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PRÉ-VESTIBULAR
LIVRO DO PROFESSOR
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© 2006-2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do
detentor dos direitos autorais.
ISBN: 978-85-387-0573-4
CDD 370.71
Disciplinas Autores
Língua Portuguesa Francis Madeira da S. Sales
Márcio F. Santiago Calixto
Rita de Fátima Bezerra
Literatura Fábio D’Ávila
Danton Pedro dos Santos
Matemática Feres Fares
Haroldo Costa Silva Filho
Jayme Andrade Neto
Renato Caldas Madeira
Rodrigo Piracicaba Costa
Física Cleber Ribeiro
Marco Antonio Noronha
Vitor M. Saquette
Química Edson Costa P. da Cruz
Fernanda Barbosa
Biologia Fernando Pimentel
Hélio Apostolo
Rogério Fernandes
História Jefferson dos Santos da Silva
Marcelo Piccinini
Rafael F. de Menezes
Rogério de Sousa Gonçalves
Vanessa Silva
Geografia Duarte A. R. Vieira
Enilson F. Venâncio
Felipe Silveira de Souza
Fernando Mousquer
Projeto e
Produção
Desenvolvimento Pedagógico
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Barroco
o tráfico, que se estenderia por séculos como um
negócio extremamente lucrativo.
Os centros econômicos do Brasil naquela época
eram as cidades de Olinda e Salvador. Em 1580, a
Espanha apodera-se de nosso país, devido à União
O Barroco surge com a crise do Renascimento, Ibérica, que irá perdurar até 1640. Entretanto, alguns
buscando solucionar o drama instaurado pela arte lugares, durante esse período, tornaram-se terras
maneirista. O Maneirismo foi uma estética muito da Holanda. É o caso da Bahia, entre 1624 e 1625, e
semelhante ao Barroco, estabelecia o conflito entre o Pernambuco, entre 1630 e 1654. A invasão holandesa
pensamento medieval, relacionado a Deus e ao huma- que mais modificou as características da colônia foi
nismo renascentista, de valores antropocêntricos. a do Recife. Sob o comando de Maurício de Nassau,
A arte barroca, seguindo os preceitos filosóficos enviado da Companhia das Índias Ocidentais, a partir
da Contra-Reforma, tentou conciliar ambas as linhas de 1630, fez melhorias urbanas na cidade.
de pensamento, medieval e barroca, teocentrismo e No ano de 1654, Portugal retoma o controle da
antropocentrismo. Tudo inútil, o Barroco simplesmen- colônia. Porém, nada depois disso foi melhor, pois o
te continuaria revelando este conflito inconciliável, só preço do açúcar caiu vertiginosamente, em conse-
que a partir de uma perspectiva voltada à religião. quência da concorrência com o açúcar antilhano; e
Dessa forma, o Barroco – que significa pérola as fuga de escravos dos engenhos eram frequentes.
irregular ou desarmonia – define-se como a arte das Esses escravos fugidos formavam os Quilombos,
dialéticas. dos quais o mais conhecido se tornou o Quilombo
dos Palmares.
(...)
fortemente ridicularizada.
Cristo Carregando a Cruz,
1600-1605. De El Greco.
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Antônio Vieira é o grande nome da prosa bar- Poesia amorosa
roca. Detentor de um extremo talento no uso da pa-
São traços característicos desse tema a fuga-
lavra, esse jesuíta escreveu sermões sobre os mais
cidade da vida e o consequente desejo de vivê-la
variados assuntos: religião, cotidiano, escravidão,
intensamente – o carpe diem – pois o tempo acaba
utopias, Portugal, Brasil. As contradições do homem
com os sonhos e com o corpo, transformando tudo
do século XVII, assim como em Gregório de Matos,
em pó. O tema do amor é visto, na obra de Gregório,
também se encontram nesse grande orador, indivíduo
a partir de duas perspectivas.
de ideias extremas.
A primeira é a da idealização amorosa em uma
linguagem de tom elevado, sublime. Sempre se
Autores e obras mantendo a tensão barroca, os conflitos não conse-
guem ser abandonados. O exemplo a seguir mostra
A primeira obra considerada barroca produzida a oposição entre o divino e o diabólico, por meio de
no Brasil é Prosopopeia (1601), de Bento Teixeira. uma figura feminina.
Entretanto, há muitas controvérsias quanto a ser ou
não uma obra genuinamente barroca. Portanto, cita- Anjo no nome, Angélica na cara.
se tal obra meramente como marco cronológico, sem Isso é ser flor, e Anjo juntamente,
apresentar grandes valores estéticos.
Ser Angélica flor, e Anjo florente,
Os dois grandes nomes, que verdadeiramente
em quem, senão em vós se uniformara?
contribuíram para as letras brasileiras na estética
barroca e que merecem estudo detalhado, foram
Gregório de Matos Guerra, na poesia e Pe. Antônio Quem veria uma flor, que a não cortara
Viera, na prosa. De verde pé, de rama florescente?
