanço de faísca não é inconveniente, pois neste
regime não há perigo de detonação, pois a velocidade do motor é elevada.
15
Carburação
P.M.S
• Necessidades do Rica
Motor Esteq.
• Regime Econômico Pobre
Pobre + Av.

Pressão No Cilindro
Ignição
• Avanço de Ignição

Ignição
Ângulo da manivela
16
Carburação
• Necessidades do Motor
• Regime de Plena Potência
• Área de passagem de mistura - Máxima
• Vazão dos Gases – Máxima (alto turbilhonamento)
• Teor de Gases Residuais – Baixo
• Mistura Rica - para que a limitação de potência, não seja devida ao consumo
de Ar do motor. Neste caso, não se deve ter oxigênio, nos gases de escape,
apenas gases resultantes da combustão.
• Avanço de Ignição – Baixo, pois com uma mistura rica, pode ocorrera
detonação devido a ocorrência da pré-ignição.
• No entanto o retardamento da faísca, numa mistura pobre é inconveniente, porque a
propagação da chama é lenta e a combustão continuaria durante a expansão, aquecendo
as válvulas de escape em demasia.
17
Carburação
• Necessidades do Motor
• Regime de Plena Potência
• Em alguns motores aeronáuticos de alto desempenho Superalimentados
(Corrida Aérea) pode se utilizar em plena potência, dois recursos para evitar o
superaquecimento das válvulas de escapamento.
• Injetando-se água na mistura.
• Usando um combustível auxiliar, composto de álcool e água, metanol + água,
metanol + etanol + água.
• Com isto consegue-se um aumento de potência da ordem de 15%, devido ao
aumento da velocidade de propagação da chama, aumentando o rendimento
térmico (Aprox. Ciclo Otto).
18
Carburação
• Necessidades do Motor

Área de Teor de Velocidade


Avanço Teor de CO
passagem gases Mistura de
Regime Potência no residuais no combustível
da
propagação
nos gases
faísca de escape
carburador cilindro da chama
MARCHA LENTA Pequena Pequena Grande Rica Pequeno Pequena Grande
ECONÔMICO (Cruzeiro) Média Média Pequeno Pobre Grande Média Pequeno
PLENA POTÊNCIA Elevada Máxima Pequeno Rica Moderado Grande Grande
Crescente
ACELERAÇÃO Crescente Crescente Decrescente Rica com a Grande Grande
velocidade
DESACELERAÇÃO Decrescente Decrescente ***** ***** ***** ***** *****

19
Carburação
• Necessidades do 8 12,5
Motor 1 2 3
• Regimes
12 8

Relação A/C

Relação C/A
1 – Marcha Lenta

%
16 6
2 – Econômico

3 – Plena Potência
20 5

20 40 60 80
0 100
Potência (%)
20
Carburação
• Sistema de Alimentação de Combustível dos Motores Otto

• O sistema de combustível consiste em:

• Tanque ou reservatório.
• Tubulação
• Bomba de combustível
• Filtro
• Carburador

21
Carburação
• Carburador

• Foi o sistema de controle de mistura utilizado desde o inicio dos


motores a combustão.

• Na indústria automobilística foi substituído a partir da década de


1990 pelos sistemas de Injeção Eletrônica de Combustível.

• Ainda é utilizado em veículos fora de entrada (Pequenas


Aeronaves, Maq. Agrícolas de pequeno porte, motores de popa,
motosserras, roçadeiras, VANT´s, etc.)
22
Carburação
• Carburador
• Elementos Principais – Carburador Básico

• Uma cuba, que mantém constante o nível de combustível, por meio de uma
boia e uma válvula de agulha.
• Um tubo que contém um tubo Venturi, através do qual, passa o Ar aspirado
pelo motor.
• Um tubo de descarga de combustível, cuja abertura fica na região de máxima
depressão do Venturi.
• Duas válvulas borboletas, uma antes e outra depois do Venturi.

23
Ar Combustível

Carburação Válvula
Agulha

• Carburador Simples Boia

Nível Cte.
Borboletas Tubo de Descarga

Cuba
Tubo de Venturi
Mistura P/ Cilindros 24
Combustível
Ar

Carburação
• Carburador Simples
• Funcionamento

• Abertura da Borboleta Inferior


• Aumento do Fluxo de Ar
• Queda de Pressão no Venturi
• Aumento da Vazão de
Combustível

Mistura P/ Cilindros 25
Combustível
Ar

Carburação
• Carburador Simples
• Funcionamento Carb. Simples (1,60 mm2)
Carb. Simples (2,00 mm2)
Rica
Carb. Simples (1,20 mm2)
Necessidade Motor
Relação A/C

Orifício Calibrado
Gargulante ou “Gigleur”
Principal

Pobre

Vazão de Ar / Posição Borboleta 26


Carburação
• Carburador Completo
• Funcionamento – Marcha Lenta

• É colocado um circuito independente de fornecimento de mistura, chamado de


Circuito de Marcha lenta.

