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Capı́tulo 4

Limite de funções reais de duas


variáveis reais

4.1 Limite de funções de duas variáveis


Consideremos as funções f, g : D Ä R2 Ñ R dadas por

senpx2 ` y 2 q x2 ´ y 2
f px, yq “ e gpx, yq “ .
x2 ` y 2 x2 ` y 2

Pergunta: Como se comportam as funções f e g quando x e y se aproximam


de 0 (ou seja, quando px, yq se aproxima da origem)?
Com relação a função f , se fazemos u “ x2 ` y 2 temos

senpx2 ` y 2 q sen u
“ .
x2 ` y 2 u

Agora, quando px, yq Ñ p0, 0q, u Ñ 0. Assim,

senpx2 ` y 2 q sen u
“ Ñ 1 quando u Ñ 0.
x `y
2 2 u

Com relação a função g, se nos aproximarmos da origem através da reta y “ x,


obtemos
x2 ´ y 2 x2 ´ x2
“ “ 0 Ñ 0 quando x Ñ 0.
x2 ` y 2 x2 ` x2

63
64 4.1. Limite de funções de duas variáveis

Se nos aproximarmos da origem através da reta y “ 2x, obtemos

x2 ´ y 2 x2 ´ p2xq2 3x2 3 3
“ “ ´ “ ´ Ñ ´ quando x Ñ 0.
x `y
2 2 x ` p2xq
2 2 5x 2 5 5

Definição 4.1.1 (Limite) Sejam f : D Ä R2 Ñ R uma função e p “ pa, bq P


D1 . Dizemos que o limite de f px, yq quando px, yq se aproxima de p é um
número real L se, para todo ✏ ° 0, existe “ pp, ✏q ° 0 tal que |f px, yq´L| † ✏
sempre que px, yq P D e 0 † }px, yq ´ pa, bq} † .

Notação: lim f px, yq “ L ou xÑa


lim f px, yq “ L ou f px, yq Ñ L, px, yq Ñ
px,yqÑpa,bq
yÑb
pa, bq.
Em sı́mbolos:

lim f px, yq “ L ô @✏ ° 0, D ° 0 : @px, yq P D, 0 † }px, yq ´ pa, bq} †


px,yqÑpa,bq

ñ |f px, yq ´ L| † ✏.

Observação: Na definição de limite o ponto p “ pa, bq não precisa pertencer


à D ou que f esteja definida em x “ p.
A desigualdade |f px, yq ´ L| † ✏ é equivalente a:

|f px, yq ´ L| † ✏ ô ´✏ † f px, yq ´ L † ✏
ô L ´ ✏ † f px, yq † L ` ✏
ô f px, yq P pL ´ ✏, L ` ✏q.

A desigualdade 0 † }px, yq ´ pa, bq} † é equivalente:


a
0 † }px, yq ´ pa, bq} † ô0† px ´ aq2 ` py ´ bq2 †
ô 0 † px ´ aq2 ` py ´ bq2 † 2

(
ô px, yq P Bpp, qz p .
4. Limite de funções reais de duas variáveis reais 65

Assim, da definição de limite segue que:

lim f px, yq “ L ô para qualquer intervalo aberto pL ´ ✏, L ` ✏q


px,yqÑpa,bq

existe uma bola aberta Bpp, q tal que se


(
px, yq P Bpp, qz p , entãof px, yq P pL ´ ✏, L ` ✏q.

Teorema 4.1.2 (Unicidade do limite) Sejam f : D Ä R2 Ñ R e p “


pa, bq P D1 . Se lim f px, yq “ L e lim f px, yq “ M , então L “ M .
px,yqÑpa,bq px,yqÑpa,bq

Demonstração. EXERCÍCIO. ˝

Exemplo 4.1.3 Usando a definição de limite, mostre que lim p3x´yq “ 2.


px,yqÑp1,1q

Solução. Seja f px, yq “ 3x ´ y. Queremos mostrar que lim f px, yq “ 2.


px,yqÑp1,1q
De fato,

@✏ ° 0, D ° 0 : @px, yq P R2 , 0 † }px, yq ´ p1, 1q} † ñ |f px, yq ´ 2| † ✏.

Vamos começar de trás pra frente:

|f px, yq ´ 2| “ |3x ´ y ´ 2| “ |3px ´ 1q ´ py ´ 1q|


§ 3|x ´ 1| ` |y ´ 1| (4.1.1)
66 4.1. Limite de funções de duas variáveis

a
Agora, como }px, yq ´ p1, 1q} “ }px ´ 1, y ´ 1q} “ px ´ 1q2 ` py ´ 1q2 , segue
que
a a
|x ´ 1| “ px ´ 1q2 § px ´ 1q2 ` py ´ 1q2 “ }px, yq ´ p1, 1q} † (4.1.2)
a a
|y ´ 1| “ py ´ 1q2 § px ´ 1q2 ` py ´ 1q2 “ }px, yq ´ p1, 1q} † . (4.1.3)

Voltando a (4.1.1) obtemos

|f px, yq ´ 2| § 3|x ´ 1| ` |y ´ 1| † 3 ` “ 4 .

