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PREFEITURA MUNICIPAL DE BAYEUX

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
CRIS – CENTRO DE REFERÊNCIA E INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Secretário da Educação: Flávio Henrique Alves

Coordenadora da Educação Especial: Laise Pegado S. Smaniotto

Diretores do CRIS: Luiz Raimundo Souza/ Rosângela Almeida

Ministrante: Ana Claudia Rosa

CURSO DE LIBRAS
MODULO II

BAYEUX
2020

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. Pinheiro Machado , 111 – Sesi / Bayeux-PB – CEP: 58.305220
1
SUMÁRIO
QUEM SÃO OS SURDOS?

LIBRAS

PARÂMETROS DA LIBRAS
SINAIS ICONICOS / ARBITRÁRIOS
QUALIFICAÇÃO E INTENSIDADE
OS COMPARATIVOS –
SUPERIORIDADE - IGUALDADE-INFERIORIDADE
MAIS E SEUS CONTEXTOS
A FORMA CONDICIONAL SI (SE)
VERBOS II
DOCUMENTOS
ESPORTES
RELIGIÕES
PROFISSÃO
ESTADOS BRASILEIROS
BAIRROS
SISTEMA MONETÁRIO
SAÚDE/ HIGIENE / CORPO HUMANO
LEGISLAÇÃO
CLASSIFICADORES
ESCRITA DE SINAIS
CONHECENDO O INTÉRPRETE DE
LIBRAS / CÓDIGO DE ÉTICA DO
TRADUTOR INTÉRPRETE DE LIBRAS.
QUEM É O PROFESSOR DE LIBRAS /
INSTRUTOR
TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUA BRASILEIRA DE
SINAIS
O QUE É VERSÃO VOZ NA LIBRAS E VERSÃO SINALIZADA
INTERPRETAÇÃO DE MÚSICA

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INTRODUÇÃO

A Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS - é o meio de comunicação das pessoas surdas do


nosso país, é através dela os surdos expressam a sua cultura, emoções e filosofia ultrapassando a
barreira do silêncio conquistando a cada dia o direito de se comunicar e de está incluído na sociedade
contribuindo no progresso do nosso país.

De acordo com a lei Nº 10.436 de 24 de Abril de 2002 e o Art 2º, devem ser garantidos,
por parte do poder público em geral e empresas concessionárias de serviços públicos, formas
institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS como meio de
comunicação objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil.

A inclusão está ligada a pessoa que não tem oportunidades em uma sociedade, promove e
articul ações que oportuniza as pessoas com deficiência a construir uma sociedade mais justa, solidária
e humana, capaz de oferecer condições de realizar todos os seus objetivos que anela em sua vida. As
pessoas com deficiência possuem potencial, habilidades e outras inteligências e aptidões, todos os
cidadãos têm direito a uma educação de qualidade, independentemente de suas diferenças e
particularidades.

As pessoas com deficiência têm todo o direito de integrar em uma escola comum, e são
capazes de realizar suas atividades educativas, combatendo assim a discriminação criando uma
comunidade receptiva e comprometida com a inclusão, construindo uma sociedade inclusiva e
oferecendo uma educação com proposta de crescimento a todos.

O Curso Básico de Libras I e II é uma proposta para todo aquele que queria aprender a se
comunicar com a pessoa surda, assim o CRIS através do Curso básico de Libras estará promovendo
inclusão para que as pessoas possam interagir com a pessoa surda.

É preciso promover o conhecimento e defesa de direitos das pessoas com deficiências de ter
uma sociedade inclusiva, indagar uma educação de qualidade, que se ajuste as necessidades,
circunstâncias e inspirações de todos, oportunizando a integração ao meio social e realizar suas
práticas de cidadão.

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QUEM SÃO OS SURDOS?

São aquelas pessoas que utilizam a comunicação espaço- visual como principal meio de
conhecer o mundo, em substituição à audição e à fala. A maioria das pessoas surdas, no contato com
outros surdos, desenvolve a língua de sinais. Já outros, por viverem isolados ou em locais onde não
exista uma comunidade surda, apenas se comunicam por gestos.
Existem surdos que por imposição familiar ou opção pessoal preferem utilizar a língua oral (fala).
Deficiência auditiva termo técnico usado na área da saúde e, algumas vezes, em textos legais.
Refere-se a uma perda sensorial auditiva. Não designa o grupo cultural dos surdos. Surdo-mudo
provavelmente a mais antiga e incorreta denominação atribuída ao surdo, e infelizmente ainda
utilizada em certas áreas e divulgada nos meios de comunicação, principalmente televisão, jornais e
rádio. * o fato de uma pessoa ser surda não significa que ela seja muda.
A mudez é outra deficiência, totalmente desagregada da surdez. São minorias os surdos que
também são mudos. Fato é a total possibilidade de um surdo falar, através de exercícios
fonoaudiólogos, aos quais chamamos de surdos oralizados. Também é possível um surdo nunca ter
falado, sem que seja mudo, mas apenas por falta de exercício. Por isso, o surdo só será também mudo
se, e somente se, for constatada clinicamente deficiência na sua oralização, impedindo-o de emitir
sons. Fora isto, é um erro chamá-los de surdo-mudo. Apague esta ideia! O que é o surdo-mudo? Erro
social dado ao tato de que o surdo vive num ‘’silêncio” rotulado pela própria sociedade (por falta de
conhecimento do real significado das duas palavras).
Surdez: dificuldade parcial ou total no que se refere à audição mudez: problema ligado à voz.
O que é a deficiência auditiva? É apenas uma perda sensorial, por isto as pessoas com problemas de
audição têm potencialidade igual a de qualquer ouvinte. Comunicação com liberdade e segurança.
Para os surdos a língua de sinais é fundamental, pois só através dela podem se comunicar.
Desmistificando os Estereótipos
• Nem todo surdo é mudo;
• Nem todos os surdos fazem leitura labial;
• Nem todos os surdos sabem língua de sinais;
• Ao falar com surdo não é necessário tocá-lo fortemente e/ou falar em voz alta.
• A língua de sinais não é universal.

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LIBRAS

A Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos – FENEIS define a Língua


Brasileira de Sinais – LIBRAS como a língua materna dos surdos brasileiros e, como tal, poderá ser
aprendida por qualquer pessoa interessada pela comunicação com esta comunidade. Como língua, está
composta de todos os componentes pertinentes às línguas orais, como gramática, semântica,
pragmática, sintaxe e outros elementos preenchendo, assim, os requisitos científicos para ser
considerado instrumento linguístico de poder e força. Possui todos os elementos classificatórios
identificáveis numa língua e demanda prática para seu aprendizado, como qualquer outra língua. (...) É
uma língua viva e autônoma, reconhecida pela linguística.

