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Semiologia - Hematologia
LINFADENOPATIAS
OBJETIVOS
CENÁRIO CLÍNICO
C.T.W; 17 anos, sexo feminino vem à consulta devido a aparecimento de “caroços não dolorosos do
lado esquerdo do pescoço há 3 semanas”. Não possui queixas associadas ao quadro. Nega uso de
medicamento e já teve mononucleose infecciosa há 2 anos. Nega história familiar de tumores, nega
também contato com pessoa com doença infecto-contagiosa. Não apresenta fraqueza, anorexia,
perda de peso, febre ou sudorese noturna, nem anemia, equimoses ou petéquias e nunca teve
artrite.
Ao exame apresenta nódulos firmes à palpação, indolores, mas móveis em região cervical anterior
esquerda (3x3 cm), em região supraclavicular esquerda pequenos e na axila esquerda (2x2cm).
O baço é palpado a 2 cm da reborda costal esquerda à inspiração profunda. O fígado apresenta
diâmetro vertical de 10 cm pela percussão (linha HCD). Não são palpados linfonodos em outras
localizações e não possui anormalidades na região do tórax e mamas.
Para poder examinar o paciente precisamos saber onde encontrá-los. Olhe a figura
abaixo e recorde a cadeia ganglionar cervical, depois veja a próxima figura e
recorde as outras cadeias.
A Mononucleose infecciosa é uma infecção viral causada pelo vírus Epstein–Barr que
pode se apresentar como adenopatia cervical posterior. Também podemos
encontrar esplenomegalia, outras adenopatias, artralgias e febre.
Com o advento das infecções por micobactérias – pela presença do HIV, pode haver
adenopatia cervical localizada por Tuberculose Ganglionar.
Nódulos epitrocleares palpáveis são sempre patológicos. Podem ser causados por
infecções no antebraço, linfoma, sarcoidose, Artrite Reumatóide (AR) e sífilis
secundária.
Cefalosporina Primidina
LINFADENOPATIA?
Em média, os pacientes com idade < 25 anos tem 20% de chance de malignidade
quando se realiza uma biópsia ganglionar. Já em indivíduos > 50 anos a chance é
de 80%.
CENÁRIO CLÍNICO
Hemograma: VG: 33; Hb: 11g/dl; VCM: 73; Leucócitos: 6.200; Plaquetas: 186.000. Reticulócitos:
2,2%. TGP: normal Monoteste: negativo VHS: 50 mm na 1ª hora (normal: 20 mm) FAN: negativo
Cálcio: normal.
Rx tórax = espaço retroesternal ocupado. Tendo em vista este achado, foi solicitado uma
tomografia de tórax: TAC de tórax = adenopatia de mediastino anterior.
**Sorologias: havia se pensado em pedir algumas sorologias, mas tendo em vista do resultado do
raio x e da tomografia, não se foi adiante com este raciocínio. Biópsia de gânglio linfático
supraclavicular esquerdo com Imprint: presença de células de Reed-Sternberg (célula gigante,
multinucleada com nucléolos eosinofílicos).
Na PAAF, por ser menos invasiva, teremos um menor risco de sangramento, mas a
PAAF tem menor especificidade que a biópsia.
Local Causas
PONTOS CHAVE
Referências Bibliográficas
1. Urquhart AT, Klein CE. Evaluation of Adenopathy. In: Wood ME, Philips, GK.
Hematology/Oncology Secrets 3rd Ed. Burlington, Vermont. Hanley & Belfus,
editor. 2002. p. 27-29.
2. Vaughn DJ. Approach to the patient with lymphadenopathy. Kelleys textbook
of internal medicine. Lippincott Williams & Wilkins, 4.ed.: Capítulo 201:
p.1522-30.
3. Hoffbrand, AV; Pettit, J E; Moss, PAH. Fundamentos em Hematologia.
Capítulo 10. Leucócitos e suas doenças benignas. Diagnóstico Diferencial das
linfonodopatias p 134-152.