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ICS HOMOLOGAÇÃO
13.020.10 Termo de Homologação n.º 58/2017, de 2017-03-30
A presente Norma substitui a NP EN ISO 14004:2012 (Ed. 1)
ELABORAÇÃO
CORRESPONDÊNCIA CT 150 (APA)
Versão portuguesa da EN ISO 14004:2016
2ª EDIÇÃO
2017-04-17
CÓDIGO DE PREÇO
X020
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T1
C
NORMA EUROPEIA EN ISO 14004
EUROPÄISCHE NORM
NORME EUROPÉENNE
EUROPEAN STANDARD março 2016
Versão portuguesa
Sistemas de gestão ambiental
Linhas de orientação gerais sobre implementação
(ISO 14004:2016)
50
A presente Norma é a versão portuguesa da Norma Europeia EN ISO 14:2016, e tem o mesmo estatuto que
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as versões oficiais. A tradução é da responsabilidade do Instituto Português da Qualidade.
Esta Norma Europeia foi ratificada pelo CEN em 2016-03-01.
Os membros do CEN são obrigados a submeter-se ao Regulamento Interno do CEN/CENELEC que define
as condições de adoção desta Norma Europeia, como norma nacional, sem qualquer modificação.
Podem ser obtidas listas atualizadas e referências bibliográficas relativas às normas nacionais
correspondentes junto do Secretariado Central ou de qualquer dos membros do CEN.
A presente Norma Europeia existe nas três versões oficiais (alemão, francês e inglês). Uma versão noutra
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língua, obtida pela tradução, sob responsabilidade de um membro do CEN, para a sua língua nacional, e
notificada ao Secretariado Central, tem o mesmo estatuto que as versões oficiais.
Os membros do CEN são os organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha,
Áustria, Bélgica, Bulgária, Croácia, Chipre, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia,
França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Países
Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, Republica Checa, República da Macedónia, Roménia, Suécia,
Suíça e Turquia.
CEN
Comité Europeu de Normalização
Europäisches Komitee für Normung
Comité Européen de Normalisation
European Committee for Standardization
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Sumário Página
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p. 6 de 78
Preâmbulo
A presente Norma (EN ISO 14004:2016 foi elaborada pelo Comité Técnico ISO/TC 207 “Envinmental
management”.
A esta Norma Europeia deve ser atribuído o estatuto de Norma Nacional, seja por publicação de um texto
idêntico, seja por adoção, o mais tardar em setembro de 2016, e as normas divergentes devem ser anuladas, o
mais tardar em setembro de 2016.
Pode acontecer que alguns dos elementos do presente documento sejam objeto de direitos de propriedade. O
CEN (e/ou o CENELEC) não deve ser responsabilizado pela identificação de alguns ou de todos esses
direitos.
A presente Norma foi elaborada no âmbito de um mandato atribuído ao CEN pela Comissão Europeia e pela
Associação Europeia de Comércio Livre e vem apoiar os requisitos essenciais da(s) Diretiva(s) da UE.
A presente Norma substitui a EN ISO 14004:2016.
Nota de endosso
50
No que se refere às relações com a(s) Diretiva(s) UE, consultar o Anexo informativo ZA, que constitui parte
O texto da ISO 14004:2016 foi aprovado pelo CEN como EN ISO 14004:2016, sem qualquer modificação.
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Introdução
Atingir um equilíbrio entre o ambiente, a sociedade e a economia é considerado fundamental para satisfazer
as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras para satisfazerem as suas
necessidades. O desenvolvimento sustentável como objetivo é atingido através do equilíbrio dos três pilares
da sustentabilidade: ambiente, sociedade e economia.
As organizações, públicas ou privadas, grandes ou pequenas, em economias desenvolvidas ou emergentes,
têm um impacte no ambiente e podem, por sua vez, ser afetadas pelo ambiente. Existe um conhecimento
crescente de que o desenvolvimento humano e o bem-estar estão dependentes da conservação e preservação
dos nossos recursos naturais, dos quais dependem todas as atividades e produção humanas. Atingir um bom
desempenho ambiental requer o compromisso das organizações com uma abordagem sistemática e com a
melhoria contínua do sistema de gestão ambiental.
As expectativas da sociedade estão a desencadear a necessidade de melhorar a gestão dos recursos
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necessários para suportar o desenvolvimento humano, através de uma maior eficiência, transparência e
responsabilização para todas as organizações. Existem pressões crescentes no ambiente, decorrentes das
alterações climáticas, do consumo excessivo de recursos e dos desafios criados pela degradação dos
ecossistemas e perda de biodiversidade.
O objetivo desta Norma é o de fornecer às organizações as orientações para um enquadramento comum, de
forma a estabelecer, implementar, manter e melhorar continuamente um sistema para suportar uma melhor
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gestão ambiental. Este enquadramento de gestão ambiental deverá contribuir para o sucesso a longo-prazo da
organização e para o objetivo global de sustentabilidade. O enquadramento de um sistema de gestão
ambiental robusto, credível e confiável está representado na Figura 1. Inclui:
compreender o contexto em que a organização opera;
determinar e compreender as necessidades e expectativas relevantes das partes interessadas que se
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Figura 1 – Modelo de sistema de gestão ambiental para esta Norma
Os resultados de uma abordagem sistemática à gestão ambiental podem fornecer à gestão de topo dados
quantitativos e qualitativos que permitam decisões de negócio informadas que suportem o sucesso a longo-
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prazo e criem opções para contribuir para o desenvolvimento sustentável. O sucesso do sistema de gestão
ambiental depende do compromisso a todos os níveis e funções da organização, liderado pela gestão de topo.
As oportunidades incluem:
a proteção do ambiente, incluindo a prevenção ou redução de impactes ambientais adversos;
o controlo ou influência da forma como os produtos e serviços são concebidos, fabricados, distribuídos,
utilizados e eliminados;
a adoção de uma perspetiva de ciclo de vida para prevenir a transferência involuntária de impactes
ambientais para outra etapa do ciclo;
a obtenção de benefícios financeiros e operacionais que podem resultar da implementação de alternativas
ambientalmente sólidas que fortalecem a posição da organização no mercado;
a comunicação da informação ambiental às partes interessadas relevantes.
Para além de um desempenho ambiental melhorado, os potenciais benefícios associados a um sistema de
gestão ambiental eficaz incluem:
assegurar aos clientes o compromisso da organização com a gestão ambiental;
manter boas relações com o público e com as comunidades;
satisfazer os critérios dos investidores e melhorar o acesso ao capital;
melhorar a imagem e a quota de mercado;
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Embora as orientações da presente Norma estejam de acordo com o modelo do sistema de gestão ambiental
da ISO 14001, não se pretende fornecer interpretações sobre os requisitos da ISO 14001.
2 Referências normativas
Não existem referências normativas.
3 Termos e definições
Para os fins do presente Documento Normativo aplicam-se os seguintes termos e definições:
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NOTA 3 à secção: O âmbito de um sistema de gestão pode incluir toda a organização, funções específicas e identificadas da
organização, secções específicas e identificadas da organização, ou uma ou mais funções dentro de um grupo de organizações.
3.1.4 organização
Pessoa ou conjunto de pessoas que tem as suas próprias funções com responsabilidades, autoridades e
relações para atingir os seus objetivos (3.2.5).
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NOTA 1 à secção: O conceito de organização inclui, mas não se limita a, trabalhador independente, companhia, corporação, firma,
empresa, autoridade, parceria, instituição de caridade ou outra, ou parte ou combinação das mesmas, dotadas ou não de
personalidade jurídica, de direito público ou privado.
3.2.1 ambiente
Envolvente na qual uma organização (3.1.4) opera, incluindo o ar, a água, o solo, os recursos naturais, a
flora, a fauna, os seres humanos e as suas inter-relações.
NOTA 1 à secção: A envolvente pode estender-se do interior da organização ao sistema local, regional e global.
NOTA 2 à secção: A envolvente pode ser descrita em termos de biodiversidade, ecossistemas, clima ou outras características.
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3.2.5 objetivo
Resultado a atingir.
NOTA 1 à secção: Um objetivo pode ser estratégico, tático ou operacional.
NOTA 2 à secção: Os objetivos podem referir-se a diferentes disciplinas (tais como financeira, de saúde e segurança e ambiental) e
podem ser aplicados a diferentes níveis (tais como estratégico, da organização, de projeto, de produto, de serviço e de processo
(3.3.5)).
NOTA 3 à secção: Um objetivo pode ser expresso de outras formas, como p. ex. um resultado pretendido, uma finalidade, um
critério operacional, um objetivo ambiental (3.2.6) ou através da utilização de outras palavras com significado semelhante (p. ex.
intenção ou meta).
Utilização de processos (3.3.5), práticas, técnicas, materiais, produtos, serviços ou energia para evitar,
reduzir ou controlar (separadamente ou em combinação) a produção, emissão ou descarga de qualquer tipo
de poluente ou resíduo, com vista à redução dos impactes ambientais (3.2.4) adversos.
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NOTA 1 à secção: A prevenção da poluição pode incluir a redução ou eliminação na origem; alterações de processos, produtos ou
serviços; uso eficiente dos recursos; substituição de materiais e energia; reutilização; recuperação; reciclagem; regeneração ou
tratamento.
3.2.8 requisito
Necessidade ou expectativa expressa, geralmente implícita ou obrigatória.
NOTA 1 à secção: ―Geralmente implícita‖ significa que é hábito ou prática comum para a organização (3.1.4) e para as partes
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3.2.10 risco
Efeito da incerteza.
NOTA 1 à secção: Um efeito é um desvio ao esperado – positivo ou negativo.
NOTA 2 à secção: A incerteza é o estado, ainda que parcial, de deficiência de informação, relacionado com a compreensão ou
conhecimento de um evento, sua consequência ou probabilidade.
NOTA 3 à secção: O risco é frequentemente caracterizado por referência a potenciais ―eventos‖ (como definidos no
Guia ISO 73:2009, 3.5.1.3) e ―consequências‖ (como definidas no Guia ISO 73:2009, 3.6.1.3), ou por uma combinação destes.
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NOTA 4 à secção: O risco é frequentemente expresso em termos de uma combinação das consequências de um evento (incluindo
alterações de circunstâncias) com a probabilidade (que corresponde a ―verosimilhança‖ como definida no Guia ISO 73:2009,
3.6.1.1) de ocorrência associada.
3.3.1 competência
Aptidão para aplicar conhecimentos e saber-fazer para atingir resultados pretendidos.
NOTA 1 à secção: As etapas do ciclo de vida incluem a obtenção de matérias-primas, o design, a produção, o transporte/entrega, a
utilização, o tratamento no fim-de-vida e o destino final.
[FONTE: ISO 14044:2006, 3.1, modificado – As palavras “(ou serviço)” foram adicionadas à definição e foi
adicionada a NOTA 1 à secção].
3.3.5 processo
Conjunto de atividades interrelacionadas ou interatuantes que transforma entradas em saídas.
NOTA 1 à secção: Um processo pode ser documentado ou não.
3.4.1 auditoria
Processo (3.3.5) sistemático, independente e documentado para obter evidências de auditoria e respetiva
avaliação objetiva, com vista a determinar em que medida os critérios da auditoria são cumpridos.
NOTA 1 à secção: Uma auditoria interna é conduzida pela própria organização (3.1.4) ou por uma entidade externa em seu nome.
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NOTA 2 à secção: Uma auditoria pode ser uma auditoria combinada (mediante a combinação de duas ou mais disciplinas).
NOTA 3 à secção: A independência pode ser demonstrada pela ausência de responsabilidade em relação à atividade a ser auditada
ou pela ausência de influências e de conflito de interesses.
NOTA 4 à secção: "Evidência de auditoria" consiste em registos, afirmações factuais ou outra informação relevante para os
critérios de auditoria e que sejam verificáveis; e "critérios de auditoria" são o conjunto de políticas, procedimentos ou requisitos
(3.2.8) utilizado como referência e em relação ao qual se comparam as evidências de auditoria, conforme definido na
ISO 19011:2011, respetivamente em 3.3. e 3.2.
3.4.2 conformidade
Satisfação de um requisito (3.2.8).
3.4.6 eficácia
Medida em que as atividades planeadas são realizadas e atingidos os resultados planeados.
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3.4.7 indicador
Representação mensurável da condição ou estado das operações, da gestão ou das condições.
[FONTE: ISO 14031:2013, 3.15]
3.4.8 monitorização
Determinação do estado de um sistema, de um processo (3.3.5) ou de uma atividade.
NOTA 1 à secção: Para determinar o estado poderá haver a necessidade de verificar, supervisionar ou observar de forma crítica.