Quais são os termos corretos?


• Linguagem de sinais?
• Linguagem Brasileira de Sinais?
• Língua de sinais? Língua dos sinais?
• Língua Brasileira de Sinais?
• Língua de Sinais Brasileira? Língua de sinais brasileira?
• Libras? Libras? LIBRAS? LSB?
A língua de sinais, para início de conversa, é uma língua e não de uma linguagem. Por isso,
Não devemos utilizar os termos “linguagem de sinais” e sim “Língua Brasileira de Sinais”.
Língua define um povo, como o povo brasileiro. Linguagem pode ter vários sentidos: linguagem
visual, dos animais, corporal, musical, etc...

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PARÂMETROS DA LIBRAS

Os sinais são formados a partir da combinação do movimento das mãos com um determinado
formato em um determinado lugar, podendo este lugar ser uma parte do corpo ou um espaço em frente
ao corpo.

Nas línguas de sinais podem ser encontrados os seguintes parâmetros:

• Ponto de articulação: É o lugar onde inside a mão predominante configurada, podendo esta
tocar alguma parte do corpo ou estar em um espaço neutro vertical ( do meio do corpo até a
cabeça) e horizontal (à frente do emissor). Os sinais trabalhar, brincar, besteira, consertar são
feitos no espaço neutro e os sinais esquecer, mente, aprender e pensar são realizados na testa;

• Movimento: Os sinais podem ter movimento ou não. Os sinais citados acima têm movimento,
com exceção de pensar que, como os sinais ajoelhar e em pé m não tem movimento;

• Orientação / Direcionalidade: Os sinais têm uma direção com relação aos parâmetros acima.
Assim os verbos ir e vir se opõem em relação à derecionalidade, como os verbos subir e
descer, acender e apagar, abrir-porta e fechar-porta;

• Expressão facial e / ou corporal: muitos sinais, além dos quatro parâmetros mencionados
acima, em sua configuração têm como traço diferenciador também a expressão facial e/ou
corporal, como os sinais alegre e triste. Há sinais feitos somente com a bochecha como ladrão,
ato-sexual; sinais feitos com a mão e expressão facial, como o sinal bala, e há ainda sinais em
sons e expressões faciais complementam os traços manuais, como os sinais helicóptero e
motor.
Na combinação destes cinco parâmetros, tem-se o sinal. Falar com as mãos é, portanto, combinar
estes elementos para formarem as palavras e estas formarem as frases em um contexto.

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CONFIGURAÇÃO DE MÃO

Configuração de mãos é as diversas formas de mãos apresentada para a execução de cada


sinal/expressão das línguas de sinais.
São os formatos que as mãos tomam durante a sinalização.

Fonte : Nelson Pimenta

As configuração de mãos são LETRAS?


A base da língua não são as letras. A base morfológica da Libras é as configurações de mãos.

E a datilologia é feita através das configurações de mãos.

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" Quantas configurações de mãos existem na LIBRAS?"
A primeira tabela de configuração de mão apresentada no BRASIL para as LIBRAS (não
estamos falando de outras línguas de sinais) foi de 46 configurações, que foi trazida pelo Eduardo
Huet, o nobre educador francês que veio ao Brasil iniciar a língua de sinais brasileira no período
imperial.
A configuração de mão é a forma que a mão assume durante a realização de um sinal. Pelas
pesquisas linguísticas, foi comprovado que na LIBRAS, existem 46 configurações das mãos (Quadro
I), sendo que o alfabeto manual utiliza apenas 26 destas para representar as letras.

LUCINDA BRITO NELSON PIMENTA


(46 - CONFIGURAÇÕES) (61 CONFIGURAÇÃO )

TANYA FELIPE ( 61 – CONFIGURAÇÕES ) (62- CONFIGURÇÃO DE MÃO)

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(75 – Configurações de mão) (79 – Configurações de mão)

(81 – Configurações de mão)

Obs: Não precisa decorar todas as CM, pois você utilizará de forma natural quando estiver
interpretando.

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Vejamos alguns sinais de acordo com cada configuração de mão Configuração de Mão

Gordo
Avião
Triste
Desculpas
Sofrimento

( 4- Configuração de mão Nelson Pimenta ) Avisar

Trabalhar
Educado
Lanche
Queijo
Televisão
( 38 – Configuração de mão Nelson Pimenta)
Sorte

Preto
Pedra
Falar

( 50- Configuração de mão Nelson Pimenta) Visitar


País
Próprio

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SINAIS IÔNICOS E SINAIS ARBITRÁRIOS

Língua é um sistema de signos constituído arbitrariamente por convenções sociais, que


possibilita a comunicação entre os indivíduos. Além disso, ela é constituída por meio da cultura de
uma sociedade, que também auxilia na construção da identidade desses indivíduos.

No caso da língua de sinais brasileira (Libras), essa não será apenas a língua natural da
comunidade surda, como também irá refletir as singularidades do mundo surdo, onde ser surdo é fazer
parte de uma realidade visual e desenvolver sua experiência na língua de sinais.
No entanto, mesmo sendo a sua língua materna, a libras só teve seu status linguístico oficializado em
2002 e, até os dias de hoje, ainda sofre preconceito por parte de alguns estudiosos, que reduzem essa
língua a simples gestos aleatórios ou a comparam com a mímica.

Levando em conta essas considerações, o presente trabalho visa abordar questões ligadas à
descrição da libras, pesquisando de que forma o conceito de iconicidade de Peirce e os conceitos de
arbitrariedade de Saussure estão presentes nessa língua.

A modalidade gestual-visual-espacial pela qual a LIBRAS é produzida e percebida pelos


surdos leva, muitas vezes, as pessoas a pensarem que todos os sinais são o “desenho” no ar do
referente que representam. É claro que, por decorrência de sua natureza linguística, a realização de um
sinal pode ser motivada pelas características do dado da realidade a que se refere, mas isso não é uma
regra. A grande maioria dos sinais da LIBRAS são arbitrários, não mantendo relação de semelhança
alguma com seu referente.
Vejamos alguns exemplos entre os sinais icônicos arbitrários:
SINAIS ICÔNICOS
Uma foto é icônica porque reproduz a imagem do referente, isto é, a pessoa ou coisa
fotografada. Assim também são alguns sinais da LIBRAS, gestos que fazem alusão à imagem do seu
significado.

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Isso não significa que os sinais icônicos são iguais em todas as línguas. Cada sociedade capta facetas
diferentes do mesmo referente, representadas através de seus próprios sinais, convencionalmente,
(FERREIRA BRITO, 1993)
Conforme os exemplos abaixo: ÁRVORE

LIBRAS - representa o tronco usando o antebraço e a mão aberta, as folhas em movimento.

