Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Didáctica Geral:
Aprender a Ensinar
Universidade Pedagógica
Rua Comandante Augusto Cardoso n 135
Direitos de autor
Este módulo não pode ser reproduzido para fins comerciais. No caso de reprodução deve ser mantida a
referência à Universidade Pedagógica e aos Autores do módulo.
Universidade Pedagógica
Telefone: 21-320860/2
Fax:21-322113
Agradecimentos
Universidade Pedagógica, Centro de Educação Aberta e à Distância gostaria de agradecer a
colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste módulo:
Ao Magnífico Reitor, Directores de Faculdade e Chefes de Departamento pelo apoio prestado em todo o
processo.
Ficha Técnica
Índice
Visão geral 1
Benvindo ao Modulo “Didactica Geral: Aprendendo a ensinar” ... .1
Objectivos do curso ... .1
Quem deveria estudar este módulo ... ..2
Como está estruturado este módulo ... .3
Ícones de actividade ... .4
Habilidades de estudo ... .4
Precisa de apoio? ... ..5
Tarefas (avaliação e auto-avaliação)... ...5
Avaliação ... ..5
UNIDADE 1: DIDACTICA - CONCEPTUALIZAÇÃO E RELAÇÃO COM OUTRAS
CIÊNCIAS ... ...7
Introdução... .7
Lição 1 8
DIDACTICA: ORIGEM ETIMOLOGICA E CONCEITO ... ...8
Introdução... .8
Origem etimologica da Didactica ... .8
Conceito de Didactica ... .9
Sumário ... 11
Exercícios... 13
Dados biográficos ... 14
Pastor e reformador ... 14
Pedagogia de Comênio ... 15
Lição 2 17
Capacidades didacticas essenciais do professor ... 17
Introdução... 17
Sumário ... 23
Exercícios... 24
Lição 3 25
DIDACTICA: SUAS RELAÇ'ES COM A PEDAGOGIA E OUTRAS CIENCIAS .. 25
Introdução... 25
Sumário ... 29
Exercícios... 30
Unidade 2 32
PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM ... 32
Introdução... 32
ii Índice
Lição 4 34
ORIGENS E DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DO PEA ... 34
Introdução... 34
Sumário ... 38
Exercícios... 39
Lição 5 40
CARACTERÍSTICAS DO PEA... 40
Introdução... 40
Sumário ... 43
Exercícios... 44
Lição 6 45
CARÁCTER EDUCATIVO DO PEA ... 45
Introdução... 45
Sumário ... 48
Exercícios... 49
Lição 7 50
O PEA desenvolve a personalidade e tem carácter dialéctico ... 50
Introdução... 50
Premissas : ... 51
Sumário ... 53
Exercícios... 54
Lição 8 55
Carácter sistemático e planificado do PEA e as suas regularidades ... 55
Introdução... 55
Sumário ... 58
Exercícios... 59
Lição 9 60
RELAÇÃO DIALÉCTICA FUNDAMENTAL DO PEA ... 60
Introdução... 60
Sumário ... 64
Exercícios... 70
Unidade 3 72
ESTRUTURA E DINAMICA DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM .. 72
Introdução... 72
Didactica Geral : Aprender a ensinar iii
Lição 10 74
Função Didáctica “Introdução e Motivação“... ...74
Introdução... ..74
As funções didacticas sao etapas ou fases do PEA que, na sua essencia, realizam
se nao rigidamente de forma sequenciadas, mas sim interligada. Comente... 75
Sumário ... 78
Exercícios... 79
Lição 11 80
Introdução e Motivação: Tarefas do professor para conseguir a Motivação inicial ... 80
Introdução... 80
Sumário ... 83
Exercícios... 84
Lição 12 85
Introduçao e Motivação: Motivação continua e final ... 85
Introdução... 85
Sumário ... 90
Exercícios... 91
Lição 13 92
FUNÇAO DIDACTICA MEDIACAO E ASSIMILACAO... 92
Introdução... 92
Sumário ... 95
Exercícios... 96
Lição 14 97
PRINCIPIOS E AS FONTES DO SABER NA FD M+A... 97
Introdução... 97
AS FONTES DO SABER NA FD M+A ... ...100
VANTAGENS... ..100
LIMITAÇ'ES... ..101
Sumário ... .102
Exercícios... .103
Lição 15 104
FUNCAO DIDACTICA DOMINIO E CONSOLIDACAO ... .104
Introdução... ...104
Sumário ... .108
Exercícios... .109
Lição 16 110
FD “D+C”: FORMAS METODICAS PARA O DOMINIO E Consolidação ... .110
Introdução... ...110
iv Índice
Lição 17 120
FUNÇÃO DIDACTICA CONTROLE E AVALIAÇÃO ... 120
Introdução... 120
Sumário ... 123
Exercícios... 124
Lição 18 125
TIPOS E FUNÇ'ES DE AVALIAÇÃO... 125
Introdução... 125
Sumário ... 130
Exercícios... 131
Lição 19 132
TÉCNICAS/INSTRUMENTOS OU MEIOS DE AVALIAÇÃO... 132
Introdução... 132
Sumário ... 137
Exercícios... 138
Lição 20 139
UTILIZACÃO DOS RESULTADOS DE AVALIACÃO DA APRENDIZAGEM ... 139
Introdução... 139
Sumário ... 143
Exercícios... 144
Lição 21 145
UTILIZACÃO DOS RESULTADOS DE AVALIACÃO DA APRENDIZAGEM
(Continuação)... 145
Introdução... 145
Sumário ... 149
Exercícios... 151
Unidade 4 153
MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM ... 153
Introdução... 153
Lição 22 155
Conceito de Método de Ensino e Aprendizagem... 155
Introdução... 155
Didactica Geral : Aprender a ensinar v
Lição 23 162
Classificação dos métodos de ensino e aprendizagem... 162
Introdução... 162
Sumário ... 168
Exercícios... 169
Lição 24 170
Classificação dos métodos de ensino e aprendizagem (Continuação)... 170
Introdução ... 170
Sumário ... 176
Exercícios... 177
Lição 25 178
Classificação dos métodos de ensino e aprendizagem (Conclusão) ... 178
Introdução... 178
Sumário ... 185
Exercícios... 186
Unidade 5 187
MEIOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM ... 187
Introdução... 187
Lição 26 188
Conceito, finalidades e critérios de utilização dos meios de ensino-aprendizagem ... 188
Introdução... 188
CONCEITO ... 189
Sumário ... 192
Exercícios... 193
Lição 26 194
CLASSIFICAÇÃO DOS MEIOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM... 194
Introdução... 194
IMPORTANCIA DOS MEIOS AUDIOVISUAIS ... 196
Sumário ... 197
Exercícios... 199
Unidade 6 200
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DO ENSINO-APRENDIZAGEM ... 200
Introdução... 200
vi Índice
Lição 27 201
Formas de organização do ensino-aprendizagem e a importância da combinação entre
elas ... 201
Introdução... 201
Grupo A: Reconhecimento do texto ... 205
Grupo B: Relacionamento ... 205
Grupo C: Enriquecimento... 205
Grupo D: Julgamento e Sintese ... 205
Sumário ... 206
Exercícios... 207
Lição 28 209
Conclusão das formas de organização do ensino-aprendizagem e a importância da
combinação entre elas ... 209
Introdução... 209
Excursão ... 210
Organização do trabalho de casa ... 210
Exercícios... 215
Unidade 7 216
PLANIFICAÇÃO DO PROCESO DE ENSINO E APRENDIZAGEM ... 216
Introdução... 216
Lição 28 217
CONCEITO E IMPORTÂNCIA DA PLANIFICAÇÃO DO PEA... 217
Introdução... 217
Sumário ... 220
Exercícios... 222
Lição 29 223
IMPORTÂNCIA DA PLANIFICAÇÃO DO PEA (Conclusão)... 223
Introdução... 223
Sumário ... 228
Exercícios... 230
Lição 29 231
Niveis de planificação do PEA ... 231
Introdução... 231
Sumário ... 235
Exercícios... 236
Lição 30 237
COMPONENTES DE PLANIFICAÇÃO DO PEA ... 237
Introdução... 237
Didactica Geral : Aprender a ensinar vii
Lição 31 244
COMPONENTES DE PLANIFICAÇÃO DO PEA (Conclusão) ... ..244
Introdução... ...244
Sumário ... .247
Exercícios... .248
Didactica Geral : Aprender a ensinar 1
Visão geral
Objectivos do curso
Este Módulo foi concebido para todos aqueles que desejam se formar como
professores e técnicos da educação, iniciando-os assim na compreensão e
interpretação do processo de ensino e aprendizagem, com vista a desenvolver
concepções e competências didácticas fundamentais requeridas para a
orientação desse processo.
Páginas introdutórias
Um índice completo.
Conteúdo do módulo
Outros recursos
Comentários e sugestões
Ícones de actividade
Ao longo deste modulo irá encontrar uma série de ícones nas margens das
folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes partes do processo de
aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de texto, uma nova
actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc
Habilidades de estudo
O presente modulo está desenhado para permitir o auto estudo, ou seja uma
aprendizagem individual, ao ritmo de cada um e sem requerer demasiado e
permanentemente o apoio de um docente ou tutor.
Precisa de apoio?
