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Visão Sustentável:

preocupações e soluções
Educação à distância,
cada vez mais perto

Guerra dos robôs,


ciência e diversão

Na pista
dos Hackers
SUMÁRIO
4- EDUCAÇÃO PARA AUTONOMIA:
Por que e Como?

8- ENSINO E APRENDIZAGEM
DE LINGUA MATERNA
Uma experiência de tutoria

14 - WIKITECA
Um repositório virtural
de acesso livre

18 - PEDAGOGIA INTERATIVA
20 - CIÊNCIA E DEIVERSÃO
Em um único evento

22 - NA PISTA DOS HACKERS


24 - VISÃO SUSTENTÁVEL
30 - MIL POLICIAIS MILITARES
Colam grau no ensino superior

34 - MARKETING

2/Revista Digital
Expediente

Governador do Distrito Federal


Rogério Rosso

Secretário de De Ciência e Tecnologia


Divino Valero Martins

Diretor Presidente da FAPDF


Kazuyoshi Ofugi

Equipe de redação:
Diretor de Difusão Científica e Tecnológica
Colandi Carvalho de Oliveira
Bruno Cunha Carvalho e Silva
Analva A. Andrade Lucas Passos
Assessora de Difusão Científica e Tecnológica Bruno X. de Sousa
Leide Rosa Araújo Pedro A. M. C. Alcântara
Hugo G. Câmara
Editora/Jornalista Luciana D. Cavalcante
Luciana Vasconcelos Reis Isaac A. Guimarães
Paulo A. M. de Souza
Projeto Gráfico e Diagramação
Sonia Véras
Marucia Costa
Patrícia Moscariello Rodrigues
Colaboração e Capa Frederico Palladino
Michael Rodrigues Thaísa Abreu
Wilson Lopes
Professores Responsáveis:
Henrique Moreira FAPDF - SIA Trecho 6 lotes 105
Marcelo Francisco Brasília –DF
Márcio Borges
Sônia Véras www.fap.df.gov.br
3/Revista Digital
EDITORIAL
E
com satisfação que pu- r io v ir tu a l de a cess o liv re, rel a çõ es ent re profess ores e
blicamos a segunda de s e nvolv ido p elo IE SB, com a lunos, p or meio d a Pe d ago-
edição da revista vir- a f ina l id a de de desp er t ar nos g i a Interat iva . D est ac amo s
tual da Fundação de Apoio à Pes- a lu nos de E nsino Mé dio o in - a te cnolog i a na fabr i c aç ão
quisa - DF em parceria com as te re ss e p el as Ciênci as E xat as e comp et iç ã o de rob ô s , b em
Instituições de Ensino Superior e a Engen har i a . Fa l aremos como no merc a do i nvest i g a -
da Capital. Nosso objetivo perma- s obre a lingu agem v ist a como t ivo de cr imes dig it ais , mer-
nece o mesmo: levar a você leitor, for ma de intera ç ã o s ó ciohis- c a do que tem at raí do c ad a
um conteúdo esclarecedor e de tór ic a, esp e ci a lmente a E du - ve z mais organiza ç õ es e i ns-
qualidade, com uma linguagem c aç ão à Dist ânci a – méto do t ituiçõ es pr iv a d as na i dent i -
acessível e agradável. me di ado p or te cnolog i a . f ic a ç ã o e comb ate do s cr i mes
Nesta edição aborda- Aind a na áre a de e du - cib er nét icos, va zamento de
mos assuntos como a Wikite- c aç ão temos um ag ra d ável d a dos, v iol a ç ã o de s istema,
ca, um ve rd a d eiro re p ositó - te x to s obre a re voluç ã o nas ent re out ros.
4/Revista Digital
Ressaltamos a importância da tec-
nologia social e dos projetos de exten-
são ecologicamente corretos, já que
nas últimas décadas a sustentabili-
dade tem se tornado o foco de con-
gressos, fóruns e seminários. O proje-
to “Reiniciar” é um excelente exemplo,
trabalha com a reciclagem de computadores
e cria uma solução sustentável para diminuir o
impacto do lixo eletrônico. Há também o Projeto de Educação Ambiental – PEA, que dissemina
práticas como coleta seletiva e conser vação de energia.
Esperamos encontrá-los novamente em 2011 e assim, continuarmos nossa busca por co-
nhecimento e descobertas que tornam o mundo melhor, além de proporcionar aos internautas
um espaço democrático e educacional. Boa leitura e até à próxima.
5/Revista Digital
Tecnologia,
inovação
e educação

EDUCAR PARA A AUTONOMIA:


POR QUE E COMO?
COLANDI CARVALHO DE OLIVEIRA

Q
uando se trata de edu- Para superar as contradi- fundiu com a alma, ou com nos-
cação, percebe-se uma ções anteriores, torna-se necessário sa melhor parte: juízo, liberdade,
grande tensão entre os questionar e redefinir o que seja a a vontade, a moral etc. Sem em-
olhares cruzados dos conservado- realidade e o homem produzido por bargo, se olharmos por um prisma
res e dos transformadores; entre os ela, e o que se quer deste homem no distinto, o referencial das ciências,
modelos unívocos, unidirecionais e futuro: qual é a concepção de valo- por exemplo, somente observamos
a polidimensionalidade que o plu- res, como verdade, liberdade, soli- determinismos físicos, sociológicos
ralismo nos traz; entre as rotinas do dariedade, ou seja, que paradigma ou culturais e nisso, o humano se
processo de ensinar e as subversões ou modelo orienta a ação educativa dissolve. Vivemos nesse dilema gra-
da inovação, etc. No caso especifi- que realizará tal ser humano e sua ças ao paradigma cartesiano, forte-
co do ensino superior, tal dialética vida em sociedade. mente enraizado em nossa cultura.
é representada pela distorção cada Gostaria de começar ques- Descartes ensinava que
vez maior entre o ensino e a investi- tionando o conceito de “humano”. havia dois mundos: um deles, o
gação: a primeira, baseada na trans- Como e onde se forjou este concei- mundo que diz respeito ao conhe-
missão do saber estabelecido, tácito to? Teilhard de Chardin nos convi- cimento objetivo, científico e racio-
ou explícito, quase como pura repe- da a enfocar o humano de forma nal: o mundo dos objetos. O outro
tição e memorização; é a investiga- científica em seu livro: O lugar do mundo tem haver com a percepção,
ção que impõe uma atitude científi- homem no universo (1989). a intuição, a reflexão e se refere ao
ca, com questionamentos, hipóteses Em muitas filosofias e humano, ao subjetivo, ao intuitivo.
e procedimentos comprobatórios. metafísicas, o humano se con- De um dos lados, as ciências, as
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UNIEURO
Av. das Nações, Trecho 0, Conj. 5 -
Asa Sul - (61) 3445-5888
SGAN 916, Conjunto D, Asa Norte -
Brasília - DF.
(61) 3445-5700 / (61) 3445-5701

técnicas e as matemáticas. Do outro, não ser desde a olhada cobiçosa humano distinto do outro.
a sensibilidade, o espírito, a criativi- do outro, processo que Hegel cha- Mais atual ainda é a con-
dade, o pensamento, a consciência, mou de reconhecimento (Assman tribuição antropológica e ética
toda a subjetividade pró- de Habermas que sugere
pria do ser humano. Na para a construção do hu-
ciência clássica, a subje- mano “a inclusão do outro”
tividade aparece sempre e a preocupação com “as
como fonte de erros; por formas humanas de con-
isso, sempre se procurou vivência” um de seus mais
eliminar ou neutralizar importantes eixos (Souza,
ao máximo a figura do 2005). Nesta visão se inse-
observador, dos fenôme- re também Maffesoli que
nos observados, o que se nos fala de alteridade ou
chamou objetividade, re- “a orientação em direção
alismo, concretude. ao outro” (in Barbosa, pg.
Hegel se pronun- 102) Pérez Lindo, filósofo
ciou sobre o tema, pro- e educador argentino, co-
curando caracterizar o munga do mesmo quando
ser humano como dis- em uma conferência na
tinto dos demais animais. Universidade da Empresa,
Em que são distintos? O Montividéo, Uy., em julho
desejo humano, distinta- de 2006 explicitava que:
mente dos animais (que “la dimensión ontológica de
somente desejam comida, bebida, & Sung, 2000) e que supõe ser re- la educación es la construcción
abrigo e a preservação do cor- conhecido por outros seres huma- del ser para otro”.
po) “desejam o desejo dos outros nos o que possibilita ao individuo No século XX, assistimos à
homens”; o “eu” não se constitui, se tornar auto-consciente, ou seja, invasão do cientificismo clássico,
com referência à identidade, a consciente de si mesmo como ser positivista, divisionista e carte-
7/Revista Digital
Tecnologia,
inovação
e educação