Escolhendo 4 “ ✏ obtemos |f px, yq ´ 2| † ✏.

Portanto,


@✏ ° 0, D “ ° 0 : @px, yq P R2 , 0 † }px, yq´p1, 1q} † ñ |f px, yq ´ 2| † ✏.
4

Outras maneiras de encontrar .

‚ De (4.1.1) obtemos

`
|f px, yq ´ 2| § 3|x ´ 1| ` 3|y ´ 1| “ 3 |x ´ 1| ` |y ´ 1|q

Agora, usando (4.1.2) e (4.1.3) obtemos |f px, yq ´ 2| † 6 . Escolhendo 6 “ ✏


obtemos |f px, yq ´ 2| † ✏. Portanto,


@✏ ° 0, D “ ° 0 : @px, yq P R2 , 0 † }px, yq ´ p1, 1q} † ñ |f px, yq ´ 2| † ✏.
6

‚ De (4.1.1) obtemos

|f px, yq ´ 2| § 3|x ´ 1| ` 3|y ´ 1| “ 3}px ´ 1, y ´ 1q}1 .

Como ?1 }x}1 § }x} § }x}1 , segue que


2

? ?
|f px, yq ´ 2| § 3}px ´ 1, y ´ 1q}1 § 3 2}px ´ 1, y ´ 1q} † 3 2 .
4. Limite de funções reais de duas variáveis reais 67

?
Escolhendo 3 2 “ ✏ obtemos |f px, yq ´ 2| † ✏. Portanto,


@✏ ° 0, D “ ? ° 0 : @px, yq P R2 , 0 † }px, yq´p1, 1q} † ñ |f px, yq´2| † ✏.
3 2

Exemplo 4.1.4 Usando a definição de limite, mostre que

2xy
lim a “ 0.
px,yqÑp0,0q x2 ` y 2
(
Solução. Seja f px, yq “ ? 2xy cujo domı́nio é Df “ R2 z p0, 0q .
2
x `y 2
Queremos mostrar que lim f px, yq “ 0. De fato,
px,yqÑp0,0q

(
@✏ ° 0, D ° 0 : @px, yq P R2 z p0, 0q , 0 † }px, yq´p0, 0q} † ñ |f px, yq´0| † ✏.

Vamos começar de trás pra frente:


ˇ 2xy ˇ 2|x||y|
ˇ ˇ
|f px, yq ´ 0| “ ˇ a ˇ“ a 2 . (4.1.4)
x `y
2 2 x ` y2

Agora,
? a
|x| “ x2 § x2 ` y 2 (4.1.5)
a a
|y| “ y 2 § x2 ` y 2 . (4.1.6)

Usando (4.1.5) e (4.1.6) em (4.1.4) obtemos


a a
2|x||y| 2 x2 ` y 2 x2 ` y 2
|f px, yq| “ a § a
x2 ` y 2 x2 ` y 2
a
“ 2 x2 ` y 2 “ 2}px, yq} † 2 .

Tomando 2 “ ✏ temos:


@✏ ° 0, D “ ° 0 : @px, yq P Df , 0 † }px, yq} † ñ |f px, yq| † ✏.
2
68 4.1. Limite de funções de duas variáveis

Exemplo 4.1.5 Seja f : R2 Ñ R dada por f px, yq “ x2 ` y 2 . Mostre que


lim f px, yq “ 5 usando a definição.
px,yqÑp2,1q

Solução. Queremos mostrar que lim f px, yq “ 5, ou seja queremos


px,yqÑp1,1q
mostrar que:

@✏ ° 0, D ° 0 : @px, yq P R2 , 0 † }px, yq ´ p2, 1q} † ñ |f px, yq ´ 5| † ✏.

Vamos começar de trás pra frente:

|f px, yq ´ 5| “ |x2 ` y 2 ´ 5| “ |x2 ´ 4 ` y 2 ´ 1| § |x2 ´ 4| ` |y 2 ´ 1|


§ |x ´ 2||x ` 2| ` |y ´ 1||y ` 1| (4.1.7)

Os termos |x ` 2| e |y ` 1| são limitados em qualquer conjunto limitado de R2 .


Em particular se }px, yq ´ p2, 1q} † 1, temos:

|x ´ 2| § }px, yq ´ p2, 1q} † 1


|y ´ 1| § }px, yq ´ p2, 1q} † 1.

Assim,

|x ´ 2| † 1 ô ´1 † x ´ 2 † 1 ô 1 † x † 3 ô 3 † x ` 2 † 5.

Agora, de 3 † x ` 2 † 5 obtemos ´5 † 3 † x ` 2 † 5. Logo, |x ` 2| † 5.


Também,

|y ´ 1| † 1 ô ´1 † y ´ 1 † 1 ô 0 † y † 2 ô 1 † y ` 1 † 3.