SINAIS ARBITRÁRIOS
São aqueles que não mantêm nenhuma semelhança com o dado da realidade que representam.
Uma das propriedades básicas de uma língua é a arbitrariedade existente entre significante e referente.
Durante muito tempo afirmou-se que as línguas de sinais não eram línguas por serem icônicas, não
representando, portanto, conceitos abstratos.
Isto não é verdade, pois em língua de sinais tais conceitos também podem ser representados,
em toda sua complexidade.

CONVERSAR

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QUANTIFICAÇÃO E INTENSIDADE

A quantificação é obtida em Libras através do uso de quantificadores como muito, mas


incorporar a quantificação, prescindindo, pois, o uso desse tipo de palavras. Assim, podemos observar
nos exemplos com o verbo olhar acima que o olhar pontual é realizado com apenas um dedo estendido
enquanto que os outros dois sinais são realizados com as mãos abertas, ou seja, com os dedos
estendidos. Dessa forma, esse tipo de alteração do parâmentro configuração de mão iconicamente
representa uma maior intensidade na ação (ficar-olhando-longamente) ou um maior número de
referentes sujeitos (todos-ficar-olhando). Essa mudança de configuração de mãos, aumentando-se o
número de dedos estendidos para significar uma quantidade maior pode ser ilustrado pelos sinais uma
vez, duas vezes, três vezes:

Às vezes, alongando-se o movimento dos sinais e imprimindo-se a ele um rítmo mais


acelerado, obtém uma maior intensidade ou quantidade. Isto é o que ocorre com os sinais falar e
falar-sem-parar, exemplificados acima e com os sinais longe e muito-longe ilustrados abaixo:

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Como se pode observar, os mecanismos espaciais utilizados pela Libras para obter significados
e efeitos de sentido distinguem-se daqueles utilizados pela língua portuguesa. Nesta as formas ou
marcas são muito mais arbitrárias e se apresentam. Em forma de segmentos sequencialmente
acrescentados ao item ou palavra modificada. Em libras, ocorre com muita frequência uma mudança
interna, isto é, uma alteração no interior da própria palavra.

OS COMPARATIVOS

Igualdade, Superioridade e Inferioridade

As qualidades em Libras podem ser comparadas a partir de três situações: superioridade,


Inferioridade e igualdade.
Nos comparativos de superioridade e inferioridade, usam-se os sinais MAIS ou MENOS.
Antes do adjetivo comparado, seguido da conjunção comparativa DO-QUE:

· comparativo de superioridade: X MAIS ------- DO-QUE Y;


· comparativo de inferioridade: X MENOS ---- DO-QUE Y.

Para o comparativo de igualdade, usam-se dois sinais: IGUAL (dedos indicadores e médios das
duas mãos roçando um no outro) e IGUAL (duas mãos com configuração em B, viradas para frente
encostadas lado a lado, com leve movimento de bater).

Geralmente usados no final da frase.

Exemplos:
VOCÊ MAIS VELH@ DO-QUE EL@
VOCÊ MENOS VELH@ DO-QUE EL@
VOCÊ-2 BONIT@ IGUAL (me)
IGUAL (md)

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MAIS E SEUS CONTEXTOS
Quando usar MAS?

Mas é usado principalmente como conjunção adversativa, indicando uma ideia de oposição. Pode ser
substituído por porém, todavia, contudo.
Além de conjunção, mas também pode ser um substantivo comum ou um advérbio. Como substantivo
se refere a um defeito, um senão. Como advérbio, dá ênfase a uma afirmação.

Quando usar MAIS?

Mais transmite sempre uma noção de maior quantidade ou intensidade, de excesso. Pode ser um
substantivo comum, uma conjunção, um advérbio de intensidade, uma preposição ou um pronome
indefinido. No plural, pode significar também: os outros, os demais, os restantes.

Na Libra, há 6 sinais, e cada um deles possui um contexto:

mas mais Mais para


( quantidade) (superlativo) lá/falta mais

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A FORMA CONDICIONAL SI (SE)

Na Libras a frase na forma condicional é indicada por um sinal soletrado “SI’


Que estabelece esse sinal de condição:
Exemplo:

VOCÊ VIAJAR RECIFE AMANHÃ?

SI CARRO CONSERTAR SIM, EU IR.

EXEMPLOS:
• VOCÊ IR FEIRA HOJE?
SI CHOVER NÃO, EU IR.

• ELE LIBRAS SABER !


SI ESTUDAR SEMPRE LIBRAS FÁCIL.

• VOCÊ QUER COMPRAR CARRO MEU?


SI DINHEIRO CONSEGUIR “AVISAR”

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VERBOS II

CONFIAR

CONFORTAR/
CONSOLO

CONFUNDIR/
CONFUSÃO

CONHECER

CONSEGUIR

CONSERTAR/
MANUTENÇÃO

CONSTRUIR (1)

CONSTRUIR (2)

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GLORIFICAR

GOSTAR

GRITAR

GUARDAR

GUIAR

INTERROMPER

INVERTER

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INVEJAR

INVENTAR

IR

JULGAR/
JUSTIÇA

LIMPAR (1)

LIMPAR (2)

LISTAR

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LIVRAR

LOCALIZAR

LOUVAR

LUGAR

NASCER

NECESSITAR

NEGOCIAR

OBEDECER

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OBRIGAR

TRADUZIR

TRAIR

TRANSFERIR

TRATAR

TRAUMATIZAR

TRAZER

TREINAR

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21
TROCAR

UNIR

USAR

VENCER

VENCER-ME/
VENCIDO

VENDER

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DOCUMENTOS

FONTE: Incluir Tecnologia

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ESPORTES

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Religião

ALMA ALTAR

ANJO ATEU

BATISMO (IGREJA BATISTA) BATISMO (IGREJA CATÓLICA)

BÍBLIA BISPO

BUDA CATEDRAL

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CATÓLICO COMUNGAR (COMUNHÃO)

CONVENTO CRISTÃO

CRUCIFICAÇÃO DE JESUS CRUZ

CULTO DEUS

DEZ MANDAMENTOS EVANGÉLICO


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FREIRA IGREJA

IGREJA BATISTA IGREJA MATRIZ

INFERNO JESUS

JUDEU (1) JUDEU (2)

JUDEU (3) MISSA


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28
MISSIONÁRIO ORAÇÃO (PRECE)

