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ARTES VISUAIS/AFRO – Ensino Médio – FOLHA 1 - Profª Nanci Gomes

ARTES VISUAIS - Cultura Afro Brasileira

ÁFRICA? Que continente é este?

A África é separada:

• Da América pelo Oceano Atlântico


• Da Ásia pelo Oceano Indico
• Da Europa pelo Mar Mediterrâneo
• Da Arábia Saudita pelo Mar Vermelho

É um continente composto por vários países que constituem o continente africano, que tem mais de 350
milhões de habitantes formando centenas de culturas, cada uma com sua própria língua, seu sistema social
e suas tradições.
Mais de 1000 línguas são faladas em toda a África, que tem também muitos diferentes climas e
características geográficas.

Os africanos chegaram escravizados no Brasil desde o século XVI até o século XIX.
A história oficial conta que vieram nove milhões e meio de africanos para as Américas e três milhões e
seiscentos mil para o Brasil.

Atualmente, os afros brasileiros têm buscado uma maior inserção na sociedade, buscando um maior
respeito a seus costumes e valores.

A população brasileira é de 45% de descendência africana sendo que na cidade de Salvador este percentual
é de 80%.

A Arte Africana
(Baseado no texto de Marta Heloísa Leuba Salum escrito em janeiro de 1999 e revisto e adaptado em julho de 2005 – USP-São Paulo)

A arte da África tem sido sempre muito discriminada a ponto de ser considerada tendo como única utilidade
a de servir para “rituais e sacrifícios selvagens” e de ser feita apenas de “ídolos toscos e disformes” – de
“fetiches”.

Mas a África tem Arte, apesar da depreciação e preconceito com que foi antes julgada, ela é, hoje,
procurada pelos grandes colecionadores e apreciadores internacionais de arte.
Atualmente a arte africana é reconhecida por suas técnicas milenares, suas formas sofisticadas e suas
“mãos-de-artista”.

A arte africana é plural e multidimensional.

A arte africana, porém, não é apenas “religiosa” como se diz, mas, sobretudo filosófica.
ARTES VISUAIS/AFRO – Ensino Médio – FOLHA 2 - Profª Nanci Gomes

Objetos artístico-culturais africanos


1-MÁSCARAS
As máscaras africanas têm um papel sagrado em sua representação. Deriva da crença de que há uma
divindade presente em cada máscara, com capacidade de afetar tudo o que estiver em torno dela. As
máscaras simbolizam, portanto, espíritos naturais e são utilizadas durante as cerimônias associadas a novas
colheitas, às iniciações masculinas e femininas, casamentos, nascimentos, funerais, pacificando o espírito na
passagem para o sobrenatural.

Máscaras:
• Evocações
• Celebrações
• Soluções de conflito

Máscara mumínia
Etnia: Iega
Início do sécXX. Congo,
Máscara We, Madeira com pátina
Costa do Marfim, marrom,
séc.XX fibras vegetais marcas de
caulim.
Altura: 26cm

2-ESCULTURAS
As esculturas têm vários papéis dentro das sociedades africanas:

• algumas são utilizadas em rituais relacionadas à vida, à religião, a valores éticos;


• outras, representam o dia-a-dia da várias etnias e tratam de mitos complexos que regulam suas
vidas;
• e outras, são utilizadas como fetiches para obter cura, ajuda, realização de algum desejo, firmar
pactos.

São preservadas em altares de adoração, pessoais ou familiares, ou guardados em lugares especiais dentro
de bosques sagrados.

Esculturas:
• Rituais (vida, religião, valores éticos).
• Dia-a-dia de várias etnias.
• Fetiches (cura, ajuda, firmar pactos).

Estátua real ESCULTURA COM


Chibinda Ilunga. FUNÇÃO MÁGICO-
Etnia Chokwe ESPIRITUAL
Século XIX. República Democrática do
Angola, Congo,
Madeira, tecido de Séc. XIX
algodão, cabelo, 117 cm de altura
Fibras vegetais. Madeira, ferro, cerâmica e
Alutra: 39 cm pigmento vermelho e branco.
ARTES VISUAIS/AFRO – Ensino Médio – FOLHA 3 - Profª Nanci Gomes

3-BANCOS

Além de utilizados no dia-a-dia são símbolos de poder e autoridade. Bancos em forma de animais são
comuns na região Oeste da África, pois acredita-se que o animal empresta suas características ao dono do
banco. O banco como local de repouso expressa o papel da responsabilidade do líder: aquele que é apoiado
pela comunidade e que, ao mesmo tempo, dá suporte a esta comunidade.
Quanto mais alto o banco, mais poder tem aquele que está sentado sobre ele.
A figura feminina representa a continuidade de poder e a capacidade de guardar lembranças anteriores. É
utilizado somente em cerimônias de troca de poder sendo guardado em segredo. É utilizado também como
altar.

Bancos:
• Símbolos de realeza, poder e prestígio.
• Assento elevado, exclusividade de reis e chefes.
• Local de repouso real (reflete a responsabilidade do chefe).

Banco, Cadeira real.