Agora, de 1 † y ` 1 † 3 obtemos ´3 † 1 † x ` 2 † 3. Logo, |y ` 1| † 3.


4. Limite de funções reais de duas variáveis reais 69

Voltando a (4.1.7) obtemos

|f px, yq ´ 5| § |x ´ 2||x ` 2| ` |y ´ 1||y ` 1| † 5|x ´ 2| ` 3|y ´ 1|


` ˘
† 5 |x ´ 2| ` |y ´ 1| “ 10 .

Tomando 10 “ ✏ temos |f px, yq ´ 5| † ✏. Portanto

✏(
@✏ ° 0, D “ min 1, ° 0 : @px, yq P R2 , 0 † }px, yq´p2, 1q} † ñ |f px, yq´5| † ✏.
10

˝
Observação importante: A definição de limite de uma função diz que a
distância entre f px, yq e L pode ser arbitrariamente pequena se tomarmos a
distância de px, yq até pa, bq suficientemente pequena (não nula). A definição
refere-se somente à distância entre px, yq e pa, bq. Ela não se refere à direção da
abordagem. Portanto, se o limite existe, f px, yq deve se aproximar do mesmo
valor limite independente do modo como px, yq se aproxima de pa, bq. Assim, se
acharmos dois caminhos diferentes de aproximação ao longo dos quais f px, yq
tenha limites diferentes, então concluı́mos que lim f px, yq não existe.
px,yqÑpa,bq

Definição 4.1.6 (Curva ou caminho) Seja I Ä R um intervalo. Uma


curva ou um caminho em R2 é uma aplicação contı́nua ↵ : I Ä R Ñ R2
dada por ↵ptq “ p↵1 ptq, ↵2 ptqq.

Exemplo 4.1.7 A função ↵ : R Ñ R2 dada por

↵ptq “ px0 ` ta, y0 ` tbq “ px0 , y0 q ` tpa, bq, t P R

é uma reta que passa pelo ponto p “ px0 , y0 q e tem direção do vetor v “ pa, bq.

Solução. Observe que x “ x0 ` ta e y “ y0 ` tb, t P R. Logo,

x ´ x0 y ´ y0
“ ô bx ´ ay ´ pbx0 ´ ay0 q “ 0.
a b

˝
70 4.1. Limite de funções de duas variáveis

Critério de não existência do limite.


Se f px, yq Ñ L1 quando px, yq Ñ pa, bq ao longo de um caminho C1 e
f px, yq Ñ L2 quando px, yq Ñ pa, bq ao longo do caminho C2 com L1 ‰ L2 ,
então lim f px, yq não existe.
px,yqÑpa,bq

x2 ´ y 2
Exemplo 4.1.8 Mostre que o lim não existe.
px,yqÑp0,0q x2 ` y 2

x2 ´y 2
(
Solução. Consideremos f px, yq “ x2 `y 2
cujo domı́nio é Df “ R2 z p0, 0q e
p0, 0q P pDf q1 .
‚ Vamos no aproximar de p0, 0q ao longo do eixo x, i.e., através do caminho
(
C1 “ px, yq P R2 : y “ 0 . Logo

x2 ´ 0 2
f px, yq “ f px, 0q “ “ 1, @x ‰ 0.
x2 ` 0 2

Assim, f px, yq Ñ 1 quando px, yq Ñ p0, 0q ao longo do eixo x (caminho C1 ).


‚ Vamos no aproximar de p0, 0q ao longo do eixo y, i.e., através do caminho
(
C2 “ px, yq P R2 : x “ 0 . Logo

02 ´ y 2
f px, yq “ f p0, yq “ “ ´1, @y ‰ 0.
02 ` y 2

Assim, f px, yq Ñ ´1 quando px, yq Ñ p0, 0q ao longo do eixo y (caminho C2 ).


Portanto, como f px, yq Ñ 1 quando px, yq Ñ p0, 0q ao longo do caminho
C1 e f px, yq Ñ ´1 quando px, yq Ñ p0, 0q ao longo do caminho C2 , concluı́mos
x2 ´y 2
que o lim não existe. ˝
px,yqÑp0,0q x `y
2 2

xy 2
Exemplo 4.1.9 Verifique se o lim existe.
px,yqÑp0,0q x2 ` y 4

Solução. Vamos nos aproximar de p0, 0q pelo eixo x, i.e., através do caminho
(
C1 “ px, yq P R2 : y “ 0 . Logo

xy 2 x ¨ 02
lim “ lim “ 0.
px,yqÑp0,0q x2 ` y 4 px,yqÑp0,0q x2 ` 04
4. Limite de funções reais de duas variáveis reais 71

Agora, vamos nos aproximar de p0, 0q através de uma reta qualquer que passa
pela origem, y “ mx, m ‰ 0, i.e., através do caminho C2 “ px, yq P R2 : y “
(
mx . Logo

xy 2 xy 2 xpmxq2 mx3
lim “ lim “ lim “ lim
px,yqÑp0,0q x2 ` y 4 xÑ0 x2 ` y 4 xÑ0 x2 ` pmxq4 xÑ0 x2 p1 ` mx2 q
y“mx
mx
“ lim “ 0.
xÑ0 1 ` mx2

