Vous êtes sur la page 1sur 9

1- NARCISISMO – UMA INTRODUÇÃO (1914) VOL XIV –PG 83-119

NARCISISMO – RESUMO

O termo narcisismo foi utilizado pela primeira vez por Freud em 1909 numa reunião do
congresso psicanalítico de Viena.

A partir do estudo da sexualidade infantil sabemos que a pulsão sexual encontra satisfação
parcial sem recorrer a um objeto externo – o auto-erotismo. Cronologicamente anterior á fase
auto-erótica, na qual a pulsão perde seu objeto, há uma fase na qual a pulsão se satisfaz por
apoio( anáclise) ou seja a relação das pulsões sexuais mantêm originalmente com as funções
vitais que lhes fornecem uma fonte orgânica , uma direção e um objeto ( instinto). O modelo
dessa função somática é o da amamentação do lactente. Nesse momento o objeto não é o
seio da mãe, mas o leite. É a ingestão do leite e não o sugar que satisfaz a fome da criança.
Ao mesmo tempo que isto ocorre, ocorre também um processo paralelo de natureza sexual : a
excitação dos lábios e da língua pelo peito, produzindo uma satisfação que não é redutível à
saciedade alimentar, apesar de encontrar nela seu apoio.

O objeto do instinto é o alimento, enquanto o objeto da pulsão sexual é o seio materno – um


objeto, portanto externo ao próprio corpo.

Quando esse objeto é abandonado e tanto o objetivo quanto o objeto ganham autonomia com
respeito à alimentação, que se constrói o protótipo da sexualidade oral para Freud – o chupar
o dedo. Tem início então o auto-erotismo. Desejo versus necessidade. O desejo se dirige não
a um objeto real, mas a um fantasma. O que caracteriza o desejo para Freud é o impulso para
reproduzir alucinatoriamente uma satisfação original, isto é, um retorno a algo que não é mais,
a um objeto perdido, cuja presença é marcada pela falta.

O movimento é o de repetir a experiência de satisfação e como esta foi obtida inicialmente


através do seio materno, a direção desse movimento é a do reencontro desse objeto, mas
esse reencontro é impossível. Há uma discrepância entre o objeto procurado e o objeto
encontrado. A identidade perceptiva é impossível. A mãe ou a coisa-mãe, não é a coisa a ser
encontrada, ela apenas ocupa o lugar da coisa. A busca tem como objeto um vazio, o a como
vazio central em torno do qual forma-se a trama das representações.

Não há objeto primeiro, no sentido de objeto absoluto, em relação ao qual os demais objetos
são simples representações, isto é , cópias degradadas. O primeiro objeto já se constitui como
uma representação marcada por um vazio central que impede que seja identificado com a
coisa. Não há objeto pleno, seja ele o seio materno ou qualquer de seu representantes,
qualquer experiência que se apresente como primeira, é a primeira apenas
contingencialmente. Objeto primeiro e experiência primeira são primeiros apenas relação a um
segundo termo,sendo que ambos são contingentes e parciais. Neste sentido diz Lacan objeto
perdido desde sempre.

O auto-erotismo é um estado anárquico da sexualidade no qual as pulsões parciais procuram


satisfação no próprio corpo, uma satisfação não unificada, desarticulada em relação às demais
satisfações parciais, pura satisfação local. Não se trata de um corpo considerado um todo,
sendo tomado como objeto de investimento libidinal, mas partes de um corpo vivido como
fragmentado, sem unidade. Não há no auto-erotismo uma representação do corpo como uma
unidade. O que nele falta é o eu, representaç~´ao complexa que o eu faz de si mesmo.

Para o termo narcisismo, há que se admitir um eu, seja qual for a forma sob a qual ele é
concebido , e no auto-erotismo não há ainda um eu, o que há é pulsão satisfazendo-se auto-
eroticamente no próprio corpo.

O surgimento desse eu original, representação complexa relacionada à imagem corporal, conferindo uma
primeira unidade ao sujeito é a teoria do espelho ( Lacan).. Antes de completar um ano de idade, a
criança é capaz de reconhecer sua imagem num espelho, reconhecimento que é seguido de um estado
de euforia e de uma série de gestos que são percebidos redobrados na imagem especular. Essa
experiência se dá na criança a partit dos seis meses de idade e lhe permite formar uma representação de
sua unidade corporal por identificação à imagem do outro. A experiência não se refere necessariamente
à situação concreta da criança frente a um espelho. O que ela, a experiência, assinala é um tipo de
relação da criança com o outro, seu semelhante, através da qual constitui uma demarcação da totalidade
de seu corpo. O que a criança tem devolvido pelo espelho ou pelo outro é um Gestalt cuja função
primeira é ser estruturante do eu. A vivência do corpo fragmentado, anterior à fase do espelho, cede
lugar a uma primeira demarcação de si por um processo de identificação ao outro.