siano nas ciências humanas e so-


ciais. O especificamente humano dialético entre
foi expulso da concepção científi- o determinismo
ca reinante, e substituído por ratos biológico evo-
e cobaias nas famosas caixas de lutivo e a onto-
Skinner, testando estímulos e lógica vocação
respostas. Levaram a tais extremos do ser, seja indivi-
essa proposição que, entre outras dual, grupal, social,
consequências, provocou o apare- nacional ou interna-
cimento do “Existencialismo” uma cional, onde se manifes-
filosofia, com grandes implicações te o humano em sua plenitu- e a proporciona-
para a educação e uma corrente de de, como defende Milton Greco lidade sistêmica, porque incor-
psicologia denominada “Humanis- Greco&Medina, 1998). poram as contribuições trans-
mo”, recolocando o “homem” no Como educadora atuante disciplinárias das ciências até o
lugar diferenciado que lhe perten- e co-criadora da história, busquei momento.
ce. suporte teórico na proposta de Ci-
Revisitando as teorias que bernética Social e Proporcionalis- Que educação pretende-
fundamentam o processo edu- mo (Gregori, 1984) a qual postula mos para o século XXI?
cacional, encontramos que tais um novo paradigma educacional, Conscientes de que a edu-
concepções oscilam desde pro- para um contexto pós-cartesiano cação é um conjunto de metas e
posições totalitárias, claramente y pós capitalista, que assim expli- de finalidades, por tanto política,
reducionistas e cientificistas, pas- cita sua noção de ser humano: um conceito reforçado por Castoriadis
sando por concepções mais demo- sistema energético tri-cerebral do quando fala:
cráticas, humanistas e outras com qual resulta uma personalidade “O objetivo da verdadeira política é
alguns indicativos de uma visão inserida na família, que circula mudar as instituições, mas mudá-
sistêmica, holística e integrada. num meio social cada vez mais ca- -las de maneira que elas eduquem
Neste contexto, o humano se per- ótico, com esperanças de recons- indivíduos para a autonomia”
de. Melhor dizendo, falta aos cien- trução ou co-criação de um novo (Castoriadis, in Barbosa, Pg 61).
tíficos, uma visão mais integrado- ciclo para a história. Os pressu- Para cumprir nosso papel
ra para entender o ser humano, postos básicos deste novo para- de pensar para que educamos, po-
visão esta que concilie o processo digma apontam para a integração de-se desenhar um perfil apro-
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ximado com o que se explicita no


parágrafo abaixo:
Em termos finais, creio que
se educa para que a pessoa adqui-
ra sua autonomia ou sua autocon-
dução, tendo desenvolvido grande
parte de suas potencialidades; que
se desenvolva como pessoa solidá-
ria, integrada em rede com sua co-
munidade e plenamente humano
porque planetarizado, transcen-
dente e proporcionalista. Para tanto,
há que se pensar, propor e condu-
zir uma estratégia de tri-educação
e tri-construção do sujeito, onde o
mesmo educando vá desenhando
sua trajetória, apoiado pelo educa-
dor, num processo da dependência
para a autocondução ‌•
dadbia. Produtora de material di-
dático presencial e virtual.

Pedagoga e psicóloga com


metrado em Ciências Sociais,
Especialização em Recursos
Humanos, Doutoranda em
Educação pela Universidad
de La Empresa, Montividéo.
Atuou no MEC, consultora da
UNB, professora universitária
por 30 anos na rede privada do
DF, atuou no SENAC, ESAF,
consultora da ASDI (cooperaçã
sueca) e da Universidade Coo-
perativa da Colômbia. Produ-
tora de material didático pre-
sencial e virtual.

