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CADERNO
TÉCNICO
02
Qualificação Profissional
do Engenheiro Civil
Índice
1. Engenharia Civil e a Profissão de Engenheiro 5 4.6. Qualificação Profissional para Autoria de outros Projetos de Engenharia Civil 30
2. Atos Regulados no Processo da Construção 6 4.6.1. Pontes, Viadutos e Passadiços 30
3. Coordenação de Projeto 7 4.6.2. Estradas e Arruamentos 31
3.1. Qualificação Profissional para a Coordenação de Projeto 8 4.6.3. Caminhos-de-ferro 32
4. Elaboração de Projeto 9 4.6.4. Aeródromos 32
4.1. Programa Preliminar 9 4.6.5. Obras Hidráulicas 33
4.2. Fases do Projeto 10 4.6.6. Túneis 33
4.3. Categoria de Obras e Fases de Projeto 11 4.6.7. Abastecimento e Tratamento de Água 34
4.4. Edifícios - Elementos Especiais a integrar nas diversas Fases de Projeto 13 4.6.8. Drenagem e Tratamento de Águas Residuais 35
4.4.1. Programa Preliminar 13 4.6.9. Resíduos 36
4.4.2. Programa Base 13 4.6.10. Obras Portuárias e de Engenharia Costeira 37
4.4.3. Estudo Prévio 15 4.6.11. Espaços Exteriores 38
4.4.4. Anteprojeto 17 4.6.12. Estruturas Especiais 39
4.4.5. Projeto de Execução 18 4.6.13. Demolições 40
A. Elementos do Projeto de Estruturas 19 5. Qualificação Profissional para a Direção de Obra ou de Direção de Fiscalização de Obra 40
B. Elementos do Projeto de Escavação e de Contenção Periférica 20 5.1. Edifícios 40
C. Elementos dos Projetos de Instalações e Equipamentos 21 5.2. Outras Obras de Engenharia Civil 41
D. Elementos do estudo de Condicionamento Acústico 6. Qualificação Profissional para Técnico Condução de Trabalhos Especializados 42
e de verificação do Comportamento Térmico 22 7. Regulamento dos Atos da OE 45
4.5. Edifícios – Qualificação Profissional para Autoria de Projetos de Especialidades 23 Glossário 56
4.5.1. Fundações e Estruturas 24 Legislação 66
4.5.2. Obras de Escavação e Contenção 25
4.5.3. Instalações, Equipamentos e Sistemas de Águas e Esgotos 25
4.5.4. Estudo de condicionamento Acústico 26
4.5.5. Estudo de Comportamento Térmico 28
4.5.6. Segurança contra Incêndio em Edifícios 29
4.5.7. Redes e Ramais de Gás 30
1. Engenharia Civil e a Profissão de Engenheiro
O exercício dos atos próprios da profissão de Engenheiro Civil é indissoci- A coordenação das actividades dos técnicos intervenientes no projeto
ável de uma dimensão de responsabilidade, de independência e também tem como objectivo a integração das suas diferentes partes num conjun-
de autoria de quem os pratica. São atos próprios que implicam uma res- to harmónico, de fácil interpretação e capaz de fornecer todos os elemen-
ponsabilidade de natureza pública e social dada a importância e impacto tos necessários à execução da obra, garantindo a adequada articulação
da sua intervenção à escala do território e na vida das pessoas. da equipa de projeto em função das características da obra e assegu-
rando a participação dos técnicos autores, a compatibilidade entre os
A intervenção do Engenheiro Civil é obrigatória nos atos próprios da profis-
diversos projetos necessários e o cumprimento das disposições legais e
são constantes na Lei n.º 31/2009 de 3 de julho de 2009, alterada pela Lei
regulamentares aplicáveis a cada especialidade, bem como a relação com
n.º 40/2015, de 1 de junho e em outras Leis que especialmente os consagrem.
o Dono da Obra ou o seu representante.
No exercício das suas competências legais, a Ordem dos Engenheiros
A programação do projeto visa o escalonamento das suas diferentes
verifica e certifica as qualificações profissionais dos seus membros, por
fases e das actividades de cada interveniente, de modo a ser dado
declarações que emite, sendo as actividades profissionais de coordena-
cumprimento ao contratado.