Abre-se o caminho para o que Freud chamou de narcisismo primário, momento em que a criança toma a
si mesma cono objeto de amor, antes de escolher objetos exteriores. Esta estado corresponderia à
crença da criança na onipotência de seus pensamentos, essa formação particular, cuja imagem é dotada
de todas as perfeiçõees recebeu de Freud o nome de eu-ideal. Para Freud o eu ideal é o efeito do
discurso dos pais, efeito de um discurso apaixonado que abandona qualquer forma de consci\~encia
crítica para produzir uma imagem idealizada. Lacan chama esse tipo de relação imaginária de relação
dual, uma relação que não se faz pela mediação da linguagem, esgotando-se nesse jogo especular.

O ideal do eu é uma nova forma que toma a libido narcísica, é algo externo ao sujeito, exigências que ele
terá que satisfazer e que se situam no lugar da lei. Freud afirma que o desenvolvimento do eu implica
um distanciamento em relação ao narcisismo primário e que este distanciamento ocorre pelo
deslocamento da libido pra um ideal do eu imposto desde fora. Para o que aponta esse fora? Não pode
ser senão para um fora do imaginário, par o lugar das exig~encias d lei, ou, se preferirmos, para o lugar
do simbólico.

O ideal do eu é constituído fundamentalmente por exigências externas ao indivíduo, particularmente por


imperativos éticos transmitidos pelos pais, exig~encia estas às quais o sujeito terá como norma
satisfazer. Ideal do eu, supereu ou superego). Veiculadas pela linguagem essas leis operam a mediação
entre o eu e o outro, necessária para que seja superada a relação dual imaginária. Estamos no momento
da escolha de objetos externos.

O narcisismo secundário , resulta de um retorno ao eu, dos investimento feitos sobre os objetos externos.
A libido que anteriormente investia o eu ( narcisismo primário) passa a investir objetos externos
( surgimento da lei – mediação da linguagem) e posteriormente volta a tomar o eu como objeto. Entre o
narcisismo primário e o narcisismo secundário, ambos se cartacterizando por um investimento do eu, há
um investimento da libido em objetos externos ao eu. Estes modos de investimentos libidinal não devem
ser considerados como constituindo fases ou etapas, umas substituindo as outras. De fato não há um
abandono completo do eu em benefício do investimento objetal nem posteriormente um abandono
completo do investimento objetal em favor do eu, pode haver concomitância das formas de investimento
com a predominãncia de uma delas.

A partir do conceito de narcisismo Freud passa para a segunda tópica.

Na neurose não há uma retração da libido em favor do eu, mas sem que o indivíduo elimine inteiramente
o vínculo erótico com pessoas e coisas. Esse vínculo é conservado na fantasia, substituindo os objetos
reais por objetos imaginários. Na psicose ocorre algo diferente, a retração da libido não se faz pela
substituição de objetos reais por objetos imaginários, mas pela retirada da libido das pessoas e coisas,
sem o recurso da fantasia. O que ocorre é um corte com relação ao objeto e uma acumulação da libido
no eu. O vínculo erótico com os objetos do mundo é eliminado sem que no seu lugar surjam objetos
imaginários. Freud designa esse narcisismo, característico da psicose, como narcisismo secundário, um
narcisismo que se edifica sobre as bases do narcissimo primário infantil

Na melancolia a escolha do objeto também foi feita em uma base narcísica, e por isso o investimento de
objeto, quando encontra algum obstáculo, regressa ao narcisismo. As etapas suposta para ocorrer um
estado melancólico são

1- Houve uma escolha de objeto , isto é, uma ligação da libido a uma pessoa determinada.
2- Esse vínculo é abalado ( perda do objeto).
3- Ao invés de ocorrer uma retirada da libido desse objeto para um outro, aconteceu da libido ser
retirada para o eu
4- Uma vez retirada para o eu, a libido serviu para estabelecer uma identificação (narcísica) do eu
como o objeto abandonado.
5- Como consequência a perda do objeto transformou-se numa perda do eu.
6- O conflito entre o eu e a pessoa amada transfourmou-se numa divisão entre o eu crítico e o eu
alterado pela identificação.

Tendo postulado as idéias acima, voltemos ao conceito de Narcisismo.


Narcisismo – Atitude de uma pessoa que trata seu próprio corpo como um objeto sexual. – contempla-o,
o afaga e o acaricia até obter satisfação completa. – Neste grau o narcisismo passa a significar uma
perversão absorve a vida sexual do indiviíduo. Atitudes narcísicas são encontradas em homossexuais, e
até mesmo no desenvolvimento sexual regular do ser humano. A atitude narcísica em neuróticos pode
constituir um dos entraves a psicanálise , a influência, e a ajuda. O narcisismo nesse sentido não seria
uma perversão, mas o complemento libidinal do egoísmo do instinto de autopreservação, que, em certa
medida, pode justificavelmente ser atribuído a toda criatura viva.