9/Revista Digital
Tecnologia
na educação

Ensino e Aprendizagem de Língua


Materna – uma experiência de tutoria
Analva A. Andrade Lucas Passos

I
nspirada pelo resultado de proposto por Bakhtin (1995). As Pensando assim, podemos dizer que
uma prática pedagógica formulações de Vygotsky (1978), vivemos a era da informação, em
que venho desenvolven- sobre o desenvolvimento do co- que a interlocução em sala de aula
do na área do ensino presencial e nhecimento que propõem o trajeto não pode mais se dar pelos mesmos
do ensino a distância, no ensino do social para o individual media- meios que no século passado.
e aprendizagem da língua mater- do pelo signo e pelo outro, tam-
na, surgiu-me a questão de como a bém são importantes para com- Educação a Distância
Universidade percebe o processo de preender o papel da interlocução e dialogia
conhecer e quais as atividades pos- na construção do conhecimento e
sibilitam ao aluno tornar-se sujeito no desenvolvimento de competên- No final da década de 90,
e não objeto no processo de apren- cias na sala de aula. deu-se a explosão da Internet no
dizagem, assumindo o seu com- Este artigo nasce de uma país, o que impulsionou o atual de-
promisso histórico, aprendendo a reflexão sobre a sala de aula pre- senvolvimento da Educação a Dis-
aprender. Além disso, qual o papel sencial e a experiência como Tu- tância (EaD) no Brasil.
do texto neste assumir e construir- tora a Distância da Universidade
-se, como sujeito do aprender e no Aberta do Brasil – UAB , em sala Licenciada em Letras – Por-
ensinar do professor, uma vez que de aula virtual. tuguês e Inglês e Respecti-
nas duas modalidades de ensino o A linguagem permite às vas Literaturas e Mestre em
aprender começa pelo texto. mentes estabelecerem uma inter- Linguística;
A linguagem vista como locução sobre determinado objeto, Professora nos cursos de Le-
produto social e como forma de in- observado pelo professor e pelo alu- tras e Pedagogia do UNIEU-
teração sóciohistórica realizada por no e sobre o qual se ‘enunciam’ de- RO – Centro Universitário
meio de enunciações nos permite terminadas qualidades de estrutura EuroAmericano – Brasília
chegar ao conhecimento pelo agir e/ou de significados a serem com- – DF e Tutora a Distância
comunicativo em que reside a in- partilhados pelo grupo social, reu- da UAB-UnB.
terlocução, o diálogo linguístico nido na sala de aula” (BOHN, 2000).
10/Revista Digital
este fato serviu para o início da e as dimensões do texto no ensino no: a presença física do professor ou
democratização do ensino no e aprendizagem da língua materna do autor, isto é do interlocutor, não
país, bem como incentivou pes- como parte do currículo de forma- é necessária e indispensável para
quisas e publicações na área, ção de professores em Letras e Peda- que se dê a aprendizagem. Ela se dá
com dois focos distintos: um no gogia. “virtualmente”;
desenvolvimento de tecnologias Elementos constitutivos da II - o estudo individualizado e in-
hipermidiáticas e outro centra- Educação a Distância segundo Preti: dependente: a capacidade do estu-
do na reflexão do processo en- I - a “distância” física professor-alu- dante de construir seu caminho,
sinoaprendizagem em Ambien- seu conhecimento por ele mesmo,
te Virtual de Aprendizagem de se tornar autodidata, ator e
(AVA). autor de suas práticas
Entretanto, cabe e reflexões;
distinguir a diferença entre o III - o processo de ensino-
ensino a distância e a educação a -aprendizagem mediatizado: a
distância. Ensino representa ins- EaD deve oferecer suportes,
trução, socialização de informa- e estruturar um sistema, que
ção, aprendizagem, enquanto viabilizem e incentivem a
Educação é “estratégia básica autonomia dos estudantes
de formação humana, apren- nos processos de aprendi-
der a aprender, saber pen- zagem e isso acontece “pre-
sar, criar, inovar, construir dominantemente através
conhecimento, participar”, do tratamento dado aos
segundo Maroto (1995). En- conteúdos e formas de ex-
tende-se aqui a Educação a pressão mediatizados pelos
Distância como o processo de materiais didáticos, meios
ensino e aprendizagem me- tecnológicos, sistema de
diado por tecnologia, estando tutoria e de avaliação” (MA-
tanto o professor quanto o alu- ROTO, 1995);
no, parcial ou totalmente, pre- IV - o uso de tecnologias: os
sentes, ou não, de forma física ou recursos técnicos de comunica-
temporal. Com base nesta acepção é ção, que tem alcançado um avanço
que se pretende discutir as práticas do espetacular (correio, rádio, TV, au-
ensino presencial e do ensino a distância diocassette, hipermídia interativa, Inter-
11/Revista Digital
tão distintas? Parece-me impor-
tante também repensar o papel do
texto na construção do conheci-
mento, uma vez que da tradição
do reconto oral, depois pelo re-
gistro escrito perene, finalmente
temos o texto pela Internet, como
forma de comunicação revolucio-
nária dos sistemas de comunica-
ção e também de educação.
As dificuldades em relação
net) permitem romper as barreiras meios diversos e diferentes da expli- à compreensão e produção do texto
das distâncias, das dificuldades de cação e a relação cara a cara, que se parecem ultrapassar as fronteiras da
acesso à educação e dos problemas realiza em momentos e lugares dife- educação básica e permanecem na
de aprendizagem por parte dos alu- rentes da presencial, fazendo uso de universidade como um ‘tabu’. A pro-
nos que estudam individualmente, uma organização de apoio. dução e compreensão do texto são
mas não isolados e sozinhos. Ofe- São características da EaD: tidas pelos alunos como algo difícil
recem-se possibilidades de estimu- abertura (ampla gama de cursos), de ser assimilado ou ainda traba-
lar e motivar o estudante, de arma- flexibilidade (de espaço, de assis- lhado individualmente. Posiciona-
zenar e divulgar dados, de acesso às tência e tempo, de ritmos de apren- mentos assim são frequentes tanto
informações mais distantes e com dizagem, com distintos itinerários na modalidade presencial como na
uma rapidez incrível. formativos), adaptação (atendimen- educação a distância.
V - a comunicação bidirecional: o to às características psicopedagógi- Por esta razão, a universi-
estudante não é mero receptor de cas de adultos), eficácia (autonomia dade deve ser um centro de desen-
informações, de mensagens; apesar através da integração dos meios e volvimento da autonomia, no qual
da distância, busca-se estabelecer uma comunicação bidirecional), o aluno deve buscar de maneira
relações dialogais, criativas, críticas formação permanente (aprimora- sistemática, responder aos questio-
e participativas. mento constante), economia (de namentos estruturantes do conhe-
A essência da EaD é pois a tempo, de dinheiro, etc.). cimento da área escolhida. Nessa
relação educativa entre o estudan- Como então é utilizado o busca e na forma como organiza e
te e o professor indiretamente, mas processo ilocutório na sala de aula estrutura seu pensamento, ao lon-
“mediada e mediata” (SEBASTIÁN para desenvolver conhecimento na go do estudo, é que reside a impor-
RAMOS, 1990:22), pois se vale de Universidade em duas modalidades tância do uso do texto pelo aluno.
12/Revista Digital
(PASSOS, 2000). O texto como es- na universidade, pelo grau de de- águas entre a sala de aula presencial
truturante deve ser consequência senvolvimento do educando, uma e a sala virtual, pois nesta, também é
natural de quem está a buscar res- aula expositiva dialogada pode possível o momento expositivo dia-
postas e não uma dependência das propiciar alto nível de elaboração logado, por exemplo, em uma web
ideias ou soluções que um professor do conhecimento, desde que haja conferência, recurso em que todos
ou tutor possa apresentar. interação significativa entre a fala estão conectados e utilizando a we-
A interrelação entre a recep- do expositor – ouvinte e o sujeito bcam, interagem em tempo real. Em
ção e produção de textos tem sido – ouvinte e que o educador pro- outros momentos e utilizando-se de
alvo de estudos científicos brasilei- voque os sujeitos para o processo vários recursos disponíveis na plata-
ros com trabalhos de Kato (1990), de conhecer, coloque à disposição forma, o texto é trabalhado de for-
Bastos (1985) e outros, que conso- objetos (materiais, situações) ou ma assíncrona, i.e., cada aluno inte-
lidam uma perspectiva cognitivista indicações que possam levar ao rage com o texto e com seus pares
e textual, porém são os estudos de conhecimento (PASSOS, 2000). em diferentes tempos, por meio de
Vygotsky (1978) e Bakhtin (1995) Neste ponto é que se inse- estratégias próprias com ferramen-
que iluminam a participação do ou- re o texto e o torna um divisor de tas tecnológicas e técnicas de utili-
tro nos processos interacionais. É zação como: listas
nessa reflexão sociointeracionista e de discussão, pes-
construtivista que se abrem as pers- quisa na Internet,
pectivas não apenas para a lingua- entre outras.
gem, mas também para o ensinoa-
prendizagem em EaD.
O aluno virtual e o aluno
presencial construção do
conhecimento perpassa a
questão da técnica utili-
zada porque envolve o su-
jeito como um todo, seu
pensar, seu agir e sentir e,
portanto, depende do elo
significativo estabelecido
ou não, entre a ação do
sujeito e o objeto que lhe
é dado conhecer. Assim,
13/Revista Digital
Tecnologia
na educação

A sistematização, em EaD, zes-autores ao socializarem suas vivo. Esta dinâmica é que me pa-
concretiza-se por atividades que produções em ambiente rico de rece ser mais acentuada em EaD.
são propostas e acompanhadas tecnologia, como fóruns temáti- Os cursos a distância não
pelo formador, com orientações cos, chat, wiki, redes sociais e ou- foram feitos para todos, por exigir
pedagógicas necessárias em ações tros; são “corpos em aprendência”, do aluno uma lista de qualidades,
desafiadoras mediadas pelo com- definição de Assmann (1998) por assim, a automotivação e autodis-
putador, em que professor, tutor e estarem, os atores, “em processo ciplina serão pontos fundamen-
alunos são protagonistas e inter- de aprender” pois é indissociável tais para que ele obtenha sucesso
locutores, atuando como aprendi- o ato de aprender da dinâmica do nos estudos.

UAB-UNB - Encontro Presencial no Polo de Alexânia – Pedagogia -


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sos de produção e recepção de tex- e o interesse estão ligados à emoção


