Vous êtes sur la page 1sur 11

UNIVERSIDADE PRIVADA DE ANGOLA

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

I LIGA ACADÊMICA DE MICROBIOLOGIA

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA FILTRADA


POR ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS NO MUNICÍPIO DE
TALATONA NO 1° SEMESTRE DE 2020

Estudantes: Chelcia Cristina Martins Rodrigues Cristelo

Letícia Yava José

Marinela Coelho da Silva

Orientadores: Profª MSc. Kellen Katiúsce Gomes Gervásio

Prof° MSc. Reinier Oliva Martínez

Co-orientadores: Profº Cristi Worn Watari

Luanda - Angola
UNIVERSIDADE PRIVADA DE ANGOLA

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

I LIGA ACADÊMICA DE MICROBIOLOGIA

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

2. OBJECTIVOS
2.1 Objetivos Gerais
2.2 Objetivos Específicos

3. JUSTIFICATIVA

4. PROBLEMÁTICA

5. METODOLOGIA

6. CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES

7. RESULTADOS ESPERADOS

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANEXOS: PLANILHA DE DESPESAS / CUSTOS


UNIVERSIDADE PRIVADA DE ANGOLA

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

I LIGA ACADÊMICA DE MICROBIOLOGIA

1. INTRODUÇÃO

A água constitui um elemento imprescindível à existência do ser humano e está


presente em todos os seguimentos da vida. Embora seja um elemento essencial, a água
também pode trazer riscos à saúde se for de má qualidade, contituindo um veículo de
disseminação para vários agentes biológicos e químicos (CARVALHO; RECCO
PIMENTEL, 2007).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), no ano de 2010, 884 milhões de
pessoas no mundo não tinham acesso à água potável, enquanto 2,6 bilhões não
possuíam acesso a saneamento básico e, segundo estudos do Fundo das Nações Unidas
para a Infância (UNICEF) em parceira com a OMS, mesmo após 5 anos de
acompanhamento, os dados permaneciam praticamente iguais, o que indica uma
precariedade de acesso dessa população a direitos básicos e o precário investimento de
recursos nesse setor (WHO; UNICEF, 2015).
Na análise da qualidade da água, são utilizados indicadores biológicos específicos.
Os mais comumente empregados ao estudo de qualidade da água são os coliformes,
bastonetes gram-negativos pertencentes à família Enterobacteraceae. Os coliformes
fecais, amplamente distribuídos na natureza, se disseminam com maior frequência na
água, recebendo grande atenção da saúde pública, pois estão relacionados a um elevado
número de patologias isoladas em laboratórios de microbiologia clínica e são suspeitos
de causarem a maioria das infecções intestinais humanas conhecidas (MATTOS &
SILVA, 2002; ANDRADE, 2008; NASCIMENTO & ARAÚJO, 2013).

O grupo coliforme é definido pelo Standard Methods for the Examination of Water
and Waste Water (APHA, 2005) como todas as bactérias aeróbias ou anaeróbias
facultativas, gram-negativas, não esporuladas, na forma de bastonete que fermentam a
lactose com formação de gás dentro de 48 h a 35ºC, incluindo organismos que diferem
nas características bioquímicas e sorológicas e no habitat. Podem ser classificadas em:
UNIVERSIDADE PRIVADA DE ANGOLA