Mas com esse resultado, não podemos concluir que o limite dado existe. De
fato, vamos nos aproximar de p0, 0q através da parábola x “ y 2 , i.e., através
(
do caminho C3 “ px, yq P R : x “ y 2 , obtemos

xy 2 xy 2 y2 ¨ y2 y4 1
lim “ lim “ lim “ lim “ .
px,yqÑp0,0q x ` y
2 4 yÑ0 x ` y
2 4 yÑ0 py q ` y
2 2 4 yÑ0 2y 4 2
2
x“y

xy 2
Portanto, lim não existe. ˝
px,yqÑp0,0q x2 ` y 4

3x2 y
Exemplo 4.1.10 Ache lim se existir.
px,yqÑp0,0q x2 ` y 2

Solução. Se nos aproximarmos de p0, 0q tanto pelo eixo x e o eixo y obtemos


que o limite é zero. Mas isto não prova que o limite seja zero, mas o limite ao
longo das parábolas y “ x2 e x “ y 2 também é zero, portanto começamos a
suspeitar que o limite é igual a zero.
3x2 y
Afirmação: lim “ 0.
px,yqÑp0,0q x `y
2 2

De fato, queremos mostrar que:

( ˇ 3x2 y ˇ
2 ˇ ˇ
@✏ ° 0, D ° 0 : @px, yq P R z p0, 0q , 0 † }px, yq´p0, 0q} † ñ ˇ 2 ´0ˇ † ✏.
x ` y2

Observe que

x2 § x2 ` y 2 , @x, y P R
a a
|y| “ y 2 § x2 ` y 2 , @x, y P R.
72 4.2. Propriedades dos limites

Logo,

ˇ 3x2 y ˇ a
ˇ ˇ 3x2 |y| 3px2 ` y 2 q x2 ` y 2 a
ˇ 2 ˇ“ 2 § § 3 x2 ` y 2 † 3 .
x `y 2 x `y 2 x `y
2 2

ˇ 2 ˇ
ˇ yˇ
Tomando 3 “ ✏ obtemos ˇ x3x
2 `y 2 ˇ † ✏. Portanto,

✏ ( ˇ 3x2 y ˇ
ˇ ˇ
@✏ ° 0,D “ ° 0 : @px, yq P R2 z p0, 0q , 0 † }px, yq´p0, 0q}† ñ ˇ 2 ´0 ˇ † ✏.
3 x `y 2

4.2 Propriedades dos limites

Proposição 4.2.1 Se f : R2 Ñ R é dada por f px, yq “ ↵x ` y ` , ↵, , P


R, então
lim f px, yq “ ↵a ` b ` .
px,yqÑpa,bq

Demonstração. (Opcional) Queremos mostrar que:

ˇ ˇ
@✏ ° 0, D ° 0 : @px, yq P R2 , 0 † }px, yq´pa, bq} † ñ ˇf px, yq´p↵a` b` qˇ † ✏.

De fato, observe que

ˇ ˇ ˇ ˇ ˇ ˇ
ˇf px, yq´p↵a ` b ` qˇ “ ˇ↵x ` y ` ´p↵a ` b ` qˇ “ ˇ↵px ´ aq ` py ´ bqˇ

§ |↵||x ´ a| ` | ||y ´ b|
` ˘ ` ˘
§ |↵| ` 1 |x ´ a| ` | | ` 1 |y ´ b|
( (
§ max |↵| ` 1, | | ` 1 |x ´ a| ` max |↵| ` 1, | | ` 1 |y ´ b|
` ˘
§ M |x ´ a| ` |y ´ b| , (4.2.1)

(
onde M :“ max |↵| ` 1, | | ` 1 .
4. Limite de funções reais de duas variáveis reais 73

Por outro lado,


a a
|x ´ a| “ px ´ aq2 § px ´ aq2 ` py ´ bq2 “ }px, yq ´ pa, bq} †
a a
|y ´ b| “ py ´ bq2 § px ´ aq2 ` py ´ bq2 “ }px, yq ´ pa, bq} † .

ˇ ˇ
Voltando à equação (4.2.1) obtemos ˇf px, yq´p↵a ` b ` qˇ † 2M . Tomando
2M “ ✏ temos:


@✏ ° 0, D “ ° 0 : @px, yq P R2 , 0 † }px, yq ´ pa, bq} †
2M
ˇ ˇ
ñ ˇf px, yq ´ p↵a ` b ` qˇ † ✏.