tos, a partir da interlocução na sala e a afetividade, pois já sabe-se que
de aula presencial ou no ambiente a recusa ao aprender nasce de rela-
virtual de aprendizagem. ções inadequadas, estabelecidas na
O texto, como produto só- interlocução escolar. Focalizar no-
cio-histórico e como forma de in- vas estruturas de participação cria-
teração social, realizado por meio das na sala de aula, na interação
da interlocução tem-se desvirtua- verbal e não verbal, na individua-
O aluno no ensino presen- do na simples reprodução de ideias lidade e nas funções de quem fala e
cial, diferentemente, tem outros ob- ou como forma de avaliação e tal- de quem ouve tornaram-se funda-
jetivos, são outras as exigências que vez seja isto, dentre outras coisas, mentais hoje no enfrentamento de
lhes são feitas e nem sempre apre- que esteja promovendo o insucesso incertezas, principalmente na EaD
senta automotivação e autodiscipli- na aprendizagem de maneira geral. em que os alunos parecem precisar
na. Sendo assim, cabe ao professor O aluno quer aprender, de maior confiança nas tarefas que
ao planejar, levar em consideração mas não sabe realizar esta apren- realizam, promover a interação
a importância da interlocução, ou dizagem. Por sua vez, os profes- com o professor e com os colegas
seja, a troca de experiências, a re- sores querem ensinar, mas não possibilitará construir um saber
orientação do que não estiver de introduzem novos significados crítico e norteador de uma prática
acordo e o estímulo para prosseguir produzidos pela intertextualida- diferenciada que atenda a deman-
nessa busca. Aqui encontramos ou- de ou pelas novas tecnologias na da sociedade atual.
tro ponto distinto da EaD, pois o construção do saber. A língua é resultado da in-
que se percebe na modalidade de O papel do professor- teração social e verbal, descritas
ensino presencial é uma carência de -tutor, que sendo também um nos jogos de linguagem de Wit-
estímulos ao uso de outros meios leitor/produtor crítico, encora- tgenstein; é no modo de vida ou
(tecnologia) de dialogia que não ‘a ja, estimula, provoca, de forma no uso social da enunciação e das
voz do professor’. interativa e intencional, a re- condições discursivas que surge a
As Tecnologias da Informa- flexão do aluno sobre seus pró- função da linguagem, seu signifi-
ção e Comunicação e as imagens, prios textos e os textos dos ou- cado e interpretação. Isto é a dia-
aparentemente, elevam o texto a um tros ultrapassando as fronteiras logia de Bakhtin e a ontogênese
segundo plano. Entretanto, o texto da comunicação, tornando-se de Vygotsky. Portanto, a prática
continua vivo. É pelo texto que os mobilizador e impulsionador dialógica do texto, em oposição à
‘internautas’ se comunicam e é pelo da interlocução o que permitirá prática monológica é fundamental
texto que o poeta fala de amor. ao aluno analisar e reestruturar como capacidade de elaboração
Constitui-se então, um de- seus textos, apropriando-se do própria, tão necessária na constru-
safio para educadores e linguistas conhecimento. ção do conhecimento na Universi-
revelarem os processos de constru- O desenvolvimento da inte- dade, seja na sala de aula presen-
ção de conhecimento e os proces- ligência, a cognição, a curiosidade cial ou na Educação a Distância•
15/Revista Digital
Tecnologia
na educação

Wikiteca – Um Repositório
Virtual de Acesso Livre
Bruno X. de Sousa, Pedro A. M. C. Alcântara, Hugo G. Câmara, Luciana D. Cavalcante,
Isaac A. Guimarães, Paulo A. M. de Souza, Li E. E. López

Projeto Wikiteca
Departamento de Engenharia e Ciência da Computação –
Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB)
wikiteca@iesb.br

W
ikiteca é um um material hipermídia ou mul- O Projeto Wikiteca foi
projeto de pes- timídia, um objeto de aprendi- idealizado em 2007 pelo profes-
quisa, que tem zagem interativo, ou ainda re- sor Oscar Akio Nawa, ex-coor-
como finalida- solver problemas e desafios com denador dos cursos de Engenha-
de despertar nos alunos de Ensino característica lúdicas, ligados ao ria, junto com Ricardo Fragelli e
Médio o interesse pelas Ciências quotidiano. O conteúdo do site Fábio Monteiro, professores do
Exatas e a Engenharia. Para tal ajudará também os professores departamento de Engenharia do
fim foi desenvolvido um repositó- de qualquer escola a desenvol- IESB. O projeto recebe o apoio da
rio virtual de acesso livre, um es- verem suas aulas e ajudar a que- FINEP (Financiadora de Estudos
paço virtual onde qualquer pessoa brar a barreira existente entre o e Projetos), empresa pública vin-
pode disponibilizar ou consultar ensino médio e a faculdade. culada ao Ministério da Ciência e
16/Revista Digital
IESB
SGAS Qd. 613/614 Lt. 97 e 98 - Av. L-2
Asa Sul - (61) 3340-3747
SGAN Qd. 609 Mód. D - Av. L-2 Norte
Asa Norte (61) 3340-3747

Tecnologia. O repositório vir- sem isso, permanecem exteriores à A equipe é atualmente co-
tual de acesso livre tem dois inteligência infantil (Piaget, 1976)]; ordenada pelo professor Li E. E.
anos de funcionamento. No 3. Projetos de Campus (vitrine de López dos cursos de Engenharia e
primeiro semestre do projeto, projetos desenvolvidos por alunos Ciência da Computação do IESB,
foram organizadas várias ati- dos cursos de Engenharia do IESB); doutor em Física pela Universidade
vidades visando à capacitação 4. Faça Você Mesmo (área onde de Brasília. O grupo de estagiários
da equipe de alunos engajados são inseridos experimentos que remunerados é formado por estu-
no projeto, na utilização das podem ser desenvolvidos pelos dantes de Ciência da Computação,
ferramentas necessárias. Fo- visitantes do site); Engenharia Elétrica, Engenharia da
ram feitos estudos do software 5. Revisando (amostra de objetos de Computação, Cinema, Publicidade
Macromedia Flash MX, da lin- aprendizagem interativos) e; e Ensino Médio.
guagem Actionscript e da lin- 6. Curiosidades (artigos sobre os A estrutura básica do repo-
guagem PHP. diferentes assuntos de interesse nas sitório está construída; os módulos
Como elemento princi- diferentes áreas do conhecimento e de cadastro, login, bem como os de
pal de trabalho, foi desenvol- do dia a dia). O design do site inclui inserção, manipulação e exibição de
vido o repositório virtual de fatores gráficos (imagens), fatores textos e arquivos foram produzidas
acesso livre: wikiteca.iesb.br. técnicos (navegação e usabilidade) e estão sendo testadas e aperfeiçoa-
Animações em flash e textos e fatores pedagógicos (elaboração das, visando melhorar a usabilidade
sobre diversos assuntos estão de conteúdo e planejamento das in- e segurança; novos materiais para as
disponíveis. De forma criativa terações e interatividades). diferentes áreas do repositório estão
e divertida o estudante apren- Normalmente um material em fase de produção.
de a lidar com os problemas educacional digital torna-se bem Alunos dos diferentes se-
sugeridos. Wikiteca é uma fer- mais atraente quando possui ima- mestre dos cursos de Engenharia
ramenta que tem como obje- gens, ilustrações gráficas ou uma e Ciência da Computação do IESB
tivo, tanto auxiliar os alunos metáfora de interface [Behar e cola- participam do projeto na modali-
nas suas atividades acadêmi- boradores 2009]. dade de atividades complementa-
cas quanto ajudar no trabalho Um dos diferenciais do site res. Durante a etapa de treinamento
em sala de aula de professores está na possibilidade, prévio cadas- dos novos participantes, os alunos
do Ensino Médio. tro, que o internauta tem de enviar estagiários mais experientes atu-
Para interagir com o que o aluno textos produzidos por ele próprio am como monitores no processo
está aprendendo na escola, o site com artigos de caráter científico e de transferência da metodologia e
tem seis grandes áreas, como mos- experimentos atrativos de serem re- a tecnologia empregada; o projeto
trado na Figura 1: alizados. Viabilizando assim, uma nesse aspecto já produziu bons mul-
1. Desafios (desafios lúdicos de ma- troca de informações entre os usu- tiplicadores do conhecimento. Este
temática, física e lógica); ários. Além dos textos, animações fato em si, já representa um gran-
2. Jogos [através dos jogos as crian- em flash permitem aos alunos do de benefício no aspecto acadêmi-
ças e adolescentes chegam a assi- ensino médio interagir com objetos co, pois permite que os alunos dos
milar as realidades intelectuais que, de aprendizagem disponibilizados. cursos de Engenharia e Ciência da
17/Revista Digital
Tecnologia
na educação
Computação do IESB se envolvam objetivo principal do projeto, sendo tou para alunos e professores desse
mais com a faculdade e com os pró- as mais recentes: (i) Nos dias 18, 21 centro de ensino, a proposta peda-
prios cursos, já que são eles que de- e 22 de Junho de 2010 os alunos do gógica que existe por trás do repo-
senvolvem o site. Ensino Médio do colégio Marista de sitório virtual de acesso livre; mos-
Além do site, o Proje- Taguatinga visitaram os cursos de trando as diferentes áreas do site e
to Wikiteca organiza e participa Engenharia do IESB para conhecer a importância do conteúdo para os
também de eventos no IESB e nas os laboratórios e também o projeto discentes e docentes do Ensino Mé-
escolas de ensino médio. Em tais Wikiteca. (ii) No dia 24 de Agosto dio. (iii) No dia 13 de Setembro de
eventos são mostrados projetos de 2010 foi realizado o Evento “IESB 2010 aconteceu no IESB, o evento
de física, eletrônica, computação Live” com a visita dos alunos do denominado “Mostra Campus” com
e outros assuntos que foram feitos Colégio de Ensino Médio “Marista a visita das Escolas: Corjesu, Sagra-
pelos alunos dos cursos de Enge- – João Paulo II” da Asa Norte. O co- da Família, Rogacionista – Guará 2,
nharia e Ciência da Computação ordenador do projeto, Prof. López, Dom Bosco, Notre Dame, Marista,
do IESB, e pela própria equipe do em uma palestra realizada, apresen- JK Asa Norte e Dromus – Sudoeste.
projeto; por exemplo, animações
usando o método do scanimation,
a bobina de tesla, máquina de vá-
cuo, parábolas acústicas, controle
a distância de dispositivos elétri-
cos, etc. Os integrantes do Projeto
promovem atividades interativas
em que os próprios alunos de en-
sino médio têm a oportunidade
de participar na criação e cons-
trução de projetos simples, porém
cativantes, que explicam de forma
prática alguns fenômenos por eles
estudados nas disciplinas de exa-
tas. Logo depois de serem conclu-
ídos podem ser levados para casa
como uma lembrança da partici-
pação deles no evento.
A equipe Wikiteca já partici-
pou de inúmeras atividades com alu-
nos das diferentes escolas de Brasília
e entorno, procurando em todas elas
incentivá-los pelo interesse nas áre-
as de engenharia e ciências exatas,
18/Revista Digital
IESB
SGAS Qd. 613/614 Lt. 97 e 98 - Av. L-2
Asa Sul - (61) 3340-3747
SGAN Qd. 609 Mód. D - Av. L-2 Norte
Asa Norte (61) 3340-3747