6
ção, conceção, projeto e execução da obra, atos próprios dos Engenheiros 7
Civis titulares das qualificações previstas nos pontos que iremos tratar A alínea e) do art.º 3º da L40/2015, define Coordenador de Projeto como
nos capítulos subsequentes. o autor de um dos projetos ou o técnico que integra a equipa de projeto
com a qualificação profissional exigida a um dos autores, a quem compe-
te garantir a adequada articulação da equipa de projeto em função das
características da obra, assegurando a participação dos técnicos autores,
a compatibilidade entre os diversos projetos e as condições necessárias
para o cumprimento das disposições legais e regulamentares aplicáveis a
cada especialidade e a respeitar por cada autor de projeto.
• Estações de tratamento de resíduos sólidos; construções existentes e das redes de infraestruturas locais, coberto
vegetal, características ambientais e outros eventualmente disponíveis, a
• Demolição e preparação dos locais da construção, perfurações
escalas convenientes;
e sondagens;
• Dados básicos relativos às exigências de comportamento, funcio-
• Instalações de canalização;
namento, exploração e conservação da obra, tendo em atenção as
• Instalações de gás. disposições regulamentares;
1
Programa previsto no art.º 43º do CCP.
2
Alguns documentos podem ser dispensados consoante a obra que se encontra a projectar.
• Estudo prévio: o documento elaborado pelo Projetista, depois da apro- • durante a fase de formação do contrato público, em particular du-
vação do programa base, visando a opção pela solução que melhor se rante a apreciação das propostas, visando nomeadamente a correcta
ajuste ao programa, essencialmente no que respeita à concepção geral interpretação do projeto e a escolha do adjudicatário; ou
da obra.
• durante a execução da obra3.
• Anteprojeto (ou Projeto base): documento a elaborar pelo Projetista,
correspondente ao desenvolvimento do Estudo prévio aprovado pelo
Dono da Obra, destinado a estabelecer, em definitivo, as bases a que
deve obedecer a continuação do estudo sob a forma de Projeto de
10 11
execução; 4.3. Categoria de Consoante a maior ou menor dificuldade da concepção e o grau de com-
plexidade do projeto, as obras são classificadas em quatro categorias4.
• Projeto de execução: documento elaborado pelo Projetista, a partir do Obras e Fases de
estudo prévio ou do anteprojeto aprovado pelo Dono da Obra, desti- Os projetos cujas obras exijam a execução de trabalhos em circunstâncias
Projeto
nado a facultar todos os elementos necessários à definição rigorosa excepcionais, tais como, por exemplo, com risco de acidentes, climas se-
dos trabalhos a executar. veros, com prazos de execução particularmente reduzidos, ou que incluam
a responsabilidade por novas concepções ou métodos muito especiais de
• Assistência técnica: prestações acessórias a realizar pelo Projetista
construção, podem ser classificados em categorias superiores às que lhes
perante o Dono da Obra, sem prejuízo do cumprimento de outras
corresponderiam sem a ocorrência de tais circunstâncias.
obrigações legais ou contratuais que lhe incumbam, que visam, desig-
nadamente, assegurar a correcta execução da obra, a conformidade
da obra executada com o projeto e com o caderno de encargos e o
cumprimento das normas legais e regulamentares aplicáveis.
3
O faseamento dos Projetos de remodelação, ampliação, reabilitação, reforço e demolição pode ser ajustado à respectiva
especificidade, por especificação do caderno de encargos ou acordo entre o Dono da Obra e o Projetista.
O faseamento da Revisão de projeto segue o da respectiva elaboração, salvo acordo diverso entre o Dono da Obra e o
revisor do projeto.
4
Definição das 4 Categorias no glossário do presente documento.
processo de elaboração do projeto que justifique a alteração, podem ser Autor do projeto no Programa base. (art.º 15.º da P701-H/2008)
definidos outros pesos relativos ou percentagens para cada fase de projeto5.
5
Não pode ser atribuído uma percentagem acumulada superior a 50% para o Programa Base, Estudo prévio e Anteprojeto.