As tarefas de auto avaliação contidas ao fim de cada lição servem para ajudar
a recapitular a materiar, situar a cada estudante o nivel da
assimilação da materia e do alcance dos objectivos desta lição. Por isso, todas
devem ser realizadas minuciosamente e servirem de base de
discussão entre pares ou grupos de estudantes que seguem este mesmo
programa de formação
Avaliação
A avaliação aos estudantes deste modulo serà feita através de dois testes
escritos, mais um exame final. Os testes, assim como o exame final, serão
administrados localmente pelos tutores
Didactica Geral : Aprender a ensinar 7
Introdução
Caro estudante, ao iniciar esta unidade entra para o modulo de Didactica Geral,
por isso vamos começar por apresentar e discutir o conceito de didactica, a sua
origem etimologica e a importancia que tem o estudo desta disciplina para o
trabalho do professor na escola e na sala de aulas. Face a isso, esta unidade esta
estruturada em 3 liçoes, nas quais temos como conteudos, os seguintes:
Lição 1
Introdução
Actividade 1
saber (conhecimentos)
Quer dizer, deixamos de parte o saber ser (atitudes, valores, convicções), assm
como o saber estar (comportamentos e habitos) que são também importantes
para se conseguir o desenvolvimento integral do homem.
Conceito de Didactica
Por seu turno, Sant’Anna e Menegolla (2000: 25) numa longa dissertação e com
algum sentido de ironia faz notar que:
Sumário
Depois de (re)vistos estes aspectos vê-se que cada um deles aponta uma parte da
actividade didactica, mas que isoladamente não representam o “verdadeiro acto
didactico”, eis porque os autores acima concluem que “a didactica objectiva
resultados, aprendizagens, mudanças significativas de comportamento”; “a
didactica deve ser uma disciplina
12 Lição 1
Exercícios
Jan Amos Komenský (em português Comenius ou Comênio) (1592, 1670) foi
um professor, cientista e escritor checo, considerado o fundador da Didáctica
Moderna.
Dados biográficos
Perdeu pais e irmãs aos 12 anos, sendo educado sem carinho por uma
família de seguidores da seita dos Morávios. Sua educação não fugiu aos
padrões da época: saber ler, escrever e contar, ensinamentos aprendidos
em ambiente rígido, sombrio, onde a figura do professor dominava, as
crianças sendo tratadas como pequenos adultos, os conteúdos escolares
infalíveis e inquestionáveis. A rispidez no trato e a prática da palmatória
eram elementos básicos. Assim, o rigor da escola e a falta de carinho
marcaram a vida do órfão Comenius a ponto de inspirar, certamente, os
princípios de uma didáctica revolucionária para o século XVII. Na
Universidade Calvinista de Herbron, na Alemanha, cursou Teologia e
adquiriu boa formação cultural e vasta cultura enciclopédica. Tornou-se
pastor, tendo, ainda estudante, começado a escrever: "Problemata
Miscelânea" e "Syloge Questiorum Controversum" foram as primeiras
obras.
Pastor e reformador
Ordenado pastor da seita dos Morávios em 1616, aos 26 anos, mudou para
Fulnek, capital da Morávia, onde se casou e teve filhos. Mas era região
conturbada por rebelião nascida de disputas entre católicos e protestantes,
estopim da Guerra dos Trinta anos. Os exércitos espanhóis, em 1621, invadiram
e incendiaram Fulnek quase extinguindo a população. Comenius perdeu a
família - mulher e dois filhos - na epidemia de peste que brotou, e perdeu sua
biblioteca e seus escritos.
Mudou-se para Polônia em 1628, como a maioria dos Irmãos Morávios, fugindo
da perseguição e se estabeleceu em Lezno, onde retomou actividades de pastor e
professor. Dedicou-se a escritos religiosos para ajudar a levantar o ânimo de
seus irmãos de seita. Sua fama crescia e ganhou simpatizantes na Inglaterra,
onde permaneceu quase um ano. Visitou o reino da Suécia, contratado para
promover a reforma do ensino,
Didactica Geral : Aprender a ensinar 15
permanecendo seis anos. Ali se encontrou com René Descartes, que lá vivia sob
a proteção da rainha Cristina.
Pedagogia de Comênio
Defendia sua pedagogia com a máxima: "Ensinar tudo a todos" que sintetizaria
os princípios e fundamentos que permitiriam ao homem colocar-se no mundo
como autor. Objectivando a aproximação do homem a Deus, seu objectivo
central era tornar os homens bons cristãos - sábios no pensamento, dotados de
fé, capazes de praticar acções virtuosas estendendo-se a todos: ricos, pobres,
mulheres, portadores de deficiências. A didáctica é, ao mesmo tempo, processo
e tratado: é tanto o ato de ensinar quanto a arte de ensinar.
O método tem como preceitos: - tudo o que se deve saber deve ser
ensinado; - qualquer coisa que se ensine deverá ser ensinada em sua
aplicação prática, uso definido; - deve ensinar-se de maneira directa e
clara; - ensinar a verdadeira natureza das coisas, partindo de suas causas;
- explicar primeiro os princípios gerais; - ensinar as coisas em seu devido
tempo;
16 Lição 1
Bibliografia
Deixou mais de 200 obras entre as quais:
Lição 2
Introdução
Na lição anterior terminamos com a ideia de que a didactica pode ser definida
como “a capacidade de tomar decisões acertadas sobre o que e como ensinar,
considerando quem são os nossos alunos e por que o fazemos; considerando
ainda quando e onde e com que se ensina. Na verdade, o dominio da didactica
pelo professor ajuda-o a ter consciência e dominio dos pressupostos a ter em
conta para que se realize o ensino capaz de mobilizar a actividade do aluno para
a aprendizagem. Mas o que significa essa capacidade de tomar decisões
acertadas sobre o que e como ensinar, a qual, neste caso, inclui o que
designamos de capacidades didacticas essenciais do professor?
Explicar a importância de :
b. O que ensinar
c. Falar e ler
d. Aprender a escrever
e. Aprender a contar
f. Porque ensinar
g. Como ensinar
h. Quando ensinar
Sumário
Exercícios
Lição 3
Introdução
A didactica é uma ciência pedagogica, sendo por isso que mantem relação com a
pedagogia. Mas também vemos que devido a complexidade do proceso de
ensino e aprendizagem, de um lado, e, por outro, tendo em conta ao caracter
interdisciplinar de quase todos os ramos de saber, a didactica mantem relações
com outras ciências.
Chegados a este ponto, estamos certos também que foi facil relembrar a tarefa e
o objecto especificos da didactica. A didactica é, pois, uma das disciplinas da
Pedagogia que estuda o processo de ensino através dos seus componentes-os
conteudos escolares, o ensino e a aprendizagempara, com o embasamento numa
teoria da educação, formular directrizes orientadoras da actividade
profissional dos professores.
Pedagogia
Outras
disciplinas:
Filosofia,
Didacticas Didactica
Sociolofia,
especificas Geral
Biologia e
Filosofia
Psicologia
Sumário
Exercícios
Auto-Avaliação 2 a), b) e e) c) e d)
Unidade 2
Introdução
Características do PEA
Lição 4
Introdução
trabalho: por exemplo, o ferreiro faz a enxada para o agricultor e recebia parte
da sua produção.
Características da educação
de ensino/educação
A influência do meio
Estabelecimento da duração e de
locais especiais para a realização do
PEA
Estabelecimento do controlo
(avaliação) sobre o processo da sua
realização-
A transmissão oral
Elaboração de conteúdos e métodos de
ensino/educação
A influência do meio
Estabelecimento da duração e de
locais especiais para a realização do
PEA
Estabelecimento do controlo
(avaliação) sobre o processo da sua
realização-
Didactica Geral : Aprender a ensinar 37
Actividade 2
De facto, como deve ter se apercebido, na sua experiência docente, assim como
doutros professores da sua escola, a educação que se realiza comporta um
carácter intencional, daí que:
Sumário
Exercícios
Lição 5
CARACTERÍSTICAS DO PEA
Introdução
Caracter social
Carácter educativo
DIALÉCTICA
Analisando a sua experiência docente e a dos seus colegas, diga quais são
os aspectos sociais inerentes a localização da sua escola tem sido
Actividade 4
valorizados ou condicionantes na realização do PEA
Didactica Geral : Aprender a ensinar 43
Sumário
Exercícios
Lição 6
Introdução
Objectivos do PEA
Educação
Instrução
Saber-estar
Saber-fazer Saber-ser
Saber
Maneiras de
Capacidades Atitudes comportame
Conhecimentos
nto
Habilidades Convicções
Reconhecimentos
Hábitos
Fig: Os objectivos do PEA
Didactica Geral : Aprender a ensinar 47
Definição dos objectivos : para cada plano de aula o professor define uma série
de objectivos, sendo por isso que deve ter o cuidado de incluir nele objectivos
instrucionais (i.e., da área de saber e saber-fazer), assim como educacionais (da
área do saber-ser e saber-estar).
Sumário
Exercícios
d. Não agir nem dizer coisa alguma que ponha em causa a educação
das crianças
Lição 7
Introdução
Bravo para você, cursante deste modulo, que conseguiu identificar vários
aspectos da sua experiência docente e/ou como aluno/formado que tem a ver
com o carácter social e educativo do PEA que se realiza junto dos alunos. E se
de facto se passa desta maneira, também não lhe espanta se dissermos que, na
procura doutros aspectos que se afiguram melhor enquadrá-los noutras
características do PEA, a conclusão que se chega é que o PEA desenvolve a
personalidade e é um processo dinâmico de desenvolvimento, isto é, dialéctico.