Em todas essas atividades alunos dos primeiros semestres dos artigos sobre os mais diversos as-
foram realizadas divulgações do re- cursos de Engenharia. Algumas ve- suntos postados por colaboradores
positório virtual e oficinas relacio- zes, após a realização das atividades, externos. Esses números deverão
nadas ao conteúdo das áreas do site os alunos responderam um ques- aumentar de acordo com os novos
“Faça Você Mesmo” e “Projetos de tionário sobre o interesse deles pe- objetivos traçados. Os objetivos do
Campus”; os alunos das escolas vi- las áreas das exatas e da engenharia projeto a curto e médio prazo são:
sitantes, com a assessoria da equipe, antes e após a visita ao projeto, com (I) revisão completa dos materiais
construíram alguns equipamentos resultados satisfatórios enquanto à já disponibilizados nas áreas do
mecânicos como o Canhão Acús- mudança voltada para a preferência site, (II) produção de novos conte-
tico, elétricos como o Three Way e pelas áreas da engenharia e as exatas. údos para essas áreas;
eletromagnéticos como a Cigarra Atualmente, o repositó- (III) divulgação do site em todas as
Elétrica; e receberam as explicações rio virtual de acesso livre possui escolas de ensino médio do DF;
teóricas e demonstrativas de pro- 100 usuários cadastrados, cerca de (IV) tornar o site cada vez mais in-
jetos que foram desenvolvidos por 2.000 visitas e aproximadamente 60 terdisciplinar e;
(V) converter o repositório virtual
em fonte de consulta imprescindível
para os alunos do ensino médio e
também em um meio que permita
ajudar aos professores a desenvolver
suas aulas usando toda a riqueza do
conteúdo interativo que ele oferece.

Referências

Piaget, J. (1976). “Psicologia e


Pedagogia”, Trad. por Dirceu
Accioly Lindoso e Rosa Ma-
ria Ribeiro da Silva, Forense
Universitária, Rio de Janeiro,
Brasil, p. 160.
Behar, P. A. e colaboradores
(2009) “Modelos Pedagógicos
em Educação a Distância”, Ed.
Artmed, Porto Alegre, Brasil,
Capítulo 2.

19/Revista Digital
Educação,
Globalização
e Interatividade

PEDAGOGIA

INTERATIVA
Sonia Véras

O
s professores estão revo- gógicos, os sistemas de avaliação, as importante não é prender-se a um
lucionando a sua rela- didáticas, as relações interpessoais e só assunto, mas ser capaz de pen-
ção com os alunos. Es- o próprio processo ensino-aprendi- sar analiticamente sobre um tema e
tão saindo do primeiro plano para zagem. Os instrumentos mediado- utilizar a palavra como ponte. Além
um modelo comum onde mestre e res ganharam conversão e amplitu- disso, os alunos passam a focar a
discente se colocam em cena e em de, uma vez que, na reflexão sobre a realidade vol-
interação. Trocam ideias, crescem prática pedagógica, o coletivo preva- tando-se para
em mutualidade. Trazem informa- leceu. As discussões abriram terreno uma análise
ções que precisam ser digeridas no para a busca do consenso e para a do contexto,
palco. As dúvidas passam a ser ele- composição de uma prática eficaz. seus meandros,
mentos instigadores da curiosidade. Professor e aluno começa- navegando na obser-
A academia está em mo- ram a caminhada para a aprendi- vação de vantagens e des-
vimento. O elemento fundante do zagem interativa onde ambos su- vantagens sobre a
processo pedagógico deixou de ser gerem, questionam, pesquisam e adoção de determi-
a informação registrada, via livro, buscam alternativas de solução. Os nadas alternativas. Da
para voltar-se para a informação crivos de respostas foram colocados análise, perpassam a síntese
nova originada da revista, do filme, de lado. O definitivo cedeu espaço onde estão possibilitados a in-
da notícia da mídia, da discussão na para o provisório. terferir contribuindo para o aper-
rua e do problema da comunidade. Quebrar um paradigma sig- feiçoamento de seus contextos, ou-
Os conteúdos dos programas pre- nificou ser capaz de submeter-se aos sando.
cisaram ser revistos para atender a riscos, transgredir e ousar buscar A ação de Empreender pas-
esta nova demanda epistemológica respostas novas, questionando as sa a se constituir pela concretude
– o conhecimento humano atual. ortodoxas. O espírito empreende- de uma iniciativa. É no exercício da
Flexibilizaram-se todos os dor chegou aos bancos escolares. prática que os alunos deixam de só
elementos: os livros, os currículos, Os alunos já estão sendo capazes de teorizar para vivenciar o aprendiza-
os cursos, os procedimentos peda- sugerir temas para redação, pois o do conceitual, tão bem explicitado
20/Revista Digital
UNIEURO
Av. das Nações, Trecho 0, Conj. 5 -
Asa Sul - (61) 3445-5888
SGAN 916, Conjunto D, Asa Norte -
Brasília - DF.
(61) 3445-5700 / (61) 3445-5701

pelas clássicas bibliografias de nos- onde o aluno seja ensejado a criar e Estão hoje em parceria e in-
sos cursos de graduação. a ultrapassar os rigores e as frontei- teração os principais personagens
No Brasil pudemos ob- ras da teoria. Os conteúdos versam do processo educativo - o professor
servar experiências em algumas sobre: e o aluno. E no atual momento de
das universidades que incluí- •Trabalhar de forma cooperativa; globalização, trocam de papel conti-
ram, em suas práticas curricula- •Identificar necessidades do nuamente. Abandonam as posições
res, conteúdos e atividades que mercado; tradicionais da sala de aula: palco e
propiciassem o planejamento e •Estruturar Planos de Negócios plateia.
implantação de pseudoempre- atendendo às demandas das co- Uma vez em ação agem co-
sas, como oficinas de aprendi- munidades; operativa e interativamente, pois
zagem, para a compreensão do •Desenvolver a comunicação hu- reconhecem e validam o sentido da
empreendedorismo. Os peque- mana; construção do conhecimento coleti-
nos negócios foram sendo incu- •Intervir com responsabilidade vo. Sabedoria esta que seja capaz de
bados, gerados e viabilizados em social em uma comunidade; gerar solidariedade, para agregar e
sala de aula. •Aprender a lidar com finanças; para iluminar formas de vida mais
Ao professor •Liderar grupos e comunidades prazerosas e sustentáveis.so de .
está ca- locais; veras.sonia@gmail.com
bendo a •Socializar noções sobre a legisla- 61-99813084
tarefa de ção trabalhista e tributária;
propi- •Analisar e avaliar o cumprimento
ciar um dos direitos humanos de crianças,
a m - jovens e adultos.
bien-
te de Sonia Véras
apren-
dizagem Pedagoga com Mestrado
em Educação. Especialista
em EAD e Treinamento de
Recursos Humanos.

Psicopedagoga Clínica.
Coordenadora do curso de
Pedagogia da Unieuro.
veras.sonia@gmail.com
61-9981 3084

21/Revista Digital
Tecnologia
e Inovação
Guerra de Robôs do IESB
Ciência e Diversão
em um Único Evento
Patrícia Moscariello Rodrigues

A
Guerra de Robôs do sando em torno de 15 Kg, duelaram sidade de robôs, que encantaram o
IESB foi o mais recen- na arena montada no pátio do IESB, público ali presente, principalmente
te evento tecnológico exibindo o potencial de seus alunos aos pais dos alunos participantes.
da instituição. A equipe do Proje- para a construção dos robôs. Com Todas as equipes tiveram em
to Inovador moldou e organizou oito equipes participando do even- torno de dois meses para a cons-
as equipes, regras e premiações do to, cada uma com cerca de seis in- trução dos seus projetos, auxiliados
evento. Máquinas destrutivas, pe- tegrantes, houve uma grande diver- pelos Instrutores de Engenharia do
22/Revista Digital
IESB
SGAS Qd. 613/614 Lt. 97 e 98 - Av. L-2
Asa Sul - (61) 3340-3747
SGAN Qd. 609 Mód. D - Av. L-2 Norte
Asa Norte (61)
3340-3747

muitas máquinas não


chegaram a R$ 500,00, ti-
veram grupos que gasta-
ram somente o preço das
Projeto Inovador. Cativados pelo delos dos alunos ficaram prontos baterias (R$ 80,00).
interesse eletrônico e mecânico dos muito tarde. Devíamos ter previsto No dia do evento, mais de
robôs, alunos de diversos semes- isso antes.”, comentam os organi- 200 pessoas compareceram para
tres do IESB, inclusive dos primei- zadores. No entanto, alguns robôs deslumbrar-se com o feito dos alu-
ros semestres, uniram-se para esta funcionaram corretamente e deram nos do IESB. Um grupo surpresa,
primeira Guerra de Robôs. “Nunca um verdadeiro show no palco. previamente combinado com os
pensei que fosse mexer com esse Apesar do imprevisto com organizadores, apareceu com uma
tipo de coisa aqui na faculdade. An- os controles RF fabricados pelos espécie de carro de controle remo-
tes estava em dúvida sobre qual en- alunos, os instrutores contam que é to modificado e deu um baile nos
genharia fazer, mas estou mexendo inviável a utilização de controles de grande e pesados robôs. Mas a fes-
até com mecânica, acho que escolhi modelismo, “Ao invés de pedir para ta do pequenino não durou muito
o curso certo.”, disse um dos alunos os alunos comprarem controles de tempo, depois de algumas mano-
do primeiro semestre. aeromodelos que custam em torno bras evasivas o robô Tubarão (com
Entretanto nem tudo foi de R$1000,00, ultrapassando o valor uma terrível serra horizontal pro-
perfeito, os organizadores do evento do próprio robô, construí-los refor- eminente) destroçou o pequenino
encontraram alguns problemas, “A ça a aprendizagem e ao mesmo tem- (apelidado de “Demo”) e pedaços
maioria dos robôs ficaram prontos po diminui em 12 vezes os custos! voaram para todos os lados da are-
aos 48 minutos do segundo tem- Queríamos mostrar que é possível na, levando o público ao delírio.
po.”, descreve um dos instrutores; construir esses equipamentos com Em agosto de 2011 aconte-
mas revela que ficou satisfeito com baixo custo para termos o maior nú- cerá a segunda Guerra de Robôs
o resultado e envolvimento dos es- mero de participantes possível.” do IESB, série super heróis. Onde
tudantes, além da repercussão posi- Os organizadores também cada robô representará algum su-
tiva entre os alunos de ensino médio contam que o conjunto contro- per herói. Cada equipe deverá vir
também presentes no evento. le sem fio RF e placa receptora e vestida a caráter e cada robô fará
Os controles RF (Rádio Fre- atuadora do robô não saíram por uma apresentação na arena antes
qüência) foram o verdadeiro ponto mais de R$ 80,00. A construção fi- da batalha. A guerra será aberta
fraco, pois sofreram com diversas nal de cada robô ficou mais barata a competidores externos à facul-
interferências durante a guerra. do que foi planejado pelos organi- dade, desde que inscritos e dentro
“Não conseguimos realizar os devi- zadores, “Esperávamos gastar cer- das normas específicas de segu-
dos testes com os controles, os mo- ca de R$ 600,00 a R$ 700,00, mas rança e construção dos robôs.
23/Revista Digital
Tecnologia
Investigativa
Na pista dos
hackers
Dois jovens empreendedores inovam no mercado local
com investigação de crimes digitais
Frederico Palladino

E
m 2009, foram identificados no
Brasil mais de 350 mil ações
de hackers na internet. De
janeiro a março desse ano, 28
mil casos já haviam sido constatados. Esse
alto número de ataques está diretamente
ligado ao crescimento do uso da internet
no país. A cada dia, mais pessoas usam a
rede para efetuar compras, concluir
negócios e partilhar documentos.

Pensando nisso, os irmãos


Salus e Anderson Resende
Moraes, 27 e 29 anos, de-
cidiram montar uma em-
presa que investigasse
esses casos e ajudas-
se seus clientes a
evitá-los. Assim
surgiu a TIF,
Tecnologia da
Informação e Fo-
rense, que desen-
volve um trabalho
24/Revista Digital
Católica
QS 07 Lote 01 EPCT, Águas Claras - Taguatinga/DF
Asa Norte - SGAN 916 Avenida W5 - Brasília/DF
Asa Sul - SHIGS 702 Conjunto 2 Bloco A - Brasília/DF

de perícia em organizações do tomamos conhecimento do lises que realizam nas redes


e instituições privadas para edital da ITEC-UCB corremos e computadores dos clientes,
identificar a origem de ata- com o projeto e fomos selecio- eles elaboram um laudo que
ques cibernéticos, vazamento nados”, conta Anderson. define a origem dos problemas
de dados, violação de sistema, Os irmãos Moraes tem e que pode ser usado, inclusi-
entre outros. graduações diferentes. Salus se ve, como embasamento para
A iniciativa dos jovens é formou em Relações Interna- um processo judicial em situ-
pioneira em Brasília e sua rea- cionais e agora cursa Adminis- ações mais graves.
lização foi possível graças à In- tração. Anderson é formado em E a TIF está prestes a con-
cubadora Tecnológica de Em- Tecnologia da Informação e está quistar mais visibilidade. Dia 31
presas e Cooperativas (ITEC) prestes a concluir a pós-gra- de agosto, Salus e Anderson via-
da Universidade Católica de duação em Perícia Digital pela jam para o Rio de Janeiro para
Brasília, que oferece apoio lo- UCB. Diante do que considera- participar da VIII Rio Info, uma
gístico, estrutural e jurídico a ram uma abertura no mercado, feira internacional de negócios
empreendimentos inovadores. resolveram investir juntos na da informática, que reunirá
“Há cerca de um ano estávamos ideia. O objetivo é se estabelecer 1.500 congressistas entre empre-
planejando criar a TIF, e quan- no mercado brasiliense e incre- sas portuguesas, francesas, es-
mentar cada vez mais sua ação panholas e de outros países. “A
investigativa. Depois das aná- participação na Rio Info vai ser
muito importante para apresen-
tar o nome da TIF e conhecer
melhor o mercado carioca,
que na área forense está
muito mais madu-
ro que o do
Distrito
Federal”,
comenta
Salus.
Tecnologia
e meio ambiente

Visão Sustentável

Tecnologia social e projetos de extensão


ecologicamente corretos fazem parte das preocupações
da Universidade Católica de Brasília