• pré-dimensionamento da solução estrutural proposta; • Planta topográfica de implantação do edifício e perfis do terreno
que definam a implantação do edifício e das infraestruturas e
• pré-dimensionamento das soluções de escavação e de contenção
expressem, com clareza, a sua integração urbana e paisagística.
periférica proposta, caso aplicável;
• Plantas, alçados e cortes, em escalas apropriadas, que discrimi-
• Descrição, justificação e pré-dimensionamento das instalações
nem a compartimentação e indiquem as áreas, os volumes e as
e dos equipamentos propostos.
dimensões principais da construção, do mobiliário e de outros
• Pré-dimensionamento das medidas de condicionamento térmico elementos acessórios do edifício.
e acústico.
• O reconhecimento geológico e o estudo geotécnico, fornecidos
• Relatório com os resultados do reconhecimento geotécnico do terre- pelo Dono da Obra.
no, fornecido pelo Dono da Obra, justificação das soluções de funda-
• O dimensionamento da solução estrutural proposta e da solução
ção preconizadas e, quando for o caso, a justificação das soluções de
de escavação e de contenção periférica proposta, caso aplicável.
escavação e de contenção periférica.
• O dimensionamento das instalações e dos equipamentos.
• Descrição genérica das medidas de condicionamento acústico e dos
modelos de conservação de energia e de conforto térmico. • O dimensionamento da solução de condicionamento acústico,
(art.º 17.º da P701-H/2008) incluindo uma análise prospectiva de desempenhos e a demons-
16 17
tração de conformidade com os critérios de qualidade aplicáveis,
nomeadamente os regulamentares.
• Redes de águas residuais, abastecimento de água, electricidade, c. As cotas de nível de toscos das faces superiores das vigas, paredes
gás, comunicações e outras, no terreno circundante do edifício, e lajes e, quando necessário, as espessuras dos revestimentos;
com discriminação dos traçados das valas, das secções das cana-
d. A localização, devidamente referenciada, e as dimensões das
lizações e demais características necessárias à sua execução;
aberturas e passagens através dos elementos estruturais, nome-
• Muros de suporte, vedações e outras construções exteriores ao adamente as relativas a canalizações e a condutas.
edifício, designadamente, plantas, cortes, alçados, pormenores e
e. O desenvolvimento em altura dos pilares, definido nas plantas pela
outros elementos gráficos indispensáveis à sua realização;
sua indicação nos níveis em que têm início e em que terminam.
• Projeto de espaços exteriores, nomeadamente, arborizações, ajar-
dinamentos e outros trabalhos relativos ao tratamento paisagís-
tico e mobiliário urbano, com a especificação das quantidades e
das espécies de trabalhos a executar.
6
As escalas devem ser as adequadas a cada caso, com os mínimos de 1:500 e 1:1.000, 7
Pormenores de todos os elementos da estrutura que evidenciem a sua forma e constituição e
respectivamente, para as representações gerais e de pormenor.. permitam a sua execução sem dúvidas ou ambiguidades, nas escalas 1:50, 1:20, 1:10 ou superior.
• A memória descritiva deverá incluir, nomeadamente, a descrição ge- • Memórias descritivas e justificativas das instalações e equipamentos
ral da obra, uma informação geológica e geotécnica, a caracterização descrevendo e justificando as soluções adoptadas, tendo em atenção o
dos elementos da estrutura do edifício e infraestruturas contíguas anteprojeto aprovado e as disposições legais e regulamentares em vigor.
ou vizinhas, o faseamento de trabalho e o modo de execução das
• Especificações técnicas, gerais e especiais, relativas às instalações e
obras, o dimensionamento e justificação das soluções adoptadas, de
equipamentos, definindo as condições de montagem e as caracterís-
acordo com os regulamentos em vigor, e, quando for caso, o plano de
ticas técnicas dos materiais e equipamentos.
observação a implementar.
• Plantas e, se necessário, alçados e cortes, em escala adequada, com
• As peças desenhadas devem incluir, para além da planta de localiza-
o mínimo de 1:100 que definam:
ção sobre o levantamento topográfico actualizado, os elementos de
arquitectura necessários à apreciação isolada do referido projeto e a. A localização e, se necessário, o modo de implantação dos mate-
da planta de localização dos trabalhos de prospecção e dos cortes riais e dos equipamentos afectos às instalações.
geológicos interpretativos, a planta com a indicação das soluções b. O traçado e o modo de montagem das redes.