Por esta razão, vamos nos debruçar sobre estas duas características do PEA,
esperando que ao completar esta lição, você será capaz de:
Estamos em crer que, tal como acontece connosco, chegou a idêntica conclusão
de que o PEA desenvolve a personalidade; e afirmamos isso com toda
convicção.
Premissas :
Assim, também no PEA ocorrem contradições a nível dos alunos, como por
exemplo:
Sumário
Exercícios
Lição 8
Introdução
Muito bem! Você disse que sempre que pretende ensinar, planifica as
suas aulas, não se guia pura e exclusivamente pela improvisação, e isso é
feito de forma sistemática, não somente porque é contínuo, mas também
olhando a sua aula como “parte de um todo”, trabalho pedagógico que se
desenvolve ou está sendo desenvolvido (pelo ministério da educação,
pela escola, ... .) no âmbito dos esforços para conseguir que os alunos
aprendam.
Tem objectivos
Concerteza, você deve ter dito para consigo mesmo: “essas leis dizem, na sua
essência, respeito às caracteristicas do PEA que anteriormente acabamos de
ver”. Sim, estamos também de acordo consigo, por isso ao caracterizarmos o
PEA queremos não apenas termos o conhecimento e podermos explicara o
sentido de cada uma delas, mas sim assumirmos que estamos a dizer para
connosco mesmo, como profissionais de
58 Lição 8
educação, que é preciso assegurar que o PEA que realizamos não simplesmente
se pareça com as caracteristicas deste, mas assim seja com a integralidade das
caracteristicas essenciais que ditam a particularidade da actividade de ensinar e
fazer aprender os alunos.
Sumário
Exercícios
Auto-avaliação 5
a. Aula dada, aula planificada
Lição 9
Introdução
Fique, então com espirito aberto para discutir esta questão nesta aula, ao fim da
qual, você será capaz de:
Aprender
Ensinar
Conduzir a
Conduzir
Mediar
Orientar
ENSINADO
APRENDIDO
Vendo a figura acima, ficamos com a ideia de que muitas vezes o ensino
é tão pouco eficiente em termos de esforço docente/aproveitamento
discente. Por isso, na sua opinião, quais são as razões que explicam tal
facto?
Actividade 9
No aluno No Conteúdo
No professor
Sumário
O que estamos a dizer é que, por exemplo, se o professor nota que os seus
alunos precisam de muito mais tempo para exercitar um conceito ou uma
operação, talvez seja melhor fazer desta maneira em vez de continuar
com a matéria com vista ao simples cumprimento da matéria, mas ao
mesmo tempo poderá ser que, em certa matéria, não haja necessidade de
gastar todo o tempo previsto no programa para os alunos aprenderem-na
devido a nível baixo de complexidade em função do aluno “real” que está
diante do professor: é uma questão de ponderação, colocando sempre o
aluno no centro do processo, como critério fundamental para decidir
sobre as actividades a realizar, o tempo a acordar, as estratégias a adoptar,
a avaliação a realizar, etc.; mas sempre com o propósito final de que
todos e cada um dos alunos atinja o seu nível mais elevado de
aprendizagem em conformidade com as suas potencialidades cognitivas,
afectivas e psicomotoras.
Texto 1
E «ser professor» é um estado nobre dos que dividem seus achados, dispensando
a contínua reinvenção da roda. Sejamos, portanto, alunos e professores. É nascer
e aprender consigo mesmo: nossos instrumentos de aprendizado estão a postos-
visão, tacto, paladar, olfacto, de cara temos uma série de disciplinas para o curso
intensivo que é viver. Mesmo sem saber, o primeiro Aluno carrega consigo o
primeiro professor.
Didactica Geral : Aprender a ensinar 67
Texto 2
prazer pelo aprender não é uma actividade que surge espontaneamente nos
alunos, pois, não é uma tarefa que cumprem com satisfação, sendo em alguns
casos encarada como obrigação.
Para que isto possa ser melhor cultivado, o professor deve despertar a
curiosidade dos alunos, acompanhando suas acções no desenvolver das
actividades. O professor não deve preocupar-se somente com o conhecimento
através da absorção de informações, mas também pelo processo de construção
da cidadania do aluno. Apesar de tal, para que isto ocorra, é necessária a
consciencialização do professor de que seu papel é de facilitador de
aprendizagem, aberto às novas experiências, procurando compreender, numa
relação empática, também os sentimentos e os problemas de seus alunos e tentar
levá-los à auto-realização.
Exercícios
Aos seus colegas, aos professores das nossas escolas, você recomendaria
ou não o seguinte :
Auto-avaliação 1 b) e c) a) e d)
Auto-avaliação 2 b)
Auto-avaliação 4 b), c) e d) a)
Didactica Geral : Aprender a ensinar 71
Unidade 3
Introdução
Lição 10
Introdução
Explicar as razões por que ao iniciar uma aula, assim como ao longo
dela, é importante a motivação dos alunos como condição para a
aprendizagem destes
Sim, caro cursante! De certeza que ja deu ou assistiu aulas e deve ter
ficado com a impressão de que a indicação das etapas ou funções
didacticas nao significa que todas devem seguir um esquema rigido. A
opção por qual etapa é mais adequada iniciar a aula ou conjugação de
varios passos numa mesma aula ou conjunto de aulas depende dos
objectivos e conteudos da matéria, das caracteristicas dos alunos, dos
recursos didacticos disponiveis, das informações obtidas na avaliação
diagnostica, etc.
Por exemplo, ao iniciar uma aula sobre “As caracteristicas dos rios
de Moçambique”, por causa da relação que esse conteudo tem com o “Relevo e
o Clima de Moçambique”, o professor poderà fazer uma breve revisao destes
conteudos e, neste sentido, pode se entender como sendo Introdução e
Motivação por cumprir a função e (re)activação do prérequisitos, mas ao mesmo
tempo pode ser uma consolidaçao (envolve repetiçao, exercitação ou
sistematizaço do (jà) aprendido), assim como
76 Lição 10
Introdução e Motivação
Dominio e Consolidação
Actividade 12
Já pensou sobre a questão acima ? Estamos em crer que você encontrou muitas
razões que justificam a importânca de motivaão dos alunos no processo de
ensino e aprendizagem ou mais concretamente na aula. Dentre estas razões, você
deve ter chegado a conclusão de que :
Acho que não se deve iniciar uma aula abruptamente, mas com um papo inicial
para que os alunos se descontraiam. Se é uma aula de Analise Sintatia, ao invés de
chegar ao quadro-negro e colocar, de chofre, a teoria e os exemplos, a gente
começa conversando, pede à classe para formar uma frase. É necessario partir de
um ponto em que os alunos participem, para nao ficarem naquela atitude passiva
Cada aula minha tem muito a ver com a aula anterior, mostro onde paramos,
pergunto aos alunos se a gente segue em frente ou nao. Eu gosto de situar os
alunos naquilo que foi visto antes e que serà visto hoje.
Sumário
O professor que não se preocupa pela motivação dos seus alunos corre o risco de
não ser capaz de mobilizar a actividade destes ; e com alunos não
suficientemente activados, o professor arrisca-se de desenvolver aulas
monotonas, aquelas em que ele assume papel principal de « transmissor » da
materia, mesmo sem que os alunos esteja a « adquirir » e menos ainda a
assimilar, interligando o novo com o jà existente na sua estrutura cognitiva.
Estarà, neste sentido, a desenvolver uma « aprendizagem »
Didactica Geral : Aprender a ensinar 79
Exercícios
Lição 11
Introdução
Explique as tarefas que podem ser realizadas pelo professor para conseguir a
conseguir a mobilização psiquica e fisica dos alunos para a aprendizagem do
(não) novo conteudo?
Actividade 13
Uma professora de Historia, citada por Libaneo (ib: 183), para mostrar
a importancia da ligação da materia com a pratica cotidiana na
motivaçao dos alunos, escreve o seguinte: “Por mais teorico que seja
um trabalho na sala de aula, os alunos conseguem acompanhar,
colaborar, interessar-se, desde que entendam duas perspectivas: a
utilidade do conhecimento e o exercicio mental decorrente desse
conhecimento. Atràs desse exercicio tem uma vivência, uma
experiência, um conhecimento. Eu acredito que, mesmo aquelas
matérias mais teoricas conseguem atrair os alunos, se a gente consegue
fazê-los sentir a importância do exercicio de relaçao, e compreenderem
que aquele conhecimento é util, embora não de imediato”
curiosidade
Sumário
Exercícios
Lição 12
Introduçao e Motivação:
Motivação continua e final
Introdução
Neste ultimo caso falamos da funçao da motivação final, objecto desta aula,
juntamente com a motivação continua.
Sono Sono
Actividade neurofisilogica
OBJECTIVO
(final, imediato)
Conhecer os alunos
É verdade sim, caro cursante, que a função da motivação final, tal como
dissemos na introdução desta aula, consiste em preparar, criar disposição nos
alunos para as tarefas e actividades de ensino e aprendizagem
seguintes parecidas ou semelhantes, como por exemplo, da mesma
disciplina, unidade ou mesmo de um mesmo curso. A motivaçao final faz com
que, terminada uma aula, o aluno queira ter, com o mesmo professor ou
actividades referentes a mesma disciplina, aulas subsequentes.