3.4.9 medição
Processo (3.3.5) para determinar um valor.
3.4.10 desempenho
Resultado mensurável.
NOTA 1 à secção: O desempenho pode referir-se a constatações quantitativas ou qualitativas.
NOTA 2 à secção: O desempenho pode referir-se à gestão de atividades, a processos (3.3.5), a produtos (incluindo
serviços), a sistemas ou a organizações (3.1.4).
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4 Contexto da organização
O contexto da organização inclui o ambiente natural em que opera. O ambiente natural pode criar condições
e eventos que afetam as atividades, produtos e serviços da organização. As condições podem ser condições
existentes ou sujeitas a uma alteração gradual, enquanto um evento pode envolver uma alteração súbita, que
é tipicamente explicada por uma situação extrema. Preparar-se para, e gerir as consequências de tais
condições e eventos, suporta a continuidade do negócio.
As questões internas e externas são matérias importantes para a organização, problemas para debate e
discussão, ou alterações de circunstâncias que afetam a capacidade da organização para atingir os resultados
pretendidos que estabeleceu para o seu sistema de gestão ambiental.
Para compreender que questões são importantes, a organização pode considerar aquelas, que:
são fatores-chave e tendências, por exemplo, em relação às condições ambientais ou preocupações das
partes interessadas;
podem apresentar problemas para o ambiente ou para a organização;
podem ser valorizadas para um efeito benéfico, incluindo inovação que leve a um melhor desempenho
ambiental;
oferecem uma vantagem competitiva, incluindo redução de custos, valor para os clientes, ou melhoria da
imagem e reputação da organização.
Uma organização que implemente ou melhore o seu sistema de gestão ambiental ou integre o seu sistema de
gestão ambiental dentro dos seus processos de negócio existentes deverá rever o seu contexto, de modo a
adquirir conhecimento sobre as questões relevantes que podem afetar o sistema de gestão ambiental. Esta
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revisão pode beneficiar de uma perspetiva de ciclo de vida e do envolvimento multifuncional, incluindo
compras, finanças, recursos humanos, engenharia, design, vendas e marketing. A revisão pode incluir as
seguintes áreas-chave:
a) identificação das questões externas e internas relevantes, incluindo condições ambientais e eventos que
se relacionam com as atividades, produtos e serviços da organização;
b) consideração de como essas questões podem afetar o propósito da organização e a capacidade para
atingir os resultados pretendidos do seu sistema de gestão ambiental;
c) compreensão de como a) e b) podem ser tratados no planeamento (ver 6.1.1);
d) identificação das oportunidades para melhorar o seu desempenho ambiental (ver 10.3).
Uma perspetiva do ciclo de vida envolve a consideração do controlo e influência que a organização tem
sobre as etapas do ciclo de vida dos seus produtos e serviços. Esta abordagem permite à organização
identificar aquelas áreas onde, considerando o seu âmbito, pode minimizar o seu impacte no ambiente
enquanto adiciona valor à organização. 50
As caixas de apoio prático 1 a 3 fornecem exemplos de considerações para determinar questões externas,
questões internas e condições ambientais, incluindo eventos.
Caixa de apoio prático 1 – Questões externas
As considerações podem ser:
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– políticas: tipo de sistema político em vigor, p. ex. democracia, ditadura, nível de interferência política no
desenvolvimento do negócio e vontade dos políticos para exercer o poder eficazmente;
– económicas: disponibilidade de serviços, como combustível, gás e água, infraestruturas e transportes,
incluindo habitação, estradas e instalações ferroviárias, marítimas e aeroportuárias;
– financeiras: sistema financeiro reconhecido, disponibilidade e acesso a recursos financeiros;
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– competitivas: outras organizações locais com um propósito e conceitos similares que podem ser adotados
para manter uma posição competitiva quando necessário, como sustentabilidade, ecodesign e rotulagem
ecológica.
– gestão da cadeia de fornecimento: disponibilidade, capacidade e aptidão dos fornecedores, nível de
tecnologia e requisitos dos clientes;
– sociais: valores étnicos, questões de género, suborno e corrupção, disponibilidade de recursos humanos,
acesso à educação e a instalações médicas, nível de educação da população ativa e níveis de criminalidade;
– culturais: sepulturas autóctones ou locais sagrados, propriedades/edifícios patrimoniais, disponibilidade de
recursos específicos, tais como plantas medicinais, artesanato, alimentos usados num contexto cultural para
fins rituais ou religiosos e valores estéticos;
– requisitos do mercado e do público: tendências de mercado atuais e futuras para os produtos e serviços,
incluindo aqueles que são eficientes em energia e recursos;
– tecnológicas: disponibilidade e acesso a tecnologia relevante para a organização;
– legislativas: o enquadramento legislativo dentro do qual a organização opera;
NOTA: O enquadramento legislativo inclui requisitos estatutários, regulamentares e outras formas de requisitos legais.
– naturais: condições climáticas presentes e futuras e outras condições, condições físicas, biodiversidade,
espécies raras e ameaçadas, ecossistemas, disponibilidade de recursos, incluindo quantidade, qualidade e
acesso, energia renovável e não renovável, e o perfil ambiental específico do setor/indústria;
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As fontes externas de informação que podem contribuir para o conhecimento da organização sobre questões
externas podem incluir:
– clientes, fornecedores e parceiros;
– conselhos empresariais;
– organizações do setor;
– câmaras de comércio;
– organismos governamentais;
– agências internacionais;
– consultores;
– investigação académica;
– meios de comunicação locais;
– grupos da comunidade local.
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Caixa de apoio prático 2 – Condições ambientais, incluindo eventos
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Uma condição ambiental que pode afetar as atividades, produtos e serviços da organização pode incluir, por
exemplo, uma alteração climática da temperatura que pode impedir a organização de cultivar algum tipo
particular de produtos agrícolas.
Um exemplo de um evento ambiental poderá ser cheias, como resultado de fenómenos meteorológicos
extremos, que podem afetar as atividades da organização, tais como o armazenamento de substâncias
perigosas, de modo a prevenir a poluição.
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A consideração de algumas das seguintes fontes de informação pode ajudar a organização a identificar as
suas condições ambientais, incluindo eventos:
a) informação meteorológica, geológica, hidrológica e ecológica;
b) informação histórica sobre catástrofes, relacionada com a localização da organização;
c) relatórios de auditorias, avaliações ou revisões anteriores, tais como levantamentos ambientais iniciais ou
avaliações de ciclo de vida, quando disponíveis;
d) dados de monitorização ambiental;
e) pedidos de licenças ou autorizações ambientais;
f) relatórios sobre situações de emergência e incidentes com consequências ambientais.
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– relações com partes interessadas internas, assim como as suas perceções e valores;
– sistemas de gestão e normas: pontos fortes e pontos fracos do(s) sistema(s) de gestão existente(s) na
organização, e as linhas de orientação e modelos adotados pela organização, tais como os de contabilidade
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e finanças, qualidade, segurança e saúde;
– estilo e cultura da organização: empresa familiar, empresa pública ou privada, estilo de gestão e liderança,
cultura aberta ou fechada e processos de tomada de decisão;
– contratos: forma, conteúdo e extensão das relações contratuais.
Os métodos que podem ser utilizados para verificar os fatores internos relevantes incluem a recolha de
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informações relacionadas com o sistema de gestão atual acima mencionado, e incluem entrevistas com
pessoas que trabalharam ou trabalham atualmente sob o controlo da organização, e a revisão das
comunicações internas e externas.
O processo seguido pela organização para desenvolver uma compreensão do seu contexto deverá resultar em
conhecimento que pode ser utilizado pela organização para orientar os seus esforços para planear,
implementar e operacionalizar o seu sistema de gestão ambiental. O processo deverá ser abordado de forma
prática que adicione valor à organização e produza uma compreensão geral e conceptual das questões mais
importantes. Pode ser útil documentar e atualizar periodicamente o processo e os seus resultados, caso
necessário.
Os resultados podem ser utilizados para auxiliar a organização a:
– definir o âmbito do seu sistema de gestão ambiental;
– determinar os seus riscos e oportunidades que necessitam de ser tratados;
– desenvolver ou melhorar a sua política ambiental;
– estabelecer os seus objetivos ambientais;
– determinar a eficácia da sua abordagem para cumprir as obrigações de conformidade.
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4.2.1 Generalidades
As partes interessadas também são parte do contexto no qual uma organização opera e deverão ser
consideradas quando a organização está a rever o seu contexto. Determinar as partes interessadas e
desenvolver uma relação com elas permite a comunicação, o que propicia a criação de um clima de
compreensão, confiança e respeito mútuos. Esta relação não precisa de ser formal.
A organização deverá determinar as suas partes interessadas e as necessidades e expectativas das mesmas,
que são relevantes para o seu sistema de gestão ambiental. A organização pode beneficiar de um processo
que identifique as necessidades e expectativas relevantes das partes interessadas relevantes, de modo a
determinar aquelas que tem de cumprir e aquelas que escolhe cumprir (isto é, as suas obrigações de
conformidade). Os métodos utilizados e os recursos aplicados podem variar dependendo, por exemplo, da
dimensão e natureza da organização, dos recursos financeiros disponíveis, dos riscos e oportunidades que
50
necessitam de ser tratados e da experiência da organização no que diz respeito à gestão ambiental.
É expectável que a organização adquira uma compreensão geral (isto é, de alto nível, não detalhada) das
necessidades e expectativas expressas pelas partes interessadas internas e externas determinadas como
relevantes, para que o conhecimento adquirido possa ser considerado quando determinar as suas obrigações
de conformidade.
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4.2.2 Determinar as partes interessadas relevantes
As partes interessadas podem ser internas ou externas à organização. A organização deverá determinar quais
as partes interessadas que são relevantes para o sistema de gestão ambiental da organização. As partes
interessadas podem variar ao longo do tempo e podem depender do setor, da indústria ou da localização
geográfica em que a organização opera. As alterações nas questões internas ou externas que são parte do
contexto da organização podem também resultar numa alteração nas partes interessadas.
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Caixa de apoio prático 4 – Exemplos de partes interessadas e das suas necessidades e expectativas
Relação Exemplos de partes interessadas Exemplos de necessidades e
expectativas
Por responsabilidade Investidores Esperam que a organização gira os
seus riscos e oportunidades que
podem afetar um investimento.
Por influência Organizações não-governamentais (ONG) Necessitam da cooperação da
organização para atingir as metas
ambientais da ONG.
Por proximidade Vizinhança, a comunidade Esperam um desempenho social
aceitável, honestidade e integridade
Por dependência Empregados Esperam trabalhar num ambiente
Por representação
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Organização setorial associativa
seguro e saudável.
Necessita de colaboração nas
questões ambientais.
suas obrigações de conformidade. Este conhecimento alargado pode contribuir para uma compreensão das
suas obrigações de conformidade, como descritas de forma mais detalhada em 6.1.3.
Não existe uma abordagem única para determinar necessidades e expectativas. A organização deverá utilizar
uma abordagem que seja apropriada para o seu âmbito, natureza e escala, e que seja adequada em termos de
detalhe, complexidade, tempo, custo e disponibilidade de dados fiáveis.
A organização pode determinar as necessidades e expectativas das suas partes interessadas relevantes através
de outros processos ou para outros fins.
Quando os requisitos são definidos por um organismo regulador, a organização deverá adquirir
conhecimento dos domínios da legislação que se aplicam, tais como normas da qualidade do ar, limites de
descarga, regulamentos de deposição de resíduos, requisitos de licenciamento para o funcionamento da
instalação, etc.
Em caso de compromissos voluntários, a organização deverá adquirir um conhecimento geral sobre as
necessidades e expectativas relevantes, tais como requisitos do cliente, códigos voluntários e acordos com
grupos comunitários ou autoridades públicas. Este conhecimento permite à organização compreender as
implicações que isso pode ter sobre o atingir dos resultados pretendidos do seu sistema de gestão ambiental.
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considerações a ter quando se estabelecem os seus objetivos de desempenho ambiental. A organização pode
considerar útil documentar esta informação a fim de facilitar a sua utilização para satisfazer outros elementos
da presente Norma.
à gestão de topo dessa parte da organização. Contudo, a gestão de topo ao nível mais alto da organização
pode assumir a responsabilidade para dirigir e apoiar o sistema de gestão ambiental. Se a organização alterar
a sua esfera de controlo ou influência, expandir as suas operações, adquirir mais propriedades, ou se desfizer
de áreas de negócio ou propriedades, o âmbito deverá ser reconsiderado conjuntamente com outras alterações
suscetíveis de afetar o sistema de gestão ambiental.