E quem um Anjo vira tão luzente,
Gregório de Matos Guerra Que por seu Deus, o não idolatrara?
Domínio público.
nada.
A vós, cravos preciosos, quero atar-me,
Para ficar unido, atado e firme.
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Poesia satírica O que El-Rei nos dá de graça.
Aqui, Gregório de Matos faz críticas severas a Que anda a Justiça na praça
todos os setores da sociedade baiana. Por meio do Bastarda, vendida, injusta.
humor corrosivo, do sarcasmo agressivo, da ofensa
muitas vezes direta e principalmente através da Que vai pela clerezia?... Simonia.
ridicularização, o poeta revela sua decepção com o E pelos membros da Igreja?... Inveja.
contexto em que vive. O desengano e a decepção Cuidei que mais se lhe punha?... Unha
são os combustíveis para sua sátira. Sazonada caramunha,
Leia o poema Epílogos, em que o Boca do Infer- Enfim, que na Santa Sé
no, como ficou conhecido na sua produção satírica,
O que mais se pratica é
critica veementemente representantes de todas as
camadas sociais. Simonia, inveja e unha.
E nos frades há manqueiras?... Freiras.
Que falta nesta cidade?... Verdade.
Em que ocupam os serões?... Sermões.
Que mais por sua desonra?... Honra.
Não se ocupam em disputas?... Putas.
Falta mais que se lhe ponha?... Vergonha.
Com palavras dissolutas
O demo a viver se exponha,
Me concluo na verdade,
Por mais que a fama a exalta,
Que as lidas todas de um frade
Numa cidade onde falta
São freiras, sermões e putas.
Verdade, honra, vergonha.
O açúcar já acabou?... Baixou.
Quem a pôs neste socrócio?... Negócio.
E o dinheiro se extinguiu?... Subiu.
Quem causa tal perdição?... Ambição.
Logo já convalesceu?... Morreu.
E no meio desta loucura?... Usura.
À Bahia aconteceu
Notável desaventura
O que a um doente acontece:
De um povo néscio e sandeu,
Cai na cama, e o mal cresce,
Que não sabe que perdeu
Baixou, subiu, morreu.
Negócio, ambição, usura.
A Câmara não acode?... Não pode.
Quais são seus doces objetos?... Pretos.
Pois não tem todo o poder?... Não quer.
Tem outros bens mais maciços?... Mestiços.
É que o Governo a convence?... Não vence.
Quais destes lhe são mais gratos?...
Quem haverá que tal pense,
Mulatos.
Que uma câmara tão nobre,
Dou ao Demo os insensatos,
Por ver-se mísera e pobre,
Dou ao Demo o povo asnal,
Não pode, não quer, não vence.
Que estima por cabedal,
Pretos, mestiços, mulatos.
Neste soneto o poeta lamenta a condição em
Quem faz os círios mesquinhos?... que a Bahia se encontrava, explorada por países
Meirinhos. estrangeiros.
Quem faz as farinhas tardas?... Guardas.
Quem as têm nos aposentos?... Sargentos. Triste Bahia! ó quão dessemelhante
Os círios lá vêm aos centos, Estás e estou do nosso antigo estado!
E a terra fica esfaimando, Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Porque os vão atravessando Rica te vi eu já, tu a mi abundante.
Meirinhos, guardas, sargentos.
E que justiça a resguarda?... Bastarda. A ti trocou-te a máquina mercante,
É grátis distribuída?... Vendida. Que em tua larga barra tem entrado,
Que tem, que a todos assusta?... Injusta. A mim foi-me trocando, e tem trocado,
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Deste em dar tanto açúcar excelente Características e temas
Pelas drogas inúteis, que abelhuda*
Com uma variada gama de assuntos, os ser-
Simples aceitas do sagaz Brichote * mões de Antônio Vieira possuem como caracterís-
tica comum o estilo conceptista de construção. Por
Oh se quisera Deus, que de repente intermédio do raciocínio sutil que leva ao silogismo,
Vieira busca convencer o ouvinte.
Um dia amanheceras tão sisuda*
Para dar credibilidade aos seus sermões, o ora-
Que fora de algodão o teu capote*.
dor jesuíta utiliza-se da bíblia como embasamento
argumentativo. Dessa forma, toda e qualquer ideia
`` Vocabulário: Antônio Vieira transforma em argumento teológico
Abelhuda: termo irônico para curiosidade vaidosa. por meio da analogia com o texto sagrado. Para isso
descontextualiza o assunto, o tema a ser tratado, e
Brichote: termo depreciativo para estrangeiro, cor- o recontextualiza de acordo com suas necessidades
ruptela de british. e intenções.