Thaisa Abreu

Estrutura do celogs construida com tijolos artesanais_ by_thaisa_abreu


Católica
QS 07 Lote 01 EPCT, Águas Claras - Taguatinga/DF
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Água da chuva vai direto para o criatório de peixes_ by_thaisa_abreu Aquecimento solar da água a baixo custo_ by_thaisa_abreu

N
as últimas décadas coordenadores, “Esse é um projeto ram para a realização do trabalho.
muito tem se falado de de extensão que promove atividades Entre as atividades do CE-
sustentabilidade. Mas voltadas para a logística de subsis- LOGS estão o aproveitamento do
o que é ser sustentável? É causar o tência com aplicação de tecnologia solo para fabricação de tijolos,
menor impacto possível ao meio social, envolvendo o desenvolvi- da luz solar para aquecimento da
ambiente, conseguindo recons- mento sustentável e a justiça social”. água, da hidráulica para evitar o
truir o que foi degradado. Esse tem Em julho de 2008, represen- consumo de energia elétrica, equi-
sido o desafio de muitas empresas, tantes da Georgetown University, pamentos de baixo custo para de-
a nível mundial, que mostram ser em visita à UCB, mostraram inte- sidratação de frutas e desinfecção
possível aumentar a rentabilidade resse em firmar parceria em proje- de água e um modelo de captação
sendo sustentável. Pensando nisso, tos sobre aplicação de tecnologias de água da chuva que colabora no
a Universidade Católica de Brasília sociais. No mesmo ano, o Exército manejo da piscicultura familiar
(UCB) desenvolve projetos volta- Brasileiro multiplicou sua experi- (criação de peixes) com produção
dos para essa área. ência na área. Em março de 2009, de hortaliças, como proposta sus-
Aproveitar recursos naturais a Reitoria da Católica implantou tentável de alimento (aquaponia).
como solo, água da chuva, energia o CELOGS no Campus I da Uni- Difundir conhecimentos para que
solar, energia hidráulica e, no futu- versidade, convidando o professor as pessoas estendam essas ativida-
ro próximo, energia eólica. Esse é o Marcelo Felippes, que desde o início des em suas próprias casas também
trabalho do Campo-Escola de Lo- estava envolvido no processo, para faz parte do projeto, que se estende
gística de Subsistência (CELOGS) orientar sua execução. Desde as pri- a todo o Distrito Federal.
da UCB, que tem como essência a meiras fases de instalação física, os Os interessados podem co-
preocupação com a sustentabilida- estudantes e a comunidade ligada à nhecer as instalações. O projeto re-
de. Segundo Nilo Mendes, um dos Universidade motivaram e coopera- cebe diferentes tipos de visitantes,
27/Revista Digital
As algas alimentam os peixes e oxi-
genam a água dispensando o uso de
ração_ by_thaisa_abreu
como autoridades, comitivas, profes-
sores, grupos escolares, entre outros,
todos acompanhados por instrutor.
Outros projetos de extensão
No primeiro semestre de 2010, o de-
putado federal Rodrigo Rollemberg A preocupação ambiental da Informação, e Luiz Kitajima,
(PSB-DF), que tem interesse em criar da Universidade Católica de Bra- coordenador do curso de Gestão
emenda parlamentar para ampliar o sília não para por aí. Em meio aos Ambiental da UCB. De acordo
projeto CELOGS, por meio da im- seus projetos de extensão estão o com Ciro Duarte, um dos alunos
plantação de um Centro Vocacional “E-lixo Universitário”, também co- do projeto, “o trabalho é realizado
Tecnológico - CVT, com enfoque nhecido como “Reiniciar”, em que com os computadores da Católica.
principal na tecnologia social, co- 10 alunos da Instituição trabalham Peças de outras máquinas são reuti-
nheceu o Campo-Escola. com a reciclagem de computado- lizadas e um computador que antes
Crianças do 3º ano funda- res e criam uma solução susten- era inutilizado, se torna útil para
mental do Centro Educacional Ca- tável para diminuir o impacto do alguém”. Além disso, as peças que
tólica de Brasília também tiveram a lixo eletrônico na instituição, e o antes não tinham valor nenhum
oportunidade de aprender um pouco “Projeto de Educação Ambiental e iriam direto para as lixeiras se
sobre o aproveitamento dos recursos (PEA)” que difunde, na instituição, tornam chaveiros, colares, porta-
naturais de uma forma sustentável, práticas como coleta seletiva e con- -caneta, porta-jóias, porta-cartão e
com simplicidade, baixo custo e fácil servação de energia. computadores que são restaurados,
aplicabilidade. A ideia do “Reiniciar” foi beneficiam as comunidades educa-
Segundo Mendes, "desenvol- desenvolvida pelos pro-
ver técnicas com o objetivo de edu- fessores Sebastião Eus-
car as pessoas para o uso de recursos táquio, coordenador do
naturais para a própria subsistência é curso de Logística; Guale-
importante no momento em que se ve, coordenador do curso
vive uma crise ambiental". de Gestão da Tecnologia

Dispositivo permite a extração de água do poço artesiano sem Professor Nilo Mendes mostra como construir os
bomba elétrica_ by_thaisa_abreu reservatórios de água_ by_thaisa_abreu

30/Revista Digital
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tivas que tem parceria com a UCB. de reuso, a conservação de energia


Já o PEA, que iniciou suas ativida- elétrica, a racionalização do uso da
des em agosto de 1999, tem como água e outros. As inscrições estão
Serviço
objetivo realizar, dentro da Univer- sempre abertas, pois novos grupos
CELOGS
sidade Católica de Brasília, o uso são constantemente organizados”.
Responsável:
responsável dos recursos naturais, Dentre os materiais recolhi- Marcelo Augusto de Felippes
o desenvolvimento de atividades dos, que são reciclados ou reapro- Contato:
de sensibilização e de mudanças veitados, estão papel, plástico, metal mfelippes@ucb.br
de hábitos, além de mudanças ins- e orgânico, além de campanhas para
trumentais nas diversas operações arrecadação de PETs, caixas Tetra- E-lixo Universitário
diárias dos processos administrati- pak, latas, pilhas e baterias de celu- Responsáveis:
vos da UCB, todos esses trabalhos
lar, sendo os responsáveis pela cole- Ciro ou Lucas
voltados para a qualidade de vida.
ta os Catadores da Cooperativa de Contato:
Segundo Lyvia Giselle Bay-
Materiais Recicláveis – RECICLO. projeto.reiniciar@gmail.com
ma Campos, gestora do PEA, “quem
De acordo com Campos, 3356-9686
quiser também pode ser voluntário
no projeto, mesmo não sendo estu- “para o 2° semestre de 2010 há ex-
pectativa de aquisição de coletores PEA
dante, apoiando às múltiplas tare-
adequados para salas de aula, labo- Responsável:
fas dos sub-projetos, como a coleta
ratórios e escritórios, para otimizar a Lyvia Giselle Bayma Campos.
seletiva, a compostagem, a central
coleta seletiva na UCB”. Contatos:
lyviac@ucb.br
educacaoambiental@ucb.br
(61) 3356 9094

Professor Nilo Mendes explica como as algas ajudam na criação


dos peixes_ by_thaisa_abreu

31/Revista Digital
Tecnologia
e Integração

Mil policiais militares colam


grau no ensino superior
Curso de Tecnologia em Segurança e Ordem
Pública da UCB forma primeira turma
Frederico Palladino

C
erca de mil policiais dois anos, acontece em ambiente Participaram da mesa a pri-
militares do DF tro- virtual e busca atuar como gerador meira dama do DF Karina Rosso,
caram as fardas pelas e indutor de soluções em ativida- o Comandante Geral da PM Cel.
becas na solenidade de colação de des relacionadas à prevenção da Luis Rodrigues, o reitor da Univer-
grau da primeira turma do curso violência e da criminalidade. sidade Católica de Brasília Pe. José
superior de Tecnologia em Segu-
rança e Ordem Pública (TecSOP),
da Universidade Católica de Bra-
sília - UCB Virtual. A cerimônia
aconteceu no Centro de Conven-
ções Ulysses Guimarães nessa
quarta-feira, 18 de agosto.
O curso foi criado a par-
tir de uma demanda do Governo
do Distrito Federal com o projeto
Policial do Futuro, que tem o ob-
jetivo de oferecer capacitação su-
perior aos policiais militares da
cidade. O TecSOP tem duração de Formação dos policiais_by_alephe_moraes (4)
32/Revista Digital
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Asa Norte - SGAN 916 Avenida W5 - Brasília/DF
Asa Sul - SHIGS 702 Conjunto 2 Bloco A - Brasília/DF