PADRE PAPA

PASTOR PECAR

PRESBITERIANO RESSURREIÇÃO DE JESUS

SANTO

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29
Profissões

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ESTADOS BRASILEIROS

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REGIÕES/ ESTADOS / CAPITAIS

REGIÃO GOIÂNIA REGIÃO NORDESTE CEARÁ

REGIÃO CENTRO OESTE MATO GROSSO ALAGOAS FORTALEZA

DISTRITO INDUSTRIAL CUIABÁ MACEIÓ MARANHÃO

BRASILIA MATO GROSSO DO SUL BAHIA SÃO LUÍS

GOIÁS CAMPO GRANDE SALVADOR PARAÍBA

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32
JOÃO PESSOA RIO GRANDE DO NORTE ACRE MANAUS

PERNAMBUCO NATAL RIO BRANCO PARÁ

RECIFE SERGIPE AMAPÁ BELÉM

PIAUÍ ARACAJU MACAPÁ RONDÔNIA

TERESINA REGIÃO NORTE AMAZONAS PORTO VELHO

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33
RORAIMA ESPIRITO SANTO SÃO PAULO PORTO ALEGRE

BOA VISTA VITÓRIA REGIÃO SUL SANTA CATARINA

TOCANTINS MINAS GERAIS PARANÁ FLORIANÓPOLIS

PALMAS BELO HORIZONTE CURITIBA

REGIÃO SUDESTE RIO DE JANEIRO RIO GRANDE DO


SUL

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BAIRROS BAYEUX

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VALORES MONETÁRIOS

Em Libras para se representar os valores monetários de um até nove reais, usa-se o sinal do
numeral correspondente ao valor, incorporando a este o sinal VÍRGULA. Por isso o numeral
para valor monetário terá pequenos movimentos rotativos. Pode ser usado também para estes
valores acima os sinais dos numerais correspondentes seguido dos sinais soletrados R-L "real"
ou R "real/reais".

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Para valores de um mil até nove mil também há a incorporação do sinal VÍRGULA, mas aqui o
movimento desta incorporação é mais alongando do que os valores anteriores (de 1 até nove
reais). Podem ser usados também, para esses valores acima, os sinais dos numerais
correspondentes seguidos de PONTO.

Para valores de um milhão para cima, usa-se também a incorporação do sinal VÍRGULA com o
numeral correspondente, mas aqui o movimento rotativo é mais alongado do que em mil. Pode-
se notar uma gradação tanto na expressão facial como neste movimento da vírgula incorporada
que ficam maiores e mais acentuados: de 1 a 9 < de 1.000 a 9.000 < de 1.000.000 a 9.000.000.

Quando o valor é centavo, o sinal VÍRGULA vem depois do sinal ZERO, mas na maioria das
vezes não precisa usar o sinal ZERO para centavo porque o contexto pode esclarecer e os
valores para centavos ficam iguais aos numerais cardinais.

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40
HIGIENE

PENTE
ESCOVA DE DENTE

FIO DENTAL PERFUME

LENÇO DE PAPEL
SABONETE

PAPEL HIGIÊNICO
SHAMPOO

PASTA DE DENTE

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41
CORPO HUMANO

BARBA CABEÇA COTOVELO GARGANTA

BARRIGA CABELO COXA INTESTINO

BOCA CÉREBRO DEDO JOELHO

BRAÇO CÍLIUS DENTE LÍNGUA

CORAÇÃO FÍGADO MÃO

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42
NÁDEGAS OSSO PERNA UNHA

NARIZ OVÁRIO PESCOÇO ÚTERO

OLHO PÉ PULMÃO

OMBRO PELE SANGUE

ORELHA SOMBRANCELHAS

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43
Saúde

AGULHA CAXUMBA DOR DE BARRIGA

ALERGIA CIRURGIA DOR DE CABEÇA

AMBULÂNCIA CIRURGIA PLÁSTICA DOR DE OUVIDO

BRONQUITE DIARREIA FEBRE

CATAPORA DOR GRIPE

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44
INJEÇÃO TONTURA

NAÚSEA TOSSE

REMÉDIO VÔMITO

SANGUE

SERINGA

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45
LEGISLAÇÃO

Presidente Ofício
Governador Regimento
Prefeitura Declaração
Deputado Federal Inclusão
Deputado Estadual República
Vereador Ministério Público
Democracia Igualdade
Câmara Municipal Polícia Civil
Constituição Processo
Tribunal Polícia Federal
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ESCRITA DE SINAIS

SW-Edit é um software de editor de textos da língua de sinais, baseado no sistema


de escrita de sinais, SignWriting. Foi desenvolvido por Rafael Piccin Torchelsen e
Antônio Carlos da Rocha Costa.
Para baixar o SW-Edit e o manual de Signwriting acesse o link abaixo e comece a
usá-lo para aprender a escrever em SW.

Fonte: www.signwriting.org

Para que as pessoas comecem a aprender a língua de sinais, a primeira coisa que se deve
ensinar é o Alfabeto Manual em Libras. Ele é produzido por diferentes formatos das mãos que
representam as letras do alfabeto escrito e é utilizado para “escrever” no ar, ou melhor, soletrar
no espaço neutro, o nome de pessoas, lugares e outras palavras que ainda não possuem sinal.
Da mesma forma, é o alfabeto da escrita de sinais, só que ele é a representação visual
escrita do alfabeto manual e não apenas formatos de mãos aleatórios. Muito pelo contrário, veja
abaixo, o alfabeto do SignWriting da Língua Brasileira de Sinais que foi desenvolvido a partir
das configurações de mãos.

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CALENDÁRIO E DIAS DA SEMANA

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CONCEITOS DOS PROFISSIONAIS DA LIBRAS.

1-Tradutor: aquele que faz a translação de uma língua para outra, trabalha com
textos, tem tempo para fazer a tradução.
2-Intérprete: aquele que faz a translação de uma língua para outra, trabalha com
fala, geralmente faz a interpretação simultânea.
3-Instrutor de Libras: ensina a língua de sinais, geralmente tem apenas o segundo
grau, pode ser surdo ou ouvinte.
4-Professor de Libras: Ensina a língua de sinais, segundo a legislação, esse
profissional precisa ter um dos requisitos: graduação em libras, prolibras ou
especialização em libras. Pode ser surdo ou ouvinte fluente em libras.
5-Professor de surdo: surdo ou ouvinte licenciado que tem aluno surdo.
6-Professor bilíngue: surdo ou ouvinte licenciado fluente em duas línguas.
7-Professor de apoio: atua com pessoas com necessidades especiais, com curso
específico para cada tipo de necessidade.

Quem é Professor de Libras

O capítulo II do Decreto 5626/2005 que regulamenta a Lei 10.436/2002 declara que:

Art. 3o A Libras deve ser inserida como disciplina curricular obrigatória nos cursos
de formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior,
e nos cursos de Fonoaudiologia, de instituições de ensino, públicas e privadas, do
sistema federal de ensino e dos sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios.