Sisuda: no sentido de austera, modesta. Um dos seus sermões mais conhecidos é justa-
mente aquele que ensina a arte de pregar, é o Sermão
Capote de algodão: indicando a renúncia ao luxo.
da Sexagésima, pregado na Capela Real no ano de
1655. Vamos ler um trecho.
Antônio Vieira Já que falo contra os estilos modernos, quero
alegar por mim o estilo do mais antigo pregador
Domínio público.
Papa. Em 1681, fixa-se definitivamente no Brasil, com pregação; muito distinto e muito claro. E nem por
casa na Bahia, local onde falece em 1697. isso temais que pareça o estilo baixo; as estrelas
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são muito distintas e muito claras, e altíssimas. O Ora senhores, já que somos cristãos, já que
estilo pode ser muito claro e muito alto; tão claro sabemos que havemos de morrer e que somos
que o entendam os que não sabem e tão alto que imortais, saibamos usar da morte e da imortalida-
tenham muito que entender os que sabem. O rústi- de. Tratemos desta vida como mortais, e da outra
co acha documentos nas estrelas para sua lavoura como imortais. Pode haver loucura mais rematada,
e o mareante para sua navegação, e o matemático pode haver cegueira mais cega do que empregar-
para as suas observações e para os seus juízos. -me todo na vida que há de acabar, e não tratar
De maneira que o rústico e o mareante, que não da vida que há de durar para sempre? Cansar-me,
sabem ler nem escrever entendem as estrelas; e afligir-me, matar-me pelo que forçosamente hei
o matemático, que tem lido quantos escreveram, de deixar, e do que hei de lograr ou perder para
não alcança a entender quanto nelas há. Tal pode sempre, não fazer nenhum caso? Tantas diligên-
ser o sermão: – estrelas que todos vêem, e muito cias para esta vida, nenhuma diligência para a
poucos as medem. outra vida? Tanto medo, tanto receio da morte
temporal, e da eterna nenhum temor? Mortos,
mortos, desenganai estes vivos. Dizei-nos que
Vieira discutia muito os acontecimentos coti- pensamentos e que sentimentos foram os vossos,
dianos em seus sermões, como os vícios e paixões quando entrastes e saístes pelas portas da morte.
humanas e também as virtudes, a honestidade, por A morte tem duas portas. Uma porta de vidro por
exemplo. Para atrair mais a atenção daqueles que o onde se sai da vida; outra porta de diamante, por
estavam assistindo, empregava em seus sermões um onde se entra à eternidade.
estilo que misturava o dramático, o lírico, o irônico
e o indignado, causando as mais diversas reações
da plateia. A escravidão também foi discutida por Antô-
No Sermão de Santo Antônio (pregado em S. nio Vieira em seus sermões. A princípio Vieira era
Luís do Maranhão, três dias antes de se embarcar contra a escravidão dos índios e não manifestava
ocultamente para o Reino), conseguiu provocar a ira opinião acerca da escravidão de africanos. Entre-
de quem o estava ouvindo. De forma irônica dirigia- tanto, quando testemunhou os sofrimentos pelos
-se aos peixes do mar, porém, na verdade, falava aos quais estes passavam, comparou com os martírios
homens, mostrando-lhes os próprios vícios. que Cristo sofreu.
Leiamos um trecho de extrema beleza poética.
Em um engenho sois imitadores de Cristo
Quis Cristo que o preço da sepultura dos crucificado: Imitatoribus Christi crucifixi – porque
peregrinos fosse o esmalte das armas dos portu- padeceis em um modo muito semelhante o que
gueses, para que entendêssemos que o brasão o mesmo Senhor padeceu na sua cruz e em toda
de nascer portugueses era a obrigação de morrer a sua paixão. A Sua cruz foi composta de dois
peregrinos: com as armas nos obrigou Cristo a madeiros, e a vossa em um engenho é de três.