O entendimento do conceito de Narcisismo começa com Freud articulando esquizofrenia (Bleuler) e


Demência Precoce ( Kraepelin) com sua teoria da libido.

Segundo Freud os parafrênicos exibem duas características fundamentais : megalomania e desvios de


seu interesse do mundo externo ( pessoas e coisas) e a partir daí torna-se impossível a influência da
psicanálise.

Freud observou que um paciente histérico ou obsessivo enquanto “doente” também desiste de sua
relação com a realidade, mas ele não corta suas relações eróticas com as pessoas e coisas, as retém na
fantasia, ele substitui os objetos imaginários de sua memória por objetos reais, ou mistura os primeiros
com os segundo, renuncia a iniciação das atividades motoras para a obtenção de seus objetivos
relacionados àqueles objetos, ou seja, a libido é introvertida.

Com o parafrênico é diferente, ele parece ter retirado sua libido de pessoas e coisas do mundo externo
sem substituí-las por outras na fantasia, quando realmente as substitui, o processo parece ser secundário
e constituir parte de uma tentativa de recuperação, destinada a conduzir a libido de volta a objetos. A
partir destas constatações Freud pergunta o que acontece com a libido que foi afastada dos objetos na
esquizofrenia?

Parece que a libido afastada do mundo externo é dirigida para o ego, na esquizofrenia a megalomania
caracteriza esse estado, essa atitude pode ser denominada de NARCISISMO.

A megalomania aqui é entendida como a ampliação e manifestação clara de uma condição que já existia
previamente – NARCISISMO PRIMÁRIO.

Nos povos primitivos normalmente há uma onipotência de pensamentos, uma crença na força das
palavras e uma forma mágica de lidar com o mundo externo. As crianças assim como os povos primitivos
também tem essa relação com o mundo externo. Podemos então dizer que existe uma catexia libidinal
original do ego que é transmitida posteriormente aos objetos, mas que persiste e esta relacionada com as
catexias objetais( iniciais).

A libido investida em objetos ( catexias objetais) podem ser retirada a qualquer momento, assim como
atinge sua fase mais elevada de desenvolvimento no caso de uma pessoa apaixonada, quando o
indivíduo parece desistir de sua própria personalidade em favor de uma catexia objetal a condição oposta
acontece na fantasia do paranóico (ou autopercepção) do ‘fim do mundo’. No estado narcísico a libido é
única, mantém unificada a energia sexual (libido) e a energia dos instintos do ego, somente quando há
catexia objetal é que podemos discriminar uma da outra. Convém lembrar que energia do ego não é
energia que parte dele mas sim investida nele.

Para entendermos a diferença entre narcisismo e auto-erotismo ( estado inicial da libido) comecemos
pensando que o auto-erotismo é anterior a formação do ego, os instintos auto-eróticos existem desde o
início e precisam de uma nova ação psíquica para provocar o narcisismo.

A partir do caso Schereber ( 1911) Freud postula que a introversão da libido sexual conduz a uma catexia
do ego, e que possivelmente é isso que produzo resultado de uma perda da realidade. Sabemos também
que uma pessoa atormentada por um dor e mal-estar orgânico deixa de se interessar pelas coisas do
mundo externo, na medida em que não dizem respeito a seu sofrimento, retira o interesse libidinal de
seus objetos, enquanto sofre, deixa de amar. Aqui a libido e o interesse do ego partilham do mesmo
destino e são mais uma vez indistiguíveis entre si. O egoísmo familiar do enfermo abrange os dois.

A condição do sono também se assemelha à doença, por acarretar uma retirada narcisista das posições
da libido até o próprio eu do indivíduo, ou, mais precisamente, até o desejo único de dormir. O egoísmo
dos sonhos ajusta-se muito bem nesse contexto. Em ambos os estados temos, pelo menos, exemplos
de alterações na distribuição da libido que são resultantes de uma modificação no ego.

A hipocondria, da mesma forma que a doença orgânica, manifesta-se em sensações corpóreas aflitivas e
penosas, tendo sobre a distribuição da libido o mesmo efeito que a doença orgânica. Concentra o
interesse e a libido no órgão que lhe prende a atenção. A hipocondria esta na dependência da libido do
ego, assim como as outras neuroses estão na dependência da libido objetal, a ansiedade hipocondríaca
é a contrapartida da ansiedade neurótica.

O mecanismo de adoecer e da formação de sintomas, o caminho da introversão para a regressão, se


deve a um represamento da libido objetal, assim como na hipocondira um represamento da libido do ego.

O represamento da libido do ego é experimentado como desagradável o desprazer é sempre a


expressão de um grau mais elevado de tensão. A questão que Freud coloca é : Por que nossa vida
mental ultrapassa os limites do narcisismo e liga-se a objetos , isso deveria ser em função da catexia do
ego com a libido excede certa quantidade.