Proposição 4.2.2 (Operações com limites) Sejam f, g : D Ä R2 Ñ


R duas funções, pa, bq P D1 e ↵, P R. Se lim f px, yq “ L e
px,yqÑpa,bq
lim gpx, yq “ M , então
px,yqÑpa,bq
“ ‰
paq lim ↵f px, yq ` gpx, yq “ ↵L ` M .
px,yqÑpa,bq
“ ‰
pbq lim f px, yq ¨ gpx, yq “ LM .
px,yqÑpa,bq
” f px, yq ı
L
pcq lim “ , desde que M ‰ 0.
px,yqÑpa,bqgpx, yq M
“ ‰n
pdq lim f px, yq “ Ln , @n P N.
px,yqÑpa,bq
“a ‰ ?
peq lim n
f px, yq “ n L se L • 0 e n P N ou se L § 0 e n P N ı́mpar.
px,yqÑpa,bq

Demonstração. (Opcional) paq. De fato, queremos provar que:

@✏ ° 0, D ° 0 : @px, yq P D, 0 † }px, yq ´ pa, bq} †


ˇ ˇ
ñ ˇ↵f px, yq ` gpx, yq ´ p↵L ` M qˇ † ✏.

Observe que

ˇ ˇ ˇ ˇ
ˇ↵f px, yq` gpx, yq´p↵L` M qˇ “ ˇ↵pf px, yq ´ Lq ` pgpx, yq ´ M qˇ

§ |↵||f px, yq´L|`| ||gpx, yq´M |. (4.2.2)


74 4.2. Propriedades dos limites

Agora

lim f px, yq “ L ô @✏ ° 0, D 1 ° 0 : @px, yq P D, 0 † }px, yq ´ pa, bq} † 1


px,yqÑpa,bq
ˇ ˇ ✏
ñ ˇf px, yq ´ Lˇ † .
2p|↵| ` 1q
lim gpx, yq “ M ô @✏ ° 0, D 2 ° 0 : @px, yq P D, 0 † }px, yq ´ pa, bq} † 2
px,yqÑpa,bq
ˇ ˇ ✏
ñ ˇgpx, yq ´ M ˇ † .
2p| | ` 1q
(
Assim, se tomamos “ min 1, 2 e 0 † }px, yq ´ pa, bq} † , então

ˇ ˇ ✏ ˇ ˇ ✏
ˇf px, yq ´ Lˇ † e ˇgpx, yq ´ M ˇ † .
2p|↵| ` 1q 2p| | ` 1q

Voltando à (4.2.2) obtemos

ˇ ˇ
ˇ↵f px, yq` gpx, yq´p↵L` M qˇ § |↵||f px, yq´L|`| ||gpx, yq´M |
” ✏ ı ” ✏ ı
† |↵| `| |
2p|↵| ` 1q 2p| | ` 1q
„ ⇢ „ ⇢
|↵| ✏ | | ✏
† `
|↵| ` 1 2 | |`1 2
✏ ✏
† ` “ ✏.
2 2

Portanto,

@✏ ° 0, D ° 0 : @px, yq P D, 0 † }px, yq ´ pa, bq} †


ˇ ˇ
ñ ˇ↵f px, yq ` gpx, yq ´ p↵L ` M qˇ † ✏.

Os itens pbq, pcq, pdq e peq ficam como exercı́cio. ˝

Proposição 4.2.3 Sejam f : D Ä R2 Ñ R uma função e pa, bq P D1 . Se


lim f px, yq “ L, então lim |f px, yq| “ |L|.
px,yqÑpa,bq px,yqÑpa,bq

Demonstração. Exercı́cio. ˝
A reciproca só é verdadeira, em geral se L “ 0.
4. Limite de funções reais de duas variáveis reais 75

Proposição 4.2.4 Sejam f : D Ä R2 Ñ R uma função e a P D1 . Se lim f pxq


xÑa
existe, então f é limitada numa vizinhança de a, i.e., existem K ° 0, °0
tais que
@x P D, 0 † }x ´ a} † ñ |f pxq| § K.

Demonstração. (Opcional) Se lim f pxq “ L, então


xÑa

@✏ ° 0, D ° 0 : @x P D, 0 † }x ´ a} † ñ |f pxq ´ L| † ✏.

Em particular para ✏ “ 1,

D ° 0 : @x P D, 0 † }x ´ a} † ñ |f pxq ´ L| † 1.

piq Se a R D, então

|f pxq| “ |f pxq ´ L ` L| § |f pxq ´ L| ` |L|


† 1 ` |L|, @x P D, 0 † }x ´ a} † .

Tomando K :“ 1 ` |L|, temos que existe K ° 0 e ° 0 tal que |f pxq| § K,


@x P D, 0 † }x ´ a} † .
piiq Se a P D, então

|f pxq| “ |f pxq ´ f paq ` f paq ´ L ` L|


§ |f pxq ´ L| ` |f paq ´ L| ` |f paq|
† 1 ` 1 ` |f paq|, @x P D, 0 † }x ´ a} † .