peregrinar, e com a sepultura nos empenhou a Também ali não faltaram as canas, porque duas
morrer. Mas se nos deu o brasão que nos havia de vezes entraram na Paixão: uma vez servindo para
levar da pátria, também nos deu a terra que nos o cetro de escárnio, e outra vez para a esponja em
havia de cobrir fora dela. Nascer pequeno e morrer que Lhe deram o fel. A Paixão de Cristo parte foi de
grande é chegar a ser homem. Por isso nos deu noite sem dormir, parte foi de dia sem descansar,
Deus tão pouca terra para o nascimento e tantas e tais são as vossas noites e os vossos dias. Cristo
para a sepultura. Para nascer, pouca terra; para despido, e vós despidos; Cristo sem comer, e vós
morrer, toda a terra; para nascer, Portugal; para famintos; Cristo em tudo maltratado, e vós maltra-
morrer, o mundo. tados em tudo. Os ferros, as prisões, os açoites,
as chagas, os nomes afrontosos, de tudo isto se
compõe a vossa imitação, que, se for acompanhada
Vieira também escreveu muitos assuntos rela- de paciência, também terá merecimento de mar-
cionados à religião. Um deles intimamente relacio- tírio. Só lhe faltava a cruz para a inteira e perfeita
nado ao Barroco (a arte da Contra-Reforma), que é a semelhança o nome de engenho: mas este mesmo
preocupação com a vida eterna. lhe deu Cristo, não com outro, senão com o próprio
Vamos ler um trecho do Sermão de Quarta-feira vocábulo. Torcular se chama o vosso engenho, ou a
de Cinzas, pregado na cidade de Roma, em 1672. vossa cruz, e a de Cristo, por boca do mesmo Cris-
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A estrutura dos sermões se dá basicamente da A resposta torna-se mais evidente se repararmos no jogo
seguinte forma: de oposição entre a beleza e a morte, e o tom desespe-
rado do eu lírico.
INTROITO ou EXÓRDIO
2. (Elite) Uma das grandes questões debatidas sobre
(apresentação)
as manifestações culturais durante o período colonial
brasileiro é a seguinte: teríamos uma cultura própria ou
seríamos o resultado de uma cultura transplantada da
ARGUMENTO ou DESENVOLVIMENTO metrópole (Portugal) para a colônia (Brasil)?
(defesa da ideia) Muito se debateu sobre isso. Hoje, acredita-se que
houve a interação de ambos os fatores. É inegável
a influência europeia — e, mais especificamente,
portuguesa — sobre o Brasil. Mas não podemos
PERORAÇÃO desconsiderar a influência indígena e negra: se essas
(fechamento, conclusão) não deixaram registros escritos nos momentos iniciais
Percebemos que a estrutura dos textos de An- da colônia, não significa que não tenham contribuído na
tônio Vieira segue a forma tradicional de um texto formação cultural do Brasil.
argumentativo. A respeito disso, responda:
a) No campo da literatura, havia condições favoráveis
em sua produção durante o período colonial?
b) O saber jesuítico foi uma contribuição à cultura bra-
sileira? Exemplifique.
1. (Mackenzie)
“Não vira em minha vida a formosura, `` Solução:
Ouvia falar nela cada dia, a) Não havia condições de produção da obra literária
E ouvida me incitava, e me movia e de sua distribuição como acontece nos dias de
A querer ver tão bela arquitetura: hoje. As razões disso estavam no isolamento vivi-
do na colônia (eram difíceis as vias de comunicação
interna), na alta taxa de analfabetismo, na escassez
Ontem a vi por minha desventura de centros de ensino, entre outros fatores. Por outro
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Na cara, no bom ar, na galhardia lado, isso não significa que tais barreiras impediram
De uma mulher, que em anjo se mentia; a produção de obras que hoje são consideradas li-
terárias (como a “Prosopopeia”, de Bento Teixeira,
De um sol, que se trajava em criatura:
8 escrita em 1601).
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b) Sim, o grande exemplo foi a arte barroca. Um gran- Todo o lenho mortal, baixel humano,
de expoente dessa estética no Brasil foi o Padre An- Se busca a salvação, tome hoje terra,
tônio Vieira.
Que a terra de hoje é porto soberano.
3. (FEI) “Em tristes sombras morre a formosura,
em contínuas tristezas a alegria”. (MATOS, Gregório de. Poemas Escolhidos. São Paulo: Cultrix, 1997. p.
309.)
Nos versos citados acima, Gregório de Matos empregou
uma figura de linguagem que consiste em aproximar Gregório de Matos expressou em sua obra toda a tensão
termos de significados opostos, como “tristezas” e do século XVII, ao abordar os temas predominantes do
“alegria”. O nome desta figura de linguagem é: Barroco. Identifique no poema elementos que atestam o
a) metáfora. comprometimento do poeta com o respectivo momento
b) aliteração. literário.
c) eufemismo. `` Solução:
d) antítese. O poeta tem consciência de que o mundo terreno é
efêmero e vão; o sentimento de nulidade diante do
e) sinédoque. poder divino.
`` Solução: D 6. (Elite) Desfaça o hipérbato construído por Gregório de
Matos nestes versos. Ou seja, coloque-os em uma frase
Antítese é o traço mais característico das poesias bar-
na ordem direta.
rocas. No excerto destaca-se a oposição entre tristeza
e alegria. Se uma ovelha perdida e já cobrada
4. (UFFRJ) O texto de Gregório de Matos possui muitas Glória tal e prazer tão repentino
antíteses, que são usadas nos textos barrocos para: Vos deu, como afirmais na sacra história,
a) traduzir o conflito humano.
Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada
b) rejeitar o vocabulário popular.
(...)
c) personificar seres inanimados.