Um egoísmo forte constitui uma proteção contra o adoecer, mas, num último recurso, devemos começar
a amar a fim de não adoecermos, e estamos destinados a cair doentes se, em conseqüência da
frustração, formos incapazes de amar.

Nosso aparelho mental constituí um dispositivo destinado a dominar as excitações que de outra forma
seriam sentidas como aflitivas ou teriam efeitos patogênicos. As excitações que são incapazes de
descarga direta ou indereta se torna indesejável. Quando é impossível a descarga para fora elaboramos
essa impossibilidade atraves de objetos reais ou imaginários. Se a transferência da libido para objetos
irreais(introversão) ocasiona um represamento inicialmente tudo bem. Nos parafrênicos a megalomania
permite certa elaboração interna da libido que voltou ao ego, quando esta falha o represamento da libido
no ego torna-se patogenico e inicie o processo de recuperação que nos dá a impressão de doença.

A diferença entre as afecções parafrênicas e as neuroses de transferência parecem-me estar na


circunstância de que, nas primeiras, a libido liberada pela frustração não permanece ligada a objetos na
fantasia, mas se retira para o ego. A megalomania corresponderia, por conseguinte, ao domínio psíquico
dessa última quantidade de libido, e seria assim a contrapartida da introversão para as fantasias que é
encontrada nas neuroses de transferência; uma falha dessa função psíquica dá margem à hipocondria da
parafrenia, e isso é homólogo à ansiedade das neuroses de transferência.

Sabemos que essa ansiedade pode ser transformada por uma elaboração psíquica ulterior, isto é, por
conversão, formação de reação ou construção de proteções (fobias). O processo correspondente nos
parafrênicos consiste numa tentativa de restauração, à qual se devem as surpreendentes manifestações
da doença.

O narcisismo também pode ser abordado através da observação da vida erótica dos seres humanos e
suas diferenciações no homem e na mulher. A criança deriva seus objetos sexuais de suas experiências
de satisfação., essas satisfações a princípio são auto-eróticas, e servem a princípio à finalidade de
autopreservação, temos então que os instintos sexuais estão, de início, ligados à satisfação dos instintos
do ego; somente depois é que eles se tornam independentes destes, e mesmo então encontramos uma
indicação dessa vinculação original no fato de que os primeiros objetos sexuais de uma criança são as
pessoas que se preocupam com sua alimentação, cuidados e proteção: isto é, no primeiro caso, sua mãe
ou quem quer que a substitua.

Esse tipo e fonte de escolha objetal ou de ligação é denominado tipo anaclitico, porém não é o único
tipo de ligação. A psicanálise revelou um segundo tipo de ligação, percebemos que em algumas pessoas
onde o desenvolvimento libidinal sofreu alguma perturbação sua escolha inicial dos objetos amorosos
não foram sua mãe mas seus próprios eus, procuraram a si mesmos como um objeto amoroso, e exibem
um tipo de escolha objetal que é denominada narcisista.

Ambos os tipos de escolha estão postos para todos os seres humanos mas pode-se mostrar preferência
por um ou por outro. Dizemos que de início o ser humano tem dois objetos sexuais – ele próprio e a
mulher que cuida dele. Estamos assim postulando um narcisismo primário., e que em alguns pode se
manifestarse de forma dominante em sua escolha objetal.

O amor objetal completo do tipo de ligação é, propriamente falando, característico do indivíduo do sexo
masculino. Ele exibe a acentuada supervalorização sexual que se origina, sem dúvida, do narcisismo
original da criança, correspondendo assim a uma transferência desse narcisismo para o objeto sexual.
Essa supervalorização sexual é a origem do estado peculiar de uma pessoa apaixonada, um estado que
sugere uma compulsão neurótica, cuja origem pode, portanto, ser encontrada num empobrecimento do
ego em relação à libido em favor do objeto amoroso.

No tipo feminino o mesmo não ocorre. Com o começo da puberdade, o amadurecimento dos órgãos
sexuais femininos, até então em estado de latência, parece ocasionar a intensificação do narcisismo
original, e isso é desfavorável para o desenvolvimento de uma verdadeira escolha objetal com a
concomitante supervalorização sexual.
As mulheres, especialmente se forem belas ao crescerem, desenvolvem certo autocontentamento que as
compensa pelas restrições sociais que lhes são impostas em sua escolha objetal. Rigorosamente
falando, tais mulheres amam apenas a si mesmas, com uma intensidade comparável à do amor do
homem por elas. Sua necessidade não se acha na direção de amar, mas de serem amadas; e o homem
que preencher essa condição cairá em suas boas graças.

A importância desse tipo de mulher para a vida erótica da humanidade deve ser levada em grande
consideração. Tais mulheres exercem o maior fascínio sobre os homens, não apenas por motivos
estéticos, visto que em geral são as mais belas, mas também por uma combinação de interessantes
fatores psicológicos, pois parece muito evidente que o narcisismo de outra pessoa exerce grande atração
sobre aqueles que renunciaram a uma parte de seu próprio narcisismo e estão em busca do amor
objetal.