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

I LIGA ACADÊMICA DE MICROBIOLOGIA

Escherichia sp., Aerobacter sp, Citrobacter sp, Klebsiella sp e outros gêneros que quase
nunca aparecem em fezes, como a Serratia sp (ALVES, ODORIZZI & GOULART,
2002).
A presença de coliformes totais na água e nos alimentos não tem relação direta com
a ocorrência de contaminação fecal nem com a presença de microorganismos
patogênicos, mas a presença de coliformes fecais pode indicar a presença de
microorganismos patogênicos de origem entérica, como Escherichia coli, Salmonella
sp. e Shigella sp., entre outros. Nem todos os coliformes fecais são patogênicos, porém
sua presença é um indicador de contaminação de origem fecal e poluição. Pode
significar ainda a presença de bactérias patogênicas e risco para a saúde humana
(CARVALHO, 2007).
A qualidade da água tornou-se uma questão de saúde pública no final do século XIX
e início do século XX, devido à compreensão entre a relação água contaminada e as
doenças. As doenças transmitidas pela água são caracterizadas principalmente pela
ingestão de microorganismos patogênicos de origem entérica, animal ou humana,
transmitidos basicamente pela rota fecal-oral (BERTAGNOLLI, et al., 2003; SILVA,
ARAÚJO, 2003; LIBÂNIO, CHERNICHARRO; NASCIMENTO, HELLER, 2005;
TORTORA, FUNKE, CASE, 2005).
Dados da Organização Mundial de Saúde revelam que 80% das doenças nos países
em desenvolvimento são causadas pela água contaminada. A contaminação microbiana
dos principais sistemas urbanos tem o potencial de causar grandes surtos de doenças
transmitidas pela água, portanto garantir a qualidade de tais sistemas é uma prioridade
(FERNANDEZ; SANTOS, 2007; COELHO et al., 2007; WHO, 2008).

Segundo uma entrevista do dia 22 de março de 2019, alusivo ao dia mundial da


água, realizada ao presidente da república João Lourenço, apenas 52% dos habitantes
angolanos tem acesso á água potável. Actualmente em Angola, cerca de 36% da
população vive abaixo da linha de pobreza e com dificuldade de acessos aos serviços
públicos básicos incluindo água e saneamento, resultando numa incidencia maior de
UNIVERSIDADE PRIVADA DE ANGOLA

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

I LIGA ACADÊMICA DE MICROBIOLOGIA

Doenças Diarreicas Águdas. As Doença Diarreicas Águdas em 2013, apresentara uma


taxa de incidência de 2.037/100.000 habitantes,sendo o grupo etário de 1-4 anos de
idade o mais afectado com 31,4%, representando a terceira causa de mortalidade em
menores de 5 anos ( MINCO,2019 ; OMS ANGOLA ).

2. OBJECTIVOS

2.1. Objectivo Geral


 Analisar microbiologicamente a água filtrada a partir de um filtro caseiro.

2.2 Objectivos Específicos

 Fazer a seleção e a recolha das amostras de águas presentes em pontos diversos;


 Analisar as amostras recolhidas quanto aos componentes avaliados antes e após
a utilização do filtro;
 Fazer a comparação dos dados;
 Avaliar a eficácia da utilização do filtro através dos resultados obtidos.

3. JUSTIFICATIVA

Angola é um dos países africanos mais afectados pela existência precária ou mesmo
inexistência de saneamento básico. Como resultado milhares de pessoas, de todas as
faixas etárias morrem todos os anos; doenças diarreícas agudas e infecções por
microorganismos hídricos estão entre as principais causas: águas poluídas ou infectadas
constituem os principais vectores de transmissão. A água potável não deve conter
microorganismos patogênicos principalmente bactérias indicadoras de contaminação
fecal. Resolvendo problemas relacionados com a água estaremos a contribuir para a
UNIVERSIDADE PRIVADA DE ANGOLA

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

I LIGA ACADÊMICA DE MICROBIOLOGIA

redução dos índices de morbimortalidade por microorganismos hídrico, contribuindo


para a melhoria da qualidade de vida  (BRANCO, 1977 e OLIVEIRA , 1976).
É importante o controle microbiológico da água devido sua característica de veículo
de transmissão de bactérias, protozoários, vírus e fungos, causadores de inúmeras
doenças ao homem. Esses microorganismos são responsáveis pela ocorrência de
diarréias, disentérias, hepatites, cólera, entre outras enfermidades graves. Este projecto é
uma parceria com os estudantes do Curso de Arquitectura e Urbanismo, da
Universidade Privada de Angola, vinculado à Faculdade de Ciências Exactas, os quais
desenvolveram um protótipo de um filtro caseiros com insumos recicláveis e de baixo
custo, mas que há a necessidade de uma avaliação microbiológica para a confirmação da
eficácia de seus componentes e do seu uso em larga escala.
Assim, o projecto completo visa auxiliar e assegurar que a população angolana faça
o consumo de água pura, livre de microorganismos, nas localidades com poucos
acessos, poucos recursos e com condições de saneamento básico precário ou inexistente.