`` Solução:
d) marcar a presença do onírico.
Senhor, eu sou a ovelha desgarrada, se uma ovelha per-
e) detalhar a arte poética.
dida e já cobrada vos deu glória tal e prazer tão repentino
como afirmais na sacra história.
`` Solução: A
Os dramas existenciais, as confusões íntimas são reve-
lados, na forma, por meio das antíteses e também dos
paradoxos.
5. (UFV) Leia atentamente o texto: 1. (UFV-MG) Leia atentamente o fragmento do sermão do
Que és terra, homem, e em terra hás de tornar-te, Padre Antônio Vieira:
Te lembra hoje Deus por sua Igreja; A primeira cousa que me desedifica, peixes, de vós, é
De pó te faz espelho, em que se veja que comeis uns aos outros. Grande escândalo é este,
mas a circunstância o faz ainda maior. Não só vos
A vil matéria, de que quis formar-te.
comeis uns aos outros, senão que os grandes comem
Lembra-te Deus, que és pó para humilhar-te, os pequenos. Se fora pelo contrário era menos mal. Se
E como o teu baixel sempre fraqueja os pequenos comeram os grandes, bastara um grande
Nos mares da vaidade, onde peleja, para muitos pequenos; mas como os grandes comem
os pequenos, não bastam cem pequenos, nem mil,
Te põe à vista a terra, onde salvar-te.
para um só grande […]. Os homens, com suas más e
perversas cobiças, vêm a ser como os peixes que se
Alerta, alerta, pois, que o vento berra. comem uns aos outros. Tão alheia cousa é não só da
Se assopra a vaidade e incha o pano, razão, mas da mesma natureza, que, sendo criados no
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mesmo elemento, todos cidadãos da mesma pátria, e 3. (UFRGS) Considere as afirmações abaixo:
todos finalmente irmãos, vivais de vos comer.
I. Barroco literário, no Brasil, correspondeu a um pe-
(VIEIRA, Antônio. Obras Completas do Padre Antônio Vieira: ser- ríodo em que o incremento da atividade mineradora
mões. Prefaciados e revistos pelo Pe. Gonçalo Alves. Porto: Lello e Irmão
proporcionou o desenvolvimento urbano e o surgi-
mento de uma incipiente classe média formada por
— Editores, 1993. v. III, p. 264-265.)
funcionários, comerciantes e profissionais liberais.
O texto de Vieira contém algumas características do II. Uma das feições da poesia barroca era o chamado
Barroco. Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela conceptismo — exploração de conceitos e ideias
em que não se confirmam essas tendências estéticas. abstratas através de evoluções engenhosas do
a) O culto do contraste, sugerindo a oposição bem / pensamento.
mal, em linguagem simples, concisa, direta e ex- III. A ornamentação da linguagem, que caracterizou o
pressiva da intenção barroca de resgatar os valores Barroco brasileiro, pode ser identificada pelo uso
greco-latinos. repetido de jogos de palavras, pela construção fra-
b) A tentativa de convencer o homem do século XVII, sal e pelo emprego da antítese.
imbuído de práticas e sentimentos comuns ao se- Quais estão corretas?
mipaganismo renascentista, a retomar o caminho
a) Apenas I.
do espiritualismo medieval, privilegiando os valores
cristãos. b) Apenas II.
c) A presença do discurso dramático, recorrendo ao c) Apenas III.
princípio horaciano de “ensinar deleitando” — ten-
d) Apenas II e III.
dência didática e moralizante, comum à Contra-
Reforma. e) I, II e III.
d) O tratamento do tema principal — a denúncia à co- 4. (Santa Casa) A preocupação com a brevidade da vida
biça humana — através do conceptismo, ou jogo induz o poeta barroco a assumir uma atitude que:
de ideias. a) descrê da misericórdia divina e contesta os valores
e) A utilização da alegoria, da comparação, como re- da religião.
cursos oratórios, visando à persuasão do ouvinte. b) desiste de lutar contra o tempo, menosprezando a
2. (Unopar) Considere as seguintes afirmações: mocidade e a beleza.
I. A temática e a linguagem barroca expressam os c) se deixa subjugar pelo desânimo e pela apatia dos
conflitos experimentados pelo homem do século céticos.
XVII. d) se revolta contra os insondáveis desígnios de
II. A linguagem barroca caracteriza-se pelo emprego Deus.
de figuras, como a comparação e a alegoria, entre e) quer gozar ao máximo seus dias, enquanto a mo-
outras. cidade dura.
III. A antítese e o paradoxo são as figuras que a lin- 5. (UFV - adap. - Elite) Leia o texto:
guagem barroca emprega para expressar a divisão
entre mundo material e mundo espiritual. “Goza, goza da flor da mocidade,
IV. A estética barroca privilegia a visão racional do que o tempo trota a toda ligeireza,
mundo e das relações humanas, buscando na lin- e imprime em toda flor sua pisada.
guagem a fuga às constrições do dia-a-dia.
