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INSTITUTO FEDERAL DE EDUAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA –

IFSP/SÃO PAULO.

RESENHA
Nada na língua é por acaso de Marcos Bagno

CUBATÃO
2010
VANDERLEIA BARBOSA DA COSTA

RESENHA

Resenha do livro Nada na língua é por


acaso, do autor Marcos Bagno,
desenvolvida para a disciplina de Língua
Portuguesa, Comunicação e Expressão
do. Curso de Gestão em Turismo do
Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia – IFSP, campus Cubatão. Sob
a supervisão da Profª. Ms. Claúdia
Silveira.

CUBATÃO
2010

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BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação
lingüística. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.p.59-116

Marcos Bagno nasceu em Cataguases (MG), mas sempre viveu fora de seu
estado de origem. Depois de ter vivido em Salvador, no Rio de Janeiro, em Brasília e
no Recife, transferiu-se em 1994 para a capital de São Paulo, onde viveu até 2002,
quando se tornou professor do Instituto de Letras da Universidade de Brasília
(UnB),.tendo atuado no Departamento de Linguística, Português e Línguas
Clássicas até 2009, ano em que se transferiu para o Departamento de Línguas
Estrangeiras e Tradução.

Como escritor, Bagno iniciou sua carreira em 1988 ao receber o IV Prêmio


Bienal Nestlé de Literatura pelo livro de contos A Invenção das Horas, publicado
pela Editora Scipione.Vieram em seguida outros livros, a maioria deles dedicados ao
público infanto-juvenil. Sua produção literária soma no momento quase 30 títulos.
Outros prêmios importantes: “João de Barro” (literatura infantil, 1988), “Cidade do
Recife” (poesia, 1988), “Cidade de Belo Horizonte” (contos, 1988), “Estado do
Paraná” (contos, 1989) e “Carlos Drummond de Andrade” (poesia, 1989). Alguns de
seus livros receberam da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil a
classificação de “Altamente Recomendável”. Desde 1997, tem se dedicado à
produção de obras voltadas para a educação, como Pesquisa na escola: o que é,
como se faz (Ed. Loyola), Machado de Assis para principiantes (Ed. Ática), O
processo de independência do Brasil (Ed. Ática).

Suas obras no campo da linguística se concentram principalmente nas


questões relativas à crítica do ensino da língua portuguesa nos moldes tradicionais,
baseados exclusivamente nas noções pouco consistentes da gramática normativa e
impregnados de preconceitos sociais. Seu primeiro trabalho nessa linha foi A língua
de Eulália (novela sociolingüística), publicado pela Ed. Contexto em 1997 e desde
então constantemente reeditado.

Paralelamente, Bagno vem trabalhando como tradutor para algumas das


principais editoras do país, e já traduziu mais de 50 livros do inglês, do francês, do
espanhol e do italiano. Como intérprete simultâneo de conferências, soma mais de
1.000 horas de cabine em eventos nacionais e internacionais.

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No campo da investigação científica e acadêmica, Bagno sempre se
interessou pelo que diz respeito à linguagem humana em todas as suas
manifestações. Graduou-se em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco
(UFPE), onde também obteve o título de Mestre em Linguística com uma
investigação sociolingüística sobre o tratamento da variação nos livros didáticos de
português. Obteve o título de Doutor em Língua Portuguesa pela Universidade de
São Paulo (USP) com uma tese sobre as discrepâncias entre a língua realmente
utilizada pelos brasileiros e a norma-padrão conservadora, veiculada pelas
gramáticas tradicionais, pelos livros didáticos e pela mídia, que se baseiam em
doutrinas ultrapassadas e não refletem a realidade da língua viva. A tese, orientada
pelo Prof. Ataliba de Castilho e co-orientada pela Profa. Marta Scherre, foi publicada
em agosto de 2000 pela Ed. Loyola com o título Dramática da língua portuguesa
(atualmente em 3a. edição).

A militância de Bagno contra toda forma de exclusão social pela linguagem se


tornou mais conhecida depois da publicação do livro Preconceito linguístico: o que é,
como se faz (Ed. Loyola) que, desde seu lançamento, em 1999, vem sendo
reeditado de modo ininterrupto e constante, com uma edição nova a cada mês. Já
perto de atingir sua 50ª edição, o livro é amplamente utilizado nos cursos de Letras e
Pedagogia de todo o Brasil.

Graças a esta militância em favor do reconhecimento da riqueza e do valor


das múltiplas variedades linguísticas que compõem o universo da língua portuguesa
do Brasil, Bagno vem sendo convidado a ministrar cursos, palestras e conferências
nas mais diversas regiões do país. Em 2004, foi coordenador-adjunto da avaliação
dos livros didáticos de português para o ensino médio (PNLEM), processo
executado pelo Ministério da Educação. No mesmo ano, a convite do Ministério das
Relações Exteriores, esteve na Argentina, no Paraguai e no Uruguai para discutir
questões relativas ao ensino do português brasileiro para estrangeiros. Atuou em
mais dois processos de avaliação de material didático para o Ministério da
Educação: o PNLD-Dicionários (2005) e o PNLD-2008 (5ª a 8ª séries). A convite da
Universidade de Santiago de Compostela (Espanha), ministrou curso sobre a
realidade sociolinguística brasileira no verão europeu de 2005.