Tomando K “ 2 ` |f paq| temos que existe K ° 0 e ° 0 tal que |f pxq| § K,


@x P D, 0 † }x ´ a} † .
Portanto, em qualquer caso existem K ° 0 e ° 0 tal que @x P D, 0 †
}x ´ a} † tem-se |f pxq| § K. ˝

Teorema 4.2.5 (Conservação do sinal) Sejam f : D Ä R2 Ñ R uma


função e a P D1 . Se lim f pxq “ L, então existe ° 0 tal que, para todo
xÑa
76 4.2. Propriedades dos limites

x P D, 0 † }x ´ a} † tem-se

f pxq ° L
2
se L ° 0 e f pxq † L
2
se L † 0.

Demonstração. (Opcional) Como lim f pxq “ L, segue que para todo ✏ ° 0,


xÑa
existe ° 0 tal que para todo x P D e 0 † }x ´ a} † então |f pxq| ´ L| † ✏.
Desta última desigualdade temos

L ´ ✏ † f pxq † L ` ✏. (4.2.3)

Se L ° 0, consideremos ✏ “ L
2
° 0. Assim, no lado esquerdo da
desigualdade (4.2.3) temos f pxq ° L
2
.
Se L † 0, consideremos ✏ “ ´ L2 ° 0. Assim, no lado direito da desigualdade
(4.2.3) temos f pxq † L2 . ˝

Teorema 4.2.6 (da comparação) Sejam f, g : D Ä R2 Ñ R e a P D1 . Se


f pxq § gpxq, @x P D, x ‰ a e lim f pxq e lim gpxq existem, então
xÑa xÑa

lim f pxq § lim gpxq.


xÑa xÑa

Demonstração. (Opcional) Seja lim f pxq “ L. Então


xÑa

✏ ✏
@✏ ° 0, D 1 ° 0 : @x P D, 0 † }x ´ a} † 1 ñL´ † f pxq † L ` .
2 2

Por outro lado, seja lim gpxq “ M . Então


xÑa

✏ ✏
@✏ ° 0, D 2 ° 0 : @x P D, 0 † }x ´ a} † 2 ñM´ † gpxq † M ` .
2 2

Seja “ mint 1 , 2 u. Então

✏ ✏
@x P X, 0 † |x ´ a| † ñL´ † f pxq § gpxq † M `
2 2
✏ ✏
ñL´ †M `
2 2
ñ L † M ` ✏.
4. Limite de funções reais de duas variáveis reais 77

Como ✏ ° 0 é arbitrário, segue que L § M . ˝

Teorema 4.2.7 (Teorema do confronto) Sejam f, g, h : D Ä R2 Ñ R e


a P D1 e lim f pxq “ L “ lim hpxq. Se f pxq § gpxq § hpxq, @x P D, x ‰ a,
xÑa xÑa
então lim gpxq “ L.
xÑa

Demonstração. (Opcional) Como lim f pxq “ L segue que


xÑa

@✏ ° 0, D 1 ° 0 : @x P D, 0 † }x ´ a} † 1 ñ L ´ ✏ † f pxq † L ` ✏.

Como lim hpxq “ L segue que


xÑa

@✏ ° 0, D 2 ° 0 : @x P D, 0 † }x ´ a} † 2 ñ L ´ ✏ † hpxq † L ` ✏.

Seja “ mint 1 , 2 u. Então

@x P D, 0 † }x ´ a} † ñ L ´ ✏ † f pxq § gpxq § hpxq † L ` ✏


@x P D, 0 † }x ´ a} † ñ L ´ ✏ † gpxq † L ` ✏,

disto segue que lim gpxq “ L. ˝


xÑa

Corolário 4.2.8 Sejam f, g : D Ä R2 Ñ R e a P D1 . Se lim f pxq “ 0 e existe


xÑa
K ° 0 tal que |gpxq| § K, @x P D, x ‰ a, então lim f pxqgpxq “ 0, mesmo que
xÑa
não exista lim gpxq.
xÑa

Demonstração. Observe que para todo x P D, x ‰ a tem-se

|f pxqgpxq| “ |f pxqgpxq| § K|f pxq|.

“ ‰
Disto segue, ´K|f pxq| § f pxqgpxq § K|f pxq|. Como lim ´ K|f pxq| “
“ ‰ xÑa
0 “ lim K|f pxq| , segue do Teorema do Confronto (Teorema 4.2.7), que
xÑa
lim f pxqgpxq “ 0. ˝
xÑa

` ˘
Exemplo 4.2.9 Calcule lim px2 ` y 2 q sen 1
x2 `y 2
se existir.
px,yqÑp0,0q
78 4.2. Propriedades dos limites

` ˘
Solução. Sejam f px, yq “ px2 ` y 2 q e gpx, yq “ sen 1
x2 `y 2
. Observe que

ˇ ˇ ˇ 1 ˇ (
ˇgpx, yqˇ “ ˇˇ senp q
ˇ
ˇ § 1, @px, yq P D “ R2 z p0, 0q
x `y
2 2

e lim f px, yq “ lim px2 ` y 2 q “ 0. Do Corolário 4.2.8 segue que


px,yqÑp0,0q
`px,yqÑp0,0q
˘
lim px2 ` y 2 q sen x2 `y
1
2 “ lim f px, yqgpx, yq “ 0. ˝
px,yqÑp0,0q px,yqÑp0,0q