• Este circuito possui passagens de diâmetro pequeno, pois a vazão de mistura é


baixa

• Desta maneira apenas com o vácuo elevado (Borboleta praticamente Fechada)


ocorre o fornecimento de mistura suplementar, fornecendo a mistura adequada.
Entrada de Ar

Carburação
• Carburador Completo
• Funcionamento – Marcha Lenta
Rica Carb. Simples
Necessidade Motor
Carb. C/ Circ Lenta
Relação A/C

Gargulante ou “Gigleur”
de Marcha Lenta

Pobre Válvula de regulagem da


vazão de mistura
Vazão de Ar / Posição Borboleta 28
Carburação Gargulante ou “Gigleur”
Corretor de Ar

• Carburador Completo
• Funcionamento – Regime
Econômico
• Necessidade de empobrecer a
mistura no regime
• Introdução de um “respiro” de ar
reduz a tensão superficial e
viscosidade do combustível (+
enriquecimento em baixa vazão no
venturi)
• Com o aumento da vazão de ar e Tubo Emusificador
aumento da depressão, a presença
do ar diminui a qtde. de
combustível na mistura.
29
Carburação
• Carburador Completo
• Funcionamento – Regime
Econômico
Rica Carb. Simples
Necessidade Motor
Carb. C/ Circ Lenta
Relação A/C

Carb. C/ Corretor de Ar

Pobre

Vazão de Ar / Posição Borboleta 30


Circuito de
Carburação Bypass do
Gargulante
• Carburador Completo Principal

• Funcionamento – Regime
de Alta Potência
• É Instalada um sistema de
Bypass do Gargulante
principal, acionado apenas
quando a depressão
(Vácuo) no coletor de
admissão entra em um
determinado valor

Válvula
acionada
por vácuo
31
Carburação
• Carburador Completo Alto
Curva Sem Carga Necessidade de
Curva C/ Carga Enriquecimento
• Funcionamento – Alta Potência Da Mistura
Abertura Total
da Borboleta
• Depressão (Vácuo no Coletor de Perda de Carga
Admissão) No Sistema de

Vácuo
Rotação Max.
Admissão
• Gráfico indicando a Variação do Potência

Vácuo em função da Rotação do


motor, através da abertura
rápida da borboleta.
Considerando: Baixo
• Motor sem carga
• Motor com carga Rotação do Motor - Máx. Rotação Livre
Abertura Rápida da Borboleta
32
Carburação
• Carburador Completo
• Circuito de Plena Potência

Alto
Curva Sem Carga

Vácuo Elevado
Válvula não Abre – Sem Enriquecimento
Vácuo

Baixo

Rotação do Motor -
33
Abertura Rápida da Borboleta
Carburação
• Carburador Completo
• Circuito de Plena Potência

Alto Curva C/ Carga

Vácuo Baixo
Vácuo

Válvula Abre – Enriquecimento

Baixo

Rotação do Motor -
34
Abertura Rápida da Borboleta
Carburação
• Carburador Completo
• Circuito de Plena Potência

Rica Carb. Completo


Relação A/C

Necessidade Motor
Carb. Simples
Carb. C/ Circ Lenta

Pobre Carb. C/ Corretor de Ar

Vazão de Ar / Posição Borboleta 35


Carburação
• Carburador Completo
• Bomba de Aceleração
• Necessária para Corrigir a
deficiência de combustível durante
o transiente de aceleração do
motor.
• Trata se de uma bomba
mecanicamente conectada à
borboleta do carburador
• Quando acionado o movimento de
abertura da borboleta inicia esta
bomba pulveriza uma pequena
qtde. de combustível na região do
venturi, compensando o
empobrecimento momentâneo
durante a aceleração 36
Carburação
• Carburador Completo
• Afogador
• Sistema auxiliar utilizado
quando o motor encontra
se frio.
• Nesta situação ocorre a
perda de combustível na
mistura formada devido a
condensação do
combustível nas paredes
do coletor de admissão,
válvulas, etc.
37
Carburação
• Carburador Completo
• Afogador
• Para enriquecer a mistura durante
a fase de aquecimento do motor,
fecha-se, parcialmente a borboleta
antes do venturi.
• Este fechamento parcial é o
suficiente para reduzir a pressão
no venturi e promover a aspiração
do combustível pelo tubo de
descarga, enriquecendo a mistura.
• Após o aquecimento, deve-se abrir
totalmente a borboleta do
afogador sob pena de
enriquecimento excessivo da
mistura. 38
Carburação
• Carburador Aeronáutico

• Devido a variação de altitude durante o vôo, a densidade do ar variar.


• Com o aumento da altitude, a densidade do ar diminui, alterando a relação
A/C, podendo fazer com que o motor apresente um funcionamento
irregular
• Os carburadores aeronáuticos são mais simples que o carburador completo
automotivo, pois não possuem sistema de alta potência e afogador.
• Entretanto, estes carburadores possuem um dispositivo que permite a
variação da área de passagem do gargulante principal, com isso é possível
ajustar a relação A/C durante o vôo.
Carburação Válvula de
Ajuste de
Mistura

• Carburador Aeronáutico

40

Vous aimerez peut-être aussi