Os grandes criminosos e os humoristas, conforme representados na literatura, atraem nosso interesse


pela coerência narcisista com que conseguem afastar do ego qualquer coisa que o diminua. É como se
os invejássemos por manterem um bem-aventurado estado de espírito — uma posição libidinal inatacável
que nós próprios já abandonamos.

O grande encanto das mulheres narcisistas tem, contudo, o seu reverso; grande parte da insatisfação
daquele que ama, de suas dúvidas quanto ao amor da mulher, de suas queixas quanto à natureza
enigmática da mulher, tem suas raízes nessa incongruência entre os tipos de escolha de objeto.

Essas diferentes linhas de desenvolvimento correspondem à diferenciação de funções num todo


biológico altamente complicado; além disso, Freud admite que existe um número bem grande de
mulheres que amam de acordo com os moldes do tipo masculino e que também desenvolvem a
supervalorização sexual própria àquele tipo.

Mesmo para as mulheres narcisistas, cuja atitude para com os homens permanece fria, há um caminho
que eleva ao amor objetal completo. Na criança que geram, uma parte de seu próprio corpo as confronta
como um objeto estranho, ao qual, partindo de seu próprio narcisismo, podem então dar um amor objetal
completo.

Existem ainda outras mulheres que não têm de esperar por um filho a fim de darem um passo no
desenvolvimento do narcisismo (secundário) para o amor objetal. Antes da puberdade, sentem-se
masculinas e se desenvolvem de alguma forma ao longo de linhas masculinas; depois de essa tendência
ter sido interrompida de repente ao alcançarem a maturidade feminina, ainda retêm a capacidade de
anseio por um ideal masculino — ideal que é de fato uma sobrevivência da natureza de menino que
outrora possuíram.

Quais os caminhos que levam à escolha de um objeto? Temos então que uma pessoa pode amar:

(1)Em conformidade com o tipo narcisista:


(a) o que ela própria é (isto é, ela mesma),
(b) o que ela própria foi,
(c) o que ela própria gostaria de ser,
(d) alguém que foi uma vez parte dela mesma.

(2)Em conformidade com o tipo anaclítico (de ligação):


(a) a mulher que a alimenta,
(b) o homem que a protege,
e a sucessão de substitutos que tomam o seu lugar. A inclusão do caso (c) do primeiro tipo não pode ser
justificada até uma etapa posterior deste exame. [ver em [1]]

Se prestarmos atenção à atitude de pais afetuosos para com os filhos, temos de reconhecer que ela é
uma revivescência e reprodução de seu próprio narcisismo, que de há muito abandonaram. Eles se
acham sob a compulsão de atribuir todas as perfeições ao filho — o que uma observação sóbria não
permitiria — e de ocultar e esquecer todas as deficiências dele. (Incidentalmente, a negação da
sexualidade nas crianças está relacionada a isso.) Além disso, sentem-se inclinados a suspender, em
favor da criança, o funcionamento de todas as aquisições culturais que seu próprio narcisismo foi forçado
a respeitar, e a renovar em nome dela as reivindicações aos privilégios de há muito por eles próprios
abandonados. A criança terá mais divertimentos que seus pais; ela não ficará sujeita às necessidades
que eles reconheceram como supremas na vida.

A doença, a morte, a renúncia ao prazer, restrições à sua vontade própria não a atingirão; as leis da
natureza e da sociedade serão ab-rogadas em seu favor; ela será mais uma vez realmente o centro e o
âmago da criação — ‘Sua Majestade o Bebê’, como outrora nós mesmos nos imaginávamos.
A criança concretizará os sonhos dourados que os pais jamais realizaram — o menino se tornará um
grande homem e um herói em lugar do pai, e a menina se casará com um príncipe como compensação
para sua mãe. No ponto mais sensível do sistema narcisista, a imortalidade do ego, tão oprimida pela
realidade, a segurança é alcançada por meio do refúgio na criança. O amor dos pais, tão comovedor e no
fundo tão infantil, nada mais é senão o narcisismo dos pais renascido, o qual, transformado em amor
objetal, inequivocamente revela sua natureza anterior.

As frustações que o narcisismo original da criança se acha exposto e as formas de reagir a eles
protegendo-se são temas do complexo de castração – no menino a ansiedade em relação ao pênis e nas
meninas a inveja do pênis.. Efeito da coerção inicial da atividade sexual.

A psicanálise nos permite reconstituir as vicissitudes sofridas pelos instintos libidinais quando estes,
isolados dos instintos do ego, ficam em oposição a eles; mas no campo específico do complexo de
castração, ela nos permite inferir a existência de uma época e de uma situação psíquica nas quais os
dois grupos de instintos, ainda atuando em uníssono e inseparavelmente mesclados, surgem como
interesses narcisistas. A observação de adultos normais revela que sua megalomania antiga foi
arrefecida e que as características psíquicas a partir das quais inferimos seu narcisismo infantil foram
apagadas. Que aconteceu à libido do ego? Devemos supor que toda ela se converteu em catexias
objetais? Essa possibilidade é claramente contrária ao encaminhamento de nossa argumentação;
podemos, porém, encontrar uma sugestão em outra resposta para a pergunta na psicologia da
repressão.

Sabemos que os impulsos instintuais libidinais sofrem a vicissitude da repressão patogênica se entram
em conflito com as idéias culturais e éticas do indivíduo. A repressão, como dissemos, provém do ego;
poderíamos dizer com maior exatidão que provém do amor-próprio do ego. As mesmas impressões,
experiências, impulsos e desejos aos quais um homem se entrega, ou que pelo menos elabora
conscientemente, serão rejeitados com a maior indignação por outro, ou mesmo abafados antes que
entrem na consciência.

Podemos dizer que o primeiro homem fixou um ideal em si mesmo, pelo qual mede seu ego real, ao
passo que o outro não formou qualquer ideal desse tipo. Para o ego, a formação de um ideal seria o fator
condicionante da repressão.

Esse ego ideal é agora o alvo do amor de si mesmo (self-love) desfrutado na infância pelo ego real. O
narcisismo do indivíduo surge deslocado em direção a esse novo ego ideal, o qual, como o ego infantil,
se acha possuído de toda perfeição de valor. Ele não está disposto a renunciar à perfeição narcisista de
sua infância; e quando, ao crescer, se vê perturbado pelas admoestações de terceiros e pelo despertar
de seu próprio julgamento crítico, de modo a não mais poder reter aquela perfeição, procura recuperá-la
sob a nova forma de um ego ideal. O que ele projeta diante de si como sendo seu ideal é o substituto do
narcisismo perdido de sua infância na qual ele era o seu próprio ideal.

Pensemos agora como se dá a formação de um ideal e sua sublimação.

A sublimação é um processo que diz respeito à libido objetal e consiste no fato de o instinto se dirigir no
sentido de uma finalidade diferente e afastada da finalidade da satisfação sexual – deflexão da
sexualidade.

A idealização é um processo que diz respeito ao objeto; por ela, esse objeto, sem qualquer alteração em
sua natureza, é engrandecido e exaltado na mente do indivíduo. A idealização é possível tanto na esfera
da libido do ego quanto na da libido objetal.

A sublimação tem a ver com o instinto e a idealização tem haver com o objeto, por exemplo, a
supervalorização sexual de um objeto é uma idealização do mesmo. A formação de um ideal do ego é
muitas vezes confundida com a sublimação do instinto, em detrimento de nossa compreensão dos fatos.
Um homem que tenha trocado seu narcisismo para abrigar um ideal elevado do ego, nem por isso foi
necessariamente bem-sucedido em sublimar seus instintos libidinais.

Desenvolvimento do ideal do ego e sublimação de instinto libidinais primitivos, é mais difícil convencer
um idealista a respeito da localização inconveniente de sua libido do que um homem simples, cujas
pretensões permaneceram mais moderadas. A formação de um ideal de ego aumenta as exigência do
ego, constituindo fator mais poderoso a favor da repressão, a sublimação é uma saída, uma maneira pela
qual essas exigências podem ser atendidas sem envolver repressão.

Não nos surpreenderíamos se encontrássemos um agente psíquico especial que realizasse a tarefa de
assegurar a satisfação narcisista proveniente do ideal do ego, e que, com essa finalidade em vista,
observasse constantemente o ego real, medindo-o por aquele ideal.
Admitindo-se que esse agente de fato exista, de forma alguma seria possível chegar a ele como se fosse
uma descoberta — podemos tão-somente reconhecê-lo, pois podemos supor que aquilo que chamamos
de nossa ‘consciência’ possui as características exigidas.

O reconhecimento desse agente nos permite compreender os chamados ‘delírios de sermos notados’ ou,
mais corretamente, de sermos vigiados, que constituem sintomas tão marcantes nas doenças
paranóides, podendo também ocorrer como uma forma isolada de doença, ou intercalados numa neurose
de transferência. Pacientes desse tipo queixam-se de que todos os seus pensamentos são conhecidos e
suas ações vigiadas e supervisionadas; eles são informados sobre o funcionamento desse agente por
vozes que caracteristicamente lhes falam na terceira pessoa (‘Agora ela está pensando nisso de novo’,
‘Agora ele está saindo’). Essa queixa é justificada; ela descreve a verdade. Um poder dessa espécie, que
vigia, que descobre e que critica todas as nossas intenções, existe realmente. Na realidade, existe em
cada um de nós em nossa vida normal.

Os delírios de estar sendo vigiado apresentam esse poder numa forma regressiva, revelando assim sua
gênese e a razão por que o paciente fica revoltado contra ele, pois o que induziu o indivíduo a formar um
ideal do ego, em nome do qual sua consciência atua como vigia, surgiu da influência crítica de seus pais
(transmitida a ele por intermédio da voz), aos quais vieram juntar-se, à medida que o tempo passou,
aqueles que o educaram e lhe ensinaram, a inumerável e indefinível coorte de todas as outras pessoas
de seu ambiente — seus semelhantes — e a opinião pública.

Lembremo-nos aqui de já termos verificado que a formação de sonhos ocorre sob o domínio de uma
censura que força a distorção dos pensamentos oníricos. Não figuramos, contudo, essa censura como
tendo um poder especial, mas escolhemos o termo para designar uma faceta das tendências repressivas
que regem o ego, a saber, a faceta que está voltada para os pensamentos oníricos. Se penetrarmos
ainda mais na estrutura do ego, também poderemos reconhecer, no ideal do ego e nas expressões orais
dinâmicas da consciência, o censor dos sonhos. Se esse censor estiver, até certo ponto, alerta, mesmo
durante o sono, poderemos compreender como sua atividade sugerida de auto-observação e de
autocrítica — com pensamentos tais como ‘agora ele está com muito sono para pensar’, ‘agora ele está
despertando’ — presta uma contribuição ao conteúdo do sonho.

Nessa altura, podemos tentar um exame da atitude de auto-estima nas pessoas normais e nos
neuróticos. Em primeiro lugar, parece-nos que a auto-estima expressa o tamanho do ego; os vários
elementos que irão determinar esse tamanho são aqui irrelevantes. Tudo o que uma pessoa possui ou
realiza, todo remanescente do sentimento primitivo de onipotência que sua experiência tenha confirmado,
ajuda-a a aumentar sua auto-estima.

Aplicando nossa distinção entre os instintos sexuais e os do ego, devemos reconhecer que a auto-estima
depende intimamente da libido narcisista. Aqui somos apoiados por dois fatos fundamentais: o de que,
nos parafrênicos, a auto-estima aumenta, enquanto que nas neuroses transferência ela se reduz; de e o
de que, nas relações amorosas, o fato de não ser amado reduz os sentimentos de auto-estima, enquanto
que o de ser amado os aumenta. Como já tivemos ocasião de assinalar, a finalid-ade e satisfação em
uma escolha objetal narcisista consiste em ser amado.

Além disso, é fácil observar que a catexia objetal libidinal não eleva a auto-estima. A dependência ao
objeto amado tem como efeito a redução daquele sentimento: uma pessoa apaixonada é humilde. Um
indivíduo que ama priva-se, por assim dizer, de uma parte de seu narcisismo, que só pode ser substituída
pelo amor de outra pessoa por ele. Sob todos esses aspectos, a auto-estima parece ficar relacionada
com o elemento narcisista do amor. A compreensão da impotência, da própria incapacidade de amar, em
conseqüência de perturbação física ou mental, exerce um efeito extremamente diminuidor sobre a auto-
estima.

Fontes dos sentimentos de inferioridade experimentados por pacientes que sofrem de neuroses de
transferência, sentimentos que esses pacientes estão prontos a relatar. A principal fonte desses
sentimentos é, contudo, o empobrecimento do ego, por causa das enormes catexias libidinais dele
retiradas — por causa, vale dizer, do dano sofrido pelo ego em função de tendências sexuais que já não
estão sujeitas a controle.

As neuroses fazem uso de tais inferioridades como um pretexto, assim como o fazem em relação a
qualquer outro fator que se preste a isso. Somos tentados a acreditar numa paciente neurótica quando
ela nos diz que era inevitável adoecer, visto que, por ser feia, deformada ou carente de encantos,
ninguém poderia amá-la; logo, porém, outra neurótica nos prestará melhores esclarecimentos — pois
persiste em sua neurose e em sua aversão à sexualidade, embora pareça mais desejável, e seja, de fato,
mais desejada, do que a mulher comum.
Em sua maioria, as mulheres histéricas são representantes atraentes e mesmo belas de seu sexo, ao
passo que, por outro lado, a freqüência da fealdade, de defeitos orgânicos e de enfermidades nas
classes inferiores da sociedade não aumenta a incidência da doença neurótica entre elas.

Devemos distinguir dois casos, conforme as catexias eróticas sejam ego-sintônicas, ou, pelo contrário,
tenham sofrido repressão. No primeiro caso (onde o uso feito da libido é ego-sintônico),.