Sumário
Exercícios
e. Fazer dos erros dos alunos motivo de gozação para que percebam
que são fracos
Lição 13
Introdução
Esta é a aula com a qual iniciamos a falar sobre a FD “M+A” e, assim, importa
discutirmos sobre o propósito desta função didáctica, os seus aspectos
particulares (nomeadamente a “mediação” e a “assimilação”) e as considerações
importantes que se devem ter para a sua realização.
Objectivos “M+A”
Quer dizer, depois de preparação dos alunos para a aprendizagem, isto é, criada
a atmosfera propicia, conseguido o interesse e atenção e feita a reactivação do
nível inicial dos alunos, o professor passa para a etapa na qual se realiza uma
parte fundamental da aprendizagem propriamente dita, ou seja, para a etapa em
que o professor medeia um novo conteúdo e, na sequência disso, os alunos
assimilam novos conceitos, teorias, princípios, etc., contribuindo para o
desenvolvimento neles de um novo saber, novo saber fazer e novo saber ser e
estar.
Aspectos da FD “Mediaçao e
Assimilação”
Mediação: Assimilação:
Fig. Aspectos da FD M+ A
94 Lição 13
Que meios de ensino serão mais adequados aos alunos, aos objectivos
definidos, ao conteúdo, aos métodos escolhidos e às características do
professor, de maneira a atingir uma assimilação activa por parte dos
alunos?
Ora, vista a questão nos termos que se está a dizer, conclui-se que uma das
considerações básicas para o professor decidir os métodos de ensino e
aprendizagem a empregar é “quais são as actividades dos alunos necessários
para atingir a assimilação de um determinado conteúdo nas suas potencialidades
cognitivas, instrutivas e educativas”.
Sumário
Entretanto, para que esta função alcance os seus objectivos é importante, do lado
do professor, se ter em conta determinadas considerações, particularmente a
interligação entre as categorias didácticas em acção num PEA (objectivos,
meios, conteúdos, métodos, aluno e professor) e, sobretudo, questionar-se sobre
e realizar actividades necessárias para desencadear as devidas actividades
dos alunos em relação aos objectivos e conteúdos.
96 Lição 13
Exercícios
Lição 14
Introdução
Combinar, na sua acção docente, varias fontes de saber para garantir mais
efectividade e eficiência na aprendizagem dos alunos
98 Lição 14
Objectivo
Método
O conhecimento fulcral
VANTAGENS
LIMITAÇ'ES
Sumário
Estas matérias, ao que acabamos de ver, para a sua mediação o professor poderá
utilizar fontes directas e indirectas ; é uma questão de ver a natureza do
conteúdo a mediar, e, acima de tudo, pensando nos inconvenientes que uma e
outra fonte do saber tem, aliviá-los através da sua combinação e, dessa forma,
aproveitar as potencialidades (vantagens) que as duas fontes de saber têm.
Didactica Geral : Aprender a ensinar 103
Exercícios
Lição 15
Introdução
Destes dois aspectos, iremos tratar o primeiro nesta lição e outro numa
lição mais prolongada que se irá desenvolver imediatamente à seguir.
Trata-se, assim, do que justifica a necessidade de se ter no PEA uma etapa, uma
FD essencialmente destinada ao domínio, consolidação e fixação da matéria.
Alias, os conteúdos só são realmente dominados, assimilados, apropriados,
quando se atingiu a capacidade de operar com eles nas varias tarefas de
aplicação teórica e pratica; e para tal, são necessárias na continuidade do
trabalho com os conteúdos novos, etapas, fases ou componentes do PEA que
tem por objectivo directo a consolidação e o domínio dos conteúdos: no PEA é
preciso proceder-se a uma constante consolidação dos resultados da
aprendizagem.
Esta constante consolidação dos resultados requer que o professor veja o PEA
como unidade de todas as funções didácticas. Muitos professores
106 Lição 15
Consolidação generalizadora:
Variações da Consolidação
Sumário
Exercícios
Lição 16
Introdução
REPETIÇÃO
Condições para a
repetição
SISTEMATIZAR-INTEGRAR
FORMAS DE EXERCITAÇÃO
Exercitação directa:
Formas de exercitação
APLICAÇÃO
Indirectas
Sumário
Aula dada, aula consolidada. Parece-nos ser este um bom principio e atitude
didáctica por parte do professor. Mais, não deve tratar-se apenas da
consolidação de uma aula inteira, senão que partes, acções, procedimentos,
conceitos, operações….importantes que o professor considera necessários serem
apropriados pelos alunos. Neste caso, o professor habilidoso não deverá se
contentar apenas em « transmitir » umas tantas noções, seguindo o programa,
ele deve a cada passo repetir, sistematizar, exercitar e a realizar exercícios de
aplicação junto dos seus alunos, devendo avançar a cada momento que se
verificam níveis satisfatórios de domínio e consolidação da matéria.
Exercícios
Lição 17
Introdução
1. Defina avaliação.
Finalmente, olhando para a quarta e ultima questão que lhe foi colocada
Desenvolver a autoconfiança
Influencia a auto-avaliaçao
Sumário
Exercícios
Lição 18
TIPOS E FUNÇ'ES DE
AVALIAÇÃO
Introdução
Corroborando com autores como Cortesão e Torres (1990), Nérici (1989) Piletti
(1990), Libâneo (1992) e outros, podemos destinguir três tipos de avaliação no
PEA, nomeadamente avaliação diagnostica, formativa ou continua e sumativa.
Vamos ver, nesta aula, o conceito de cada um destes tipos de avaliação, as suas
funções, os momentos do PEA em que se devem realizar e as formas da sua
realização.
Avaliacão diagnóstica
AVALIAÇÃO
CONTINUA OU
FORMATIVA Este tipo de avaliação realiza-se continuamente ao longo das aulas.
Também tem uma função formativa, uma vez que dá a conhecer ao professor e
ao aluno se os objectivos estão a ser alcançados, identifica os obstáculos que
estão a comprometer a aprendizagem, a razão de ser desses obstáculos,
permitindo assim estabelecer estratégias que ajudem os alunos e os professores a
ultrapassar as dificuldades detectadas. Esquematicamente, temos :
Avaliacão
contínua/formativa
Função Controladora
REPLANIFICAÇÃO
AVALIAÇÃO
SUMATIVA
No fim de uma determinada etapa de aprendizagem (unidade, trimestre,
semestre, ano ou curso) chegou o momento de se medir a distância a que o
aluno ficou das metas pré-estabelecidas, ou seja, avaliar se os
objectivos traçados foram ou não alcançados pelos alunos. Esta distância é
quantificada, isto é, classificada. A função desta avaliação é, pois, emitir um
juízo de valor final.
Didactica Geral : Aprender a ensinar 129
Avaliação sumativa
Função classificatória
Classificação final
Mas classificar pressupõe que haja um critério de como fazer uma comparação
com o que está a ser classificado num determinado quadro de referência, e no
nosso caso temos a escala de valores, de notas, surgindo daí as classificações de
Muito Bom, Bom, Suficiente, Mediocre e Mau.
I. Ajudar o professor a :
Sumário
Exercícios
e. A avaliação formativa não pode ser realizável nas nossas escolas por
causa do numero elevado de alunos e da extensão dos
programas
Lição 19
TÉCNICAS/INSTRUMENTOS OU MEIOS DE
AVALIAÇÃO
Introdução
A verificação e a qualificação (= avaliação) dos resultados de
aprendizagem no início, durante e no final das unidades didácticas (ou de
determinada etapa de aprendizagem qualquer), visam sempre diagnosticar
e superar dificuldades, corrigir falhas e estimular os alunos para que
continuem dedicando-se aos estudos. Sendo uma das funções de
avaliação determinar o quanto e em que nível de qualidade estão sendo
atingidos os objectivos, são necessários instrumentos e procedimentos de
avaliação adequados.
Você está certo nesta sua reflexão. Alias, todos temos observado que é possível
e recomendável avaliar os alunos no inicio de uma unidade, no desenvolvimento
duma aula, assim como no fim de uma etapa de aprendizagem, utilizando uma
série de instrumentos.
Por exemplo, no início de uma unidade didáctica deve-se fazer a sondagem das
condições prévias dos alunos, por meio de revisão da matéria anterior, correcção
de trabalhos de casa, testes rápidos, discussão dirigida, conversão didáctica, etc.
Durante o desenvolvimento da aula acompanha-se o rendimento dos alunos por
meio de exercícios, estudo dirigido, trabalhos em grupo, observação de
comportamento, conversas informais, recordação da matéria, etc. No final da
etapa duma aprendizagem (unidade, trimestre, semestre, ano) são aplicadas
provas ou testes de aproveitamento (Libaneo, 1992).
i. Provas orais
Realizam-se na base de diálogo entre o professor e o(s) aluno (s). Assim, para a
realização duma prova oral é preciso considerar as seguintes indicações
indispensáveis :
Feita a pergunta, deve-se dar tempo para que esta seja objecto de
reflexão. Não se deve, caso não venha logo a resposta, passar
imediatamente a outra.