Teorema 4.2.10 Sejam f : D Ä R2 Ñ R e a P D1 . Então lim f pxq “ L se,


xÑa
e somente se para toda sequência txn u Ä Dztau tal que lim xn “ a, temos
nÑ8
lim f pxn q “ L.
nÑ8

Demonstração. (Opcional)ñs Suponhamos que lim f pxq “ L. Então para


xÑa
todo ✏ ° 0, existe ° 0 tal que para todo x P D, 0 † }x ´ a} † implica que
|f pxq ´ L| † ✏.
Seja txn u Ä Dztau tal que lim xn “ a. Então
nÑ8

@✏ ° 0, Dn0 P N : }xn ´ a} † ✏, @n • n0 .

Em particular para ✏ “ ° 0, DN P N tal que }xn ´ a} † , @n • N . Como


xn ‰ a, temos que 0 † }xn ´ a} para todo n P N. Portanto, se n • N temos

0 † }xn ´ a} †

e assim |f pxn q ´ L| † ✏. Consequentemente lim f pxn q “ L.


nÑ8
s Suponhamos que lim f pxn q “ L para toda sequência txn u Ä Dztau tal
nÑ8
que lim xn “ a. Vamos supor que lim f pxq ‰ L. Então existe ° 0 tal que
nÑ8 xÑa
para todo ° 0, existe x P D, 0 † }x ´ a} † tal que |f pxq ´ L| • ✏.
1
Tomando “ , denotemos o correspondente x por zn P D o qual satisfaz
n

1
0 † }zn ´ a} † e |f pzn q ´ L| • ✏.
n

Assim, a sequência tzn u Ä Dztau é tal que lim zn “ a e |f pzn q ´ L| • ✏ para


nÑ8
todo n P N. Disto segue que lim f pzn q ‰ L. Mas isto é uma contradição. ˝
nÑ8
4. Limite de funções reais de duas variáveis reais 79

´ 1 ¯
Exemplo 4.2.11 Demonstre que o lim sen não existe
px,yqÑp0,0q x2 ` y 2
(
Solução. Sejam D “ R2 z p0, 0q e f : D Ä R2 Ñ R definida por
´ 1 ¯
f px, yq “ sen .
x2 ` y 2
( b
Consideremos a sequência pxn , yn q nPN , onde xn “ 2
p2n´1q⇡
e yn “ 0,
@n P N. Facilmente vemos que lim pxn , yn q “ p0, 0q mas
nÑ8

$
⇡ &1, n é ı́mpar
f pxn , yn q “ senpp2n ´ 1q q “
2 %´1, n é par.

Como a sequência tf pxn , yn qu tem duas subsequências convergentes para


limites distintos, segue que lim f pxn , yn q não existe. ˝
nÑ8

Limites infinitos
Sejam f : D Ä Rn Ñ R uma função e a P D1 .

Definição 4.2.12 (Limites infinitos) Dizemos que o limite de f pxq quando


x tende para a é `8 prespectivamente,´8q e escrevemos lim f pxq “ `8
xÑa
prespectivamente, lim f pxq “ ´8q se dado R ° 0 existe “ pRq ° 0 tal que
xÑa
se x P D, 0 † }x ´ a} † então f pxq ° R prespectivamente, f pxq † ´Rq.

Em sı́mbolos

lim f pxq “ `8 ô @R ° 0, D ° 0 : @x P D, 0 † }x ´ a} † ñ f pxq ° R


xÑa

lim f pxq “ ´8 ô @R ° 0, D ° 0 : @x P D, 0 † }x ´ a} † ñ f pxq † ´R.


xÑa

Exemplo 4.2.13 Seja f px, yq “ ? 1


. Mostre que lim f px, yq “ `8.
x2 `y 2 px,yqÑp0,0q

Solução. Observe que Df “ R2 ztp0, 0qu. Facilmente vemos que quando


a
px, yq Ñ p0, 0q, x2 ` y 2 Ñ 0. Logo ? 21 Ñ `8. Vamos mostrar que
x `y 2
lim f px, yq “ `8.
px,yqÑp0,0q
80 4.2. Propriedades dos limites

De fato, queremos demonstrar que

@R ° 0, D ° 0 :@px, yq P Df , 0 † }px, yq´p0, 0q} † ñ f px, yq ° R.

Vamos começar de trás pra frente. A desigualdade, f px, yq ° R equivale a

1 a 1 1
a ° R ô x2 ` y 2 † ô }px, yq ´ p0, 0q} †
x2 ` y 2 R R

Assim, se tomarmos “ 1
R
temos f px, yq ° R. Portanto, mostramos que:

@R ° 0, D “ 1
R
° 0 : @px, yq P Df , 0 † }px, yq´p0, 0q} † ñ f px, yq ° R.

Limites no “infinito”
Sejam D Ä Rn subconjunto não limitado e f : D Ñ R uma função.