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Em 2001, publicou o livro Português ou brasileiro? Um convite à pesquisa
(Parábola Editorial), que propõe uma metodologia para a introdução da prática da
pesquisa em sala de aula como ferramenta pedagógica para substituir a prática
tradicional das “aulas de gramática”. Organizou os volumes Norma linguística (2001)
e Linguística da norma (2002) (ambos pelas Ed. Loyola) e Língua materna:
letramento, variação & ensino (Parábola, 2002). Traduziu História concisa da
linguística de Barbara Weedwood (Parábola, 2002) e Para entender a linguística de
Robert Martin (Parábola, 2003). Retomando seu trabalho de ficcionista, Bagno
escreveu O espelho dos nomes (Ática, 2002), uma aventura pelo reino fascinante da
linguagem, dedicada ao público infantil e juvenil. Em 2005, publicou mais três livros
dedicados ao público infanto-juvenil: Murucututu: a coruja grande da noite (Ática),
Uma vida de conto de fadas: a história de Hans Christian Andersen (Ática) e A
Lenda do Muri-Keko (Ed. SM).

Em 2003 publicou o livro A norma oculta: língua & poder na sociedade


brasileira (Parábola Editorial), em que retoma a discussão sobre o preconceito
linguístico a partir da reação da imprensa brasileira à eleição de Luiz Inácio Lula da
Silva à presidência da República. Discute os problemas que envolvem a expressão
“norma culta” e propõe novos termos e conceitos para uma análise mais precisa da
realidade sociolinguística do Brasil. Examina as relações entre língua e poder na
sociedade brasileira, numa perspectiva histórica, desde o período colonial até os
dias de hoje.

O papel roxo da maçã – Editora Positivo, 2009.

Caraminholas de Barrigapé – Editora Positivo, 2008.

Murucututu – a coruja grande da noite – São Paulo, Ática, 2005.

Uma vida de conto da fadas – a história de Hans Christian Andersen – São


Paulo, Ática, 2005.

A Lenda do Muri-keko – São Paulo, SM, 2005.

O espelho dos nomes – São Paulo, Ática, 2002.

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O processo de independência do Brasil – São Paulo, Ática, 2000

A vingança da cobra – São Paulo, Ática, 1995.

Bafafá em Mangabela! – Belo Horizonte, Formato, 1995.

Frevo, amor & graviola – São Paulo, Atual, 1991.

II. Obras técnicas e didáticas

Gramética: passado, presente e futuro – Curitiba, Aymará, 2010.

NÃO É ERRADO FALAR ASSIM! Em defesa do português brasileiro – São


Paulo, Parábola,2009.

A norma oculta – língua & poder na sociedade brasileira – São Paulo,


Parábola, 2003.

Lingüística da norma (org.) – São Paulo, Loyola, 2002.

Língua materna: letramento, variação & ensino – São Paulo, Parábola, 2002.

Norma lingüística (org.) – São Paulo, Edições Loyola, 2001.

Português ou brasileiro? Um convite à pesquisa – São Paulo, Parábola, 2001.

Dramática da língua portuguesa: tradição gramatical, mídia & exclusão social


– São Paulo, Loyola, 2000.

O processo de independência do Brasil – São Paulo, Ática, 2000.

Preconceito lingüístico: o que é, como se faz – São Paulo, Loyola, 1999.

Machado de Assis para principiantes – São Paulo, Ática, 1998.

Pesquisa na escola: o que é, como se faz – São Paulo, Loyola, 1998.

A língua de Eulália (novela sociolingüística) – São Paulo, Contexto, 1997.

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Detalhamento de Nada na língua é por acaso

Nada na língua é por acaso,trata das conseqüências sociais, culturais e


ideológicas da variação linguística ,esta que acaba promovendo exclusão daqueles
que são menos privilegiados financeiramente.Neste aspecto o autor analisa o
estudo da sociolinguística para explicar o fenômeno.
Afirma que existe na sociedade duas ordens de discurso que se contrapõem,
o científico que está embasado nos paradigmas lingüísticos modernos e se utilizam
da variação e mudança ,e há a ordem de discurso de senso comum,que é cheia de
arcaísmo, preconceitos sociais e noção de erro.Contudo,de acordo com as ciências
do linguagem,desde que a língua seja entendida ,não ocorre erro.
Segundo Maços Bagno,o conceito de certo e errado tem origem nas “leis
culturais”,que são impostas por grupos sociais dominantes a aqueles grupos
excluídos socialmente.
Para que o autor explique esse processo de exclusão ,o mesmo se utiliza de
argumentos históricos,para explicar o passado estes fatos são válidos.Contudo,no
presente não,pois outrora, a informação e o acesso ao saber antes era restrito aos
grupos sociais mais abastados e hoje todos que tenha o interesse em ter o acesso o
tem.O que não justifica expressões mal construídas com “é noís” ou “eu trusse”.
Entretanto, o estudo que o autor levanta sobre a formulação da Gramática
Tradicional é muito interessante e exata,pois se todas as ciências sofrem variação e
mudança,por que permanecer com teorias obsoletas no estudo da língua? Segundo
Bagno,”O processo de normatização,ou padronização retira a língua de sua
realidade social,complexa e dinâmica,para transformá-la num objeto aos
falantes[...]”. Com essas observações o leitor entende de forma clara e concisa o
porquê da população não dominar os conceitos da Língua Portuguesa,que o autor
bem lembra que é um idioma estrangeiro e distante da realidade brasileira.
Nada na língua é por acaso, é uma obra de leitura acessível ao entendimento
,descreve aspectos relevantes da história da língua e o melhor tem a capacidade de
ajudar a qualificar o ensino da língua portuguesa no Brasil.

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Referencias Bibliográficas

BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da


variação lingüística. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.p.59-116

Bagno, Marcos. Ciência e senso comum na educação em língua materna

Revista Presença Pedagógica, Brasília, setembro de 2006.

Disponível em: < http://marcosbagno.com.br/site/?page_id=37 >. Acesso em 08 de


novembro de 2010.

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