Neste tipo de provas o aluno é posto diante duma situação problemática que
deverá ser resolvida por uma experiência, uma realização material, um
reconhecimento de elementos industriais, naturais ou químicos, ou ainda, pelo
uso de aparelhos, mapas ou tabelas.
a. Hábitos de estudo
e. Capacidade de cooperação
f. Aproveitamento do tempo
h. Facilidade de expressão
Sumário
Quando se decide avaliar os alunos, o professor tem, normalmente, utilizado
como recurso as provas ou testes, as quais podem ser escritas, orais ou prático-
orais. Olhando para os comentários que deixamos ficar anteriormente, conclui-
se que seria utopia querer compreender a totalidade do ser em desenvolvimento
(aluno) utilizando apenas um tipo de instrumentos de avaliação, visto que cada
um deles comporta finalidades que, querendo aproveita-los eficazmente, se
complementam com as doutros instrumentos. Portanto, é mister de dizer que o
professor deveria avaliar os seus alunos com base neste conjunto de
instrumentos e não recorrendo à apenas um deles como teimam alguns de
avaliar os seus alunos, por exemplo, somente através das provas escritas.
Exercícios
Lição 20
Introdução
Como deve ter ficado claro, os resultados de avaliação não são e nem devem
ser um fim em si mesmos, o que equivale a dizer que são obtidos para o seu uso
posterior. Deste modo, mormente, são utilizados conforme foi referenciado em
cada um dos tipos de avaliação atrás mencionados, como também, de modo
genérico, além doutras utilidades, podemos aqui destacar a utilização dos
resultados de avaliação para :
Actividade 23
Deu para você reflectir? Esperemos que a sua experiência como professor e/ou
como aluno tenha lhe servido de suporte para esta reflexão tal como procuramos
também fazer. De facto, quando nos questionamos sobre em
que consiste cada uma das formas de utilização dos resultados de
ORIENTAÇÃO E
ACONSELHAMENTO avaliação que acabamos de mencionar, vemos que o professor deve
DOS ALUNOS ser um orientador. Neste sentido, os resultados de avaliação são,
sem dúvida, o indicador mais obvio da situação escolar do aluno e
das acções a desenvolver por este e pelos pais, professores e escola,
em geral, no sentido de melhorar e de evitar insucessos previsíveis
em tempo útil.
Cad vez mais tem se provado a estreita correlação entre o primeiro e o último
resultado dos alunos no mesmo ano escolar. Isto é, a maioria dos alunos que
têm classificação insuficiente ou negativa no início do ano, numa disciplina,
vêm a ter insucesso na mesma, mesmo no final do ano. A confirmar-se isso,
torna-se pertinente colocar as seguintes questões :
Porém, Lemos (1990 :73) sustenta que muitas vezes os professores queixam-se
que não têm tempo para acções de recuperação porque têm que continuar a «dar
o programa». Mas «dar o programa» a quem ? A progressão a toa pelo programa
sem recuperação de atrasos dos alunos provoca atrasos cada vez maiores e
progressivamente irrecuperáveis. Quer dizer, na sua planificação deve prever
espaços para actividades de recuperação, porque sabe que inevitavelmente elas
terão lugar.
Didactica Geral : Aprender a ensinar 143
Sumário
O professor deve agir não apenas mediador do saber, mas também como
orientador da aprendizagem dos alunos; isso significa que no caso em que
alunos demonstrem especiais dificuldades nesta ou naquela disciplina, o
professor deveria estar em altura de dar sugestões sobre tempos de estudo,
métodos de trabalho, realização de trabalhos de casa; estas sugestões, claro,
devem ser dadas de forma específica (aluno por aluno, tendo em conta a
natureza das suas dificuldades), não só aos alunos, mas também aos respectivos
pais, como forma de les responsabilizar perante a actividade escolar dos seus
alunos no fim do ano escolar.
Ao proceder desta forma quer dizer que o professor terà chegado a conclusão
sobre quais são as disciplinas e alunos que apresentam mais dificuldades,
incluindo a natureza destas mesmas dificuldades ; e valendo-se disso, o
professor não somente estaràa em condições de dar orientação aos alunos como
também planificaràa actividades personalizadas para a recuperação e
enriquecimento destes alunos, em vez de “avançar à toa” com o programa:
vemos, portanto, que o desempenho do professor serà medido no equilibrio entre
a recuperação e enriqueciemento dos alunos e o cumprimento do programa.
144 Lição 20
Exercícios
Lição 21
Introdução
A lição anterior introduziu-nos no aspecto respeitante a utilização dos resultados
de avaliação como instrumento para melhorar a qualidade de ensino,
particularmente a superação das dificuldades de aprendizagem dos alunos.
Falamos anteriormente da orientação e recuperção dos alunos. Queremos, neste
sentido, continuar nesta aula a falar do mesmo assunto, particularmente vendo
outras formas através das quais se utilizam os resultados de aprendizagem,
particularmente:
Em cada uma dessas fases, como afirma o autor citado, quando o professor
encontrar erros ou falhas deve planear as acções necessárias para as colmatar.
Por exemplo :
AVALIAÇÃO DE
PROGRAMAS E
INVESTIGAÇÃO
Entretanto, como nos aconselha Lemos (op cit : 76), não basta saber o
nível de insucesso de uma determiniada disciplina, turma, classe, escola
(quando se sabe !), mas é necessário investigar as razões do mesmo e
actuar sobre aquelas em que é possível introduzir modificações visando
melhoramento.
Sumário
Obter resultados de avaliação é importante porque desta maneira nos damos
conta do rendimento da actividade do professor e dos alunos face ao ensino e
aprendizagem de uma certa disciplina, unidade ou materia, mas pelo que vimos
os resulatos não são um fim em si mesmo; para além dos resultados interessa
vermos como é que eles forma atingidos, que acções foram realizadas para que
os resultados fossem estes e não outros (piores ou melhores). Ao colocarmos
nesta pespectiva estamos a
cosiderar que diante dos resultados obtidos é preciso questionarmos sobre os
métodos utilizados, modificà-los no que fôr oportuno, porque eles traduzem,
concerteza, os esforços tanto do professor como do aluno.
150 Lição 21
Exercícios
Unidade 4
Introdução
Lição 22
Introdução
Antes de mais nada importa referir que, etimologicamente, método quer dizer «
caminho para chegar a um fim ». Representa a maneira de conduzir o
pensamento ou acções para alcançar um objectivo. É, também forma de
disciplinar o pensamento e as acções para obter maior eficiência no que se
deseja realizar.
o definem como uma via para alcançar os objectivos de ensino, outros como um
conjunto de procedimentos metodológicos. Vejamos os exemplos seguintes :
Actividade 26
Todo o professor ou formador deve Dai que Não basta perfeccionar planos
ser consciente de que elevar a de estudo, programas, livros,
qualidade do ensino significa, entre
textos ou outros materias
outros aspectos importantes, a
docentes ; também é
busca de novos métodos que Entretanto
importante a elevação da
conduzam a eliminação do tipo de qualidade do trabalho do
ensino que promove a
professor e para isso ocupa
aprendizagem dogmática e
um lugar de destaque o
reprodutivo, o que impede, aperfeiçoamento dos métodos
portanto, descobrir suas de ensino.
caractéristicas essenciais, suas
regularidades, os nexos com outros
e sua aplicação criadora.
Sumário
A par dos objectivos e conteudos de ensino determinados, o sua mediação
preconisa uma série de actividades dignificativas tanto do professor como do
aluno, sendo estas ultimas, muitas vezes, resultante da estimulação que
160 Lição 22
Exercícios
Lição 23
Introdução
Perante uma turma, mas sobretudo durante a fase de planificação da aula,
provavelmente o professor se pergunta sobre que métodos utilizar. Para
responder a esta questão importa, pois, do lado professor ter um
inventario geral sobre as possibilidades de métodos que se podem utilizar
no PEA.
De certeza que esta seria também uma questão que você iria se colocar. De
facto, não pretendemos que, para cada situação, lhe darmos indicações sobre
o(s) métodos que deveria utilizar, senão alistarmos as variedades destes
métodos, conforme os diferentes tipos de classificação de métodos de ensino-
aprendizagem que temos a disposição na literatura pedagogica.
Actividade 27
Métodos indutivos
Métodos dedutivos
Método dedutivo
Método indutivo
Utiliza -se quando os dados particulares apresentados permitem comparações que levam
a concluir por semelhança
O pensamento procede do particular para o particular. Por isso, este método pode
conduzir o aluno a analogias entre o reino vegetal e mesmo animal, com relação à vida
humana.
Método lógico
Método Psicológico
A ordem dos elementos segue - se mais segundo os interesses, necessidades e
experiências dos alunos ;
Segue mais a motivação do momento do que um esquema rígido previamente
estabelecido;
Atende a idade evolutiva dos alunos ao invés de determinações da lógica do adulto
Didactica Geral : Aprender a ensinar 165
Método individual
Destina-se a educação de um só aluno/formando ; Trata-se do
caso em que um professor está para um aluno ;
É recomendável em casos de recuperação para alunos que, por qualquer motivo,
tenham-se atrasado nos seus estudos. Também pode ser usado em casos de alunos
excepcionais, que requerem um tratamento individualizado
Método recíproco
É o que se usa quando o professor encaminha alunos a ensinar colegas ;
Este método é devido a Lancaster (daí que é também chamado método lancasteriano)
que, impressionado com o número de alunos e a escassez de professores, imaginou
preparar monitores
Procuram ajustar o ensino a realidade de cada aluno, o que é vantajoso no sentido de que :
O aluno passa a ser o centro da acção educativa
O ensino é adequado realmente as condições pessoais dos alunos
O aluno trabalha com o máximo de liberdade, mas com senso de responsabilidade
Possibilita a motivação, o que favorece o crescimento pessoal
Propicia o desenvolvimennto da criatividade.