Dentre elas, apenas: Ó não aguardes que a madura idade
a) I e III estão corretas. te converta essa flor, essa beleza,
b) II e IV estão corretas. em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada.”
Os tercetos acima ilustram:
c) III está correta.
a) caráter de jogo verbal próprio da poesia lírica do
d) I, II e IV estão corretas. séc. XVI, sustentando uma crítica à preocupação
feminina com a beleza.
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b) jogo metafórico do Barroco, a respeito da fugacida- e) intenção de exprimir intensamente o sentido da
de da vida, exaltando gozo do momento. existência, expressa no abuso da hipérbole.
c) estilo pedagógico da poesia neoclássica, ratificando 9. (PUC)
as reflexões do poeta sobre as mulheres maduras.
“Anjo no nome, Angélica na cara!
d) as características de um romântico, porque fala de Isso é ser flor, e Anjo juntamente:
flores, terra, sombras.
Ser Angélica flor e Anjo florente,
e) uma poesia que fala de uma existência mais mate- Em quem, senão em vós, se uniformara?”
rialista do que espiritual, própria da visão de mundo
Na estrofe acima, o jogo de palavras:
nostálgico-cultista.
a) é recurso do qual serve o poeta para satirizar os
6. (UEL) desmandos dos governantes de seu tempo.
“Que és terra, homem, e em terra hás de tornar-te, b) retrata o conflito vivido pelo homem barroco, dividi-
Te lembra hoje Deus por sua Igreja; do entre o senso do pecado e o desejo de perdão.
De pó te fez espelho, em que se veja c) expressa a consciência que o poeta tem do efême-
A vil matéria, de que quis formar-te.” ro da existência e o horror pela morte.
A estrofe acima enquadra-se no estilo: d) revela a busca da unidade, por um espírito dividido
a) arcádico, pela simplicidade da expressão coerente entre o idealismo e o apelo dos sentidos.
com a idealização da natureza.
e) permite a manifestação do erotismo do homem,
b) simbolista, pela utilização de elementos do mundo ex- provocado pela crença na efemeridade dos predi-
terior para representação de um estado de espírito. cados físicos da natureza humana.
c) romântico, pela frouxidão do verso e o desencanto 10. (UMCP-SP) O culto do contraste, pessimismo, acumu-
em relação à condição humana. lação de elementos, niilismo temático, tendência para a
descrição e preferência pelos aspectos cruéis, dolorosos,
d) parnasiano, pela construção apurada do verso.
sangrentos e repugnantes, são características do:
e) barroco, pelo jogo de conceitos tradutores de an-
a) Barroco.
gústia metafísica e religiosa.
b) Realismo.
7. (UEL) Assinale a alternativa em que se considera a
produção literária no Brasil do século XVI: c) Rococó.
a) uma literatura religiosa de cunho estritamente in- d) Naturalismo.
dianista.
e) Romantismo.
b) uma literatura brasileira, feita segundo padrões do
11. (UFLA-MG) A opção que não apresenta características
classicismo português.
do Barroco é:
c) uma importante produção de poesia lírica e épica, a
a) sentimento trágico da existência, desengano, de-
partir de temas brasileiros.
sespero.
d) uma literatura de viagem de grande valor estético
b) gosto pela grandiosidade, pela pompa, pela exube-
e cultural.
rância e pelo luxo.
e) uma literatura religiosa e informativa de fraco valor
c) gosto de cenas e descrições horripilantes, mons-
estético.
truosas, cruéis; arte da morte e dos túmulos.
8. (Centec-BA) Não é característica do Barroco a:
d) tentativa de conciliar polos opostos: o ideal cristão
a) preferência pelos aspectos científicos da vida. medieval e os valores pagãos do renascimento.
b) tentativa de reunir, num todo, realidades contradi- e) a natureza é a fonte perene de alegria, de beleza e
tórias. de perfeição; retorno aos modelos greco-latinos.
c) angústia diante da transitoriedade da vida. 12. (UFRGS) Considere as seguintes afirmações sobre o
Barroco brasileiro:
d) preferência pelos aspectos cruéis, dolorosos e san-
grentos do mundo, numa tentativa de mostrar ao I. A arte barroca caracteriza-se por apresentar duali-
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“Que és terra, homem, e em terra hás de tornar-te, a) gongorismo, caracterizado pelo jogo de ideias.