20 21
de escavação, de contenção ou de fundações, os cortes transversais,
c. As dimensões das tubagens e condutas para abastecimento
longitudinais e alçados contendo os elementos necessários à compre-
de água, águas residuais, ar, gás e outros fluidos.
ensão da solução preconizada com referência às estruturas vizinhas,
em particular no subsolo, as plantas, alçados e cortes com indicação d. As interdependências mais relevantes das instalações e equipa-
e definição de todos os elementos de contenção e de drenagem, os mentos com os elementos de construção, nomeadamente, aber-
cortes e pormenores de betão armado e a definição e a planta de turas em pavimentos ou paredes para passagem de canalizações,
localização dos dispositivos de observação a instalar. tubagens e condutas, maciços para equipamentos e revestimen-
tos especiais, seja para atenuação acústica, seja qual for
a sua finalidade.
8
Os Engenheiros Civis com nível de qualificação N1 têm competências limitadas ao nível de elaboração de projetos.
9
Para os projetos especificados no quadro 1 do anexo III, prevalecem as qualificações menos exigentes que ali se determinam.
Estruturas de edifícios com altura igual ou inferior a 30 metros II Instalações, equipamentos e sistemas de águas e esgotos I
qualificados
não qualificados
Acústico devem ser elaborados e subscritos por técnicos qualificados que, sendo • Edifícios industriais;
engenheiros, possuam especialização em engenharia acústica outorgada • Edifícios comerciais;
ou tenham recebido qualificação adequada na área da acústica de edifí-
cios reconhecida pela Ordem dos Engenheiros. • Edifícios escolares (ensino secundário, ensino superior ou equivalente);
• Recintos desportivos;
• Edifícios da Categoria III: os engenheiros civis deverão possuir nível
• Auditórios, salas de espetáculo e igrejas, até 200 lugares.
de qualificação profissional de membro sénior ou conselheiro.
• Categoria IV:
• Edifícios da Categoria IV: especialistas em engenharia acústica.
26 • Edifícios escolares (escolas de música); 27
Para efeito de subscrição de projetos de condicionamento acústico, as
Categorias dos edifícios encontram-se assim estabelecidas: • Auditórios, salas de espetáculo e igrejas;
• Edifícios mistos;
10
Procedimento elaborado pela Comissão de Especialização em Engenharia Acústica, aprovado pelo Conselho Diretivo Nacional.
11
O membro deve anuir ao procedimento de verificação de “manutenção” ou “garantia” de competências, por amostragem,
cfr. estabelecidas no procedimento de reconhecimento.
28 29
12
De acordo com a terceira alteração ao DL220/2008, de 12 de novembro, a L123/2019, de 18 de outubro, na sua norma
transitória, (art.º 5º), estabelece que a elaboração de projetos e medidas de autoprotecção, está dependente de
certificação de especialização que passa a ser obrigatória a partir de 15/07/2020.
Passadiços com vãos entre 20 a 40 metros sem II Pontes e viadutos ferroviários para velocidades superiores a 220 IV
condicionamentos especiais Km/h com vão superior a 20 m ou viés inferior a 70.º
Pontes e viadutos fortemente enviesados ou com traçado III Arruamentos urbanos com faixa de rodagem simples II
planimétrico complexo, nomeadamente em meios urbanos
Arruamentos urbanos com dupla faixa de rodagem III
Pontes e viadutos com vão máximo igual ou superior a 60 metros, IV
e com extensão superior a 400 metros
Estradas nacionais e municipais com faixa de rodagem simples ou dupla III
Pontes e viadutos com vão máximo igual ou superior a 120 metros IV
Auto-Estradas IV
qualificados
não qualificados
13
Programa Preliminar, Fases de Projeto, Assistência Técnica estabelecido na P701-H/2008 (artigos 76º/ 82º) 14
Programa Preliminar, Fases de Projeto, Assistência Técnica estabelecido na P701-H/2008 (artigos 83º/ 88º)