Entretanto:
Não favorece a sociabilização do aluno, quando o aluno trabalha sozinho;
Não oferece situações de estudo compatíveis com a realidade
É mais caro
Dos exemplos destes métodos temos : método montessori, Plano Dalton , Técnica
Winnetka, Ensino por unidades de Morrison, Módulos instrucionais ou ensino programado,
etc
166 Lição 23
Procura encarar o aluno em seus aspectos fundamentais, i.é, comme individuo e membro duma
comunidade ou de um grupo ;
Visa alcançar as vantagens do ensino individualizado e as do ensino em grupo ; Habilita o
aluno a cooperar com seus semelhantes e prepara - lo para enfrentar, sozinho, situações reais
que a vida lhe oferece ;
Durante o estudo de uma unidade oferece - se ao aluno oportunidade de trabalho
individual de trabalho em grupo ;
Uma tarefa pode ser enfrentada em grupo e, a seguir, individualmente, para formar
cidadão consciente, que toma suas decisões com base no seu raciocínio.
Método intuitivo
A aula é efectuada com auxilio de concretizações, à vista das coisas tratadas ou de seus
substitutos imediatos ;
Exemplos dos elementos intuitivos que podem ser usados são : contacto directo com a
coisa estudada, experiências, trabalhos em oficinas, visitas e excursões, recursos
audiovisuais (cartazes, modelos, esquemas, quadros, projecções fixas ou móveis,etc)
Métodos de sistematização
Método ocasional
Método Passivo
Métodos activos
Método dogmático
Método heurístico
Consiste em o professor interessar o aluno a compreender antes de fixar,
implicando justificativas lógicas e teóricas que podem ser apresentadas pelo
professor ou pesquisadas pelo aluno
Método analítico
Método sintético
Sumário
A classificação dos métodos que fizemos referência nesta lição nos mostra
claramente que os diferentes métodos de ensino, na sua utilização, dão enfâses
particulares, as quais se encontram, sempre, diametralmente opostas. Por
exemplo, quanto a aceitação do conteudo, encontramos que, de um lado o
professor pode interessar ao aluno a compreender antes de fixar, implicando
justificativas lógicas e teóricas que podem ser apresentadas pelo professor ou
pesquisadas pelo aluno, ou, de contrario o aluno supõe sempre que o que o
professor estiver ensinando é a verdade absoluta. Esta oposição, que podemos
encontrar no resto das perspectivas de doutras formas de abordagem dos
métodos de ensino (ex : quanto a abordagem do tema, à actividade dos alunos, à
sistematizaçao da matéria, à concretização do ensino, etc), é indicativo de que,
no ensino, temos vàrias possibilidades de actuação do professor diante dos
alunos.
Exercícios
Lição 24
Introdução
Para além das classificações de métodos de ensino que acabamos de aprender na
aula anterior, exite a segundo o tipo de inteirações entre o professor e o aluno
(De Klingberg), a qual considera existirem três variantes metódicas bàsicas:
Método expositivo
Elaboração conjunta
Trabalho independente
Quando se aplica
Potencialidades
Perigos/inconveniências
Demasiada informação
Didactica Geral : Aprender a ensinar 173
Formas de realização
Forma i) : A exemplicação
Sendo esta variante ser, por vezes, predominante nos formadores, não é
aconselhável a sua utilização muito frequente e por longos períodos de
tempo, sob pena de a passividade dos formandos vir a atingir níveis
demasiado elevados.
Sumário
O método expositivo, visto sob ponto de actividade do professor e do aluno,
concede maior espaço de tempo de actividade ao professor, eis porque poderia
ser classificado como tendo muita probabiliade de desenvolver uma
aprendizagem passiva nos alunos. Entretanto, quando bem utilizado, reactivados
os pré-requisitos dos alunos, através do método expositivo (particularmente
através da ilustração, demonstração e, mesmo, da exposição oral) é possivel
possenguir mobilizar a actividade mental dos alunos, chamando atenção para a
interligação do quê veem e ouvem com as aprendizagens anteriores, com
situações da vida real e a sua aplicação concreta na vida real.
Neste caso, como veremos nas aulas anteriores, se quisermos que a exposição
seja mesmo util para a promoção da aprendizagem activa dos alunos, estamos
em crer que, para além do professor, os alunos também podem participar
(individualmente ou em grupos) com pequenas exposições, ilustrações e
demonstrações que, de igual modo, servirão para testemunhar o nivel de
compreensão dos alunos dos assuntos que estao sendo tratados na aula.
Didactica Geral : Aprender a ensinar 177
Exercícios
Lição 25
Introdução
Na aula passada foi apresentada a variante métodica bàsica « exposição »,
faltando outras, nomeadamente o trabalho independente e a elaboraçao conjuta.
O essencial desta duas outras variantes métodicas bàsicas é, como fizemos com
a exposiçao, discutirmos sobre as suas caracteristicas, as situações em que se
aplica, as vantagens e limitações e, finalmente, as formas especificas que
podemos utilizar.
1. Trabalho independente
b. Quando se utiliza
Há tempo disponível ;
c. Potencialidades
d. Perigos
e. Algumas orientações
avaliar o tempo
2. Elaboração conjunta
b. Quando se utiliza
tempo disponível ( ?)
c. Potencialidades
d. Perigos
O aluno deve ficar a saber o que estava certo e/ou errado na sua
contribuição;
f. Formas de realização
Elaborativas
Evolutivas
(Re)activadoras
Sumário
O trabalho independente e a elaboração conjunta completam, juntamente com a
exposição, o ciclo das funções didacticas. Dizemos o ciclo porque, na verdade, a
sua utilização não significa especificamente que teriamos que recomendar uma
delas em separada para cada aula ou conjunto de aulas, senão que deve ser
articulando essas variantes métodicas bàsicas e as respectivas formas de
realização, de modo que, numa aula, poderemos ter momentos em que se utiliza
esta ou aquela variante métodica bàsica, esta ou aquela forma de realização das
diferentes variantes métodicas bàsicas. É precisamente nesta artyiculação que
reside a capacidadae criadora do professor e a de utilizar os métodos de ensino e
aprendizagem de forma fléxivel e dinâmica, tornando a aula viva.
Exercícios
b. Convesação didactica
Unidade 5
MEIOS DE ENSINO E
APRENDIZAGEM
Introdução
Qualquer ensino, mesmo o mais tradicional que seja, apoia-se em meios
ou recursos; alias, esta é uma particularidade inerente a todas actividades
humanas que, para a sua realização, um minimo de recursos materiais e
humanos (para além de financeiros, em certos casos) se torna
indispensavel.
Lição 26
Introdução
Dissemos anterormente que em qualquer situação de ensino
aprendizagem se usam meios ou recursos didacticos. Trata-se de uma
variada gama de dispositivos materiais e humanos, naturais e artificiais,
que o professor utiliza para facilitar o seu trabalho didactico. Quer dizer,
os meios de ensino sao usados com determinados fins pedagogicos, os
quais iremos ver nesta aula, mas antes de mais falaremos do conceito e,
finalmente, os critérios a ter em conta na utilização dos meios de ensino
apendizagem.
Explicar os critérios que se devem ter para o correcto uso dos meios de
ensino-aprendizagem
Didactica Geral : Aprender a ensinar 189
CONCEITO
Você teve, essencialmente três questões. Por isso, é evidente que as
respostas para as alineas b) e c) estao dependentes do conhecimento que
tivermos sobre o conceito de meios de ensino. Pensamos que você jà
reflectiu o suficiente sobre a materia e, sobretudo, orientando-se na sua
experiência, quer como aluno, quer (provavelmente) como professor de
qualquer disciplina e classe que seja, você chegou a conclusão de que os
« meios ou recursos de ensino (também podendo ser designados recursos
didacticos) são todos os meios e recursos materiais e humanos utilizados
pelo professor e pelos alunos para a organização e condução métodica do
processo de ensino e aprendizagem ». O ideal seria que toda
aprendizagem se efectuasse em situação real de vida. Não sendo isso
possivel, os materiais/meios ou recursos de ensino tem por fim substituir
a realidade, representando-a da melhor forma possivel, de maneira a
faciltar a sua intuição por parte do aluno.
O material didactico é uma exigência daquilo que està sendo estudado por meio
de palavras, a fim de tornà-lo concreto e intuitivo.
190 Lição 26
E, por outro lado, a utilização dos recursos de ensino deve ter em conta alguns
critérios e principios, nomeadamente:
Sumário
Um ensino activo, participativo requer inevitavelemente o uso de meios
de ensino-aprendizagem. Serà com base nestes meios que o professor
facilmente guiarà as experimentação, a observação e a manipulação dos
alunos, podendo, estes, descrever os factos e fenmenos representados
pelos meios deensino-aprendizagem . De facto, eles constituem um
grande suporte para a actividade do professor, no sentido de, através da
intuiçao, dos orgao de sentido, aproxima-se o aluno a realidade do que se
pretende aprender, visto que estes meios representam sempre um
conteudo especifico.