Então o quê este decreto considera curso de formação de professores?

§ 1o Todos os cursos de licenciatura, nas diferentes áreas do conhecimento, o curso


normal de nível médio, o curso normal superior, o curso de Pedagogia e o curso de
Educação Especial são considerados cursos de formação de professores e
profissionais da educação para o exercício do magistério.
§ 2o A Libras constituir-se-á em disciplina curricular optativa nos demais cursos de
educação superior e na educação profissional, a partir de um ano da publicação
deste Decreto.

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Decreto 5626/2005 regulamenta a formação do professor de Libras e
perfil mínimo para a atuação nesta área como veremos a seguir. A partir do
Decreto dois cursos de graduação surgiram:
Licenciatura plena em Letras: Libras
Curso à distância e presencial iniciado em 2006 pela UFSC com diversos pólos em todo o Brasil. A
primeira turma formou-se em 2010. Nesta turma pioneira tivemos a representação da Paraíba com
alunos formados no pólo de Fortaleza, sendo 5 surdos e 2 ouvintes.

Licenciatura plena em Letras:Libras/Língua Portuguesa


Curso à distância iniciado em 2010 pela UFPB com diversos pólos em toda a Paraíba. Vários alunos
de Estados vizinhos são contemplados por esta formação. A formatura da turma pioneira será em
2014. Você faz parte desta construção histórica!

Enquanto não há pessoas formadas suficientes para a atuação, o decreto determinou o perfil
mínimo exigido para o exercício da profissão de professor de LIBRAS:
Prolibras
I - professor de Libras, usuário16 dessa língua com curso de pós- graduação ou com formação
superior e certificado de proficiência em Libras, obtido por meio de exame promovido pelo
Ministério da Educação;
II - professor ouvinte bilíngue: Libras - Língua Portuguesa, com pós- graduação ou formação
superior e com certificado obtido por meio de exame de proficiência em Libras, promovido
pelo Ministério da Educação.
Agora que compreendemos o processo de formação do professor de LIBRAS (surdo e
ouvinte) gostaria de lançar uma pergunta para que juntos possamos refletir: Para quem serão
ministradas as aulas de LIBRAS nos cursos citados?

Que público é este?


Exatamente. Trata-se de alunos ouvintes!
Então a metodologia de ensino que deverá ser utilizada para este público é voltada para
o ensino da LIBRAS como segunda língua (L2), pois a língua materna destes alunos é a Língua
Portuguesa (L1). Neste contexto a tradução de textos será a ferramenta mais utilizada pelo
professor de LIBRAS. Inclusive para a elaboração de uma aula, o professor, que utilizará como
Língua de instrução a LIBRAS, precisará preparar seus slides utilizando recursos para facilitar
o entendimento do aluno ouvinte numa aula ministrada em LIBRAS, isto inclui recursos da
língua materna na sua modalidade apresentar a tradução como uma prática pedagógica do
professor de LIBRAS.
Mesmo no caso de professores surdos que não se interessam pelo ensino da Libras como
L2 e preferem investir no ensino desta língua como L1 nas escolas bilíngues, a tradução é
também uma ferramenta no processo de aprendizagem da criança surda.
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Você pode estar se perguntando: Eu, enquanto professor, farei as traduções dos meus materiais
didáticos sozinhos?
Não. Pois a presença dos intérpretes em escolas bilíngues é obrigatória. Os planejamentos
quanto ao conteúdo, bem como a elaboração dos materiais são realizados em conjunto.

O professor utilizará a tradução como ferramenta tanto no ensino da


Libras como primeira língua (L1), neste caso alunos surdos, quanto
no ensino da Libras como segunda língua (L2), neste caso ouvintes.

O Instrutor de Libras

O Instrutor de Libras é o protagonista, deve reconhecer que é responsável por organizar


e administrar a sala se aula, durante sua atuação, segundo os padrões determinados pela
instituição e mais do que nunca precisa criar um ambiente de sala de aula agradável, criando
condições materiais, na qual ambos, aluno e instrutor troquem experiências em busca de
aprendizagem. Nunca deve emitir publicamente considerações acerca de atitudes dos demais
professores e intérpretes, ainda que sob seu ponto de vista, esses não dominem a Libras ou não
tenham compromisso com o processo de ensino-aprendizagem. Cabe a ele construir uma
relação de cooperação com os demais profissionais do contexto escolar, principalmente com os
interpretes.

Para o aluno surdo a presença de um instrutor surdo em sala de aula é uma referência
positiva, uma grande conquista, visto que ele é um profissional com a mesma diferença.

As instrutoras surdas são responsáveis pelo ensino de Libras em salas de aula para
aprendizagem e interação dos alunos ouvintes e surdos inseridos na escola.

Foi possível perceber que os alunos em geral são bastante interessados em aprender
libras, além de um carinho especial pelas instrutoras surdas.

No entanto a escola tornou-se um lugar de comunicação para surdos e ouvintes, onde


alunos comunicam, sinalizam, convivem e aprendem um com os outros trocando experiências e
saberes. Nota-se que os obstáculos de inclusão da escola, já foram superados através de
formação de consciência do alunado.

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CONHECENDO O INTÉRPRETE DE LIBRAS

HISTÓRICO PROFISSIONAL DO TILS

Numa perspectiva histórica, a tradução é vista por diversos olhares que buscam seu
delineamento. Além de ser compreendida como arte, também é estudada como um processo
complexo, envolto por nuances entre a sensibilidade do tradutor e o conhecimento técnico.
Em seu livro, Os Tradutores na História, DELISLE e WOODSWORTH (2003) realizam um
resgate sobre a atuação dos tradutores e sua contribuição social. Em muitas comunidades, o
tradutor realiza toda a formação de uma língua por meio da análise linguística dos signos e
muitas vezes, em situações extremas, construindo até o alfabeto daquela língua.
Nesta perspectiva, a tradução é uma importante ferramenta para a disseminação do
conhecimento, pois contribui para a apreensão intelectual e cultural da humanidade. Conforme
Quadros (2004, p.13)

Em vários países há tradutores e intérpretes de língua de sinais. A história da


constituição deste profissional se deu a partir de atividades voluntárias que
foram valorizadas enquanto atividade laboral na medida em que os surdos
foram conquistando o seu exercício de cidadania.

A oficialização das línguas de sinais assegurou aos surdos o direito à acessibilidade linguística
através do intérprete, que buscou a profissionalização mediante os espaços que atuava.

• No Brasil, segundo a autora, o exercício da atividade do tradutor/intérprete iniciou no


campo religioso durante os anos 80. Com o intuito de discutir a atuação profissional, uma
série de ações foi desenvolvida: a FENEIS28 promoveu em 1988 o I Encontro Nacional de
Intérpretes de Língua de Sinais; e em 1992, foi realizado o II Encontro Nacional, no qual
foi discutido e votado o regimento interno do Departamento Nacional de Intérpretes.

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Semelhante aos outros países, a oficialização da língua de sinais brasileira por meio da lei
nº 10.436, de 24 de abril de 2002, impulsionou uma série de reivindicações e conquistas
referentes à acessibilidade linguística dos surdos (QUADROS, 2007).
O reconhecimento da Libras como língua oficial do país conferiu aos surdos o respeito à
diferença linguística. A conceituação da surdez transitou da perspectiva biológica para a
psicossocial, reconstruindo também o papel das pessoas ouvintes sinalizantes para intérpretes
de Libras.
Tal fato promoveu grande impulso sobre a produção e interpretação de textos e materiais
didáticos. Percebe-se uma crescente iniciativa de projetos de interpretação dos mais diversos
trabalhos, dentre eles, a tradução/interpretação de obras literárias.
Enfim, no dia 1º de setembro de 2010, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sanciona a lei
nº. 12.319 que regulamenta o exercício da profissão de Tradutor e Intérprete da Língua
Brasileira de Sinais (Libras), além de definir critérios para sua formação e atuação.

Segundo Quadros (2007, p. 27) o intérprete de língua de sinais é o profissional que domina a
língua de sinais e a língua falada do país e que possui competência linguística para realizar a
tradução/interpretação das línguas envolvidas.
Quanto a isto, o linguista Jakobson, contribui ao identificar aspectos norteadores às atividades
de tradução e interpretação. Tais parâmetros orientam a análise da tradução em um contexto
linguístico atribuindo ao tradutor/intérprete competências necessárias ao exercício profissional.
São elas: competência linguística e competência referencial.
Já Chomsky contribui ao definir competência linguística como a capacidade que o falante tem
de produzir um número infinito de enunciados partindo de um número finito de parâmetros.
Outra competência essencial à tarefa tradutória é a competência referencial.
Neste contexto o termo referencial faz alusão ao conceito de signo, elaborado por Saussure,
“combinação de um conceito com uma imagem”. O desenvolvimento desta competência ocorre
quando o intérprete ao conviver com pessoas surdas conhece sua cultura, adquirindo tanto
domínio linguístico, como conhecimento de questões culturais. (VASCONCELLOS e
BARTHOLAMEI, 2009).
O tradutor deve buscar a competência nas duas línguas que traduz, entendendo que o fato de ser
nativo da língua não o constitui usuário competente. O tradutor/intérprete de língua de sinais
deve buscar elevar sua competência linguística por meio de estratégias de busca, como também
ser competente linguisticamente em relação às competências: lexical; gramatical; semântica;
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fonológica.
Além das competências citadas, o intérprete deve agregar ao desempenho de sua função uma
conduta moral regida por princípios éticos. O código de ética do TILS em seu artigo 1º declara
que “O intérprete deve ser uma pessoa de alto caráter moral, honesto, consciente, confidente e
de equilíbrio emocional. Ele guardará informações confidenciais e não poderá trair
confidências, as quais foram confiadas a ele”. (Quadros, 2004, p. 31,32).
O intérprete deve estar atento à formação e à conduta profissional, a fim de pautar suas ações
na ética e no conhecimento técnico, pois a transmissão do texto aliada à fidelidade constitui
uma importante tarefa para o tradutor/intérprete.

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TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO

NO CONTEXTO CULTURAL DA COMUNIDADE SURDA

Viver por meio de mensagens traduzidas é a realidade do dia-a-dia da pessoa com


Identidade Surda. Esta identidade que revela o “jeito surdo de ser”, parte da identificação com
a língua de sinais que revelam a participação política e a militância pelo direito de vivenciar o
mundo de uma forma visual. A divulgação destes discursos mencionados para a sociedade
majoritária formada por ouvintes depende de uma tradução. Na realidade, no contexto atual,
onde o multiculturalismo é uma realidade, as traduções culturais são estratégias de
sobrevivência.
Artefato cultural: experiência visual

Nascer em determinado contexto social, em determinada época e pertencer a


determinado grupo, já diz muito sobre quem você é e sua forma de pensar. Os indivíduos não
agem da forma que quer deliberadamente, sempre existe por traz uma construção simbólica
com raiz cultural transmitida de geração para geração. Isso nos faz retomar o fato de que os
surdos
compartilham da mesma nacionalidade e naturalidade dos ouvintes e vivenciam experiências
comuns, porém também possuem uma cultura própria.
Nesse sentido, entender a Cultura Surda como multicultural é o primeiro passo para
admitir a existência da mesma. Partindo desta abordagem multiculturalista é possível afirmar
que a comunidade surda partilha com a comunidade ouvinte do mesmo espaço, do mesmo tipo
de vestuário e alimentação, dentre outros hábitos e costumes, mas possui uma experiência
visual de mundo que sustenta os aspectos peculiares da sua cultura.
A constatação que o surdo elabora sua construção de mundo através de experiências
visuais e os ouvintes através de experiências sonoras é apenas o ponto inicial para diferenciar
as duas culturas. Ressalto que neste cenário multicultural, onde estas duas culturas convivem
num contexto comum, no nosso caso, o território brasileiro, é de extrema relevância ressaltar
que não há melhores nem piores e sim diferentes, como afirma Salles (2004; P: 36):

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Os ouvintes são acometidos pela crença de que ser ouvinte é melhor que ser
surdo, pois na ótica ouvinte, ser surdo é o resultado da perda de uma habilidade
‘disponível’ para a maioria dos seres humanos. No entanto, essa parece ser uma
questão de mero ponto de vista.

Artefato cultural: Linguístico

A cultura do povo surdo é reescrita historicamente através do fortalecimento que acontece


de geração para geração, e a maior característica desta vivência de mundo visual compartilhada
por este povo é a sua forma de comunicação, a língua de sinais.
Como exemplo deste artefato fundamental cito mais uma vez um relato da autora:

Em escola de ouvintes, além de muitas outras disciplinas, eu


tinha aula de religião que não entendia muito, as únicas coisas
que sabia era que Deus era muito importante e, se morresse
iria ficar de frente com Ele, e isto me incomodavam, me
deixando muito ansiosa. Minha mãe percebeu e me
questionou, expliquei a ela através de gestos e vocabulários
isolados que, se eu morresse como Deus iria me entender? Não
sabia falar. Minha mãe explicou que Deus entendia qualquer
língua.

