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Novas armas russas para "snipers"

Durante muito tempo, após a Segunda Guerra Mundial, os "snipers" do


Exército e de várias forças de segurança interna da então União
Soviética estiveram equipados, basicamente, com dois conhecidos fuzis
em calibre 7,62 x 54R mm: o veterano Mosin-Nagant M1891/30 (foto) e
o bem mais recente SVD (Dragunov). Para a época e missões que lhe
eram atribuídas, considerados inteiramente satisfatórios.

Entretanto, profundas mudanças ocorridas no país e no exterior


estabeleceram novos requisitos operacionais para os fuzis de precisão,
sobretudo nas décadas de 1970 e 1980, quando a criação de forças
especiais, destinadas a operar na retaguarda do inimigo, pedia o
desenvolvimento de armas mais, por assim dizer, discretas. O mesmo
ocorreu lá pelo início dos anos 90, quando armamento similar também
se mostrou necessário para unidades especiais da área policial.

O fuzil especial de "sniper" VSS foi


um dos primeiros de seu tipo a ser
desenvolvido na Rússia, resultado de
um trabalho do Instituto Central de
Pesquisa de Engenharia Mecânica de
Precisão (TSNIITOCHMASH), da
cidade de Klimovsk. A arma,
colocada em serviço a partir de 1987, foi dimensionada para disparar a
relativamente nova munição russa de calibre 9 x 39 mm (cartuchos SP-
5, SP-6 e PAB-9), sendo dotada de um supressor de ruído integral,
segundo se informa, eficientíssimo. A qualidade desse conjunto
arma/munição ficou amplamente comprovada em numerosas ações
militares e policiais na antiga URSS.

Com base na mesma munição, os projetistas do chamado "Bureau de


Projetos de Instrumentos", em Tula, desenvolveram o fuzil de assalto
compacto 9A-91 (Vikhr) e sua versão para "sniper", o VSK-94 (ou AS).
Este, entretanto, não possui silenciador integral, mas, sim, uma unidade
removível, sem a qual a arma pode, por suas dimensões reduzidas, ser
empregada como uma espécie de submetralhadora.

Entre os fuzis especializados desenvolvidos na Rússia nos últimos anos


incluem-se alguns dimensionados para munição 12,7 x 107 mm, um
antigo (final da década de 1920) cartucho para metralhadoras pesadas
(Degtyarev DK, DShK) com características dimensionais e balísticas bem
parecidas com as do .50 BMG norteamericano. Embora teoricamente
capazes de engajar alvos humanos a distâncias de mais de 1.000
metros, essas armas são, principalmente, destinadas a missões
chamadas de antimaterial. Seus tiros certeiros e projéteis de 980 grains
podem colocar fora de ação aeronaves, radares, sistemas de mísseis,
etc., dentro de um alcance de 2.000 metros.

O primeiro fuzil russo desse


tipo a entrar em serviço foi o
semiautomático OSV-96
(originalmente designado V-
94), criado pelo "Bureau" de
Tula. Utiliza luneta ótica para
tiro diurno e equipamento
optrônico para uso noturno,
com alcance prático de 600
metros. Para facilitar seu
transporte, possui uma
coronha rebatível, que reduz o comprimento total da arma de 1,7 m
para 1,1 m. Seu peso é de aproximadamente 13 kg. O carregador tipo
cofre, destacável, tem capacidade para cinco cartuchos, possuindo a
arma, como seria de se esperar neste calibre, um eficiente freio de boca
e um sistema de amortecimento na soleira, para moderar seu recuo.

Outro desses fuzis pesados para


"sniper" é o relativamente novo
(final dos anos 90) KSVK, também
com carregador de cinco tiros. Foi
criado nas instalações industriais da
Degtyarev, em Kovrov, possuindo
uma configuração "bullpup", ou compacta, mas, ainda assim,
relativamente comprido: 1,35 m. Seu cano, forjado a frio, tem boa
espessura de paredes precisão e é do tipo flutuante, visando a aumentar
a precisão do tiro. Um freio de boca e revestimento especial de espuma,
na soleira, contribui para facilitar o disparo da arma.

Esses novos fuzis -- compactos, silenciados ou pesados -- ainda se


constituem em armas de emprego para tropas muito especiais, do tipo
de reconhecimento, sabotagem, policiais, contra-"sniper", etc. O grosso
das tropas do Exército Russo ainda tem no onipresente SVD (Dragunov),
adotado em 1963, seu armamento padrão. Ainda assim, as experiências
de combate no Afeganistão e em guerras internas na antiga União
Soviética demonstraram a necessidade de novos fuzis que oferecessem
maiores precisão e alcance. Tais armas, curiosamente, começaram a ser
desenvolvidas com base em armas esportivas.

Um dos novos fuzis nesta classe é


o SV-98 ("Snaiperskaya Vintovka",
Modelo de 1998) , da fábrica
Izhmash, não apenas no
tradicional calibre 7,62 x 54R mm,
mas, também nos 7,62 x 51 mm e .338 Lapua Magnum. É de repetição,
por ação manual no ferrolho, e seu cano flutuante e forjado a frio, a
exemplo do de várias armas esportivas, não possui alma cromada, o que
aumenta sua precisão inerente. Possui rosqueamento na boca para a
adaptação de um quebra-chamas ou supressor de ruído, sendo de dez
tiros a capacidade do carregador, que fica inteiramente alojado no
interior da arma. Além do conjunto de miras mecânicas, normalmente
está equipado com uma luneta PKS-07 (7x) e uma faixa anti-miragem,
sobre o cano.

Também da Izhmash vem o bem


recente SV-99, em calibre .22LR!

Seu desenvolvimento, a partir de


um fuzil esportivo (Biathlon rifle), foi
realizado pelo projetista Vladimir Susloparov, seguindo requisitos
técnico-operacionais estabelecidos pela SPETSNAZ, a famosa tropa de
forças especiais da Rússia. De repetição e alimentado por carregadores
de 5, 8 ou 10 tiros, tem cano de 350 mm e um comprimento total de
1.000 mm, pesando, vazio, 3,8 kg. Apesar do pequeno calibre, fuzis .
22LR são extremamente precisos em tiros até 100 metros, sendo sua
capacidade operacional aumentada pelo uso de supressores (a arma
russa tem), que os torna quase inaudíveis. Num conflito urbano, por
exemplo, atirando de dentro de uma edificação, são quase impossíveis
de localizar, visual e auditivamente. Que o digam os próprios russos, que
enfrentaram "snipers" urbanos em Grozniy, capital da Chechênia,
armados com pequenas e mortíferas carabinas Sobol, de caça, calibre .
22LR.

Assim como não existe uma ferramenta universal para todos os tipos de
trabalho, tampouco existe um único fuzil de "sniper" para todos os tipos
de missões. A evolução da tecnologia de armamento a cada momento
traz novidades ao mercado, e, apesar de todas as dificuldades
econômicas e políticas em seu país, os russos não estão parados, não.

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