Exercícios
Lição 26
Introdução
A insistência que possamos fazer sobre o uso correcto dos meios de
ensino requer o conhecimento dos varios tipos de meios existentes. Neste
sentido, vamos estudar, nesta aula, a classificaçao dos meios de ensino
aprendizagem, mas também iremos particularizar os meios audio-visuais
de modo a podermos salientar a grande importância que tem, comparando
com os outros meios : simplesmente visuais ou os que fazem recurso
apenas a audiçao.
igual modo, constata-se que cada disciplina exige também seu material
especifico, como ilustrações e gravuras, filmes, mapas e globo terrestre,
discos e fitas, livros, enciclopedias, dicionarios, revistas, àlbum seriado,
manuais e livrs didacticos, etc, ao mesmo tempo que temos equipamentos
ou meios de ensino gerais necessàrios para todas as disciplinas (exemplo,
carteiras ou mesasz qudro-negro, projector de slides ou filmes, gravador,
flanelografo etc).
Professor
Meios/recursos humanos Alunos
Pessoal escolar
Comunidade
Meios/recursos
Categoria/tipo Exemplos
1% através do gosto
1.5% através do tacto
3.5% através do olfacto
11% através do ouvido
83% através da vista
E retemos:
A partir destes dados concluimos que os cinco sentidos não têm a mesma
importância para a aprendizagem. Concluimos também que a percepção através
de um sentido isolado é menos eficaz do que a percepção através de dois ou
mais sentidos. Por isso é importante utilizar métodos de ensino que utilizem
simultaneamente os meios orais e visuais. Para reforçar essa importância dos
recursos audiovisuais, apresentamos os dados do quadro abaixo que nos ilustram
de que se retêm mais informações/dados por muito mais tempo se tiverem sido
assimilados através de métodos de ensino que combimem a estimulação da visão
e da audição dos alunos.
De facto, a partir destes dados surge a ideia de que o professor, para tornar a
aula mais dinâmica e com maiores potencialidades de atingir os objectivos, deve
combinar os meios auditivos com os visuais, evitando, quanto possivel, utiliza-
los separadamente.
Sumário
O meios de ensino constituem recursos de que se dispõe o professor para a
mediaço do saber aos seus alunos. O importante, nos parece evidente, é que eles
são tão diversicados pela sua natureza, assim como pela função que podem
desempenhar numa ou noutra aula, com este ou aquele conteudo, razão pela qual
devem ser cuidadosamente seleccionados e preparados antes da sua utilização
pelo professor e pelos alunos.
Exercícios
2 : Ideias verdadeiras { b) e d) }
200 Unidade 6
Unidade 6
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DO
ENSINO-APRENDIZAGEM
Introdução
Lição 27
Formas de organização do
ensino-aprendizagem e a
importância da combinação entre elas
Introdução
Tradicionalmente o ensino realiza-se sob a forma frontal e colectivo: os alunos
são postos em sala de aula, o professor se posiciona à frente deles e, por sua vez,
os alunos um atràs do outro escutam (atentamente?) o professor em face deles, à
quem também observam os seus gestos e movimentos dentro da sala.
A par desta situação resta-nos fazer a questão sobre quais são as outras formas
de organização do ensino. Por isso, ao completer esta lição, você será capaz de:
Face a estes objectivos da presente aula, antes de mais, importa lembrar que
aula, entanto que periodo de tempo variavel destinado ao estudo de
202 Lição 27
Por sua vez, se pensamos sobre como as aulas são organizadas, e se olharmos
para a maioria da experiência dos professores, verifica-se que no ensino
predomina o ensino frontal, mas muitos professores tratam de aplicar outras
formas de organização do ensino, particularmente das aulas. Por isso, antes de
seguir para continuarmos a falar destas formas de organização, realize a
actividade seguinte:
De facto, como tem visto tanto na sua experiência como a dos outros
professores, o ensino frontal é um procedimento de indole colectivo sob
direcção directa do professor. Este se dirige a toda a turma e recolhe todas as
reacções (informações) dos alunos. E isso é bastante diferente como acontece
noutras formas de organizaçao do ensino que deve ter acabado de identificar,
nomeadamente o ensino-aprendizagem:
Individual,
Em grupo,
Aos pares,
Por secções,
Excursão,
Organização do trabalho dos alunos em casa
Organização de turmas complementares com alunos com baixo
aproveitamento escolar
Didactica Geral : Aprender a ensinar 203
heterogeneidade deliberada
Cada grupo recebe uma questão ou tema diferente para discutir. O resto, igual
ao que se disse anteriormente na modalidade a).
Neste caso o tema designado a cada grupo pode ser o mesmo, mas a forma de
encarar seu estudo pode virar. Cada grupo vai trabalhar com uma funçãzo
especifica. O professor prepara um tema bastante omplexo, ou escolhe um
capitulo de um texto que trate do tema escolhido, e distribui aos alunos copias
mimoografadas. Em seguida divide os alunos em grupos explicando claramente
que cada grupo terà uma forma diferente de trabalhar o tema ou texto. Por
exemplo:
Grupo B: Relacionamento
Grupo C: Enriquecimento
Sumário
O ensino frontal e colectivo, onde o professor se coloca em face dos aluno,
não é a unica altenativa de organização do ensino. Outras formas, tais como,
o ensino -aprendizagem Individual, em grupo, aos pares, por secções,
excursão, organização do trabalho dos alunos em
Didactica Geral : Aprender a ensinar 207
Exercícios
Lição 28
Introdução
Esta aula conclusiva das formas de organização do ensino vai abordar sobre as
três formas de que jà fizemos menção, nomeadamente a excursão, a organização
do trabalho dos alunos em casa e as turmas complementares com alunos com
baixo aproveitamento escolar. E, ao fim de contas, à cada passo desta aula,
continuando como o que se viu na aula anterior, perceberemos a importância da
combinação entre as diferentes formas de organização do ensino, a qual, para
sua sistematização ficarà exposta no fim desta aula.
Excursão
As tarefas orais podem ser diversas: estudo do material por meio de texto,
aprender um verso ou prosa, a expressão musical, etc. As tarefas escritas
compreendem o realização de exercicios escritos, solução de problemas, redação
de composições, etc. Finalmente, as tarefas praticas podem consistir na
comprovação de experiências, observações, preparação de peças, modelos,
murais, maquetes, laminas, etc.
Posteriormente, cada tarefa deve ser de uma ou outra forma revista e corrigida
pelo professor. E o melhor é o professor rever e corrigir a tarefa de todos os
alunos e realizar com eles a reafirmação da forma mais precisa, para que nao
caiam no erro dos trabalhos de alguns alunos. E, desta forma, os alunos se
acostumam de cumprir diariamente suas tarefas. Aqui é necessario um sistema
de medidas, tendo em conta que os alunos estudam regularmente:
Exercícios
Unidade 7
PLANIFICAÇÃO DO PROCESO DE
ENSINO E APRENDIZAGEM
Introdução
O processo de ensino e aprendizagem é uma actividade intencional e,
nesta condição, requer uma planificação, a começar pelo nivel central, da
escola e da aula. Neste sentido, a planificação do ensino-aprendizagem
assume caracter de obrigatoriedade para o professsor: o plano de ensino
determina os objectivos a que se pretende chegar e o conteudo a mediar e,
ademais, algumas caracteristicas fundamentais da estruturação didactico
metodologica e organização do ensino. É essencialmente uma concepão
de direcção didactica do ensino. É, pois, pela importância que a
planificação do PEA tem que iremos nos debruçar sobre ela, focalizando
os seguintes aspectos:
Lição 28
CONCEITO E IMPORTÂNCIA DA
PLANIFICAÇÃO DO PEA
Introdução
Uma aula implica a relação professor e aluno, além doutras categorias
didacticas que se interrelacionam igualmente nesse momento; de facto,
nela estão envolvidos varios elementos como os objectivos, tanto da
sociedade como do aluno, os métodos e técncas de ensino, os meios de
ensino, as condições da sala de aulas, o meio social e cultural em que
decorre a leccionação, as condições de ordem politica e economica do
pais.
Actividade 34
A planificação do PEA é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das
actividades didacticas em termos da sua organizaçao e coordenação em face dos
objectivos propostos, quanto a sua revisão e adequaçao no decorrer do processo
de ensino. A planificaçao é um meio para se programar as acções docentes, mas
é também um momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado a avaliação.
Se terà sido facil definirmos a planificação do ensino, não parece tão simples
falarmos da importância da planificação do ensino, sobretudo com uma parte
dos nossos professores que trabalham nas nossas escolas a relativamente muito
tempo; referimo-nos a aqueles “muito experientes” que pensam ser dispensavel
o plano de aula, como acontece também com alguns recem formados ou
contratados que não desenvolveram ainda nem habito , nem suficiente
capacidades para fazer a planificação das aulas.
Didactica Geral : Aprender a ensinar 219
D: Não hà duvida de que tudo tem de ser realizado como foi previsto.
Não se pode perder tempo com coisas que os alunos se lembram de
querer discutir!