Um fato interessante é que a Língua de sinais por muitos anos foi considerada ágrafa, ou
seja, uma língua que não possui sua modalidade escrita, mas atualmente existe a ELS (Escrita
em Língua de Sinais) ou Sign Writing trazida para o Brasil pela doutora surda Marianne
Stumpf em 1996.

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INTERPRETAÇÃO DE MÚSICAS COMPOSTAS EM LÍNGUA PORTUGUESA PARA A LÍNGUA
BRASILEIRA DE SINAIS

Para uma boa interpretação de música faz-se necessário antes de qualquer coisa “ligar o botão da
criatividade”. Este componente é fundamental para a beleza de uma interpretação de música para a
Língua gestual-visual, a Língua de Sinais.
Podemos observar a relevância da criatividade no ato de uma interpretação quando, por exemplo, ao
invés de simplesmente interpretar a palavra amor com o sinal equivalente, o intérprete opta por fazer a
dactilologia da palavra em forma de um coração, no ritmo da música e com uma expressão facial que
destaca o sentido poético do sinal inserido neste contexto.

Entendendo então que a beleza de uma música sinalizada depende de vários fatores,
propomos quatro etapas que norteiam uma boa interpretação de músicas compostas
em Língua Portuguesa para a Língua Brasileira de Sinais.

1ª Etapa: Encontre o estilo musical


Busque transmitir o estilo da música. Exemplos de estilos musicais (Sacra, Romântica, Rap, Rock,
Reage,
Forró, Funk, Salsa, etc).

Dica para ouvintes e surdos com resíduos auditivos que têm o hábito de ouvir músicas

Experimente colocar uma música com um estilo marcante como rock ou frevo por
exemplo.
Coloque um fone de ouvido e tente passar para um surdo qual o estilo musical que você
está ouvindo, sem utilizar os sinais, apenas através dos movimentos de mãos e cabeça e de
expressão facial e corporal. Vale ressaltar que a ideia não é dançar, mas seguindo o ritmo da
música você perceberá que é possível mostrar visualmente as mãos subindo e descendo
enquanto você interpreta aquela música, com isto o surdo identificará a característica marcante
do frevo.

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CLASSIFICADORES

O que é o Classificador na LIBRAS


Nas línguas do mundo as classificações podem se manifestam de várias formas.
Podem ser: uma desinência, como em português, que classifica os substantivos e os adjetivos
em masculino e feminino: menina - menino; pode ser uma partícula que se coloca entre as
palavras; e ainda pode ser uma desinência que se coloca no verbo para estabelecer
concordância.
Ao se atribuir uma qualidade a uma coisa como, por exemplo: arredondada, quadrado, cheio
de bolas, de listras, etc isso representa um tipo de classificação porque é uma adjetivação
descritiva, mas isso não quer dizer que seja, necessariamente, um classificador como se vem
trabalhando este conceito nos estudos linguísticos. Para os estudiosos deste assunto, um
classificador é uma forma que existe em número restrito em uma língua e estabelece um tipo
de concordância. Na LIBRAS, os classificadores são configurações de mãos que, relacionadas
à coisa, pessoa e animal, funcionam como marcadores de concordância.
Assim, na LIBRAS, os classificadores são formas que, substituindo o nome que as precedem,
pode vir junto ao verbo para classificar o sujeito ou o objeto que está ligado à ação do verbo.
Portanto os classificadores na LIBRAS são marcadores de concordância de gênero: PESSOA,
ANIMAL, COISA.
Os classificadores para PESSOA e ANIMAL podem ter plural, que é marcado ao se representar
duas pessoas ou animais simultaneamente com as duas mãos ou fazendo um movimento
repetido em relação ao número.
Os classificadores para COISA representam, através da concordância, uma característica desta
coisa que está sendo o objeto da ação verbal, exemplos:

COPO MESA coisa arredondada COLOCAR;


CARRO veículo ANDAR-UM-ATRÁS-DO-OUTRO
veículo ANDAR
M-A-R-I-A A-L-E-X pessoa PASSAR-UM-PELO-OUTRO
Pessoa PASSAR
Não se deve confundir os classificadores, que são algumas configurações de mãos
incorporadas ao movimento de certos tipos de verbos, com os adjetivos descritivos que, nas
línguas de sinais, por estas serem espaços-visuais, representam iconicamente qualidades de
objetos. Por exemplo, para dizer nestas línguas que “uma pessoa está vestindo uma blusa de
bolinhas, quadriculada ou listrada”, estas expressões adjetivas serão desenhadas no peito do
emissor, mas esta descrição não é um classificador, e sim um adjetivo que, embora classifique,
estabelece apenas uma relação de qualidade do objeto e não relação de concordância de
gênero: PESSOA, ANIMAL, COISA, que é a característica dos classificadores na LIBRAS,
como também em outras línguas orais e de sinais.

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O QUE É VERSÃO VOZ NA LIBRAS E VERSÃO SINALIZADA

O que é uma Interpretação Versão Voz?

É a interpretação da LIBRAS para o Português. Isto acontece quando a mensagem está em


Língua de Sinais (língua fonte)24 e o TILS deverá interpretá-la para a Língua Oral do País.
Vale ressaltar que é fundamental ter um bom vocabulário nas duas línguas para que a
interpretação não seja prejudicada, pois se o intérprete cometer erros de concordância,
omissões, distorções ou trocas de fonemas, bem como equívocos linguísticos, dentre outras, a
mensagem inicial chegará prejudicada e em determinados casos causará descaso e desânimo no
ouvinte receptor da mesma.

Como proceder antes da interpretação?

Ciente de que nenhuma interpretação ou tradução terá 100% de integridade com a


mensagem inicial o TILS deverá tomar algumas providências para minimizar os possíveis
prejuízos.
1º - Prévia do conteúdo: Faz-se necessário que o intérprete apresente-se ao emissor surdo que
poderá ser, por exemplo, um professor, pastor, conferencista, palestrante, entrevistado, dentre
outros, para que, com este primeiro contato, algumas informações sobre o conteúdo sejam
compartilhadas. Em algumas destas situações a pessoa surda já leva um resumo por escrito da
sua palestra, ou envia por e-mail com antecedência, fato este que favorece a qualidade do
serviço de interpretação.

2º - Sinais específicos: O intérprete não é especialista em todas as áreas do conhecimento,


portanto têm alguns termos específicos de determinadas áreas que o mesmo desconhece, então
neste momento de preparação, o TILS deverá aproveitar a oportunidade para perguntar se o
palestrante utiliza algum sinal específico para os termos em questão. Além disso, ainda
devemos lembrar do regionalismo, com os famosos “sotaques”, que precisam ser identificados
para que não hajam equívocos na interpretação.