A organização deverá considerar as atividades, produtos e serviços de fornecedores externos quando
determina o âmbito do sistema de gestão ambiental. As organizações podem ter controlo sobre atividades,
produtos e serviços de fornecedores externos que têm ou podem ter impactes ambientais significativos
através da sua liderança, ou podem influenciá-los através de disposições contratuais ou outros acordos.
A organização deverá manter o âmbito como informação documentada e colocá-lo à disposição das partes
interessadas. Existem vários métodos para o fazer, como p. ex. utilização de uma descrição escrita, inclusão
numa planta da instalação, num diagrama organizacional ou numa página de internet, ou publicação de uma
declaração da sua conformidade. Quando documenta o seu âmbito, a organização pode considerar a
utilização de uma abordagem que identifique as atividades envolvidas, os produtos e serviços que fornece e a
sua aplicação e/ou a localização onde ocorrem. Constituem exemplos da utilização desta abordagem para
documentar o âmbito os seguintes:
fabrico de máquinas e peças sobressalentes para motores de combustão na instalação A (limite
geográfico); ou
marketing, design e realização de formação online destinada a pessoas e organizações (limite funcional).
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4.4.1 Generalidades
Um sistema de gestão ambiental deverá ser visto como um enquadramento organizacional que deverá ser
continuamente monitorizado e periodicamente revisto para fornecer uma orientação efetiva para a resposta
da organização a mudanças das questões externas e internas.
O modelo de sistema de gestão ambiental e o processo continuado de melhoria contínua estão ilustrados na
Figura 1. Um modelo geralmente utilizado para um sistema de gestão ambiental é referido como abordagem
Planear–Executar–Verificar–Atuar (PDCA)**). Para mais informações sobre o modelo PDCA, ver a caixa de
apoio prático 5.
50
PDCA é um processo continuado e iterativo que permite a uma organização estabelecer, implementar e manter a sua
política ambiental e melhorar continuamente o seu sistema gestão ambiental de forma a melhorar o desempenho
ambiental. Os passos deste processo continuado são os seguintes:
a) Planear:
1) compreender a organização e o seu contexto, incluindo as necessidades e expectativas das partes interessadas (ver
secção 4);
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2) determinar o âmbito (ver 4.3) e implementar o sistema de gestão ambiental (ver 4.4);
3) assegurar a liderança e compromisso da gestão de topo (ver 5.1);
4) estabelecer uma política ambiental (ver 5.2);
5) atribuir responsabilidades e autoridades às funções relevantes (ver 5.3);
6) determinar os aspetos ambientais e os impactes ambientais associados (ver 6.1.2);
C
*)
PDCA – Plan-Do-Check-Act (nota nacional).
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5) estabelecer, implementar e controlar os processos de controlo operacional necessários para cumprir os requisitos
do sistema de gestão ambiental (ver 8.1);
6) determinar as potencias situações de emergência e a resposta necessária (ver 6.1.1 e 8.2);
c) Verificar:
1) monitorizar, medir, analisar e avaliar o desempenho ambiental (ver 9.1.1 e 9.1.2);
2) avaliar o cumprimento das obrigações de conformidade (ver 9.1.2);
3) realizar auditorias internas periódicas (ver 9.2);
4) rever o sistema de gestão ambiental da organização para assegurar a sua contínua pertinência, adequação e
eficácia (ver 9.3);
d) Atuar:
50
1) empreender ações para tratar não conformidades (ver 10.2);
2) empreender ações para melhorar continuamente a pertinência, adequação e eficácia do sistema de gestão
ambiental para melhorar o desempenho ambiental (ver 10.3).
T1
4.4.2 Estabelecer, implementar, manter e melhorar continuamente o sistema de gestão ambiental
Para atingir os resultados pretendidos, a organização deverá estabelecer, implementar, manter e melhorar
continuamente o sistema de gestão ambiental. Os benefícios incluem uma melhoria do desempenho
ambiental decorrente do conhecimento adquirido em 4.1 e 4.2 quando se estabelece, implementa e mantém o
sistema de gestão ambiental.
Desenvolver um sistema de gestão ambiental completo de uma única vez pode ser difícil para algumas
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organizações. Para estas organizações, uma abordagem faseada pode ter várias vantagens. A forma como a
implementação faseada de um sistema de gestão ambiental pode ser feita, é mostrada no Anexo B.
A organização mantém a autoridade e a responsabilização para determinar a forma como satisfaz os
requisitos do sistema de gestão ambiental.
5 Liderança
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Caixa de apoio prático 6 – Integração do sistema de gestão ambiental nos processos de negócio
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A liderança e o compromisso da gestão de topo são críticos para a integração do sistema de gestão ambiental nos
processos de negócio. Compete à organização decidir o nível de detalhe e a extensão da integração dos requisitos do
sistema de gestão ambiental nas várias funções da organização. A integração é um processo continuado e os benefícios
podem aumentar ao longo do tempo, segundo o princípio da melhoria contínua.
A integração do sistema de gestão ambiental nos processos de negócio da organização pode melhorar a sua capacidade
de:
C
*)
KPI: key performance indicators (nota nacional).
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critérios ambientais no planeamento dos processos de negócio, no design de produtos ou serviços e em processos de
compras;
comunicação ambiental nos processos, canais de comunicação e envolvimento organizacionais, p. ex. relações
públicas.
A gestão de topo deverá comunicar a importância de uma gestão ambiental eficaz e da conformidade com os
requisitos do sistema de gestão ambiental através do envolvimento direto ou da delegação da autoridade,
conforme apropriado. A comunicação pode ser formal ou informal e pode assumir diferentes formas,
incluindo visual e verbal.
A gestão de topo deverá apoiar outros em funções de gestão relevantes na organização para que, por sua vez,
exerçam liderança nas suas áreas de responsabilidade, em relação ao sistema de gestão ambiental. Isto pode
permitir que o valor da liderança e compromisso da gestão de topo se dissemine por toda a organização. Ao
demonstrar liderança e compromisso, a gestão de topo é capaz de orientar e apoiar os empregados da
A organização está numa boa posição para atingir os seus objetivos ambientais e identificar oportunidades de
melhoria quando a gestão de topo cria uma cultura que encoraja as pessoas, a todos os níveis, a participarem
ativamente no sistema de gestão ambiental.
T1
5.2 Política ambiental
Uma política ambiental define a orientação estratégica da organização relativamente ao ambiente, dentro do
âmbito definido do sistema de gestão ambiental. A política ambiental deverá fornecer um enquadramento
para o estabelecimento de objetivos ambientais e define o nível de responsabilidade e desempenho ambiental
requerido pela organização, em relação ao qual as ações subsequentes podem ser julgadas. A política
ambiental estabelece os princípios de atuação da organização.
C
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responsabilidade social, e pode ser incluída nestes documentos ou estar associada aos mesmos. A gestão de
topo é responsável pela implementação da política ambiental e por fornecer dados para a formulação e
modificação da política ambiental. A política ambiental deverá ser comunicada a todas as pessoas que
trabalham sob o controlo da organização e deverá ser disponibilizada às partes interessadas. A organização
pode decidir disponibilizar a política ambiental de forma não restrita, p. ex. colocando-a num website, ou
pode disponibilizá-la, conforme apropriado, após terem sido fornecidas informações sobre a identidade,
necessidades e expectativas das partes interessadas, ou ainda a pedido.
– mitigação das alterações climáticas, evitando ou reduzindo as emissões de gases com efeito de estufa, ou adotando
políticas de neutralidade de carbono, para reduzir a sua contribuição líquida para as alterações climáticas.
– a melhoria da qualidade do ar e da água, através de eliminação, substituição ou redução.
Prevenção da poluição
A prevenção da poluição pode ser aplicada ao longo de todo o ciclo de vida dos produtos ou serviços, incluindo o
design e desenvolvimento, a fabricação, a distribuição, a utilização e o fim de vida. Tais estratégias podem ajudar a
organização não só a conservar recursos e a reduzir as emissões e resíduos, mas também a reduzir custos e a produzir
produtos e serviços mais competitivos. A ISO/TR 14062 e a ISO 14006 fornecem linhas de orientação sobre a
integração de aspetos ambientais no design e desenvolvimento.
A redução na fonte pode frequentemente ser a prática mais eficaz, porque evita a produção de resíduos e emissões e,
simultaneamente, poupa recursos. No entanto, a prevenção da poluição através da redução na fonte não é praticável
nalgumas circunstâncias. A organização pode considerar usar uma hierarquia de abordagens para a prevenção da
poluição, dando preferência à prevenção da poluição na fonte, da seguinte forma:
a) redução ou eliminação na fonte (incluindo o design e desenvolvimento ambientalmente adequados, a substituição de
materiais, alterações de processos, produtos ou tecnologias, e a conservação da energia e dos recursos materiais);
b) reutilização ou reciclagem dos materiais no processo ou nas instalações;
c) reutilização ou reciclagem de materiais fora das instalações;
d) valorização e tratamento (valorização de fluxos de resíduos no local ou no exterior, tratamento de emissões e de
resíduos no local ou no exterior, a fim de reduzir os seus impactes ambientais);
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e) mecanismos de controlo, como a incineração ou a deposição final controlada, se permitido; porém, a organização
apenas deverá usar estes métodos após terem sido consideradas outras opções.
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Todos os gestores
Identificar as expectativas dos clientes Equipas de marketing e vendas
T1
Identificar requisitos para os fornecedores e critérios de Compradores
compra
Desenvolver e manter processos de contabilidade Responsáveis pela contabilidade e financeiros
Cumprir os requisitos do sistema de gestão ambiental Todas as pessoas que trabalham sob o controlo da
organização
Revisão do funcionamento do sistema de gestão Gestão de topo
C
ambiental
NOTA: Empresas e instituições têm estruturas organizacionais diferentes e precisam de definir responsabilidades de gestão
ambiental com base nos seus próprios processos de trabalho. No caso das pequenas e médias empresas, p. ex. o dono pode ser
a pessoa responsável por todas estas atividades.
6 Planeamento
6.1.1 Generalidades
O planeamento é crítico para determinar e tomar as ações necessárias para garantir que o sistema de gestão
ambiental pode atingir os resultados pretendidos. É um processo contínuo, usado tanto para estabelecer e
implementar os elementos do sistema de gestão ambiental como para os manter e melhorar, baseado na
alteração de circunstâncias e entradas e saídas do próprio sistema de gestão ambiental. O processo de
planeamento pode ajudar a organização a identificar e focar os seus recursos naquelas áreas que são mais
importantes para proteger o ambiente. Também pode apoiar a organização no cumprimento das suas
obrigações de conformidade e outros compromissos ambientais da política, e estabelecer e atingir os seus
objetivos ambientais.
A organização deverá ter (um) processo(s) para determinar os riscos e as oportunidades que necessitam de
ser tratados. O processo começa com a compreensão do contexto no qual a organização opera, incluindo as
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questões que podem afetar os resultados pretendidos do seu sistema de gestão ambiental (ver 4.1) e as
necessidades e expectativas relevantes das partes interessadas relevantes, incluindo aquelas que a
organização adota como obrigações de conformidade (ver 4.2). Simultaneamente com o âmbito do sistema
de gestão ambiental, estas tornam-se entradas que devem ser consideradas na determinação dos riscos e
oportunidades que necessitam de ser tratados. A informação gerada no processo de planeamento é uma
entrada importante para determinar as operações que têm de ser controladas. Esta informação também pode
ser usada no estabelecimento e melhoria de outras partes do sistema de gestão ambiental, tais como a
identificação de necessidades de formação, de competência, de monitorização e de medição.
O sistema de gestão ambiental gera valor para a organização, para as suas partes interessadas e para o
ambiente, através do tratamento dos riscos e oportunidades. Um sistema de gestão ambiental robusto,
credível e confiável, pode suportar a viabilidade a longo prazo da organização. Sem gerir os riscos e
oportunidades que necessitam de ser tratados, a organização poderá não atingir os resultados pretendidos
nem ser capaz de responder a condições ambientais, incluindo eventos. Na caixa de apoio prático 10 são
50
apresentados exemplos de riscos e oportunidades que necessitam de ser tratados. Deverão ser tidos em conta
obrigações de conformidade, pontos de vista de partes interessadas e outras fontes de riscos e oportunidades
que necessitam de ser tratados, tais como condições ambientais, incluindo eventos.