4. PROBLEMÁTICA

Será que um filtro consegue tornar a água potável? Ou será necessário a


complementação de alguma outra técnica?
A falta da potabilidade da água nem sempre é perceptível a visão ou olfato, sendo
necessária uma análise laboratorial para detecta-lá. Avaliando microbiologicamente a
água é possível saber se cumpre os parâmetros estabelecidos para ser considerada
potável.

5. METODOLOGIA

Após a construção do filtro caseiro pelos estudantes do curso de Arquitectura e


Urbanismo, os passos serão:
UNIVERSIDADE PRIVADA DE ANGOLA

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

I LIGA ACADÊMICA DE MICROBIOLOGIA

5.1 Selecção dos pontos de colecta de água


O local seleccionado para a recolha das amostras é a porção da bacia do Rio
Cambamba localizada no Talatona, na Rua da Vala em Luanda. Serão recolhidas várias
amostras em diversos pontos deste porção da bacia do Rio Cambamba.

5.2 Recolha das amostras de água


A água será recolhida em diferentes pontos da bacia do rio Cambamba localizada no
Talatona, durante 1º semestre de 2020. Será recolhida periodicamente 1L de água de
cada ponto seleccionado, armazenado em frascos de 100 ml e examinado
microbiologicamente antes e depois da filtração.

5.3 Análise microbiológica da água

As amostras colectadas serão enviadas ao Laboratório Mediag Agro-Alimentar para


avaliação dos seguintes parâmetros:
 Coliformes fecais totais e termotolerantes
 pH
 Turbidez
 Odor
 Mineração

5.4 Avaliação dos resultados obtidos


Após a realização das análises laboratoriais, os dados obtidos serão tabulados e
analisados em forma de gráficos criados pelo Microsoft Excel.
UNIVERSIDADE PRIVADA DE ANGOLA

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

I LIGA ACADÊMICA DE MICROBIOLOGIA

6. CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES

Actividade Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul/
Desenvolvida /19 /19 /19 /19 /20 /20 /20 /20 /20 /20 20
Reunião com os X X X X X X X X X X
orientadores
Pesquisas X X X X X X
Bibliográficas
Definição do X
Tema
Escrita do Pré- X X
Projecto
Apresentação do
Projecto à X
Coordenação da
FCS/UPRA
Submissão ao X
Comitê de Ética
Correção do
Pré-Projecto X
após ir Comitê
de Ética
Busca dos dados X X
à campo
Tabulação e
análise X
estatística
Escrita dos
Resultados, X X
Discussão e
Conclusão
UNIVERSIDADE PRIVADA DE ANGOLA

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

I LIGA ACADÊMICA DE MICROBIOLOGIA

Escolha do
veículo para X X
publicação
Entrega do
relatório final de X
e recebimento
do certificado

7. RESULTADOS ESPERADOS

Com este trabalho pretende-se provar a credibilidade, confiabilidade e viabilidade do


filtro criado. Espera-se que a água esteja livre de microorganismos, principalmente dos
indicadores de contaminação fecal, assim como resíduos sólidos presentes na água
impura ou contaminada, tornando-a pura, propriciando e assegurando o seu consumo.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, N.C.; ODORIZZI, A.C.; GOULART, F.C. (2002) Análise microbiológica


de águas minerais e de água potável de abastecimento, Marília, SP. Revista Saúde
Pública, v. 36, n. 6, p. 749-751. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102002000700014

ANDRADE, N.J. (2008) Higiene na indústria de alimentos: avaliação e controle da


adesão e formação de biofilmes bacterianos. São Paulo: Varela. 412 p.

BERTAGNOLLI, S. M. M.; MEDEIROS, J. T.; TAVARES, G. M. D. ;


LIMBERGER, J. B.; TRAESEL, A. C. Estudo de coliformes totais de fontes
alternativas de água da zona rural da região centro do estado do Rio Grande do Sul.
Saúde , 29 (1) : 97-102, 2003.