Egosintonica – O amor é avaliado como qualquer outra atividade do ego. O amar em si, na medida em
que envolva anelo e privação, reduz a auto-estima, ao passo que ser amado, ser correspondido no amor,
e possuir o objeto amado, eleva-a mais uma vez. Quando a libido é reprimida, sente-se a catexia erótica
como grave esgotamento do ego; a satisfação do amor é impossível e o re-enriquecimento do ego só
pode ser efetuado por uma retirada da libido de seus objetos. A volta da libido objetal ao ego e sua
transformação no narcisismo representa, por assim dizer, um novo amor feliz; e, por outro lado, também
é verdade que um verdadeiro amor feliz corresponde à condição primeira na qual a libido objetal e a
libido do ego não podem ser distinguidas.

O desenvolvimento do ego consiste num afastamento do narcisismo primário e dá margem a uma


vigorosa tentativa de recuperação desse estado. Esse afastamento é ocasionado pelo deslocamento da
libido em direção a um ideal do ego imposto de fora, sendo a satisfação provocada pela realização desse
ideal. Ao mesmo tempo, o ego emite as catexias objetais libidinais. Torna-se empobrecido em benefício
dessas catexias, do mesmo modo que o faz em benefício do ideal do ego, e se enriquece mais uma vez
a partir de suas satisfações no tocante ao objeto, do mesmo modo que o faz, realizando seu ideal.

Uma parte da auto-estima é primária — o resíduo do narcisismo infantil; outra parte decorre da
onipotência que é corroborada pela experiência (a realização do ideal do ego), enquanto uma terceira
parte provém da satisfação da libido-objetal.

O ideal do ego impõe severas condições à satisfação da libido por meio de objetos, pois ele faz com que
alguns deles sejam rejeitados por seu censor como sendo incompatíveis onde não se formou tal ideal, a
tendência sexual em questão aparece inalterada na personalidade sob a forma de uma perversão. Tornar
a ser seu próprio ideal, como na infância, no que diz respeito às tendências sexuais não menos do que
às outras — isso é o que as pessoas se esforçam por atingir como sendo sua felicidade.

O estar apaixonado consiste num fluir da libido do ego em direção ao objeto. Tem o poder de remover as
repressões e de reinstalar as perversões. Exalta o objeto sexual transformando-o num ideal sexual. Visto
que, com o tipo objetal (ou tipo de ligação), o estar apaixonado ocorre em virtude da realização das
condições infantis para amar, podemos dizer que qualquer coisa que satisfaça essa condição é
idealizada.

Nesse caso, uma pessoa amará segundo o tipo narcisista de escolha objetal: amará o que foi outrora
e não é mais, ou então o que possui as excelências que ela jamais teve. A fórmula paralela à que se
acaba de mencionar diz o seguinte: o que possui a excelência que falta ao ego para torná-lo ideal é
amado. Esse expediente é de especial importância para o neurótico, que, por causa de suas excessivas
catexias objetais, é empobrecido em seu ego, sendo incapaz de realizar seu ideal do ego. Ele procura
então retornar, de seu pródigo dispêndio da libido em objetos, ao narcisismo, escolhendo um ideal sexual
segundo o tipo narcisista que possui as excelências que ele não pode atingir. Isso é a cura pelo amor,
que ele geralmente prefere à cura pela análise.

Na realidade, ele não pode crer em outro mecanismo de cura; em geral traz para o tratamento
expectativas dessa espécie, dirigindo-as à pessoa do médico. A incapacidade de amar do paciente,
resultante de suas repressões extensivas, naturalmente atrapalha um plano terapêutico dessa natureza.
Muitas vezes, se nos deparamos um resultado não pretendido quando, por meio do tratamento, o
paciente é parcialmente liberado de suas repressões: ele suspende o tratamento a fim de escolher um
objeto amoroso, deixando que sua cura continue a se processar por uma vida em comum com quem ele
ama. Poderíamos ficar satisfeitos com esse resultado, se ele não trouxesse consigo todos os perigos de
uma dependência mutiladora em relação àquele que o ajuda.

O ideal do ego desvenda um importante panorama para a compreensão da psicologia de grupo. Além do
seu aspecto individual, esse ideal tem seu aspecto social; constitui também o ideal comum de uma
família, uma classe ou uma nação. Ele vincula não somente a libido narcisista de uma pessoa, mas
também uma quantidade considerável de sua libido homossexual,, que dessa forma retorna ao ego. A
falta de satisfação que brota da não realização desse ideal libera a libido homossexual, sendo esta
transformada em sentimento de culpa (ansiedade social). Originalmente esse sentimento de culpa era o
temor de punição pelos pais, ou, mais corretamente, o medo de perder o seu amor; mais tarde, os pais
são substituídos por um número indefinido de pessoas. A freqüente causação da paranóia por um dano
ao ego, por uma frustração da satisfação dentro da esfera do ideal do ego, é tornada assim mais
inteligível, bem como a convergência da formação do ideal e da sublimação no ideal do ego, e ainda a
involução das sublimações e a possível transformação de ideais em perturbações parafrênicas.

Vous aimerez peut-être aussi