Caixa de apoio prático 10 – Exemplos de riscos e oportunidades que afetam a organização e que necessitam de
ser tratados
T1
Os riscos e oportunidade podem afetar a organização e a sua capacidade de atingir os resultados pretendidos do seu
sistema de gestão ambiental. Podem ser causados efeitos adversos na organização, por exemplo, por:
a) aspetos ambientais, p. ex. um derrame muito pequeno que dificilmente contamine o solo ou águas subterrâneas, e
que, portanto, não seja determinado como significativo numa perspetiva ambiental, pode, contudo, prejudicar a
imagem de uma organização enquanto entidade ambientalmente responsável;
C
b) aspetos ambientais significativos, na medida em que um incidente de poluição levanta dúvidas sobre a capacidade de
a organização gerir os seus aspetos ambientais significativos e enfraquecendo assim a sua credibilidade;
c) não cumprimento das obrigações de conformidade, que pode resultar em contraordenações, custos de ações
corretivas e, potencialmente, na perda de licenças de operação;
d) condições ambientais, incluindo eventos com impacte ambiental, na medida em que alterações climáticas causam
uma diminuição da disponibilidade de água, o que pode afetar a operação da estação de tratamento de águas
residuais da organização;
e) uma necessidade de um cliente que requeira uma rápida expansão da capacidade da organização sem um aumento
proporcional de trabalhadores qualificados, o que pode gerar um potencial de erros que podem resultar em danos
ambientais;
f) pontos de vista de partes interessadas no desempenho ambiental da organização, que podem mobilizar uma forte
oposição;
g) uma ação desenvolvida para tratar riscos e oportunidades sem considerar consequências imprevistas, p. ex. uma
oportunidade para usar águas residuais para regar as áreas recreativas da organização pode gerar problemas de saúde
humana para as pessoas que usem estas áreas.
NOTA: É disponibilizada orientação sobre potenciais situações de emergência em 8.2.
Potenciais efeitos benéficos para a organização podem incluir:
a) identificar novas tecnologias, tais como equipamento de controlo que pode reduzir descargas poluentes;
b) otimizar a preservação de recursos, tais como reciclagem de água; ou
c) trabalhar com partes interessadas para neutralizar a oposição a um método proposto de eliminação de resíduos.
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Existem três origens possíveis de riscos e oportunidades que necessitam de ser tratados, de forma a assegurar
que um sistema de gestão ambiental pode atingir os resultados pretendidos, prevenir ou reduzir efeitos
indesejados e atingir a melhoria contínua:
a) aspetos ambientais (ver 6.1.2);
b) obrigações de conformidade (ver 6.1.3);
c) outras questões e requisitos identificados em 4.1 e 4.2.
A organização tem a liberdade de escolher a sua abordagem quando determina os riscos e oportunidades que
necessitam de ser tratados. Por exemplo, uma organização pode:
determinar aspetos ambientais, obrigações de conformidade e outras questões e requisitos, e depois
determinar os riscos e oportunidades associados que precisa de tratar para cada um destes; ou
integrar a determinação dos riscos e oportunidades que necessitam de ser tratados na determinação da
significância dos aspetos ambientais, e aplicar uma abordagem similar às outras origens de riscos e
50
oportunidades que necessitam de ser tratados; ou
seguir uma abordagem alternativa em que são consideradas, em combinação, duas ou mais das origens de
riscos e oportunidades que necessitam de ser tratados.
A organização pode usar processos de negócio existentes para determinar riscos e oportunidades que
necessitam de ser tratados. A abordagem escolhida pode envolver um simples processo qualitativo ou uma
T1
avaliação quantitativa completa (p. ex. aplicando critérios numa matriz de decisão) dependendo do contexto
em que a organização opera. Para exemplos de abordagens, ver caixa de apoio prático 11.
Os riscos e oportunidades que necessitam de ser tratados são entradas para o planeamento de ações (ver
6.1.4), para o estabelecimento de objetivos ambientais (ver 6.2) e para controlar algumas operações
relevantes, de forma a prevenir impactes ambientais adversos e outros efeitos indesejados (ver 8.1). O Anexo
A dá exemplos de atividades, produtos e serviços e dos aspetos e impactes ambientais associados, bem como
C
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Caixa de apoio prático 11 – Exemplos de abordagens para determinar riscos e oportunidades que necessitam
de ser tratados
Exemplos de entradas Exemplos de processos Exemplos de saídas
Aspetos ambientais (ver 6.1.2)
Aspetos ambientais e impactes Avaliação de significância Riscos e oportunidades que
ambientais usando critérios (ver 6.1.2.5) necessitam de ser tratados
relacionados com os
Critérios para determinar aspetos aspetos ambientais
ambientais significativos significativos (ver nota
abaixo)
Obrigações de conformidade (ver 6.1.3)
Determinar as necessidades e
expectativas relevantes de partes
interessadas relevantes que se tornem
obrigações de conformidade (ver 4.2)
50 Avaliação de resultados para Riscos e oportunidades que
determinar se existem riscos e necessitam de ser tratados
Comunicação com partes interessadas, oportunidades que necessitam relacionados com obrigações de
incluindo reclamações, prémios e
T1
de ser tratados conformidade
reconhecimento
Auditorias internas e externas de
obrigações de conformidade
Revisão de tendências regulamentares
emergentes
C
p. 32 de 78
determinar as necessidades de controlos ou melhorias e para estabelecer prioridades para ações de gestão
(ver 6.1.2.5), baseados essencialmente nos fatores ambientais. A política ambiental da organização, os
objetivos ambientais, a formação, a comunicação, o controlo operacional e os processos de monitorização
deverão ser desenvolvidos, em primeiro lugar, com base no conhecimento dos seus aspetos ambientais
significativos. A determinação dos aspetos ambientais significativos é um processo contínuo. Melhora o
conhecimento que a organização tem da sua relação com o ambiente e contribui para uma melhoria contínua
do desempenho ambiental da organização, através da melhoria do seu sistema de gestão ambiental.
Como não existe uma abordagem única para determinar os aspetos ambientais e os impactes ambientais, nem
para avaliar a sua significância, que sirva todas as organizações, as linhas de orientação em 6.1.2.5 servem
para explicar conceitos-chave para as organizações que procuram implementar ou melhorar um sistema de
gestão ambiental. Cada organização deverá escolher uma abordagem que seja apropriada ao seu âmbito, à
natureza e escala dos seus impactes ambientais e que satisfaça as suas necessidades em termos de detalhe,
complexidade, tempo, custo e disponibilidade de dados fiáveis. A implementação do(s) processo(s) para
aplicar a abordagem selecionada pode ajudar a atingir resultados consistentes.
p. 33 de 78
Ao aplicar uma perspetiva de ciclo de vida aos seus produtos e serviços, a organização deverá considerar o seguinte:
A etapa do produto ou serviço no ciclo de vida;
O grau de controlo que tem sobre as etapas do ciclo de vida, p. ex. o designer de um produto poderá ser responsável
pela seleção das matérias-primas, enquanto o fabricante poderá ser responsável apenas por reduzir a utilização das
matérias-primas e minimizar os resíduos do processo e o utilizador poderá ser apenas responsável pela utilização e
o destino final do produto;
O grau de influência que tem sobre o ciclo de vida, p. ex. o designer poderá apenas influenciar os métodos de
produção do fabricante, enquanto o fabricante poderá também influenciar o design e a forma como o produto é
utilizado ou o método de eliminação;
A vida útil do produto;
A influência da organização na cadeia de fornecimento;
A extensão da cadeia de fornecimento; 50
A complexidade tecnológica do produto.
A organização pode considerar as etapas do ciclo de vida sobre as quais tem maior controlo ou influência, já que estas
poderão oferecer a maior oportunidade para reduzir a utilização de recursos e minimizar a poluição ou os resíduos.
características comuns, tais como unidades organizacionais, localizações geográficas e fluxo de operações.
p. 34 de 78
a) relações causa-efeito entre elementos das suas atividades, produtos e serviços e alterações possíveis ou
reais no ambiente;
b) preocupações ambientais das partes interessadas;
c) possíveis aspetos ambientais identificados em regulamentos governamentais e licenças, noutras normas,
ou por associações industriais, instituições académicas, etc.
O processo de determinação de aspetos ambientais beneficia com a participação de indivíduos que estejam
familiarizados com as atividades, produtos e serviços da organização. Embora não haja uma abordagem
única para a determinação dos aspetos ambientais, a abordagem selecionada pode considerar:
as emissões para a atmosfera;
as descargas no meio hídrico;
as descargas no solo;
a utilização de matérias-primas e recursos naturais;
50
a utilização de energia;
a energia emitida (por exemplo, calor, radiação, vibração (ruído), luz);
a produção de resíduos e/ou subprodutos;
a utilização do espaço.
T1
Deverão ser considerados os aspetos ambientais relacionados com as atividades, produtos e serviços da
organização, tais como:
o design e desenvolvimento das suas instalações, processos, produtos e serviços;
a obtenção de matérias-primas, incluindo a extração;
C
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NOTA 1: Na ISO 14040 e na ISO 14044 são fornecidas linhas de orientação sobre avaliações de ciclo de vida.
c) relatórios de auditorias anteriores, avaliações ou análises, tais como levantamentos ambientais iniciais ou avaliações
de ciclo de vida;
d) informações de outros sistemas de gestão, tais como sistema de gestão da qualidade ou da saúde e segurança do
trabalho;
e) dados de relatórios técnicos, análises ou estudos publicados, ou listas de substâncias tóxicas;
f) obrigações de conformidade;
g) códigos de práticas, políticas nacionais e internacionais, guias de orientação e programas;
h) dados de compras;
i) especificações de produtos, dados de desenvolvimento de produtos, fichas de dados de segurança (FDS) ou dados
de balanços de energia e de materiais;
j) inventários de resíduos;
k) dados de monitorização;
l) autorizações ambientais ou licenças de utilização;
m) opiniões, solicitações ou acordos com partes interessadas;
n) relatórios de situações de emergência.
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Para facilitar o planeamento, a organização deverá manter informação documentada apropriada sobre os
aspetos ambientais e os impactes ambientais associados identificados, os critérios utilizados para determinar
a sua significância e os aspetos ambientais significativos, incluindo os que podem ocorrer em potenciais
situações de emergência. A organização deverá utilizar esta informação para perceber a necessidade de
controlo operacional e determinar os meios correspondentes, incluindo os necessários para mitigar ou
responder a situações de emergência reais. A informação sobre os impactes ambientais identificados deverá
ser incluída, conforme apropriado. Esta informação deverá ser revista e atualizada periodicamente,
assegurando-se que é atualizada, quando as circunstâncias forem alteradas. Pode ser útil manter esta
informação na forma de lista, registo, base de dados ou outra.
NOTA: A determinação dos aspetos ambientais significativos não requer uma avaliação de impacte ambiental.
6.1.3.1 Generalidades
As obrigações de conformidade podem resultar em riscos e oportunidades que necessitam ser tratados. A
primeira etapa no sentido de garantir o cumprimento das obrigações de conformidade é identificar e ter
acesso às obrigações de conformidade e compreender como estas se aplicam à organização. Utilizando o
conhecimento adquirido em 4.2.4, a organização deverá estabelecer, implementar e manter um processo para
identificar e ter acesso às obrigações de conformidade que estão relacionadas com os aspetos ambientais das
suas atividades, produtos e serviços. Este processo deverá permitir que a organização considere e se prepare
para as necessidades e expectativas, novas ou alteradas, das partes interessadas, de modo a que possam ser
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empreendidas ações preparatórias para manter a conformidade. A organização deverá também considerar o
modo como desenvolvimentos, novos ou planeados, e atividades, produtos e serviços, novos ou modificados,
podem afetar o seu estado de conformidade.
A organização deverá assegurar que são comunicadas informações apropriadas sobre as obrigações de
conformidade às pessoas que trabalham sob o seu controlo (incluindo fornecedores externos, tais como
subcontratados) cujas responsabilidades estão relacionadas com, ou cujas ações podem afetar, o
cumprimento das obrigações de conformidade.
Para mais informações sobre obrigações de conformidade relacionadas com sistemas de gestão ambiental,
consultar a caixa de apoio prático 14.
50
A organização deverá estabelecer, implementar e manter os processos necessários e fornecer recursos adequados para os
elementos do sistema de gestão ambiental relacionados com as obrigações de conformidade, que se resumem na lista
seguinte:
a) estabelecer uma política ambiental que inclua o compromisso de cumprir as obrigações de conformidade (ver 5.2);
b) identificar, ter acesso e compreender como essas obrigações de conformidade se aplicam à organização (ver 4.2 e
6.1.3);
T1
c) estabelecer objetivos ambientais considerando as obrigações de conformidade (ver 6.2);
d) atingir objetivos ambientais relacionados com as obrigações de conformidade, através do seguinte:
as funções, as responsabilidades, os processos, os meios e os horizontes temporais identificados para atingir os
objetivos ambientais relacionados com o cumprimento das obrigações de conformidade (ver 6.1.4);
controlos operacionais (incluindo procedimentos, se necessário) para assegurar o compromisso de conformidade e
C
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50
A organização deverá manter informação documentada das suas obrigações de conformidade, que pode ser
apresentada em forma de um registo ou de uma lista. Isto pode ajudar a manter a consciencialização e a
transparência, no que diz respeito aos requisitos aplicáveis. Esta informação deverá ser revista
periodicamente para assegurar que esteja atualizada. O registo ou lista pode incluir:
a origem da obrigação de conformidade, incluindo a parte interessada relevante;
uma visão geral da obrigação de conformidade;
T1
o modo como a obrigação de conformidade se relaciona com os aspetos da organização e/ou com os
requisitos relevantes das partes interessadas.
como determinado em 6.1.1. A organização deverá planear empreender ações de várias maneiras usando os
seus processos do sistema de gestão ambiental ou outros processos de negócio. A organização deverá
também determinar a eficácia das ações empreendidas.
O planeamento para empreender ações pode incluir uma única ação, tal como estabelecer um objetivo
ambiental, operações de controlo operacional, preparação para emergências ou outro processo de negócio,
p. ex. avaliação de fornecedores. Em alternativa, a organização pode utilizar uma combinação de ações que
inclua objetivos ambientais e controlos operacionais envolvendo uma combinação de hierarquias de controlo.
No planeamento de ações, a organização deverá considerar opções e viabilidades tecnológicas e requisitos
financeiros, operacionais e de negócio. Como acontece com qualquer ação planeada, deverá considerar-se a
possibilidade de consequências inesperadas, p. ex. impactes adversos de curta ou longa duração sobre o
ambiente no ciclo de vida do produto ou serviço.
As organizações podem adotar uma variedade de métodos e técnicas para avaliar a eficácia das ações
empreendidas, desde técnicas estatísticas até comparações de resultados de monitorização e medição com os
níveis de desempenho esperados (ver 9.1). Alguns requisitos legais podem especificar a necessidade de
validação ou verificação da capacidade de desempenho e do desempenho real de certos controlos. Em alguns
casos, as organizações escolhem avaliar a eficácia das ações fora do sistema de gestão ambiental. Isto pode
ser feito, por exemplo, através de sistemas de gestão de saúde e segurança do trabalho ou através de
processos de engenharia ou de negócios. Se estas ações forem empreendidas fora do sistema de gestão
ambiental, podem ser referenciadas no mesmo.
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O Quadro A.1 apresenta exemplos de aspetos ambientais, impactes ambientais e riscos e oportunidades que
necessitam ser tratados, e as ações planeadas para os tratar em várias atividades.
O Quadro A.3 apresenta exemplos de riscos e oportunidades que necessitam ser tratados e as ações para os
tratar, relacionadas com as obrigações de conformidade.
O Quadro A.4 apresenta exemplos de riscos e oportunidade que necessitam ser tratados e as ações para os
tratar, relacionadas com outras questões e requisitos.
6.2.1 Generalidades
No processo de planeamento, a organização estabelece objetivos ambientais para cumprir os compromissos
estabelecidos na sua política ambiental e atingir outros objetivos. O processo para estabelecer e rever os
50
objetivos ambientais e o processo de implementação para os atingir fornece uma base sistemática para que a
organização melhore o desempenho ambiental em algumas áreas, mantendo o seu nível de desempenho
ambiental noutras.
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Os objetivos ambientais podem ser aplicáveis transversalmente na organização, ou mais estritamente num
sítio específico ou em atividades individuais. Por exemplo, uma fábrica poderá ter um objetivo global de
redução de energia que pode ser atingido por atividades de poupança num único departamento. Noutras
situações, no entanto, todas as partes da organização deverão contribuir, de algum modo, para atingir o
objetivo global. É também possível que diferentes partes da organização que visem o mesmo objetivo global,
possam necessitar de implementar diferentes ações para atingir os seus objetivos departamentais.
A organização deverá identificar os contributos de diferentes níveis e funções da organização para atingir os
seus objetivos ambientais e sensibilizar os membros individuais da organização para as suas
responsabilidades.
A documentação e a comunicação dos objetivos ambientais melhoram a capacidade da organização para
atingir os seus objetivos ambientais. A organização deverá manter informação documentada dos seus
objetivos ambientais, e a informação relacionada com os objetivos ambientais deverá ser fornecida aos que
são responsáveis por os atingir e às restantes pessoas que necessitam desta informação para executar funções
relacionadas, como é o caso do controlo operacional.
50
6.2.3 Planeamento de ações para atingir os objetivos ambientais
Parte do processo de planeamento pode incluir programa(s) para atingir os objetivos ambientais da
organização.
O programa deverá abordar funções, responsabilidades, processos, recursos, horizontes temporais,
T1
prioridades e as ações necessárias para atingir os objetivos ambientais. Estas ações podem lidar com
processos individuais, projetos, produtos, serviços, sítios ou instalações num sítio. As organizações podem
integrar programas para atingir os objetivos ambientais noutros programas dentro do seu processo de
planeamento estratégico. Os programas para atingir os objetivos ambientais ajudam a organização a melhorar
o seu desempenho ambiental. Estes deverão ser dinâmicos. Quando ocorrem mudanças nos processos,
atividades, serviços e produtos abrangidos pelo âmbito do sistema de gestão ambiental, os objetivos
ambientais e os programas associados deverão ser revistos conforme necessário.
C
O Quadro A.2 dá exemplos de objetivos ambientais, de metas e de indicadores para atividades selecionadas.
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7 Suporte
7.1 Recursos
A organização deverá determinar os recursos necessários para estabelecer, implementar, manter e melhorar o
sistema de gestão ambiental. Ao determinar os recursos necessários, a organização deverá considerar:
infraestruturas;
recursos fornecidos externamente;
sistemas de informação;
competência;
tecnologia;
recursos financeiros, humanos e outros, específicos para as suas atividades, produtos e serviços.
Os recursos deverão ser fornecidos de forma atempada e eficiente.
A atribuição de recursos deverá considerar as necessidades atuais e futuras da organização. Ao atribuir
recursos, a organização pode acompanhar os benefícios, bem como o capital e os custos das atividades
ambientais ou relacionadas. Questões como os custos dos equipamentos de controlo de poluição (despesas de
capital) e o tempo despendido das pessoas que trabalham sob o controlo da organização para que o sistema
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de gestão seja eficaz (despesas operacionais), podem ser incluídos. Os recursos e respetivas atribuições
deverão ser revistos periodicamente, inclusivamente no âmbito da revisão pela gestão, para assegurar a sua
adequabilidade. Ao avaliar a adequabilidade dos recursos, deverão ser consideradas alterações planeadas
e/ou novos projetos ou operações. A caixa de apoio prático 16 fornece informação adicional sobre recursos.
consciencialização;
50
organizações de normalização, associações ou câmaras de comércio, para programas de formação e
universidades e outros centros de investigação, para apoiar melhorias de desempenho, a aplicação da perspetiva de
ciclo de vida e a inovação.
7.2 Competência
O conhecimento, a compreensão, o saber fazer ou as aptidões permitem a um indivíduo adquirir a
competência necessária em matéria de desempenho ambiental. Todas as pessoas que trabalham sob o
C
controlo da organização que afetam ou podem afetar o seu desempenho ambiental, incluindo a sua
capacidade para cumprir as obrigações de conformidade, deverão ser competentes com base em formação,
ensino, experiência ou na combinação destas, como determinado pela organização. Estas pessoas incluem os
trabalhadores da própria organização, assim como outros que trabalham sob o seu controlo, tais como
fornecedores externos.
Os requisitos de competência não são limitados às pessoas cujo trabalho tem ou pode ter impacte
significativo no ambiente, mas também àquelas que gerem uma função ou assumem um papel crítico para
atingir os resultados pretendidos do sistema de gestão ambiental. A caixa de apoio prático 17 fornece
exemplos de necessidades de competência.
Muitas organizações não têm acesso a todas estas competências e poderão recorrer a prestadores de serviços
competentes para garantir o desempenho ambiental e o atingir dos resultados pretendidos do sistema de
gestão ambiental.
Caixa de apoio prático 17 – Exemplos de necessidades de competência
Potenciais áreas Funções Exemplos de competências/ Exemplos de meios para
de competência organizacionais- capacidades necessárias estabelecer competências
tipo
Proficiência na Formação e avaliação
Tecnologias Técnicos amostragem ambiental sobre requisitos e práticas
ambientais ambientais de recolha
Capacidade de operar
equipamentos de Certificação ou licença
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Operações
ambientais
Pessoas cujas
atividades
profissionais
envolvem aspetos
ambientais
50 o desempenho ambiental
Conhecimento dos
critérios operacionais que
necessitam de ser
associados ao seu
trabalho
Formação sobre os
critérios operacionais
significativos satisfeitos para minimizar para assegurar que os
impactes ambientais processos são
T1
adversos controlados
Capacidade de
estabelecer, implementar
e melhorar um sistema de
gestão ambiental
Capacidade de
determinar os riscos e
C
oportunidades a Experiência em
considerar para assegurar implementação de
que o sistema de gestão sistemas de gestão
Gestores ambiental permite atingir ambiental
ambientais os resultados pretendidos
e planear as ações Formação sobre
apropriadas requisitos do sistema de
gestão ambiental
Sistemas de Capacidade de analisar e
gestão ambiental atuar sobre os resultados
do desempenho
ambiental e das
obrigações de
conformidade da
organização
Capacidade de
desenvolver e gerir Formação na gestão de
Gestores de programas de auditoria programas
programas de para determinar a Experiência em
auditoria eficácia do sistema de implementação de
gestão ambiental das programas
organizações
Gestão de topo Conhecimento e Formação em sistemas
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Quando a competência é adquirida através da formação, o(s) processo(s) da organização pode(m) incluir:
a identificação das necessidades de formação;
o design e desenvolvimento de um plano ou programa de formação que responda às necessidades de
formação identificadas;
a realização da formação;
a avaliação do resultado da formação;
a documentação e monitorização da formação recebida;
Quando aplicável, a organização deverá avaliar a eficácia da formação e de outras ações empreendidas para
adquirir as competências necessárias, de modo a confirmar que o resultado esperado está a ser atingido.
7.3 Consciencialização
A gestão de topo tem uma responsabilidade fundamental na consciencialização numa organização em relação
ao sistema de gestão ambiental e desempenho ambiental, a fim de melhorar o conhecimento e promover
comportamentos que suportem os compromissos da política ambiental da organização. Isto inclui a
consciencialização dos trabalhadores e outras pessoas que trabalham sob o controlo da organização acerca
dos valores ambientais da organização, e de como estes valores podem contribuir para a estratégia de
negócio da organização (ver 5.1).
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A gestão de topo deverá assegurar que as pessoas que trabalham sob o controlo da organização são
encorajadas a:
melhorar o desempenho ambiental;
contribuir para os resultados pretendidos do sistema de gestão ambiental;
reconhecer a importância de atingir os objetivos ambientais pelos quais são responsáveis ou
responsabilizados;
A gestão de topo deverá também assegurar que todas as pessoas que trabalham sob o controlo da organização
estejam conscientes do seguinte:
política ambiental da organização e o seu compromisso com a política ambiental;
importância da conformidade com os requisitos do sistema de gestão ambiental;
50
contribuição para a eficácia do sistema de gestão ambiental;
benefícios da melhoria do desempenho ambiental;
responsabilidades e responsabilizações no sistema de gestão ambiental;
aspetos ambientais significativos reais ou potenciais e impactes ambientais associados às suas atividades
profissionais;
T1
riscos e oportunidades identificados que necessitam de ser tratados, em relação às suas atividades
profissionais, se aplicável;
consequências de desvios aos requisitos aplicáveis do sistema de gestão ambiental, incluindo as
obrigações de conformidade da organização.
Exemplos de métodos para aumentar a consciencialização podem incluir a comunicação interna, os sinais
C
7.4 Comunicação
7.4.1 Generalidades
A organização deverá estabelecer processos de comunicação relevantes para o sistema de gestão ambiental,
tendo em conta as obrigações de conformidade da organização. Estes processos deverão identificar:
que informação necessita de ser comunicada;
quando ou em que circunstâncias necessita de ser comunicada;
a quem necessita de ser comunicada;
como será comunicada.
A organização pode considerar os potenciais custos e benefícios de diferentes abordagens no
desenvolvimento de processos para comunicação que sejam apropriados a cada circunstância particular.
A comunicação da informação ambiental deverá ser baseada na informação gerada dentro do sistema de
gestão ambiental e consistente com esta, incluindo a avaliação interna do desempenho ambiental da
organização (ver 9.1).
NOTA: Na ISO 14063 é fornecida informação adicional sobre comunicação.
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os seus aspetos ambientais significativos aos vários níveis e funções da organização, como apropriado (ver 6.1.2.5);
os seus objetivos ambientais (ver 6.2.2);
os seus requisitos ambientais relevantes aos fornecedores externos, incluindo subcontratados (ver 8.1);
informação relevante sobre o desempenho ambiental, interna e externamente, como determinado pelo(s) seu
processo(s) de comunicação e como requerido pelas suas obrigações de conformidade (ver 9.1.1).
A organização deverá assegurar que os resultados das auditorias internas são reportados à gestão relevante (ver 9.2).
A revisão pela gestão de topo do sistema de gestão ambiental da organização deverá incluir considerações sobre a(s)
comunicação(ões) das partes interessadas (ver 9.3).
gestão ambiental. A organização deverá ter em conta requisitos de comunicação associados às suas
obrigações de conformidade e aos seus processos de comunicação (ver 7.4.1) e comunicar externamente a
informação relevante para o sistema de gestão ambiental, como requerido. Pode ainda considerar se irá
comunicar externamente às suas partes interessadas os seus aspetos ambientais, incluindo aqueles que estão
relacionados com a distribuição, utilização e destino final de produtos.
No caso de situações de emergência que possam afetar ou preocupar partes interessadas externas, a
organização deverá dispor de um processo de comunicação com essas partes interessadas. A organização
pode considerar útil documentar os seus processos de comunicação externa.
NOTA: Ver também 8.2 sobre preparação e resposta a emergências.
A comunicação a partes interessadas externas relativa ao desempenho ambiental da organização deverá ser
rigorosa, fiável e verificável (ver ISO/TS 14033). Alegações relacionadas com o desempenho ambiental
podem, por exemplo, estar num formato de relatório de sustentabilidade, documentos promocionais ou
campanhas publicitárias. As organizações podem equacionar a verificação das suas alegações de
desempenho ambiental.
Para linhas de orientação relacionadas com desempenho de uma organização, ver a ISO 14031. Para linhas
de orientação sobre alegações ambientais relacionadas com produtos, ver a ISO/TS 14033 e a ISO 14020.
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7.5.1 Generalidades
A organização deverá desenvolver e manter a informação documentada adequada para assegurar que o seu
sistema de gestão ambiental está a operar de forma eficaz, é entendido pelas pessoas que trabalham sob o
controlo da organização e outras partes interessadas relevantes, e que os processos associados ao sistema de
gestão ambiental são realizados como planeado. A informação documentada deverá ser recolhida e mantida
de forma a refletir a cultura e as necessidades da organização.
A informação documentada sob a forma de processos, planos e programas, por exemplo, deverá ser mantida,
conforme apropriado, para garantir a consistência, a atualidade e a repetibilidade dos resultados. A
informação documentada sob a forma de registos deverá ser mantida como evidência dos resultados
alcançados ou das atividades realizadas, a fim de demonstrar a implementação eficaz dos requisitos do
sistema de gestão ambiental. A informação que serve como registo dos resultados alcançados ou evidências
das atividades realizadas é parte da informação documentada da organização, mas poderá ser controlada
através de diferentes processos de gestão. 50
Para uma gestão eficaz das suas atividades principais (p. ex. as atividades associadas aos seus riscos e
oportunidades identificados que necessitam de ser tratados), a organização pode descrever a realização das
atividades estabelecendo um ou mais processos, o(s) qual(is) pode(m) ser documentado(s) e pode(m)
descrever com o detalhe apropriado como as atividades são geridas. Caso a organização opte por não
documentar um processo, as pessoas afetadas, que trabalhem sob o controlo da organização, deverão ser
T1
informadas sobre os requisitos a serem cumpridos, conforme apropriado, por meio de comunicação ou
formação.
A organização pode optar por documentar o seu sistema de gestão sob a forma de um manual, o qual
constitui uma visão geral ou resumida do sistema, descrevendo os elementos principais, e que pode fornecer
orientações para a informação documentada associada. Não é obrigatório que a estrutura deste manual do
sistema de gestão ambiental siga a estrutura da ISO 14001 ou de qualquer outra norma (ver caixa de apoio
C
prático 19).
A extensão da informação documentada pode variar de uma organização para outra. A criação de informação
documentada desnecessária ou complexa pode diminuir a eficácia do sistema de gestão ambiental. Ao
considerar a extensão da informação documentada a criar, a organização pode, portanto, considerar os
benefícios de uma informação documentada no que diz respeito à eficácia, à continuidade e à melhoria
contínua do sistema de gestão ambiental.
A informação documentada pode ser controlada através de qualquer suporte (papel, digital, registo
fotográfico e cartazes) que seja útil, legível, de fácil compreensão e acessível àqueles que necessitam das
informações nele contidas.
Se os processos do sistema de gestão ambiental estiverem alinhados com os de outros sistemas de gestão, a
organização pode combinar a informação ambiental documentada relevante com a informação documentada
desses outros sistemas de gestão.
A principal informação documentada relacionada com o sistema de gestão ambiental encontra-se resumida
na caixa de apoio prático 19. Esta é a informação essencial, mínima, que deverá ser documentada. A
organização pode ir além destes requisitos mínimos, se necessário para a eficácia do seu sistema de gestão
ambiental.
Caixa de apoio prático 19 – Informação documentada
A organização deverá manter a seguinte informação documentada:
o âmbito de aplicação do sistema de gestão ambiental (ver 4.3);
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a informação pode ser identificada com a organização, a divisão, a função, a atividade ou a pessoa de
contacto apropriadas;
a informação mantida pela organização é regularmente analisada, revista quando necessário e aprovada
por uma pessoa devidamente autorizada, antes da sua emissão;
as versões atuais da informação documentada relevante estão disponíveis em todos os locais onde as
operações essenciais ao funcionamento eficaz do sistema são efetuadas, incluindo as necessárias para
assegurar o cumprimento dos requisitos;
NOTA: Quando a disponibilização de informação documentada não é exequível, as ações que cumpram com as práticas prescritas
podem ser consideradas adequadas.
a informação obsoleta é prontamente retirada de todos os locais de emissão e de utilização (em algumas
circunstâncias, p. ex. para fins de preservação legal e/ou conservação do conhecimento, a informação
documentada obsoleta pode ser mantida como evidência dos resultados alcançados).
A informação documentada pode ser controlada de forma eficaz através de:
50
desenvolvimento de um formato único apropriado que inclua títulos, números, datas, revisões, histórico
de revisões e autoridade responsável pela revisão;
atribuição da revisão e aprovação da informação documentada mantida pela organização a pessoas com
as capacidades técnicas e autoridade hierárquica suficientes;
manutenção de um sistema de distribuição eficaz.
T1
8 Operacionalização
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controlos administrativos, tais como procedimentos, controlos visuais, instruções de trabalho, fichas de
dados de segurança (FDS), etc.
Para evitar desvios à política ambiental, aos objetivos ambientais e às obrigações de conformidade, pode ser
elaborada informação documentada, conforme apropriado, para explicar, por exemplo:
uma sequência específica de atividades que devem ser levadas a cabo;
as qualificações necessárias do pessoal envolvido, incluindo a qualidade de execução exigida;
as variáveis chave que deverão ser mantidas dentro de determinados limites, por exemplo, temporais,
físicas, biológicas;
as características dos materiais a utilizar;
as características das infraestruturas a utilizar;
50
as características dos produtos resultantes do processo.
Com base no âmbito do seu sistema de gestão ambiental e nas ações determinadas em 6.1 e 6.2, a
organização deverá determinar os controlos operacionais necessários (ver 6.1 e 6.2), utilizando uma
perspetiva de ciclo de vida, incluindo controlos para operações relacionadas com funções, tais como a
investigação e o desenvolvimento, o design, as vendas, o marketing, as compras e a gestão de instalações.
O tipo e extensão do controlo ou influência a ser aplicado durante as fases do ciclo de vida deverá ser
definido no sistema de gestão ambiental.
A perspetiva de ciclo de vida deverá ser considerada o mais cedo possível, ou seja, no processo de design e
desenvolvimento. Isto irá proporcionar uma maior oportunidade para fazer melhorias no desempenho
ambiental global das atividades, processos, produtos ou serviços, e ajudar a organização a reduzir o potencial
de transferência de impactes ambientais adversos para outras fases. Isto resultará num valor acrescentado
para a organização e para a proteção do ambiente.
Muitas organizações podem ter os seus aspetos ambientais significativos na fase de utilização ou na
aplicação das informações fornecidas pela organização. Exemplos de métodos para influenciar os aspetos
ambientais significativos poderiam, então, incluir:
fornecer formação sobre como gerir os impactes ambientais relevantes;
fornecer fácil acesso à informação (p. ex. em sites, sob a forma de perguntas mais frequentes (FAQ));
criar grupos de utilizadores para partilhar informações e manter os utilizadores atualizados.
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Conforme aplicável, a organização deverá considerar o modo como os fornecedores externos e os processos
subcontratados podem afetar a sua capacidade de gerir os seus aspetos ambientais e cumprir as suas
obrigações de conformidade. A organização deverá estabelecer os controlos operacionais necessários, tais
como procedimentos documentados, contratos ou acordos com fornecedores, ou instruções para o utilizador
final, e comunicá-los aos seus subcontratados, fornecedores e utilizadores, conforme apropriado. Um
processo subcontratado pode ser sujeito a controlo ou influência. Um processo subcontratado é aquele que
cumpre todos os seguintes critérios:
a) a função ou o processo é parte integrante do funcionamento da organização;
b) a função ou o processo é necessário para que o sistema de gestão ambiental atinja os resultados
pretendidos;
c) a responsabilidade pela conformidade de uma função ou de um processo com os requisitos é mantida
pela organização;
d) a organização e o fornecedor externo têm uma relação, p. ex. em que o processo é entendido pelas partes
50
interessadas como sendo executado pela organização.
NOTA 1: O design pode significar o desenvolvimento de um novo produto, enquanto os produtos existentes podem ser sujeitos a
melhoria ou redesign.
NOTA 2: Nas ISO 14006 e ISO/TR 14062 é fornecida informação adicional sobre a perspetiva do ciclo de vida durante o processo
de design.
NOTA 3: Nas ISO 14020, ISO 14021, ISO 14024, ISO 14025, ISO 14046 e ISO/TS 14067 é fornecida informação adicional sobre a
T1
informação do produto.
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9 Avaliação do desempenho
9.1.1 Generalidades
50
A organização deverá ter uma abordagem sistemática para monitorização, medição, análise e avaliação do
seu desempenho ambiental de forma regular. Isto pode permitir à organização reportar e comunicar com
precisão o seu desempenho ambiental.
A monitorização refere-se geralmente a processos onde observações são efetuadas ao longo do tempo, sem
utilizar necessariamente equipamento de monitorização. A medição refere-se geralmente a processos onde
um equipamento é tipicamente utilizado para determinar propriedades quantitativas ou qualitativas. Por essa
T1
razão, a medição pode implicar a necessidade de controlos adicionais que assegurem a fiabilidade sustentada
desse equipamento (p. ex. calibração), quando apropriado.
A organização deverá determinar o que necessita de ser monitorizado e medido, tendo em consideração os
seus objetivos ambientais, os aspetos ambientais significativos, as obrigações de conformidade e os controlos
operacionais. Tal deverá incluir a determinação da frequência e dos métodos utilizados para recolher os
dados.
C
De modo a concentrar os seus recursos nas medições mais importantes, a organização deverá selecionar os
indicadores relevantes que são fáceis de compreender e que fornecem informação útil para avaliação do seu
desempenho ambiental. A seleção dos indicadores deverá refletir a natureza e escala das operações da
organização e ser apropriada aos seus impactes ambientais. Exemplos de indicadores incluem parâmetros
físicos, tais como as temperaturas, as pressões, o pH, a utilização de materiais, a eficiência energética, a
escolha de embalagem e o transporte. Para orientação na seleção de indicadores, ver a ISO 14031.
A monitorização e a medição podem servir várias finalidades num sistema de gestão ambiental, tais como:
acompanhar o progresso no atingir dos compromissos da política ambiental, dos objetivos ambientais e
da melhoria contínua;
fornecer informação para determinar aspetos ambientais significativos;
recolher dados sobre emissões e descargas para cumprimento das obrigações de conformidade;
recolher dados sobre a utilização de água, energia ou matérias-primas para atingir os objetivos
ambientais.
fornecer dados para suportar ou avaliar os controlos operacionais;
fornecer dados para avaliar o desempenho ambiental da organização;
fornecer dados para avaliar o desempenho do sistema de gestão ambiental.
NOTA 1: Na ISO 14031 são fornecidas orientações adicionais sobre a avaliação do desempenho ambiental.
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NOTA 2: Na ISO/TS 14033 são fornecidas orientações adicionais sobre informação ambiental quantitativa.
A monitorização e a medição deverão ser conduzidas sob condições controladas, com processos apropriados
para garantir a validade dos resultados, tais como:
seleção das técnicas de amostragem e de recolha de dados;
disponibilização de calibração adequada ou de verificação do equipamento de medição;
utilização de normas de medição que sejam rastreáveis a normas de medição internacionais ou nacionais;
utilização de pessoal competente;
utilização de métodos de controlo de qualidade pertinentes que incluam a interpretação dos dados e a
análise de tendências.
As organizações deverão considerar, quando apropriado, utilizar laboratórios cujas técnicas de teste tenham
50
sido acreditadas por um organismo nacional de acreditação ou aprovadas por reguladores. Se a acreditação
ou aprovação não é possível ou não está disponível, então a organização pode considerar outros métodos
pertinentes para verificar a precisão dos resultados, tais como análise de amostras repartidas, teste de
materiais de referência certificados e programas de ensaios de aptidão.
Os resultados da monitorização e medição deverão ser analisados e utilizados para identificar não
conformidades, o respeito dos limites especificados pelas obrigações de conformidade, tendências de
T1
desempenho e oportunidades para melhoria contínua. A análise dos dados pode incluir a consideração da
qualidade, da validade, da adequação e da exaustividade dos dados necessários para produzir informação
fiável. Podem ser utilizadas ferramentas estatísticas para aumentar a fiabilidade das decisões sobre se um
resultado desejável foi atingido ou não. Estas ferramentas podem incluir, conforme apropriado, técnicas
gráficas, indexação, agregação ou ponderação.
Procedimentos escritos para conduzir a monitorização, medição, análise e avaliação podem ajudar a fornecer
C
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As auditorias internas (ver 9.2) podem ser utilizadas para determinar a eficácia do(s) processo(s)
estabelecidos e implementados para avaliar o cumprimento das obrigações de conformidade, mas não podem
ser utilizadas para demonstrar que as obrigações de conformidade da organização foram cumpridas. No
T1
entanto, podem ser aplicadas pela organização técnicas de auditoria para avaliar o cumprimento das suas
obrigações de conformidade.
As obrigações de conformidade podem ser consideradas numa variedade de processos do sistema de gestão
ambiental, tais como:
determinação dos aspetos ambientais significativos (ver 6.1.2.5) e dos riscos e oportunidades que devem
ser tratados (ver 6.1.1);
C
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conhecimento e compreensão atualizados. A avaliação deverá ser conduzida de uma forma que forneça
entradas atempadas para a revisão pela gestão (ver 9.3), de modo que a gestão de topo possa rever o
cumprimento das obrigações de conformidade da organização e se mantenha ciente do estado de
conformidade da organização.
A organização deverá reter informação documentada como evidências da sua avaliação de conformidade.
Estas podem incluir:
relatórios dos resultados das avaliações de conformidade;
relatórios das auditorias internas e externas;
relatórios e comunicações internas e externas.
controlos.
A organização deverá determinar a frequência das auditorias internas. O programa da auditoria pode, por
exemplo, abranger um ano ou vários anos e pode consistir numa ou mais auditorias.
Cada auditoria interna não necessita de abranger todo o sistema, desde que o programa de auditorias assegure
que todas as unidades e funções da organização, elementos do sistema e o âmbito completo do sistema de
gestão ambiental são auditados periodicamente.
As auditorias internas deverão ser planeadas e conduzidas por um auditor ou equipa auditora objetiva e
imparcial, assistidos por perito(s) técnico(s), quando apropriado, selecionado(s) dentro da organização ou
proveniente(s) do exterior. A sua competência coletiva deverá ser suficiente para atingir o objetivo da
auditoria e para satisfazer o âmbito da auditoria em particular e credibilizar a fiabilidade dos resultados.
Os resultados de uma auditoria interna podem ser fornecidos na forma de um relatório como base da
verificação e utilizados para corrigir ou prevenir não conformidades específicas ou para atingir um ou mais
objetivos do programa de auditoria, e para fornecer entradas para a revisão pela gestão.
A organização deverá reter informação documentada como evidência da implementação do programa de
auditoria e dos resultados de auditoria.
NOTA: Na ISO 19011 são fornecidas orientações para auditar o sistema de gestão ambiental.
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os resultados da avaliação dos aspetos ambientais significativos e dos riscos e oportunidades que
necessitam de ser tratados para desenvolvimentos planeados ou novos;
alterações nas obrigações de conformidade da organização;
pontos de vista das partes interessadas;
avanços na ciência e tecnologia;
lições aprendidas a partir de situações de emergência;
adequação dos recursos;
recomendações para melhoria.
As saídas da revisão do sistema de gestão ambiental deverão incluir decisões sobre:
a pertinência, a adequação e a eficácia do sistema;
oportunidades para a melhoria contínua;
necessidades de alterações aos recursos físicos, humanos e financeiros;
ações, se necessárias quando os objetivos ambientais não foram atingidos;
ações relacionadas com possíveis alterações à política ambiental, aos objetivos ambientais e a outros
elementos do sistema de gestão ambiental;
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ações relacionadas com a melhoria da integração do sistema de gestão ambiental com outros processos
de negócio, se necessário;
implicações para a direção estratégica da organização.
Exemplos de informação documentada mantida como evidência dos resultados da revisão pela gestão
incluem cópias dos tópicos da agenda da reunião, listas de participantes, apresentações ou materiais
distribuídos e decisões da gestão registadas em relatórios, atas ou sistemas de rastreabilidade.
A gestão de topo pode decidir quem deverá participar na revisão pela gestão. Tipicamente, inclui pessoal da
área ambiental, diretores de áreas chave e a gestão de topo. Também poderão participar representantes de
outros sistemas de gestão (p. ex. qualidade, segurança e saúde do trabalho, energia, continuidade do
negócio), com o propósito de integração.
10 Melhoria 50
10.1 Generalidades
A melhoria é parte integrante de um sistema de gestão ambiental eficaz. A organização deverá identificar
oportunidades de melhoria como resultado de:
monitorização, medição, análise e avaliação relacionadas com o desempenho ambiental e o cumprimento
T1
das obrigações de conformidade (ver 9.1);
auditorias ao seu sistema de gestão ambiental (ver 9.2);
revisão pela gestão (ver 9.3).
De forma a atingir os resultados pretendidos do sistema de gestão ambiental, a organização deverá
C
empreender ações necessárias para tratar as oportunidades de melhoria identificadas, incluindo controlar e
corrigir não conformidades, e melhorar o seu desempenho ambiental através da melhoria contínua da
pertinência, da adequação e da eficácia do seu sistema de gestão ambiental.
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A organização deverá reter a informação documentada como evidência da natureza das não conformidades e
ações empreendidas subsequentes e dos resultados das ações corretivas empreendidas.
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Anexo A
(informativo)
Impactes Planeamento
Atividade / produto / Riscos e oportunidades que
Aspetos ambientais ambientais reais e para empreender
serviço necessitam de ser tratados
potenciais ações
Atividade: Operações de caldeira a combustível
50 Riscos (potenciais efeitos
adversos)
Monitorizar
preços dos
combustíveis a
pedido do
– Indisponibilidade de óleo departamento
de aquecimento financeiro,
T1
comparar
– Aumento do custo do óleo cenários de
Depleção de de aquecimento futuros custos e
Utilização de óleo conduzir
recursos naturais não
de aquecimento Oportunidades (potenciais análises de
renováveis
efeitos benéficos) custo-benefício
– Substituição da fonte de Estabelecer um
C
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Impactes Planeamento
Atividade / produto / Riscos e oportunidades que
Aspetos ambientais ambientais reais e para empreender
serviço necessitam de ser tratados
potenciais ações
de combustão
50 Desenvolver
planos de
emergência
para tratar
derrames do
Riscos (potenciais efeitos tanque e para a
adversos) despoluição
T1
– Custos de despoluição Implementar
controlos
Armazenamento do Derrame de óleo
Poluição do solo
– Coimas operacionais
combustível para a para o solo
Poluição das águas para deteção
caldeira em depósitos (situação de Oportunidades (potenciais
subterrâneas periódica de
subterrâneos emergência) efeitos benéficos) fugas no
tanque
C
– Substituição da fonte de
aquecimento da caldeira por Estabelecer um
energia solar objetivo
ambiental para
substituir fonte
de aquecimento
da caldeira por
energia solar
Desenvolver
Riscos (potenciais efeitos processo de
adversos) distribuição
Descarga não
controlada de Poluição das águas
óleos de superficiais – Custos de despoluição Desenvolver
Entrega e trasfega de planos de
aquecimento em
óleos de aquecimento Bioacumulação de – Coimas emergência
águas superficiais substâncias tóxicas para tratar a
(situação de – Publicidade negativa que
na fauna descarga não
emergência) implica a redução do valor controlada e
da empresa para a
despoluição
p. 64 de 78
Impactes Planeamento
Atividade / produto / Riscos e oportunidades que
Aspetos ambientais ambientais reais e para empreender
serviço necessitam de ser tratados
potenciais ações
Implementar
controlos
operacionais
Riscos (potenciais efeitos para reter
adversos) sedimentos do
escoamento
Erosão do solo – Custos de despoluição
Escoamento de Desenvolver
Poluição das águas
Construção sob águas pluviais – Coimas planos de
superficiais
chuvas intensas (condições emergência
anómalas) – Publicidade negativa para mitigar o
Degradação de (devido à degradação do escoamento
50
habitats húmidos habitat), levando à perda de
futuros projetos de
construção
não controlado
Desenvolver
uma resposta
associada à
despoluição
T1
Atividade: Agricultura: Cultivo de arroz
Modelar a
Aumento da dependência disponibilidade
de poços artesianos e de água
aquíferos baseada em
cenários
Custo mais elevado da
Utilização de Depleção de águas futuros de
água
água subterrâneas alterações
Oportunidades (potenciais climáticas
Inundação e efeitos benéficos)
preparação dos Investir em
campos de arroz – Encontrar espécies de oportunidades
arroz com baixa de investigação
necessidade de água (isto é,
mais resistente à seca)
– Produção de culturas
alternativas
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Impactes Planeamento
Atividade / produto / Riscos e oportunidades que
Aspetos ambientais ambientais reais e para empreender
serviço necessitam de ser tratados
potenciais ações
saúde ou na extinção aos pesticidas
Controlo
das espécies operacional da
– Aumento do uso de
aplicação de
pesticidas pesticidas
– Aumento dos custos Pesquisar
métodos de
Oportunidades
agricultura
(potenciais efeitos
biológica atuais
benéficos)
50 – Utilização de métodos de
agricultura biológica
– Gestão integrada de
pragas
Produto: Caldeira
Oportunidades (potenciais
efeitos benéficos)
Campanha de
Conservação de
Redução da marketing
Design de caldeira fontes de energia – Aumento de vendas
utilização de sobre redução
de alto rendimento não renováveis
combustível – Reputação melhorada de custos e de
(impacte benéfico)
devido a design inovador carbono
Oportunidades (potenciais
efeitos benéficos)
Fornecer com o
Redução da
Substituição de produto as
produção de Redução de resíduos – Aumento de vendas
materiais não informações
resíduos perigosos para aterro
perigosos na fase – Redução de coimas sobre a sua
perigosos em fim (impacte benéfico)
de design provenientes de legislação recuperação
de vida
sobre responsabilidade do apropriada
produtor
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Impactes Planeamento
Atividade / produto / Riscos e oportunidades que
Aspetos ambientais ambientais reais e para empreender
serviço necessitam de ser tratados
potenciais ações
Redução da
Conservação de
utilização de Oportunidades (potenciais Fornecer
fontes de energia
matérias-primas e efeitos benéficos) informações no
não renováveis
energia ponto de venda
(impacte benéfico) – Oferta de serviços
Cartucho reutilizável do produto
Redução da sobre como
Redução de resíduos
produção de – Relações de longo prazo reciclar
para aterro (impacte
resíduos sólidos com os clientes
cartuchos
benéfico)
em fim de vida
Produto: Ar condicionado
Utilização de
eletricidade (a
50 Riscos (potenciais efeitos
adversos)
Análise
comparativa do
desempenho
face a outros
concorrentes
Depleção de
organização
recursos naturais não
poderá ser capaz – Perda de vendas para Investir mais
T1
renováveis
de "influenciar” o fabricantes mais em pesquisa e
aspeto) competitivos desenvolvimen
to relacionado
com eficiência
energética
adversos)
– Novo serviço
disponibilizando
engenheiros qualificados
p. 67 de 78
Impactes Planeamento
Atividade / produto / Riscos e oportunidades que
Aspetos ambientais ambientais reais e para empreender
serviço necessitam de ser tratados
potenciais ações
Reparação
subcontratada do ar
Libertação de
substâncias
nocivas à camada
de ozono (isto é,
gás de
50
Depleção da camada
de ozono
Riscos (potenciais efeitos
adversos)
– Coimas
Abertura de
novo contrato
para assegurar
condicionado a melhoria da
refrigeração)
– Publicidade prejudicial manutenção
(condição
T1
anómala)
Redução da
utilização de
recursos naturais Conservação de Oportunidades (potenciais
efeitos benéficos) Desenvolver
Cópia frente e verso (a organização recursos naturais
documentação
pode ser capaz de (impacte benéfico) – Redução de custos comercial para
"influenciar" este
promover os
aspeto)
benefícios
ambientais e
Redução da
Oportunidades (efeitos financeiros
produção de
benéficos potenciais) para os
resíduos sólidos Redução de resíduos
Reciclagem de potenciais
(a organização para aterro (impacte
resíduos de papel – Redução de custos
clientes
pode ser capaz de benéfico)
"influenciar" este – Publicidade positiva
aspeto)
Manutenção de rotina Redução das Redução da poluição Riscos (potenciais efeitos Comunicar
NP
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Impactes Planeamento
Atividade / produto / Riscos e oportunidades que
Aspetos ambientais ambientais reais e para empreender
serviço necessitam de ser tratados
potenciais ações
da frota (incluindo emissões de do ar (impacte adversos) benefícios
mudanças de óleo) óxidos de azoto benéfico) ambientais a
– Coimas quem realiza a
Descarga de óleos Poluição do solo manutenção
usados – Custos de despoluição
Desenvolver
Oportunidades (potenciais processo de
efeitos benéficos) controlo
operacional
– Reciclagem de óleos para gestão dos
usados
resíduos
– Redução de custos
50 operacionais
Considerar a
mudança para
veículos
elétricos
durante a
recapitalização
T1
Riscos (potenciais efeitos
adversos)
– Disponibilidade de
combustível
Estabelecer
– Custos de combustível
objetivos
Depleção de mais elevados
C
Fornecer
Riscos (potenciais efeitos formação aos
Desconforto ou adversos) motoristas
Emissão de ruído incomodidade para
os habitantes locais – Prejudicial para a imagem Impor horas de
da organização funcionamento
restritas
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Impactes Planeamento
Atividade / produto / Riscos e oportunidades que
Aspetos ambientais ambientais reais e para empreender
serviço necessitam de ser tratados
potenciais ações
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T1
C
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Quadro A.2 – Exemplos de atividades, produtos e serviços e seus aspetos ambientais associados, objetivos
ambientais, metas, programas, indicadores, controlos operacionais, e monitorização e medição
Aspetos Objetivos Metas Programas Indicadores Controlos Monitorização e
operacionais medição
engenharia
Produto: Ar condicionado
Utilização Incentivar o Reduzir a Educar o Aumento do Design de Inquérito aos
de consumidor a temperatura de consumidor interesse dos produtos a utilizadores
eletricidade consumir funcionamento sobre os clientes na partir de
menos em 5 %, até ao impactes conservação de materiais
energia final do ambientais energia eficientes
presente ano, relacionados
Aumento do Utilização de
com base na com a
interesse dos energia
temperatura de utilização
clientes em elétrica
funcionamento excessiva de
novos produtos
do último ano energia, Consideração
energeticamente
através da dos requisitos
eficientes
distribuição de eficiência
de energética dos
documentos clientes no
de design de
informação, novos
com o produtos
produto,
sobre
eficiência
energética (p.
ex.: redução
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de custos,
redução de
impactes
ambientais
adversos)
Quantidade de Processos de Monitorização
Redesenhar a materiais de controlo do trimestral da
embalagem embalagem por design quantidade de
Reduzir a
dos produtos unidade materiais de
produção de Processos de
Atingir 5 % de (departamento embalagem
resíduos de % de redução produção de
redução em de utilizados, p. ex.
embalagens em materiais de embalagem
materiais de engenharia, 6 as compras menos
Produção de
resíduos
sólidos
no
consumidor
através da
redução da
quantidade
embalagem na
gama de
produtos
50
atuais até 2018
meses)
Implementar
as alterações
na produção
embalagem
utilizados na
linha de produto
Redução
estimada na
os desperdícios
Unidades de
produtos
expedidos na
de materiais (6 meses) linha de produto
produção de
de
Execução de resíduos sólidos
T1
embalagem
testes e pelos
utilizados
produção em consumidores,
pleno em volume/
unidade
Serviço: Transporte e distribuição de produtos e serviços (manutenção da frota)
Emissão de Aumento dos Atingir 25 % Identificar % de Processos de Acompanhamento
C
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T1
C
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Quadro A.3 – Exemplos de riscos e oportunidades que necessitam de ser tratados e ações para os tratar,
associados a obrigações de conformidade
Obrigações de conformidade Riscos e oportunidades que Planeamento para empreender
necessitam de ser tratados ações
Requisitos legais emergentes Riscos (potenciais efeitos adversos) Desenvolver processo(s) de controlo
para assegurar que a monitorização do
Falha na identificação e no
panorama regulamentar é eficaz para
cumprimento de obrigações de
melhorar a identificação de requisitos
conformidade novas ou alteradas, que
emergentes.
pode prejudicar a reputação da
organização e pode levar a coimas
Pedido de informações de entidade Riscos (potenciais efeitos adversos) Desenvolver processo(s) de
reguladora comunicação mais eficaz para receber
Falha, atraso ou imprecisão na
e responder a comunicações de
50
resposta, que pode levar a um maior
controlo pela entidade reguladora
Oportunidades (potenciais efeitos
benéficos)
entidades reguladoras oficiais,
incluindo prazos de reporte
Aplicar um programa de auditorias
internas para fazer recomendações
Comunicação oportuna, pró-ativa e que melhorem a prontidão e a
transparente, que pode fortalecer a transparência da comunicação, e
T1
relação entre a organização e empreender ações para a melhoria
entidades reguladoras contínua dos processos de
comunicação, se necessário
Requisitos de clientes regionais para Riscos (potenciais efeitos adversos) Estabelecer objetivos para
devolução de produtos em fim de vida desenvolver e implementar o design
Aumento dos recursos e logística,
para refabricação de produtos como
requeridos para apoiar a devolução de
apoio a programas de devolução, de
C
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Quadro A.4 – Exemplos de riscos e oportunidades que necessitam de ser tratados e ações para os tratar,
associados a outras questões e requisitos
Outras questões e requisitos Riscos e oportunidades que Ações para tratar riscos e
necessitam de ser tratados oportunidades
Impostos sobre carbono (gestão de Riscos (potenciais efeitos adversos) Estabelecer objetivos para diversificar
ativos/organizações de serviços portefólios através do aumento de
Ativos irrecuperáveis, tais como as
financeiros) investimentos em setores renováveis e
reservas de carvão conhecidas que
diminuição dos investimentos em
poderão não ser queimadas, devido à
setores com emissões elevadas
transição para uma economia de baixo
carbono
Oportunidades (potenciais efeitos
benéficos)
Elevado retorno financeiro realizado
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Anexo B
(informativo)
A organização pode desenvolver um sistema de gestão ambiental completo quando o âmbito do sistema de
gestão ambiental inclui todas as atividades, produtos e serviços da organização, e estes são abordados
utilizando todos os elementos de um sistema de gestão ambiental, em toda a sua extensão. Desenvolver um
sistema de gestão ambiental completo de uma só vez pode apresentar dificuldades para algumas
organizações. Para estas organizações, uma abordagem faseada traz diversas vantagens, tais como a
50
capacidade de avaliar prontamente em que medida o tempo e o dinheiro investidos num sistema de gestão
ambiental têm retorno. A organização pode ver como as melhorias no desempenho ambiental podem ajudar a
reduzir custos, a melhorar as suas relações com a comunidade, a permitir ir de encontro às expectativas do
cliente e a demonstrar o cumprimento das obrigações de conformidade. A organização pode seguir os
benefícios do seu sistema de gestão ambiental enquanto implementam o sistema passo-a-passo, adicionando
ou expandindo elementos que acrescentem valor à organização. As possíveis abordagens ao desenvolvimento
T1
faseado do sistema de gestão ambiental incluem o seguinte:
a) Realizar um único projeto, focando-se apenas num ou num número limitado de aspetos ambientais. Isto
permitiria familiarizar-se com os elementos básicos do sistema de gestão ambiental, experimentar alguns
dos benefícios de gerir os aspetos ambientais de uma forma sistemática e ajudar a melhorar o
desempenho ambiental, e assim assegurar o apoio da gestão para implementar o sistema de gestão
ambiental.
C
b) Utilizar etapas fixas para seguir a progressão dos elementos (ver Figura B.1). Esta abordagem pode servir
a organizações que, após a execução inicial de um projeto ambiental, decidem adotar esta abordagem
estruturada para gerir os seus aspetos ambientais.
c) Utilizar uma seleção de etapas que poderão ser implementadas consecutivamente ou simultaneamente.
Esta seleção de etapas poderá ser escolhida para fazer face a questões ambientais específicas, tais como o
cumprimento de obrigações de conformidade, incluindo o cumprimento das necessidades das partes
interessadas, ou a melhoria do desempenho ambiental. Esta abordagem poderá servir a organizações que
desejam desenvolver o sistema de gestão ambiental ao seu próprio ritmo, através dos recursos que têm
disponíveis para assegurar a eficácia do seu sistema de gestão ambiental.
Um plano de implementação poderá ser útil, uma vez que pode identificar:
a abordagem a ser adotada;
o calendário de realização;
os recursos necessários;
as funções e responsabilidades de quem implementa o plano;
a informação documentada requerida;
os métodos que permitem monitorizar e medir consistentemente os progressos realizados.
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O progresso pode ser medido em termos dos resultados específicos atingidos no final de cada fase e a
conformidade com o plano de implementação. Medir o progresso no sentido de implementar um sistema de
gestão ambiental é útil para assegurar a utilização eficaz dos recursos e o atingir dos objetivos ambientais da
organização.
A Figura B.1 mostra a implementação de um sistema de gestão ambiental em cinco fases. A primeira fase
corresponde à implementação de um projeto específico. As fases 2, 3, 4 e 5 correspondem à implementação
sequencial dos principais elementos de um sistema de gestão ambiental. Quando uma organização está
suficientemente comprometida para iniciar a implementação de um sistema de gestão ambiental, pode
começar na fase 2.
A Figura em forma de triângulo mostra como o nível de desenvolvimento dos elementos de suporte cresce à
medida que o sistema de gestão ambiental é implementado. A extensão da necessidade dos elementos de
suporte cresce à medida que o sistema de gestão ambiental é implementado.
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Identificação das obrigações de
conformidade da organização
Avaliação da conformidade
sistema de gestão
ambiental:
Fase 4: Desenvolvimento e implementação de um sistema de gestão ambiental
Controlo operacional
Planeamento e resposta a emergências Liderança
Recursos
Competência
Consci encialização
Fase 5: Desenvolvimento e implementação de um sistema de gestão ambiental Comunicação
Avaliações de desempenho ambiental , incluindo monitorização e Informação
medição (desenvolver um processo para recolher, medir, analisar e documentada
avaliar o desempenho ambiental)
Auditorias internas
Ge stão das situações em que algo não acontece como planeado
Revisão pela gestão do progresso e do desempenho
Implementação da melhoria contínua
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Bibliografia
[1] ISO 14001:2015 Environmental management systems – Requirements with guidance for use
[2] ISO 14005 Environmental management systems – Guidelines for the phased
implementation of an environmental management system, including the use of
environmental performance evaluation
[3] ISO 14006 Environmental management systems – Guidelines for incorporating ecodesign
[4] ISO 14020 Environmental labels and declarations – General principles
[5] ISO 14021 Environmental labels and declarations – Self-declared environmental claims
(Type II environmental labelling)
[6] ISO 14024 Environmental labels and declarations – Type I environmental labelling –
[7]
[8]
ISO 14025
ISO 14031:2013
50
Principles and procedures
Environmental labels and declarations – Type III environmental declarations
– Principles and procedures
Environmental management – Environmental performance evaluation –
Guidelines
T1
[9] ISO/TS 14033 Environmental management – Quantitative environmental information –
Guidelines and examples
[10] ISO 14040 Environmental management – Life cycle assessment – Principles and
framework
[11] ISO 14044:2006 Environmental management – Life cycle assessment – Requirements and
guidelines
C