Te lembra hoje Deus por sua Igreja;
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b) cultismo, caracterizado pela exploração da sonori- Instrução: O texto abaixo refere-se à questão 3.
dade das palavras. AS COUSAS DO MUNDO
c) cultismo, caracterizado pelo conflito entre fé e razão. Neste mundo é mais rico o que mais rapa:
d) conceptismo, caracterizado pelo vocabulário pre- Quem mais limpo se faz, tem mais carepa;
ciosista e pela exploração de aliterações. Com sua língua, ao nobre o vil decepa:
e) conceptismo, caracterizado pela exploração das re- O velhaco maior sempre tem capa.
lações lógicas, da argumentação. Mostra o patife da nobreza o mapa:
19. (Elite) Desfaça o hipérbato construído por Gregório de Quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa;
Matos nestes versos. Ou seja, coloque-os em uma frase Quem menos falar pode, mais increpa;
na ordem direta. Quem dinheiro tiver, pode ser Papa.
“Se uma ovelha perdida e já cobrada A flor baixa se inculca por tulipa;
Glória tal e prazer tão repentino Bengala hoje na mão, ontem garlopa.
Vos deu, como afirmais na sacra história, Mais isento se mostra o que mais chupa.
Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada Para a tropa do trapo vazo a tripa
(...)” E mais não igo, porque a Musa topa
Em apa, epa, ipa, opa, upa.
1. (UFSM) A respeito da poesia de Gregório de Matos, 3. (Fatec) Fica claro, no poema acima, que a principal
assinale a alternativa incorreta. crítica do autor à sociedade de sua época é feita por
meio da:
a) Tematiza motivos de Minas Gerais, onde o poeta
viveu. a) denúncia da proteção que o mundo de então dava
àqueles que agiam de modo condenável, embora
b) A lírica religiosa apresenta culpa pelo pecado co- sob a capa das leis da Igreja.
metido.
b) enumeração de certos tipos que, por seus compor-
c) As composições satíricas atacam governantes da tamentos, revelam um roteiro que identifica e reco-
colônia. menda a ascensão social.
d) O lirismo amoroso é marcado por sensível carga c) elaboração de uma lista de atitudes que deviam ser
erótica. evitadas, por não condizerem com as práticas mo-
e) Apresenta uma divisão entre prazeres terrenos e rais encontradas na alta sociedade.
salvação eterna. d) comparação de valores e comportamentos da faixa
2. (UFRGS) Assinale a alternativa que preenche adequa- mais humilde daquela sociedade com os da faixa
damente as lacunas do texto abaixo, na ordem em que mais nobre e aristocrática.
aparecem. e) caracterização de comportamentos que, embora
Padre Antônio Vieira é um dos principais autores do sejam moralmente condenáveis, são dissimulados
............., movimento em que o homem é conduzido pela em seus opostos.
......... e que tem, entre suas características, o ........., com 4. (Febasp)
seu jogo de palavras, de imagens e de construção,
e o ............, o uso de silogismo, processo racional de “Basta, senhor, que eu, porque roubo em uma barca,
demonstrar uma asserção. sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois
imperador? Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar
a) Gongorismo – exaltação vital – cultismo - precio-
muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os
sismo
piratas, o roubar com muito, os Alexandres... O ladrão
b) Conceptismo – fé – preciosismo – gongorismo que furta para comer, não vai nem leva ao inferno: os
que não só vão, mas que levam, de que eu trato, são os
c) Barroco – depressão vital – conceptismo – cultismo
outros — ladrões de maior calibre e de mais alta esfera...
d) Conceptismo – depressão vital – gongorismo – Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam
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“Entre os semeadores do Evangelho há uns que saem Quando, em 1640, os holandeses apertaram o cerco
a semear, há outros que semeiam sem sair. Os que à cidade da Bahia, ameaçando invadi-la pela segunda
saem a semear são os que vão pregar à Índia, à China, vez, Padre Antônio Vieira, em seu “Sermão pelo bom
ao Japão; os que semeiam sem sair são os que se sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda”,
contentam com pregar na pátria. Todos terão sua razão, bradava aos céus, suplicando a proteção de Deus para
mas tudo tem sua conta. Aos que têm a seara em casa, a cidade de Salvador.
pagar-lhes-ão a semeadura; aos que vão buscar a seara
tão longe, hão-lhes de medir a semeadura, e hão-lhes Assinale a alternativa que apresenta um fragmento
de contar os passos. Ah! dia do juízo! Ah! pregadores! desse Sermão.
Os de cá, achar-vos-ei com mais paço; os de lá, com a) Há de tomar o pregador uma só matéria, há de
mais passos...” defini-Ia para que se conheça, há de dividi-Ia para
Essa passagem é representativa de uma das tendências que se distinga, há de prová-la com a Escritura, há
estéticas típicas da prosa seiscentista, a saber: de declará-la com a razão, há de confirmá-la com o
exemplo, há de amplificá-la com as causas, com os
a) sebastianismo, isto é, a celebração do mito da volta efeitos, com as circunstâncias, com as conveniên-
de D. Sebastião, rei de Portugal, morto na batalha cias que se hão de seguir, com os inconvenientes
de Alcácer-Quibir. que se devem evitar [...]
b) a busca do exotismo e da aventura ultramarina, pre-
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da Contra-Reforma.