Sinalização e equipamentos de segurança de vias-férreas convencionais III Obras importantes de correcção fluvial III
4.6.6. Túneis 18
4.6.4. Aeródromos 16
Engenheiros Civis
Túneis Categoria
Efetivos Seniores
Engenheiros Civis
Aeródromos Categoria Túneis com escavação a céu aberto sem condicionantes II
Efetivos Seniores
geotécnicos especiais
Aeródromos III
Túneis com escavação a céu aberto com condicionantes III
geotécnicos especiais
Aeroportos IV
Túneis subterrâneos em qualquer tipo de terreno III
Túneis subaquáticos IV
qualificados
não qualificados
15
Disposições Gerais, Programa Preliminar, Fases de Projeto, Assistência Técnica estabelecido na P701-H/2008 (artigos 89 º/ 107º) 17
Programa Preliminar, Fases de Projeto, Assistência Técnica estabelecido na P701-H/2008 (artigos 121º/ 126º)
16
Disposições Gerais, Programa Preliminar, Fases de Projeto, Assistência Técnica estabelecido na P701-H/2008 (artigos 108º/ 120º) 18
Programa Preliminar, Fases de Projeto, Assistência Técnica estabelecido na P701-H/2008 (artigos 127º/ 132º)
qualificados
não qualificados
19
Programa Preliminar, Fases de Projeto, Assistência Técnica estabelecido na P701-H/2008 (artigos 133º/ 138º) 20
Programa Preliminar, Fases de Projeto, Assistência Técnica estabelecido na P701-H/2008 (artigos 139º/ 144º)
Estações de tratamento de resíduos sólidos servindo até II Planos inclinados e plataformas de elevação III
10 000 habitantes, sem exigências especiais e por processos
de aterro controlado Rampas–varadouro II
Sistemas de resíduos sólidos, excluindo tratamento, III
para mais de 10 000 habitantes Quebra–mares III
Estações de transferência de resíduos sólidos III Esporões, defesas frontais e retenções de protecção marginal II
Estações de tratamento de resíduos sólidos para mais de 10 000 e III Alimentação artificial de praias II
36 37
até 50 000 habitantes, sem exigências especiais, ou para população
inferior mas tendo dessas exigências Tomadas e rejeições de água em costa aberta III
Estações de tratamento de resíduos sólidos para mais de 50 000 IV Tomadas e rejeições de água em estuários II
habitantes ou para população inferior mas com exigências especiais
Tubagens submarinas em costa aberta III
Sistemas de reutilização e reciclagem de resíduos tratados IV
Tubagens submarinas em estuários II
Estações de tratamento de resíduos perigosos IV
Dragagens e depósito de dragados I
Terraplenos portuários I
qualificados
não qualificados
21
Programa Preliminar, Fases de Projeto, Assistência Técnica estabelecido na P701-H/2008 (artigos 145º/ 150º) 22
Programa Preliminar, Fases de Projeto, Assistência Técnica estabelecido na P701-H/2008 (artigos 151º/ 156º)
• Áreas degradadas;
• Categoria II:
• Projetos de rega;
• Compartimentação do campo;
• Drenagem superficial
• Instalações Industriais;
• Obras de regularização fluvial e de linhas de drenagem natural;
• Cemitérios;
• Edifícios para habitação, escolas, igrejas, hospitais, teatros, cine-
• Grandes instalações de equipamentos técnicos;
mas e outros;
• Aproveitamentos hidroagrícolas.
• Conjuntos Industriais;
• Pedonalização de ruas;
• Ciclovias;
• Matas;
• Parques de qualquer natureza; 4.6.12. Estruturas O quadro I do anexo III da L40/2015 qualifica os Engenheiros Civis
a elaborar projetos de estruturas especiais, nomeadamente torres,
• Loteamentos urbanos; Especiais mastros, chaminés, postes, coberturas, silos e antenas, (projetos
• Parques de campismo; classificados na Categoria II).
23
Programa Preliminar, Fases de Projeto, Assistência Técnica estabelecido na P701-H/2008 (artigos 157º/ 162º)
24
Os Engenheiros Civis com nível de qualificação N1 têm competências limitadas ao nível de elaboração de projetos.
5.2. Outras Obras Para outras obras de engenharia, a Lei 40/2015 define os níveis de quali-
ficação e experiência que os Engenheiros Civis devem ter, segundo a sua
5.1. Edifícios Os Engenheiros Civis podem desempenhar a função de Diretor de Obra ou de Engenharia Civil complexidade (Categorias I a IV da Portaria 701-H/2008):
40 de Diretor de Fiscalização de Obra, de acordo com o projeto ordenador ou 41
a natureza predominante da mesma, conforme o estabelecido nos termos
no quadro 1 do anexo II da Lei 40/2015.25
Engenheiros Civis
Este anexo define os níveis de qualificação e experiência, do seguinte modo: Obras Categorias
Efetivos Seniores
• Obras de Edifícios, segundo a relevância económica
I
(classes de alvará) por tipo de edifícios:
II
Obras em geral*
III
Engenheiros Civis IV
Edifícios Classes
Efetivos Seniores
qualificados
1 não qualificados
2
3 Aos Engenheiros Civis com qualificação de membro sénior, conselhei-
ro, especialista ou que comprovem 10 anos de experiência profissional
4
acresce a habilitação para assumir a direcção técnica de dirigir/ fiscalizar
Edifícios em geral 5
a execução de obras de imóveis classificados, em vias de classificação ou
6 inseridos em zona especial ou automática de proteção.
7
8
25
Os Engenheiros Civis com nível de qualificação N1 têm competências limitadas ao nível da Direção
9
de Obra e da Direção de Fiscalização de Obra.
6. Qualificação A Lei 40/2015 determina que o técnico responsável pela condução de 4.ª Pontes e viadutos metálicos.
trabalhos especializados encontra-se adstrito ao dever de assumir, em
Profissional para termo próprio, a responsabilidade pela correta execução dos trabalhos
5.ª Obras de arte correntes.
Técnico Condução que lhe foram confiados, em termos análogos aos dos diretores de obra e 6.ª Saneamento básico.
Especializados Para os trabalhos enunciados no anexo IV da L40/2015, é obrigatório con- 9.ª Ajardinamentos.
tratar um técnico com qualificações específicas, para as obras de classe 6 10.ª Infraestruturas de desporto e lazer.
ou superior. Estas qualificações mínimas dependem da categoria/subcate-
11.ª Sinalização não elétrica e dispositivos de proteção e segurança.
goria e da classe de obra que se apresentam. Assim, só os Engenheiros Civis
com a qualificação de sénior, conselheiro, especialista ou que comprovem 10
anos de experiência profissional, encontram-se capacitados á condução dos 26
Os Engenheiros Civis com nível de qualificação N1 têm competências limitadas ao nível da
responsabilidade pela condução de trabalhos especializados.
trabalhos especializados da classe 9. 26
4.ª Barragens e diques. bros da Ordem dos Engenheiros, sem prejuízo do disposto na legislação
europeia aplicável e nos diplomas legais e regulamentares dimanados da
5.ª Dragagens. Assembleia da República ou do Governo, que tratem da mesma matéria.
6.ª Emissários. No anexo do Regulamento encontram-se estabelecidos os seguintes atos
do Colégio de Engenharia Civil:
1.1.1. Edifícios
44 5.ª Categoria: Outros Trabalhos, nas subcategorias: 1.1.1.1. Estabilidade que inclua o projeto de escavação e contenção periférica
45
2.1.1.16. Demolições
(2.1.2.1. a 2.1.2.16. — Desagregação utilizada no grupo de atos 2.1.1.) 2.2.3.12. Instalações, equipamentos e sistemas de Gás
(2.1.3.1. a 2.1.3.16. — Desagregação utilizada no grupo de atos 2.1.1.) 2.2.3.15. Estruturas Especiais
2.1.4. Preparação dos Locais da Construção, Perfurações e Sondagens 2.3. Segurança e Saúde
2.2. Controlo de Execução (2.3.2.1. a 2.3.2.15. — Desagregação utilizada no grupo de atos 2.2.3.)
(2.2.2.1. a 2.2.2.16. — Desagregação utilizada no grupo de atos 2.1.1.) 2.4.3. Coordenação de estudos e orçamentos
2.2.3.5. Aeródromos
(3.2.2.1. a 3.2.2.15. — Desagregação utilizada no grupo de atos 2.2.3.) 4.2.3.1. Ensaios laboratoriais
(3.2.3.1. a 3.2.3.15. — Desagregação utilizada no grupo de atos 2.2.3.) 4.2.4. Elaboração de ensaios
4.1. Perícias
4.1.1.3. Hidráulica, recursos hídricos e pluviais (4.4.1. a 4.4.8. — Desagregação utilizada no grupo de atos 4.1.1.)
5. Produção de Materiais
4.1.2. Coordenação 5.1. Gestão Industrial
5.1.1.1. Industrial
6.1.1.3. Estudos e avaliações de viabilidade técnico-económica 6.1.3.8. Planos estratégicos de políticas sectoriais
6.1.2.1. Instrumentos de desenvolvimento territorial nacionais 6.1.3.12. Estudos e planos sectoriais e parciais na área dos transportes
52 6.1.2.2. Planos regionais de ordenamento do território 6.1.3.13. Modelação e análise de sistemas de transportes 53
6.1.2.8. Planos estratégicos de políticas sectoriais 6.1.3.19. Estudos de análise económica de sistemas de transportes
6.1.4.5. Auditoria e fiscalização (segurança rodoviária, ferroviária, marítima e aérea) 7.3.1.2. Legislação
7.1.1. Coordenação
7.1.1.8. Gestão da construção (segurança e saúde, qualidade, custos, prazos, ambiente). 8.1.1.2. Apreciação de estudos de tráfego
7.1.2.1. Estruturas
7.1.2.4. Vias de comunicação (8.2.1.1 a 8.2.1.4. — Desagregação utilizada no grupo de atos 8.1.1.)
durante a apreciação das propostas, visando nomeadamente a corre- • Obras da Categoria III: incluem-se as obras em que a elaboração
ta interpretação do projeto e a escolha do adjudicatário; ou do projeto está condicionada relativamente às obras correntes, por
(iii) durante a execução da obra. (b) do art.º 1 da P701-H/2008) algum dos factores seguintes:
• Assistência técnica especial, os serviços complementares a prestar, • Concepção fundamentada em programas funcionais com exigên-
visando a apreciação da qualidade de equipamentos, elementos ou • Instalações técnicas que, pela sua complexidade, tornem necessário o
ensaios ligados à execução da obra, à sua monitorização ou manu- estudo de soluções pouco correntes que exijam soluções elaboradas
tenção, bem como à receção da obra. (c) do art.º 1 da P701-H/2008) de compatibilização com as diferentes partes componentes da obra;
• Obra, qualquer construção que se incorpore no solo com caráter de • Projeto de ampliação, o projeto com base numa construção existente que
permanência, ou que, sendo efémera, se encontre sujeita a licença visa ampliar a capacidade de utilização, com o correspondente aumento da
administrativa ou comunicação prévia nos termos do RJUE, e qual- área de construção ou do volume da obra. (r) do art.º 1 da P701-H/2008)
quer intervenção em construção que se encontre, ela própria, sujeita
• Projeto de demolição, o projeto com base numa construção existente
a licença administrativa ou comunicação prévia nos termos do RJUE,
que visa a sua total ou parcial destruição. (s) do art.º 1 da P701-H/2008)
assim como a obra pública, nos termos do Código dos Contratos
Públicos. (n) do art.º 3 da L40/2015) • Projeto de execução, o documento elaborado pelo Projetista, a par-
tir do estudo prévio ou do anteprojeto aprovado pelo Dono da Obra,
• Peças do projeto, os documentos, escritos ou desenhados
destinado a facultar todos os elementos necessários à definição
que caracterizam as diferentes partes de um projeto. (l) do
rigorosa dos trabalhos a executar. (t) do art.º 1 da P701-H/2008)
art.º 1 da P701-H/2008)
• Projeto ordenador, aquele que define as características impostas
• Programa base, o documento elaborado pelo Projetista a partir do
pela função da obra e que é matriz dos demais projetos que o condi-
programa preliminar resultando da particularização deste, visando
60 cionam e por ele são condicionados. (p) do art.º 3 da L40/2015) 61
a verificação da viabilidade da obra e do estudo de soluções alterna-
tivas, o qual, depois de aprovado pelo Dono da Obra, serve de base • Projeto de reabilitação, o projeto com base numa construção exis-
ao desenvolvimento das fases ulteriores do projeto. (m) do tente que tem por objetivo fundamental repor ou melhorar as suas
art.º 1 da P701-H/2008) condições de funcionamento. (u) do art.º 1 da P701-H/2008)