3º - Local para a interpretação: É preciso haver um acordo entre o emissor sinalizador e o


intérprete quanto ao melhor local de posicionamento tanto do palestrante como do intérprete,
para que a visualização dos sinais seja clara, sem impedimentos como, por exemplo, arranjos
de flores nas mesas, ou câmera de vídeo. Para tanto, o intérprete deverá estar sentado ou em pé,
de frente, numa distância que garanta esta visualização.

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Vale ressaltar, que cabe ao intérprete também verificar se o local do seu posicionamento está ao
alcance de um microfone. Além disso, providenciar ou solicitar água para sua hidratação,
evitando assim o transtorno das ocorrências de rouquidão ou tosse no momento da
interpretação

POSIÇÃO: EM PÉ POSIÇÃO: SENTADA

Érica (direita) anunciou sexo dos bebês junto


Michelle Bolsonaro mensagem de com a Interprete Rosemeire (Foto:
agradecimento em libras com versão voz da Reprodução/ TV TEM)
interprete Adriana Ramos Fonte: Google

Fonte

4º - Selecionar alguém para o apoio: Este item assim como os outros é de extrema relevância.
Solicite que outro intérprete sente ao seu lado. Isto não significa não que você seja inferior a
este em capacidade, mas que enquanto profissional você zela pela qualidade do serviço. Então
solicite com antecedência a outro profissional que seja o seu apoio para te auxiliar de uma
forma geral, como por exemplo, com os sinais que sofrem variações linguísticas, sinais
técnicos, dúvidas corriqueiras, dentre outras. Esta pessoa que servirá como apoio, poderá te
substituir nos possíveis imprevistos,

Como proceder durante a interpretação?


1º deverá refletir as ideias emitidas em sinais pelo emissor surdo.

2º A importância da imparcialidade: O intérprete não deverá fazer correções da mensagem


proferida pelo emissor. Nem demonstrar sua opinião pelo tom de voz ou expressão
facial/corporal. É importante lembrar que embora seja a sua voz, ao interpretar não são as suas
ideias, crenças ou opiniões que o receptor espera ouvir naquele momento enquanto você
desempenha o papel de intérprete.

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3º O intérprete não pode interagir com a plateia: A invisibilidade do intérprete não é algo fácil
de ser administrado no caso de uma interpretação versão voz. Em alguns casos o ouvinte que
está assistindo uma palestra ministrada por um surdo dirige-se ao intérprete e diz: “Qual a
opinião dele (o palestrante) ...”. Esta situação é bastante delicada, pois gera uma
desconcentração e do palestrante. Nesta situação, o intérprete de apoio orienta ao ouvinte que
ele deve levantar a mão e direcionar-se ao palestrante. Em outros casos, principalmente em
reuniões, o intérprete em atuação que deseja emitir sua opinião, deverá pedir que outro
intérprete assuma a interpretação substituindo-o para que assim ele possa expor suas ideias.

Como proceder após a interpretação:

1º - O intérprete deverá ficar posicionado (a) próximo ao palestrante surdo, pois alguém poderá
abordá-lo
(a) e necessitará dos serviços de interpretação.

2º - O intérprete responde quanto à interpretação. Não deverá receber elogios ou críticas quanto
à palestra ou mensagem, ele foi intérprete e não expositor das ideias, então o mesmo deverá
encaminhar os méritos do conteúdo ministrado para o palestrante.

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Referências
• Linguística. 2. Libras. 3. Teorias da tradução. 4. Educação – Política e Gestão. 5.
Currículo. 6. Escrita de Sinais. I. Faria, Evangelina Maria Brito de. II. Assis, Maria
Cristina de.
• 304 p.: Il.
• -CARVALHO, Paulo Vaz de. História dos Surdos no Mundo, editora Surd'Universo.
(ISBN 978-989-95254-1-2). Lisboa 2007
• CAPOVILLA, Fernando César & RAPHAEL, Walkiria Duarte. Dicionário
Enciclopédico Ilustrado Trilingüe
• COPAVILLA, Fernando César. RAPHAEL, Walkiria Duarte. (2001). Dicionário
Enciclopédico Ilustrado da Língua de Sinais brasileira: volume I: sinais de A a L.
2ª Ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: Imprensa Oficial do Estado.
• COPAVILLA, Fernando César. RAPHAEL, Walkiria Duarte. Dicionário
Enciclopédico Ilustrado da Língua de Sinais brasileira: volume II: sinais de M a Z.
2ª Ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: Imprensa Oficial do Estado,
2001.
• file:///C:/Users/anacl/Documents/pdf%20importantes/AP03.pdf
• file:///C:/Users/anacl/Documents/pdf%20importantes/apostilalibras-110704225732-
phpapp01.pdf
• HONORA, M; FRIZANCO, M. L. E. Livro Ilustrado de Língua Brasileira de Sinais:
Desvendando a comunicação usada pelas pessoas com surdez. São Paulo: Ciranda
Cultural,2010.

DELISLE, J. Os Tradutores na História. São Paulo: Ática, Tradução Sérgio Bath,


1998.
• https://www.webartigos.com/artigos/o-papel-do-instrutor-de-libras-no-ensino-
regular/111180

• http://tertuliasdelibras.blogspot.com/2015/11/configuracoes-de-maos.html
• https://pt.slideshare.net/leonardoteleslima90/estados-e-capitais-libras
• ISBN: 978-85-7745-847-9
• Língua portuguesa e LIBRAS: teorias e práticas 3 / Evangelina Maria Brito de
Faria, Marianne Carvalho Bezerra Cavalcante (organizadoras). - João Pessoa:
Editora Universitária da UFPB, 2011. 282 p.: Il. ISBN: 978-85-7745-713-7
• Língua portuguesa e LIBRAS: teorias e práticas 4 / Evangelina Maria Brito de Faria,
Maria Cristina de Assis (organizadoras). - João Pessoa: Editora Universitária da
UFPB, 2011.
• MADSON BARRETO, Escrita de Sinais sem mistérios, 2011
• MASUTTI, M. L. Tradução cultural: desconstruções logofonocêntricas
em zonas de contato entre surdos e ouvintes. Florianópolis: Ed. UFSC,
2007.
• O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua portuguesa / Secretaria de
Educação Especial; Programa Nacional de Apoio à Educação de Surdos - Brasília :
MEC ; SEESP, 2004. 94 p. : il. 1. Língua de sinais. 2. Professor intérprete. I. Título.
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CDU 376
• QUADROS, R. M. O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais
e língua portuguesa. Secretaria de Educação Especial; Programa Nacional
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