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Atirar contra uma pessoa só será autorizado em caso de legítima defesa própria ou de
terceiros. De acordo com o texto da portaria, o uso da força deverá obedecer aos
princípios da legalidade, necessidade, proporcionalidade, moderação e conveniência.
Para isso, o uso de armas não-letais como gás de pimenta, bastões Tonfa, coletes à
prova de bala e pistolas Taser (que emitem ondas T, semelhantes às ondas cerebrais)
serão incentivadas no país.
"O que a portaria traz, em seu artigo 3º, mecanismos para estimular e monitorar
iniciativas que tenham o objetivo de implementar essas diretrizes. Como o texto foi
feito com base na oitiva das polícias dos estados e das forças municipais, o Ministério
da Justiça já percebe uma iniciativa de adesão desses agentes de segurança", afirmou a
assessora do ministério. " A adesão dos estados e municípios pode ocorrer, sem
obrigatoriedade, e isso será bem aceito", disse Isabel.
Padrão internacional
O texto foi baseado no Código de Conduta para Funcionários Responsáveis pela
Aplicação das Leis, adotado pela Organização das Nações Unidas (ONU), de 1979, e
também nos princípios do uso da força e de arma de fogo na prevenção do crime e
tratamento de delinqüentes, adotado no Congresso das Nações Unidas em Havana, em
Cuba, em 1999.
Para adequação das corporações, foi estipulado prazo de 90 dias para as polícias da
União atualizarem os procedimentos operacionais e os processos de formação e
treinamento. Além disso, elas terão 60 dias para normatizar e disciplinar o uso da força
dos agentes. O monitoramento da letalidade será obrigatório. A portaria ainda estipulou
prazo de 60 dias para que as corporações proponham medidas para implementação das
diretrizes.