Definição 4.2.14 Dizemos que L P R é o limite de f pxq quando }x} tende


para `8 e denotamos por lim f pxq “ L se para todo ✏ ° 0 existe K ° 0
}x}Ñ`8
tal para todo x P D, }x} ° K implica que |f pxq ´ L| † ✏.

Em sı́mbolos lim f pxq “ L significa que


}x}Ñ`8

@✏ ° 0, D K ° 0 : @x P D, }x} ° K ñ |f pxq ´ L| † ✏.

Exemplo 4.2.15 Seja 0 ‰ b P Rn . Mostre que lim xb,xy2 “ 0.


}x}Ñ`8 }x}

xb,xy
Solução. Seja f pxq “ }x}2
. O domı́nio de f é Df “ Rn zt0u.
Observe que ˇ ˇ
ˇ xb, xy ˇ |xb, xy| }b}}x} }b}
ˇ ˇ
ˇ }x}2 ˇ “ }x}2 § }x}2 “ }x}
4. Limite de funções reais de duas variáveis reais 81

ˇ ˇ
ˇ ˇ
e daı́, ˇ xb,xy
}x} ˇ
2 † ✏ se }x} ° }b}

. Portanto,

}b}
@✏ ° 0, DK “ ✏
° 0 : @x P Df , }x} ° K ñ |f pxq ´ 0| † ✏.

Logo, lim f pxq “ 0. ˝


}x}Ñ`8

4.3 Exercı́cios
3x2 y
1. Verifique se o lim existe.
px,yqÑp0,0q x4 ` y 2

x4 y
2. O seguinte limite lim existe? Se sua resposta é afirmativa
px,yqÑp0,0q x4 ` y 4
calcule este limite.

3. Calcule o limite de f px, yq quando px, yq tende a p0, 0q, onde

y3 3x3 y 2
(a) f px, yq “ . (b) f px, yq “ .
x2 ` y 2 x2 ` y 2
2 2 3 4
7x y xy
(c) f px, yq “ 2 . (d) f px, yq “ 4 .
2x ` 2y 2 x ` y4

4. Demonstre que o limite lim f px, yq não existe.


px,yqÑp0,0q

x2 y 2xy 4
(a) f px, yq “ . (b) f px, yq “ .
x3 ` y 3 x5 ` 6y 5
x4 y xy 3
(c) f px, yq “ 8 . (d) f px, yq “ 2 .
x ` y2 x ` y6

5. Demonstre que o limite lim f px, y, zq não existe onde


px,y,zqÑp0,0,0q

x`y`z 2x2 ` y 2 ´ z 2
(a) f px, y, zq “ (b) f px, y, zq “
x`y´z x2 ´ y 2
xyz x yz 3
2
(c) f px, y, zq “ 3 (d) f px, yq “ 6 .
x ` y3 ` z3 x ` z6

6. Calcule os seguintes limites


82 4.3. Exercı́cios

” x2 ´ 2 y´1 ı sen x senp3yq


(a) lim ` (b) lim
px,yqÑp1,1q x ´ 1 y2 ´ 1 px,yqÑp0,0q 2xy
py 2 ` 2y ´ 3qp1 ´ cos xq
(c) lim
px,yqÑp0,1q x2 py ´ 1q
pex ´ 1qpe2 y ´ 1q
(d) lim .
px,yqÑp0,0q xy
7. Determine o limite, se existir, ou mostre que o limite não existe

xy x2 ` y 2
(a) lim a . (b) lim a .
px,yqÑp0,0q x2 ` y 2 px,yqÑp0,0q x2 ` y 2 ` 1 ´ 1
xy ` yz 2 ` xz 2 yz
(c) lim . (d) lim
px,y,zqÑp0,0,0q x2 ` y 2 ` z 4 px,y,zqÑp0,0,0q x ` 4y 2 ` 9z 2
2

1
8. Demonstre que lim “0
}x}Ñ`8 x ` y

lim e´px
2 `y 2 q
9. Demonstre que “ 0.
}x}Ñ`8

1
10. Mostre que lim a “ `8.
px,y,zqÑp0,0,0q x2 ` y 2 ` z 2
11. Sejam D Ä Rn não limitado e f : D Ñ R. Defina os limites

(a) lim f pxq “ `8 (b) lim f pxq “ ´8.


}x}Ñ`8 }x}Ñ`8

12. (a) Seja f : D Ä R2 Ñ R tal que lim f px, yq “ L. Suponhamos que


px,yqÑpa,bq
cada x existe lim f px, yq e para cada y existe lim f px, yq. Mostre que
yÑb xÑa

` ˘ ` ˘
lim lim f px, yq “ lim lim f px, yq “ L.
xÑa yÑb yÑb xÑa

x2 ´ y 2
(b) Aplique o item (a) para mostrar que a função f px, yq “ não
x2 ` y 2
tem limite em p0, 0q.
xy
(c) Verifique que a função f px, yq “ tem limites iterados que são
` y2 x2
iguais, no entanto, não tem limite em p0, 0q.

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