BRANCO, S.M. & ROCHA, A.A. Poluição, proteção e usos múltiplos de


represas. São Paulo, CETESB, 1977. p. 7-25, 37-39. 
UNIVERSIDADE PRIVADA DE ANGOLA

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

I LIGA ACADÊMICA DE MICROBIOLOGIA

CARVALHO, H. F.; RECCO-PIMENTEL, S. M. Moléculas importantes para a


compreensão da célula e do seu funcionamento. In: A célula. 2. ed. São Paulo: Manole,
2007. cap. 2, p. 7-28.

CARVALHO, V.F. (2007) O direito à água é um direito humano e a sustentabilidade


de seu uso não deve ser só econômica, mas humana, cultural, ambiental e política.
EcoViagem. Disponível em:<http://ecoviagem.uol.com.br/fique-por-
dentro/artigos/meioambiente>.

COELHO, D. A.; SILVA, P. M. de F.; VEIGA, S. M. O. M.; FIORINI, J. E.


Avaliação da qualidade microbiológica de águas minerais comercializadas em
supermercados da cidade de Alfenas, MG. Revista Higiene Alimentar, São Paulo, v. 21,
n. 151, p. 88-92, 2007.

FERNANDEZ, A. T.; SANTOS, V. C. dos. Avaliação de parâmetros físico-


químicos e microbiológicos da água de abastecimento escolar, no município de Silva
Jardim, RJ. Revista Higiene Alimentar, São Paulo, v. 21, n. 154, p. 93-98, 2007.

LIBÂNIO, P. A. C.; CHERNICHARRO, C. A. L.; NASCIMENTO, N. O. A


dimensão da qualidade de água: avaliação da relação entre indicadores sociais, de
disponibilidade hídrica, de saneamento e de saúde pública. Engenharia Sanitária e
Ambiental,10 (3): 219-228, 2055

MATTOS, M.L.T.; SILVA, M.D. (2002) Controle da qualidade microbiológica das


águas de consumo na microbacia hidrográfica Arroio Passo do Pilão. Pelotas: Embrapa
Clima Temperado.

MENDONÇA, M.J.C.; MOTTA, R.S. (2007) Saúde e Saneamento no Brasil.


Planejamento e políticas públicas, v. 30, p 15-30.

MINCO Angola 2019 http://www.minco.gov.ao/VerNoticia.aspx?id=40534

NASCIMENTO, V.F.S.; ARAÚJO, M.F.F. (2013) Ocorrência de bactérias


patogênicas oportunistas em um Reservatório do Semiárido do Rio Grande do Norte,
Brasil. Revista de Ciências Ambientais, v. 7, n. 1, p. 91-104.
http://dx.doi.org/0.18316/1080 .

OLIVEIRA, W.E. de Qualidade, impurezas e características físicas, químicas e


biológicas das águas. Padrões de potabilidade. Controle e qualidade da água. In:
UNIVERSIDADE PRIVADA DE ANGOLA

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

I LIGA ACADÊMICA DE MICROBIOLOGIA

Técnica de abastecimento e tratamento de água. São Paulo, CETESB, 1076. p. 29-36,


49-62. 

OMS ANGOLA Organização Mundial de Saúde: Estratégia de cooperação da OMS


2015-2019: Angola. https://apps.who.int › iris › handle

SILVA, R. C. A.; ARAÚJO, T. M. Qualidade da água do manancial subterrâneo em


áreas urbanas de Feira de Santana (BA). Ciência & Saúde Coletiva, 8 (4): 1019-1028,
2003

TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. (2006) Microbiologia. 8. ed. Porto Alegre:
Artmed.

WHO (World Health Organization). Guidelines for Drinking-Water Quality.


Geneva: WHO, 2008

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO); FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS


PARA A INFÂNCIA (UNICEF). Progress on sanitation and drinking water: 2015
update and MDG assessment. Genebra: World Health Organization. 80 p, 2015.

ANEXOS

Planilha de custos e despesas

Vous aimerez peut-être aussi