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d) privilegia o cenário urbano para denunciar as ar- Quando cristal, em chamas derretido.
bitrariedades da Inquisição e o racismo dos portu- Se és fogo, como passas bradamente,
gueses instalados na colônia.
Se és neve, como queimas com porfia?
e) privilegia os cenários palacianos em que ocorrem Mas ai, que andou Amor em ti prudente!
intrigas e conspirações envolvendo nobres buro-
Pois para temperar a tirania,
cratas, monges e prostitutas.
Como quis que aqui fosse a neve ardente,
15. (Fatec) No colégio dos padres, Gregório de Matos
Permitiu parecesse a chama fria.
escreveu:
16. (PUC-SP) Considere atentamente as seguintes afirma-
Quando desembarcaste da fragata, ções sobre o poema de Gregório de Matos:
Meu Dom Braço de Prata,
I. O par fogo e água, que figura amor e contentação,
Cuidei, que a esta cidade tonta, e fátua* passa por variações contrastantes até evoluir para
Mandava a Inquisição alguma estátua o oxímoro.
Vendo tão espremida salvajola* II. O poema evidencia a “fórmula da ordem barroca”
Visão de palha sobre um mariola*. ditada por Gérard Genette: diferença transforma-se
(Liras) em oposição, oposição em simetria e simetria em
identidade.
(*fátua: tola; *salvajola: variante de “selvagem”;
*mariola: velhaco) III. O poema inscreve, no âmbito da linguagem, o con-
O trecho ilustra flito vivido pelo homem do século XVII.
a) a poesia erótica de Gregório de Matos, inspirada na De acordo com o poema, pode-se concluir que:
vida nos prostíbulos da cidade da Bahia e que deu a) são corretas todas as afirmações.
origem à alcunha do poeta, “Boca do Inferno”.
b) são corretas apenas as afirmações I e II.
b) a poesia lírica de Gregório de Matos, voltada para
a temática filosófica, em linguagem marcada pelos c) são corretas apenas as afirmações I e III.
recursos da estética barroca. d) é correta apenas a afirmação II.
c) a poesia satírica de Gregório de Matos, dedicada e) é correta apenas a afirmação III.
à descrição fiel da sociedade da época, utilizando
recursos expressivos característicos do barroco 17. (UEL) Assinale a alternativa cujos termos preenchem
português. corretamente as lacunas do texto inicial.
d) a poesia erótica de Gregório de Matos, caracteriza- Como bom barroco e oportunista que era, este poeta
da pela crítica aos comportamentos e às autorida- de um lado lisonjeia a vaidade dos fidalgos e poderosos,
des baianas da época colonial. de outro investe contra os governadores, os “falsos
fidalgos”. O fato é que seus poemas satíricos constituem
e) a poesia satírica de Gregório de Matos, que repre- um vasto painel ...................., que ................. compôs
senta, no conjunto de sua obra, uma fuga aos mol- com rancor e engenho ainda hoje admirados pela
des barrocos e ataca, no linguajar baiano da época, expressividade.
costumes e personalidades.
a) do Brasil do século XIX - Gregório de Matos
b) da sociedade mineira do século XVIII - Cláudio Ma-
Instrução: O texto abaixo refere-se à questão 16. nuel da Costa
SONETO
c) da Bahia do século XVII - Gregório de Matos
Aos afetos, e lágrimas, derramadas na ausência da
dama a d) do ciclo da cana-de-açúcar - Antônio Vieira
[quem queria bem e) da exploração do ouro em Minas - Cláudio Manuel
Ardor em firme coração nascido; da Costa.
Pranto por belos olhos derramado; 18. (UFLA) Leia com atenção os juízos estéticos transcritos
Incêndio em mares de águas disfarçado; abaixo e marque:
Rio de neve em fogo convertido: Juízo I. “Intérprete dos anseios do homem seiscentista
solicitado por ideais em conflito. O fusionismo é a
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16. D
17. C
18. E
1. A
19. Senhor, eu sou a ovelha desgarrada. Se uma ovelha
2. E
perdida e já cobrada vos deu glória tal e prazer tão
3. D repentino, como afirmais na sacra história...
4. E
5. B
6. E
7. D 1. A
8. A 2. E
9. D 3. E
10. A 4. C
11. E 5. D
12. D 6. E
13. B 7. B
14. D 8. E
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15. A 9. A
10. A
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11. A mulher divinizada e a mulher mais terrena e sensual.
12. Como homem, Gregório se reconhece pecador e Deus
representa a possibilidade de redenção dos pecados.
13. C
14. C
15. E
16. A
17. C
18. A
19. D
20. C
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