Romualdo Degasperi, o Diretor


da UCB Virtual Francisco Bote-
lho, o chefe do Departamento de
Educação e Cultura da PM Cel.
Suamis Santana da Silva, o patro-
no da turma Cel. Ricardo Mar-
tins, a paraninfo professora Mar-
celle Gomes e o Paraninfo Prof.
Nelson Gonçalves de Sousa.
Representando todos os forman-
dos, o policial Marcos Antônio Formação dos policiais_by_alephe_moraes (3)
Serra falou sobre os obstáculos guiríamos chegar ao fim com tan- confiança de todos e sei que vo-
superados. “Não acreditávamos tos fóruns, trabalhos e prazos. Hoje cês serão protagonistas de um novo
que ainda seria possível cursar o alcançamos nossos objetivos e nos tempo na segurança do DF e não é
ensino superior. Quando o curso tornamos melhores profissionais. menos que isso que espero de vo-
começou pensávamos se conse- Fazemos parte dessa mudança na cês”, disse aos formandos.
PMDF, que se “Se alguém tinha dúvida so-
diferencia por bre a Educação a Distância, essa é a
antes e depois prova de que é possível”, disse o rei-
do TecSOP”, de- tor da UCB, Pe José Romualdo, no
clarou orgulho- início de seu discurso. Para ele, o
so. rigor da PM e a disciplina da Uni-
A pro- versidade Católica somaram forças
fessora Marcele e ensinaram valores. “Vocês apren-
Gomes discur- deram a ética, justiça, cidadania,
sou sobre o bom vida, respeito e como mediar confli-
relacionamento tos. Agora troquem o cassetete pelo
entre professo- respeito à pessoa e usem as armas da
O diretor da UCB virtual Francisco Botelho e o reitor da UCB padre
res e alunos. honestidade, pois se você quer paz
José Romualdo Degasperi_by_alephe_moraes “Agradeço a deve lutar pela justiça”, afirmou.
33/Revista Digital
Formação dos policiais_by_alephe_moraes (2)
Marketing
Fidelidade do aluno só
com bom relacionamento
Wilson Lopes

V
ários são os elemen- de formadores de opinião através truir e manter uma rede de relacio-
tos de comunicação de de textos em jornais e revistas namentos com alunos, através de
marketing. Todos de enoticiário de televisão. contatos interativos, com a finalida-
vital importância para as institui- Transformar esses 88 % de de agregar mais valor na relação
ções de ensino. Porém, um deles, em imagem favorável é uma tarefa entre ambos. Sua versatilidade não
o marketing de relacionamento, que pode ser entregue a um bom fica só aí. Suas operações podem ser
possui papel relevante, dentro do planejador de marketing de rela- estendidas, também, para os deno-
contexto atual de muita concorrên- cionamento. minados “prospects”, ou seja, possí-
cia e de pouca verba que as insti- veis novoscliente, ou, alunos.
tuições possuem para investimento
em marketing. Isso porque, têm O que é marketing de
a capacidade de agregar em seus relacionamento? O marketing de rela-
processos de desenvolvimento ou- cionamento é formado
tros elementos de marketing, uma que é Criado inicialmente para pela integração das
ação que engloba a efetividade de a manutenção dos clientes atuais, seguintes ferramentas
muitas outras. Dessa forma, pode portanto para manter afidelização, o de comunicação:
contribuir para o efetivo uso da co- marketing de relacionamento extra-
municação integrada de marketing, polou esse primeiro conceito e já é Telemarketing:
que por sua vez é a melhor forma utilizado para captar novos clientes. • Ativo, quando a empresa depois
de relacionamento das instituições Portanto, temos aí uma de produzir um “script” específico e
com seus diversos públicos. ferramenta de comunicação que de posse de uma listagem de nomes
Pesquisa realizada pela Hope permite não só à instituição man- de “prospects” faz contatos que po-
Comunicação e Marketing(data não ter os alunos atuais como também dem ser por telefone ou por celular;
divulgada), registra que a imagem ajudar a “prospectar” no mercado • Passivo, quando a empresa man-
de instituições de ensino é forma- novos alunos. da mensagem para o “prospect”
da da seguinte forma: 12% a partir O marketing de relaciona- provocando o retorno por telefo-
da propaganda da instituição,88% a mento em instituições de ensino é ne. A qualidade do “script” e de
partir do depoimento de quem es- formado por um conjunto de ações, quem usa o “script” – o atendente,
tudou na instituição edepoimento cuja finalidade é identificar, cons- é que faz a diferença.
36/Revista Digital
E- mail marketing:
É a ferramenta de marketing digi-
tal que necessita de um trabalho de
muita sutileza e cuidado. Para o pú-
blico interno pode ser utilizado sem
Centro de atendimento: muita preocupação, mas, sem antes
Local específico para o atendimen- consultar se o futuro destinatário
to pessoal. O atendimento de qua- permite o envio de mensagens via
lidade nos centros de atendimento e-mail. Já para os “prospects” o cui-
se dá por meio da interação entre dado deve ser maior para não passar
três fatores organizacionais: a estru- de um mero “spam”.
tura preparada para o atendimento,
Marketing eletrônico: o desenho dos processos de aten-
É a utilização dos diversos recur- dimento e o preparo adequado das
sos que a internet propicia. A mais pessoas que fazem o atendimento.
nova ferramenta do marketing ele- Se qualquer um desses elementos
trônico é o “HOT SITE” que é um não estiver no mesmo nível dos de-
site de tamanho menor, preparado mais, o atendimento perde, e muito,
para apresentar uma ação pontual em qualidade.
de comunicação. Possuem tem-
po de vida útil determinado e são
ligados a uma ação de marketing
ou comunicação específica. Ge-
ralmente os hotsites possuem um
apelo visual maior e são mais foca-
dos em um público específico, tra-
duzindo a expectativa deste alvo.
A publicidade em sites – das mais
diversas formas possíveis é outra
forma de marketing eletrônico.
38/Revista Digital
Católica
QS 07 Lote 01 EPCT, Águas Claras - Taguatinga/DF
Asa Norte - SGAN 916 Avenida W5 - Brasília/DF
Asa Sul - SHIGS 702 Conjunto 2 Bloco A - Brasília/DF

SMS:
Serviço de Mensagens Curtas ou
Short Message Service (SMS) é um
Seminários e Exposições: serviço disponível em telefones celu-
Típica atividade de relações públicas. lares digitais que permite o envio de
Trata-se em promover encontros pe- mensagens curtas (até 255 caracteres
Mala Direta: riódicos com os diversos públicos da em GSM e 160 em CDMA) entre es-
Recurso de marketing que vem sen- instituição, com temas de alta rele- tes equipamentos e entre outros dis-
do pouco utilizado devido ao custo vância apresentados por renomados positivos de mão (handhelds), e até
ser mais elevado do que as mídias profissionais que podem ser, ou não, entre telefones fixos (linha-fixa).
digitais. Porém, quando trabalhado da própria instituição. É uma rara
com qualidade possui uma boa efi- oportunidade de relacionamento
cácia, principalmente se associado com o público externo e interno.
a outras formas de comunicação.
De uma forma mais simples, trata-
-se do envio dos materiais impres-
sos produzidos pela instituição. Sua
dificuldade está na necessidade de
possuir um apelo promocional for-
te, como, por exemplo, um descon-
to na mensalidade.
Doutorando em Educação
pela Universidade Católica de
Brasília;
Mestrado: Universidade Fede-
ral de Santa Catarina – Facul-
dade de Engenharia de Produ-
ção e Sistemas.
Área de pesquisa: Análise
organizacional.
Conclusão: 2004;
Graduação: Faculdade de
Economia e Finanças do Rio
de Janeiro.
Curso: Administração de Em-
presas

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