• Programa preliminar, o documento fornecido pelo Dono da Obra • Projeto de reforço, o projeto com base numa construção existente
ao Projetista para definição dos objetivos, características orgânicas que visa conferir-lhe maior capacidade. (v) do art.º 1 da P701-H/2008)
e funcionais e condicionamentos financeiros da obra, bem como • Projeto de remodelação, o projeto com base numa construção
dos respetivos custos e prazos de execução a observar; existente tendo em vista introduzir quaisquer alterações incluindo as
corresponde ao programa previsto no artigo 43.º do CCP. (n) do mudanças de utilização. (x) do art.º 1 da P701-H/2008)
art.º 1 da P701-H/2008)
• Projeto variante, o projeto elaborado no todo ou em parte como
• Programa de reconhecimento, o documento que integra as ações alternativa a outro já existente, sem modificação dos seus objetivos
de prospeção, medição e ensaio das condições existentes. (o) do e condicionantes. (z) do art.º 1 da P701-H/2008)
art.º 1 da P701-H/2008)
• Revisão do projeto, a análise crítica do projeto e emissão dos respetivos
• Projetista, a entidade singular ou coletiva que assume a responsabi- pareceres, por outrem que não o Projetista. (aa) do art.º 1 da P701-H/2008)
lidade pela elaboração de projeto ou programa, no âmbito, ou tendo
• Revisor do projeto, a pessoa singular ou coletiva devidamente quali-
em vista, a realização de um procedimento pré -contratual público.
ficada para a elaboração desse projeto e distinta do autor do mesmo.
(p) do art.º 1 da P701-H/2008)
(bb) do art.º 1 da P701-H/2008)
• Lei n.º 31/2009 de 3 de julho: Aprova o regime jurídico que estabelece a Segurança de Incêndios contra Edifícios
qualificação profissional exigível aos técnicos responsáveis pela elabo- • Lei n.º 123/2019 de 18 de outubro: Terceira alteração ao Decreto-Lei
ração e subscrição de projetos, pela fiscalização de obra e pela direção n.º 220/2008, de 12 de novembro, que estabelece o regime jurídico da
de obra, que não esteja sujeita a legislação especial, e os deveres que segurança contra incêndio em edifícios.
lhes são aplicáveis e revoga o Decreto n.º 73/73, de 28 de fevereiro.
• Decreto-Lei n.º 220/2008 de 12 de novembro: Estabelece o regime
• Portaria n.º 701-H/2008 de 29 de julho: Aprova o conteúdo obrigató- jurídico da segurança contra incêndios em edifícios.
rio do programa e do projeto de execução, bem como os procedimen-
tos e normas a adotar na elaboração e faseamento de projetos de
obras públicas, designados «Instruções para a elaboração de projetos
de obras», e a classificação de obras por categorias.
• Lei n.º 15/2015 de 16 de fevereiro: Estabelece os requisitos de acesso • Decreto-Lei n.º 136/2014 de 9 de setembro: Procede à décima terceira
e exercício da atividade das entidades e profissionais que atuam na alteração ao Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, que estabele-
área dos gases combustíveis, dos combustíveis e de outros produtos ce o regime jurídico da urbanização e edificação.
petrolíferos, conformando-o com a disciplina da Lei n.º 9/2009, de
• Decreto-Lei n.º 555/99 de 16 de dezembro: Regime Jurídico da
4 de março, e do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, que trans-
Urbanização e da Edificação.
puseram as Diretivas n.ºs 2005/36/CE, de 7 de setembro, relativa ao
reconhecimento das qualificações profissionais, e 2006/123/CE, de 12
de dezembro, relativa aos serviços no mercado interno, e procede à Pedidos de Informação Prévia, Licenciamento e Autorização
quinta alteração ao Decreto-Lei n.º 267/2002, de 26 de novembro. • Portaria n.º 113/2015 de 22 de abril: Identifica os elementos instrutó-
rios dos procedimentos previstos no Regime Jurídico da Urbanização
Exercício da Atividade da Construção e Edificação e revoga a Portaria n.º 232/2008, de 11 de março.
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Valores das Classes
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Nota Importante