Região de Kubá. Etnia Chokwe
Congo. Século XIX,
Séc. XIX Ou início do
Alt.: 56 cm, Século XX,
Madeira Angola,
Madeira,
Pelo Latão.
Altura: 114,5 cm

4-TECIDOS

De acordo com a tradição, durante uma caminhada na floresta, dois caçadores Ashantis observaram uma
aranha tecendo sua teia e ficaram fascinados com a habilidade de transformar fios em padrões sofisticados.
Copiaram a técnica e mostraram ao chefe da aldeia, que maravilhado, decidiu mostrar pessoalmente ao rei,
Osei Tutu (Rei de Ashanti). Impressionado ao ver as tiras de tecido, o mesmo ordenou que os homens
passassem a tecer esta faixa colorida para a corte real. O pano real é conhecido como “Kente” e,
atualmente, é um dos mais populares tecidos artesanais do continente africano.
Os tecidos são confeccionados para marcar ciclos importantes da vida das pessoas ou das aldeias, para
vestuário, tapetes e também já serviram de moeda de troca. Em algumas etnias os homens tecem e as
mulheres tingem os tecidos. Na África existem três tipos principais de tecidos: Kubá, Bogolan e Khorogo.

Tecidos Kubá
Bancos:
• Marcar ciclos da vida.
• Vestuário.
• Tapetes.
• Moedas de troca.
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Tecidos Bogolan

Relações entre Arte e Cultura


• Os objetos artístico-culturais na África têm sempre uma função social e/ ou política. Na maioria das
nações ou culturas africanas os objetos criados procuram desenvolver a identidade e o orgulho coletivo.
Eles ajudam a transmitir o sistema de relações de poder e papéis através das hierarquias que as
constituem. Desta maneira, esses objetos colaboram para a continuidade e estabilidade de valores
dentro de um grupo.

• Na cultura africana os materiais escolhidos são sempre significantes em si mesmos. A arte da realeza,
por exemplo, pré-manufaturada com materiais de difícil acesso - raros ou restritos (somente permitidos
as encomendas do rei), geralmente de difícil manuseio (exigindo um nível técnico mais elevado do
artista), e tem maior durabilidade. O controle dos materiais e processos de produção artística é um
importante instrumento de poder.

Alguns artistas retrataram a presença negra no Brasil.


Debret, Carybé, Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral, Portinari, Pestana.

JEAN BAPTISTE DEBRET (1768-1848)


Um artista francês, a serviço da corte portuguesa no Brasil.

Jean Baptiste Debret veio ao Brasil, a pedido do governo português, junto a outros artistas franceses com o
objetivo de fundarem uma academia de Belas Artes e trabalharem como professores. A escola só começou
funcionar 10 anos mais tarde depois da chegada desses artistas, devido a dificuldades encontradas para a
sua organização.
Como pintor histórico, Debret registrou os mais importantes fatos que ocorreram durante sua permanência
no Brasil, tais como a aclamação de D. João VI, a chegada da princesa Leopoldina (esposa de D. Pedro I), a
coroação de D.Pedro I como imperador, além de retratos de pessoas da família real.
Além de trabalhar para a família real e para os nobres. Debret interessou-se em representar a vida das
pessoas comuns que moravam no Rio de Janeiro.
Ele saía às ruas e observava tudo atentamente. Fazia desenhos, anotações, rascunhos. Procurava conversar
com todo mundo e fazia muitas perguntas. Muita gente, com certeza, devia achar Debret um sujeito xereta!
Graças aos seus trabalhos - desenhos, pinturas em tela e aquarelas -, podemos ter hoje uma idéia de como
era a vida brasileira naquela época, não só dos nobres e ricos mas também das pessoas simples e dos
escravos.

Debret - Litogravura - séc. XIX

A palmatória era terrível, mas havia


castigos muito piores.
Às vezes, os escravos eram
condenados a ser chicoteado em praça
pública.
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EMILIANO DI CAVALCANTI (1897-1976)


Carioca, autodidata, aprimorou sua arte, tornando-se o pintor das mulatas.

A obra de Di Cavalcanti é muito rica. Recebeu influência não só de vários artistas e estilos acadêmicos como
também a de vários artistas e estilos não acadêmicos, como as cores de Henri Matisse, a forma geométrica
da disciplina cubista e tantos outros, que fizeram que suas obras conquistassem os mais importantes
prêmios nacionais e internacionais, diplomas especiais e medalhas de ouro. Di Cavalcanti foi um artista
completo. Sua obra tem feições próprias, inspiradas que foi na paisagem, nos tipos e na gente do subúrbio,
nas festas, na religiosidade, no folclore e no encanto do povo mestiço de sua terra natal.

Di Cavalcanti, Di Cavalcanti,
Samba, Samba,
óleo sobre tela, óleo sobre tela,
1925 1928

Alguns artistas cujas produções apresentam uma simbologia africana.


Rubem Valentim, Jorge dos Anjos.

RUBEM VALENTIM (1922-1991)


Baiano, autodidata, artista cujas produções apresentam uma simbologia Africana.

Artista dotado de grande originalidade, já então praticava uma pintura não-figurativa de base geométrica.
No Brasil, o universo visual africano é uma das matrizes seqüestradas do fenômeno cultural. Encoberto
pelas rupturas e traumas que o ocultaram desde os primórdios da formação nacional, ainda sugerem pouco
aos artistas. Rubem Valentim foi um dos raros pintores a perseguir e resgatar essas fontes, nelas
caracterizando o vocabulário geométrico de sua linguagem concretista.

Rubem Valentim
Rubem Valentim
Templo de Oxalá,
Emblema 12, (detalhe)
1973 Escultura em madeira
pintada parte de uma
instalação com 14
esculturas e 20
objetos.

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