Terà dito que se devem planificar as aulas? É mesmo esta posição que
defendemos. Sempre que se inicia um empreendimento complexo, tendo
em vista alcançar determinadas metas, torna-se importante fazer uma
previsão bàsica da acção a ser realizada, previsão essa que funcione como
um fio condutor susceptivel de orientar a acção. No complexo
empreendimento que é a educação, esta necessidade torna-se ainda mais
forte. Com efeito, na medida em que a acção educativa põe em causa o
presente e o futuro da criança, do adolescente e do jovem, pondo
consequentemente em causa a propria comunidade, não se pode permitir
que ela se desenrole ao sabor dos acasos da improvisão. Também não
pode ser estruturada na exclusividade do bom senso e da intuição de
quem a pratica. Com a planificação da aula, o professor determna os
objectivos a alcançar ao termino do processo de ensino-aprendizagem, os
conteudos a serem aprendidos, as actividades a serem realizadas pelo
profesor e aluno, a distribuição do tempo, etc, ou seja, a planificação
permite visualizar previamente a sequência de tudo o que vai ser
desenvlvido em dia lectivo. Assim, a planificaçao da aula é a
sistematização dee todas as actividades que se desenvolvem no periodo
de tempo em que o professor e aluno interagem numa dinâmica de ensino
e aprendizagem.
220 Lição 28
A importância dada a planificação não significa que se nega que “as melhores
aulas surjam de repente, por causa de uma palavra, de uma insignificância em
que o professor não tinha pensado antes”. Uma aula pode e muitas vezes deve
“acontecer”, porque uma coisa é a aula inerte no papel e outra é a aula viva,
dinâmica, que a trama complexa de interrelações humanas, a diversidade de
interesses e caracteristicas dos alunos não permite ser um decalque do que està
no papel. Estes alunos, aqueles alunos, os factos que ocorrem no meio fazem as
aulas acontecer...
Mas isto não significa de modo algum que nao tenha importância o tal
“fio condutor”, que existe numa planificação. Significa é que ele nao
pode ser um fio rigido, mas sim flexivel ao ponto de permitir ao professor
inserir novos elementos, mudar de rumo, se o exigirem as
necessidadese/ou interesses do momento se, de repente, se descobre uma
forma mais rica, mais original ou mais adequada de explorar determinado
assunto. Isso significa, de facto, que os planos podem tomar, na pratica,
no momento de execução, um sentido novo que as circunstâncias
provocarem. A planificação, que se tranasformou neste caso, em recurso
aparentemente não utilizado, funciona agora como um marco de
referência em relação ao qual se identifica o que de forma inesperada se
atingiu, evidenciando também o que, não deixando de ser importante, não
se conseguiu atingir.
Sumário
Exercícios
Nas nossas escolas temos varios professores, cada um com seus hàbitos
particulares. Entretanto, a escola é uma organização, sobretudo entidade
responsavel por realizar o PEA, uma actividade com caracter sistematico
Auto-avaliação 1 e planificado como vimos na aula sobre as caracteristicas do PEA. Nesse
sentido, você concordaria ou não concordaria com o professor que:
Lição 29
IMPORTÂNCIA DA
PLANIFICAÇÃO DO PEA
(Conclusão)
Introdução
Sem duvida se compreende a importância da planificação do PEA, mas
exactamente por causa desta importância, queremos nesta aula apresentar outros
elementos que possam firmar na pratica pedagogica dos professores e nas suas
reflexões teoricas sobre o ensino, mais elementos para justificarmos a
importância da planificação do PEA.
A resposta a esta questão é um tanto quanto divergente, tal como vemos essa
diferenciação de praticas entre os professores A e B. Em todo o caso, devemos
partir da consideração de que a aula é um periodo de tempo variavel.
Dificilmente completamos numa so aula o desenvolvimento de uma unidade
ou topico de unidade, pois o processo de ensino e
aprendizagem se compões de uma sequência articulada de fases ou
funções didacticas, dentro das quais faz-se a preparaçaao e apresentaçao de
objectios, mediação de novos conteudos, realização de actividades,
consolidação (fixação, exercicios, recapitulaçao, sistematizaçao,
aplicaçao) e avaliação do ensino e aprendizagem.
Vendo neste sentido, compreende-se que devemos planear não uma aula, mas
um conjunto de aulas, visto que:
Analise da
Selacão e Selecção das formas de Valorização e
realização
ordenação dos organização e dos meios e classificação
conteudos dos métodos de ensino das
dos resultados
actividades
Apuramento dos
do professor conteudos actividads dos alunos, das resultados
relações sociais e das
condições materiais
Sumário
E verdade sim que é importante fazermos a planificação do PEA, mas
para termos um bom plano requere-se que obedeça à determinadas
condições, nomeadamente: i) servir como guia de orientação, ii)
apresentar ordem sequencial, iii) apresentar objectividade, iv) apresentar
coerência e v) apresentar flexibilidade. Estas caracteristicas se impõe
sobretudo quando estamos a ser apelados para a necessidade de não
planificar apenas uma aula, mas varias, obedecendo a interligação que
estas representam.
Didactica Geral : Aprender a ensinar 229
Exercícios
Lição 29
Introdução
A pratica do ensino do ensino mostra que o que acontece na escola cmo
experiências da aprendizagem faz parte do curriculo previsto para esse nivel,
classe ou tipo de ensino.
Programa de disciplina
Nivel de Planificação Central
Programa do ano Central (Planificação Curricular)
Unidade de ensino
Nivel de Planificação pelo
Nivel de Planificação Professor
Actividade 39
Escola...
Objectivo Geral
Objectivos especificos
Escola...
Objectivos:
Objectivos Gerais...
Objectivos especificos...
Sumário
A planificação do professor tem como base a planificação curricular que,
por sua, vez orienta a planificação a nivel da escola. Deste plano da
escola, que reflecte o curriculo, o professor se serve para planificar as
suas aulas.
236 Lição 29
Exercícios
Lição 30
COMPONENTES DE
PLANIFICAÇÃO DO PEA
Introdução
Ao completer esta unidade / lição, você será capaz de: A tentativa de
apresentação dos modelos de plano de lição jà foi um bom passo para
visualização dos componentes (ou elementos) que orientam a elaboração da
planificação do PEA e, quiça, em todos os niveis de planifiação do PEA. Estes
componentes, em parte, devem ser cuidadosamente
analisados, visto que qualquer plano de ensino para ser funcional deve, por
exemplo, ajustar-se aos alunos, aos conteudos, aos meios existentes e outros
componentes que a seguir iremos nos debruçar deles.
evidentemente, esta adequação tem muito que ver com as limitações e com os
recursos quer materiais quer humanos que a escola e o meio oferecem.
Com efeito, as condições em que se trabalha são por vezes tão fortemente
imitantes que será utópico não as tomar em consideração. E assim,
frequentemente o professor é forçado, por exemplo, a mudar de estratégia
porque não é mesmo possível concretiza-la com o material de que dispõe. Mas
considerar de forma realista as limitações a que se está sujeito não significa que
se adopte face a elas uma atitude de submissão; bem pelo contrario, é
fundamental que elas se encarem sempre como um desafio à criatividade e
iniciativa de cada um tal como é ilustrado pelo caso de um professor de
Português que, não tendo qualquer biblioteca na escola, nem qualquer biblioteca
de turma, e estando muito empenhado em desenvolver o gosto pela leitura com
seus alunos, faz com eles uma recolha de contos tradicionais da região. Esses
contos foram escritos pelos alunos, por eles ilustrados e policopiados,
constituindo um pequeno embrião de uma colecção de textos à disposição de
todos, talvez uma “biblioteca” mais viva e mais útil que muitas outras.
pois que contar com a riqueza de que são portadores os professores, os alunos,
os familiares dos alunos, bem como os elementos da comunidade.
c. O aluno
d. Conteúdos
Sumário
O ambiente escolar. Esse sim, é um elemento fortemente a considerar
para a planificação do PEA. O professor, qualquer disciplina que seja,
não poderia dar aula indistintamente quer esteja nesta ou naquela escola,
neste ou naquele ponto do pais, sobretudo em função das condições de
que dispõe : é uma questão de pragmatismo e de adequação às condições
locais, para que, efectivamente o plano seja funcional sob o ponto de
conseguir levar os alunos a atingir os objectivos de aprendizagem que se
desejam.
Exercícios
Lição 31
COMPONENTES DE
PLANIFICAÇÃO DO PEA
(Conclusão)
Introdução
Objectivos, procedimentos de ensino e avaliação constituem os últimos
componentes que nos resta falarmos deles. A abordagem que fazemos nesta
aula, enquadra-se no que fizemos na aula passada, ou seja, procurar sobretudo
ajudar a compreender a necessidade de tê-los em conta ao longo do processo de
planificação do PEA.
Actividade 41
Caro cursante, pensamos que por tudo que temos discutido ao longo deste
módulo, falar dos objectivos, dos procedimentos e da avaliação como
componentes de planificação do PEA é bastante fácil para si. De facto,
indo na mesma ordem de apresentação destes componentes tal como
estão ordenados na questão que lhe foi colocada, de certeza que você
conclui seguinte :
i. Objectivos
iii. Avaliação
Sumário
Nos modelos de plano de ala fez-se referência dos elementos que devem constar
nele. E nesta aula, assim como na anterior procuráramos sistematizá-los,
apresentando elementos que os caracterizam e, à partir disso, o que justifica a
sua pertinência como elementos importantes a ter em conta em toda a
planificação do PEA.
Exercícios
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA